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NÚMERO DE MORTES POR DENGUE NO RJ EM 2013 SOBE PARA 28 Fonte: G1
O número de mortes por dengue em 2013 no estado do Rio, em novo balanço divulgado nesta terça-feira (28) pela Secretaria de estado de Saúde, chegou a 28. Ao todo, foram notificados 178.765 casos, entre 1º de janeiro e 25 de maio. Há duas semanas o total de mortos era 22. As mortes foram confirmadas no Rio de Janeiro (12), São Gonçalo (3), Maricá (2), Magé (1), Volta Redonda (1), Itaocara (1), Itaperuna (1), Petrópolis (1), Duque de Caxias (1), São João de Meriti (1), Pinheiral (1), Valença (1), Barra Mansa (1) e Campos dos Goytacazes (1). Números de 2012 No mesmo período em 2012 foram notificados 145.078 casos suspeitos de dengue no estado, com 34 óbitos. Durante todo o ano de 2012 foram notificados 184.123 casos suspeitos de dengue no estado, com 42 óbitos. Na comparação entre 2012 e 2011, apesar do aumento de 9,34% nas notificações por dengue, a quantidade de óbitos caiu 70% no mesmo período.
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BARATAS EVOLUÍRAM PARA EVITAR ARMADILHAS COM ISCAS DE AÇÚCAR Fonte: info.abril.com.br
As baratas comem de tudo, à exceção de açúcar. Uma das pragas mais comuns do nosso mundo evoluiu para aprender a detectar e evitar alguns tipos de açúcares, frequentemente utilizados nas iscas das armadinhas, revelou uma pesquisa publicada na edição desta quinta-feira da revista americana Science. Os cientistas concentraram seu estudo na ´Blatella Germanica´ (conhecida como barata-germânica ou francesinha), que vive em todo o mundo em residências, escritórios e edifícios de apartamentos, ou seja, em qualquer lugar onde os seres humanos passam, deixando restos de alimentos para trás. Um aparente desdém por armadilhas montadas com doces foi inicialmente observado em algumas destas baratas no começo dos anos 1990, de sete a oito anos depois de as armadilhas comerciais com base em glicose terem chegado ao mercado e terem seu uso disseminado, afirmou o cientista Coby Schal, da Universidade Estadual da Carolina do Norte. As baratas estavam evoluindo rapidamente, observaram os pesquisadores. As novas gerações passaram a herdar uma aversão genética à glicose. Agora, Schal diz que ele e seus colegas sabem porque. As baratas com aversão a glicose usam seus pequenos pelos de paladar para tirar amostras de alimento primeiro e ver se contêm glicose, cujo sabor para elas é amargo, não doce. “Elas saltam para trás como se tivessem levado um choque elétrico. É um comportamento muito, muito claro. Elas simplesmente se recusam a ingeri-lo”, afirmou Schal, professor de entomologia. “É um pouco como se você colocasse algo realmente amargo ou ácido na boca e imediatamente quisesse expeli-lo”, comparou. Schal disse que esta evolução aconteceu “incrivelmente rápido”, mas observou que o desenvolvimento de resistência a antibióticos em bactérias acontece ainda mais rapidamente. É difícil saber qual percentual de baratas desenvolveu aversão à glicose. Neste estudo, Schal e seus colegas capturaram amostras de várias baratas de infestações em Estados Unidos, Rússia, Porto Rico e Coreia do Sul. Das 19 populações estudadas, eles descobriram sete que continham baratas com aversão a glicose entre elas. “É um fenômeno global. Não é restrito aos Estados Unidos”, afirmou. Exterminadores profissionais já sabiam disso por algum tempo. A indústria agroquímica respondeu alterando as iscas para substituir a glicose com outras atrativos. “Nós não usamos qualquer tipo de armadilha à base de açúcar durante anos”, disse Bob Kunst, presidente da Fischer Environmental, empresa de controle de pragas em Louisiana. www.grupoastral.com.br
Kunst, que não participou do estudo, descreveu as baratas-germânicas como “pequenas criaturas imundas” porque podem transportar salmonela. Muitas das grandes empresas de pesticidas mantêm seus atrativos para propósitos competitivos, mas especialistas têm uma boa ideia do que funciona atualmente, disse. “Eu diria que alguns carboidratos elevados e proteínas básicas são muito populares com as baratas”, disse Kunst. Para ilustrar o quanto estas baratas recém-evoluídas são perspicazes para sobreviver e prosperar sem a glicose, Schal e seus colegas filmaram as criaturas enquanto escolhiam entre uma porção de gelatina com base em frutose e outra próxima contendo glicose. Eles também fizeram um vídeo das baratas evitando totalmente um montículo de geleia contendo glicose e concentrando-se em volta de uma bola de pasta de amendoim. “Estamos mostrando que as baratas podem aprender incrivelmente bem. Eles podem associar a punição de degustar a glicose com o cheiro da isca”, emendou. Schal disse esperar que a indústria agroquímica tomará medidas para eliminar amplamente a glicose das armadilhas. A barata-germânica é apenas uma das cerca de cinco mil espécies de baratas, e livrar-se das pragas domésticas não seria uma coisa ruim, afirmou. “Até onde sabemos, elas não fazem nada pelo sistema ecológico além de ser pragas em nossos lares, associando-se a nós e provavelmente transmitindo doenças”, declarou à AFP.
ESPECIALISTA HOLANDÊS DIZ QUE PESSOAS PREFEREM COMIDAS COM INSETOS Fonte: Terra
A produção de insetos para a alimentação humana precisa ser incrementada. Quando for, não soará tão exótico como atualmente. É o que disse o especialista Arnold Van Huis ao Terra. Segundo ele, apesar de parecer estranho ao mundo ocidental, diversas culturas ao redor do mundo já adotam esta prática e é necessário que a produção seja barateada e aumentada para que possa se tornar uma alternativa viável à carne convencional. Ele diz, inclusive, que em um teste cego conduzido por sua equipe com almôndegas convencionais e outras feitas a partir de um tipo de inseto moído, nove em cada dez testados preferia as últimas. Na semana passada, a Organização para a Agricultura e a Alimentação da ONU (FAO, na sigla www.grupoastral.com.br
em inglês) divulgou em Roma um relatório incentivando a produção em largar escala de insetos como uma das alternativas para combater a fome do mundo. Após o caso ter grande repercussão, o holandês Van Huis, professor da Universidade de Wageningen e um dos principais estudiosos da entomofagia (ação de comer insetos) no mundo, conversou com Terra por Skype sobre as vantagens e os riscos envolvidos na prática. Van Huis, que participou da conferência da FAO em Roma, afirma que, se produzidos em ambientes higiênicos, os riscos de intoxicação no consumo de insetos são mínimos. Mas faz um alerta: “não vá até o seu quintal e colete insetos”. Ele também é coautor de um livro de receitas com insetos chamado Het Insectenkookboek (O Livro de Receitas de Insetos, na tradução aproximada do holandês), atualmente disponível apenas em holandês na internet, mas que deve ganhar versão em inglês até o fim de 2013. Leia a entrevista abaixo: Terra - Quando você começou seus estudos na área? Arnold van Huis - Eu tive um ano sabático na África e, entre 1995 e 2000, cerca de 400 pessoas de 22 países do continente e com frequência falávamos sobre aspectos culturais dos insetos, mas também sobre a ingestão deles. Foi nesse momento em que eu me interessei. Terra - Qual foi a sua primeira experiência de comer insetos? Arnold van Huis - Durante o meu estudo, eu provei tipos diferentes de insetos. Cupins, gafanhotos, etc. Terra - E você gostou? Arnold van Huis - Sim. Para a maioria das pessoas a primeira vez é difícil. Mas a segunda normalmente não é um problema. Terra - O gosto é muito diferente de carne de gado? Arnold van Huis - O gosto depende muito. Atualmente há 1,9 mil espécies listadas (para o consumo) em nosso site. Elas são diferentes em valor nutricional, são diferentes em gosto. Eu não posso dizer que há um gosto geral para insetos. Realmente varia a cada espécie. Terra - Quais sãos as vantagens do consumo de insetos na alimentação? Arnold van Huis - Em primeiro lugar, nós precisamos de alternativas para a carne convencional. É uma necessidade. Porque a pecuária atual ocupa 70% de toda a terra agrícola. Há previsões de que o consumo de carne vá dobrar até 2050, então não podemos continuar só com a pecuária. As vantagens estão em uso da terra: você precisa de muito menos terra para produzir insetos do que na pecuária convencional. Você pode criá-los à base de material orgânico, até com estrume. Os insetos emitem muito menos gases de efeito estufa. Se você olhar para a produção de amônia, que vem causando a acidificação do meio ambiente, dois terços dela é produzida pela pecuária, e insetos produzem muito, muito menos. Na nutrição, é muito similar à carne convencional.
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RECOMENDADO PELA ONU, CONSUMO DE INSETOS NA DIETA JÁ OCORRE NO BRASIL Fonte: G1
O consumo de insetos na alimentação humana, recomendado em um relatório publicado nesta semana pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), já existe em algumas espécies que são consumidas no Brasil. A mais comum é a formiga tanajura, que é um alimento relativamente tradicional em áreas do interior de Minas Gerais e do Nordeste, em forma de farofa. Outro inseto conhecido é a larva do besouro Pachymerus nucleorum, que se instala dentro de frutos, e que por isso também é conhecida como “larva do coquinho”. Seu consumo faz parte de brincadeiras na zona rural e de treinamentos de sobrevivência na selva. Os órgãos oficiais ainda não dão muita importância ao assunto, apesar da recente recomendação do órgão da ONU. No Guia Alimentar para a População Brasileira, o Ministério da Saúde não faz nenhuma menção ao consumo de insetos. Já a Secretaria de Segurança Alimentar e Nutricional (Sesan) do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) entende que esse hábito alimentar não faz parte da cultura brasileira e não tem estudos neste sentido. O Ministério da Agricultura, por sua vez, afirma que não há registro oficial de estabelecimentos que www.grupoastral.com.br
produzam insetos para o consumo humano. “Eu espero fortemente que o governo brasileiro reconheça os insetos como fonte de alimentos dos brasileiros”, afirmou Eraldo Costa Neto, professor da Universidade Estadual de Feira de Santana (BA) que pesquisa as relações entre humanos e insetos. “Infelizmente, o governo brasileiro ainda vê insetos como pragas”, completou o especialista, que foi o único brasileiro a participar da convenção da FAO que deu origem ao relatório publicado na segunda. À espera de reconhecimento Apesar de o Ministério da Agricultura dizer que nunca registrou nenhum produtor de insetos para consumo humano, uma empresa de Minas Gerais afirma que já entrou com o pedido para obter a licença e que ainda não recebeu resposta. Na verdade, a Nutrinsecta é especializada na produção de insetos para a alimentação de animais. No entanto, como os animais são tratados em um ambiente limpo e saudável, não há nenhum empecilho para o consumo humano. Isso atrai chefs de cozinha e curiosos, que, esporadicamente, usam esses ingredientes para desenvolver seus pratos. Com a orientação da FAO, a empresa espera que o mercado cresça e se prepara para atender a uma possível demanda. “Hoje, eu estou muito feliz porque realmente nunca fiz nenhuma gestão para alimentação humana, exatamente pelo preconceito”, afirmou Luiz Otávio Gonçalves, presidente do Grupo Vale Verde, ao qual a Nutrinsecta pertence. “Mas agora eu posso sair do armário”, brincou o empresário. Os insetos produzidos no local são os tenébrios -- um tipo de besouro do qual se consome a larva, nos tipos comum e gigante -- grilo preto, barata cinérea, larva de mosca e pupa de mosca. A criação de insetos nasceu de um hobby de Gonçalves, que mantém um viveiro com aves raras em um parque mantido pela empresa em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, ajudando, inclusive, a reproduzir espécies em extinção. No início, as aves eram alimentadas com sementes, como na natureza. Porém, como gastam menos energia no cativeiro, o excesso de gordura das sementes prejudicava o sistema reprodutivo das aves. O criador pediu ajuda a especialistas e foi instruído a usar insetos como ração. “O nível de reprodução das aves foi de 35% para 70%”, contou. A partir daí, o grupo começou a criar seus próprios insetos. Hoje, a produção está em uma tonelada por mês, com planos de expansão, mas a ideia principal continua sendo o uso como ração animal. Valores nutricionais A recomendação da FAO pelo consumo de insetos se dá pela grande quantidade de proteínas encontrada nestes animais. Os números variam muito de acordo com o tipo de inseto, mas as espécies já consumidas no Brasil e as produzidas pela Nutrinsecta têm valores bem acima dos alimentos tradicionais, como mostra a tabela ao lado. “As proteínas são nutrientes necessários ao organismo para o crescimento, desenvolvimento e reparação dos tecidos corporais. Além de fazerem parte de diversas estruturas do organismo, compõem enzimas, hormônios, fazem transporte de nutrientes e compõem o sistema imunológico”, explicou a nutricionista Lara Natacci, responsável técnica da Dietnet Assessoria Nutricional, www.grupoastral.com.br
de São Paulo. A orientação dos nutricionistas é que uma pessoa consoma entre 0,8 e 1 grama diária de proteínas para cada quilo de seu peso. Em outras palavras, quem pesa 50 kg deve ingerir entre 40 e 50 gramas de proteínas em um dia. Embora o relatório tenha sugerido os insetos como uma forma de combate a fome, esse não é o único objetivo da organização. A ideia, em longo prazo, é criar o hábito e incluí-lo no cardápio como um todo. “Inseto não é para gente pobre e desnutrida. Inseto é para ser consumido por todos”, afirmou o especialista Eraldo Costa Neto. Por serem ricos em proteínas, os insetos conseguiriam suprir a mesma produção de nutrientes do gado gastando menos recursos – água, área e alimentos. Como a tendência é que o preço da carne bovina suba muito ao longo do século, a dieta de insetos tende a ganhar adeptos. “É uma alternativa não só econômica, como também ecológica”, apontou Costa Neto. Os insetos também são muito ricos em gordura, mas o tipo de gordura é diferente do encontrado nos bovinos, por exemplo. “Eles têm gorduras poli-insaturadas, que não nos fazem mal, diferentemente da picanha”, indicou o pesquisador. Esse tipo de gordura é semelhante à encontrada em peixes e sementes oleaginosas, comumente indicada por médicos. Outro ponto a favor dos insetos na tabela nutricional são os minerais – em especial o ferro, essencial para combater a anemia. Em geral, eles têm, no mínimo, a mesma quantidade de ferro presente na carne vermelha – que, por sua vez, já é considerada rica na substância. Eles têm ainda quantidades significativas de sódio, potássio, zinco, fósforo, manganês, magnésio, cobre e cálcio, e a quantidade varia de espécie para espécie. Cuidados Os defensores desse tipo de alimentação não sugerem, no entanto, que insetos encontrados em casa sejam incluídos na dieta da noite para o dia. “Não se devem pegar animais a torto e a direito porque eles podem ter contaminantes”, alertou Costa Neto. Com isso, o especialista não se refere apenas à sujeira que eles podem trazer, mas também a toxinas naturais que podem existir nesses organismos. Existem milhões de espécies de insetos e muitas delas não são comestíveis em hipótese nenhuma. “Falta ainda muita pesquisa básica – de biologia – para saber que espécies de insetos estariam aptas para o consumo humano”, disse o especialista. Outro cuidado necessário para quem tiver curiosidade em consumir os insetos tem que ter é em relação às alergias. Os crustáceos, como o camarão e a lagosta, pertencem ao mesmo filo que os insetos, o dos artrópodes. Assim, quem tiver alergia a um grupo possivelmente também terá reação alérgica ao outro.
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