Este volume contém: 9 788551 301982
Tratamento psíquico (tratamento anímico) (1890)
O b ras
i nco m pl e tas
O método psicanalítico freudiano (1904 [1905]) Sobre psicoterapia (1905 [1904]) Sobre psicanálise “selvagem” (1910) Recomendações ao médico para o tratamento psicanalítico (1912) Sobre a dinâmica da transferência (1912) Sobre o início do tratamento (1913) Lembrar, repetir e perlaborar (1914) Observações sobre o amor transferencial (1915 [1914])
Sobre fausse reconnaissance (“déjà raconté”) durante o trabalho analítico (1914)
Fundamentos da clínica psicanalítica
Caminhos da terapia psicanalítica (1919 [1918]) A questão da análise leiga. Conversas com uma pessoa imparcial (1926) A análise finita e a infinita (1937) Construções na análise (1937)
LEIA TAMBÉM
• Arte, literatura e os artistas • Compêndio de psicanálise e outros escritos inacabados (edição bilíngue) • Neurose, psicose, perversão • As pulsões e seus destinos (edição bilíngue) • Sobre a concepção das afasias Próximos Volumes
• Amor, sexualidade e feminilidade • Conceitos fundamentais da Psicanálise • Histeria, neurose obsessiva e outras neuroses
d e
Carta a Fließ 242 [133] (16 de abril de 1900)
clínica
A tradução e a edição da obra de Freud envolvem múltiplos aspectos e dificuldades. Ao lado do rigor filológico e do cuidado estilístico, ao menos em igual proporção, deve figurar a precisão conceitual. Embora Freud seja um escritor talentoso, tendo sido agraciado com o Prêmio Goethe inclusive pela qualidade literária de sua prosa científica, seus textos fundamentam uma prática: a clínica psicanalítica. É claro que os conceitos que emanam da Psicanálise também interessam, em maior ou menor grau, a áreas conexas, como a crítica social, a teoria literária, a prática filosófica, etc. Nesse sentido, escolhas terminológicas nunca são anódinas. A coleção Obras Incompletas de Sigmund Freud pretende não apenas oferecer uma nova tradução, direta do alemão e atenta ao uso dos conceitos pela comunidade psicanalítica brasileira, como também uma nova maneira de organizar e de tratar os textos. Um convite para que o leitor desconfie do caráter apaziguador que o adjetivo “completas” comporta.
ISBN 978-85-513-0198-2
FREUD
Obras incompletas de Sigmund Freud
Fundamentos da clínica psicanalítica Apresentação Gilson Iannini Pedro Heliodoro Tavares Posfácio Sérgio Laia
Tradução Claudia Dornbusch
S i g m u n d
F R E UD
Quais os fundamentos da clínica psicanalítica? O que separa a Psicanálise de outras práticas de cuidado, como a medicina, as psicoterapias ou as curas religiosas? A resposta mais direta a essas questões não se esgota em aspectos teóricos; ao contrário, remete-nos ao domínio da prática analítica, relativo ao método e à técnica, assim como à dimensão ética que dali se depreende. Os textos aqui reunidos constituem o essencial dos escritos freudianos sobre a clínica psicanalítica, em sua constituição, em sua história e em seus desdobramentos, recobrindo quase 50 anos de reflexão. Freud percebia não apenas a dificuldade do manejo da técnica analítica, mas também o quanto era especialmente difícil escrever sobre a técnica. Contudo, o arguto pesquisador e o clínico sensível estão sempre à espreita. Outra coisa que salta imediatamente aos olhos do leitor contemporâneo é como questões de natureza técnica frequentemente se desdobram em reflexões de cunho ético. Freud evitou a todo custo hipostasiar regras e procedimentos numa espécie de manual de protocolos ou de prescrições codificados para o analista, o que certamente poria a perder o essencial da prática analítica, que é a abertura à escuta da singularidade. Por essa razão, esses ensaios foram reunidos sob a égide de fundamentos da clínica. O presente volume traz ainda material inédito. Pela primeira vez, o célebre “A questão da análise leiga” é publicado na íntegra: foram restituídos trechos excluídos do Posfácio de 1927, além de notas preparadas em 1935 que nunca vieram a lume. Em uma dessas notas, Freud critica a tradução inglesa das instâncias psíquicas: “Tornou-se usual na literatura psicanalítica de língua inglesa substituir os pronomes ingleses I [Eu] e It [Isso] pelos pronomes latinos Ego e Id. Em alemão dizemos Ich [Eu], Es [Isso] e Überich [Super-Eu].”