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ISBN 978-85-7526-425-6
9 788575 26425 6
Ju l i o P i nto | Ve ra Ca sa N ova
Os carros transitando pelas ruas da cidade podem ser lidos de que forma? Essa pergunta lhe pareceu sem sentido? Julio Pinto e Vera Casa Nova, dois estudiosos de referência no campo da semiótica e apaixonados por suas possibilidades, debruçam-se aqui sobre a história da semiótica, contemplando suas interfaces, suas apropriações e seus usos na construção do cotidiano. Para o leitor, será simples perceber que carros transitando pelas ruas da cidade podem ser lidos como signos de poder econômico, de poluição urbana, de design automobilístico... Isso porque a leitura vai semiotizar os carros, transformando-os em signos, conforme o desejo e as possibilidades do sujeito-leitor em sua inserção social. Instrumento para reflexão sobre a semiótica, em linguagem acessível e com insights surpreendentes, este livro desmistifica a temática e aproxima o tema do leitor de forma a atraí-lo para novas leituras e percepções acerca do mundo em que vive.
Al gum as se m i óti c a s
explora seus usos e apropriações desde épocas remotas até a contemporaneidade, revelando suas inúmeras, e muitas vezes surpreendentes, faces. Julio Pinto e Vera Casa Nova, duas referências no assunto, mostram que, ao se falar em semiótica, não se podem desentranhar os textos (em seu sentido mais amplo, isto é, qualquer organização de signos, verbais ou não, que, de alguma forma, produz significação) de suas condições de produção e recepção, já que ela não é uma semântica, mas uma pragmática (no sentido linguístico do termo), que pensa a linguagem em operação nos contextos, e não instanciada em textos desencarnados de sua sociabilidade. Algumas semióticas é uma ferramenta acessível para aqueles que querem se aprofundar ou mesmo conhecer o fascinante universo da semiótica, aproximando-a do nosso cotidiano.
Julio Pinto Vera Casa Nova
Algumas semióticas
O sentido, o discurso ou a representação? Qual seria o objeto da semiótica? A resposta pode criar diferentes campos interdisciplinares, seja com a psicanálise, com a lógica, com a antropologia, seja com a comunicação. Antes de tudo, entretanto, procede a preocupação de não restringir a semiótica ao espaço limitado de uma ciência. Por quê? Não é esse o conceito difundido entre a maioria de nós? Mas, pensando o signo, o sentido, o discurso ou a representação, uma ciência tradicional poderia fazer muito pouco. Melhor será considerarmos a semiótica uma pesquisa epistemológica que pode e deve tomar a própria ciência como objeto; é o que apostam os autores deste livro. Embora tenha adquirido nova feição somente no século XX, a história da semiótica no Ocidente data de tempos longínquos, o que pode ser conferido nas páginas deste livro, que