Antônio

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HUGO MONTEIRO FERREIRA

ILUSTRAÇÕES

CAMILA CARROSSINE

HUGO MONTEIRO FERREIRA

ilustrações de CAMILA CARROSSINE

Copyright © 2024 Hugo Monteiro Ferreira (texto)

Copyright © 2024 Camila Carrossine (ilustrações)

Copyright desta edição © 2024 Editora Yellowfante

Todos os direitos reservados pela Editora Yellowfante. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

Obra publicada originalmente em 2012 pela Escrita Fina.

edição geral

Sonia Junqueira

assistente editorial

Julia Sousa

revisão

Lorrany Silva

edição de arte

Diogo Droschi

diagramação

Arthur Carrião

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Ferreira, Hugo Monteiro

Antônio / Hugo Monteiro Ferreira ; ilustração Camila Carrossine. -- 1. ed. -- Belo Horizonte, MG : Yellowfante, 2024.

ISBN 978-65-6065-096-1

1. Abuso sexual contra as crianças - Prevenção - Literatura infantojuvenil 2. Educação sexual - Literatura infantojuvenil I. Carrossine, Camila. II. Título.

24-221006

Índices para catálogo sistemático:

1. Literatura infantil 028.5

2. Literatura infantojuvenil 028.5

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

CDD-028.5

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A
Maria Clara, Josete, mamãe & Laura van Boekel.

Antônio

Antônio gosta de brincar. Adora correr.

Gosta de jogo da memória e de ler histórias em quadrinhos. Tem sete anos. Seu cabelo é ruivo.

Seus olhos, escuros. Gosta de conversar com as plantas e tem um cachorro. Antônio tem sonhos; dois deles são: ser mágico e saber voar. Seus pais trabalham muito. O menino sente falta deles.

Em sua casa, tem um jardim com rosas brancas e vermelhas. Há também outras flores, mas Antônio gosta mesmo é das rosas. E gosta de ficar embaixo do pé de manga que tem no quintal de sua casa.

Nas férias da escola, vai para a casa dos tios no interior e brinca com os primos.

A Mão

Antônio não viu ninguém, mas sentiu a Mão. Não era a primeira vez que a Mão vinha. Antônio detestava a Mão. Era grande. Segurava forte e o impedia de falar. Depois, dizia umas coisas só para Antônio ouvir e queria que ele fizesse tudo o que ela mandava. Antônio não gostava de fazer o que ela mandava, mas a Mão dizia que, se ele não fizesse do jeito que era para fazer, um monte de coisas ruins aconteceriam com Antônio. O menino sentia muito medo e fazia tudo o que a Mão queria. Depois, a Mão saía e Antônio ficava com medo, com frio e sentia uma dor que não era no corpo. Antônio nunca contava para ninguém o que a Mão fazia com ele, pois a Mão o ameaçava, dizia que faria maldades com os pais dele, caso o menino falasse algo.

Como Antônio ficou depois que a Mão apareceu…

Logo no início, Antônio ficou em silêncio.

Não quis mais falar. Não quis mais brincar de correr. Não quis mais ser o menino que era antes da Mão aparecer. Antônio gostava de jogo da memória, mas não queria guardar na memória o que acontecia entre ele e a Mão. Um dia, a professora perguntou o que ele estava sentindo. Mas o menino preferiu ficar calado e não dizer nada. Tinha medo do que a Mão faria, caso ele contasse a alguém o que acontecia. Antônio ficou em silêncio durante toda a aula, e não quis ir brincar no parque com os colegas, e não quis fazer as tarefas, e só quis ficar calado, olhando para o teto da sala de aula. A professora ficou muito preocupada, mas não soube o que fazer.

Com o passar do tempo, Antônio ficou agressivo. Quis bater nos colegas. Xingou a professora e quis matar passarinhos. Olhou para uma lagartixa e disse que jogaria pedra no bicho. A mãe e o pai de Antônio foram até a escola. Mas não sabiam o que fazer. Antônio nunca havia feito aquilo. A professora concordou com os pais.

Antônio quis morder a mão da funcionária da escola e disse que odiava a mão dela. Antônio não gosta de mãos. Elas são más e ameaçadoras. Antônio sente raiva de mãos. Sente nojo.

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