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Saúde mental
from Revista Península
by Grupo Coruja
SAÚDE EMOCIONAL durante a quarentena
Amaioria já sabe o que deve fazer para se prevenir do coronavírus, são inúmeras as informações divulgadas nas mídias. Mas a situação da pandemia pode gerar mudanças comportamentais, sociais e psicológicas. São situações novas com mudança de rotina, isolamento social, alterações na economia e excesso de informação que podem ocasionar em ansiedade, estresse, depressão e pessimismo. Então, como cuidar e proteger também da saúde mental?
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Conversamos com a psicóloga e psicopedagoga Juliana Maia, que orientou como as famílias podem minimizar esse estresse em casa para que haja um convívio harmônico, já que as crianças estão em casa e muitos pais também estão trabalhando em suas residências.
Em relação às crianças, a psicóloga orientou os pais a conversarem sobre o momento, explicando para elas que não é um período de férias. Ela destacou a necessidade de estabelecer uma rotina, reforçando os hábitos de higiene, incluindo atividades lúdicas e estudos. “A rotina controla essa ansiedade e é uma boa estratégia para lidar com o tédio, porque ele aparece. Então, crie uma rotina não muito diferente do que a criança já tinha, mas não abra mão do horário para acordar, da higienização, do horário de estudo e da brincadeira”, informou.
Mesmo explicando o que está acontecendo, muitas crianças, sobretudo as mais novas, não entendem o isolamento social e sentem falta dos amigos e outros parentes. Segundo a psicóloga, uma dica é usar as redes sociais e fazer videochamadas para diminuir esse distanciamento. Es-
ses recursos podem ser incluídos nessa rotina, mas com limite e supervisão, para que a criança não exceda devido à falta de convívio e acabe ficando muito tempo conectada.
A outra preocupação dos pais é o uso excessivo de jogos e celulares, já que é preciso evitar que as crianças utilizem as áreas comuns, como parques e quadras. De acordo com a psicóloga, mesmo neste momento, é preciso que os pais coloquem limites, pois as crianças só sabem até onde podem ir com limites claros e estabelecidos. Ou seja, indique e estabeleça um tempo para brincar com os jogos e ficar nas redes sociais. Lembrando que
existem outras brincadeiras lúdicas que podem ser feitas, como pintura, artes, jogos de tabuleiro, que são divertidas para toda a família e podem melhorar o desenvolvimento social e cognitivo das crianças. “É preciso, neste momento, que as regras sejam elaboradas na medida certa para o bem-estar de todos que estão no convívio. Sem excessos, com equilíbrio. É de extrema importância esclarecer para as crianças o motivo da nova rotina e que elas sejam estabelecidas previamente em conjunto. Sem muito autoritarismo”, explicou.
Para aqueles pais e mães que estão em casa trabalhando, a psicóloga Juliana disse que o adulto deve determinar qual será seu espaço de trabalho, seja ele no quarto, sala ou mesmo na varanda. E deve estabelecer as regras com a criança, pedindo respeito e que as interrupções sejam feitas apenas quando forem realmente necessárias. “A principal dica é respeitar que o local é um ambiente de segurança para todos! Respeite a individualidade, o espaço e o tempo do outro. Criem acordos e regras de convívio para este momento e tornem o ambiente mais leve e prazeroso para toda a família”, finalizou.
Juliana Maia - CRP 05/30225