Do mesmo autor de Minha metade silenciosa
ANDREW
ANDREW SMITH
SMITH
O LUGAR ERRADO NA HORA ERRADA!
Veja mais no site do autor: www.authorandrewsmith.com
Aos 16 anos, tudo o que Jack mais quer é curtir as férias de verão com seu melhor amigo, Conner, e eles vão dar uma grande festa para celebrar o fim das aulas. Mas algo dá muito errado! Jack perde a linha, fica bêbado e acaba caindo nas mãos de um maníaco que o droga e o sequestra. Ele escapa por um triz e conta o que sofreu apenas para Conner. O amigo tenta tranquilizá-lo, dizendo que tudo vai ficar bem. Mas será que vai?
“A lente de Marbury vai tomar conta de sua mente e nunca mais vai sair. Assustador, arrepiante, medonho e maravilhoso!” Michael Grant, autor de Gone.
Um sequestro, um assassinato, um par de óculos...
“Um livro sangrento e genuinamente perturbador com um tremendo impacto emocional. Os personagens de Smith são muito bem desenvolvidos e o universo alternativo pelo qual viajam é tão surreal quanto crível.” Publishers Weekly
A viagem de férias para a Inglaterra parece ser a oportunidade perfeita para se livrar de seus fantasmas, mas Jack sabe que sua vida nunca mais será a mesma. Em Londres, um estranho lhe entrega um par de óculos cujas lentes lhe mostram um outro mundo: um lugar chamado Marbury. Marbury está em guerra. É um lugar desolador que cheira à morte e destruição, onde os poucos sobreviventes precisam fugir se quiserem continuar vivos. Nesse mundo apocalíptico, Jack é responsável por dois garotos mais jovens, que são seus únicos companheiros, e também precisa enfrentar Conner, que o persegue e quer matá-lo. Será que Jack conseguirá escapar e lutar contra seu melhor amigo? Será que tudo o que ele viu nesse universo paralelo é real, ou seriam apenas alucinações provocadas pelas drogas injetadas pelo sequestrador? Como agir quando loucura e realidade se confundem? Jack está perdendo o controle e sua única certeza é que sua vida está em jogo.
A LENTE DE
Aclamado pela crítica e ganhador de diversos prêmios, Andrew Smith é autor de nove romances juvenis. Nascido na Califórnia, foi durante o ensino médio, quando era editor do jornal do colégio, que descobriu sua vocação para a escrita. Graduado em Ciências Políticas, Jornalismo e Literatura, experimentou a carreira jornalística, mas percebeu que aquele não era o tipo de escrita que sonhava fazer. Passou grande parte da juventude viajando pelo mundo, dedicando-se aos mais diversos trabalhos. Ao se estabelecer definitivamente no sul da Califórnia, tornou-se professor de adolescentes em situações de risco, o que o inspirou em seus textos. Incentivado por um amigo escritor, publicou seu primeiro romance em 2008, Ghost Medicine, indicado como um dos melhores livros do ano para jovens adultos. Seus outros trabalhos também foram muito bem recebidos pela crítica, entre eles A lente de Marbury (melhor ficção juvenil de 2010 pela Amazon, livro do ano pela Publishers Weekly e escolha do editor pela Booklist); e In the Path of Falling Objects (Southwest Book Award de 2011). Atualmente, Smith vive numa região de montanhas perto de Los Angeles com a esposa, dois filhos adolescentes, dois cavalos, três gatos e um lagarto arisco chamado Leo.
“Uma viciante história de terror e fantasia. As cenas horripilantes aliadas a uma narrativa repleta de suspense constroem um ritmo esplêndido.” Kirkus Reviews
A LENTE
DE ISBN 978-85-8235-150-5
9 788582 351505
tradução
Bruno Vasconcelos
Copyright © 2010 Andrew Smith Copyright © 2016 Editora Gutenberg Título original: The Marbury Lens Todos os direitos reservados pela Editora Gutenberg. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos ou em cópia reprográfica, sem a autorização prévia da Editora.
editora
capa
Silvia Tocci Masini
Rich Deas e Kathleen Breitenfeld (sobre a imagem de Gary Spector [ator] e Brazen Device [óculos])
editores assistentes
Felipe Castilho Nilce Xavier
adaptação de capa
Carol Oliveira
assistentes editoriais
revisão
Andresa Vidal Branco Carol Christo
Malvina Tomaz
preparação
Guilherme Fagundes Jairo Alvarenga
diagramação
Isabela Noronha
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil
Smith, Andrew A lente de Marbury / Andrew Smith ; tradução Bruno Vasconcelos. -- Belo Horizonte : Editora Gutenberg, 2016. Título original: The Marbury Lens ISBN 978-85-8235-150-5 1. Ficção norte-americana I. Título. 14-08824
CDD-813
Índices para catálogo sistemático: 1. Ficção : Literatura norte-americana 813
A GUTENBERG É UMA EDITORA DO GRUPO AUTÊNTICA
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Para Liz Szabla
Agradecimentos
Obrigado a meus amigos Craig Morton e Dean Shauger, que sempre estiveram dispostos a conversar sobre as partes mais intrincadas da história. Obrigado também aos colegas Michael Grant, Brian James, Bill Konigsberg, Yvonne Prinz e Kelly Milner Halls; ao blogueiro Adam DeCamp; e aos amigos Nora Rawn, Andrea Vuleta, Nevin Mays e Lucia Lemieux – os quais me deram ideias e sugestões quando os procurei. Como sempre, meus agradecimentos mais sinceros à minha agente, Laura Rennert. E mais uma coisa. Meu bisavô, do lado norte-americano da família, viveu na mesma época de Seth Mansfield e também foi uma criança abandonada.
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Parte um A HORA DA AMETISTA
A
cho que no passado, em outros lugares, meninos como eu geralmente acabavam se contorcendo e esperneando no vão embaixo da forca. Não é de se espantar que eu também me tornei um monstro. Quer dizer, o que se poderia esperar, afinal? Todos os garotos que conheço – e todos que já conheci – conseguem se lembrar do momento específico no passado que os tornou quem são, sem a menor hesitação. Normalmente, são momentos que envolvem coisas como jogar bola ou aprender a pescar ou a ajustar o bico das velas do carro com o pai. Coisas do gênero. Já o meu momento aconteceu no verão passado, quando tinha 16 anos. Foi quando eu fui sequestrado.
UM Vou fazer um esquemão pra você. É como uma daquelas bonecas russas que você abre e tem outra, aí abre de novo e tem mais uma. E cada peça se torna algo diferente. Do lado de fora está o universo, pintado de roxo-escuro, enfeitado de planetas, cometas e estrelas. Então você abre e vê a Terra e, quando esta se abre, vemos Marbury, um lugar que se parece com este mundo, exceto pelo fato de que as coisas horríveis de Marbury não são difíceis de ver. Todas elas estão pintadas bem na superfície, ao alcance dos olhos. A próxima peça é Henry Hewitt, o homem de óculos, e, ao abri-lo, vemos meu melhor amigo, Conner Kirk, pintado como um deus Hindu: braços como serpentes, radiante e de torso nu. 11
Quando você o abre, surge Nickie Stromberg, a menina mais linda que já vi, e talvez a única pessoa neste mundo, além de Conner, que realmente tenha me amado. Agora está quase terminando; a próxima peça é Freddie Horvath. Este é o homem que me sequestrou. Logo depois, há um vulto pálido de um menino, Seth, um fantasma de Marbury que me encontrou e me ajudou. Acho que ele estava me procurando há muito tempo. E, no interior de todas as outras peças, eu: John Wynn Whitmore. Mas todos me chamam de Jack. Mas, então, eu me abro também, e o que surge é algo pequeno, preto e enrugado. O centro do universo. Brincadeira legal, não foi? Não sei se o que vejo e faço em Marbury está no futuro ou se vem do passado. Talvez tudo esteja acontecendo ao mesmo tempo. O que sei é que desde que comecei a visitar aquele lugar não pude mais parar. Sei que parece loucura, mas comecei a me sentir mais seguro em Marbury; pelo menos lá as coisas eram mais previsíveis do que o aqui e agora. Preciso explicar.
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DOIS
Fumaça. Tudo cheira a cigarro. O ranço mantém minha mente acordada e meus olhos abertos. Não sei onde estou, mas posso dizer que tem cigarros. A fumaça embrulha meu estômago, mas ao menos é algo com que consigo me conectar – como uma âncora, eu acho, que impede minha mente de ficar à deriva novamente. Quero me mexer. Meus braços parecem duas toras. Estou deitado de costas, certo? Não deveria sair logo daqui? Meus olhos estão abertos. Tenho certeza de que senti o líquido viscoso entre as pálpebras ceder, mas é como tentar enxergar dentro de uma piscina. Uma piscina amarela e cinza, onde vejo o vulto de uma janela e o contorno de Freddie Horvath, de pé. Fumaça. Adormeço novamente. Passei meu primeiro dia todo assim. Consciente por cinco segundos.
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