Rosa Vani Pereira é professora, pedagoga e atua na área da educação desde 1993. Sua inserção no debate sobre relações raciais vem desde a adolescência, quando atuou em espaços sociais em prol dos direitos humanos, da vivência da cidadania e dos direitos de negros e mulheres. É mãe de João Iago e Pedro Henrique, cujas existências dão sentido a suas ações e renovam todas as suas esperanças quanto ao surgimento de um mundo em que a origem, a religião, a cor da pele, o sexo e a orientação sexual das pessoas não sejam definidores do lugar que ocupam no mundo.
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Como você vê o tratamento às diferenças na sua escola? Se o tratamento às desigualdades continuar como está, que consequências futuras podem ser esperadas? Essas são apenas algumas das questões que Rosa Vani Pereira questiona nesta publicação que lança luzes à construção identitária do Brasil, contemplando, principalmente, a questão racial. Ao apresentar um panorama histórico sobre o negro no País, a autora incita reflexões a todo e qualquer cidadão, principalmente aos que fazem parte do ambiente escolar e se comprometeram, ou pelo menos deveriam se comprometer, com a educação de nossas crianças e jovens. Para além dos portões das escolas, o aprendizado se transmuta em crenças e ações relativas ao mundo em que se vive e às pessoas que fazem parte dele. Instrumento para reflexão, este livro é um convite da autora para que seus leitores sintam-se responsáveis por incitar a cidadania, o respeito ao próximo, estabelecendo relações humanas e sociais igualitárias. Interativa, a obra apresenta algumas questões a serem respondidas pelo leitor que, no decorrer da publicação, deverá ser motivado a fazer parte de um mundo mais justo, se sentindo parte fundamental e agente em busca de um cotidiano no qual as diferenças não sejam concebidas e tratadas como deficiências. Além disso, há um conjunto de atividades para orientar o professor na sala de aula e uma parte dedicada a apresentar cenas reais e carregadas de racismo que acontecem nos espaços de socialização de uma escola. A palavra de ordem é, portanto, mudança. E a busca maior é pelo respeito ao próximo, independentemente de sua cor.
ISBN 978-85-7526-432-4
9 788575 264324
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Aprendendo valores étnicos na escola
A AUTORA
Rosa Vani Pereira
Rosa Vani Pereira
para além de seus portões –, a autora deixa a mensagem que, apesar de o Brasil se orgulhar do discurso democrático que sustenta, a realidade ainda é, sim, bem diferente da desejável. Além do convite ao engajamento e à mudança de mentalidade, a mensagem que se busca transmitir é que a seguinte: “Sempre é tempo de promover a igualdade, o respeito às diferenças, de combater o racismo, o sexismo, a xenofobia, a homofobia, o preconceito e a discriminação, num exercício de coragem e comprometimento”. E a escola, claro, é cenário legítimo para se difundir essa concepção.
Aprendendo valores étnicos na escola
Para quem ainda não aprendeu a respeitar as diferenças, resta a oportunidade de aprender na escola, importante espaço difusor de informação e construtor de ideologias e crenças. A autora Rosa Vani Pereira parte desse entendimento para chamar a atenção para a necessidade do educar para a cidadania, não importa em que etapa estejam os estudantes. Seja na educação infantil, seja no ensino universitário, o comprometimento com a cidadania e com o respeito às diferenças deve fazer parte da formação de crianças, adolescentes e jovens. Aliás, sempre é tempo de começar a estabelecer relações humanas responsáveis, combatendo o preconceito e o racismo. A partir da leitura deste livro, fica claro que o ambiente escolar é, junto com o familiar, muitas vezes espaço para discriminação. Prova disso é que estudos atestam que a expectativa de professores sobre alguns estudantes costuma ser baixa, o que significa que também o investimento nesses será menor, fazendo com que tenham uma trajetória escolar ruim. Portanto, para modificar a mentalidade que se inicia ou se cristaliza na escola, é preciso, antes de tudo, mudar a percepção dos que têm legitimidade para transmitir conhecimento e aprendizado aos alunos. Apresentando dados e informações sobre a situação do negro e da negra nos espaços de socialização de uma escola – que muitas vezes se reflete no cotidiano
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