Newsletter 01 outubro 2003

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...is more trimestral / outubro 2003

edição 1

concreta - 2003

Grande Prémio de

19ª Feira Internacional de Materiais de Construção

Literatura

A dst participou, pela primeira vez, na CONCRETA - Feira Internacional de Materiais de Construção. Esta feira, realizada na EXPONOR-Matosinhos nos dias 22 a 26 de Outubro, é uma feira essencialmente vocacionada para os profissionais da construção e constitui a maior e mais representativa feira que se realiza em Portugal. (pág. 4)

Vergílio Alberto Vieira vencedor. A obra "O Voo da Serpente", de Virgílio Alberto Vieira, foi a vencedora do Grande Prémio de Literatura ITF 2003. O júri, constituído por Vítor Aguiar e Silva, Carlos Mendes de Sousa e José Manuel Mendes, deliberou por unanimidade, atribuir o prémio de 7500 € a uma obra que "incorpora experiências de revisitação da poesia oriental mais celebrada e um permanente sentido do lugar, do tempo que passa, da meditação que é elegia, auto-retrato ou instância predicativa" e que constitui "um outro momento de relevante singularidade no percurso do autor". (pág. 6)

Entrega dos Certificados de Qualidade Ocorreu no passado dia 18 de Setembro, pela manhã, e contou com a presença da Eng.ª Leonor Lapa - representante da APCER - e com todos os responsáveis de departamento envolvidos no processo. (pág. 2)

À conversa... ...José Manuel Mendes

módulo

Com cerca de 30 livros publicados, José Manuel Mendes, já vencedor do Grande Prémio de Literatura ITF em 1995, conversou connosco sobre os seus livros e a sua mais recente publicação. (pág. 12)

(auto)sustentável Internacionalização Este módulo auto-suficiente esteve em exposição no recinto da EXPONOR, aquando da Feira "Concreta", que decorreu entre os dias 22 a 26 de Outubro deste ano. Na abertura oficial da feira, o módulo foi visitado pelo director da Concreta Filipe Gomes e pelo Secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, que congratulou a dst pela inovação e pelo materializar de um projecto que se apresenta como o futuro da construção. No decorrer da feira, foram muitos os visitantes nacionais e estrangeiros a manifestar curiosidade e apreço por este novo conceito de espaço habitacional, pelo que se prevê iniciar um processo de comercialização a curto prazo.

Vivemos (OCDE) na era do conhecimento, tendo este factor se tornado o mais crítico no processo de produção. As oportunidades resultantes da abertura de novos mercados, com custos de produção mais baixos e o conhecimento facilmente transportável, resulta na necessidade das empresas se internacionalizarem.

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editorial Ao contrário de Portugal Portugal tem uma importância internacional reconhecida maior do que a sua dimensão. Portugal está na Nato. Portugal está na Europa dos quinze. Portugal está na Zona Euro. Portugal tem uma língua falada por milhões. A dst tem uma importância reconhecida menor do que a sua dimensão. Portugal tem uma estratégia? Nem sempre. Portugal tem mais estratégias que representam os estados de alma dos que no momento o dirigem. A dst tem uma estratégia? A dst tem uma estratégia para inverter a sua posição de não reconhecimento e tem uma estratégia de manutenção do seu crescimento. A dst tem uma imagem cool mas poucos sabem que a temos ou que as questões da estética, do bom gosto, da formação, do relacionamento interpares, da sua actividade mecénica, da sua performance financeira, da multidisciplinaridade da sua actividade - obras públicas, construção civil, ambiente, energias renováveis e montagem de negócios imobiliários só são conhecidos por um número restrito de pessoas. Este é um dos factores, a falta de visibilidade do que nos diferencia, que limita a nossa competitividade. A dst lançou esta newsletter para o interior mas também para o exterior - a dst quer inverter aquela falta de visibilidade. A dst estabeleceu um acordo com todos os colaboradores no sentido de cada um ser um potencial comercial -ser um veículo do que queremos que pensem de nós. A dst tem nova imagem. A dst duplicou os recursos humanos na área de estudo de propostas. A dst dinamizou o departamento comercial. A dst dinamizou o departamento de marketing e design. A dst apresenta-se nas feiras. A dst tem campanhas de visitas ao seu Centro de Produção. A dst abriu delegação em Lisboa como plataforma para a internacionalização. A dst criou o departamento de internacionalização. A dst está, novamente, a dar sinais de liderança no sector em áreas que lhe são muito caras - bom gosto, mecenato, inconformismo, proactividade, assertividade, formação, solidariedade, produtividade e competitividade. A dst tem em fase final um protocolo com a Escola de Engenharia da Universidade do Minho onde nos será dada uma formação contínua, em dois anos, duas vezes por semana, em áreas tão distintas mas tão complementares como: gestão contratual, processos construtivos, direito, psicologia, marketing e publicidade - nesta formação serão contabilizados créditos para efeito de grau académico. Sim. A dst tem uma estratégia. A dst terá uma importância reconhecida ao nível da sua dimensão. José Teixeira CEO

Içar de bandeira no Centro de Produção de Misturas Betuminosas

Entrega de certificado de qualidade na Central de Betão

Certificados de Qualidade Entrega formal dos certificados ao Centro de Produção de Misturas Betuminosas e de Betão Após a entrega formal do certificado ao Eng. José Teixeira e aos Directores dos Departamentos de Betão Pronto e Centro de Produção de Misturas Betuminosas, a visita prosseguiu para os respectivos locais por forma a içar a bandeira da certificação.

A certificação do Sistema de Gestão da Qualidade da dst foi agora oficializada com a entrega formal dos respectivos certificados. Ocorreu no passado dia 18 de Setembro, pela manhã e contou com a presença da Eng.ª Leonor Lapa representante da APCER - e com todos os responsáveis de departamento envolvidos no processo. 2


Internacionalização A globalização tem que ser entendida através de factores que per si foram a causa e o efeito do mesmo, nomeadamente: a criação da União Europeia como bloco económico sem barreiras aduaneiras inter-estados membros; a queda do comunismo na Europa de Leste; a aproximação da China ao sistema capitalista e a evolução tecnológica da última década (informática e novos meios de comunicação) poderão ser considerados como alguns dos acontecimentos mais relevantes que aceleraram e intensificaram todo este fenómeno. O comércio internacional sempre existiu. As maiores causas da globalização resultam da abertura de uma panóplia de mercados com biliões de potenciais consumidores em estágios diferentes de desenvolvimento e a própria saturação dos mercados domésticos dos países da OCDE. Os efeitos mais proeminentes da globalização são a facilidade de transferência de informação, knowhow, movimento de capitais e a homogeneização de metodologias de gestão. Vivemos (OCDE) na era do conhecimento, tendo este factor se tornado o mais crítico no processo de produção. As oportunidades resultantes da abertura de novos mercados, com custos de produção mais baixos e o conhecimento facilmente transportável, resulta a necessidade das empresas se internacionalizarem. Portugal, nos anos 90, passou pelo estágio final do processo de desenvolvimento, investindo biliões de euros nas suas infra-estruturas e atraindo investimento estrangeiro para o país, antes de ter alcançado o tão desejado estatuto de país desenvolvido. Isto não implica a não continuidade de expansão e eficiência económica! “ A aventura é o resultado de um mau planeamento ”. Blatchford Snell. A dst iniciou o seu processo de internacionalização. Estamos neste momento na fase de planeamento e investigação, o que implica a identificação dos mercados prioritários e potenciais parceiros. Existem duas zonas geográficas com enorme potencial e oportunidades - a Europa de Leste e África. O nosso foco na Europa de Leste, nomeadamente os países (Estónia, Eslovénia, Eslováquia, Hungria, Letónia, Lituânia, República Checa e Polónia) que irão aderir à União

Europeia em Maio de 2004, estão num estágio de desenvolvimento comparável ao de Portugal nos anos 80. Far-se-ão enormes investimentos tanto em infra-estruturas como na indústria e serviços domésticos de forma a atrair investimento estrangeiro, na certeza de que os mesmos resultarão no crescimento económico e riqueza tão desejados. A grande oportunidade na nossa indústria, é que todos estes países sofrem de carências nas suas infra-estruturas e a União Europeia planeia disponibilizar fundos de apoio para o desenvolvimento, na ordem de biliões de Euros. As grandes vantagens são custos de produção mais baixos e uma mãode-obra altamente especializada. A maior ameaça é uma concorrência “feroz”, proveniente de empresas do sector de outros estados membros e possivelmente com meios financeiros superiores aos nossos, a tentar penetrar nestes mercados. O risco político e económico do nosso investimento é relativamente baixo, pois estamos a falar em futuros estados membros da União Europeia. O risco passa a ser o inerente ao negócio e por isso o modelo e parceiro são vitais para o sucesso. Também não descoramos África e já iniciámos a procura de parceiros em São Tomé e Príncipe e Angola. Alguns países estão no processo inicial de desenvolvimento após prolongadas guerras civis que dizimaram os seus territórios. Ansiamos encontrar parceiros que nos permitam investir a longo prazo. “Pense globalmente, aja localmente, pense tribalmente, aja universalmente ”. John Naisbitt, futurologista. A internacionalização nos termos aqui abordados não é mais do que produzir ou prestar serviços noutro ponto geográfico usando o knowhow acumulado, aplicá-lo ao mercado local, tendo por objectivo praticar preços 3

concorrenciais a custos que permitam gerar lucros, conduzindo ao aumento do volume de vendas e resultados do grupo. O modelo de negócio idealizado, passa por criar parcerias com uma empresa local, podendo passar por vários estágios de relacionamento. É crucial a escolha do parceiro. Na Hungria sê Húngaro! Na Polónia sê Polaco! Em Espanha Espanhol! Etc… O sucesso da parceria depende da convergência genuína da identificação de valor acrescentado e filosofia de negócio por ambas as partes, a sua complementari-dade, resultando na longevidade com sucesso desde o início. O valor acrescentado que a dst tem para oferecer a qualquer futuro parceiro baseia-se em três vertentes: - Knowhow, experiência, curriculum e metodologia de gestão; - aumento de capacidade financeira, experiência com obras financiadas por fundos de apoio europeus e credibilidade para aceder a futuros financiamentos localmente; - os nossos valores relacionados com colaboradores, formação, qualidade, preocupação ambiental, sócio-cultural e “design”. Existem muitas empresas que tentam emular estes valores, no entanto não os praticam e pecam pela hipocrisia. O nosso lema é participar na criação de riqueza e na melhoria da sociedade. As regras sobre o futuro nunca foram claras! Mas actualmente a velocidade de transição e mutação do mundo é extremamente intensa e a falta de líderes mundiais que nos indiquem o caminho a médio prazo deixa-nos um pouco apreensivos, mas como Edward de Bono diz: “Todos estão rodeados de oportunidades. Mas estas só existem quando são vistas. E apenas serão vistas se as procurarmos”. João Peres Gomes ceo international area dst


concreta - 2003 19.ª Feira Internacional de Materiais de Construção

A dst participou, pela primeira vez, na CONCRETA - Feira Internacional de Materiais de Construção. Esta feira, realizada na EXPONOR-Matosinhos nos dias 22 a 26 de Outubro, é uma feira essencialmente vocacionada para os profissionais da construção e constitui a maior e mais representativa feira que se realiza em Portugal. A participação da dst neste certame constituiu uma decisão estratégica, com objectivos claros de divulgar e promover as áreas de negócio da empresa e de abrir oportunidades de negócios nacionais e internacionais. Estas feiras apresentam-se como centros nevrálgicos para a realização de contactos e de negócios, constituindo oportunidades de comunicar a imagem e aumentar a notoriedade da empresa. O dia inaugural contou com a presença do Secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, que fez uma breve visita à feira e uma pausa junto do stand dst, trocando algumas palavras com o Eng. José Teixeira. A filosofia e a procura de inovação na comunicação e imagem da empresa reflectiu-se na diferenciação do stand da dst. Sob forma de auditório, onde foram projectados um filme institucional e imagens de obras de relevo, o stand foi concebido pelo arquitecto Carvalho Araújo e executado pelos departamentos de madeiras e metalomecânica. A iluminação esteve a cargo da dte_empreitadas eléctricas. O conceito do stand, a sua objectividade e simplicidade, a conjugação da madeira crua com o ferro e a chapa mereceram comentários elogiosos de vários visitantes que paravam a perguntar quem éramos e o que fazíamos. A avaliação da presença da dst na CONCRETA foi claramente positiva, quer em termos comerciais quer em termos de marketing, resultando em contactos que se esperam frutíferos, augurando novas perspectivas de negócio.

José Teixeira (ceo dst), Filipe Gomes (director da Concreta) e Jorge Costa (Secretário de Estado das Obras Públicas)

stand dst, vista exterior parcial

stand dst, vista interior parcial

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Onde todos ajudam nada custa A participação da dst na Concreta 2003, tanto no stand como no módulo auto-suficiente, promoveu mais uma vez a interacção e relacionamento dos diversos departamentos e centros de produção. Desde a execução das grandes estruturas até ao acto mais simples de cortar papel, muitos foram os que de boa vontade se disponbilizaram a colaborar, permitindo a eficaz concretização deste desafio. Um bem haja a todos os que contribuiram de forma directa ou indirecta para uma presença marcante na feira internacional realizada na Exponor.

módulo auto-suficiente Construção sustentável. Novas formas de apropriação do espaço. Novas formas de construção. A dst respondeu com entusiasmo ao desafio dos arquitectos Fátima Fernandes e Michele Cannatà e da Exponor para a construção de um módulo auto-suficiente. Este módulo auto-suficiente esteve em exposição no recinto da EXPONOR, aquando da Feira "Concreta", que decorreu entre os dias 22 a 26 de Outubro deste ano. Na abertura oficial da feira, o módulo foi visitado pelo director da Concreta, Filipe Gomes, e pelo Secretário de Estado das Obras Públicas, Jorge Costa, que congratulou a dst pela inovação e pelo materializar de um projecto que se apresenta como o futuro da construção. No decorrer da feira, foram muitos os visitantes nacionais e estrangeiros a manifestar curiosidade e apreço por este novo conceito de espaço habitacional, pelo que se prevê iniciar um processo de comercialização a curto prazo. O módulo dst foi construído em madeira e tem como base as dimensões de 3,00 m largura por 9,00 m de comprimento. Este é um projecto que pretende dar resposta a um número elevado de situações em que o factor tempo aliado ao processo e apuramento da construção é de grande importância. Cada módulo, além de dar resposta a novas formas de apropriação do espaço, tem também como objectivo, desenvolver o conceito de "auto-suficiência", com recurso a novos materiais e tecnologias de ponta, nomeadamente a utilização de painéis foto voltaicos, possibilitando maior controlo energético. Para responder a uma variedade de funções, desenvolve-se uma tipologia de módulo que poderá ser habitação temporária ou de férias, observatório ambiental, posto de vigia contra incêndios, bar, quiosque e "praça virtual" ou elemento mínimo que reúne condições de comunicações através de meios informáticos. Estes módulos podem valer como um elemento isolado ou serem acoplados entre si, permitindo assim a construção do espaço ideal à medida de cada utilizador.

José Teixeira (ceo dst), Filipe Gomes (director da Concreta) e Jorge Costa (Secretário de Estado das Obras Públicas)

Módulo auto-suficiente, vista exterior

Sustentável: reúne todas as condições técnicas para ser auto-suficiente em energia, água e outros elementos essenciais à vivência diária. Modular: cria espaços que podem ser compostos e acoplados uns aos outros, à medida de cada necessidade e de cada situação. Versátil: permite utilizações variadas, desde habitação temporária a observatório ambiental, de posto de vigia contra incêndios a bar ou quiosque. Eficiente: emprega tecnologias de ponta que permitem maior controlo energético. Ambientalista: recorre a materiais amigos do ambiente e a energias alternativas (painéis foto voltaicos) que reduzem o impacto ambiental da construção. Inovador: representa uma nova forma de apropriação do espaço e um diferente conceito de construção, mais em estaleiro que em obra, aumentando a rentabilidade e produtividade. Portátil: possibilita fácil transporte de uma localização para 5

Módulo auto-suficiente, vista interior

outra. Económico: dispensa infra-estruturas exteriores já que, as que lhe são instaladas, permitem utilização autónoma, rentabilizando os custos iniciais.

Ficha Técnica: Autores do projecto Fátima Fernandes e Michele Cannatà Colaboração Marta Lemos, Isabella Fera, Miguel Meirinhos, Cristina Neves Estruturas Gop -João Maria Sobreira Rede de Água e Esgotos Gop -Raquel Fernandes Instalações e Equipamentos Mecânicos Get -Alfredo Costa Pereira Instalações Eléctricas Lightplan -Fernando Silva


A itf orgulha-se da construção (montagem) de mais um negócio. Agora, um centro comercial em esposende (com área coberta de 5.000m2).

(in)formando a união europeia e o direito

Poesia, Outra vez. Recital A Biblioteca Pública de Braga promoveu, no passado dia 23 de Outubro, no museu D. Diogo de Sousa, um recital de poesia com José Manuel Mendes. Intitulado "Poesia, outra vez", este recital serviu de pretexto para a publicação de dois novos títulos: "Setembro outra vez" e "A voz ao relento". José Manuel Mendes recitou alguns poemas de eleição entremeados por poemas de sua autoria. "Setembro outra vez" é uma antologia editada pela Caminho e reúne algumas das melhores poesias do escritor, além de alguns poemas inéditos. "A voz ao relento" é uma edição dst em que o autor apresenta novos poemas com desenhos de Alberto Péssimo.

orgão competente para aplicar o Direito Europeu e para permitir uma interpretação uniforme do mesmo, que se irá impor às jurisdições nacionais. Podemos afirmar qua a contribuição mais determinante do Tribunal de Justiça, consiste na afirmação inequívoca do Princípio do Primado do Direito Comunitário sobre o Direito Nacional, uma vez que esta regra não figura expressamente nos tratados e é condição indispensável da autonomia e do respeito pelo Direito Comunitário. Pela consagração do Princípio da Aplicação Directa e Imediata, a aplicação de uma norma obrigatória europeia não pode ser atrasada ou alterada pela intervenção do legislador nacional. Ou seja, a integração do Ordenamento Jurídico Comunitário opera de pleno direito, dispensando para o efeito qualquer forma especial de recepção. Por outro lado, e graças ao Princípio do Efeito Directo, os particulares podem invocar perante o seu juiz nacional direitos decorrentes da aplicação de um Tratado, Regulamento ou Directiva Comunitária. Assim, e para concluir, pode afirmar-se que os Tribunais Nacionais são obrigados a aplicar as disposições do Direito Comunitário, por um lado, e os particulares são livres de as invocar perante eles, por outro.

O presente artigo tem, como razão de ordem, traçar as linhas gerais que norteiam a relação da União Europeia, no que se refere à elaboração de normas e à produção de jurisprudência. Como ponto de partida, convém ter presente que a União Europeia é uma Comunidade de Direito, que vê a sua legitimidade e funcionamento garantidos pelo respeito que cada um dos estados-membros atribui ao Direito e à Democracia. Quanto às fontes de Direito temos, por um lado, os textos institutivos e, por outro lado, o direito derivado. No que respeita a este último ano, convém referir que as instituições da União Europeia, têm legitimidade política e autonomia jurídica necessárias à emanação de normas jurídicas. Nesta categoria, podemos distinguir três tipos de normativos que passamos a definir de forma sucinta. As Directivas são Leis-Quadro que vinculam os destinatários quanto ao resultado a alcançar, deixando às instâncias nacionais a competência quanto a forma e meios. As Decisões são normas obrigatórias, em todos os seus elementos, relativamente aos destinatários nelas designados. Por seu turno, as Recomendações, Pareceres e as Resoluções, não têm carácter vinculativo. No que se refere à juirisprudência, o Tribunal de Justiça da União Europeia é o

Sara Styliano departamento jurídico/recursos humanos da dst

Grande Prémio de Literatura

(cont.)

Vergílio Alberto Vieira nasceu em 1950. Natural de Amares, desde há muito tempo reside Braga. Licenciado em Letras pela Universidade do Porto, cedo publicou obras de poesia e prosa, destacando-se no contexto das letras nacionais como uma das vozes "mais singulares" da arte da palavra. Vencedor pela segunda vez do Grande Prémio de Literatura itf (a primeira vez, em 2001, com a obra "Imposição das Mãos"), possui um vasto rol de obras publicadas, de todos ao géneros literários. "O Voo da Serpente" representa um novo caminho na sua escrita poética, razão pela qual recebeu a unanimidade dos votos do júri deste ano. 6


Prémio JA/dst Tema: Portugal pós revogação do 73/73 Decorre até 31 de Dezembro, a recepção de trabalhos a concurso à segunda edição dos Prémios Crítica e Dossier Fotográfico JA/ dst, abertos a todos os associados da Ordem dos Arquitectos e a estudantes de arquitectura. Estes concursos destinam-se a premiar duas áreas distintas: a produção de textos de reflexão teórica / crítica e a fotografia de arquitectura. O valor de cada prémio será de 1.250 €, sendo apenas distinguido um único vencedor em cada um dos registos. Os interessados poderão solicitar o regulamento e ficha de inscrição ao departamento de marketing da dst.

Braga aPraga

de

2.ª conferência mundial de explosivos e seu manuseamento

Decorreu de 10 a 12 de Setembro, em Praga, República Checa, a 2.ª Conferência Mundial sobre explosivos e uso de explosivos. Ao longo deste encontro, ainda em fase de maturação e afirmação, foram abraçados temas com muito interesse, destacando-se os seguintes:

Em termos ambientais, os estudos mais avançados debruçam-se sobre os efeitos colaterais resultantes do uso dos explosivos. Relativamente à segurança, e com relativo interesse para nós consumidores, assistimos à apresentação de comunicações direccionadas para a segurança no fabrico e manuseamento de explosivos em termos fabris. É notória, no entanto, a preocupação dos fabricantes em produzir materiais e avaliar as suas reais performances refinando, em alguns casos, as potencialidades desses mesmos materiais explosivos. Quanto à utilização ou aplicação de novas técnicas para desmonte com explosivos, há um crescente desenvolvimento na utilização de detonadores electrónicos com recurso a consolas programáveis. O recurso à programação com utilização destes detonadores torna-se altamente vantajoso para trabalhos específicos, nomeadamente em túneis com restrições em termos de geração de vibrações, com redução de tempos de detonação efectiva, repetições de tiros, etc. Em termos académicos são numerosas as comunicações apresentadas. Destacam-se naturalmente, algumas comunicações do professor Moser, austríaco, com trabalhos internacionalmente reconhecido e de elevado valor. A representação francesa, afecta ao grupo Nitro-Bickford que está na vanguarda na produção de explosivos e acessórios de

Directivas Comunitárias e Legislação dos vários países comunitários; Ambiente de Segurança e Saúde; Desenvolvimentos Técnicos; Experiências com Explosivos. Portugal fez-se representar pelo Dep. Minas da U.P. (Porto), Câmara Municipal do Porto, APBE (Lisboa), Mota & Companhia (Porto), S.S. da Cunha (Braga), dst (Braga), Geoblast (Porto). Das comunicações apresentadas sobre legislação, destacase um trabalho muito interessante da tentativa de harmonização de todas as legislações comunitárias. De igual modo, é notória a tentativa de interligação dos procedimentos vigentes nos vários países dos estados membros da comunidade. Dentro de alguns anos teremos certamente uma legislação comum, quer em procedimentos para legalização, etc., até à formação requirida para a utilização/aplicação de explosivos nos países da comunidade.

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tiro, destacou-se com a apresentação de algumas comunicações relacionadas com experiências com medições de pressões desenvolvidas no interior dos furos/tiros em determinados instantes temporais para optimização posterior em decks. Portugal, através do Dep. Minas da Universidade do Porto, apresentou uma comunicação subordinada ao tema "Explosivos ou não no túnel Rodoviário do Porto-Ceuta". Os estudos para o Metro do Porto, evidenciaram a possibilidade de se efectuar o desmonte com recurso à utilização de explosivos em alguns pontos do desenvolvimento deste túnel.

Paralelamente, destacou-se o jantar organizado pelo comité num espaço, na ilha de Zofin, muito perto da Ponte Carlos. Na cidade, com uma arquitectura digna de ser apreciada e contemplada, é notória a utilização maciça de pedra evidenciando uma arte requintada de várias épocas e tendências ao longo dos séculos. É verdadeiramente espectacular circularmos nesta cidade quando ela própria nos cativa e retém constantemente para algo mais. Uma cidade repleta de história e cultura onde... o taxista escuta música clássica. José Magalhães director centro de produção das rochas ornamentais dst


zoom Departamento de

construção civil I (ricardo carvalho, director de departamento de construção civil I dst)

a seguir se apresenta, a localização das empreitadas concentra-se essencialmente na zona Norte do país. No entanto, não são raras as vezes em que há deslocações para os mais diversos pontos do nosso território. Só com esta mobilidade e flexibilidade poderemos ser competitivos e conseguir que a dst seja uma empresa de dimensão nacional. De um modo geral, os engenheiros deste departamento têm a seu cargo a direcção técnica da obra e é sua função a coordenação e articulação de todas as sub-empreitadas. Percebe-se então facilmente que lidam diariamente com todos os centros produtivos da dst. principais obras:

Eng. Ricardo Carvalho, Eng. Américo Vaz, Eng.ª Carla Braga, Eng. Pedro Castro e Eng. Álvaro Fernades

O Departamento de Construção Civil I da dst é dirigido pelo Eng. Ricardo Carvalho que tem como colaboradores directos os engenheiros Carla Braga, Pedro Castro, Américo Vaz e Álvaro Fernandes. Fazem ainda parte da equipa os encarregados António Rodrigues, Fernando Leite, José Gonçalves, José Vieira, Lázaro Rodrigues, Luís Sousa e Madureira. Em termos de organigrama funcional, o departamento actua do seguinte modo: cada um dos engenheiros directores de obra coordenado pelo engenheiro director do departamento tem a seu cargo uma ou mais obras. Em cada uma das empreitadas está presente o encarregado que chefia e coordena os trabalhos das diversas equipas/sub-empreitadas em curso. Embora inicialmente este departamento estivesse mais vocacionado para obras de construção industrial e edifícios tem-se verificado que, de há dois anos a esta parte, a tipologia das obras efectuadas diversificou-se, nomeadamente pela execução de obras de infra-estruturas e arranjos exteriores. Como poderá ser constatado na lista das principais obras que

O estaleiro central/parque de materiais tem aí um lugar de claro destaque. Outros sectores - centrais de betão pronto e betão betuminoso, a mecânica e metalomecânica, a carpintaria, a pedreira/rochas ornamentais e as empreitadas eléctricas - têm também um papel importante e a fórmula do sucesso da empresa como um todo, está em conseguir uma correcta e rigorosa gestão da actuação destes diversos departamentos em obra. Por outro lado, a um nível mais distanciado da produção de obra, mas nem por isso menos importante, há o relacionamento e troca de informação com outros departamentos como o comercial/marketing, a orçamentação e as compras. As questões que o departamento define como sendo as mais importantes têm a ver com temas cada vez mais pertinentes no sector e enquadram-se nas linhas de orientação definidas como prioritários pela administração da organização. Está a falar-se de segurança e higiene no trabalho, produtividade, qualidade e bom gosto/estética. Só implementando com cada vez mais veemência e rigor as regras de segurança e higiene e, só através da optimização de factores como a produtividade e qualidade, se poderá continuar o crescimento sustentado que se tem vindo a verificar nos últimos anos e, porque não, conquistar um espaço no mercado internacional.

- office centre - lojas de matosinhos, braga, leiria, cascais, sintra, porto, v. n. gaia, v. f. xira e guimarães; - makro ecostore - lojas de cascais, faro e leiria; - edifícios da urbanização do seminário - 5 lotes - modelo bonjour - lojas do bessa (porto), prelada (porto) e oliveira do douro ( v. n. gaia); - centro de negócios industriais de adaúfe, braga (em curso); - saneamento do concelho de braga (c. civil e equipamento), braga (em curso); - parque industrial de esporões, braga (em curso); - novo estádio de braga, infra-estruturas e arranjos exteriores 2.ª fase, braga (em curso).

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Caixas de Sugestões Na recepção e no bar encontram-se caixas de sugestões. Destinam-se a receber opiniões, ideias e sugestões que ajudem a conduzir a nossa empresa no caminho da melhoria contínua. Só a sua utilização pode ajudar a resolver problemas, a implementar soluções e contribuir para um trabalho mais eficiente e para a satisfação geral das necessidades dos clientes e colaboradores. Utilizem-nas!

e construção

civil II

(josé pacheco, director de departamento de construção civil II dst)

soluções de aquecimento. A fonte energética é o gás natural canalizado, que além de abastecer uma excelente caldeira mural responsável pela produção de água quente para o pavimento radiante, para os seca toalhas instalados nos quartos de banho e das águas quentes sanitárias, também fornece gás para queima no fogão e forno da cozinha. Para conforto acústico, actuou-se logo na execução das alvenarias ao assentar as mesmas sobre tiras de borracha, evitando a transmissão de sons de percussão e o uso de lã de rocha de alta densidade entre as fracções, evitando a propagação dos sons aéreos. Já na execução das betonilhas existe uma separação da laje difusora de calor, criando assim uma laje flutuante, desligada das paredes e do pavimento estrutural. Consequentemente, reduz muito a propagação dos sons de percussão, melhorado pela aplicação de um pavimento flutuante em madeira de altíssima qualidade. Não podia deixar de salientar o bom gosto na decoração dos quartos de banho, recorrendo ao uso de louças sanitárias e materiais cerâmicos de elevada qualidade, assim como a escolha do lióz para os pavimentos e mobiliário em harmonia com os armários lacados. Na cozinha, todos os espaços foram cuidadosamente pensados, oferecendo-se uma cozinha lacada, com armários para despensa, abrigo de zonas técnicas e totalmente equipada com electrodomésticos de marca de referência. A esquadria da casa em madeira de isombé, acabada com

O departamento de construção civil dois (CCII), tem como objectivo a construção de edifícios. A obra que mais se destaca neste departamento é a construção de blocos de habitação no lote 1 da Urbanização do Salgueiral. Esta urbanização foi projectada no gabinete da Arquitectura Contemporânea pelos Arquitectos Manuel Graça Dias, Egas Vieira e Luís Trogal. A obra em execução que passo a descrever, tem como término previsto o final de 2003. Trata-se de oito blocos de habitação, lojas comerciais e garagens. As habitações são maioritariamente casas com dois e três quartos. São habitações com um nível de qualidade elevado, desde a harmonia dos espaços à escolha dos materiais, assim como o recurso a técnicas e materiais de forma a proporcionar o maior conforto térmico e acústico. Durante toda a execução da obra foram cumpridos os projectos assim como as orientações dos Projectistas, conseguindo-se um produto de qualidade onde se destacam o uso de formas segundo geometrias simples, existindo sempre relação entre os alinhamentos. Tendo o edifício uma orientação principal norte-sul, foi escolhida para o alçado norte, uma caixilharia dupla com a janela interior com vidro duplo. Em ambos os alçados recorreuse a estores com comando eléctrico em alumínio, preenchido com poliuretano, garantindo assim óptimos coeficientes de transmissão térmica, o que proporciona uma redução dos custos com o aquecimento. Neste caso, utilizou-se pavimento radiante (já instalado de base), o sistema mais económico em

Eng. Bruno, Eng. Pacheco (director de departamento) e encarregado Sous

(Eng. João Bruno, Eng. José Pacheco e encarregado Sousa)

uma velatura de tons cereja, proporciona um ambiente quente e jovem à habitação. Houve o cuidado de satisfazer cada quarto com um roupeiro bem estudado que satisfaz as necessidades de arrumação e ainda um outro de reserva no hall de distribuição, perfeitamente enquadrado na forra da parede. Assim, não fosse a conjuntura económica que o nosso País atravessa neste momento, e em especial no mercado imobiliário, este empreendimento seria um sucesso ainda maior.

Principais obras ganhas no último trimestre designação designação

dono da obra

escola gervide escola sec. herculano central de betão de guimarães e.n. 101 - s. Martinho sande parque eólico alto da vaca II const. pav. Industrial seprem

manuel vieira manuel vieira dst só públicas parque eólico seprem

m. ruas túnel da portela drenagem ribeiro de gualtar sinalização rotunda aki sinalização rotunda seminário ligação av.ª ant. macedo construção contenção talude - estádio reforço muro suporte 9

dono da obra construpedregal ferrovial c.m. braga c.m. braga c.m. braga c.m. braga antunes & durães rodrigues & névoa

designação

dono da obra

infraest. ace infraest. antas - espaços públicos agere, em centrais elev. construção civil agere, em centrais elev. equipamentos eolenerg parque eólico serra da cabreira c.m. braga execução parque sucatas, sobreposta europa arlindo muros de berlim - parque de valongo s.m.a.s viana do castelo infra. barroselas, redes + água joaquim azevedo pavimentação arruamentos, freixieiro


As novas

responsabilidades dos intervenientes na construção “... desenvolver esforços para eliminar os riscos” O número de acidentes graves e a falta de segurança no sector da construção civil é ainda hoje preocupante. Com vista à diminuição da sinistralidade grave e a tornar mais efectiva a segurança nos estaleiros da construção civil, foi revisto o Dec. Lei 155/95, conhecido como a "Directiva Estaleiros". Destacam-se neste artigo, as responsabilidades e posterior reflexão dos vários intervenientes do projecto e construção, no âmbito da segurança, referidos no Dec. de Lei analisado. Os intervenientes atrás referidos são: - Dono de Obra; - Projectista; - Coordenador de Segurança na fase de projecto; - Coordenador de Segurança na fase de obra; - Entidade adjudicante/executante; - Entidade empregadora; - Trabalhadores independentes.

Responsabilidades do Dono de Obra: - Nomear os Coordenadores de Segurança nos termos previstos no Diploma; - Assegurar a existência do Plano de Segurança e Saúde; - Incluir o Plano de Segurança e Saúde nos elementos que servem de base ao concurso (Regime das Obras Públicas); - Assegurar que o Plano de Segurança e Saúde fique anexo ao contrato; - Anexar o Plano de Segurança e Saúde ao requerimento inicial de licença de operações urbanísticas; - Comunicar a abertura do estaleiro à IGT; - Entregar cópia da Comunicação Prévia à Entidade executante; - Assegurar a elaboração da Compilação Técnica da Obra (Observação: até então, a Compilação Técnica era realizada pelo Coordenador de Segurança); - Assegurar a existência de declaração escrita relativa à actividade de Coordenação de Segurança de acordo com o estabelecido no ponto 4 do art.º 8.

segurança, higiene e saúde no trabalho nas opções técnicas e organizativas necessárias à planificação dos trabalhos e das fases que terão lugar, simultânea ou sucessivamente, e ainda, no prazo necessário à sua realização; - Promover e verificar o cumprimento do Plano de Segurança e Saúde, bem como das obrigações da entidade executante, dos subempreiteiros e trabalhadores independentes (Observação: as obrigações referidas neste ponto não se encontram devidamente definidas). - Recolher e coligir os elementos que devem integrar a Compilação Técnica (Observação: anteriormente o Coordenador de Segurança na fase de obra apenas intervinha quando se registassem alterações de projecto); - Coordenar as actividades das Empresas e dos trabalhadores independentes que intervêm no estaleiro, tendo em conta a prevenção dos riscos profissionais; - Coordenar e controlar a correcta aplicação dos métodos de trabalho; - Promover a divulgação recíproca entre todos os intervenientes no estaleiro de informações sobre riscos profissionais e a sua prevenção; - Registar a actividade de Coordenação no livro de obra, nos termos do regime jurídico aplicável ou, na sua falta de acordo com o anexo III (Observação: não parece muito lógico fazer o registo da coordenação no livro de obra, tendo em consideração a natureza dos elementos e registos envolvidos); -Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas.

Responsabilidades dos Projectistas: - Iniciar a Compilação Técnica e, se também não for nomeado Coordenador de Segurança para a fase de obra, recolher junto da Entidade Executante elementos para a completar (Observação: não se entende esta referência especial à possibilidade do projectista ser nomeado Coordenador para a fase de Obra); - Informar o Dono de Obra das responsabilidades que lhe são conferidas no âmbito do presente diploma (Observação: nesta revisão do Decreto de Lei não é referida a responsabilidade que o projectista tem actualmente em vigor, de proceder à integração dos Princípios Gerais de Prevenção).

Responsabilidades do Coordenador de Segurança para a fase de projecto: - Assegurar que os autores do projecto tenham em atenção os princípios gerais de promoção (entenda-se os princípios gerais de prevenção) da segurança, higiene e saúde no trabalho, nomeadamente nas opções arquitectónicas, técnicas e organizativas que se destinem a planificar os trabalhos ou as suas fases, bem como na previsão do prazo para a sua realização; - Assegurar a elaboração do plano de Segurança e de Saúde na fase de projecto, o que anteriormente poderia ser feito através de uma solicitação a outra entidade; - Iniciar a Compilação Técnica e completá-la nas situações em que não exista Coordenador de Segurança na fase de obra (Observação: anteriormente a intervenção do Coordenador de Segurança na fase de projecto estendia-se apenas à fase de projecto); - Informar o Dono de Obra das responsabilidades destes no âmbito do presente diploma.

Responsabilidades da Entidade Adjudicante/Executante: - Dar a conhecer o Plano de Segurança e de Saúde para a execução da obra aos subempreiteiros e trabalhadores independentes ou, pelo menos, a parte que os mesmos necessitam de conhecer por razões de prevenção; - Assegurar a aplicação do Plano de Segurança e de Saúde

Responsabilidades do Coordenador de Segurança para a fase de obra: - Promover a aplicação dos princípios gerais de promoção da 10


Parque Eólico do Alto da Vaca II A dst, em parceria com a Finerge, com a entrada em funcionamento do seu novo Parque Eólico, duplicou a potência eólica instalada em Vieira do Minho.

durante a execução da obra, nomeadamente por parte dos subempreiteiros e trabalhadores independentes (Observação: existe uma clarificação da responsabilidade da Entidade Adjudicante - Empreiteiro Geral - de garantir o cumprimento do Plano de Segurança e da Legislação em vigor por parte dos restantes intervenientes na execução da obra); - Assegurar que os subempreiteiros cumpram na qualidade de entidades empregadoras as obrigações previstas no art.º 20; - Tomar as medidas necessárias para que o acesso ao Estaleiro seja reservado a pessoas autorizadas, ainda que não haja coordenador de Segurança em obra (Observação: continuam a não ser previstas situações específicas como as infra-estruturas rodoviárias e ferroviárias); - Organizar um registo que identifique que os subempreiteiros e os trabalhadores independentes com actividade no estaleiro, com indicação dos trabalhos e da sua calendarização, bem como dos respectivos responsáveis no estaleiro (Observação: obriga a um controlo total de todos os trabalhadores em obra por parte do Empreiteiro Geral, afigurando-se a existência de dificuldades na definição das actividades e da calendarização a cumprir por cada um); - Prestar ao Coordenador de Segurança em obra, ao Coordenador de Segurança em projecto ou Autor do projecto os elementos necessários à elaboração da Compilação Técnica da Obra (Observação: a Compilação Técnica da obra, não existe. O que se efectua é uma adaptação, na fase de obra, à Compilação Técnica realizada na fase de projecto).

- Garantir os acessos, deslocação e circulação necessárias em todos os postos de trabalho no Estaleiro (Observação: esta responsabilidade deveria ser cometida em primeiro lugar à entidade executante, por forma a assegurar esta necessidade de uma forma pró-activa e não de uma forma correctiva); - Garantir a correcta movimentação dos materiais e equipamentos de trabalho (Observação: esta responsabilidade deveria referir que se aplica apenas ao que lhe compete); - Efectuar a manutenção e controlo das instalações e dos equipamentos de trabalho antes da sua entrada em funcionamento e com intervalos regulares durante a laboração (Observação: deveria ser tomado como referência a transposição para a Legislação Portuguesa da Directiva Equipamentos (Dec. Lei 82/99) que estabelece a periodicidade das verificações e o tipo de verificações); - Delimitar e organizar as zonas de armazenagem de materiais, em especial de substâncias e preparações perigosas (Observação: deveria ser tomada em conta e compatibilizada a existência e a responsabilidade de um Empreiteiro Geral que possui a jurisdição sobre o Estaleiro da obra e sob a sua organização. Deveriam ser tidas em conta, sobretudo, as zonas de interface com os restantes empregadores em obra); - Recolher, em condições de segurança, os materiais perigosos utilizados; - Armazenar, eliminar ou evacuar resíduos e escombros (Observação: torna-se óbvio que na prática e com excepção de poucos empregadores, esta responsabilidade irá ser assumida pela Entidade Adjudicante e não por outro empregador); - Determinar e adaptar, em função da evolução do estaleiro, o tempo efectivo, a consagrar aos diferentes tipos de trabalho

Responsabilidades das Entidades Empregadoras: - Manter o Estaleiro em boa ordem e em estado de salubridade adequado (Observação: esta responsabilidade deveria ser cometida à entidade executante, em função do significado jurídico da consignação que lhe foi efectuada pelo Dono de Obra);

Há que tornar a ungir os cavalos guerreiros e levar a luta até ao fim; porque quem nunca descansa, quem com o coração e o sangue pensa em conseguir o impossível, esse triunfa. I Ching

Pensamentos do trimestre...

Qualquer simples problema se pode tornar insolúvel se fizermos um número suficientes de reuniões para o discutir. Arthur Bloch

Os preguiçosos estão sempre a falar do que tencionam fazer, do que hão-de realizar; aqueles que verdadeiramente fazem alguma coisa não têm tempo de falar nem sequer do que fazem. Goethe

O prazer no trabalho aperfeiçoa a obra. Aristóteles 11

ou fases de trabalho (Observação: esta responsabilidade cometida ao empregador encontra-se gravemente comprometida, em face do papel que assume nesta matéria, o Dono de Obra e a Entidade Executante); - Cooperar na articulação dos trabalhos por si desenvolvidos com outras actividades desenvolvidas no local ou no meio envolvente; - Cumprir as indicações do Coordenador de Segurança em Obra (Observação: foi retirada a obrigação dos empregadores de propor alterações ao Plano de Segurança e de Saúde quando as medidas neste constantes se revelem desadequadas aos seus processos construtivos); - Adoptar as prescrições mínimas de segurança e de saúde no trabalho constantes do cap. III e dos regulamentos referidos no art.º 61.

Responsabilidades dos Trabalhadores Independentes: - Cumprir, na medida que lhe sejam aplicáveis, as obrigações estabelecidas no art.º 20; - Cooperar na aplicação das disposições específicas estabelecidas para o estaleiro, respeitando as indicações do coordenador de segurança em obra. Tendo conhecimento das responsabilidades específicas que nos cabem, estaremos a contribuir para que os acidentes ocorram com menos frequência e a desenvolver esforços para eliminar os riscos que ocorrem, com maior incidência, no sector da construção civil. Mais do que a mudança na legislação, é necessária uma mudança na cultura de prevenção. departamento de segurança da dst

O génio começa as obras grandes, mas é o trabalho que as termina. J. Joubert Se não posso realizar grandes coisas, posso pelo menos fazer pequenas coisas com grandeza. Clarck

O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário. Einstein


José Manuel Mendes nasceu em Setembro de 1948, em Luanda. Fez os estudos secundários em Braga, onde vive desde a adolescência, e aos 15 anos publica o seu primeiro livro, de poesia. Participou, desde muito jovem, em movimentos estudantis, associativos e políticos. Licenciou-se em Direito pela Universidade de Coimbra. Advogado, foi professor do ensino secundário (entre 1968 e 1980) e deputado à Assembleia da República (entre 1980 e 1991). Actualmente é docente de Comunicação Social na Universidade do Minho. José Manuel Mendes é presidente da Associação Portuguesa de Escritores e membro do Conselho Cultural da Universidade do Minho, bem como do Conselho Geral da Fundação Lloyd Braga. Foi presidente do Conselho de Opinião da RDP e é membro da Alta Autoridade para a Comunicação Social. Tem cerca de 30 livros publicados (poesia, ficção, crónicas, ensaio), sendo os seus últimos títulos "Presságios do Sul" (Grande Prémio ITF de Literatura), "O Rio Apagado" e entre mais "Setembro Outra Vez". Recentemente, para além deste último título, saíram a 5.ª edição de "Ombro, Arma!" e a 3.ª edição de "O Despir da Névoa", todos da Caminho. Saiu também, com desenhos originais e grafismo de Alberto Péssimo, a colectânea de poemas "A Voz ao Relento", sob o patrocínio da dst. A sua poesia encontra-se traduzida em várias línguas, tendo sido publicada na Bélgica a 2ª edição bilingue de "Présages du Sud" e incluída em antologias da literatura portuguesa publicadas em países como a Bulgária, a Rep. Checa, a Alemanha e a Bélgica. É variada a colaboração de José Manuel Mendes em jornais e revistas literárias, não só em Portugal como nos outros países, sendo além disso director da revista "Escritor" e colaborador permanente do JL e, para só referir uma revista ainda, "Rodapé". Foi autor e cronista de programas radiofónicos, nomeadamente na RDP e na RUM. É o responsável pela programação cultural da Feira do Livro de Braga. Tendo realizado inúmeros recitais de poesia não só em Portugal como na Espanha, França, Alemanha, Bélgica ou Brasil, lançou um CD com poemas da sua autoria, intitulado "Barcoa" e participou em diversos outros, com personalidades como Cármen Dolores, Natália Luiza, Maria Barroso, João Grosso e Sofia Sá da Bandeira. Foi condecorado pelo Presidente Mário Soares, em 1995, com o grau de Grande Oficial da Ordem do Mérito e pelo rei de Marrocos, em 1990, como Commandeur du Ouissam Aloui.

À conversa com... José Manuel Mendes

Publicou o primeiro livro de poesia na adolescência: Salgema. Descobriu cedo a vocação para a escrita? O primeiro livro foi anterior ao Salgema. Melhor será nem falar nele. Escrevi umas quadras aos oito anos, no Dia da Mãe, que era então em Dezembro. E nunca mais parei.

Nasceu em Luanda. Veio para Portugal com que idade? Onze anos. Recordo a viagem de barco, o perfil da ilha da Madeira numa manhã de sol e aves, o fascínio do mar, da lonjura, do desconhecido. A morte do pai. O recolhimento a exuberância. A liberdade como destino. E a doçura de minha mãe, a infinita beleza do seu gesto sobre mim. Fiquei para sempre nesse tempo.

Participou desde muito jovem em vários movimen-tos estudantis, associativos e políticos. Sentia necessidade de intervir e mudar a realidade? Na medida, desde logo, em que a dor dos outros me não era indiferente. Antes da axiologia e da intervenção política, fui um miúdo rebelde e sensível às injustiças, um adolescente por natureza solidário e incapaz de resignar-se. Depois, com a leitura dos filósofos e a luta pela liberdade, numa época trágica do nosso viver colectivo, consolidei opções que perduraram. Apesar do cepticismo crescente e do rigor dos

Até que ponto o facto de ter nascido em Luanda o influenciou? Trago em mim paisagens, sabores, cheiros, ocasos, árvores, memórias, aventuras que, aí nascidas, nessa cidade branca e apelativa, me acompanham para sempre. E um cão chamado Dick, melancólico e aristocrata, cúmplice e sensível, primordial entre os meus amigos primeiros.

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Comunicação Social e como surgiu essa oportunidade? Sou membro cooptado. Foi o meu amigo Amândio de Oliveira, com o apoio pleno do actual vice-presidente, José Garibaldi, quem um dia propôs que eu fosse escolhido pelos meus pares. Deixei, em consequência, de ser presidente do Conselho de Opinião da RDP, funções para que fui eleito no decurso de cinco anos de que guardo uma grata lembrança. Dos vários géneros de literatura, tendo publicado livros de poesia, ficção, crónicas e ensaio, qual prefere? Como escritor? Talvez os diferentes géneros narrativos. Embora a escassa poesia me tente muitas vezes. Mas rasuro-a no pensamento, nem chega ao papel ou ao computador. A minha casa é um silêncio que cresce. "Presságios do Sul" foi, em 1995, Grande Prémio ITF de Literatura. Que expressão tem para si este prémio? A de ter sido atribuído por quem foi, a empresa patrocinadora e o júri, num contexto em que era estimulante a recepção crítica que o livro suscitara. Acresce que só num punhado de casos, ao longo dos anos, concorri a prémios literários. E fi-lo por razões cuja explicitação seria aqui ociosa. Tema para uma outra conversa, se alguma vez for caso disso.

posicionamentos que há mais de duas décadas venho assumindo.

transmissão de conhecimento, pelo contacto com a juventude…? Pela transmissão e aquisição permanente de conhecimento, sem dúvida. Pelo que nas aulas é doação e permuta, rasgo e inovação, aprofundamento, experiência humana. Por esse modo raro de resistir ao dogma, de o anular até, e, na dúvida, na contingência, na precariedade, encontrar ainda algum rumor de jubilação.

Escolheu cursar direito na Univ. de Coimbra. Por que razão? Seria contar-lhe uma longa história. Poderia ter feito um curso de Letras ou Medicina, por exemplo. Ou ter preferido, como cheguei a admitir, uma formação artística. Mas prevaleceram razões afectivas com raízes na infância e na memória de meu pai. Também me agradava a hipótese de ser advogado. Quiseram as circunstâncias que nunca tivesse verdadeiramente exercido a profissão.

Foi deputado à Assembleia da República. Como foi essa experiência? Um arquivo contraditório. Só tenho razões, dizem, para a enaltecer. Vou pensando, contudo, com amargura, que nela me desperdicei. Como em tantas outras, de resto.

Dar aulas tem sido uma constante da sua vida. Quer nos anos 70 a 80, quer na actualidade como docente da cadeira de Deontologia da Comunicação. É pela

Que papel desempenha na Alta Autoridade para a 13

Como surgiu o convite para ser júri do Grande Prémio de Literatura ITF? O quer significa, para si, ser um dos júris deste prémio? Fui convidado pelo meu amigo José Teixeira. Anuí sem hesitação. É um gosto raro partilhar as decisões com outros amigos, o Professor Vítor Aguiar e Silva, que tão profundamente admiro, o Carlos Mendes de Sousa e, antes dele, o Henrique Barreto Nunes e o Virgílio Alberto Vieira. Além do mais, é tão exemplar a iniciativa da ITF/DST que, mesmo como presidente da Associação Portuguesa de Escritores, entendo dever-lhe um tributo de cooperação como este que me vem sendo proporcionado. Quais os projectos futuros? Algum livro em forja? Depois de "Setembro Outra Vez", uma antologia poética, e "A Voz ao Relento", uma obra de arte que pertence, por inteiro, ao Alberto Péssimo, poderão surgir colectâneas de esparsos, reedições, trabalhos a este nível. O que resta do que fiz naufragar dá para uns quantos volumes.


a produtividade A produtividade é uma questão económica sintetizada nas seguintes leis económicas: produzir o mesmo com menos recursos ou produzir mais com os mesmos recursos, ou seja, tornar os activos mais rentáveis e as empresas mais competitivas. Ao contrariar isto, cai-se na lógica do desperdício. ranking País 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º 11º 12º 13º 14º

Horas trabalhadas (ano)

Grécia Espanha Portugal Finlândia Reino Unido Irlanda Itália Suécia Luxemburgo Bélgica França Dinamarca Alemanha Holanda

ranking

1934

1807

1719

1711

1707

1668

1619

1581

1562

1559

10º

1545

11º

1499

12º

1444

13º

1340

14º

País

questões não atacam os verdadeiros problemas do nosso tecido industrial. A competitividade de uma economia está na competitividade das suas empresa e esta, está relacionada directamente com a melhor afectação dos recursos que possui: humanos, materiais, tecnológicos, financeiros e a informação.

Produtividade por hora trabalhada

França Bélgica Holanda Irlanda Dinamarca Áustria Alemanha Itália Suécia Finlândia Reino Unido Espanha Grécia Portugal

ranking

35.3

34.4

32.3

31.4

30.3

29,6

29,4

28,7

27,8

27,8

10º

27,0

11º

22,1

12º

18,3

13º

17,0

14º

País

Salário por unidd. produzida

Dinamarca Suécia Alemanha Áustria Reino Unido Bélgica Finlândia França Holanda Espanha Irlanda Itália Grécia Portugal

0,89 0,86 0,84 0,79 0,78 0,76 0,74 0,69 0,69 0,64 0,63 0,61 0,58 0,56

(Fonte: Semanário Económico)

A Organização Internacional do Trabalho divulgou os dados seguintes sobre as economias da União Europeia, e mostra que, em Portugal, os trabalhadores trabalham muitas horas, produzem pouco e ganham pouco. Os portugueses trabalham mais 379 horas por ano que um holandês e produzem cerca de metade. Segundo o estudo encomendado pelo governo à McKinsey Global Institute, será possível atacar o problema e recuperar terreno em dez anos. Para tal, a actuação governamental terá que incidir sobre os seguintes pontos: - A redução da economia paralela que representa cerca de 23% do nosso PIB; - A regulamentação de determinados mercados que não promove a concorrência; - A burocracia dos Serviços Públicos; - O elevado peso da Administração Pública no PIB; - A pouca flexibilidade da legislação laboral quanto à mobilidade no emprego. É evidente que estes pontos são importantes, mas estas

A gestão das empresas a todos os níveis hierárquicos é o busílis, é o ponto para onde se deve convergir as atenções, embora não descurando aspectos secundários, como aqueles apontados pela Mckinsey. Deve haver uma cultura de gestão, de responsabilização, de objectivos, de correcção ao rumo das empresas, sem nunca se descurar o próprio equilíbrio interno. A empresa deve estar sempre atenta ao mercado, interagir e influenciá-lo. Caso não consiga, pelo menos que o acompanhe. Deve haver um compromisso social entre empresários e trabalhadores de modo que o fundamentalismo da legislação laboral e da sua interpretação não sobrecarregue com custos as empresas, com a manutenção de postos de trabalho desnecessários. Uma das grandes vantagens da economia americana, neste último aspecto, é que as empresas funcionam com elasticidade: encolhem quando o mercado assim o exige para permitir uma rápida expansão logo que o mercado permita. A formação profissional e a qualidade devem ser objecto de um compromisso entre toda a estrutura da empresa. É a partir dos produtos/serviços lançados que o mercado a avalia e lhe atribui mérito. Este é um aspecto que nos envolve a todos e

cuja determinação não tem contornos políticos mas educativos. No entanto, não é suficiente apontar as baterias apenas para a gestão, as relações laborais, a libertação de excedentes na administração pública... Estaríamos apenas a colocar os olhos no chão e a contentarmo-nos com o que temos. A produtividade de um país é medida pelo PIB/hora trabalhada. Mesmo que Portugal atinja os objectivos traçados pela Mckinsey e os apontados no parágrafo anterior, nunca conseguirá o que pretende: ter a mesma produtividade que os países mais ricos da U.E. A nossa economia é uma economia aberta, praticamente tudo o que consumimos é importado e grande parte das exportações não são exportações no sentido clássico do termo, ou seja, a riqueza gerada e absorvida fica aquém das expectativas. A produtividade tem a ver com o valor acrescentado nacional. Ora a simples compra de quase todos os inputs para industria nacional gera uma transferência de riqueza para o país vendedor. As exportações são constituídas sobretudo pela expedição de trabalhos "feitos por encomenda" pelas grandes multinacionais estrangeiras pelo que, a principal riqueza criada, terá como destino os países detentores dessas marcas, patentes e canais de distribuição. Nos sectores tradicionais e nos de tecnologia de ponta, o mesmo problema se coloca. Dito de outra forma, nós exportamos riqueza líquida. A política industrial deve ser repensada. Os projectos nacionais devem ter prioridade. Outros países o fazem. As multinacionais só estarão cá enquanto formos o país com o salário mais baixo da U.E., não por muito tempo. Isto já se nota com o encerramento de unidades industriais. Já não podemos competir com os países da Europa de Leste, já para não falar com a China, Índia... Ao perpetuar este tipo de empresas, adia-se o futuro do país: os salários reduzidos e as muitas horas de laboração afastam o desemprego e os custos políticos consequentes e depois torna-se um ciclo vicioso. Em suma, a questão da produtividade terá que ser corrigida tendo em conta dois argumentos de peso: -a melhor afectação de recursos internos; -a criação de actividades económicas cuja desenvoltura não esteja nas mãos de estrangeiros. Manuel Jesus Correia Martins director dep. contabilidade/administrativo da dst

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“Pontes” de vista Espaço aberto à colaboração de todos os funcionários. Destina-se a publicar textos de reflexão crítica ou pensamentos e opiniões sobre temas de interesse geral. Participem!

a criação artística

será livre? A Arte como resultado das influências sócio económicas recorrermos por exemplo a Hegel, o fim último da arte consiste, precisamente, em empregar a actividade criadora do espírito para libertar o lado racional das coisas e para representá-las sob uma forma exterior que exprima a sua verdade interna. Desta forma , seria lícito colocar a arte ao serviço das causas? Não é o melhor. Mas, também não há inconveniente, enquanto a finalidade do artista seja a de respeitar a finalidade estética da obra. Assim, na minha opinião, o mal não estará, pois, na paixão do artista, mas na paixão de querer provar, ou então, o qual ainda é pior, em que a proposta inspiradora venha de fora, imposta pelos tais interesses económico sociais, sem a exigência íntima de dar forma e esplendor ao que apaixonadamente se ama. Nesse caso, falar-se-ia de arte dirigida ou encomenda. Assim, o ideal seria que o artista expressasse com intenção estética, a abundância e qualidade da sua vida interior. Quanto ao espectador ele não deve ser um simples desfrutador, mas também alguém que de uma forma desinteressada seja capaz de olhar, por exemplo, para as obras dos artistas plásticos, analisando-as e elaborando

Segundo a teorização que os maiores estetas fazem da actual situação é que estamos em crise. O modelo de beleza, o conceito de arte que antes era definida como um processo de criação de acordo com a perfeição das formas, que proporcionava uma fruição, todas essas coisas que legitimavam o conceito de estética, isso de alguma maneira deixa de estar presente na contemporaneidade. O referente pode ser a não-obra. Não é nítido que quando se fala de estética se tenha uma experiência de fruição. Hoje reina a fragilidade e a ambiguidade. Há hoje muitas belezas, pelo que é difícil reconhecer uma unanimidade. Pois se antes nos referíamos à arte como ligada à agradabilidade e ao prazer, tendo sempre subjacente um certo ideal de beleza, hoje em dia esses referentes não têm grande validade. A arte passou a ser para alguns moda e consumo e por consequência resultado de interesses económicos. Há quem defenda que a arte tem necessariamente de se refugiar e distanciar dos patrocinadores. Daí advém a crítica aos que vêem a arte como dinheiro, como resultado de interesses, e não como um produto ou resultado de um realizar algo que o homem tem no espírito. Já que, se

Teatro e Exposições Gotan Project

Persona, de Ingmar Bergman Local: Espaço Alternativo PT, Rua Gonçalo Sampaio Data: 21 de Novembro a 7 de Dezembro 2003 Horário: de Terça a Domingo

Local: Auditório do Parque de Exposições de Braga Data: 4 de Dezembro (Quinta feira) Musicalmente ambicioso, mas sem grandes pretensões de vender muito, o Gotan Project apareceu timidamente em 2001 na França com o óptimo álbum "La Revancha del Tango", que surgiu no mundo todo em 2002, vendendo mais de 1 milhão de cópias.

Este espectáculo não é uma peça de teatro no sentido habitual do termo, mas sim algo que se assemelha a um filme feito sem câmara. Nele, os tempos, as sequências, a narrativa a luz, as sombras, os "enquadramentos" são de cinema, mas de um cinema olhado e feito num palco, consequência de o ponto de partida deste trabalho ter sido o filme "Persona" de Ingmar Bergman, bem como o seu guião. 15

sobre elas, e a partir delas, diversas reflexões de sentido crítico. A crítica deve ser um género florescente como meio de revitalizar a arte contemporânea. Pois, sem ela pode-se cair numa esterilidade produtiva, ou num estatismo preocupante. Ou seja, devemos ser um pouco como Goya, não uma mera testemunha do que vemos, mas sermos sobretudo um construtor de perguntas sem resposta, daquelas que se diz, ou se dizia, que faziam crescer o mundo. Breve nota bibliográfica: Hegel, Filósofo Alemão (1770 1831) Goya, Pintor Espanhol (1746 1828) Orlanda Rodrigues departamento de recursos humanos da dst

Misturas - Alunos de Alberto Péssimo Local: Albergaria Quinta de Infias, Rua Adelino Arantes, Braga Data: Até 21 de Novembro 2003 Horário: Segunda a Domingo, das 10:00 às 24:00 Retratos no Feminino Local: Museu da Imagem, Campo Hortas Data: 7 de Novembro (Sexta feira) a 4 de Janeiro (Domingo) Imagens do Arquivo Aliança na primeira metade do século XX


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2.º Congresso dos Arquitectos Portugueses Vai decorrer, no Pavilhão Multiusos de Guimarães, nos dias 27, 28 e 29 de Novembro

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o 2 Congresso dos Arquitectos Portugueses. Com objectivo de debater os problemas mais prementes com que depara a classe, definir orientações e estratégias para os próximos anos, serão promovidas conferências de arquitectura, workshops e exposições. A dst estará presente no exterior do pavilhão multiusos, através da exposição do módulo

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auto-sustentável, mais uma oportunidade para divulgar e promover uma construção sem

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impactos ambientais e que se apresenta como o futuro da construção.

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Terapia da boa disposição Uma empresa, achando que estava na altura de mudar o estilo de gestão, contratou um novo administrador. Este veio determinado a abanar as bases e tornar a empresa mais produtiva. No primeiro dia, acompanhado dos principais assessores, fez uma inspecção por toda a empresa. No armazém, todos estavam a trabalhar duro, mas um rapaz novo estava encostado à parede, com as mãos nos bolsos. Vendo uma boa oportunidade de demonstrar a sua nova filosofia de trabalho, o administrador perguntou ao rapaz: - Quanto é que você ganha por mês? - Quinhentos euros, porquê????- respondeu o rapaz sem saber do que se tratava. O administrador tirou quinhentos euros do bolso e deu-os ao rapaz dizendo: - Aqui estão os seus quinhentos euros deste mês. Agora desapareça e não meta aqui os pés nunca mais! O rapaz guardou o dinheiro e saiu o mais depressa que pôde. O Administrador, enchendo o peito, pergunta ao grupo de operários: - Algum de vocês sabe o que este tipo fazia aqui? - Veio entregar uma pizza - respondeu um dos operários.

Estratégias e Resultados

Duas perspectivas

Dizem que havia um cego sentado na calçada, com um boné a seus pés e um pedaço de madeira que, escrito com giz branco, dizia: "Por favor, ajude-me, sou cego". Um publicitário da área de criação que passava à frente dele, parou e viu umas poucas moedas no boné. Sem pedir licença, pegou no cartaz, virou-o, pegou no giz e escreveu outro anúncio. Voltou a colocar o pedaço de madeira aos pés do cego e foi-se embora. Pela tarde o publicitário voltou a passar pelo cego que pedia esmola. Agora o seu boné estava cheio de notas e moedas. O cego reconheceu as pisadas e perguntou-lhe se tinha sido ele a rescrever o seu cartaz, sobretudo a querer saber o que tinha escrito. O publicitário respondeu: "Nada que não esteja de acordo com o seu anúncio, mas com outras palavras". Sorriu e continuou o seu caminho. O cego nunca soube, mas o seu novo cartaz dizia: "Hoje é Primavera, e não posso vê-la".

Era uma vez uma indústria de calçados que desenvolveu um projecto de exportação de sapatos para a Índia. Em seguida, mandou dois de seus consultores a pontos diferentes do país para fazer as primeiras observações do potencial daquele futuro mercado. Depois de alguns dias de pesquisa, um dos consultores enviou o seguinte fax para a direcção da indústria: "Cancelem o projecto de exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos." Sem saber desse fax, alguns dias depois o segundo consultor mandou o seu: "Tripliquem o projecto da exportação de sapatos para a Índia. Aqui ninguém usa sapatos, ainda." MORAL DA HISTÓRIA: A mesma situação era um tremendo obstáculo para um dos consultores e uma fantástica oportunidade para outro. A sabedoria popular traduz essa situação na seguinte frase: "os tristes acham que o vento geme; "os alegres, acham que ele canta". O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida faz TODA a diferença.

De aorcdo com uma pqsieusa de uma uinrvesriddae ignlsea, nao ipomtra a odrem plea qaul as lrteas de uma plravaa etaso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma ttaol csãofnuo que vcoe pdoe anida ler sem gnderas pobrlmea. Itso é poqrue nós nao lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo.

Formação A formação para este último timestre, está já estabelecida. Os curso que estão a decorrer e qos que irão iniciar em breve aparecem abaixo descriminado

curso segurança / ataque de incêndios socorrismo excel avançado electricidade legislação laboral (*) data a determinar

total de horas 30 30 30 45 30

data de início janeiro(*) janeiro(*) 05-01-2004 04-11-2003 10-11-2003

data de fim

23-02-2004 23-12-2003 22-11-2003

horário sábado das 9.00 às 13.00 sábado das 9.00 às 13.00 2ª e 4ª das 20.00 às 22.00 3ª e 6ª das 18.00 às 20.00 2ª e 4ª das 18.00 às 20.00


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