A história ou a leitura do tempo

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ISBN 978-85-7526-393-8

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Roger Chartier A história ou a leitura do tempo

A história ou a leitura do tempo

um dos mais importantes estudiosos da história cultural, especialmente da história do livro e da leitura. É professor-titular da cadeira de Escrita e Cultura da Europa Moderna no Collège de France desde 2007. Atua como professor convidado em diversas universidades de porte, incluindo a Universidade da Pensilvânia, e viaja pelo mundo ministrando palestras. É membro, entre outros, dos conselhos editoriais da Revue de Synthèse (Paris), da revista Mana. Estudos de Antropologia Social (Rio de Janeiro) e da série Studies in Print Culture and the History of the Book (University of Massachusetts Press). Entre seus livros publicados no Brasil estão Práticas da leitura (Estação Liberdade, 1998), Aventura do livro – do leitor ao navegador (UNESP, 1998), História da leitura no mundo ocidental (Ática, 1998) e A ordem dos livros (UnB, 1998).

R o ger Chart ier

Roger Chartier, francês de Lyon, é

Este ensaio reflete sobre as interrogações que permeiam, hoje em dia, a escritura da história. A partir dos anos 1970 e das obras de Paul Veyne, Hayden White e Michel de Certeau, os historiadores discutiram duas questões essenciais: de um lado, a tensão entre a forma retórica e narrativa da história, partilhada com a ficção, e seu estatuto de conhecimento comprovado; de outro, a relação entre o lugar social em que a história como saber se produz (agora a universidade, anteriormente a cidade antiga, o mosteiro, as cortes, as academias) e a seus temas, técnicas e retórica. Recordando e deslocando essas questões clássicas, este ensaio destaca três problemas mais recentes: 1) A concorrência para a representação do passado entre história, literatura e memória; 2) As possibilidades e os efeitos da comunicação e da publicação eletrônicas sobre a investigação e a escritura históricas; 3) A construção da relação entre as experiências do tempo e a construção do relato histórico.

Edição

Um dos mais conhecidos historiadores da atualidade, Roger Chartier tem obras publicadas em vários países do mundo, sempre provocando reflexões acerca da leitura. Nesta publicação o tema emerge ao lado de uma discussão pertinente sobre a história e o tempo. Três problemáticas a norteiam: a concorrência para a representação do passado entre história, literatura e memória; as possibilidades e os efeitos da comunicação e da publicação eletrônicas sobre a investigação e a escritura históricas e, por fim, a constituição da relação entre as experiências do tempo e a construção do relato histórico. Para Chartier, a especificidade da história é sua capacidade de distinguir e articular os diferentes tempos que se acham superpostos em cada momento histórico, e, depois de debruçar-se sobre a relação entre história, ficção, memória e saber histórico – dialogando com nomes como Paul Veyne, Hayden White e Michel de Certeau –, ele afirma: “fato é que a leitura das diferentes temporalidades que fazem que o presente seja o que é, herança e ruptura, invenção e inércia ao mesmo tempo, continua sendo a tarefa singular dos historiadores e sua responsabilidade principal para com seus contemporâneos”. A tensão entre a forma retórica e a narrativa da história, seu estatuto de conhecimento comprovado e, em contrapartida, a relação entre o lugar social em que a história como saber se produz são questões evocadas nesta obra, uma das principais já publicadas sobre o tema.

13/09/2010 17:53:17


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