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EMPRESAS NOVAS

OBRAS ADJUDICADAS

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CAMPANHAS E INICIATIVAS INTERNAS OPEN DAYS TALKS VISITAS

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REUNIÕES CONFERENCIAS FEIRAS

retrospetiva

130000

2016

2263

HORAS DE FORMAÇÃO RESPONSABILIDADE SOCIAL INSTITUCIONAIS

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PRÉMIOS & DISTINÇÕES

TRABALHADORES

EVENTOS

2 400

janeiro 2017


ficha técnica: edição: dstgroup redação e grafismo: departamento de comunicação impressão: janeiro de 2017 dst_domingos da silva teixeira, s.a. rua de pitancinhos apartado 208 palmeira 4711-911 braga portugal tlf. 351 253 307 200/1 www.dstsgps.com


editorial

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José Teixeira Presidente do grupo dst

O que fizemos, o que temos de fazer.

Num ano mau com gente de bem tivemos um ano bom por termos sido únicos.

Os balanços tendem a ser favorecidos pelas escolhas dos factos, são contas

Quando num ano mau conseguimos ter um ano bom e tendo o nosso desem-

que fazemos quando conhecemos o resultado.

penho competido com ferozes adversidades e no final termos vencido é porque

Não tenho grande paixão por balanços.

fomos mesmo os melhores.

Gosto da incerteza como gosto das dúvidas e do frio provocado e cravado

Até fomos mais.

como um espinho no estômago quando ainda não sabemos o resultado.

Fomos únicos porque fomos considerados a melhor empresa do setor de

Gosto de fazer escolhas e de começar de novo. Preciso de começar de novo, de

construção em Portugal.

mexer, de incluir e excluir ingredientes que modificam o que se espera e gosto

Num ano bom de um ano mau a estrela da companhia foi a dstelecom por se ter

de surpreender.

afirmado como uma empresa de confiança e por ter sido, entre as tecnológicas,

Gosto de sabores misturados. Gosto de cozinhar decisões.

a que mais cresceu em volume de negócios. A dstelecom terminou o ano com

Se em 2016 cozinhei que me chegasse? Não. Mas continuei a cozinhar e a

contratos com os três principais operadores de telecomunicações. A

experimentar e desse ponto de vista foi um bom ano de um ano mau. Um ano

dstelecom continuou a crescer muito. A dstelecom criou condições para

restritivo para alguns negócios.

continuar a crescer muito nos próximos anos.

Um bom ano num ano mau em Angola. Um bom ano num ano mau no UK. Um

Aconteceu, num ano mau, que terminamos o sobre equipamento dos parques

ano bom num mau ano em França. Um ano bom num mau ano em Portugal. Um

eólicos e acontece que o fizemos sem dívida, fizemos o investimento com

ano de intervalo em Moçambique. Um ano de intervalo no Congo. Um ano de

100% de capitais próprios.

muitas mudanças que mudam muito rapidamente, Brexit, Trump, contas

Aconteceu que a dst passou a ter rating 1, atribuído pela Informa DB, provavel-

desconfiadas em Moçambique, petróleo que não ajuda Angola, refugiados

mente a única da nossa, e acima da nossa, dimensão a ter este super rating.

acolhidos e desacolhidos, Siría e Putin, novos bandidos suicidas nas grandes

Aconteceu mais. Aconteceu que entrámos industrialmente nos negócios da

cidades europeias, muita guerra, muita invasão de privacidade, muita fadiga da

ferrovia com a criação de uma empresa de via, a dstrainrail, e da inclusão da

compaixão, muita neutralidade moral, a mentira saiu à rua normalizada e está à

especialidade de catenária na dte. Aconteceu que a dte terminou um grande

prova de factos disputando a verdade mais do que igual para igual, mas antes

desafio em Angola com uma empreitada muito complicada num prazo muito

com superioridade. A mundialização está em processo de maturidade e corre

curto, consolidando o negócio nesta geografia.

com quem apenas marcha.

Aconteceu que a bysteel criou uma nova empresa na área de revestimentos e

Foi mais ou menos assim mau, o ano, mas foi ainda pior com a morte de Prince,

fachadas que lhe permitiu ampliar o negócio em França, no UK e em Angola. A

de Bowie, de Cohen, de George Michael e Umberto Eco.

bysteel mereceu. A bysteel mereceu a distinção da London Stock Exchange

O que é que o nosso ebitda tem a ver com a morte de Prince? Não sei, mas é

Group que a incluiu nas “1000 Companies to Inspire Europe 2016”.

plausível que quem é aditivo de poetas e de muita música tenha ficado triste e,

Aconteceu que inaugurámos o primeiro projeto de produção de energia eólica e

triste a cabeça não facilita o ebitda.

solar armazenada, na Graciosa.


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Aconteceu que os nossos serviços partilhados ficaram mais partilhados

didos surpreender os nossos clientes com propostas de valor únicas.

porque ficaram juntos num edifício de estética dst e acontece que estes

Em 2017 a inovação está centrada em três áreas: inovação nos custos,

trabalhadores ficaram ainda mais dst.

inovação na qualidade e inovação no cliente. Todos vamos perceber mais de

Aconteceu o lançamento de uma cátedra em parceria com o IB-S, instituto da

negociação, vamos estudar muito negociação, vamos estar mais ligados, mais

Universidade do Minho, para alinhamento com a revolução industrial 4.0 na

conectados, e vamos proteger o grupo dst com mais soldados e mais fãs. Nos

indústria da construção.

custos vamos fazer por fazer mais com menos e continuar a vender chique e

Aconteceu que o BSC passou a modelo de gestão, de facto. Aconteceu, no

cool. Na qualidade vamos aumentar a qualidade que oferecemos aos clientes

grupo, muita formação e muito estudo para sabermos vender e sabermos

através de processos de qualidade total. Nos clientes vamos entender mais

fazer.

cada um e tratar cada cliente como se ele fosse a pessoa mais importante do

Aconteceu que ganhámos o desafio da adaptação da nossa indústria ao negó-

planeta. Na negociação vamos estudar teatro e psicologia. Na conexão vamos

cio da reabilitação.

estabelecer redes rápidas e fortes que comunicam entre nós e de nós para os

Aconteceu que a Aquapor e a Agere continuaram a crescer em todos os

universos segmentados que decidirmos. E nos fãs ou soldados ou anjos que

indicadores que contam. Aconteceu a corrida ao BIM. Aconteceu a corrida ao

nos protegem vamos trabalhar a empatia.

marketing online.

Acontecerá novamente poesia no nosso negócio e isso continuará a fazer a

Aconteceu ainda mais. Muito mais. Aconteceu que do ponto de vista estra-

diferença num mercado que não sabe dançar.

tégico ninguém, no grupo dst, ou quase ninguém, no grupo dst, questiona a

Um reconhecimento aos nossos parceiros financeiros por acharem que sim,

importância da cultura na nossa economia.

aos nossos trabalhadores e aos nossos clientes.

Aconteceu a corrida à normalização dos doutoramentos no grupo dst. No grupo dst percebemos que imaginação precede a inovação, como o pensamento estratégico precede o planeamento estratégico, como a ciência se complementa com a arte, como as emoções e os sentimentos são igualmente importantes, como preferimos a homeostasia à iatrogenia porque somos adeptos da economia comportamental. O que aconteceu, afinal, foi poesia no nosso negócio e isso não é coisa para qualquer empresa. O que temos de fazer. Temos de colocar a imaginação do maior numero de trabalhadores a favor do grupo para continuarmos a inovar e a nos surpreendermos e assim surpreen-


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EMPRESAS NOVAS ...sempre impulsionados pela inquietação, que tão caracteristicamente nos move, e pela contínua capacidade de adaptação.

Para o grupo dst, 2016 foi um ano de solidificação do core business das

Além deste setor do mercado, decidimos estruturar a nossa atuação no mer-

empresas que o constituem, mas também representou um período de expan-

cado ferroviário, no âmbito do qual já possuíamos uma experiência notável e

são a novas áreas de atividade, sempre impulsionados pela inquietação, que

que agora beneficiou de uma reorganização. Assim, nasceu a dstrainrail,

tão caracteristicamente nos move, e pela contínua capacidade de adaptação.

dedicada à construção e manutenção de caminhos de ferro, agregando e potenciando todo o know-how de engenharia existente para a aplicar a esta

Entrámos no negócio das fachadas de edifícios com a bysteel fs, marca que

nova especialidade.

surgiu para dar resposta ao grande desenvolvimento da arquitetura neste domínio, reforçando a oferta da empresa-mãe. As soluções tradicionais de

Apostando sempre nas sinergias entre as empresas do grupo, a dte criou um

revestimentos exteriores estão a evoluir para soluções orgânicas feitas à

novo departamento que veio complementar a atividade da dstrainrail: a

medida e que elevam os patamares de exigência. Com o objetivo de enfrentar

catenária. Procurando colmatar uma lacuna de mercado, e colocando sempre

em pleno estes novos desafios, a bysteel encontra-se a construir uma nova

as necessi-dades dos clientes em primeiro lugar, este novo departamento da

unidade industrial, dotada da mais recente tecnologia, na sede do grupo dst

área ferro-viária dedica-se às instalações fixas de tração elétrica.

em Braga.

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400 OBRAS ADJUDICADAS Em 2016, as várias empresas do grupo dst somaram 400 obras adjudicadas, um número que nos confirma como player de referência no mercado nacional e internacional e que representa o reconhecimento da nossa competência e know-how nos vários domínios da Engenharia.


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No grupo dst, o trabalho é realizado, nas palavras da poetisa Regina Guima-

Neiva. São cerca de 7 500 metros quadrados que irão gerar um aumento de

rães, “sob o signo da paixão”, e todo o empenho que nele colocamos reflete-se

empregabilidade em Viana do Castelo.

na indiscutível qualidade do produto final e na satisfação dos nossos fiéis clientes. Somos recompensados pela confiança que em nós é depositada e

Já na bysteel há grande destaque para as obras internacionais: em termos de

gostamos de brindar os nossos parceiros com excelência. Como marca “triplo

estrutura metálica, a empresa construiu a Torre Trinity em “La Défense”, o

c” – cool, culta e cosmopolita –, primamos pelo bom gosto que aplicamos em

maior núcleo financeiro da cidade de Paris, para o cliente BATEG e integrou a

tudo o que fazemos. Ajudamos a construir a cultura do amanhã e esforçamo-

requalificação do centro histórico de Addlestone, cujo centro de comércio e

nos para que ela seja esteticamente interessante. As empreitadas do grupo dst

cinema constitui uma das principais estruturas do projeto Addlestone Town

são executadas com o máximo rigor e atenção ao detalhe, e cada nova obra que

Centre Development, para a Bouygues UK. No que diz respeito aos sistemas de

começa exige dos seus responsáveis o mais escrupuloso cuidado com a ima-

fachadas, a bysteel dá relevo à empreitada do Hipódromo de Longchamp, um

gem, a segurança e o ambiente, para que a reputação do grupo dst seja refor-

edifício nobre que permitirá relembrar as emblemáticas corridas deste espaço

çada em cada projeto.

desportivo parisiense. Também o Thames Valley Science Park irá ganhar um novo edifício: The Gateway Building, a primeira obra de fachadas da bysteel

Em 2016, as várias empresas do grupo dst somaram cerca de 400 obras

UK, com revestimento em alumínio e vidro, faz parte de um complexo que irá

adjudicadas, um número que nos confirma como player de referência no

gerar cerca de 5 mil postos de emprego.

mercado nacional e internacional e que representa o reconhecimento da nossa competência e know-how nos vários domínios da Engenharia.

A empresa de instalações especiais do grupo teve clientes como a BIAL e

Entre as obras contratualizadas pela dst, destacamos os trabalhos de moder-

projetos, marcando um ano de consolidação, mas também de inovação. A dte

empresas do grupo Sonae, que confiaram na dte para levar a cabo diversos nização do troço Alfarelos/Pampilhosa da Linha do Norte, uma obra da Infra-

tem, pois, uma nova área de atividade: a catenária é uma instalação elétrica

estruturas de Portugal que marcou o início de uma maior exploração da área

aérea fixa, montada sobre a via férrea, que se destina a transportar a energia

ferroviária pelo grupo dst e que inclusivamente já mereceu a visita do ministro

elétrica para a alimentação dos veículos motores de tração elétrica. E a

do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques.

empresa já está a aplicar todo o seu conhecimento trabalhando a todo o vapor, desde o início de 2016, na renovação da via entre Alfarelos e Pampilhosa.

A empreitada de construção, desmantelamento e recuperação da Pedreira de Gouvães, para a Iberdrola, é igualmente digna de nota. Foi também este ano que

A dstrenováveis teve um ano recheado de energia positiva. O solar fotovoltaico

o primeiro-ministro António Costa presidiu ao lançamento da primeira pedra da

tem assumido uma relevância crescente no mercado nacional, com a dstsolar

Nova Unidade Industrial da Howa-Tramico Automotive, na Zona Industrial do

a oferecer soluções variadas de eficiência energética ao setor industrial, que


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tem mostrado uma maior preocupação nesta matéria. É o caso da Polopique,

res, e a empreitada de construção dos passadiços para a unidade hoteleira do

para quem a dstsolar levou a cabo o projeto de uma central fotovoltaica UPAC

Inatel de Manteigas, na Guarda, onde a tmodular também fez uma fachada em

(Unidades de Produção para Autoconsumo), com uma potência instalada de

madeira.

575 kWp, que vai produzir 754.000 kWh/ano evitando a emissão de 354 ton/ano de CO2 para a atmosfera . Também a empresa O Feliz Painel instalou

A tbetuminoso esteve envolvida na recuperação de pavimentos no armazém

uma central solar de autoconsumo, de 905 kW de potência instalada e cuja

logístico Canelas A e B, empreitada na qual foi aplicada uma quantidade con-

produção prevista é de 1.187.880 kWh/ano, o que permitirá evitar a emissão

siderável de mistura betuminosa e no acesso rodoviário ao Continente Bom Dia

de 575 ton/ano de CO2 para a atmosfera.

de Espinho, que implicou a execução de uma rotunda e restabelecimentos, redes de infraestruturas e arranjo urbanístico de inserção urbana.

Para a tbetão, o ano transato trouxe várias obras relevantes, sendo de salientar a participação nas empreitadas para a Linha Pedralva – “Vila Fria B”, a 400 kV,

Para a tagregados, a empreitada de Ruivães representou um desafio interes-

da REN e para a construção do novo edifício administrativo da multinacional

sante pelo trabalho desenvolvido de desmonte numa encosta. Já a Pedreira de

alemã de pneus Continental Mabor, em Lousado, Vila Nova de Famalicão, uma

Gouvães, que está ainda a começar, será uma das maiores obras já realizadas

das maiores exportadoras do norte do país.

desta natureza e uma obra de referência no segmento.

Entre as obras da tgeotecnia podem mencionar-se o Hotel da Baixa Prata, que

O ano de 2016 foi também próspero em sinergias entre as empresas do grupo

implicou a remodelação de dois edifícios localizados no núcleo histórico da

dst, que mais uma vez colaboraram de forma exímia, trazendo as suas dife-

cidade de Lisboa, na qual a tgeotecnia executou microestacas de fundação

rentes valências para os variados projetos em que estiveram envolvidas. Um

autoperfurantes em aço N80 e o Palácio Vila Garcia, uma empreitada de

bom exemplo de trabalho apoiado em fortes parcerias no seio do grupo dst foi a

remodelação de quatro edifícios e construção de um novo edifício, que

obra Graciosa Energy System, na qual estiveram envolvidas as nossas

envolve a execução de estruturas de contenção periférica e recalçamento de

empresas dst, dte e dstrenováveis. Em plena ilha da Graciosa, no arquipélago

fundações, sendo que a estrutura de contenção periférica será materializada

dos Açores, construímos o primeiro sistema mundial de energia híbrida, em que

por cortinas de estacas, colunas de solo-cimento, contenções tipo “Muro de

mais de 65% da energia será proveniente de fontes renováveis, como o sol e o

Berlim” com microestacas e ancoragens provisórias.

vento. Este projeto inovador, que conta ainda com um moderno sistema de baterias, permitirá à ilha tornar-se praticamente independente de combustíveis

Na área das madeiras, a tmodular somou diversas obras que primaram pelo seu valor estético. Saliente-se o Hotel Exe Cascais, empreendimento turístico de 4 estrelas para o qual foram realizados revestimentos e carpintarias interio-

fósseis.


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Susana Braga Chief Strategy Officer (CSO) do grupo dst


2016 foi um ano bissexto. Uns acreditam que os anos bissextos são anos de sorte, enquanto outros garantem que estes anos só trazem azar, como os Gregos, que evitam casar em anos bissextos. Com sorte ou azar, a verdade é que são anos diferentes, pelo menos porque têm mais um dia que os outros. No meu caso, 2016 foi essencialmente o ano que me ensinou que o improvável, para não dizer o impossível, pode mesmo, mesmo, acontecer. E tenho de confessar que me surpreendeu! E fê-lo das mais variadas formas. Na política porque, contra todos os sábios vaticínios (incluindo os meus), a Geringonça conseguiu governar o país e até vai funcionando ainda que (des)funcionalmente, o Reino Unido escolheu sair da UE (parece que até a Rainha acha que é uma boa ideia) e, por fim, quando o mundo já parecia estar virado ao contrário, ganha as eleições para Presidente dos EUA o candidato mais improvável (uma vez mais, na minha modesta opinião). No mundo (e perdoem-me os admiradores de todas as outras figuras públicas que tiveram idêntico destino este ano) porque 2016 aniquilou o meu ídolo de adolescência – George Michael – que inevitavelmente não era, pelo menos na minha perspetiva, a estrela pop/rock que estava nos lugares cimeiros da fila para deixar este mundo. Mas nem tudo foram coisas más. Pela primeira vez vi Portugal ser campeão da Europa, mais uma vez, algo altamente improvável – pelo menos do meu ponto de vista – depois da famigerada final do Euro 2004 PortugalGrécia em que Portugal se viu reduzido a um singelo segundo lugar no campeonato em que era anfitrião. Claramente, pelo menos para mim, essa teria sido a derradeira oportunidade de ganhar um Campeonato Europeu de Futebol e nunca, nunca, a jogar a final contra o anfitrião do Europeu 2016. Não podemos esquecer que um português tomou posse como secretário-geral da ONU, o que, apesar de improvável, me enche de orgulho nacional. E até o Bob Dylan ganhou o Prémio Nobel da Literatura (creio que mesmo ele próprio não queria acreditar). Coisas da vida… 2017 não será ano bissexto. Mesmo sem ser supersticiosa, mas sem certezas sobre se isso é bom ou mau, acredito que o mundo possa girar na direção certa, seja ela qual for. Para 2017 não espero um mundo mais previsível, porque num mundo previsível o lugar da imaginação e da criatividade fica mais pequeno e isso não é bom. E os portugueses gostam de desafios. Acredito que 2017 será um ano de enormes desafios, para o grupo dst, para Portugal, para a Europa e para o mundo. Alguns desses desafios resultantes de eventos do último ano bissexto, outros não, mas nem por isso menos relevantes. Acredito que o novo secretário-geral da ONU terá uma árdua tarefa pela frente com enorme impacto na ordem mundial. Espero que seja bem-sucedido. Acredito que o grupo dst vai continuar a crescer, com criatividade, imaginação, trabalho árduo e muito esforço e dedicação. Sim, porque a sorte dá muito trabalho. Acredito que no próximo ano teremos grandes inovações tecnológicas que irão contribuir para melhorar a nossa qualidade de vida. Acredito que será também um ano de grandes avanços na medicina que nos permitirão viver mais e melhor. Espero que Portugal consiga ultrapassar as dificuldades da última década e que possamos todos viver bem no nosso país. Espero que o Projeto Europeu continue a sê-lo, mantendo os seus princípios, por muito tempo. Espero que a consciência ambiental da Humanidade se torne mais forte em 2017, para que as gerações vindouras possam viver num mundo verde e limpo. Espero que em 2017 o mundo ganhe mais consciência sobre a importância de formar as gerações futuras, para que possam adquirir as competências necessárias para fazer face aos desafios que se avizinham, que não serão previsíveis. Espero, sobretudo, como todos os anos, que haja saúde a alegria para os meus, para mim e para os que me rodeiam e que o mundo seja um sítio melhor para viver, nem que seja só um bocadinho de cada vez.

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Valorizamos o trabalho de equipa e procuramos a excelência em tudo o que fazemos, o que depois se reflete nos nossos resultados e na satisfação dos nossos clientes, fornecedores e parceiros. Por essa razão, é com enorme orgulho que aceitamos e celebramos o reconhecimento pelo nosso esforço coletivo. Em 2016, a dst, s.a. ganhou o prémio de melhor empresa do setor da Construção no ranking das 500 Maiores & Melhores Empresas da revista Exame. «Esta distinção empresarial é o triunfo de “um modelo de gestão que adota uma proximidade quase tribal”, que conjuga a “ênfase na eficiência operacional com o estímulo na inovação e conhecimento e na formação dos trabalhadores”» (in Exame). Já a bysteel foi reconhecida como uma das 22 empresas portuguesas que inspiram crescimento e dinamismo empresarial na Europa. A distinção partiu da London Stock Exchange Group, que na sua publicação “1000 companies to inspire Europe 2016” elegeu as organizações que em conjunto foram respon-sáveis por um crescimento de 66% na criação de emprego nos últimos dois anos e, simultaneamente, tiveram um crescimento positivo na faturação desde 2013. Mas não foi apenas no setor da Construção que o grupo dst sobressaiu. Este foi o ano em que a área de Telecomunicações do grupo alcançou um crescimento rápido tão notório que a dstelecom recebeu o prémio Fast Mover Volume de Negócios, da Exame Informática, por se ter revelado a empresa que mais cresceu em termos de volume de negócios no ranking As Maiores do Portugal Tecnológico. «Para 2017, o grande objetivo é “ter como clientes todos os operadores de telecomunicações de referência que operam em território nacional”, uma meta ambiciosa, mas possível» (in Exame Informática).


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Acreditamos no poder das pessoas e no trabalho em equipa, o que nos leva a investir muito nos nossos trabalhadores. Contribuindo para que a empresa faça parte dos seus projetos de carreira e de vida, conferimos-lhes a estabilidade e o conforto necessários para o cumprimento dos seus objetivos. A partilha de valores de uma organização com os seus trabalhadores fomenta o alinhamento no sentido da construção e manutenção de um grupo empresarial de sucesso. Consequentemente, a confiança e a motivação de cada um reflete-se na sua responsabilização, na dedicação e no empenho para desenvolver todos os seus projetos com bons resultados. Em termos de caracterização geral da população do grupo dst, à data de 31 de dezembro de 2016 a equipa era constituída por 1120 trabalhadores, sendo 221 do género feminino e os restantes 899 do género masculino, valor que inclui os 13 estágios profissionais ativos. De salientar que em 2016 efetivamos 199 admissões. Estas novas contratações, sobretudo de jovens recém-licenciados, mas também de trabalhadores com níveis de experiência diversos, revelam a crescente profissionalização do grupo, que desta forma consegue enfrentar os constantes desafios, prosseguindo a sua busca contínua de melhorias, eficiência, maturação e crescimento organizacional. Aos novos colegas que entraram para enriquecer a nossa equipa, sejam bem-vindos a este grupo repleto de talentos!

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HORAS DE FORMAÇÃO

O grupo dst tem evidenciado desde sempre uma constante preocupação com a

muitas orientadas para o Sistema Integrado de Gestão de Projetos, nomeada-

Esta promoção da aprendizagem permanente fomenta, para além da aquisição de conhecimentos e aptidões técnicas, as competências de relacionamento e o sentimento de pertença à organização, resultando no estímulo da autoconfiança e na sensação de segurança

formação profissional dos seus trabalhadores como forma de enriquecimento

mente o Programa CCS, e ainda nos domínios Enquadramento na organiza-

do capital humano, através da realização de programas de formação para todos

ção/empresa, Telecomunicações, Materiais, Qualidade, Construção Civil e

os perfis identificados, formação contínua para a gestão de operacionais, qua-

Engenharia Civil.

dros intermédios e formação especializada e de cariz tecnológico. Esta promoção da aprendizagem permanente fomenta, para além da aquisição de conheci-

Outras áreas nas quais foram desenvolvidas ações de formação, embora em

mentos e aptidões técnicas, as competências de relacionamento e o sentimen-

menor número do que as previamente mencionadas, foram as de Desenvolvi-

to de pertença à organização, resultando no estímulo da autoconfiança e na

mento Pessoal – com foco na Comunicação –, Economia, Logística, Ele-

sensação de segurança.

tricidade e Energia, HST, Informática e Ambiente. Os trabalhadores marcaram

Todas as ações de formação identificadas e efetuadas são ajustadas às reais

heterogeneidade na participação relativamente à função exercida no grupo.

presença em diversos seminários e workshops, tendo-se verificado uma necessidades dos trabalhadores, tendo em conta o Plano de Formação. Este instrumento essencial na gestão da formação é construído anualmente a partir

Durante o ano que passou, num total de 2 028 horas certificadas e 235 horas de

do levantamento de necessidades de cada departamento e/ou empresa, em

sensibilizações internas, estiveram envolvidos 300 trabalhadores em 84 ações

articulação com os seus diretores e administração.

de formação certificada e 420 pessoas em 221 ações de sensibilização.

Em 2016, manteve-se a forte aposta na formação, sobretudo em áreas adaptadas ao novo setor de negócio do grupo, a ferrovia, tendo existido um investimento significativo na Segurança Ferroviária e Serviços de Transporte ao nível da ferrovia. Foram igualmente explorados domínios inovadores e multidisciplinares, nomeadamente programas que motivaram e mobilizaram os participantes para a qualidade total, através da organização e da disciplina no local de trabalho, como é o caso dos cursos que abordaram a metodologia 5S. Houve continuidade na formação de Primeiros Socorros e nas ações transversais de Línguas Estrangeiras (que tiveram uma menor relevância em 2016 devido à importância que já tinham assumido em 2014 e 2015), Contabilidade e Fiscalidade. Foram dinamizadas ações no âmbito da Gestão e Administração,

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Raul Cunha Diretor-geral da dstsolar


A nossa sociedade enfrenta hoje muitos desafios. O mundo mudou e continua a mudar muito depressa e os países e as suas instituições têm dificuldade em acompanhar esta rápida evolução. Este fenómeno tem sido conhecido como o “Choque do Futuro”. Esta expressão foi usada pela primeira vez em 1965, por Alvin Toffler, para descrever a “tensão arrasadora e a desorientação que causamos aos indivíduos ao submetê-los a excessiva mudança num espaço de tempo demasiado curto”, e obviamente aplica-se de forma muito mais drástica nas últimas décadas. A sobrevivência só estará ao alcance daqueles (indivíduos, empresas, países) que forem capazes de se adaptar e reagir aos novos desafios, com base no conhecimento, que, naturalmente tem que ser constantemente renovado. A Globalização, o Terrorismo, os fenómenos migratórios associados ao desmembramento de países, o ressurgimento do Nacionalismo na Europa, as condições de trabalho em países do Terceiro mundo e outros, constituem riscos enormes para a nossa sociedade. No entanto, talvez nenhum destes desafios tenha o potencial destrutivo, ao nível da alteração do nosso modo de vida tal como o conhecemos, com os impactos das Alterações Climáticas. Fenómenos meteorológicos extremos, tais como chuvas torrenciais e ventos destrutivos, com aumento da frequência de inundações em meio urbano nos invernos, e mais ondas de calor no verão, têm vindo a ser notados um pouco por todo o mundo. A perceção destes riscos levou a comunidade global a unir-se na resposta a este grande desafio e o ano de 2016 ficou marcado pelo Acordo de Paris, que entrou em vigor no dia 4 de novembro, depois de ser ratificado por países que representam mais de 55% das emissões globais de gases com efeito de estufa. A comunidade internacional comprometeu-se, assim, a limitar a subida da temperatura “abaixo de 2ºC” e a “continuar os esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5 ºC”, relativamente à era pré-industrial. A descarbonização da economia, como um meio para atingir um fim, o da limitação da subida da temperatura global, assume uma importância fundamental, antes de tudo, por ser essencial à nossa sobrevivência. Temos, por isso, que desmontar preconceitos e derrubar barreiras, de modo a eliminar qualquer interferência na perceção global do que precisamos: o modo de vida que conhecemos não tem sustentabilidade e tem, portanto, que mudar. Mudar não significa piorar. Mudar pode significar melhorar. Temos hoje o conhecimento científico que nos permite mudar o paradigma da nossa sociedade, nomeadamente do ponto de vista da utilização de novas fontes de energia, tendo em vista melhorar o meio ambiente e também a economia, pelo menos nos países sem recursos petrolíferos. Temos a oportunidade de acabar com modelos de desenvolvimento predatórios, baseados no controlo de territórios com acesso a petróleo, com base na guerra, na destruição e na miséria dos povos. Temos hoje os meios para produzir energia elétrica com base em fontes renováveis, de modo competitivo comparativamente às fontes convencionais. Temos portanto que eletrificar a economia, desde a mobilidade ao conforto térmico nos edifícios, passando pelas unidades produtivas. Já pensaram no país que seremos quando deixarmos de importar todos os anos cinco mil milhões de dólares em petróleo? Que são dez mil milhões, se o petróleo voltar a passar a barreira dos cem dólares, como já ocorreu em vários anos? Temos hoje o conhecimento para mudar o paradigma das grandes unidades centralizadas (centrais térmicas) para unidades descentralizadas de produção de energia elétrica, com base em fontes renováveis, junto aos locais de consumo, diminuído assim as perdas no transporte. Temos hoje os meios para termos cidades inteligentes, com redes também inteligentes, capazes de gerir o fluxo de energia, desde a produção ao armazenamento e consumo. Temos hoje os meios para armazenar energia elétrica, de modo a que ela esteja disponível quando é necessária. Temos tudo o que é preciso para disseminar, de forma massiva, a tecnologia fotovoltaica como a principal fonte de energia elétrica do futuro, produzida junto aos locais de consumo, nas indústrias, nas residências e onde for necessário para responder também aos desafios da mobilidade elétrica. Toda a investigação e desenvolvimento associado ao armazenamento de energia, essencialmente baseado no crescimento do modelo de negócio que se sustenta na mobilidade elétrica, vai revolucionar o mercado da energia, com o aparecimento de um mercado secundário de venda das baterias que, não servindo já a mobilidade elétrica, servem para armazenamento de energia em casa e nas empresas. Temos Universidades e cérebros para as frequentarem. Temos empresários e empreendedores, temos quadros técnicos que competem em qualquer zona do mundo, temos trabalhadores eficientes, quando bem organizados. Teremos vontade? Teremos ambição? Seremos capazes? Julgo que o nosso país será capaz de responder com sucesso a estes desafios e tenho a certeza de que nós, no grupo dst, partindo de tudo o que somos e já fizemos, teremos a capacidade de nos posicionarmos para ajudar o nosso país a ser melhor e mais competitivo, criando ao mesmo tempo valor para a empresa, nos modelos de negócios que vão surgir para responder a estes desafios inerentes aos temas da sustentabilidade, da diminuição da emissão de gases com efeito de estufa e da adaptação aos efeitos das alterações climáticas.

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130 000€ INVESTIDOS EM RESPONSABILIDADE SOCIAL

O nosso alargado programa de responsabilidade social abrange áreas como a cultura, a educação, a saúde, a segurança, o ambiente e o conhecimento. Este programa é transversal a todas as empresas do grupo dst e é desenvolvido em contexto externo e interno, envolvendo todos os trabalhadores em linha com os valores partilhados: Ambição, Paixão, Lealdade, Solidariedade, Bom Gosto, Coragem, Respeito, Rigor e Responsabilidade.

Esta preocupação pelas temáticas da responsabilidade social e da sustentabilidade não só incrementa a riqueza pessoal de cada colaborador como contribui para o meio em que nos integramos, transmitindo ao mercado o posicionamento distintivo de um grupo “culto, cosmopolita e cool”, projetado numa imagem de modernidade e de dinamismo social, cultural e económico. Na área do saber, reconhecemos a excelência do ensino da Escola de Engenharia da Universidade do Minho e sabemos que o país vai ter falta de engenheiros no médio prazo. Assim, assegurámos o pagamento das propinas a alunos do curso de Engenharia Civil, através do Programa de Bolsas de Estudo e Mérito. Mais, queremos estar na agenda da revolução 4.0 da construção, na agenda da Modelação da Informação na Construção, da Robótica, Automação e Industrialização de Processos da Construção e dos Sistemas Modulares e Reutilizáveis para a Reabilitação da Construção numa Economia Circular. Com este intuito, promovemos a cátedra dst/IB-S com o Instituto de Ciência e Inovação para a Bio-Sustentabilidade (IB-S), da Universidade do Minho, cuja temática é “Construção do futuro: Automação e Modularização”. Continuamos a acreditar no poder da cultura e na importância do teatro, por isso renovámos por mais dois anos o protocolo de mecenato com a Companhia de Teatro de Braga, que apresentou uma programação imperdível. A cerimónia contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e a então secretária de Estado da Cultura, Isabel Botelho Leal. Também renovamos o acordo de parceria com o Theatro Circo, que disponibiliza


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mensalmente bilhetes aos trabalhadores do grupo para que estes possam assistir aos mais variados espetáculos. Voltámos a ser mecenas da 25.ª Feira do Livro de Braga, mas fomos muito além de um simples patrocínio: o “espaço dst” foi palco de teatro, dança, música e inúmeras atividades para os mais novos. Houve momentos de leitura de poesia proporcionados pela Biblioteca Craveiro da Silva, declamações de poemas da obra vencedora do Grande Prémio de Literatura dst pela Companhia de Teatro de Braga e até uma atuação da Literatuna para festejar a vitória da Seleção Portuguesa de Futebol na meia-final contra o País de Gales! Além dos mo-mentos referidos, agradecemos ainda à Rádio Universitária do Minho (RUM), à Projet' Arte Infantil, ao Conservatório Calouste Gulbenkian de Braga, à Mobile Companhia de Dança, à Bragacult, à Companhia de Teatro UPA e às Comédias do Minho, que se juntaram a nós nestas duas semanas cheias de cultura. Alguns dos mais consagrados autores da literatura nacional e internacional estiveram à conversa com António Ferreira em nove novas edições do ciclo radiofónico “Livros com RUM – A Literatura e os Autores ao Vivo”, produzido pela RUM. Manuel Carvalho lembrou-nos “A Guerra que Portugal quis esquecer”, Valério Romão assinalou o Dia Mundial do Livro, o autor mexicano David Toscana trouxe-nos “O Exército Iluminado”, o Professor galego Carlos Quiroga explicou qual “A imagem de Portugal na Galiza”, a revista literária e artística “Flanzine” apresentou a sua 3.ª edição, Cristina Carvalho contou-nos “As Fabulosas Histórias da Tapada de Mafra”, Valter Hugo Mãe falou sobre “Homens Imprudentemente Poéticos”, Paulo José Miranda abordou vários livros que compõem a sua obra e Paulo Moura ajudou-nos a compreender este quarto de século de conflitos, idealismos e deceções, invasões, migrações forçadas e extremismos no seu livro “Depois do Fim”, uma crónica do nosso tempo.

Apoiámos o lançamento do audiolivro “Os Lusíadas como nunca os ouviu”, interpretado pelo ator António Fonseca, que decorreu no Jardim de Inverno do Teatro Municipal São Luiz, em Lisboa, e na Livraria Centésima Página, em Braga. A propósito desta obra, lembramos as palavras de António José Saraiva, que acreditava que “É esta história que aqui se fala. Pela primeira vez na íntegra. Tudo o que não seja o embalo das palavras do contador não me compete a mim falar. E essas estão gravadas, para o bem e para o mal e esperam quem as oiça. Pôr-me aqui a justificar opções… Não menos é trabalho que grande erro/ Ainda que tivesse a voz de ferro" diz-nos António Fonseca. E, por sua vez, António José Saraiva afirma no mesmo que "Os Lusíadas é um livro para ser entoado por recitadores, e não analisado por gramáticos. Por vezes interessa pouco o que ele diz, e vale só a língua sonora que percorre os vários graus da escala, uma palavra que esplende, um som rouco de queixa ou um gesto teatral que se entrevê".” Além destas iniciativas, apoiámos outras entidades e eventos: a II Conferência Alumni, da Universidade do Minho, o Calendário Solidário da Associação Académica da Universidade do Minho, o Sporting Clube de Braga na final da Taça de Portugal, o 1.º Congresso Nacional de Buiding Information Modelling da TecMinho, a exposição comemorativa dos 25 anos da Licenciatura em Ciências da Comunicação da UMinho, o III Torneio de Futebol Infantil da Cidade de Beja, as Festas da Nossa Senhora da Piedade em Almada, um documentário da escola Calouste Gulbenkian de Braga, a Volta Solidária de Alqueva, o “Colóquio Internacional Maria Ondina Braga – Releitura de uma Obra” do Museu Nogueira da Silva, o novo espaço de apoio ao estudo da Associação Portuguesa de Ética e Filosofia Prática para crianças carenciadas, a APPACDM, a Cruz Vermelha Portuguesa, a Companhia de Teatro UPA – Unidos pelas Artes, o Banco Alimentar de Braga, a Habitat for Humanity e muito mais. O importante é retribuir o que a comunidade nos dá, onde quer que atuemos!


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Ana Varandas Diretora do departamento de infraestruturas e ambiente da dst, s.a.


Em 2016 J'étais Orlando, j'étais Bruxelas, j'étais Istambul, j'étais Nice, j'étais Baghdad, j'étais Bangladesh, j'étais Aleppo… Como dizia o poeta Alexandre O'Neill – O medo teve tudo, pernas, ambulâncias e o luxo blindado de alguns automóveis. Tive mau feitio, falta de pachorra e quis que todos fugissem da imagem amarelinha que veio da América, porque não se pode gostar de pessoas que dialogam com tatuagens falsas e que agora vai bater o pezinho com propriedade e brindar-nos com jogos em que irá levar a bola para casa porque a performance do mundo não lhe interessa – gosto de pessoas com skills, que amenizam as atmosferas onde fazem o caminho e têm personalidade forte, bem estruturada numa tábua de valores decentes. Senti que o mantra do sucesso profissional é frágil, mas o sucesso numa transação não está necessariamente ligado a um sucesso imediato ou a um sucesso individual, mas a uma harmonia da organização como um todo, com todos os seus elementos, todas as estratégias e atividades sem quebras das sinergias, nem atropelamentos da contribuição da especialização de cada um. Descobri Lucia Berlin na sua avassaladora escrita – É como se estivéssemos lá e se a poesia surgisse às vezes do nada e sem aviso; o “Manual Para Mulheres de Limpeza” poderá ficar na minha mesa de cabeceira para sempre. Continuámos a testemunhar um “Feminist Spring”, com ativismo criativo e inclusivo, porque as mulheres são brilhantes, ambiciosas e muito destemidas. Perdemos vozes e ganhámos estrelas na constelação de sentimentos que nos ligam à música, à escrita, ao teatro… (ó Bowie que tanto me roubaste do tempo e do mundo!) Ganhei coragem para olhar as imagens e juntei-me ao coro: Precisamos de outra Europa, de outro mundo. Este naufragou nesta III Guerra. Encerrei por isso um ano e reiniciei outro com a palavra Esperança, porque é com esse sentimento que um ano se encerra e outro começa. Em 2017 Um ano 1 e por isso de Reconstrução e Consciência Coletiva. Com Esperança pedi o novo, um novo orgânico, holístico e humanisticamente integrador. Com Esperança pedi que o universo não se renda, estamos sempre a tempo de libertar o lastro e retomar o voo, reconhecendo o dom de cada um destes 365 dias e da capacidade de alterarmos o nosso comportamento para que fique consistente com as nossas convicções. Com Esperança pedi que, de todas as fronteiras que enfrentamos na vida, derrubemos a do pensamento, por ser a mais perigosa e não tão dependente daquilo que está à nossa frente, mas do que está dentro de nós. Com Esperança pedi para planearmos equilibrando as sensações, os sentimentos, razão e intuição, e que nos organizemos pela flexibilidade. Com Esperança pedi que a minha energia continue a vir de acreditar que sei fazer, que consigo fazer, que tenho o direito de fazer e que, como tal, vou fazer, rodeando-me de pessoas que estão na mesma missão e que isso alimente a minha energia que se renova diariamente. Com Esperança e focada em todos os que trabalham comigo, liderando de porta aberta, pedi para criarmos negócios com as nossas paixões e talentos. e Com Esperança pedi que nunca esqueçamos que fora do amor a vida tem menos sentido e, como disse Mia Couto, “o segredo é o estar-se disponível, porque o reencantamento depende do quanto queremos ser encantados”.

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EVENTOS INSTITUCIONAIS

No grupo dst orgulhamo-nos em afirmar que somos o que fazemos: building

culture – uma cultura de construção que constrói cultura. Assim sendo, não só

acreditamos nos benefícios da incorporação das literacias da beleza nas organizações para o bem-estar dos seus trabalhadores, como sabemos ser

possível fazer negócios a falar de arte e cultura. Esta é, pois, uma aposta estratégica que reflete o nosso ADN e que tem demonstrado resultados sólidos ao longo do tempo.

International Photography Award Emergentes dst

Celebrámos a fotografia quando atribuímos o International Photography

Award Emergentes dst, organizado em parceria com os Encontros da Imagem,

a Sonja Hamad, num evento repleto de personalidades da área de múltiplas

XXI Grande Prémio de Literatura dst

nacionalidades. A fotógrafa venceu com o trabalho “Jin - Jiyan - Azadi|Women,

Life, Freedom - The Kurdish Freedom Fighters” sobre mulheres combatentes

em Rojava, no Curdistão ocidental, que, sem medo da morte, com paixão pela

sua pátria e amor pelas suas famílias, lutam corajosamente contra o grupo

armado da Síria, o IS. Além de 7 500 euros, a artista ganhou a oportunidade de

expor o seu trabalho vencedor na edição do Prémio Emergentes dst do Festival

2016 foi o ano em que entregámos o XXI Grande Prémio de Literatura dst a

Encontros da Imagem em 2018.

Manuel Alegre, que venceu com a obra “Bairro Ocidental”. O júri, composto por Vítor Aguiar Silva, Carlos Mendes de Sousa e José Manuel Mendes, encon-

Durante a cerimónia de premiação, que decorreu no Theatro Circo, também

trou nesta obra de um dos mais ilustres poetas portugueses contemporâneos

foram dados a conhecer os vinte finalistas do Emergentes dst 2016, através de

o reerguer de uma voz de protesto e de indignação, um retrato inconformado

uma exposição temporária no Salão Nobre e de uma projeção vídeo musicada

da Pátria e das ditaduras que nos governam, designadamente a dos mercados,

pelo duo bracarense Ermo. Alexandra Polina, Anna Ehrenstein, Birte Kaufmann,

com evidentes pontos de contacto com “Praça da Canção”, um dos livros

Carlos Alba, Catherine Leutenegger, Christiane Peschek (que mereceu uma

mais notáveis do autor, editado há já meio século.

menção honrosa pelo seu trabalho “The Fear Theories”), Dani Pujalte & Rita

Puig-Serra, Eugeni Gay Marín, Georges Pacheco, Jewgeni Roppel, Joan

A gala de entrega do prémio, que tem um valor pecuniário de 15 mil euros,

Alvado, Karolin Klüppel, Laís Pontes, Marta Zgierska, Marilisa Cosello, Miriam

realizou-se no Theatro Circo, no dia 1 de julho, integrado na programação da

Stanke, Rubi Lebovitch, Sam Harris, Sonja Hamad e Zuzana Halánová & Daniel

Feira do Livro de Braga. Terminados os discursos, os presentes foram ainda

Laurinc foram os autores que passaram pelo crivo do júri internacional que,

brindados com um concerto da cantora angolana Aline Frazão, que apresentou

durante dois dias, assistiu à leitura dos portfólios de oitenta fotógrafos. A noite

o seu mais recente trabalho discográfico “Insular”, um álbum de originais

dedicada às artes terminou com um concerto dos britânicos The

gravado na pequena ilha escocesa de Jura.

Irrepressibles, a banda de Jamie McDermott.

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CAMPANHAS INICIATIVAS INTERNAS

Gostamos de fomentar o espírito de companheirismo e de entreajuda, por isso

plástica e muitas outras ações, ainda houve tempo para brincar com a Hortelã, a

todos os anos organizamos diversas atividades extraprofissionais que incen-

nossa mascote.

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tivam os nossos colegas a cimentar as suas relações pessoais e profissionais. A Saúde não ficou esquecida, e este ano tivemos mais uma Semana da Saúde e

Comemorámos o Dia da Mulher oferecendo um chocolate e uma flor a cada

Bem-Estar. Para sermos mais saudáveis em cinco dias, apostámos em treinos

colaboradora, adornados com um poema de Alberto Caeiro: «Todo eu sou

ao ar livre, mostras de produtos biológicos, caminhadas pelo nosso complexo e

qualquer força que me abandona. Toda a realidade olha para mim como um

palestras sobre stress, nutrição, lesões e kinesiologia.

girassol com a cara dela no meio». Assinámos um novo protocolo com o projeto PROVE – Promover e Vender, que Sob o mote “Não stresses, dar sangue não custa nada!”, lançámos duas cam-

pretende contribuir para o escoamento de produtos agrícolas locais, fomen-

panhas de dádiva de sangue nas instalações do grupo dst, coorganizadas pelo

tando as relações de proximidade entre quem produz e quem consome.

Instituto Português do Sangue e da Transplantação. Assim, semanalmente serão entregues, na sala de formação do grupo dst, Realizámos um Torneio de Futebol intensivo, com a duração de um dia, em que

cabazes compostos exclusivamente por produtos da época, hortícolas e frutas.

entregámos vários prémios: o 1.º lugar foi da equipa carpintrollers, o 2.º da

Mas não ficámos por aqui: incentivámos os trabalhadores que produzem ali-

OP1/H2, o 3.º da bynight e o 4.º da bysteel FR. O prémio de melhor guarda-

mentos biológicos ou que fazem algum tipo de trabalho manual a participar

redes foi para o colega Roberto Eirinha, o de melhor marcador para o Pedro

nesta atividade, formando uma Feira de Produtos Artesanais e estimulando as

Castro e o de fair play para a equipa da cari.

vendas entre colegas.

Em 2016 comemorámos 10 anos de certificação ambiental e assinalámos os

Ao contrário da lenda, não tivemos verão de São Martinho no dia do nosso

nossos principais marcos e números no Dia do Ambiente: 200 000 000 kg de

Magusto, o que não nos impediu de o celebrar! Entre castanhas, água-pé,

resíduos produzidos, 94,77% de valorização de resíduos, 411 000 000 kg de

sumos e pães com chouriço, a animação foi muita e nem música faltou.

materiais reutilizados em obra e 48 000 000 kg de reciclagem na nossa unidade de gestão de resíduos.

Mais uma vez aderimos à iniciativa europeia da Semana Europeia de Prevenção de Resíduos e começámos uma pequena revolução: retirámos os caixotes de

Prevenção foi a palavra de ordem em maio, o mês do coração. Em parceria

lixo individuais, descobrimos as vantagens de beber água da torneira nas

com o Hospital de Braga, ouvimos os conselhos das enfermeiras do Serviço de

garrafas de vidro que nos ofereceram e fomos desafiados a olhar para os

Cardiologia, Eva Peixoto e Odete Cardoso, e aproveitámos os rastreios de risco

nossos hábitos de separação do lixo através da lente de uma máquina foto-

cardiovascular do nosso Centro de Saúde, no âmbito da Semana do Coração

gráfica. Vamos continuar a lutar por um ambiente mais sustentável para as

no grupo dst.

gerações vindouras.

Dinamizámos mais uma campanha de reutilização de manuais escolares

Em plena época de Festas, fomos contagiados pelo espírito natalício e fizemos

usados na nossa sede, com o tema “Dá o que já não utilizas e recebe o que pre-

um vídeo com a participação de vários colegas. “Building Christmas All

cisas”. Os trabalhadores com filhos em idade escolar que tinham livros em

Together” foi a mensagem que passámos a todos os nossos clientes, forne-

bom estado puderam trazer os mesmos para a empresa e trocá-los pelos

cedores e parceiros, que puderam ver-nos ao volante a cantar animadamente

manuais que iriam precisar para o novo ano letivo. Assim, promovemos a

ao som da música “Jingle Bell Rock”.

solidariedade e partilha entre colegas de trabalho, reaproveitando o material escolar usado e minimizando novos custos.

Aproveitámos as filmagens para o vídeo de Natal para desafiar os nossos talentos internos a entrar para o coro dst. O Making Of foi muito bem recebido

Ajudámos os nossos trabalhadores na gestão das férias dos seus filhos com

pelos trabalhadores e o casting continua aberto…

um projeto piloto de campo de férias no grupo dst, para crianças dos 5 aos 14

Como já é tradição, também este ano houve uma Festa de Natal para os filhos

anos. Houve um campo de férias em agosto e outro em setembro, para pre-

dos trabalhadores do grupo dst, que tiveram muitas surpresas: além da peça de

paração do regresso às aulas. Entre atividades como yoga, jogos tradicionais,

teatro “Pedro e o Lobo”, as crianças puderam tirar fotografias com acessórios

sessões de magia, aulas de culinária, filosofia e liderança, trabalho na horta,

numa Photo Booth, conviver com algumas mascotes da Disney, dar uma volta

escrita criativa, gestão de agenda escolar, empreendedorismo, expressão

de tuk tuk, sentar no colo do Pai Natal e receber um presente e um lanche!


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Cláudia Duarte Responsável de projetos e processos logísticos do grupo dst


O ano de 2016 ficou marcado por um novo desafio profissional. Foi este desafio que me levou a estar aqui hoje, a rever o ano 2016. Este desafio implicou a mudança da Sonae para o grupo dst. Na Sonae fui gestora de projetos logísticos e tive vários projetos em mãos, desde a otimização da supply chain para a Madeira, à reestruturação do abastecimento da cadeia Meu Super. Este desafio no grupo dst foi encarado como parte de um caminho que me levará a crescer como pessoa e como profissional. Em 2006, já tinha feito um trabalho no grupo dst para um projeto de uma fábrica de rochas ornamentais em Angola. Fiquei sempre com curiosidade relativamente ao negócio da construção, aparentemente organizado no caos. E a verdade é que este desafio foi encarado como uma forma de perceber a organização da supply chain na construção e responder aos diversos desafios que esta organização tem no triângulo dos custos, qualidade e cliente. Desde sempre há, também, uma inquietação nesta organização com a qual me identifico e que está patente no nosso website: “...O que faltar ganhamos pela inquietação, uma espécie de insatisfação intelectual que nos persegue e nos leva contra as adversidades e, despertos de intensa necessidade de conhecer mais, criamos valor em áreas de negócio onde a competição exige sofisticação só ao alcance de quem (como cantou António Variações) só está bem onde não está”. A música do António Variações, “Estou além”, é sem dúvida uma música que me caracteriza profissionalmente, e que o diga o meu marido! Foi esta inquietação que me trouxe até aqui e inquieta continuarei a desenvolver os projetos logísticos, com a ajuda de todos, e tenho a certeza que estes projetos nos ajudarão a tornar a nossa organização mais lean, ou como dizem os nossos irmãos do Brasil, mais magra, sem desperdícios. Fazendo uma análise ao ano 2016 não consigo esquecer o dia em que ganhámos o campeonato da Europa. Foi uma alegria contagiante, até para quem não gosta de futebol. As pessoas saíram à rua para festejar, como há muito tempo não via. Todas as gerações e pessoas dos vários níveis sociais se uniram nesta luta de Davi contra Golias e onde Davi voltou a ganhar. A aparente prepotência de uma seleção que pensava ter ganho o jogo antes deste começar, contra a determinação e o trabalho de equipa. Estas duas características permitiram que fossemos capazes de ganhar o campeonato da Europa. Ainda assim, este feito não foi suficiente para que eu escolhesse um elemento da equipa para figura do ano. Para mim, sem sombra de dúvida, a figura do ano é António Guterres. A eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU é sem dúvida um marco para um país que tantas vezes parece deprimido e adormecido perante as dificuldades. Isto mostra que, apesar de sermos um país pequeno, se trabalharmos e seguirmos os valores em que acreditamos conseguiremos ganhar notoriedade e contribuir para que este mundo seja um pouco melhor. Espero que António Guterres consiga equilibrar a balança e defender aqueles que não têm o poder para se defender. Que consiga que os valores das Nações Unidas, a paz, o progresso e o combate às desigualdades e à pobreza, se sobreponham aos interesses particulares de cada país. Considero importante e espero que ele tenha um papel central na resolução dos conflitos que persistem no mundo, particularmente, o conflito israelo-palestiniano, a guerra na Síria e o problema, que a Europa ajudou a criar, dos refugiados. Para mim, a palavra do ano é mesmo esta, REFUGIADOS. A atitude da Europa perante estas pessoas é surpreendentemente negativa, na minha opinião, e mostra que o ser humano, apesar de ser capaz de grandes feitos, muitas vezes se refugia na mesquinhez do medo. Muitas vezes dou por mim a pensar, e se fosse eu? E se fosse a minha família que vivesse num país em guerra? Também eu fugiria e esperaria alguma solidariedade e compreensão do outro lado. Tive a sorte de não ter nascido num país em guerra, mas penso que devemos agradecer este facto retribuindo a quem não teve tanta sorte como nós. Com menos prepotência e medo penso que seríamos uma Europa bem melhor. Não defendo com isto que não haja exigência, esta tem de ser um dos pilares que guia a nossa vida, mas retribuir o bem que o mundo nos dá também tem de ser um destes pilares. E do próximo ano, o que espero? Espero um 2017 com muita saúde, paz, amor e alegria. Parece um chavão mas é a mais pura verdade. Segundo Maslow e a sua pirâmide das necessidades, por ordem decrescente de importância, as necessidades básicas do ser humano estão classificadas em: fisiológicas, segurança, afiliação, autoestima e autorrealização. A necessidade fisiológica é, portanto, a mais forte, a mais básica e essencial, enquanto a necessidade de autorrealização é a mais fraca na hierarquia de premência. Podemos discutir a ordem decrescente de importância e referir que uma pessoa se pode sentir realizada e, no entanto, sentir que falta mais alguma coisa, mas a pirâmide de Maslow mostrou ser uma boa resposta face às anteriores teorias de motivação. Além disso, espero que 2017 seja, também, um ano de muitos desafios profissionais que contribuirão para a minha evolução pessoal e profissional e para o desenvolvimento do grupo dst. Uma última nota para o grande pilar da minha vida, a família. São eles, marido, pais, irmãs, sim, tenho duas e sou a mais velha, que me permitem manter a estabilidade necessária para responder com força aos desafios profissionais. Pensei em colocar uma foto da minha família, mas não quis expô-los. Sendo, assim, deixo-vos com uma foto que tirei quando estive a estudar no MIT, em 2010. Foi a primeira vez que andei de avião, a primeira vez que estive tanto tempo longe da família, do meu marido, que na altura ainda era meu namorado. Esta experiência contribuiu para que eu percebesse que o mundo não é quadrado, não somos todos iguais, mas as nossas diferenças não devem contribuir para que nos afastemos, mas para tornarmos este mundo melhor e aprendermos com o que de melhor os outros nos oferecem.

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E VISITAS

OPEN DAYS

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Recebemos com frequência escolas, universidades, empresas e personalida-

práticas de gestão mais inovadoras, bem como os espaços mais criativos e

des na nossa sede, e é com muito agrado que lhes mostramos a face visível do

originais de Portugal.

que nos torna tão diferentes.

No primeiro Open Day do ano recebemos os alunos da turma de Marketing do

Em 2016, o ministro da Economia visitou a AIMinho e algumas empresas do distrito de Braga para comunicar que o Governo está a preparar diversas

Centro de Emprego e Formação Profissional de Braga (IEFP em Mazagão), que

políticas que vão contribuir para o desenvolvimento económico de Portugal.

vieram conhecer o local de estágio do aluno Filipe Domingues e assim ficaram

Por isso, foi com muito orgulho que recebemos Manuel Caldeira Cabral, que

a saber mais sobre as funções que um técnico de marketing pode assumir

descreveu o grupo dst como um exemplo em termos de inovação, ousadia e

numa organização. Também os alunos da Unidade de Formação de Valença da

empreendedorismo. Já o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro

ETAP tiveram a oportunidade de ver de perto um grande grupo empresarial. O

Marques, esteve de madrugada na nossa empreitada do troço Alfarelos/Pam-

objetivo foi aproximar os formandos às realidades relacionadas com os cursos

pilhosa da Linha do Norte, da Infraestruturas de Portugal, onde lhe mostrámos

que frequentam, dando uma noção geral da organização e do seu funciona-

o progresso dos trabalhos. Também o primeiro-ministro, António Costa, visitou

mento. Participámos igualmente no projeto Inside #Enterprises da Young

uma obra do grupo dst: o projeto Graciosa Energy System, no arquipélago dos

Minho Enterprise (YME), um evento que contou com cerca de 70 estudantes de

Açores, que constitui uma verdadeira inovação a nível global!

vários domínios de formação e que pretendeu aproximar os alunos universitários ao mundo do trabalho. Depois de uma apresentação do grupo dst e das

Abrimos as portas às Listas A e B, candidatas à Ordem dos Engenheiros, que

suas empresas, realizada por interlocutores de diversas áreas, os participantes

vieram fazer a apresentação dos seus programas eleitorais e, desta forma,

de todos os Open Days tiveram a possibilidade de fazer uma visita guiada pelo

informar os engenheiros acerca dos seus planos para o futuro da entidade,

complexo industrial.

esclarecendo eventuais dúvidas.

No âmbito do programa da Semana da Economia da InvestBraga, promovemos um Open Day nas nossas instalações para apresentar o grupo dst, debater ideias e visitar a sede no final. Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, afirmou que «o objetivo dos Open Days da Semana da Economia é aproximar as empresas à comunidade da região, dando assim a conhecer os bons exem-plos empresariais do concelho». Marcámos ainda presença no Mini NewCo Festival, uma iniciativa internacional cuja missão é divulgar as startups e organizações de alto-crescimento, partilhando as

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TALKS REUNIÕES CONFERÊNCIAS FEIRAS

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Acreditamos na força da comunicação e do debate de ideias como um pode-

sicais, realizou-se uma palestra sobre o tema “The New Globalization: From

roso instigador da inovação. O envolvimento dos trabalhadores nas talks, reu-

Trading Goods to Trading Tasks”, proferida pelo Professor Gene Grossman,

niões e conferências que realizámos este ano foi essencial para promover o

economista de reputação mundial e docente na Universidade de Princeton

crescimento do grupo dst e para corresponsabilizar cada um no caminho para

(EUA), e moderada pelo jornalista do Observador, Edgar Caetano. O ministro da

o sucesso conjunto.

Economia, Manuel Caldeira Cabral, também teve uma intervenção e o reitor,

António Cunha, fez um pequeno discurso sobre o “Futuro da Uminho”.

A dstelecom começou o ano com a terceira reunião de “Estado da Nação”, que decorreu na Galeria Emergentes dst. Uma oportunidade não só de reflexão acerca do trabalho desenvolvido como de planeamento dos próximos projetos do setor de telecomunicações do grupo dst. Já o quarto “Estado da Nação” aconteceu no segundo semestre de 2016, juntando novamente todos os trabalhadores numa intensiva troca de impressões. Além destas iniciativas, a dstelecom organizou ainda uma sessão sobre o importante tema da segurança para os seus trabalhadores e parceiros. Os empresários dos parques industriais de Pitancinhos e Adaúfe reuniram-se nas nossas instalações para discutir a candidatura da Câmara Municipal de

Apoiámos e participámos na conferência de apresentação do estudo “Game Changers: Surfing the wave of technology disruption”, desenvolvido pela Plataforma para o Crescimento Sustentável, e que teve ainda o apoio da Google e do Wilfried Martens Centre for European Studies.

Braga e da InvestBraga, no âmbito do Programa Operacional Regional do Norte – Norte 2020, ao “Concurso de Pré-Qualificação a Operações de Acolhimento Empresarial – Apoio a Projetos de Expansão ou de Reforço da Capacidade de

Com o objetivo de explorar a temática da inovação e impulsionar um debate

Áreas de Acolhimento Empresarial e de Estruturação Funcional, Logística e

criativo que estimulará novos projetos, criámos o ciclo innovation talks, aberto

Organizativa de Aglomerados Empresariais Existentes”. A colaboração foi fun-

à participação de todos os trabalhadores do grupo dst. A primeira sessão foi

damental para facilitar a recolha de informação sobre os indicadores relativos

dedicada a fazer um ponto de situação da área de Investigação, Desenvol-

ao investimento das empresas, em curso ou a realizar os próximos anos.

vimento e Inovação no grupo, seguida da apresentação do plano de inovação e

O 42.º aniversário da Universidade do Minho foi celebrado também por colegas

Building Information Modeling e permitiu esclarecer os participantes relativa-

do conceito da plataforma de car sharing. Já a segunda abordou o tópico BIM – do grupo dst. Mais de 150 antigos alunos fizeram parte da II Conferência

mente às muitas aplicações desta nova metodologia. A terceira sessão do ano

Alumni, que contou com o nosso patrocínio. Entre intensos momentos mu-

foi sobre empreendedorismo e marketing digital e teve como convidados

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especiais dois elementos da TopDox, participada da 2bpartner, que veio falar

com especial destaque para a dst real estate e os seus projetos mais recentes.

um pouco sobre este assunto aplicado ao seu caso específico. Em Lisboa, a dstrenováveis participou na Green Business Week, onde o MiEm maio, no Salão Medieval da Reitoria da Universidade do Minho, decorreram

nistro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, passou no nosso stand e

os Encontros com Imaginação do grupo dst, um evento carregado de criativi-

ficou a saber um pouco mais sobre o negócio da dstsolar.

dade e ideias frescas para uma dst imaginada! Houve palestras sobre design thinking e gestão de marcas, projeção de resultados financeiros e momentos

As Jornadas de Emprego e Engenharia do ISEP, no Porto, serviram para divulgar

de expressão artística por parte de todos os presentes, que foram fortemente

as nossas ofertas de emprego aos jovens engenheiros e contaram com a

incentivados a participar nas discussões e atividades pelos nossos convidados

participação ativa da dte, que revelou como foi desenvolvido o sistema pioneiro

especiais Katja Tschimmel, Carlos Coelho e Ana Maria, a quem agradecemos

de produção de energia híbrida nos Açores. No Salão Imobiliário de Portugal,

mais uma vez a enorme contribuição para este dia em cheio.

mais uma vez em Lisboa, partilhámos com os visitantes do nosso stand que estamos a criar o novo núcleo empresarial do Norte e que possuímos um amplo

Apoiámos e participámos na conferência de apresentação do estudo “Game

leque de soluções residenciais de excelência.

Changers: Surfing the wave of technology disruption”, desenvolvido pela Plataforma para o Crescimento Sustentável, e que teve ainda o apoio da Google

Além da dst real estate, também a dte e a dstrenováveis marcaram presença,

e do Wilfried Martens Centre for European Studies. A primeira investigação

numa feira cuja inauguração contou com a presença do Ministro da Economia,

nacional dedicada à 4.ª Revolução Industrial analisou o impacto da nova vaga

Manuel Caldeira Cabral. Com o objetivo de divulgar o vasto leque de oportuni-

tecnológica no nosso país, sugerindo uma série de recomendações de políti-

dades de recrutamento disponíveis no grupo dst, participámos na Feira do

cas públicas e opções empresariais para Portugal poder “apanhar a onda”. O

Emprego no Braga Retail Center e na Escola de Engenharia e Gestão Business

evento teve lugar em Braga e juntou um grupo de especialistas, nacionais e

Day & Feira de Emprego, na Universidade do Minho em Braga.

estrangeiros, que asseguraram um leque variado de leituras sobre os fenómenos tecnológicos e o seu impacto nas organizações e instituições.

O V Fórum da União de Exportadores da CPLP decorreu em Santa Maria da

O ano foi bastante preenchido no que diz respeito à participação das várias

soluções adaptadas a cada cliente.

Feira, onde a dst, a dte e a bysteel apresentaram as suas áreas de negócio e empresas do grupo em feiras dedicadas aos seus setores de atuação. Estivemos no Salon de l'Immobilier et du Tourisme, em Paris, organizado pela Chambre de Commerce et d'Industrie Franco-Portugaise, onde tivemos a oportunidade de dar a conhecer o grupo dst e os vários mercados em que atua,


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MUROS, ESTABILIDADE, CONSOLIDAÇÃO!

Ricardo Salgado Administrador da dstelecom


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Em termos globais, o ano de 2016 foi inesperado, tumultuoso e chocante.

O aumento de 58% nos crimes de ódio que se seguiram ao BREXIT explica mais

Apesar de não ser um ano farto de acontecimentos, foi um ano em que por todo

motivações para terem votado “Sim” à saída da UE. Triste.

mundo, e de diversas formas, “afloraram” os piores sentimentos do ser

Os Estados “Divididos” da América escolheram para presidente um homem

humano.

que teve a “coragem” de assumir antecipadamente as loucuras que iria

O imobilismo do mundo perante a agonia do povo Sírio e os refugiados que o

implementar se fosse presidente. Há que lhe dar mérito. Visto de fora não se

mundo teima em não saber acolher foram dos acontecimentos mais marcantes

compreende.

do ano de 2016. Uma guerra civil que se mistura com atos de terrorismo

Não que não devesse efetivamente ter dito o que propunha fazer se fosse eleito.

jihadista, em que não se percebe quem patrocina os contestatários do regime

O que não se compreende é que não há memória no mundo ocidental de se

de Bashar al-Assad, nem efetivamente quem o está a defender e porquê. Há, no

prometer tanto disparate em campanha eleitoral e mesmo assim sair-se

entanto, um povo que nada tem que ver com a guerra, que clama por socorro e

vencedor.

que o mundo não tem sido capaz de salvar nem sequer dar guarida. A Hungria

Ainda mais surpreendente é que toda a imprensa fustigou de uma forma

declarou um estado de emergência em todo o país com medidas específicas

implacável, só possível nos EUA, todos os devaneios que foram sendo

para evitar a entrada de refugiados, a Itália substituiu a Grécia como destino de

lançados durante a campanha. Mesmo assim, ganhou! Trump ganhou usando,

tráfico de pessoas, a Dinamarca introduziu uma lei que autoriza o confisco de

como ninguém o tinha feito até então, o Twitter como principal meio de

joalharia e dinheiro dos requerentes de asilo para pagar os seus cuidados e

comunicação da sua campanha. Um facto igualmente surpreendente e que

tantos outros exemplos de indiferença e oportunismo que esta guerra tem

pode mudar de forma definitiva a forma de se fazer campanha eleitoral. No

posto a descoberto. São milhares as mortes de guerra e dos que tentaram dela

entanto, a verdadeira razão para a vitória de Trump não foi o demérito da Hillary:

fugir, a que se soma a indiferença e oportunismo de muitas nações para não

foi o bolso dos americanos. São todos muito sensíveis até lhes mexerem no

marcar de forma irreversível a História da Síria e a História do mundo.

bolso. Preferem um louco a governar a maior potência económica e militar do

Os atos bárbaros de terrorismo de Paris, Afeganistão, Bruxelas, Paquistão,

mundo do que continuar a pagar impostos para suportar a política social

Orlando, Istambul, Nice e Berlim que aterrorizaram o mundo são também

implementada pelos Democratas. Um acontecimento de 2016 sem preceden-

inapagáveis da História do ano de 2016. Estes atos não são contra regimes ou

tes.

religiões. São contra todos e a favor de quem os pratica ou incentiva. Todos somos inimigos. Até uma guerra tem regras. O maior receio é que esta barbárie vá conseguindo vitórias, que o medo se instale e, como primeira consequência, a xenofobia se massifique. Os sinais são reais. A extrema-direita está em ascensão em toda a Europa. Os ingleses abanaram a Europa e espantaram o mundo, e talvez a si mesmos, com o BREXIT. Todos concordarão que a Europa está em crise, sobretudo em crise de identidade. O modelo não está a funcionar, poucos sabem que alternativas explorar e muitos são os que não querem abdicar de posições privilegiadas a favor do todo. Os ingleses que apoiaram o BREXIT assentaram a campanha para o referendo num populismo absolutamente miserável, apelando a um nacionalismo retrógrado e sempre com a esperança que a saída da UE os vai levar per si novamente à fama e glória de outros séculos.


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Na minha opinião, estes acontecimentos de 2016 irão alterar a Europa e o

“humanização das políticas”. Vale a pena sublinhar isso.

mundo como o conhecemos. Não se tratam de episódios isolados de

2016 foi também o ano, aliás, no seguimento do anterior, em que a justiça,

indiferença, fundamentalismo bárbaro ou xenofobia. São muitos os sinais. São

apesar dos atrasos e lentidão crónicos, surpreendeu e reforçou o sentimento de

muitos os muros que começaram a ser construídos no ano de 2016 para

que ninguém está acima da lei. E isso também vale a pena ser sublinhado. A

passarem ao lado da História e não anteciparem um futuro, no mínimo,

Justiça é justa com o seu povo e credibiliza o país.

conturbado. Se a democracia liberal ocidental atingiu o seu ponto alto com a

Portugal, nos primeiros 10 meses de 2016, já tinha recebido 10,2 milhões

queda do muro de Berlim, como afirmou Timothy Garton Ash, 2016 foi “1989

de turistas estrangeiros, o que significa um crescimento de 12% face ao

no reverso”. Espero que 2016 não seja lembrado com tendo sido o início de um

período homólogo e originou um aumento de 20% dos proveitos totais em

“retrocesso civilizacional”.

igual período. Sem dúvida este é um fenómeno que muito tem ajudado a

Perante tantos horrores e muros erguidos, o impeachment da Dilma, as vítimas

economia portuguesa (o turismo já vale 5% do PIB nacional) e vale a pena ser

do Zika, a queda dos preços do petróleo e consequente crise das economias

sublinhado.

petróleo-dependentes como consequência do abrandamento da economia

Também a Seleção Nacional de Futebol surpreendeu, confirmando as

Chinesa serão factos de menor importância para a História de 2016 sublinhar.

expectativas dos mais idealistas e ganhando o Europeu de Futebol pela primeira

Houve sinais de esperança em 2016. Houve pontes que se construíram. A

vez. Já tivemos melhores equipas, já jogámos melhor futebol, mas foi desta que

entrada em vigor do acordo nuclear do Irão, o acordo de paz alcançado entre o

ganhámos.

Governo da Colômbia e os rebeldes das Forças Armadas Revolucionárias da

Foram momentos inesquecíveis e que exacerbaram o orgulho nacional e o

Colômbia (FARC), que pôs fim a uma guerra de 52 anos, e as “rajadas” de ar

amor-próprio de um povo.

fresco que a coragem do Papa Francisco tem espalhado pela Igreja Católica e

O talento dos portugueses teve em 2016 um momento épico, e que retrata bem

pelo mundo.

o talento de tantos outros profissionais portugueses que vão vencendo por

Do ponto de vista do país, foram a expectativa e a surpresa que melhor

Um português à frente das Nações Unidas será certamente bom para o mundo

esse mundo fora: a eleição de António Guterres para secretário-geral da ONU. caracterizaram o ano de 2016. O país vinha de uma crise e uma recessão sem

e a sua eleição já foi boa para Portugal.

precedentes, havia um clima de tensão social, cortes salariais, uma carga fiscal

António Guterres não terá uma tarefa fácil, tendo em conta o enquadramento

sufocante, o setor bancário completamente desestruturado, uma obsessão da

que acabei de fazer ao nível internacional.

União Europeia por um défice abaixo dos 3%, a Europa a atravessar uma crise

Ainda assim, tenho a convicção que vai voltar a materializar em ações

económica e de identidade, eleições presidenciais no início do ano e,

concretas a missão maior das Nações Unidas e o papel que todos esperamos, e

igualmente inédito, íamos ser governados pela “Geringonça”. Quando em toda

precisamos, que esta organização mundial assuma.

a Europa se está a assistir à contestação crescente dos partidos ditos de

Em 2017 há que manter o equilíbrio das contas públicas, criar melhores

“oposição”, em Portugal anuncia-se um acordo de governação com os ditos

condições para que as empresas consigam gerar riqueza e emprego, diminuir o

partidos como base para a estabilidade governativa. À partida eram ingredien-

endividamento público, implementar medidas concretas para dar celeridade à

tes suficientes para não correr bem. Em termos económicos ainda é cedo para

justiça, atrair investimento e reter o talento nacional.

poder comprovar se correu bem, mas tenho a convicção que não correu mal,

No grupo dst, em particular na dstelecom, o ano de 2016 foi um ano de extrema

especialmente tendo em conta o enquadramento anterior. Apesar do aumento

importância para a empresa.

da dívida pública, considero que se vive um clima de maior confiança, maior

O setor das telecomunicações em Portugal é muito competitivo e dinâmico,

estabilidade e sobretudo uma maior preocupação com as pessoas e uma

apesar de haver bastante concentração.


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Uma empresa nova, com uma equipa jovem mas talentosa e um modelo de

casas cobertas com fibra da dstelecom em pelo menos 15%. Finalmente,

negócio inovador, teve, e terá, que superar inúmeros desafios para conseguir

acreditamos que será o ano em que o volume de negócios gerado pelo novo

consolidar o seu modelo de negócio. Na dstelecom a palavra do ano foi a

portfólio de produtos e soluções para smart cities valerá cerca de 5% do

consolidação. A consolidação do modelo de negócio único de operador de

volume de negócios total.

operadores assente numa infraestrutura de fibra multioperador com a garantia

Desafios e ambição suficiente para ter como garantido um ano de muito

de níveis de serviço dos mais exigentes que existem no país para os mesmos

trabalho!

serviços. Em 2015, o FTTH Council Europe concedeu à dstelecom o FTTH Award pelos “excelentes esforços para acelerar a adoção do FTTH na Europa”. Em 2016, fomos honrados pela Exame Informática com a distinção Fast Mover Volume de Negócios das empresas tecnológicas portuguesas, por termos crescido mais de 250% em volume de negócios. Ainda assim, aquilo que realmente vale a pena sublinhar em 2016 foi o facto de termos conseguido contratualizar a prestação de serviços com operadores que representam mais de 95% do mercado português, termos conseguido confirmar a valia técnica da solução tecnológica ao ter vários operadores a trabalhar em simultâneo na nossa rede e, não menos importante, termos registado diversas manifestações de satisfação dos nossos clientes. Factos suficientes para eleger a consolidação como a palavra do ano 2016. Também em 2016, começámos a preparar o futuro da empresa estruturando um portfólio de soluções para smart cities que assenta em três premissas maiores: capitalizar a relação e conhecimento que temos dos municípios, potenciar todas as competências e produtos do universo do grupo dst e estimular, sempre que possível, a maior utilização da nossa rede de fibra. O propósito é capturar valor de uma nova vaga de negócio que surge da ambição dos municípios aumentarem o nível de conhecimento e informação dos cidadãos, aproximarem os cidadãos ao governo da cidade, diminuírem os custos dos serviços públicos, garantirem a sustentabilidade ambiental e ecológica, desenvolverem uma mobilidade inteligente e segura e atraírem investimento. Em 2017, a ambição e os desafios não serão menores. Os desafios operacionais serão mais complexos e de maior escala. Vamos ter centenas de equipas a trabalhar na nossa rede, em simultâneo, para 5 operadores concorrentes. A ambição passa por duplicar o número de acessos alugados aos operadores, melhorar a rentabilidade e simultaneamente elevar, ainda mais, o nível de satisfação dos nossos clientes. Ambicionamos ainda fazer crescer o parque de



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