O Chefão lá do morro

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Copyright © Otávio Júnior (texto)

Copyright © Angelo Abu (Ilustrações)

edição geral

Sonia Junqueira

projeto gráfico e editoração eletrônica

Christiane Costa

Diogo Droschi

revisão

Carolina Lins

Lúcia Assumpção

informações paratextuais

Juliana Valéria de Abreu

Todos os direitos reservados pela Editora Nemo. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Otávio Júnior

O chefão lá do morro [livro eletrônico] / Otávio Júnior ; ilustração Angelo Abu. -- 1. ed. -- São Paulo : Nemo, 2021.

HTML

ISBN 978-65-86128-93-2

1. Morro do Alemão - Rio de Janeiro (RJ) - Literatura infantojuvenil I. Abu, Angelo. II. Título.

22-137842

CDD-028.5

Índices para catálogo sistemático:

1. Literatura infantil 028.5

2. Literatura infantojuvenil 028.5

Henrique Ribeiro Soares - Bibliotecário - CRB-8/9314

Av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I . Sala 309 . Cerqueira César 01311-940 . São Paulo . SP

Coleção Lá do beco

Quem manda

lá no morro , irmão?

É o popular e famoso “Chefão”...

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Dizem que ele é muito mau.

Com sua fama, já foi até

capa de jornal.

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Domina o morro armado até os dentes, rodeado por seus soldados e parentes.

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O Bonde do Chefão: Magrinho, Perninha, Sultão, Bola e Pretinho.

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9

Teve uma vez que o Chefão foi parar no xadrez...

Não ficou por lá nem um mês.

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Tem criança que acha o Chefão o máximo, mas os pais não gostam que brinquem com ele nem por um segundo.

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O carteiro sobe o morro bem devagar, para a ira do Chefão não despertar.
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Às vezes o Chefão fica triste, e a tristeza lhe dá uma tremenda gastrite.

Ele fica feliz com um belo prato de carne moída misturada com batata batida.

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Será que o Chefão é assim tão

mau?

Ele gosta de tomar banho de mangueira no quintal e correr atrás de pipa com o menino Juvenal.

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Gosta de cavar buracos fundos e furar a bola da pelada dos garotos.

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O Chefão não é invencível: tem medo de um bichinho quase invisível.
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Ele é apaixonado pela Belinha, que mora no Morro da Fazendinha.
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Este é o Chefão lá do morro, sabia não?

É um Chefão que não tem raça... mas é um tipo cheio de graça.

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Informações paratextuais

E então, “quem manda lá no morro, irmão?”. O autor deste livro, Otávio Júnior, guardou para o final da história a resposta para essa pergunta e, aos poucos, foi nos apresentando o “Chefão”. Essa é uma estratégia que alguns autores utilizam para criar um suspense, para nos deixar em dúvida durante a leitura, para nos provocar e colocar a nossa imaginação para funcionar. A revelação de quem ele era funcionou como um elemento surpresa, com um final inesperado.

Aposto que você nem imaginava que o Chefão seria um cachorro, acertei? Isso aconteceu porque estamos acostumados a ver nos filmes, nos desenhos e nos livros que os chefes de um lugar onde vivem pessoas são também pessoas! E, quando descobrimos quem ele é, dá vontade de ler o livro mais uma vez, para prestar bastante atenção em como é a vida do cão lá no morro. Você fez isso? Se não fez, vale a pena tentar!

As ilustrações do Angelo Abu (que diferente esse nome, não é?) são muito legais e cheias de pequenos detalhes... Elas complementam o suspense da obra, atraem nosso olhar. A cada nova página, ficamos procurando o Chefão nos desenhos, tentando descobrir quem ele é, enquanto observamos os outros personagens que aparecem e mesmo o próprio morro.

Os desenhos foram todos feitos à mão: nada de computador! O ilustrador utilizou duas técnicas para ilustrar o livro: o desenho com caneta nanquim e a pintura em aquarela. Você reparou que na capa e em todas as páginas aparece a cor laranja? Imagina por quê? Essa coloração nos desenhos representa a energia, o calor humano, a alegria das pessoas que moram na favela. É um jeito de colocar um pouco mais de emoção nas imagens.

O gênero literário

O poema é um gênero textual em que o autor pode expressar muito por poucas palavras. O Chefão lá do morro é bem assim. Por isso, você pode produzir um universo de interpretações que vão além do que está escrito, a partir das suas vivências, conhecimentos de mundo e outras experiências de leitura. A cada página deste livro, você encontra uma ou duas estrofes, que são formadas por um conjunto de versos. Algumas estrofes contêm rimas, outras, não.

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Você já pensou em escrever um poema? Vale tentar, viu... Muitos escritores de livros para crianças contam que escreveram seus primeiros versos na infância!

O autor

Nasci e moro na zona Norte do Rio de Janeiro. Adoro o ambiente comunitário e decidi escrever sobre a infância nas zonas populares. Escrevo desde 2007, quando iniciei minhas pesquisas de promoção de leitura no projeto Ler é 10 – Leia Favela. Costumo dizer que esse projeto serve como um laboratório de experimentação. Adoro ler e criar brincadeiras para ler.

O ilustrador

Nasci em Belo Horizonte e moro na minha mochila, cada hora em um lugar. Quando ilustrei este livro, morava em Sarajevo, capital da Bósnia e Herzegovina.Uma cidade que, como o Morro do Alemão, traz suas marcas de guerra nos buracos das paredes. Guerra de um passado que, com muito custo, conseguiram deixar para trás.

Comecei a ilustrar em 1995 e não parei mais, já tendo ilustrado, até hoje, inúmeros livros de importantes autores da literatura infantil brasileira.

Foi uma vivência incrível participar desse “laboratório” do Otávio Júnior, experimentando técnicas e estilos de tão longe – e, ao mesmo tempo, tão perto.

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