Cinema e educação Reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola Adriana Fresquet
ALTERIDADE E CRIAÇÃO
Coleção Alteridade e Criação
Cinema e educação Reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola
Adriana Fresquet
Copyright © 2013 Adriana Fresquet Copyright © 2013 Autêntica Editora Todos os direitos reservados pela Autêntica Editora. Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida, seja por meios mecânicos, eletrônicos, seja via cópia xerográfica, sem a autorização prévia da Editora. coordenadora da coleção alteridade e criação
Adriana Fresquet capa
Alberto Bittencourt (Sobre O regador regado (L’arroseur arrosé; França; Luis Lumière; 1896) Diagramação Christiane Morais preparação e revisão
Lúcia Assumpção editora responsável
Rejane Dias Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fresquet, Adriana Cinema e educação : reflexões e experiências com professores e estudantes de educação básica, dentro e “fora” da escola / Adriana Fresquet. -- Belo Horizonte : Autêntica Editora, 2013. -- (Coleção Alteridade e Criação, 2) ISBN 978-85-8217-260-5 1. Cinema na educação 2. Educação 3. Pedagogia I. Título. II. Série.
13-08203
CDD-371.33523 Índices para catálogo sistemático: 1. Cinema e educação 371.33523
Autêntica editora ltda. Belo Horizonte Rua Aimorés, 981, 8º andar . Funcionários 30140-071 . Belo Horizonte . MG Tel.: (55 31) 3214 5700 Televendas: 0800 283 13 22 www.autenticaeditora.com.br
São Paulo Av. Paulista, 2.073, Conjunto Nacional, Horsa I 23º andar, Conj. 2301 . Cerqueira César 01311-940 . São Paulo . SP Tel.: (55 11) 3034 4468
Ă€ Vale (14), Giuli (12) e Mile (10), pelo que me permitiram aprender, ensinando. Ao Jorge (69) e Ă Juanita (69), pelo que me permitiram ensinar, aprendendo.
Agradecimentos
A todos os colegas e alunos envolvidos no projeto Cinema para Aprender e Desaprender desde 2006 até hoje, fevereiro 2013. Ao Hernani Heffner, companheiro de longa estrada, memória viva do cinema brasileiro, que acreditou neste projeto de cinema/educação quando era apenas sonho. Aos colegas e autoridades da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que apoiaram cada passo do caminho. Ao Alain Bergala, pela confiança e generosidade. À Núria Aidelman, pelo empurrão inicial. A Márcia Xavier, Ana Lucia de Almeida Soutto Mayor, Alexandre Ferreira Mendonça, Cristina Miranda, Verônica de Almeida Soares, Paulo Henrique Vaz pela caminhada juntos. À Clarissa Nanchery, potência intelectual e criativa dos afetos. À Denise Polônio, amiga, “aprendente”/“ensinante”. Aos orientandos Janaína Pires Garcia, Edmur Paranhos, Gisela Pascale Leite, Marina Rodrigues de Oliveira, Selma Tavares Rebello, Marina Tarnovski, Glauber Resende Domingues, Regina Barra, Thiago Norton, Greice Cohn, Dina Pereira, Fernanda Omelczuk e Andreza Berti, que multiplicaram com seus braços o alcance das atividades de extensão traduzidas em pesquisas. Ao Cezar Migliorin, poeta parceiro, amigo da infância, da escola e do cinema. À Anita Leandro, por sua precisão e sensibilidade. À Sol, cujo sorriso ilumina desde a secretaria a toda a faculdade. À Maira Norton, pela experiência e modéstia. Aos mais de 50 bolsistas de iniciação artística, científica e de extensão universitária que se engajaram com seus conhecimentos onde era mais necessário, a cada vez. Ao amigo Mário Alves Coutinho pela confiança e carinho por nosso trabalho. A Luiz Garcia, por
ajudar a escolher a imagem da capa e colori-la. A Milene Gusmão, Inês Teixeira, Rosália Duarte, Marialva Monteiro e Bete Bullara, parceiras e amigas da Rede KINO: Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual. A todos aqueles que, de modo visível ou invisível, conhecido ou oculto, participaram desta travessia com seu trabalho, apoio e respeito. Ao Walter Kohan, por desviar meu caminho até aqui. Um agradecimento especial aos cineastas e especialistas que nos acolheram com suas imagens e experiências para aprender dos seus gestos criativos: Nelson Pereira dos Santos, quem agradecemos particularmente por apadrinhar a Escola de Cinema do CAp da UFRJ em 2008, Alicia Veiga, Ignacio Agüero, Luiz Rosemberg, Eduardo Coutinho, Walter Carvalho, Lucrecia Martel, Sandra Kogut, Vincent Carelli, Joel Pizzini, Flavia Castro, Consuelo Lins, Felipe Barbosa, Luiza Lins, Maria Augusta Ramos, Roberval Duarte, Manaíra Carneiro, German Doin Campos, Tatiana Albert, Ricardo Miranda, “Fifo”, Nathalie Bourgeois, Gustavo Fischman, Jorge Larosa e Carlos Skliar, Marília Franco, Wilson Cardoso, Andrea Penteado, Carmen Tersa Gabriel, Ana Maria Monteiro, entre outros. Cabe agradecer também às instituições que financiaram o projeto e os eventos, com bolsas ou auxílios, nestes anos todos: FAPERJ, FUJB/BB; CNPq; CAPES, UFRJ (PR-1/2/3/5), SEBRAE/FINEP/MC&T; Embaixada da França; Consulado da Espanha; Consulado da República Argentina.
Alteridade e criação Adriana Fresquet
Esta coleção pretende criar um espaço para o diálogo da educação com experiências criativas. Um estreitamento com as artes, de modo geral, e em particular, com o cinema. As artes provocam, atravessam, desestabilizam as certezas da educação, perfuram sua opacidade e instauram algo de mistério no seu modo explícito de se apresentar, ao menos, no espaço escolar. Se nas escolas e universidades, as artes se constituem como um “outro” pela diferença radical entre criar e transmitir, elas são, também, um “outro” em relação aos professores e estudantes, espelhando-nos com seu olhar, devolvendo nossa própria imagem com outras cores e formas. As artes também se revelam uma janela para descobrir um mundo inacabado, ávido de transformações e de memórias para projetar futuros. Um mundo inclusivo, sensível, atento à produção de subjetividade e à criação de laços, para além das redes. Desse modo, a cultura se torna a matéria-prima para a criação de significados numa troca poética de experiências intelectuais e sensíveis. No gesto de habitar os espaços educativos com arte, se imprime uma enorme responsabilidade na reinvenção de si e do mundo com o outro. A presente coleção reconfigura saberes e práticas que emergem da potência pedagógica da cultura audiovisual. Novos desafios para pensar a educação como experiências de alteridade e criação. No segundo volume desta coleção, pretendo partilhar algumas reflexões produto dos sete anos de projetos do CINEAD no Laboratório de Educação, Cinema e Audiovisual da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, que me permitiram apreciar a potência
pedagógica do cinema como gesto de criação e de alteridade. Apresento iniciativas diversas de introduzir a experiência do cinema com professores e estudantes de educação básica dentro e fora da escola, visando uma pedagogia emancipadora que fuja da explicação e aposte nas capacidades sensíveis e intelectuais dos sujeitos, espectadores/atores-aprendentes/“ensinantes”. Reflexões sobre a prática inaugural do Minuto Lumière com crianças, – ou acordando a criança que nos habita –, ocupam um lugar central no texto sobre uma experiência que, em alguma medida, restaura a própria infância do cinema. Arriscar a criar escolas de cinema nas escolas públicas constitui um gesto criativo, lúdico e profanador de uma sinfonia quase uníssona das narrativas do mercado; farejar essas outras narrativas invisíveis, inventá-las, é a proposta. Assim como fazer um simples enquadramento reflete a possibilidade de “ocultar/revelar” o mundo, tensionar a crença e a dúvida quando aprendemos cinema nos ensina outra relação com o conhecimento. No limiar entre a descoberta e invenção do mundo, ganhamos novas possibilidades para conhecer e inventar a nós mesmos. Na capa, colorizamos O regador regado (L’arroseur arrosé; França; Luis Lumière; 1896), para exprimir algo da irreverência e da cor que as crianças imprimem ao cinema, quando aprendem fazendo arte.
www.autenticaeditora.com.br www.twitter.com/autentica_ed www.facebook.com/editora.autentica