D. Maria da Cruz e a Sedição de 1736

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É graduada em História pela PUC-MG, especialista em História do Brasil e pesquisadora. É coautora do Dicionário Histórico Brasil – Colônia e Império (Autêntica Editora, 6. ed.) e do Dicionário Histórico das Minas Gerais – Período Colonial (Autêntica Editora, 3. ed.). Atualmente trabalha com a trajetória pessoal de D. Maria da Cruz e sua atuação política e social no sertão do São Francisco.

Angela Vianna Botelho Carla Anastasia

Angela Vianna Botelho

Carla Anastasia

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Angela Vianna Botelho Carla Anastasia

D. Maria da Cruz e a Sedição de 1736

É graduada em História e mestre em Ciência Política pela UFMG e doutora em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). É professora titular de História do Brasil aposentada pela UFMG e, atualmente, leciona no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Publicou Vassalos rebeldes – Violência coletiva nas Minas na primeira metade do século XVIII (C/Arte, 2. ed.) e A geografia do crime – Violência em Minas Gerais (Editora UFMG), além de capítulos de livros e artigos em revistas especializadas.

D. Maria da Cruz e a Sedição de 1736

D. Maria da Cruz e a Sedição de 1736 têm, além da importância histórica nos quadros das revoltas da primeira metade do século XVIII nas Minas Gerais, um apelo especial para o Norte de Minas. Em 2005, foi fundado o Movimento Catrumano, que defende a precocidade do povoamento das Gerais, em especial do Arraial de Matias Cardoso, e da construção da igrejinha em devoção a Nossa Senhora da Conceição. Segundo os documentos, a data de fundação de Morrinhos, atual Matias Cardoso, iniciou-se antes do último quartel do século XVII, desenvolvendo-se a tal ponto que justificou a instituição da Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Morrinhos, em 8 de dezembro de 1695, por ato do arcebispo de Salvador, D. Frei Manuel da Ressurreição. O Movimento Catrumano quer recolocar a importância do sertão na formação da Capitania de Minas Gerais, uma vez que as Minas têm a primazia nos trabalhos acadêmicos e nas festas cívicas. Foi assim que intelectuais e políticos do Norte mineiro se organizaram para criar a data comemorativa da fundação da freguesia e o dia da devoção a Nossa Senhora da Conceição. A Assembleia do Estado de Minas Gerais, então, votou a PEC 21/2011, que criou o Dia das Gerais, a ser comemorado em 8 de dezembro, que transfere simbolicamente a capital do estado para Matias Cardoso, onde é realizada a solenidade. A Sedição de 1736 é entendida pelo Movimento Catrumano como a revolta mais importante do Período Colonial em Minas, por possuir um viés libertador, com a participação do povo, sendo, por isso, diferente das revoltas elitistas da região mineradora.

16/11/2012 12:31:34


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