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O Telma Ferraz Leal Eliana Borges Correia de Albuquerque
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Artur Gomes de Morais (orgs.)
Alfabetizar letrando na EJA
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omo se relacionam alfabetização e letramento na EJA? Como os alunos se apropriam do sistema de escrita alfabética e que
atividades podem ajudá-los nesse desafio, em sala de aula? Qual a importância do ensino voltado à compreensão e à produção de textos orais e escritos durante a alfabetização? Como planejar as rotinas escolares, na área de língua portuguesa, na EJA, de modo a contemplar boas atividades de alfabetização e sequências didáticas nas quais se trabalham os diferentes gêneros textuais? Fruto da experiência em pesquisa e ensino dos autores, este livro aprofunda essas questões. Com essa intenção, proporciona ao leitor elementos para que reflita sobre a apropriação da escrita – num sentido amplo – por jovens e adultos alfabetizandos. Além de trazer fundamentos teóricos para a ação docente, a obra socializa estratégias didáticas que favorecem a emergência de promissoras situações de aprendizagem para aqueles cidadãos
Alfabetizar letrando na EJA
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É o que mostra o depoimento de D. Jaci, que, do alto de seus 73 anos, avaliou, ao final de seu curso de alfabetização: “Não sei de nada. Quando cheguei aqui, já sabia meu nome e as letras. Nada mais aprendi aqui. Queria aprender, mas não aprendi nada”. Portanto, neste livro, objetivamos refletir sobre a alfabetização de jovens e adultos e, ao mesmo tempo, socializar estratégias didáticas que promovam a emergência de ricas situações de aprendizagem para jovens e adultos alfabetizandos e para nós, professores e pesquisadores, que trabalhamos com esses alunos. Ao longo de toda a obra, vários relatos são inseridos, como meio de dividir os muitos saberes que os professores da educação básica têm gerado no cotidiano da sala de aula. Mais do que sugerir uma proposta de alfabetização, buscamos compartilhar o que temos aprendido nas interações com jovens e adultos alfabetizandos e com professores comprometidos com a prática educativa.
fundamentos teóricos e propostas didáticas
que retornam à escola.
Práticas de educação de jovens e adultos - Complexidades, desafios e propostas Marisa Narcizo Sampaio, Rosilene Souza Almeida Sujeitos da educação e processos de sociabilidade - Os sentidos da experiência Leôncio Soares, Isabel de Oliveira e Silva (Orgs.) Outros títulos da coleção no site www.autenticaeditora.com.br
Capa_Alfabetizacao.indd 1
ISBN 978-85-7526-418-8
www.autenticaeditora.com.br 0800 2831322 9 788575 26418 8
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s alunos da EJA, quando ingressam em uma turma de alfabetização, pela própria trajetória de vida, possuem uma série de conhecimentos sobre a escrita alfabética que não é suficiente para que se insiram, com autonomia, em variadas práticas de leitura e de escrita. Dominar o sistema de escrita alfabética não é suficiente para que alguém possa ser considerado alfabetizado, uma vez que esse conceito sofreu uma série de redefinições e, em uma sociedade na qual as práticas de leitura e escrita têm se tornado cada vez mais complexas, passou a englobar, também, a capacidade de ler e escrever gêneros diversos, em contextos diferenciados. Assim, nas turmas de alfabetização de pessoas jovens e adultas, essas duas dimensões da alfabetização – a aprendizagen do sistema alfabético e da linguagem que se usa para escrever diferentes textos – precisam ser contempladas. Aprender a ler e escrever de forma autônoma é um direito que precisa ser assegurado a todos. Para isso, precisamos construir práticas de alfabetização que contemplem tanto a leitura e a produção de textos como atividades que permitam a apropriação do sistema de escrita alfabética. Alfabetizar letrando é uma empreitada que se faz urgente. Sua premência se torna ainda mais evidente quando consideramos que muitos alunos da EJA que retornam à escola não conseguem, efetivamente, aprender a ler e a escrever.
23/9/2010 15:08:25