...is more trimestral / fevereiro 2006
edição 9
A Inovação e a
Paulo Cruz
...
innovationpoint
Foi o primeiro português a ser distinguido com o prémio Thomas Fitch Rowland atribuído pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis (ASCE - American Society of Civil Engineers) pelo artigo “Innovative and Contemporary Porto Bridges”, publicado em Março de 2004 no “Practice Periodical on Structural Design and Construction”. Falou connosco. (pag. 16)
Habitat
mais uma habitação entregue
Foi em Crespos, Braga, que a Habitat presenteou mais duas famílias com uma habitação condigna. Aconteceu a 29 de Outubro e reuniu todos os que, de alguma forma, contribuíram para a concretização de mais este projecto. Esta iniciativa contou, mais uma vez, com o apoio da dst. (pag. 10)
Na dimensão Inovação e Empreendedorismo, Portugal apresenta um bom desempenho, ligeiramente acima da média europeia, fruto de uma geração de empresas que se lançou ou reformou em moldes inovadores. Há sinais claros de que a via baseada no conhecimento e na inovação é uma alternativa de futuro, mesmo em Portugal. Consciente de que a criatividade pode ser encontrada em qualquer lugar, a Innovation Point abre canais para a geração de ideias. Todas as propostas oriundas dos seus colaboradores, dos parceiros ou de qualquer outra origem são consideradas para avaliação. A Innovation Point pretende sempre criar produtos e serviços para o mundo, pelo que o objectivo é sempre transportá-los para a arena dos mercados internacionais.
(pag. 3)
CIDADANIA EMPRESARIAL A dst cedo manifestou uma cultura generalizada de divulgação e promoção dos valores da responsabilidade social. O apoio à comunidade é sentido como um dever e pretende
Fundação
cultural e social.
bienal de arte
certificação
funcionar como uma alavanca para o desenvolvimento (pag. 8)
A Fundação Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira foi constituída no final do ano passado, formalmente e por escritura pública,
metalomecânica
A dst ficou, mais certificada. À certificação para a conce-
pção, desenvolvimento e produção de betão pronto, produ-
com o principal objectivo de organizar as futuras edições daquele certame. O “conselho de fundadores” da fundação é constituído pela Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, pela Associação Pro-
ção e aplicação de betão betuminoso; concepção, desen-
jecto, pela Universidade do Minho, pela Fundação Convento de Orada/Escola Superior Gallaecia, pela COOPETAPE - Cooperativa
volvimento e transformação de rochas ornamentais (gra-
de Ensino, pela Região de Turismo do Alto Minho, pela Associação Cultural Convento de S. Paio e pela dst_ domingos da silva
nito) e da marca CE, juntou-se a concepção e desen-
teixeira, s.a..
volvimento, produção e montagem de estruturas metálicas. (pag. 2)
(pag. 10)
Inovação na dst A inovação, tema recorrente e justificadamente invocado e proposto assimilar, nestes tempos de modernidade nas relações empresariais, sociais, políticas, culturais, económicas e financeiras será uma variável que acrescentará valor na nossa dst se cada um, se cada colaborador, e por maioria de razão os que na cadeia de valor maior responsabilidade têm, a interpretar e a incluir no seu quotidiano como a chave para a resolução das ora limitações que nos fixam a paradigmas orientadores de outros “Carnavais”. A inovação faz-se a partir da nossa disponibilidade para enfrentarmos novos modelos e novas práticas de gestão do nosso presente para o nosso futuro. O que seremos nunca dependeu tanto de nós. A invocação de limitações externas colherá pouco. Num registo de inovação nós somos quem decide. Neste novo paradigma nós somos o centro do sucesso e do que não correr bem. O outro como sede da causa que impede a nossa determinação, neste global planeta de informação e comunicação de velocidades estonteantes, deixou de existir. O culpado é um espelho que só nos devolve uma imagem - a nossa.
Fundação bienal de arte A Fundação Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira foi
Estabelecer protocolos com instituições que promovam a
constituída no final do ano passado, formalmente e por
formação nas áreas artística e cultural e dinamizar o turismo
escritura pública, com o principal objectivo de organizar as
cultural local e regional, incentivando a participação de
futuras edições daquele certame.
diferentes públicos e a fixação de artistas e intelectuais na
O “conselho de fundadores” da fundação é constituído pela
região, são outros dos objectivos da fundação.
Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, pela Associação
O organismo deverá ainda colaborar na elaboração de um
Projecto, pela Universidade do Minho, pela Fundação Convento
plano estratégico sustentado e direccionado para a criação de
de Orada/Escola Superior Gallaecia, pela COOPETAPE -
uma rede concelhia de equipamentos culturais.
Cooperativa de Ensino, pela Região de Turismo do Alto Minho,
A fundação tem de ser homologada pelo Ministério da
É possível de um dia para o outro todos inovarmos?
pela Associação Cultural Convento de S. Paio e pela dst_
Administração Interna, após o que entrará imediatamente em
domingos da silva teixeira, s.a..
funções, esperando o autarca, que a edição 2007 da bienal já
Sim. É possível.
O futuro Conselho de Administração será constituído por cinco
seja assumida pelo novo organismo.
elementos, três dos quais a indicar pela Câmara, um pela
As actividades da fundação serão desenvolvidas no Fórum
Vamos todos inovar.
O mais fácil é inovar. Inovar, da inovação que aqui escrevo, corresponde a uma decisão que está a um milésimo de segundo da decisão de não decidir. Vamos olhar para o potencial que temos e dele tirar partido. Somos bons e únicos. Exteriorizemos esse nosso perfil - demos-lhe visibilidade e luz. Façamos do nosso dia-a-dia o “dia d”. Vamos vencer porque gostamos de ver os outros ganhar. A inovação na dst é simplesmente uma revolução interior e pessoal. José Teixeira CEO
Associação Projecto e o outro pelos restantes fundadores.
Cultural, onde figura o museu da bienal, e na Casa do Artista,
Segundo José Manuel Carpinteira, a fundação poderá dar um
dois edifícios camarários.
contributo decisivo para reforçar Vila Nova de Cerveira como
Recorde-se que as últimas cinco bienais foram organizadas
“vila das artes”, uma marca que, em grande parte, se fica a
pela Associação Projecto - Núcleo de Desenvolvimento
dever precisamente à bienal, que este ano conheceu a sua 13.ª
Cultural, "trazendo ao certame alguma estabilidade e
edição.
apontando novos caminhos que consolidaram a Bienal
“A fundação pode, desde logo, ajudar a minorar as difi-
internamente e projectaram o seu nome no exterior", referiu o
culdades financeiras com que sempre nos confrontamos para
autarca.
organizar, porque com ela os patrocínios gozarão de benefícios
Apesar disso, a "dificuldade em minimizar o embate financeiro
fiscais, ou seja, poderemos projectar ainda mais o certame”,
do evento, aliada à necessidade em enfrentar um mercado
sublinhou José Manuel Carpinteira.
pouco apelativo sob o ponto de vista económico-financeiro,
Além da organização das bienais e da gestão e conservação do
levou a organização a repensar todo o modelo organizativo e a
seu espólio, a fundação ficará ainda obrigada a desenvolver
equacionar novas abordagens que assegurem a continuidade
várias outras actividades culturais, como a promoção da
da Bienal sem beliscar a sua filosofia artística". Foi por este
difusão cultural através de uma programação anual que inclua
motivo que, em 2003, surge a génese da possibilidade de
acções que, de forma inovadora, contribuam para o desen-
criação de uma Fundação que agora começa a ver a "luz do
volvimento regional e transfronteiriço.
dia". * 2
A Inovação em
Portugal e na Europa A Inovação em Portugal e na Europa A recente divulgação do European Innovation Scoreboard 2005 vem confirmar a persistência das acentuadas assimetrias de desempenho inovador entre os países na Europa. De entre os 31 países europeus considerados, Portugal ocupa um pouco brilhante 21º lugar numa lista liderada pela Suécia, Suiça e Finlândia (Figura 1). Se se considerar apenas a União Europeia a 25, a posição de Portugal é o 18º lugar. 0,80 0,70 0,60 0,50 0,40 0,30 0,20 0,10
SE
FI
CH
JP
US
DK
AT
DE
BE
NL
UK
EU15
IS
FR
LU
IE
EU25
IT
NO
SI
EE
ES
HU
CY
LT
PT
CZ
PL
BG
SK
LV
EL
MT
TR
RO
0,00
Fig. 1 - O Índice Sumário de Inovação (SII) de 2005 (Fonte: TrendChart, European Innovation Scoreboard 2005)
Tomando o ranking gerado a partir do "Índice Sumário de
crecimento do SII.
condições estruturais necessárias para potenciar a
Inovação" (Summary Innovation Index - SII), os países
O Scoreboard Europeu de Inovação (EIS) surge no quadro
inovação;
europeus foram divididos em quatro grupos, a saber:
das recomendações resultantes da Estratégia de Lisboa no
- Criação de Conhecimento (5 indicadores), que mede os
sentido da produção de estatísticas e indicadores que
investimentos em Investigação e Desenvolvimento (I&D);
1.Países líderes: Suíça, Finlândia, Suécia, Dinamarca e
permitam exercícios de benchmarking consistentes entre
- Inovação & Empreendedorismo (6 indicadores), que
Alemanha;
os países da U.E. e os seus concorrentes mais directos, em
mede os esforços de inovação ao nível das empresas;
2.Países de desempenho médio: França, Luxemburgo,
dimensões relevantes para a competitividade.
Irlanda, Reino Unido, Holanda, Bélgica, Áustria, Noruega,
A este propósito, continua a verificar-se que a Europa dos
Outputs de Inovação:
Itália e Islândia;
25 não tem sido capaz de reduzir o défice de desempenho
- Aplicação (5 indicadores), que mede o desempenho
3.Países em processos de recuperação/ascenção:
inovador face aos EUA e sobretudo ao Japão.
expresso em termos de actividades de trabalho e negócios
Eslovénia, Hungria, Portugal, República Checa, Lituânia,
Voltando a Portugal e em benefício da clarificação das
e o seu valor acrescentado em sectores inovadores;
Letónia, Grécia, Chipre e Malta;
óbvias dificuldades nacionais, importa perceber qual a sua
- Propriedade Intelectual (5 indicadores), que mede os
4.Países em perda: Estónia, Espanha, Bulgária, Polónia,
performance em cada um dos indicadores relevantes para
resultados conseguidos em termos do sucesso e conse-
Eslováquia, Roménia e Turquia.
a construção do índice SII. A Inovação não é um processo
quência do know-how.
linear, pelo que a sua avaliação procura cobrir um conjunto
A performance de Portugal relativamende aos dois grandes
de dimensões, por sua vez descritas por diferentes
temas (Input e Output) não se altera, já que mantém a 21ª
Catching up, evitando desta vez cair numa última divisão
indicadores. O EIS considera cinco dimensões, as quais
posição em ambos e um Output apenas ligeiramente infe-
onde se encontra curiosamente a Espanha. Esta realidade,
estão agrupadas em dois temas:
Regista-se a inclusão de Portugal no grupo dos países
rior ao Input. A liderança mantém-se, também aqui, concentrada na Suécia, Suiça e Finlândia. É curioso
referente ao ano de 2005, é bem visível na Figura 2, onde se colocam os países europeus, acrescidos dos EUA e do Japão, em função da respectiva performance (SII) e taxa de 3
Inputs de Inovação:
verificar que há alguns países under-achievers e outros
- Drivers de Inovação (5 indicadores), que medem as
over-achievers, isto é, para os quais existem diferenças
UE. Pode verificar-se que o desempenho de Portugal está globalmente abaixo da média comunitária. 0,80
Em termos de Inputs, a pior performance de Portugal
CH SE
verifica-se nos Drivers da Inovação, devido aos baixíssi-
0,70
mos scores nos quatro indicadores referentes à educação:
FI JP DK
2005 summary innovation index
0,60
US
graduados em ciência & engenharia; população com
DE
ensino superior; participação em aprendizagem ao longo 0,50
AT
BE
UK
da vida; nível de finalização do ensino superior.
NL FR
0,40
IS
LU
IE
Relativamente à criação de conhecimento, destaca-se o
NO
bom nível do financiamento público para a inovação às
IT
0,30
EE
ES PL
CY
SK
0,20
EL
empresas, quer para investigação na própria empresa quer
HU
LT
CZ
MT
empresas, mas o investimento em I&D por parte das
SI
PT
BG
LV
para financiamento de projectos nas Universidades e
RO
Centros de Investigação, é praticamente insignificante, da
0,10
ordem dos 20% da média europeia.
TR
Na dimensão Inovação e Empreendedorismo, Portugal
0,00 -5,0
-4,0
-3,0
-2,0
-1,0
0,0
1,0
Fig. 2 - O SII e as tendências (Fonte: TrendChart, European Innovation Scoreboard 2005)
2,0
3,0
4,0
Dotted lines show EU25 mean performance
5,0
apresenta um bom desempenho, ligeiramente acima da
Average growth rate of SII
média europeia, fruto de uma geração de empresas que se lançou ou reformou em moldes inovadores. Este novo
substanciais nos indicadores compostos para Inputs e
Portugal no quadro da EU-25 é a seguinte: Drivers de
Outputs de Inovação. Com melhor eficiência (resultados
Inovação: 24º lugar; Criação de Conhecimento: 22º lugar;
universo é constituído por empresas que adoptam ou
bem superiores ao esforço) destacam-se a Suiça, o
Inovação & Empreendedorismo: 8º lugar; Aplicação: 19º
modificam inovações, muitas vezes importadas, e as
Luxemburgo, a Irlanda, Malta e a Alemanha, enquanto os
lugar; Propriedade Intelectual: 22º lugar.
introduzem no país, o que justifica também a excelente
piores neste aspecto são a Islândia, a Lituânia, a Estónia, a
Para uma análise mais fina, apresenta-se na Figura 3 um
performance nos dois indicadores referentes a vendas de
Bulgária e a Noruega.
gráfico de barras representativo da
Já relativamente às diferentes dimensões, a situação de
performance
produtos inovadores incluídos na dimensão Aplicação.
portuguesa por indicador, em percentagem da média da
Mas na realidade, os mais relevantes indicadores desta dimensão apresentam um score da ordem de metade da
INNOVATION DRIVERS S&E graduates
média europeia. Trata-se das exportações e do emprego
67
nos segmentos de média e alta tecnologia.
57
tertiary education broadband penetration
84
lifelong learning
Finalmente, a protecção de propriedade intelectual,
48
youth education
64
nomeadamente o registo de patentes, é tradicionalmente
KNOWLEDGE CREATION public R&D exp
75
um ponto muito fraco, facilmente explicável pelos défices
21
business R&D exp med/hi-tech manuf R&D
76
public funding innovation
em criação de conhecimento, sobretudo I&D empresarial.
165
univ R&D financed by bus
Torna-se óbvio que os pontos mais fracos do país, no que à
18
ENTREPRENEURSHIP SMEs innovating in-house
inovação se refere, são os Drivers de Inovação e a Criação
139
% all SMEs collab. on innovation
76
innovation expenditures
de Conhecimento. A melhoria da performance nestas duas
144
early stage venture capital
102
ICT expenditures
dimensões implica um esforço por parte do Estado e das
113
non-tech change
120
Empresas.
APPLICATION employm hi-tech services
Quanto aos Drivers, trata-se claramente de políticas de
45
hi-tech exports
42
new-to-mark product sales
educação que não foram capazes de levar o ensino à
180
new-to-firm product sales
125
employm med/ hi-tech manuf
generalidade dos portugueses. Detectam-se dois aspectos
48
INTELLECTUAL PROPERTY EPO patents
críticos: o ainda elevado abandono escolar antes de
3
USPTO patents
2
triad patents
completar o ensino secundário; e o desiquilíbrio entre
4
community trademarks
graduados das áreas não tecnológicas e graduados em
55
community designs
31 0
20
low
40
medium-low
60
80
average
100
medium-high
120
140
160
180
ciências e engenharia, em desfavor destes últimos. Embora
200
se reconheçam carências na qualidade do ensino, que não
high
podem ser nem generalizadas nem negligenciadas, o
Fig. 3 - Performance na Inovação em Portugal 2005 (% da média UE) (Fonte: TrendChart, European Innovation Scoreboard 2005)
4
problema maior está na universalidade do ensino, para
é inevitável que Portugal avance a duas velocidades, apos-
breakthrough innovation); a inovação soft, baseada em
além do nível básico. Esta é tarefa essencialmente do
tando forte naqueles que são efectivamente competitivos,
processos menos exigentes de I&D que utilizam tecno-
Estado.
sobretudo na arena internacional, sem descurar jamais o
logias já testadas, na exploração do design e do marketing
Quanto à criação do conhecimento, o investimento em I&D
investimento nas condições de vida e na educação de base
ou ainda na introdução de variações nos modelos de negó-
é essencialmente público, da ordem do dobro do
do Portugal menos capaz. A célebre máxima, que preconiza
cio, e que quase sempre resulta em inovações incrementais
investimento empresarial que em 2004 terá atingido apenas
o “distribuir o mal pelas aldeias” nunca foi tão desajustada.
(incremental innovation). Num contexto em que os países
0.26% do PIB, valor da ordem dos 20% da média europeia.
A pulverização de investimentos por tudo quanto é aldeia,
BRIC (Brasil, Rússia e, sobretudo, Índia e China) são já ca-
E neste aspecto, que será porventura o mais crítico para o
sector ou grupo resulta apenas no consumo de recursos
pazes de criar as suas sociedades do conhecimento, atra-
futuro da economia do país, há um enorme esforço a fazer
que fazem falta para alimentar a locomotiva, isto é, os clus-
vés da produção em grande escala de engenheiros e cien-
por parte das empresas.
ters sectoriais/regionais que podem conduzir Portugal a um
tistas, o mundo ocidental desenvolvido procura vantagens
lugar condizente com as suas ambições e necessidades.
competitivas através da exploração da criatividade, o que
A Oportunidade Portuguesa
E se é verdade que há responsabilidades do Estado, na de-
releva o papel do design na cadeia de valor. Alguns visioná-
Em matéria de inovação, o diagnóstico está feito e não é
finição de políticas e no alinhamento de prioridades, tam-
rios norte-americanos antecipam já a economia da criativi-
muito positivo. O resultado faz-se sentir na vida económica,
bém é verdade que os agentes no terreno, nomeadamente
dade como um upgrade da economia do conhecimento.
quando se constata que Portugal é pouco competitivo no
as empresas, as universidades e centros de investigação,
Mas onde estão então e quais são as peças desta locomo-
quadro dos países mais desenvolvidos e não tem encon-
os sindicatos e os próprios trabalhadores, não fizeram nem
tiva que urge fazer crescer?
trado alternativas sólidas.
fazem o suficiente para se libertarem de uma lógica de
Geograficamente, os centros de investigação e as empre-
Mas, ao invés da rendição face a uma realidade dura, há que
usufruto de protecções, tutelas e subsídios, assumindo
sas que investigam, desenvolvem e inovam estão sobre-
procurar as potencialidades do país, enquadrá-las nas
iniciativas e riscos e enfrentando as regras de mercado que,
tudo localizadas ao longo da faixa litoral oeste, sem prejuízo
oportunidades, e desenhar caminhos para o futuro.
afinal, são aquelas em que se move a nossa concorrência.
de existirem casos de sucesso noutras áreas do país. Apre-
Apesar do que se diz sobre os défices da formação, aca-
Em particular, as empresas devem assumir a inovação,
senta-se nas Figuras 4 e 5 dois esquemas ilustrativos dos
démica ou não, Portugal dispõe de uma infraestrutura de
investindo em I&D e em design, articulando com as univer-
principais actores da inovação tecnológica por regiões,
ensino com potencial e há uma parte do país (formandos,
sidades e centros de investigação, e engrossando o grupo
seleccionados com base nos gastos em I&D e na participa-
formadores e instituições) que faz um trabalho de qualidade
das empresas-locomotiva do país. Importa, neste ponto,
ção em projectos em consórcio.
à luz de padrões internacionais.
referir que a cadeia de valor dos diferentes produtos ou
De entre as actividades que na última década têm emergido
O processo de desinvestimento de multinacionais que se
clusters pode ser beneficiada por diversas formas de ino-
em Portugal, e assim contribuído para a diversificação do
instalaram em Portugal na base dos salários baixos, asso-
vação: a chamada inovação hard, muito dependente de for-
portfolio de actividades competitivas, destacam-se as que
ciado à notória perda de competitividade de produtos na-
tes investimentos em I&D e que por vezes resulta em ino-
se apresentam no Quadro 1 (Portugal - Perspectiva das
cionais de mão-de-obra intensiva, são um sinal claro de
vações radicais (designadas por disruptive innovation ou
Actividades e dos Territórios, DPP-MF, 2004).
que o actual modelo não garante a viabilidade do país. Mas INEB
há uma virtude nesta realidade, que é precisamente a cons-
CIS coimbra
tatação, por fim, da necessidade e emergência de refun-
ALGORITM minho
IT
darmos o nosso modelo produtivo.
ciências da saúde,
tecnologias da informação e
engenharia biomédica e
telecomunicações
biotecnologia
porto
IBMC porto
IBILI coimbra
HETA
aveiro
CNC
aveiro
Por outro lado, há sinais também claros de que a via basea-
CPCIS
INESC
da no conhecimento e na inovação é uma alternativa de fu-
ciências da computação,
PT INOVAÇÃO
coimbra
BIAL
CELDATA
IBQF
porto
turo, mesmo em Portugal. Num contexto de encerramento de unidades produtivas de multinacionais e de quebras nas exportações dos produtos tradicionais, é interessante veri-
QUATRO
STONE
SALVADOR CAETANO
EFACEC/ ENT
CBQF
minho
porto
CIN
BORGSTENA
UNICER
CACIA
ficar que centros de Inovação, Investigação & DesenvolviINEGI
mento como os laboratórios da Siemens continuam a crescer, empregando centenas de engenheiros portugueses, e
ADIRA PETROTEC
ISR
TERMO
PORTUCEL /
CTCOR
CELBI SOCORI CTCV
injecção de polímeros continuam muito competitivos em sectores exigentes como a indústria automobilística alemã. Ou seja, há quem seja capaz, ainda que esses não representem a maioria do país, o que conduz à conclusão de que
CIPTE
PIEP
minho
minho
CATIM
CITEVE CICECO
tecnologias da produção,
tecnologias dos materiais
automação e robótica
e engenharias sectoriais
Fig. 4 - Principais actores da inovação tecnológica no norte e centro litoral. Fonte: Foco no Futuro, 3, DPP-Ministério das Finanças, 2004
5
CTC
AMORIM
moldes e plásticos
coimbra
TMG
SOPORCEL
TEKA S/MOLDES
porto
que produtos de média e alta tecnologia como os moldes de
VULCANO
MAHLE
RAIZ
aveiro
O Exemplo da Innovation Point
tecnologias da produção, IBQF
automação e robótica
Missão
CRI
ITQB
IDMEC
OGMA
IBERO MOLDES
MEDINFAR
VAN GEST MOLDES
HOVIONE
Interpretando os sinais e as necessidades do país, nomeadamente no que se refere ao extremo défice de
IBET
ISQ TECNIMEDE
ABB ISR
J. DEUS SIEMENS
DE LA RUE
to por parte das empresas, o que nos coloca na cauda da
CQFB
CARNES
IGLO
GALUCHO
LEGRAND
investimento em Inovação, Investigação & Desenvolvimen-
SHERING
NOBRE
Europa, um conjunto de investidores entendeu criar uma
CELULOSE
sociedade anónima dedicada à produção de inovação. A
CAIMA
TMN
nova empresa, que se designa por Innovation Point S.A.,
ACCENTURE EID
tem como accionistas a holding DSTsgps e investidores
ciências da saúde,
NEC
biotecnologias e química fina VODAFONE
CASE/EDINFOR
SIBS
REDITUS
IBM
QUADRIGA
EASYSOFT
SISCOG
IDEAS FUTURO
privados. A Innovation Point S.A. tem como missão a identificação e
LINK
avaliação de ideias e oportunidades inovadoras, o seu desenvolvimento e prototipagem e, finalmente, a respectiva
ciências da computação tecnologias da informação e telecomunicações
NEW VISION
OBLOG
disponibilização através da colocação nos mercados.
NEOSIS
Para a Innovation Point, inovação significa a criação de
INETI electrónica optoel
“IT” instituto
INESC
telecom
novas categorias de produtos, serviços ou modelos de ne-
CENTRIA
ID
gócio que desafiam os paradigmas estabelecidos e geram
Fig. 5 - Principais actores da inovação tecnológica no centro e sul litoral. Fonte: Foco no Futuro, 3, DPP-Ministério das Finanças, 2004
acréscimos significativos de valor para os consumidores,
Mas importa também referir que, para além das actividades de carácter tecnológico, existe um conjunto de actividades onde
para os clientes e para a própria empresa.
faz sentido e é imperioso acrescentar valor por via da inovação. São os casos dos clusters da construção, do turismo, do
Ao longo da rota ideia-desenvolvimento-mercado, a
design, do sector financeiro, do marketing e entretenimento, do têxtil e do calçado, etc. Uma lista e descrição de empresas
Innovation Point segue um processo assistido de inovação
start-up de sucesso pode ser consultada em Rodrigues e Correia, 2004, Mestres da Geração Start-up, CentroAtlantico.pt.
que combina abordagens tradicionais e não-tradicionais.
Numa leitura cruzada dos drivers da mudança à escala internacional com os clusters emergentes em Portugal, o Departa-
Utiliza um modo de pensamento divergente para abrir
mento de Prospectiva e Planeamento do Ministério das Finanças propõe um interessante desenho das oportunidades que o
possibilidades e gerar uma visão de algo que se pretende
país pode agarrar (Figura 6).
como um produto, serviço ou modelo de negócio
ACTIVIDADES
convergente, baseado em técnicas de investigação,
alternativo e de valor. Em seguida, um processo EMERGENTES
EXEMPLOS DE PRODUTOS E SERVIÇOS
EXEMPLOS DE EMPRESAS
software de aplicações
software para sistemas avançados de informação e comunicações;
Altitude Software; Contactsoft; Primavera Software;
empresariais
para gestão empresarial e de organizações.
Easysoft; Quatro.
software para aplicações
desenvolvimento de soluções para sectores muito exigentes como
Critical Software; Skysoft; Edisoft.
avançadas
a defesa, aeronaútica e espaço.
desenvolvimento e prototipagem, transforma a ideia em realidade. O último teste cabe aos consumidores e clientes, ou seja, ao mercado.
serviços de consultadoria
fornecimento de serviços de integração de sistemas e de
Novabase; Case/Edinfor; Sol-Suni; Enabler;
informática
adaptação de soluções ERP às empresas.
Whatevernet Consulting; Wedoconsulting; Link Consulting; I2S.
telecomunicações &
desenvolvimento de software e sistemas para comunicações civis
Siemens; ENT-Empresa Nacional de Telecomunicações;
multimédia
e militares, de módulos para redes de telecomunicações, etc..
Mobicomp; Quadriga; PT-Inovação; Chipidea; Ydreams.
Consciente de que a criatividade pode ser encontrada em qualquer lugar, a Innovation Point abre canais para a geração de ideias. Todas as propostas oriundas dos seus colaboradores, dos parceiros ou de qualquer outra origem são consideradas para avaliação.
electrónica
produtos destinados à automatização de serviços, à telemática,
profissional
à bilhética, ao controlo de tempos, etc..
A Innovation Point acredita no valor da inovação
automação &
software e módulos electromecânicos para automação industrial e
Efacec - Automação e Robótica; Siroco;
incremental. Mas aquilo que tem por objectivo final é a
robótica
desenvolvimento de robótica móvel para aplicações logísticas.
Tecnocon; Maquisis.
inovação radical. Como disse Einstein “If at first the idea is
mecânica de precisão/
desenvolvimento de competências na indústria de moldes com a
Simoldes; Iberomoldes; Van Ghest; Plancal.
plásticos técnicos
aplicação de tecnologias avançadas de concepção e fabrico a
not absurd, then there is no hope for it.”
OGMA; Dyna Aero; Motoravia; BRM.
ou através de parcerias envolvendo centros de
Gain; Newvision; DelaRue Systems.
A Investigação & Desenvolvimento é realizada na empresa
utilizações complexas de plásticos - automóvel e aeronaútica. aeronaútica
fabrico de aeronaves ligeiras, construção de partes para aviões e manutenção de aviões, motores e aviónica.
investigação, universidades ou empresas nacionais e
sistemas de componentes fotovoltaicos.
BP Solar; Shell Solar.
consumíveis hospitalares e produtos de engenharia biomédica,
Pronefro; Fapomed; Bial; Hovione; Medinfar;
desenvolvimento de fármacos, apoio ao desenvolvimento de
Oftalider; Bluepharma; Biotecnol.
internacionais. Na linha das mais recentes tendências
energias renováveis saúde
internacionais, a empresa pretende evoluir do paradigma da economia do conhecimento para o paradigma da economia
fármacos ou de novas formas de administração.
Quadro 1 - Actividades emergentes em Portugal
6
1. concepção, conteúdos e símbolos no centro de produção de riqueza 2. “globalização e outsorcing nos serviços baseados na informação”
FACTOR GEOCECONÓMICO / EMPRESARIAL
3. globalização e outsorcing nas indústrias modulares 1. exploração do ciberespaço e do paradigma IP 4. globalização assente nas redes de telecomunicaçoes globais - fibra óptica e satélite
moda informação e entretenimento digital
2. expansão comunicações wireless
comunicação e electrónica
5. competição pelas energias - o desenvolvimento de novas bacias energéticas
teleserviços
3. predominância do interactivo e virtual
aeronaútica e automóvel saúde e cuidados pessoais
FACTOR TECNOLÓGICO
4. mobilidade “inteligente”
acolhimento e turismo energias renováveis / hidrogénio
1. saúde mais barata para as sociedades em envelhecimento e das amenidades
oceanos petróleo e
5. carbono & compósitos para novas estruturas
robótica
2. busca do sol e das amenidades pela geração do “baby boom” / energias solares 6. emergência da medicina preditiva & terapias genéticas 3. agricultura biotecnológica para economias em crescimento demográfico 7. farmácia biotecnológica
4. mobilidade “verde” para travar degradação ambiental FACTOR DEMOGRÁFICO / AMBIENTAL
5. competição pelas energias - em busca do hidrogénio
Fig. 6 - Os factores da mudança e as oportunidades para Portugal (ao centro). Fonte: Foco no Futuro, 3, DPP-Ministério das Finanças, 2004
da criatividade, o qual tem como competência crítica a criatividade, articulando a investigação e o design na
innovation point
é viável?
investigação
empresas
existe know-how?
desenvolvimento
patentes
concurso de ideias
design
direitos de autor
consumidores
prototipagem
criação de produtos inovadores. A Innovation Point pretende sempre criar produtos e serviços para o mundo, pelo que o objectivo é sempre
geração de
identificação de
ideias
oportunidades
incubação da ideia
protecção de propriedade intelectual
desenvolvimento
comercialização
transportá-los para a arena dos mercados internacionais. avaliação da ideia
Modo de actuação
interno
licenciamento
custo é aceitável?
universidades
marketing
cria valor acrescentado?
centros de investigação
vendas
Na Innovation Point tudo se inicia com ideias, as quais surgem a partir dos seus próprios recursos humanos, dos
Fig. 7 - Modo de actuação da Innovation Point
desafios e solicitações de outras empresas, dos consumi-
Actividades
dores ou de concursos de ideias lançados pela empresa.
Por natureza, a inovação cruza fronteiras e assume-se na transversalidade dos produtos, serviços e modelos de negócio.
A ideia é avaliada no seu valor intrínseco, numa perspectiva
Na Innovation Point as metodologias prevalecem sobre os limites clássicos das áreas de actividade. Em princípio a empresa
de originalidade, de criação de valor, mas sempre no quadro
pretende estar em todas as áreas, consciente de que o know-how necessário para o desenvolvimento de produtos resulta da
de uma potencial oportunidade de negócio.
combinação dos seus recursos com as necessárias parcerias e outsourcing.
Na fase de incubação são clarificadas as questões relacio-
A inovação produzida na Innovation Point expressa-se em propostas que acrescentam valor nas dimensões modelo de
nadas com a sua viabilidade, o know-how, o custo e, final-
negócio, processo, oferta ou distribuição, podendo assumir várias tipologias, como se pode observar na Figura 8.
mente, o valor acrescentado que dela pode resultar. Incubaex: leilão na net
da a ideia passa-se ao desenvolvimento, o qual tipicamente
ex: novo processo de
ex: informação a pedido
separação de resíduos
mediante envio de código
ex: logotipo dinâmico
de barras por mms
envolve investigação, design e prototipagem, e pode acontecer na Innovation Point, em parceria com universidades,
MODELO
centros de investigação, ou mesmo através de outsour-
DE NEGÓCIO
OFERTA PROCESSO
cing. Produzido o protótipo, e sempre que apropriado, serão despoletados os mecanismos de protecção da pro-
Fig. 8 - Tipologias de actuação da Innovation Point
PERFORMANCE
NOVO PRODUTO
DISTRIBUIÇÃO SERVIÇO
ex: sistema de gestão
ex: software para
ex: tracking de animais
de energia mais eficiente
triagem de prioridades
em tempo real por gps
CANAL
MARCA
para edifícios
priedade intelectual e dos direitos de autor, quer através de
De um modo geral, sempre que conceitos inovadores para produtos, serviços ou negócios estão em jogo, coloca-se a
registo de patentes e marcas quer através de copyright.
questão do sigilo e da protecção da propriedade intelectual, pelo que a sua divulgação está limitada no detalhe, pelo menos
A comercialização é efectuada pela Innovation Point através
numa fase inicial.
de canais electrónicos ou pelo do licenciamento a terceiros.
Para 2006 a Innovation Point S.A. tem previsto o desenvolvimento de projectos que se podem incluir nos seguintes clusters:
O modo de actuação da Innovation Point pode ser obser-
Ambiente; Engenharia e Construção; Transportes e Armazenagem; Tecnologias da Informação e Conteúdos; Administração
vado no esquema da Figura 7.
Pública e Educação de Nível Superior. *
José F. G. Mendes innovation point, s.a.
7
cantar as janeiras A tradição ainda é o que era e, na época natalícia, os cânti-
CIDADANIA EMPRESARIAL
cos são uma parte importante da celebração. Cantar as Janeiras é uma tradição antiquíssima, remontando talvez ao nascimento de Jesus quando os Reis Magos
A dst_domingos da silva Teixeira, s.a. cedo manifestou
mérito.
trouxeram as suas oferendas até Belém. Mais enraizado
uma cultura generalizada de divulgação e promoção dos
Mas a contribuição da dst para a Cruz Vermelha Portuguesa
nos meios rurais, este costume continua a cumprir-se, mui-
valores da responsabilidade social.
não pára aqui: está previsto para breve a doação de material
to por intervenção dos grupos de folclore e das escolas.
Esta responsabilidade social representa a interiorização de
específico para a unidade de socorro desta delegação.
Formam-se grupos pequenos ou com dezenas de elemen-
valores de preocupação social e ambiental na actividade
O espírito de Natal foi também sentido de outra forma
tos que cantam e animam as localidades, indo de casa em
que desempenha e na interacção com todas as partes inte-
mediante a contribuição para duas causas de solidarie-
casa, desejando de uma forma tradicional um bom ano a to-
ressadas.
dade: os tradicionais presentes entregues a clientes, forne-
dos os presentes. A noite de Reis marca esta tradição com
Assim, a empresa contribui para a satisfação das neces-
cedores e amigos foram substituídos por uma oferta às
pequenos grupos a animarem as localidades.
sidades dos clientes, gerindo simultaneamente as expecta-
delegações de Braga da ACAPO - Associação dos Cegos e
Antigamente, este gesto era recompensado com a oferta de
tivas dos trabalhadores, dos fornecedores e da comunida-
Amblíopes de Portugal e da APECDA – Associação de Pais
filhós, vinho e outros artigos que as pessoas possuíam,
de local. Desta forma, contribui, de forma positiva, para a
para a Educação de Crianças Deficientes Auditivas.
proporcionando aos participantes um pequeno petisco. O hábito social e cultural de cantar as Janeiras foi passando
sociedade e gere os impactos ambientais da empresa, o
Os donativos entregues à ACAPO permitirão a aquisição de
que proporciona vantagens directas para o negócio e as-
equipamento informático e software específico que muito
de geração em geração, assumindo uma importância cres-
segura a competitividade a longo prazo.
contribuirá para minorar as dificuldades diárias de quem
cente que fez com que, nos nossos dias, seja parte inte-
Para a dst, o apoio à comunidade é sentido como um dever
vive estas limitações.
grante do reportório musical de toda a região e do país.
e pretende funcionar como uma alavanca para o desenvol-
No caso da APECDA, os donativos da dst ajudarão à cons-
Na dst esta tradição mantém-se viva.
vimento cultural e social.
trução de um Parque Infantil e è aquisição de equipamento
Pelo segundo ano consecutivo, um grupo de funcionários
Em consonância com o que inicialmente foi feito – a adesão
informático e software específico.
reuniu-se para ir cantar os reis à casa do fundador da em-
a este tipo de iniciativas iniciou-se com o apoio à Compa-
A ACAPO é uma Instituição Particular de Solidariedade
presa, o Sr. Domingos Teixeira. Assim, fizeram-se alguns
nhia de Teatro de Braga - a empresa continua hoje a seguir
Social, que tem como fins estatutários a defesa dos direitos
ensaios nas instalações da empresa e no dia 11 de Janeiro,
esta estratégia, centrando-se em grande medida no apoio à
e a promoção da integração sócio-profissional dos defi-
estavam à porta do Sr. Domingos, prontos para cantar.
causa cultural, científica e desportiva, mas também na
cientes visuais. Esta instituição representa a área da defi-
Depois da primeira interpretação feita na rua, em que se
ajuda a famílias e instituições mais necessitadas.
ciência visual no Conselho Nacional para a Reabilitação e
apresentaram e pediram autorização para poder cantar, fo-
Durante 2005, as ofertas de carácter social reverteram a fa-
Integração das Pessoas com Deficiência.
ram convidados a entrar. Na sala, onde se encontrava toda a
vor da Associação Humanitária Habitat mas também para a
Para a prossecução destes objectivos a ACAPO tem direc-
família foram ouvidas as canções típicas da festividade.
construção de uma creche para a delegação de Braga da
cionado o seu campo de actuação para áreas, actividades e
No final, e entusiasmados pelo sucesso da iniciativa, ainda
Cruz Vermelha Portuguesa.
serviços que se entende contribuirem efectivamente para a
visitaram a casa de mais dois colaboradores da empresa.
Esta obra absorveu quase um milhão de euros e contou
promoção da igualdade de oportunidades. A ACAPO é uma
Este ano, também dois grupos de cantares dos Reis
com a contribuição do Programa Operacional de Emprego,
Instituição de âmbito nacional sediada em Lisboa, encon-
bateram à porta da dst e fizeram questão de evidenciar as
Formação e Desenvolvimento Social, com o Fundo de So-
trando-se a sua estrutura orgânica assente em órgãos de
suas qualidades.
corro Social, e com a Câmara Municipal de Braga. A dst
âmbito nacional, regional e local.
O primeiro grupo era constituído por cerca de trinta alunos
contribuiu com a doação de material.
A APECDA, por sua vez, é uma instituição particular de
da Escola da N.ª Sr.ª do Pai do Socorro.
Na cerimónia comemorativa dos 135 anos da Delegação de
solidariedade social (IPSS) e, como tal, sem fins lucrativos.
Esta foi a forma encontrada pela escola para tentar obter
Braga da Cruz Vermelha Portuguesa, que aconteceu no
Fundada em 1973 por um grupo de pais, tem por objectivo
algumas verbas para a realização de visitas de estudo.
mesmo dia em que foi inaugurada a creche, foram conde-
garantir a reabilitação e educação de crianças e jovens
O segundo grupo era constituído por cerca de 50 crianças
coradas algumas empresas e individualidades, entre elas a
deficientes auditivos, no sentido de ser feita a sua rápida
da Creche de Braga que, curiosos e animados, encantaram
dst_domingos da silva teixeira que recebeu a distinção de
integração social. *
os que tiveram oportunidade de os ouvir e ver. * 8
Pensar
Babel O Mosteiro S. Martinho de Tibães recebeu, de 3 de Dezem-
díspar maneira de encararmos a vida.
última edição O Auditório do Conservatório de Música Calouste Gulben-
bro a 15 de Janeiro, a exposição “Pensar Babel” da fotógra-
Pretende esta mostra narrar a assumida ou recriada ligação
kian recebeu, mais uma vez, um concerto de música jazz,
fa Ângela Ferreira, um projecto apoiado pela dst_domingos
do trabalho com a Fotografia, por vezes sagrada, a possível
inserido no ciclo de concertos “Rum com Jazz” - uma orga-
da silva teixeira, s.a.
inocência do olhar, a hipotética alegria, o possível amor ou
nização da Rádio Universitária do Minho, com o patrocínio
A inauguração iniciou-se com um Recital de Cravo e Órgão
a surpreendente interrogação acerca do tempo. É pois um
exclusivo da dst e o apoio da Câmara Municipal de Braga,
de música dos séc. XVII e XVIII, na Sala do Capítulo, por
elogio à imagem e aos símbolos ligados aos princípios do
Conservatório de Música Calouste Gulbenkian, AAUM e
Cremilde Rosado Fernandes e Gerhard Doderer. Seguiu-se
trabalho na sua dicotomia côr-luz subjacente à Fotografia.
Hotel Lamaçães.
a inauguração da exposição na Sala do Recibo.
Para o director do Museu da Imagem, a exposição envolve
Nesta última edição, realizada a 25 de Novembro, Fernan-
Segundo Ângela Ferreira, “Pensar Babel” surgiu como uma
dois caminhos: a acção mecenática e a obra artística. Rui
des apresenta o seu novo trabalho com um grupo de músi-
trova e elogio ao nascimento e edificação de um plano, ora
Prata enalteceu a atitude da dst, embora esta faceta já não
cos excepcionais. Renzi, Pavolka e Rende são três músicos
de vida, ora de sonho.
constitua novidade no panorama do mecenato cultural. No
nova-iorquinos com personalidades fortíssimas e muito
Partindo de quadros de pintura de mestres do surrealismo e
que diz respeito à obra fotográfica, o director do Museu de
interessantes. Juntaram-se a Fernandes e a André Sousa
Renascimento como Salvador Dali e Leonardo da Vinci,
Imagem refere que esta se encontra imbuída de uma
Machado para uma actuação de música nova e original, que
entre outros, Ângela recria fotografando as imagens nos
estratégia de sedução que contrasta com a dureza do pro-
fará parte do próximo CD de André Fernandes.
cenários tanto grotescos como dóceis da pedreira da dst
duto “construção”. Refere ainda que os cenários e figura-
Na primeira parte do concerto foi apresentado o Akiko Pa-
domingos da silva teixeira e das paredes do parque indus-
ções criadas pela fotógrafa conferem à sua obra uma parti-
volka Trio. Akiko é possuidora de uma voz extremamente
trial de Palmeira. A ideia é fortificar o conceito de arte no
cularidade especial que cativa a atenção do observador.
original, assim como de uma capacidade inventiva como
interior de um espaço marcado por intensos laços de preo-
Nascida em 1975, Ângela Mendes Ferreira é portuguesa,
compositora sobejamente apreciada na sua cidade, Nova
cupação estética e arquitectónica. A autora teve o cuidado
natural de Felgueiras. É licenciada em Direito pela Universi-
Iorque.
de retratar os trabalhadores, no sentido de ser valorizado o
dade do Minho em Braga, onde exerceu Advocacia e cur-
Apresentou nesta noite única o seu novo CD "Begin Again".
projecto e estimulada a participação dos intervenientes.
sou Fotografia. A sua obra foi inserida em várias exposi-
Cada fotografia traz uma, ou muitas, das palavras que re-
ções individuais e colectivas e publicou uma obra de Foto-
Akiko Pavolka Quartet "Begin Again"
presentam um retrato, perpetuado aqui pelos traços da Pin-
grafia e Texto sobre a Índia portuguesa.
Akiko Pavolka: voz, piano; Matt Renzi: Sax Tenor, Clarinete;
tura. Cada retrato cobre em silêncio a espiritualidade do tra-
Optando por uma carreira no domínio da Fotografia, rea-
Matt Pavolka: Contrabaixo; André Sousa Machado: Bateria
balho, o silêncio da pedra, do fogo e de outras matérias
lizou em 2004, como bolseira da Embaixada Real dos
Quinteto de André Fernandes
usadas pela empresa.
Países Baixos, um mestrado em Multimédia e Tecnologias
André Fernandes: Guitarras;Matt Renzi: Sax Tenor, Clari-
Durante o processo, o parque industrial da dst surge como
na área da Fotografia Digital na Utrecht School of Arts.
nete; Pete Rende: Piano, Acordeão, Sampler;
cenário, como meio transmissor de ideias e emoções, de
Recentemente viu seu trabalho nomeado como Fotógrafa
Matt Pavolka: Contrabaixo;
desafios e de limites onde todos cabemos na mais bela e
do Ano para a categoria de Emoções da BBC News.*
André Sousa Machado: Bateria.*
9
certificação metalomecânica
Habitat
presenteou mais duas famílias com uma habitação condigna
Consciente que o mercado actual se debate com exigências
Foi em Crespos, Braga, que a Habitat presenteou mais du-
suas novas casas.
crescentes, ditadas por consumidores, pela concorrência e
as famílias com uma habitação condigna. Aconteceu a 29
Depois da cerimónia realizou-se um encontro de confrater-
pela pressão de potenciais produtos e serviços seme-
de Outubro e reuniu todos os que, de alguma forma, contri-
nização entre as cerca de 70 pessoas que estiveram pre-
lhantes, a dst mantém, na sua estratégia de desenvol-
buiram para a concretização de mais este projecto. Esta
sentes na cerimónia de entrega das casas.
vimento organizacional, um processo de melhoria contínua
iniciativa contou, mais uma vez, com o apoio da dst.
Presente em 100 países, a Habitat for Humanity Interna-
rumo à excelência.
Os trabalhos iniciaram-se em Setembro do ano passado e
tional - uma organização cristã sem fins lucrativos - já
A consciencialização para a Qualidade e o reconhecimento
implicaram a construção de duas habitações T2 em terre-
construiu 765.000 habitações em todo o mundo, desde
da sua importância fizeram-se sentir ao longo do cresci-
nos doados pela Junta de Freguesia de Crespos e que vão
1976. Cada filial realiza um processo de selecção das
mento da empresa e reflectiu-se em mais uma certificação.
“direitinhas” para: Madalena Fernandes, mãe solteira que
famílias carenciadas assim como a angariação de dinheiro,
Assim, à certificação para a concepção, desenvolvimento e
tem a seu cargo a sua própria mãe e a filha, Eva, de dois
de materiais de construção (na forma de doações) e a
produção de betão pronto, produção e aplicação de betão
anos. Vivia por caridade num espaço exíguo, onde o quarto
criação de equipas de voluntários.
betuminoso; concepção, desenvolvimento e transforma-
se fundia com a cozinha e casa de banho; outro dos
As casas são construídas ou restauradas com a partici-
ção de rochas ornamentais (granito) e da marca CE, juntou-
beneficiados é Carlos Vieira, a sua esposa e os dois filhos
pação das famílias beneficiadas que depois também têm
se a concepção e desenvolvimento, produção e montagem
que, por sua vez, viviam com os pais, com a família de um
de ajudar nos trabalhos das restantes casas Habitat. Finda
de estruturas metálicas.
dos irmãos e com irmão mais novo de Carlos.
a construção, as casas são entregues às famílias me-
A implementação e manutenção destes sistemas de gestão
Na cerimónia de entrega das chaves às duas famílias, usa-
diante o pagamento de uma prestação mensal sem juros (a
da qualidade e a sua certificação constituem um factor
ram da palavra José Cruz Pinto (Presidente da Direcção da
amortização varia entre os 7 e os 30 anos).
crítico de sucesso que optimizam os processos e recursos
Habitat), José Cunha (presidente da Junta de Freguesia), o
É em Lisboa que se localiza a sede portuguesa, mas a
e, consequentemente, aumentam a produtividade e compe-
arquitecto André Almeida (coordenador de voluntariado), o
primeira e única filial instalou-se em Braga, desde 1996,
titividade.
Padre Miguel (pároco de Crespos), Filipa Braga (coordena-
pela mão de José Cruz Pinto. No concelho de Braga foram
Estas certificações constituem para a dst um factor moti-
dora das famílias), Boots e Ramsay Walker (líderes da
já entregues 20 casas. A Associação Humanitária Habitat
vador que exige a participação de todos e estabelece obri-
equipa Global Village) e as famílias beneficiadas. Nestas
pensa abrir em breve uma delegação no Porto e em Vila
gações na formação dos recursos humanos, contribuindo
intervenções foi realçada a importância do trabalho da
Franca de Xira. *
para a criação de uma nova cultura no sentido da melhoria
Associação Humanitária Habitat e a oportunidade de uma
contínua da qualidade da empresa.
nova vida para estas famílias.
A dst tem ainda em curso a implementação de Sistemas
As famílias, por sua vez, agradeceram todo o trabalho da
Integrados de Qualidade, Ambiente e Segurança em Gestão
AHH e em particular o de todos os voluntários (nacionais e
de Obra, Logística, Manutenção e Madeiras.*
estrangeiros) que foram parte essencial na construção das
10
FESTA DE
NATAL
José Teixeira (ceo dst), Filipe Gomes (director da Concreta) e Jorge Costa (Secretário de Estado das Obras Públicas)
O grupo dst reuniu-se no passado Sábado, dia 17 de
Karts a pedais
A administração deu a conhecer que a dst continua a
Dezembro, para mais um convívio natalício.
1º Lugar - Paulo Cabral
crescer, de forma sustentada, em número de colaborado-
O dia iniciou-se com a realização de uma Eucaristia pelo Pe.
2º Lugar - Filipe Martins
res e em facturação. Um crescimento pensado tendo sem-
António (pároco de Fraião) no Santuário da Sr.ª do Bom
3º Lugar - Virgílio Silva
pre em consideração a qualidade de emprego e a responsa-
Despacho, em Vila Verde, onde participou mais uma vez, o
Módulo auto-suficiente, vista exterior
Corrida de Chancas
grupo coral constituído por funcionários da empresa.
bilidade social. Um crescimento que continuará orientado Módulo auto-suficiente, vista interior para a verticalização da produção e para a diversificação.
Seguiu-se o almoço na Quinta de Resela, Cervães, onde
1º Lugar - Artur Rodrigues e Filipe Martins
De acordo com José Teixeira, num mercado cada vez mais
cerca de 700 pessoas - entre administradores, funcionários
2º Lugar - Virgílio Silva e Paulo Cabral
competitivo, a empresa só pode vencer pela eficiência, pela
e familiares - confraternizaram e foram pontualmente sur-
3º Lugar - Pedro Siaccaluga e João Paulo
preendidas pela actuação de alguns animadores.
redução dos custos e pelo aumento da qualidade sendo que, o planeamento e a produtividade são também elemen-
A festa das crianças foi bastante animada e educativa.
Matraquilhos
tos indispensáveis à gestão quotidiana.
Enquanto uns aprendiam como se vive no “Planeta do Mi-
1º Lugar - João Silva e José Coelho
Quanto à Formação, salientou-se a disponibilidade da
cróbio” e faziam experiências no atelier de “Ciência Viva”,
2º Lugar - José da Pousa e Lomba
administração em proporcionar acesso aos diferentes ti-
outros davam asas à imaginação num atelier de origami. A
3º Lugar - Virgílio Silva e Paulo Cabral
pos de conhecimentos/competências necessários à activi-
Sueca
Certidões de Aptidão Profissional.
animação foi constante, impulsionada pela aula de danças
dade: de doutoramentos a pós-graduações, de MBA's a
latinas e hip hop. A alegria e o colorido estiveram presentes com o atelier de pinta-faces e o modelador de balões.
1º Lugar - Rui Jaques e Domingos Silva
A implementação de uma maior cultura de Segurança
Com a chegada do Pai Natal foram distribuídas as tão espe-
2º Lugar - Carlos Silva e Joaquim Araújo
prevalece como tema fulcral: formar todos os trabalhado-
radas prendas.
3º Lugar - Domingos Freitas e Franklim Antunes
Quanto aos adultos, a diversão foi uma vez mais variada:
res para consciencializar que esta questão é imprescindível e que o cumprimento das regras básicas de seguran-
das cantigas ao desafio, do dominó, da corrida de sacos e
Dominó
ça é mais que obrigatório - é indispensável.
chancas aos Karts a pedais, do campeonato de matraqui-
1º Lugar - José Pacheco
A preocupação com o Ambiente é um dos desafios lança-
lhos à animada sueca, tudo gerou grande entusiasmo.
2º Lugar - Manuel Pinto
dos pela administração: o respeito pelas normas ambien-
Aproveitamos para divulgar a lista de vencedores:
3º Lugar - Valter Lima
tais é a garantia de futuro para as próximas gerações.*
11
zoom Parque Materiais e Equipamentos (Patrícia Correia)
Estaleiro/Logística/Parque de Materiais e Equipamentos
sector, repercutindo-se de uma forma negativa na produ-
sidade do Minho, desenvolver nesta estrutura um processo
tividade, qualidade, perdas e desperdícios. Neste sentido,
de Doutoramento que visa a Definição de um Modelo de
Nos últimos anos tem sido dado uma maior ênfase à melho-
as empresas da Indústria de construção, antes considera-
Rede Logística. É também ao Parque de Materiais e Equipa-
ria da qualidade e produtividade na Construção Civil. A
das como um modelo de desperdício e perdularismo, estão
mentos que é atribuída a gestão da cadeia de abasteci-
competição do mercado aliado às evoluções tecnológicas
a adaptar-se à nova realidade empresarial, onde quem dita o
mento necessária à produção, quer sejam estes materiais,
informativas e de fornecimento de serviços (materiais/
preço de venda é o mercado. Desta forma, reduzir custos
equipamentos, serviços e mão-de-obra, deixando para o
equipamentos/mão-de-obra) tem feito com que as empre-
tornou-se primordial para as empresas construtoras
engenheiro de obras a análise, acompanhamento e contro-
sas se enquadrem a essa realidade através de reestru-
obterem competitividade neste novo ambiente.
lo das especificações técnicas do projecto.
turações técnicas e administrativas de forma a melhorar os
É neste contexto que a empresa dst se tem preocupado e
O Parque de Materiais e Equipamentos da empresa dst
seus desempenhos. No entanto, observa-se que este
apostado numa estrutura, designada de Parque de Mate-
comporta cinco actividades principais: Gestão de Frota;
objectivo não tem vindo a ser integralmente alcançado, pois
riais e Equipamentos, a qual é responsável pela materializa-
Gestão de Materiais; Gestão de Encomendas; Gestão de
continua-se a privilegiar a etapa executiva técnico-estru-
ção de todo o processo logístico, responsável por imple-
Equipamentos; Armazéns.
tural, absorvendo esta a maior parte da atenção em detri-
mentar e controlar todo o fluxo de materiais, equipamentos,
Gestão de Frota:
mento da área de Gestão da Cadeia de Abastecimento, for-
serviços, armazenamento e as respectivas informações
A frota dst, adjudicada ao Parque de Materiais e Equipa-
temente vinculada à fase de projecto que é a principal res-
associadas. É tal o interesse da empresa tornar-se com-
mentos, é constituída por 36 camiões os quais se subdivi-
ponsável pelos problemas ligados ao nível de serviço do
petitiva no mercado, que apostou juntamente com a Univer-
dem nas categorias indicadas na tabela 1. 12
número de eixos
tabela 1 2 eixos
3 eixos
4 eixos
Além disso, permitirá que os transportes efectuados sejam,
teriais não conformes, fora do prazo previsto e em quanti-
automaticamente, custeados aos respectivos centros/
dades incorrectas, de forma a ser medido e a melhorar o nosso nível de serviço nesta actividade.
camiões pesados s/ grua
2
7
8
obras que solicitam os transportes.
camiões pesados c/ grua
2
1
-
Numa segunda fase, pretende-se implementar um software
trailler’s
6
4
-
porta-máquinas
3
-
-
camião eco-obra
2
-
-
rá possível minimizar os custos de operação da frota, uma
Temos um parque de maquinaria composto por mais de
camião cisterna de gasóleo
1
-
-
vez que permitirá uma rentabilização dos camiões.
500 unidades. Tendo em vista a satisfação do nosso cliente,
Gestão de Materiais/Gestão de Encomendas
correndo ao aluguer em caso de necessidade (equipamen-
de optimização de rotas e de cargas. Com este software se-
Gestão de Equipamentos
garantimos a expedição e movimentação das máquinas, reA nossa frota destina-se a satisfazer as necessidades de: - Transportes requisitados pelos vários centros produtivos
A actividade de Gestão de Materiais em conjunto com a
to ocupado, substituição ou inexistência na frota). Além dis-
da empresa;
actividade de Gestão de Encomendas visa o tratamento e a
so, através de um trabalho coordenado com os gestores de
- Transportes requisitados para estarem afectos às obras
administração dos pedidos de materiais solicitados pelas
obra, garantimos a maximização na utilização dos mesmos.
para movimentação de terras, transporte de agregados e
obras garantindo que estes sejam satisfeitos na quantidade
Relativamente aos equipamentos ligeiros (saltitões, cilin-
massas betuminosas;
e no prazo previsto.
dros apeados, compressores, betoneiras, serras de tapete,
- Transporte de materiais de construção e movimentação
A dificuldade desta actividade passa pelo elevado número
placas vibratórias, bombas de água, etc.), cientes que a
de equipamentos para e dentro das obras;
de pedidos efectuados para o curto tempo de resposta
qualidade distingue, e pode penalizar a produção de uma
- Serviços externos.
exigido para o seu tratamento.
obra, contamos na nossa equipa com um colaborador que
O gráfico seguinte permite a visualização da evolução do
tem como função principal, testar os equipamentos antes
Quando a nossa capacidade não é suficiente para a satisfa-
número de pedidos referentes ao ano 2005.
da sua expedição - evitando imprevistos que poderiam
quantidade de pedidos
perdícios resultantes das trocas dos equipamentos. O
ção das solicitações recorre-se ao aluguer de transporte.
afectar o desempenho da mesma para além de outros des-
Motivados também pelas preocupações, cada vez mais assumidas pela dst, em preservar a qualidade do ambiente e em cumprir com os requisitos da norma NP ISO 14001, a
500
nossa frota dispõe de dois camiões Eco-Obra responsáveis
400
pela recolha de resíduos das actividades da construção
300
número de pedidos / ano - materiais
gráfico seguinte apresenta o n.º de pedidos satisfeitos no ano de 2005.
450 350
número de pedidos / ano - equipamento quantidade de pedidos
250
civil e Centros Produtivos, dando-lhes o destino correcto de
200 150
forma a reduzir o impacto ambiental por eles gerados.
120
100
100
0
Dispomos também de um camião Cisterna de Gasóleo, o
80 janeiro fevereiro março
qual é responsável pelo abastecimento de gasóleo aos vá-
normais
abril
maio
junho
urgentes
julho
agosto setembro outubro novembro dezembro
total mês
rios equipamentos que se encontram afectos às obras.
60 40 20 0 janeiro fevereiro março
Um dos principais desperdícios relacionados com a frota
abril
normais
maio
junho
julho
urgentes
agosto setembro outubro novembro dezembro
total mês
está associado ao mau acondicionamento no transporte de
É também da responsabilidade desta actividade fazer o
materiais de onde resulta a danificação dos mesmos e,
aprovisionamento de materiais para stock de forma a satis-
Recentemente, em coordenação com o departamento de
consequentemente, a sua inutilização. Neste sentido, para
fazer uma previsão de procura.
manutenção, promovemos um curso de formação: “boas
evitar estas perdas e melhorar o desempenho dos nossos
Materiais existentes e controlados no nosso stock:
maneiras para o transporte de equipamentos”, dirigida aos
motoristas no que diz respeito a este assunto, a empresa irá
- Cimento; Madeiras (cofragem, meios fios, barrotes);
motoristas que transportam os equipamentos ligeiros. Co-
promover, durante o ano em curso, acções de formação.
Alvenaria (blocos, argolas); Areia Fina amarela; EPI’s;
ordenando com este departamento iremos realizar em bre-
Nesta área, a nossa gestão visa também optimizar as
Sinalização; Discos de Corte, Pás; Picaretas; Engaços;
ve um curso de formação “como operar com os equipa-
cargas de forma a rentabilizar a utilização da frota, minimi-
Enxadas; Folha de Serra, tampas de ferro fundido para
mentos ligeiros”. Paralelamente a esta acção serão intro-
zando os custos com combustível e manutenção garan-
saneamento e águas pluviais).
duzidas fichas de acompanhamento dos equipamentos,
tindo ao mesmo tempo que os pedidos dos nossos clientes
Estamos neste momento a inventariar e a identificar todo o
que permitirão obter informações sobre o estado destes ao
sejam satisfeitos no tempo previsto.
material existente em armazém com o recurso ao código de
longo do trajecto por várias obras.
Está planeado, para o início deste ano, a implementação de
barras de forma a optimizar a gestão de stocks no sentido
Para permitir maior fiabilidade dos nossos equipamentos,
um software com o recurso a GPS (Global Positioning Sys-
de agilizar o processo de tratamento dos pedidos.
em coordenação com o departamento de manutenção,
tem – Sistema de Posicionamento Global). Este tipo de
Pretendemos também implementar um processo de trata-
assessoramos a administração na decisão de renovação
software permitirá a monitorização e controlo da frota.
mento de reclamações no que diz respeito à entrega de ma-
do parque de máquinas.
13
directora de departamento Patrícia Correia
encarregado geral das obras
gestor de equipamentos
gestor de frota/materiais
gestor de encomendas
Domingos Pinheiro
Zeca Pascoal
J. Peixoto
Manuela Rodrigues
encarrregado do parque
fiel de armazém
administrativas
telefonista
de materiais e equipamentos
de equipamentos
Dulce Pinheiro
Lúcia Oliveira
João Dourado
Olegário
Ana Ferreira
Augusto Pinheiro
monobradores
fiel de armazém de materiais Carlos Novais
motoristas
ajudante de fiel de
António
armazém
Miguel Rodrigues
J. Araújo
Nicola
Relativamente aos equipamentos pesados (escavadoras
mentos do Parque de Materiais e o outro ao Centro Produ-
terei que falar um pouco do passado. O Parque de Mate-
de rastos, escavadoras de pneus, retroescavadoras, cilin-
tivo de Geotecnia.
riais tinha apenas dois contentores escritórios, que conti-
dros de rolos, cilindros mistos, multifunções, bulldozers,
Está em fase de desenvolvimento a implementação de um
nham apenas um telemóvel, um telefone, um fax e uma pe-
dumpers, tractores agrícolas, autobetoneiras, etc.) conta-
sistema de leitura de código de barras portátil que permitirá
quena equipa de pessoas que trabalhava com afinco para,
mos com cerca de 60 colaboradores para operar com esta
aos colaboradores do armazém a minimização de erros de
com o seu melhor, satisfazer todos os requisitos que as
diversa gama de equipamentos. Por vezes recorremos ao
preparação de encomenda bem como a realização de
obras exigiam…
aluguer de mão-de-obra, sobretudo nos casos de aluguer
inventários periódicos e a emissão de guias de transporte.
Todo este trabalho poderemos compará-lo às equipas que
de equipamentos sem manobrador.
Prevê-se ainda a implementação da análise ABC dos
trabalham nas obras em que, como nós, se esforçam para
Somos responsáveis pela garantia do transporte de mano-
materiais em stock, no que diz respeito à sua localização e
dar o seu melhor e apresentar um bom trabalho…
bradores para as obras, por vezes com alguma dificuldade,
organização, de forma a rentabilizar os espaços
Hoje, como podem verificar, o Parque de Materiais cres-
pois as suas residências não estão concentradas numa
disponíveis e minimizar os tempos de preparação das
ceu… Em espaço, em equipa, na sua organização e nas
única zona, o que faz com que seja uma tarefa bastante
encomendas e deslocações desnecessárias.
suas condições de trabalho.
árdua e desgastante conciliar os vários interesses.
Espaço Livre aos Colaboradores do PM
A nossa imagem melhorou, somos cada vez mais rigo-
Já ultrapassamos a época de permitir que os equipa-
“Sou funcionário da dst há mais de vinte anos. Quando
rosos na arrumação de máquinas e materiais, na delimita-
mentos sejam manobrados por “entusiastas”, procuramos
cheguei à dst deparei-me com uma empresa pequena…
ção dos espaços para o estacionamento, etc…
ser rigorosos na selecção de colaboradores que ao serem
Mas muito organizada. Nessa altura a empresa era dirigida
A nossa capacidade de resposta às solicitações tem vindo
admitidos na empresa são submetidos a uma formação
pelo Sr. Domingos que tinha a colaboração dos filhos.
a aumentar. É evidente que não queremos ficar por aqui,
adequada para o seu melhor desempenho nas funções que
Os trabalhos efectuavam-se para várias entidades tais
temos muito para aprender com os antigos e com os novos
lhes serão atribuídas. Para os que já são manobradores da
como: Câmara Municipal de Braga, particulares e outras
elementos – trabalhamos como uma sociedade cuja rela-
dst, a empresa aposta fortemente na sua formação contí-
entidades empresariais tal e qual como nos dias de hoje…
ção entre as pessoas é de agir solidariamente fazendo par-
nua, incentivando-os e disponibilizando vários cursos
Devido aos vários trabalhos realizados, a empresa teve um
te de um todo – Somos o “coração” da dst, mas que só por
administrados, quer internamente quer através de empre-
bom crescimento, mas o que ajudou bastante no ritmo de
si, não funciona, necessita da colaboração dos outros ór-
sas externas certificadas com “know-how” na matéria.
crescimento, foi a aquisição da pedreira que se localizava
gãos… Para o seu melhor funcionamento…”
Pretendemos implementar nesta actividade um processo
na quinta das Camélias em Braga. Foi a partir desta que
Dulce Pinto
de tratamento de reclamações no que diz respeito à coloca-
iniciamos trabalhos de desmontar pedra para calçada, mi-
ção dos equipamentos/máquinas em obra fora do prazo
crocubo, cubo e paralelo, para fornecimento das nossas
“Princípio de Romário:
previsto, em más condições de utilização, assim como as
empreitadas, assim como extracção de patela para expor-
Há alguns anos atrás, antes de um campeonato do Mundo,
reclamações relacionadas com as faltas de manobradores,
tação. Hoje, a nossa pedreira localiza-se em Pitancinhos,
vi na televisão uma declaração do jogador Romário, na qual
cuja falta imprevista dos mesmos afecta os prazos impos-
onde existem duas linhas de britagem de grande porte.
dizia que se o Brasil perdesse o campeonato, ele seria
tos às obras.
O seguinte investimento que a dst fez, para o seu cres-
responsabilizado, isto é, a culpa seria dele. E se ganhasse
O tratamento destas reclamações, com a implementação
cimento, foi a bloqueira onde fabricávamos artigos em be-
seria graças a ele. Então nesse mesmo instante comecei a
dos respectivos planos de acções, permitirá medir a nossa
tão para consumo próprio e para venda.
imaginar como seria o Romário a jogar sozinho contra toda
delivery-performance e melhora o nosso nível de serviço.
A este ritmo de bom crescimento que a empresa apresen-
a equipa adversária. E claro que concluí que nesse caso a
Armazéns
tava, construímos as centrais de betão pronto e betumi-
probabilidade do Brasil ganhar seria nula .
No plano da Gestão, a função primordial de um armazém e
noso, para consumo próprio e para venda.
E daqui surgiu o Princípio do Romário:
distribuição é o tratamento das saídas e entradas e a satis-
Não parando por aqui, ainda criamos mais alguns centros
Não importa quem faz os golos, pois o resultado obtido
fação das encomendas.
de produção, bem como as oficinas de mecânica, pintura,
deve-se a todos os integrantes da Equipa.”
O Parque de Materiais e Equipamentos, para armazena-
serralharias, rochas ornamentais, a dte e carpintaria.
Patrícia Correia.
mento de materiais, possui dois armazéns fechados, onde
Para finalizar esta minha intervenção, só me falta agrade-
num, se armazenam equipamentos de segurança e mate-
cer publicamente ao CEO, por ter confiado em mim o cargo
Trabalho desenvolvido no âmbito do Doutoramento
riais diversos e no outro armazena-se acessórios de ferro
de encarregado geral da dst, desde Janeiro de 2001.”
O trabalho de Doutoramento, que se encontra a ser desen-
fundido e de plástico. Existe ainda o armazém exterior onde
Domingos Gonçalves Pinheiro
volvido no Parque de Materiais, tem duas componentes:
são armazenados diversos materiais, desde o cimento,
uma de investigação, onde são analisados diversos mode-
artefactos de betão, madeiras, equipamentos pesados.
“Certamente que muitos dos colaboradores da dst,
los e diversa bibliografia e uma segunda parte, possivel-
Além destes há mais dois armazéns onde são guardados
conheceram e viram nascer o Parque de Materiais… Mas
mente a mais perceptível, onde se testam e aplicam estes
os equipamentos, sendo que um está afecto aos equipa-
para dar a conhecer aos novos elementos da equipa dst,
modelos “teóricos” da bibliografia na realidade da empresa. 14
Assim, durante o ano de 2005, foram implementados:
mento estatístico.
Introdução da Gestão Informatizada no Parque de
- Contabilização e Análise aos Pedidos
respectivos centros/obras que solicitam os transportes.
Materiais
Criação de métricas para a análise do rendimento do Parque
- Optimização de Rotas e de Cargas (2.ª Fase)
- Codificação dos Artigos
de Materiais, bem como para análise dos pedidos das
Numa segunda fase, pretende-se implementar um
Está em desenvolvimento a criação de uma estrutura que
obras. Estes dados permitem identificar problemas e es-
software de optimização de rotas e de cargas. Assim será
permita um código único nos artigos da dst. Com a criação
trangulamentos na cadeia de abastecimento.
possível minimizar os custos de operação da frota, uma
deste código, será possível trocar informação entre centros
Acções de Melhoria da Eficácia no Parque de Materiais
vez que a sua utilização permitirá uma rentabilização dos
produtivos e entre obras/centros produtivos, anulando a
Com os dados recolhidos ao longo do tempo, é possível
camiões.
possibilidade de erros ou trocas de artigos.
implementar acções de melhoria interna de forma a
Introdução da Gestão de Stocks (via BRM) nos Centros
- Criação dos Códigos de Barras
aumentar a capacidade de resposta do Parque de Materiais.
Produtivos e nas Obras
Todos os artigos têm associado um código de barras inter-
Durante o ano de 2006 está prevista a implementação de:
Com os pedidos a serem efectuados on-line, será possível
no. Com o recurso a leitores de códigos de barras é possí-
Modelo de Gestão Logística
às obras efectuar o controlo de stocks de uma forma
vel agilizar o processo de emissão de documentos, bem
- Pedidos On-line
automatizada. Os centros produtivos terão a mesma
como a minimização de erros de introdução.
Os pedidos deixaram de ser efectuados no actual formato
tecnologia que está a ser testada e implementada no
- Gestão de Stocks
(via fax ou e-mail) e passarão a ser efectuados no software
Parque de Materiais.
Permite efectuar um controlo efectivo dos níveis de stocks
de gestão da empresa. Com esta mudança, espera-se que a
Alteração do Software de Gestão de Equipamentos
nos diversos armazéns.
comunicação entre Parque de Materiais e Obras seja opti-
O actual software de gestão de equipamentos será
- Criação das Localizações para Armazenagem
mizada, uma vez que o estado dos pedidos encontrar-se-á
substituído pelo software de gestão da dst. Assim, será
Foram definidas baias no exterior do Parque de Materiais
on-line. Além desta mudança, os centros de custo “obras”
possível automaticamente saber os custos associados à
para o armazenamento dos materiais/ equipamentos. Nos
terão as suas contas correntes automaticamente actua-
utilização dos equipamentos nas obras/centros.
armazéns foram definidas as localizações em função da
lizadas.
Introdução de Leitores de Códigos de Barras Portáteis
sua rotatividade e peso.
Gestão de Frota com o recurso a tecnologia GPS
no Parque de Materiais
Alteração da tipologia dos Pedidos
- Monitorização e Custeio dos Transportes (1.ª Fase)
A utilização de leitores de código de barras portáteis, com
- Criação de Pedidos Urgentes
Encontra-se na fase inicial, a implementação de um
a utilização de tecnologias RF – Rádio Frequência, permi-
Criação de novos documentos de pedidos de materiais e
software de Track&Trace com o recurso a GPS (Global
tirá a emissão de documentos, a realização de inventários,
equipamentos. Estes tipos de documentos diferenciam os
Positioning System – Sistema de Posicionamento Global).
bem como outro tipo de actividades, sem que seja neces-
pedidos urgentes dos pedidos normais. Permite a separa-
Este tipo de software permite a monitorização e controlo da
sário estar fisicamente em frente a um terminal. *
ção dos pedidos, quer no tratamento, quer no processa-
frota pesada da dst. Além disso, permite que os transportes
Principais obras ganhas no último trimestre
designação
designação
dono da obra
efectuados sejam, automaticamente, custeados aos
dono da obra
Instalações TM - Automóveis, V. Castelo Habitilima Estádio M. Braga - Ref. Grades Bancadas) M. de Braga Estádio M. Braga - Serralharias Diversas) M. de Braga Infra. Lot. Urb. Pq. Expo. Vale Formoso, Tavira Empet Feira Nova, Vila Nova de Cerveira Feira Nova Ampl. E. B. Integrada de Pardilhó, Aveiro· Sá Machado & filhos San. Conc. Braga Sist. 11 Espinho e 16 Cunha Agere San. Conc. Braga Sist. 10 Sobreposta Agere Loja Inovation Point Edifício da Rua do Raio Investhome San. Conc. Braga Sist. 17 Arentim Agere San. Conc. Braga Sist. 7 Tadim Agere San. Conc. Braga Subsist. 13 Ferreiros Agere San. Conc. Braga Sist. 18 Ruílhe Agere San. Conc. Braga Sist. 1 Cidade, 5 Ruães, 6 Cabreiros e 9 Esporões Agere
Zona de Intervenção Programa Polis, V. Castelo Realização de Infra-estruturas Hidráulicas Agonia Parque, a.c.e. Ampl. Redes Sanea. Bás.I, V. Verde/INATEL M. V. N. Cerveira Metro Porto Prolong. Rede Abast. Água e Sanea. EN 104 C. M. Barcelos Pav. do Troço da EM 562-2, Carreira Carrefour Carrefour, Coimbra Postlog Pavilhão Postlog, Esporões Ofcep Office Centre Barcelos Metro Obras do Grupo 4 - Estação do Marquês Metro Inserção Urbana Casa da Música Opca BES, Rua do Souto, Braga Antunes & Durães Pav. Campo Jogos, Colégio D. Diogo Zona de Intervenção Programa Polis, V. Castelo Agonia Parque, a.c.e. Execução de Pavimentos Betuminosos 15
designação
dono da obra
San. Conc. Braga Sist. 1 Cidade, 2 Adaúfe e 13 Crespos Agere Pav. Acesso Inst., Alpendurada Granitos Irmãos Peixoto Feira Nova, Santo Tirso dst_imobiliária, s.a. Edifício Açores Lote 11, Glória, Aveiro Britalar - soc. const., s.a. Media Markt/Moviflor, Alfragide Moviflor - comércio mobil., s.a. Remodelação do Teatro Circo - 3.ª Fase reforço parede Shoping Santa Cruz M. de Braga Complexo Com. e Armazenagem, Braga Britalar - soc. const., s.a. Psp, Covilhã Constrope - construções, s.a. Campanha Prospecção Geológica/Geotécnica Novas Instalações Fabris Jocilma Jocilma - ind. móveis, s.a. Media Markt, Portimão dst_imobiliária, s.a. Media Markt, Leiria dst_imobiliária, s.a. Parque de Armazéns da Leirinha, Frossos Sá Machado & filhos
Paulo Cruz Paulo Cruz nasceu no Porto em 1964. Em 1987 concluiu a Lic. em Eng. Civil, na Universidade do Porto. Concluiu, na mesma Universidade, o Mestrado em Engenharia de Estruturas. Quatro anos mais tarde concluiu o Doutoramento em Engenharia Civil na Universidade Politécnica da Catalunha (Barcelona). É desde 1989, docente do dep. de Eng. Civil da Universidade do Minho, leccionando diversas disciplinas na área das estruturas. Actualmente é Professor Associado com Agregação e é o Presidente do Departamento Autónomo de Arquitectura da Universidade do Minho. Responsável pelo grupo de pontes do Departamento de Eng. Civil da U. Minho, é o secretário da Comissão Executiva da IABMAS (International Association of Bridge Management and Safety) e coordena a organização do IABMAS'06 - The Third International Conference on Bridge Maintenance, Safety and Management, a ocorrer no Porto, em Julho de 2006. É autor de inúmeros trabalhos sobre esta temática, entre os quais se destaca o livro “As Pontes do Porto” (no âmbito do Porto 2001) e diversos artigos em revistas internacionais de renome. Destaca-se ainda, a coordenação da única equipa portuguesa envolvida no projecto europeu “Sustainable Bridges”. Foi distinguido com o prémio Thomas Fitch Rowland atribuído pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis (ASCE - American Society of Civil Engineers) pelo artigo “Innovative and Contemporary Porto Bridges”, publicado em Março de 2004 no “Practice Periodical on Structural Design and Construction”. Este Prémio foi atribuído pela primeira vez a um português, desde a sua instituição em 1882.
Licenciou-se em engenharia civil e optou por continuar a
O ter enveredado pela área das estruturas tem várias
mento de Eng. Civil da Universidade do Minho e, desde
aprofundar os conhecimentos nessa área com um Mes-
1989, estou nesta carreira. Quando surgiu esse desafio
razões. Seguramente para essa escolha terá contribuído a
trado e depois um Doutoramento. Escolheu a via acadé-
ponderava se deveria continuar no projecto ou dedicar-me a
tradição desse perfil na Faculdade de Engenharia da
mica… Porquê?
uma componente mais prática de direcção de obra. O
Universidade do Porto (era das áreas nobres e mais
Posso confessar que, enquanto estudava na Licenciatura,
desafio pareceu-me interessante e devo dizer que o abracei
disputadas) e, também, pela tradição que a engenharia por-
não tinha a mínima expectativa de seguir a carreira acadé-
de alma e coração e nada me arrependo dessa opção.
tuguesa tem nesse domínio: a construção de barragens, pontes, etc…
mica. No final dos anos 80, começaram a realizar-se os O seu trabalho desenvolve-se na área das estruturas /
A este propósito devo salientar que a investigação no do-
dade bastante aliciante. Esse período coincidiu com a
obras de arte. O que o entusiasma nesta área?
mínio das Estruturas tem sofrido uma profunda evolução.
realização, na Faculdade de Engenharia da Universidade do
Desde criança, a engenharia civil e as estruturas em
Se é certo que há vinte anos atrás se investigava temas
primeiros mestrados, o que constituía, então, uma novi-
Porto, de um curso do Fundo Social Europeu, sobre o
particular me fascinavam. Efectivamente, quando tinha
ligados à concepção e análise de estruturas, não é menos
Cálculo Automático de Estruturas. Assim, foram esses os
pouco mais de três anos de idade, foi construído um prédio
certo que hoje em dia se dá cada vez mais atenção a temas
motivos de trocar o trabalho de projectista num gabinete de
ao lado da casa onde eu morava e ficava fascinadíssimo,
muito diversificados, tais como a durabilidade, a conser-
engenharia do Porto pelo regresso aos bancos da
horas e horas, a ver esses trabalhos…
vação, o ciclo de vida, entre outros. Posso afirmar que é
Universidade, ainda que em moldes muito diferentes da
A engenharia civil é composta basicamente por sete áreas
cada vez maior a interligação entre os diversos domínios da
Licenciatura… Mais tarde e durante mais de um ano, con-
tradicionais (construções, estruturas, geotecnia, hidráu-
engenharia civil.
ciliei o desenvolvimento da dissertação de Mestrado com a
lica, materiais, planeamento e vias) o que faz que, de todos
Na Universidade do Minho tivemos, desde sempre, a preo-
actividade de projectista noutro gabinete, até que surgiu a
os cursos de engenharia, o de Civil seja o de espectro mais
cupação de procurar abraçar áreas que não fossem tradi-
oportunidade de ingressar no corpo docente no departa-
amplo.
cionais noutras universidades. Foi assim que surgiram 16
alguns dos temas a que nos dedicamos: estruturas metá-
projecto seja incluída uma proposta de monitorização. É
licas e mistas, as pontes - com esta preocupação que
exemplo disso a nova travessia sobre o Tejo, no Carregado.
muitos casos, se poderão encurtar os prazos de execução.
acabei de focar (uma visão integrada, desde a inspecção, a
É uma ponte da Brisa com cerca de 10 km - pontes e
Qual a sua opinião relativamente ao estado de conserva-
segurança, a conservação, etc.) - as estruturas históricas,
viadutos - e cujo concurso já foi feito incluindo essa
ção das grandes obras que foram executadas a nível de
os betões com fibras… São áreas onde a Universidade do
especificidade para acompanhar o funcionamento da
estruturas do tempo de Eiffel por exemplo?
Minho tem feito uma aposta forte e tem uma palavra a dizer.
estrutura.
Uma estrutura, uma ponte, dimensiona-se para um deter-
Até agora existia muito a tendência de construir o mais
minado número de anos. A Ponte Luís I, por exemplo, é uma
Como surgiu a oportunidade de monitorizar e de acom-
seguro e o mais barato. Numa ponte que pode ter uma vida
ponte que tem cerca de 120 anos e que foi recentemente
panhar a concepção e construção duma Ponte da A11,
útil de cerca de 100 anos, rapidamente se compreende que
reabilitada alterando-se o uso do seu tabuleiro superior. A
construída na altura com procedimentos inovadores?
os custos de manutenção, conservação e, reabilitação
ponte não terá sido dimensionada para uma vida útil tão
Há anos que a Universidade do Minho tem um protocolo
podem exceder os custos de construção. Cada vez mais a
longa nem haveria então a consciência que o volume e as
com a AENOR, nas vertentes dos pavimentos e das obras
tendência será a de, na fase de projecto, estudar as
características do tráfego se agravariam tanto. É inexorável
de arte. Nesse contexto tivemos a oportunidade e o
diferentes alternativas e fazer uma análise de custos ao
que qualquer estrutura envelheça e que, para que a
privilégio de monitorizar essa ponte sobre o Rio Ave. Por
longo desse ciclo de vida. É óbvio que uma solução com um
segurança e a conservação se mantenham em níveis
casualidade, na altura tinha também, um protocolo com
custo inicial mais baixo mas que vai precisar de ter mais
desejáveis, é necessário intervenções, muitas vezes dis-
uma empresa de fabricação de pontes, acabada de instalar
conservação, pode ser menos favorável que outra com um
pendiosas.
em Portugal. Curiosamente foi essa a empresa que veio a
custo inicial superior mas um custo de conservação
O melhor exemplo para entendermos a importância deste
préfabricar essa ponte. Toda essa ligação à fase de con-
inferior.
conceito é o dos nossos carros. São produtos com uma
cepção permitiu o acompanhamento do projecto e constru-
Se quiser, podemos extrapolar para este domínio, o sentido-
duração curta, não mais que dez anos, onde sabemos que
ção da ponte, bem como facilitou que se sugerisse ao dono
comum de que “o barato sai caro”. Às vezes, na compra de
nesse período os custos de inspecção e conservação
de obra a inclusão, em alguns dos pilares de um dos
um electrodoméstico, preferimos gastar um pouco mais e
podem superar o custo da própria viatura. Mas o que é mais
viadutos de acesso, de betões com composições alterna-
escolher uma melhor marca que dá a garantia de, naqueles
importante ter consciência é o facto que, em geral, se
tivas - mediante a adição de sílica de fumo, escórias, meta-
quatro ou cinco anos que o vamos usar, não vamos ter
segue escrupulosamente o plano traçado para a manu-
caulino e outros materiais. Foram extraídos provetes des-
outras despesas. Nas pontes, a uma escala diferente, o
tenção da viatura, trocando os diversos componentes na
ses betões para aferir, em laboratório, a evolução do
problema é o mesmo.
altura indicada pelo fabricante, ainda que o seu estado
comportamento dos mesmos e assim, poder verificar até
Cada vez mais, a questão da durabilidade, de projectar com
possa indiciar a possibilidade de aguentar mais uns
que ponto betões com custos semelhantes podem ter im-
qualidade, de controlo da qualidade, que tipo de ensaios
quilómetros.
plicações diferentes na durabilidade da estrutura, nomea-
fazer, que garantias procurar para que a obra dure sem
É importante ter a consciência que o problema da conser-
damente no que concerne à evolução da corrosão das ar-
problemas, os anos que pretendemos, será importante.
maduras. Como em muitos desses elementos foram insta-
vação das pontes não é um problema só de agora. Efectivamente, lembro-me de um excerto de um relatório
lados sensores de deformação no betão, nas armaduras,
Foi criada, pela Universidade do Porto, uma nova tecno-
sobre o estado de conservação do tabuleiro inferior da Pon-
sensores de temperatura e sensores de corrosão, pas-
logia de construção de pontes: o sistema OPS: Organic
te Luís I, 30 anos após a construção, mas que está comple-
samos a dispor de um meio de acompanhar o desempenho
Prestressing System. Até que ponto pode revolucionar a
tamente actual. Refere-se à errada noção de economia, de
da estrutura e dos materiais ao longo da vida útil da obra.
forma como se constroem as estruturas de hoje?
apenas intervir quando é imprescindível, etc…
Esta foi, sem dúvida, uma oportunidade única de acom-
É uma experiência interessante, que conheço bem pelo fac-
Por todo o mundo, os orçamentos das administrações
panhar a pré-fabricação e a construção de uma estrutura
to do seu proponente, o Prof. Pedro Pacheco ter sido Assis-
rodoviárias ou ferroviárias serão absolutamente incapazes
singular, de fazer medições durante o fabrico e a cons-
tente Convidado na Universidade do Minho.
de, todos os anos, fazerem as intervenções desejáveis em
trução, de estudar essas composições, de monitorizar essa
No essencial, a experiência consiste em aligeirar uma viga
todas as pontes. É recente, por esse mundo fora, a visão
de lançamento metálica, mediante a introdução de cabos de
científica, integrada de todos estes temas.
estrutura e de coordenar a realização da prova de carga.
pré-esforço exterior. Nas ancoragens desses cabos exis-
A questão é, definitivamente, cada vez mais, hierarquizar as
Existem mais projectos como este a implementar?
tem uns actuadores - macacos - para tensionar ou relaxar
intervenções, dispor de ferramentas que auxiliem o gestor -
Hoje em dia já há empreendimentos, que mesmo na
esses cabos consoante as cargas aplicadas.
responsável na gestão de determinado parque de pontes -
modalidade de concepção/construção, se exige que, no
Sendo a viga de lançamento mais leve, é lógico que, em
a decidir com orçamento limitado, quais as intervenções
17
prioritárias. Se já é difícil para cada um de nós gerir o seu O primeiro, “Porto - a Arte do Ferro” foi lançado em 1997 no
mais em torno das matérias de que antes falamos: segu-
orçamento doméstico, agora imagine uma concessionária contexto do “I Congresso Nacional de Construção Metálica e
rança, durabilidade de estruturas.
que pode ter uns milhares de pontes, de qualidades e idades Mista”. Entendemos que era necessário captar a atenção do
Esse bichinho dessa investigação, dessa contextualização
muito diferentes e com características bem díspares.
técnica e histórica ficou à espera de um novo desafio.
grande público. Foi lançado um desafio aos leitores do “Jor-
Para que, ao fim de um período, uma ponte esteja num de- nal de Notícias” para um concurso fotográfico. Depois com terminado estado de conservação, podem ser adoptadas essa ideia bati à porta de uma editora, na altura a ASA, para
Na continuidade de uma filosofia de investimento na
estratégias possíveis, combinando diversas acções de con- lançar um álbum dessa exposição. Sugeriram combinar as
área do conhecimento, a dst iniciou uma colaboração
servação e reabilitação. Se não se fizer uma manutenção fotos com texto sobre as obras metálicas do Porto e esse
mais estreita com o Dep. de Eng. Civil da UM. Como
preventiva, com certeza que se vai ter que fazer grandes Verão foi gasto entre arquivos, visitas a obras, etc… A meio
estão a decorrer os cursos de formação contínua desen-
reparações.
desse livro prometi que nunca mais. No final já procurava
volvidos nesse contexto? Esta partilha de conheci-
É importante saber fazer o diagnóstico do estado actual e o uma nova oportunidade. É indescritível e só quem já escre-
mentos e experiências tem sido recompensadora?
prognóstico da sua evolução para saber se a ponte que veu um livro é que consegue compreender essa alegria, qua-
Às vezes são necessários desafios e contextos especiais
agora está num determinado estado, como estará daqui a se infantil, de o folhear pela primeira vez e ainda sentir o chei-
(sobretudo em momentos de crise e de restrições) para as
uns anos se nada for feito. São, como facilmente compre- ro a tinta. É quando se ganha consciência como aquelas no-
pessoas e as instituições se tornarem mais imaginativas.
ende, problemas bastante complexos.
Na altura em que desafiei a dst para essa colaboração era o
tas dispersas, escritas no portátil ou rabiscadas nas costas
Por tudo isto, não podemos afirmar que as nossas pontes de um envelope, escritas à noite e fim-de-semana, páginas
director do Departamento de Engenharia Civil. Entretanto,
estão abandonadas. Ainda que com características diferen- como tantas outras, ganham esta visibilidade e o autor se
em Outubro de 2004 surgiu o convite para assumir a presi-
tes, há um esforço sério da administração rodoviária e fer- expõe e partilha um pouco de si.
dência do Departamento Autónomo de Arquitectura da Uni-
roviária de tratar bem deste tema. Mas devemos ter a cons- Depois deste livro fiquei com a intenção de escrever um livro
versidade do Minho. No entanto, apesar de já não ser
ciência das limitações económicas e de meios humanos.
sobre a obra de Eiffel. O desafio ficou na gaveta à espera de
director do Departamento de Engenharia Civil, ainda
O engenheiro civil é muitas vezes chamado a dar opiniões algum tempo livre e de melhor oportunidade. Quando se co-
procuro acompanhar essa questão, talvez por sentir
sobre determinada estrutura com meios muito precários. Se meçava a preparar o “Porto 2001”, desafiamos a Editora
alguma paternidade relativamente a esse assunto.
for ao médico, dificilmente sai de lá com um diagnóstico, só Civilização para editar um livro sobre a ponte Maria Pia e as
De facto já houve um primeiro curso na área da construção
com base numa conversa. Provavelmente além dos testes obras de Eiffel. Rapidamente passou a ser o projecto de um
e da sustentabilidade e haverá outros em áreas diferentes.
de despistagem, fará exames e, se tiver dúvidas, ainda livro sobre as três pontes principais do Porto, depois passou
Mas há outras formas de colaboração que acho importante
manda fazer mais umas análises e outros testes. O que é que para todas e, finalmente, resultou num livro de umas trezen-
referir, como por exemplo os doutoramentos em ambiente
o médico está a ganhar com todos esses exames? Está a tas páginas. Não é uma experiência fácil. É necessário com-
empresarial. É uma modalidade nova que creio ter bastante
reduzir a incerteza do seu diagnóstico. Com a actividade do patibilizar interesses com a editora, servir quase de pivot en-
futuro e creio que, neste país, se devia privilegiar mais acor-
Engenheiro deveria passar-se o mesmo. Em determinadas tre o designer, o fotógrafo, etc. Em determinadas fases as
dos deste género. De facto, neste momento há um
situações deveriam, sem dúvida, ser dadas as condições e coisas complicam-se. Não se sabe ao paginar se temos
arquitecto na dst a fazer uma tese sobre estruturas madeira
os meios para que esse diagnóstico tenha alguma fotos suficientes, se aquela deveria ser maior ou menor…
e estruturas mistas (madeira e vidro), sob minha
fiabilidade.
orientação.
Os dois livros tiveram a preocupação de contextualização
Neste tema tem que se usar de muita prudência. É impres- histórica e técnica. A este nível depara-se com imensas difi-
O anterior governo já teve essa preocupação e é louvável
cindível passar esta mensagem e urge dignificar a impor- culdades. É mais fácil falar sobre a Ponte Maria Pia do que
privilegiar a atribuição de bolsas em ambiente empresarial.
tância e a complexidade das intervenções do engenheiro. sobre uma ponte mais recente. Por exemplo a Ponte S. João
Porque assim há garantia que o tema é de interesse da em-
Nem sempre se dá à Engenharia o devido valor.
começou a ser falada muitas décadas antes. Já quando se
presa. Quando um doutorando nesta modalidade acabar a
Na última década foi construir, construir, construir… Novas construiu a Ponte da Arrábida se discutia se aquela ponte
tese, o resultado será, seguramente, mais objectivo.
auto-estradas, estradas, etc. É importantíssimo sensibilizar deveria ser mista (rodo-ferroviária), ou se se deveria cons-
Provavelmente num país muito rico, as pessoas deveriam
as pessoas que nenhuma dessas estruturas é eterna. As truir outra. Houve um concurso, seleccionou-se um vence-
ser livres de escolher o que pretendem investigar sem
suas casas não são e elas percebem isso. Porque é que se dor e quando se negociava o financiamento europeu houve
qualquer restrição. Sendo os recursos muito limitados
há-de exigir que uma ponte seja?
creio ser imprescindível ponderar o interesse nacional.
um volte-face. E às vezes é muito difícil estabelecer os elos entre todos estes factos. Pelo meio, traduzi um conjunto de
Neste caso concreto, este trabalho tem decorrido a um
volumes sobre pontes, uns apontamentos de origem do
ritmo bastante interessante, com bastantes garantias de
Publicou dois livros dentro desta temática das estruturas: professor Javier Manterola, Professor Catedrático de pontes
aplicabilidade. Durante anos as empresas e as Universi-
“Porto - a Arte do Ferro” e “As Pontes do Porto”. Para em Madrid. Ainda me falta editar um conjunto de volumes e
dades estavam de costas voltadas. As culpas eram mútuas
quando uma nova obra?
por não se conseguir perceber a linguagem ou a forma de
depois dessa colecção, escrever outros, mais científicos e 18
agir de cada uma dessas entidades. Estas colaborações esbarram, muitas vezes, com os preconceitos e os lugares comuns: que os universitários não cumprem prazos; que é
Inovação Empresarial e Cultura
melhor contratar um recém-licenciado que um candidato com mestrado por recear que seja muito teórico, etc. Mas os universitários devem imbuir-se dalgum pragmatismo empresarial. Devem procurar orientar a sua investigação para temas que sejam aplicáveis, úteis e que o país possa tirar benefício desse esforço. Pode ser um investimento a curto/médio prazo, mas deve conseguir-se aglutinar o esforço de diversas instituições. A união faz a força e de nada beneficiamos que cada um reme para o seu lado. Neste contexto, é fundamental a colaboração com empresas. Essa colaboração pode ser muito, muito útil. Ganhou recentemente o prémio Thomas Fitch Rowland atribuído pela Sociedade Americana de Engenheiros Civis. O que significa para si esta distinção? Este prémio distingue um artigo elaborado na sequência do livro “As Pontes do Porto” e que, nesse caso tratava das pontes de betão do Porto no século XX, com a preocupação, já referida, de equilibrar os aspectos históricos e técnicos. Se, entre nós, já era assumido que há uma grande lacuna nessa área, de que há poucos trabalhos que ajudem ao ensino da história da engenharia civil e a contextualizar a importância de algumas dessas obras, foi uma surpresa reconhecer que, também nos Estados Unidos, essa faceta foi muito valorizada. É um estímulo para mim próprio e para a equipa que dirijo e é um incentivo para que outros colegas venham a fazer trabalhos com essas características. *
Sendo certo que a inovação pode ocorrer em áreas
assim um sinal claro à opção pelo País da cultura e do co-
diversas - métodos, gestão, mentalidades, etc. - certo é,
nhecimento.
também, que a sua importância tem de projectar-se muito
Sem embargo da necessidade de urgentes medidas que vi-
para além dos produtos e das produções finais; sendo
sem colmatar aquela grave deficiência omitiva do Estado é
certo ainda que, no plano do dever ser, cabe às organiza-
certo também que as organizações empresariais, embora
ções empresariais um relevantíssimo impulso na promo-
ao nível do plural limitado, têm um papel fundamental na
ção e desenvolvimento de conhecimentos quer humanísti-
alteração de mentalidades: é que não devemos esquecer
cos quer profissionais que correspondam ao que pretende-
que um rio é formado por um conjunto de gotas agregadas
mos para o futuro da sociedade portuguesa.
num conjunto e na mesma direcção . . . !
Do precedente, de forma incidível e truismática, salienta-se
Com infeliz pertinácia, porém, vem o Estado insistindo em
a fundamental componente cultural nas suas diversas for-
não querer ver que a formação cultural dita sempre a grande
mas; inovação que, aliás, frutifica em múltiplos benefícios
diferença entre o cidadão português e a generalidade dos
para a empresa, para a sociedade e para o cidadão.
cidadãos europeus. E que a sua efectiva promoção é o clic
É, pois, ponto essencial que as organizações empresariais
inovador e a “bola colorida” de que falava o poeta António
criem um ambiente onde seja incentivado o desenvolvi-
Gedeão !
mento intelectual e cultural dos seus colaboradores.
E, neste sentido, tinha razão Fernando Pessoa quando can-
Entendemos, porém, que tal componente só terá a impor-
tava na Mensagem: “Senhor, falta cumprir-se Portugal.”
tância devida quando a economia falar de cultura e a no-
Falta sempre acabar de se cumprir no corpo e na alma dos
mear como a variável que modifica a competitividade e a
portugueses, para que sejam progressivamente mais feli-
produtividade das organizações e, consequentemente, do
zes, como homens, na sua casa comum. Ora isto é, com
País. Um Portugal empresarial culto será sempre um Portu-
efeito, uma obrigação que incumbe ao Estado e aos cida-
gal competitivo, desenvolvido e moderno.
dãos, na prática diária dos seus ideais e das suas ocupa-
Pertinente, a este respeito - muito pertinente - é, também, a
ções. Cada um traz consigo a sorte do país, servindo-o
questão do mecenato empresarial ao qual o Estado deverá
segundo a medida em que participa na vida da colecti-
dizer claramente se valoriza as organizações empresariais,
vidade . *
ou outras, que têm em vista a promoção da cultura dando
Eduardo Leite departamento de obras de arte da dst
Teatro, Exposições e Música Noite de Enganos (de William Shakespeare)
Levanta-te e Ri
Orquestra Nacional do Porto
Data: estreia 2 Fevereiro
Data: 20 Fevereiro (Segunda)
Data: 18 Fevereiro (Sábado)
Horário: de Quarta a Domingo às 21h30
Horário: 21h30
Horário: 22h00
Local: Teatro Mundial, Lisboa
Local: Auditório do Parque de Exposições de Braga,
Local: Centro Cultural Vila Flor, Guimarães
Orgia (de Pier Paolo Pasolini)
A Vida como Exemplo - Companhia de Teatro de Braga
Recital de Música de Câmara
Data: 17 e 18 Fevereiro (Sexta e Sábado)
Data: até 4 de Março (Sábado)
Data: 31 Março (Sexta)
Horário: 22h00
Horário: Terça a Sábado, 21h45
Horário: 22h
Local: Casa das Artes, Vila Nova de Famalicão
Local: Espaço Alternativo PT, rua Gonçalo Sampaio, Braga
Local: Centro Cultural Vila Flor, Guimarães
19
de que a dst é uma empresa de serviços, o que por razões óbvias não cabe neste tema, assumindo (por simplificação) então que é uma empresa produtiva (2), não nos choca
INOVAÇÃO = GANHAR O FUTURO
adoptar este tipo ciclo de vida, não só para a nossa empresa, como também para os nossos mercados.
1. Introdução
seja, tem uma parte tangível, que é tudo o que ou é dinheiro
Hoje em dia somos bombardeados a toda a hora (esta cam-
ou se pode converter de imediato em dinheiro, e tem uma
panha eleitoral é um exemplo), a propósito de todo e qual-
outra parte, intangível, com uma valorização complexa e
quer assunto com este tema da Inovação. Todos se lhe
que normalmente é estimada.
referem e ninguém diz o que pensa acerca desta temática,
Para dar um exemplo muito concreto de uma valorização
prestando um mau serviço à comunidade, na medida em
intangível, a IBM deixou recentemente de comercializar
que passam uma mensagem subliminar de um tema actual,
portáteis e computadores pessoais, mas vendeu a sua
importante, mas de moda e apenas para alguns... Nada
marca para esse segmento de mercado a uma empresa
mais errado.
Chinesa que pagou uma quantia que até hoje não se sabe
O tema da Inovação é de tal maneira abrangente, que torna
bem ao certo, mas que terá sido (segundo se consta nos
possível que se chegue a ele vindo das mais diversas áreas
mercados financeiros) por um valor superior ao valor do
de estudo e de interesse. Fala-se de Inovação a propósito
PIB Português de 2004. Isto apenas para que essa empresa
da Psicologia, das Ciências Sociais, do Marketing, das Fi-
Chinesa vendesse os portáteis com a etiqueta IBM...
nanças, da Produção, da Medicina, do Jornalismo, da Lite-
A característica principal do conceito de valor, é que ele não
ratura, etc. Esta sua característica abrangente torna muito
se retém. Ou se cria, ou se destrói, não se guarda.
difícil o seu entendimento inicial dada a dispersão de
Por mais duro que pareça, todas as acções dentro da orga-
informação que se pode recolher.
nização, segundo a segundo, só têm dois destinos: ou
Este texto visa dar uma abordagem do conceito de
acrescentam valor à organização, ou destroem valor.
Aqui a primeira questão que temos de resolver, é aonde nos encontramos. Todos chegaremos à conclusão que estaremos algures dentro da fase III, ou seja, dentro de uma fase de maturidade, com um mercado também ele maduro. A segunda questão que se levanta, e bem mais importante, é de como nestas condições, sabendo-se que a característica principal desta fase III, é que os bens e serviços se tornam “comodidades”, ou seja, não se conseguem diferenciar pelo preço, e a fase seguinte é a de declínio. O primeiro impulso é o de crescer pela via do volume. Crescer aumentando a facturação, com mais obras, aumentando a estrutura em conformidade. A segunda via, como veremos mais à frente, é através da Inovação, é a que permite (sem prejuízo do crescimento pelo volume) aumentar a eficiência. A primeira via, eleva o patamar de maturidade. A segunda via, além de também elevar o patamar de maturidade, aumenta o tempo de permanência na fase III, evi-
Inovação, num contexto de aplicabilidade à dst, deixando cair algum rigor académico em favor de uma maior clareza
tando a entrada precoce da organizaçãona fase de declínio.
3. Ciclo de vida característico
e facilidade na exposição e consequente compreensão.
Sendo certo que podem existir ciclos de vida de produtos
Assim, e como não existe uma definição “canónica” con-
ou serviços substancialmente diferentes do que a seguir
sensual e completa para este conceito, no caso em que nos
apresento, como sejam os produtos sazonais ou de moda
interessa, não resisto a sugerir a minha definição preferida:
apenas para exemplificar, podemos aceitar sem grande
“ inovar é encontar novas formas de criar valor”. (1)
relutância que o modelo de ciclo de vida da dst, entendida
Estamos portanto no campo da criação e não da invenção,
globalmente, pode ser representado desta forma:
e ao mesmo tempo “encontrar novas formas” remete-nos
Deixando de lado a minha posição paradigmática pós-
para a reflexão sobre a praxis da organização.
positivista por natureza, que passa também pela convicção
Para um correcto entendimento do conceito, importa fixar
unidades
4. Eficiência Económica A expressão mais simples que determina a eficiência económica, ou a capacidade de gerar lucros de uma organização, é determinada por uma expressão muito simples. Se designarmos essa eficiência económica (ou margem bruta de contribuição) por Ef (3), teremos “grosso modo”, e com um nível de exactidão compatível com o nível da exposição e com o tema,
outros que lhe estão subjacentes, na medida em que estão
CICLO DE VIDA
apenas aparentemente desconectados mas no final deste
turbulência competitiva
texto, tal como espero, irão fechar-se e fazer completo senconcepção
tido e sintonia.
introdução
crescimento
maturidade
declínio
2. Valor novos clientes
Não vale a pena agir dentro de uma organização, seja ela
reposição por obsolescência, consumo ou rotura
qual for, se essa acção não lhe acrescentar valor. O conceito de valor é um conceito que se prende primariamente no pecúnio, e que se extende pelo imobilizado, pela quota de mercado, pela marca, pela carteira de clientes, etc, ou
fase
I
II
III tempo 20
IV
Qoutputs x $Venda
Ef= Qinputs x $Recursos
ou seja
(1)
Ef=
(
Qoutputs Qinputs
)x(
(2)
$Venda
)
$Recursos
(3)
5. Inovação versus Desperdício
6. Resumo
“Desperdício é tudo o que vai para além da quantidade míni-
O factor Inovação está identificado como um dos sete
ma essencial de equipamentos, produtos, espaço e traba-
factores de competividade e sustentabilidade futura
lho, que são absolutamente necessários para acrescentar
das organizações (8). Não existe lugar no futuro a mé-
valor a um produto ou serviço” (5).
dio prazo para as organizações que não inovam. A
É notório que estamos a falar do mesmo conceito.
pressão sobre os preços vai continuar, pressionando
Neste caso, falamos de uma postura “Lean” (6) que com-
as organizações a movimentarem-se para níveis de
bate as formas de desperdício por forma a garantir a máxi-
produtividade, só conseguidos através da concentra-
ma de incorporação de valor. É uma postura que acrescen-
ção na eficiência organizacional com a eliminação de
ta valor, logo inovadora segundo o nosso conceito.
toda e qualquer ineficiência que se consiga detectar.
Temos agora duas vias claras para a inovação: a via de
A implementação desta framework é difícil, pois a Ino-
novos produtos e/ou serviços, e a via do combate ao
vação é fundamentalmente um mind-set, obriga a
desperdício, leia-se ineficiências organizacionais. Ambas
uma cultura organizacional bem consistente e forte,
têm como efeito a elevação do estágio de maturidade da
obriga a treino preliminar pois é um processo que pas-
Em (1) é imediata a conclusão que Ef aumenta com o au-
organização.
sa por relacionamentos desconfortáveis, e é acima de
mento dos factores em numerador (não aumentando na
Aliás, no nosso caso concreto, a introdução de novos pro-
tudo, um modelo disruptivo pois faz tábua rasa de tu-
proporção os factores em denominador), ou vice-versa,
dutos e/ou serviços, não acontece com facilidade dado o
do quanto é hortas, quintas e quintais.
diminuindo os factores em denominador (não diminuindo
baixo nível tecnológico relativo da actividade
A pergunta certa não é se a nossa organização está
(7),
mas faz
os factores do numerador).
sentido encarar a inovação como uma via de acrescentar
preparada para os desafios que enfrenta, a pergunta
Decompondo (1) = (2)x(3), obtemos uma visão mais deta-
valor à organização por via do combate ao desperdício.
certa é saber se a organização está preparada para os
lhada da expressão geral.
Todas estas melhorias, normalmente são livres de inves-
desafios futuros, sob pena de estarmos sistematica-
A expressão (2) é claramente um rácio de produtividade e a
timento e são simplificadoras, ou seja, qualquer ganho em
mente a resolver bem o problema errado.
(3) um rácio de cobertura de preços. A expressão (3) depende no numerador dos mercados em
inovação, vai direito à conta de resultados da empresa.
Apostar quanto antes na framework de Inovação, é
A via do combate ao desperdício, relaciona-se com o ex-
antecipar as necessidades do futuro, e ganhar esta
que estamos inseridos. Na economia de mercado em que
posto no rácio de produtividade, pois vai concentrar-se no
operamos, os preços de venda estão em grande parte
aposta é de certeza ganhar o futuro. *
mínimo de recursos possível para garantir o volume dos
(1) António Mexia. (2) Se equacionarmos a dst como uma empresa de serviços, o seu posicionamento no ciclo de vida, seria na minha opinião,
determinados pelo mercado em cada instante.
outputs previstos aumentando assim a produtividade para
O seu denominador por norma também, já que compramos
valores próximos do seu limite teórico. E quando se fala de
aonde os outros compram (4), mas não podemos esquecer
recursos, fala-se também da minimização da utilização da
(4) Deixo como reflexão adicional e neste contexto, a importância da fidelização e
o nível de integração da dst, que permite neste caso
estrutura da empresa, nomeadamente das estruturas de
(5) Shoichiro Toyoda, CEO Toyota.
particular obter uma vantagem competitiva, comprando in-
inbound e procurement, através do planeamento dos
(7) O sector de informática, vem desde 1978 a duplicar a sua capacidade cada 18 meses.
ternamente acedendo a recursos a preço seco, aumen-
fornecimentos às obras, e da gestão do tempo, afectando o
tando assim a margem de cobertura de preços para a orga-
mínimo tempo todos os recursos de raíz produtiva horária.
algures entre o final da fase I e o início da fase II, ou seja, muito diferente daquele que estamos a assumir neste texto. (3) Nos autores Anglo-Saxões, este factor vem referênciado como “Profitability”. selecção de fornecedores para o desempenho e competetividade da organização. (6) Magra ou também referenciada por Canban. Se nessa data, o sector da aviação comercial tivesse evoluido a par do sector informático, hoje uma viagem Londres-Nova Iorque demoraria menos de 5 segundos, e custaria menos de 10 cêntimos. (8) Os restante seis são: Preço; Qualidade; Flexibilidade; Prazo; Confiabilidade; Imagem
nização. A expressão (2), diferencia as organizações, porque depende quase exclusivamente das pessoas que nela trabalham.
EFEITO DA INOVAÇÃO NO CRESCIMENTO EM FASE OU MERCADOS MADUROS
Se é verdade que uma boa parte da quantidade de outputs estão fixos, também é verdade que uma boa parte é moldável. O mesmo se passa com os inputs. A verdade é que comparativamente, a nível produtivo, só podemos aumentar a eficiência económica da organização através do rácio de produtividade. Este é o nosso quase único instrumento, vender o mais possível, afectando o mínimo de recursos possíveis. Aqui, neste ponto e neste campeonato, as pessoas e o modo como estão organizadas, motivadas e apoiadas, são as chaves para o sucesso. tempo
crescimento por elevação para sucessivos estágios de maturidade
21
Décio Rodrigues departamento de construção civil II da dst
“Pontes” de vista Espaço aberto à colaboração de todos os funcionários. Destina-se a publicar textos de reflexão crítica ou pensamentos e opiniões sobre temas de interesse geral. Participem!
pensar inovação O que é a inovação?
10.º - Inovar é transformar problemas em oportunidades; é
Para mim inovar é aqui e agora escrever este texto, ordenar
liderar e saber ser líder.
O conceito, o sentido, o conteúdo de Inovação não é novo, sempre se processou ao longo dos tempos. A evolução do
meia dúzia de ideias e pensamentos e, transmiti-los de modo legível e compreensível. Então em jeito de dez pontos
Mundo fez-se (faz-se) inovando, criando algo novo (uma Algumas considerações na procura da inovação:
regra, um objecto, um pensamento, uma palavra, um acto,
que poderão dizer tudo ou nada dependendo daquilo que cada leitor conseguir (ou quiser) tirar deles, aí vai.
um código, um…). Então o que mudou? Qual a diferença? Tenho para mim como adquirido que as organizações de alta performance são sustentadas ao longo dos tempos em
O que mudou, aquilo que é verdadeiramente novo é a
Inovar é:
princípios sólidos. Assim, penso que devemos (não
velocidade a que tem que se processar esse fenómeno
1.º - Olhar, ver o que todo o mundo viu mas, pensar o que
podemos deixar de) buscar a inovação sem alterar a
(inovação) nas sociedades dos nossos dias, nesta aldeia
ninguém pensou;
ideologia, os nossos princípios, porque a dst tem que
global. Li algures que “Em tempos de mudança de nada vale
2.º - Não tanto a dificuldade em aceitar ideias, métodos,
possuir (e possui) um sistema de valores compartilhados
saber a resposta se a pergunta já mudou”. Apetece-me
processos novos mas sim a dificuldade em escapar, fugir
por todos os colaboradores.
também citar “Existem 3 tipos de pessoas: as que fazem
das ideias, métodos e processos antigos geralmente
acontecer; as que vêem acontecer e, as que não sabem o
menos eficientes;
Entendo neste caso esse sistema de valores como um
que está acontecendo”. Tenho a certeza que é por aqui que
3.º - Assumir riscos, identificar oportunidades, adquirir
conjunto de princípios que devem orientar a tomada de
este processo terá que passar, com formação contínua,
conhecimentos, ter organização, tomar decisões, exercer
decisão e guiar a actividade da organização. Porque penso
com a assertividade das pessoas que fazem acontecer,
liderança, possuir dinamismo, ser optimista, etc;
que esse sistema de valores deve ser claro e perfeitamente
rumo à excelência, porque, tudo o resto é insuficiente.
4.º - Também um acto de heroísmo e, heroísmo é neste
identificável por todos, deixo em jeito de desafio a sugestão
caso ter sempre o foco na solução nunca no problema;
de tentarmos definir, interiorizar, adoptar como um slogan
Para isso é também muito importante a motivação (quem
5.º - Um acto de resistência, isto é, voltar a ficar de pé
(porque não?), quais os nossos valores? Aquilo que nunca
sabe um tema de próxima participação na newsletter) e,
mesmo quando derrubado várias vezes;
transgredimos? Aquilo que é a nossa marca? O que nos
termino citando de novo “De um homem podemos comprar
6.º - Possuir a flexibilidade suficiente para se adaptar sem
torna diferentes? O que nos identifica? Será: ética;
seu tempo, sua presença física, seus movimentos
quebrar a todas as situações;
segurança; qualidade; inovação; flexibilidade;
musculares por hora para determinada tarefa mas, não
7.º - Arranjar maneira de parar de perseguir os objectivos
competitividade; responsabilidade social; generosidade;
poderemos comprar nunca seu entusiasmo, sua iniciativa,
mas antes atraí-los de per si, mudando comportamentos
motivação; respeito pelos compromissos assumidos;
sua lealdade, isso nós só poderemos ganhar/conquistar”.*
hábitos e pensamentos;
disciplina; trabalho em equipa; etc., etc., etc.
8.º - É uma melhoria contínua passo a passo rumo à excelência. A excelência não é um acto mas um hábito,
Quais os nossos valores maiores, aqueles que nos
aquilo que fazemos repetidamente;
suportam, aqueles que mesmo não podendo ser só nossos
9.º - Sublinhar a diferença entre crescer e inovar. Quem
são também sempre os nossos?
cresce aproveita oportunidades existentes, quem inova cria novas oportunidades;
José Esteves departamento de obras públicas II da dst
Mas…. 22
INOVAÇÃO Processos implementados noutras empresas Uma empresa é um conjunto de meios humanos e
processo ser “assimilado”, estudado, tomar forma e
Trata-se duma avaliação objectiva com pontuação, valores
materiais, organizados para realizar um trabalho (serviços
crescer numa empresa em que trabalhei.
atribuídos e notas.
ou produção), com o objectivo de gerar lucro.
Presenciei a “coragem” necessária para estudar este as-
Este procedimento concorria directamente para a evolução
Ora, é do conhecimento geral, que numa empresa o
sunto a fundo, para “perder tempo” (é naturalmente, ganhá-
da carreira de cada trabalhador. Sendo o instrumento
património de maior importância é o humano.
lo), no estudo dos bens humanos dentro duma empresa:
fundamental da gestão dos meios humanos, para a
Saber isto, ter conhecimento do facto, dar-lhe a impor-
Saber as suas necessidades; Criar uma tabela de postos de
empresa, e da gestão da carreira de cada colaborador.
tância correcta, implica gerir os meios humanos como o
trabalho evolutiva dentro da organização; Gerar um sistema
Era também, com base nesta avaliação que eram definidos
património de maior valor para uma empresa, admitindo
de avaliação de pessoas (enquanto trabalhadores) e de
os prémios, sendo que a cada “patamar” correspondia um
sempre que sem os mesmos, ou estando os mesmos a
evolução de carreiras; Definir uma metodologia de
valor máximo, ao qual seria deduzida a % correspondente
“funcionar” sem ser na capacidade máxima, é estar a “de-
atribuição de remunerações e de prémios.
aos valores negativos da avaliação.
fraudar” à nascença os potenciais máximos da empresa,
Este sistema era aberto e por todos conhecido. Cada “meio
Ainda dentro desta temática, presenciei e participei num
com todas as consequências negativas daí decorrentes.
humano” tinha pleno conhecimento do seu lugar dentro do
processo inovador - a avaliação da “saúde da empresa” em
Torna-se pois, impreterível efectuar uma política de gestão
organigrama da empresa, os vários patamares existentes,
relação aos meios humanos.
dos recursos humanos inovadora - o que implica uma
as qualificações e experiência necessárias para atingir cada
Foi realizado um estudo por uma empresa independente, no
política que seja o mais correcta e justa possível.
um dos “patamares”, as hipóteses de evolução de carreira,
qual se analisou o estado de espírito dos trabalhadores
Esta tarefa tem uma dificuldade acrescida, uma vez que
o caminho que deveria ser seguido.
sobre a empresa. Quais as suas preocupações, quais as
estão em causa meios humanos, com necessidades com
Resumindo, o mapa estava traçado, definido, as regras
suas opiniões sobre toda a organização existente, sobre os
capacidades profissionais distintas e ambições pessoais e
eram perfeitamente claras e objectivas, permitindo a cada
meios existentes, tanto os restantes meios humanos, como
profissionais diferentes.
colaborador saber exactamente a sua posição, as suas
os meios materiais colocados à disposição. Isto é, foi
A sua gestão, no verdadeiro sentido da palavra é, uma das
perspectivas, e como atingir o fim pretendido.
efectuada uma “radiografia” à empresa através dos olhos
tarefas mais complexas que se deve considerar na gestão
Cada colaborador era avaliado anualmente, sobre todos os
dos trabalhadores da mesma.
duma empresa.
aspectos, desde a pontualidade, ao cumprimento de proce-
O objectivo foi, naturalmente o de saber/conhecer o estado
É indubitavelmente um factor de inovação ter esta noção
dimentos internos, ao bom relacionamento interpessoal, à
da empresa, o estado da “sua alma”, no sentido de proce-
sempre em mente e tratar destes recursos com todos os
capacidade técnica, à formação recebida e ao cumpri-
der às “intervenções” necessárias para a sua melhoria,
“requisitos” necessários, tendo por objectivo a
mento de objectivos que lhe tinham sido traçados.
caso tal se revelasse necessário.
potenciação máxima dos mesmos. Este fim apenas será
Esta avaliação era efectuada pelo responsável directo do
Este foi um processo inovador e cuja implementação
atingido se estiver implementado um sistema competente
trabalhador, sendo entregue um relatório da mesma, para
alterou profundamente - e para melhor, naturalmente - a
de gerir recursos tão complexos como os humanos.
ser lido e analisado, tanto ao trabalhador em avaliação
Empresa e que contribui para a distinguir das restantes,
Não é por acaso que existem, e cada vez mais são
como ao responsável hierárquico do colaborador que tinha
num mercado tão concorrencial como é o nosso. E logo no
procurados, os especialistas em psicologia empresarial.
elaborado a avaliação. Finalmente a mesma era discutida
seu sector fundamental. As pessoas e os trabalhadores da
Os verdadeiros gestores das mentes humanas.
numa reunião onde estariam presentes os dois ou três
Empresa, afinal os que acabam por produzir a verdadeira
Tive a sorte de ter tido a experiência de presenciar este
intervenientes, sendo efectuada uma acta da mesma.
riqueza e gerar mais e melhores lucros. *
Rita Costa
departamento de geotecnia e fundações especiais da dst
23
O vidro na arquitectura* *Artigo de base à intervenção no seminário “O Vidro na Construção”, realizado na Concreta, Exponor, Out. 2005
ficações anteriores. Neste particular podemos ainda referir
*Temática inserida no âmbito do trabalho de investigação em desenvolvimento na dst - “Utilização de madeira, vidro e
o exemplo da malha da cobertura do pátio do Museu de
elementos mistos madeira-vidro em estruturas de edifícios. Caracterização e potencialidades arquitectónicas”, sob
Hamburgo (1989), de Marg von Gerkan.
orientação e coordenação do Prof. Eng. Paulo Cruz (Univ. Minho) e do Eng. José Pacheco (dst)
Efectivamente, o vidro surge, hoje em dia, também associado a uma imagem estética de modernidade e avanço
O vidro existe há mais de 4000 anos, sendo justamente
tecnológico, que resulta em grande parte da percepção do
Potencialidades do vidro
seu potencial estrutural por contraponto com uma eterna
considerado como um material tradicional. Contudo, só a partir do início do Século XX encetou verdadeira evolução e
Existem vários argumentos que, no âmbito conceptual,
sensação de aparente fragilidade.
desenvolvimento no que respeita às suas capacidades e
legitimam com propriedade a utilização e a aplicação do
Na verdade, o termo sensibilidade pode servir para sinte-
potencialidades. Este momento de viragem no progresso
vidro em arquitectura.
tizar a essência deste material, o único que permite conci-
da indústria do vidro coincidiu com o início de uma nova
A luminosidade natural, a transparência/translucidez e a
liar, em simultâneo, fechamento - no sentido de abrigo-
etapa no percurso histórico-cultural da arquitectura, que
amplitude visual - com consequente optimização da rela-
/protecção - e abertura - no sentido de amplitude/permea-
passava a apresentar um carácter muito mais aberto e
ção interior/exterior -, assumem-se como as mais imedia-
bilidade luminico-visual. A fruição deste misto de sensa-
transparente, decorrente dos princípios da arquitectura mo-
tas potencialidades que o vidro proporciona quando utiliza-
ções opostas, materializadas num único elemento, leve,
derna (1). Com a implementação do conceito de uma nova
do na construção. Alberto Campo Baeza, acerca da impor-
nem sempre é interpretada conscientemente, mas a magia
relação interior/exterior, proporcionaram-se novos valores
tância da Luz, refere que esta é “a única capaz de fazer com
que daí decorre conduz-nos quase imperceptivelmente a
conceptuais que abriram caminho à evolução do vidro na
que os espaços definidos pelas formas construídas com
uma aproximação à naturalidade dos espaços e dos
arquitectura, que surgia agora como um elemento em des-
material denso flutuem, levitem. Ela faz voar, desaparecer a
sentidos, no âmbito mais lato do termo. O enquadramento
taque na materialização de novas tendências, associado
Gravidade. Vence-a. O insuportável peso da matéria inevitá-
com o lugar e consequente harmonia com a envolvência
que era igualmente ao optimismo na tecnologia e ao
vel e imprescindível só pode ser vencido pela Luz” (2).
exterior surge no seguimento deste princípio. Neste
progresso da inovação.
No caso específico da transparência/translucidez encontra-
contexto, mas também como referência à amplitude visual,
Contudo, o vidro não apresentava ainda total garantia de
mos expoentes máximos em obras como a Torre Castelar
a Casa de Blas (2000), em Madrid, de Alberto Campo
desempenho neste período, denotando algumas limitações
(1986), em Madrid, de Rafael de la Hoz, Rafael Castanys e
Baeza, por recurso a uma caixa de vidro que destaca a
como consequência directa da sua fragilidade. Porém, na
Gerardo James; o Bregenz Art Museum (1997), na Austria,
envolvência natural do lugar, trata-se de um bom exemplo.
senda das suas potencialidades arquitectónicas, deu-se
de Peter Zumthor; o Sebastianstrasse Residences Dornbirn
Ainda no campo das preocupações eticamente
nas últimas décadas um desenvolvimento verdadeiramente
(2001), na Austria, de Baumschlager & Eberle; ou a Goetz
qualificáveis surgem as situações de controlo ambiental
notável da indústria do vidro. O desenvolvimento sucessivo
Art Gallery (1994), em Munique, de Herzog & de Meuron.
passivo, decorrentes de soluções energéticas integradas,
do vidro temperado, laminado e colorido veio possibilitar o
Todas estas intervenções são pautadas por uma sensação
actualmente em destaque pela consciencialização da im-
impulso definitivo à utilização generalizada deste material,
algo etérea e imaterial, gerando a ilusão de que se trata de
portância de uma responsabilidade ambiental, e cada vez
garantidas que passaram a estar as questões relacionadas
algo que não é sólido, ou sequer palpável. A intenção passa,
mais dependentes de uma utilização criteriosa do elemento
com os aspectos climáticos, acústicos, estéticos e, espe-
precisamente, por tirar partido da noção de leveza e das va-
vidro. Neste particular temos exemplos de excelentes solu-
cialmente, de segurança.
riações lumínicas que, com os seus reflexos vão, ao longo
ções como são os casos: da fachada do edifício da Swiss
Deste modo, multiplicam-se hoje as soluções possíveis de
do dia, transmitindo diferentes imagens destes edifícios.
Insurance Company (1993), em Basileia, também de Her-
utilização do material, havendo uma tendência crescente
A ampliação do Museu do Louvre (1988), em Paris, de I.M.
zog & de Meuron; da criação de um sistema de dupla pele, e
para o recurso à utilização do vidro na arquitectura, com
Pei, permite também ilustrar eficazmente as questões da
respectiva ventilação, aplicada ao Business Promotion
aplicações cada vez mais arrojadas, inovadoras e que
importância da luminosidade natural - de origem zenital, no
Centre (1992), em Duisburgo, de Norman Foster; ou do
actualmente despertam o interesse de arquitectos e
caso - e da possibilidade de assumir uma imagem de
extraordinário sistema de protecção solar interior do
engenheiros por todo o mundo.
contemporaneidade e modernidade em harmonia com edi-
Instituto do Mundo Árabe (1987), em Paris, de Jean Nouvel. 24
E, finalmente, cruzando transversalmente todos os valores
utilizam uma quantidade significativa do material vidro,
já referidos, a expressividade. Trata-se do conceito que
geralmente em situações não estruturais, maioritariamente
Desenvolvimento tecnológico
acarreta a plasticidade do conjunto e personaliza o produto
de revestimento. Por seu lado, entende-se por Vidro
A optimização destes resultados tenderá a ser conse-
final, com fortíssima ligação aos planos de fachada, onde
Estrutural, um âmbito específico e concreto, em que o vidro
quência directa da harmonia conseguida entre a arquitec-
celebra jogos e quebra monotonias, causando efeitos e
é utilizado directamente em elementos estruturais - não
tura e a engenharia ou, se quisermos, o desenvolvimento
surpresas, e transportando a arquitectura para uma dimen-
necessariamente de forma isolada -, naturalmente sujeito a
tecnológico. Em arquitectura não se pode nem deve jamais
são paralela, muitas vezes baseada em referências e analo-
esforços e cargas, e podendo alargar-se ao conceito de
minimizar o carácter técnico das soluções construtivas em
gias. Desta última, referimos dois exemplos, ambos em
construção integral. Constatemos nesse sentido a
deterimento de qualquer outra vertente, seja ela estética ou
Tóquio: A Maison Hermes (2001), de Renzo Piano, total-
ampliação do Glass Museum (1994), em Kingswinford,
funcional, ao mesmo tempo que a engenharia também não
mente revestida com blocos de vidro translúcido, fazendo
Inglaterra, arquitectura de D. Antenna, B. Richards, R.
o pode descontextualizar do âmbito das necessidades ar-
alusão à luminosidade de uma lanterna japonesa; e a Prada
Dabell e estabilidade de Dewhurst Macfarlane & Partners ;
quitectónicas. Só com o devido equilíbrio entre estes fac-
Store (2003), de Herzog & de Meuron, materializada por
ou a Glass Bridge (1994), em Roterdão, arquitectura de Dirk
tores se conseguem potenciar as mais valias. E a utilização
enormes blocos em forma de diamante, enfatizam a es-
Jan Postel e Kraaijvanger, estabilidade de Rob Nijsse.
do vidro, sendo um material de trabalhabilidade neces-
tratégica de imagem da marca, ao mesmo tempo que
Se analisarmos o vidro à luz dos três príncípios clássicos da
sariamente rigorosa, depende acima de tudo deste equilí-
garantem a visibilidade para o exterior desde qualquer
arquitectura de Vitrúvio - utilitas, venustas e firmitas -, este
brio. Contudo, ainda não representa no nosso país todo o
ponto do interior do edifício.
último é precisamente aquele em que menos desenvolvido
destaque que já assume internacionalmente.
A expressividade de um edifício que, no caso de uma utiliza-
está. Tanto a sua valorização estética - venustas - como a
Hoje em dia, um dos mais seguros e inovadores caminhos
ção intensiva do vidro, surge muito conotada com os pla-
utilidade funcional - utilitas -, estão decididamente testadas
da arquitectura segue precisamente neste sentido, no trilho
nos de fachada, pode assumir vertentes tão variadas como
e globalmente aceites. Só falta o passo decisivo na esta-
da potencialização arquitectónica por via da singularidade e
a clássica sobriedade, regularidade, e rigor métrico das
bilidade estrutural - firmitas - para que a importância vidro
dos níveis de luminosidade natural e permeabilidade visual
célebres cortinas de vidro ritmadas dos arranha-céus de
dispare no mercado internacional da construção, reconhe-
que o vidro lhe possibilita, especialmente se directamente
Mies Van der Rohe, bem como as ondulações curvilíneas
cidas que lhe são as mais valias anterioremente referidas.
decorrente de elementos estruturais, até aqui sólidos,
das Lafayette Galleries (1996), de Jean Nouvel ou da saída
Desde há alguns anos para cá que o vidro começou a ser
opacos e pesados. Essa arquitectura, que tantas vezes nos
da Estação de Metro de Bilbao (1995), de Norman Foster.
testado com as mesmas exigências e solicitações que
chega pelas revistas, e que não raras vezes adjectivamos
Mas existe ainda a possibilidade das concavidades ritma-
outros materias tradicionalmente reconhecidos pela sua
de fabulosa e fantástica, pode parecer-nos, simultanea-
damente horizontais do Kursaal (2000), em San Sebastian,
capacidade de resistência mecânica. Chegada a esta fase o
mente, algo distante - talvez pela imagem tecnológica que
de Rafael Moneo, e da arredondada regularidade do Peek
desenvolvimento tecnológico tenderá, agora, a centrar-se
veícula. Ela será inclusivamente, diga-se, uma das princi-
und Cloppenburg Department Stor (2005),em Colónia, de
na questão da distribuição da cargas, por forma de evitar a
pais responsáveis pelo actual êxodo de muitos jovens ar-
Renzo Piano, estas últimas impulsionadas pelo emergente
concentração destas na superfície de um material que é
quitectos portugueses, contudo, com o actual contexto de
sub-sector do vidro curvo laminado e temperado; ou ainda
frágil por natureza. Deste modo, estudando paralelamente
inovação e desenvolvimento, não estará senão à distância
dos jogos de fachada ritmados e salientes do Lille Grand
os comportamentos pós-ruptura das estruturas de vidro
dos nossos próprios limites. E, para que fique claro, esta-
Palais, de Rem Koolhaas, ou do Munich Reinsurance
com vista à garantia de total segurança e fiabilidade, estru-
mos a falar de algo que de modo algum restringe ou afecta a
(2001), de Baumschlager & Eberle.
turas que baseiem o seu comportamento no elevado de-
arquitectura que por cá fazemos, antes lhe potencia as mui-
Será esta componente expressiva determinante na difusão
sempenho que o material apresenta à compressão enceta-
tas capacidades que tem e continuará a ter.*
da aplicabilidade intensiva do vidro, porquanto se trata do
rão, por certo, novos e promissores caminhos (4).
veículo da componente estética e simbólica do conjunto
Com o potencial estrutural que o vidro apresenta, e a
edificado. Ora, o vidro, enquanto material expressivo que é,
evolução patenteada a este nível ao longo dos últimos anos,
Paulo Cruz, Prof. Doutor (Dep. Engenharia Civil, Universidade do Minho) José Pequeno, Arquitecto (a desenvolver trabalho de investigação na dst)
cada vez mais autónomo a nível estrutural, presta-se a essa
é possível concluir que a margem de progressão é ainda
necessidade.
muito grande. Particularmente se tivermos em conta que a
Perspectivas futuras
simo pouco explorados. Para complementar o horizonte de
(1) Hetzberger, H., “Un Nuevo mundo de relaciones: la fachada de vidrio de
possiveis caminhos de investigação existem ainda as
tecnologia y construcción, nº10 Vidrio (I)” p. 2, ATC Ediciones. Madrid.
aplicabilidade e o recurso dessas soluções estão muitísla fábrica Van Nelle de Van der Vlugt”, Revista “Tectónica monografias de arquitectura, (2) Baeza, A.C., “A Ideia Construída”, Edição Caleidoscópio, 2004
Existe uma certa dicotomia entre Edifícios de Vidro e Vidro
soluções mistas, que se direccionam para a optimização
Estrutural, que importa antes do mais esclarecer
mútua das capacidades de ambos os materiais, quando
SEI - Structural Engineering International, IABSE, Volume 14, Number 2, May 2004, p.72.
utilizados numa mesma estrutura.
SEI - Structural Engineering International, IABSE, Volume 14, Number 2, May 2004, pp. 84-87.
(3).
De
Edifícios de Vidro denominam-se todos aqueles que 25
(3) Snijder, H.H., “Structural Glass and Glass Structures: an introduction”, (4) Schober, H., Schneider, J., “Developments in Structural Glass and Glass Structures”,
FAZER O NOVO É no mundo actual, caracterizado por mudanças aceleradas nos mercados, nas tecnologias e nos modos de gestão, que a inovação surge como a forma das organizações se manSe em termos materiais e tecnológicos a questão é de fácil
Um olhar sobre um acidente de trabalho
resolução, pois as últimas novidades estão sempre dispo-
No passado dia 2 de Setembro de 2005 fui vítima de um
terem e porventura tornarem mais competitivas.
de Segurança e Saúde da Obra, conforme nos competia e a
níveis, e é fácil a sua introdução nos processos, já o outro
acidente de trabalho, com fractura de ambos os punhos
empresa nos impunha e observamos as regras normativas
elemento, o humano, tem uma incorporação e sustentação
aquando do levantamento do estaleiro na obra de cons-
sobre segurança e saúde para evitar o risco. Para a dst fica
mais difícil.
trução do Office Centre de Santarém. Sob o ponto de vista
o melhor registo: procura ir quanto possível, ainda “mais
O recurso mais precioso para inovar e melhorar, reside no
pessoal, as consequências deste acidente (o primeiro e
além” do que o normal cumprimento das condições legais
seio das organizações: trata-se do seu capital humano.
com votos de que tenha sido o último) foram naturalmente
exigidas tendentes à criação de segurança e saúde dos
É aqui que se deve actuar. É este que não é fácil programar.
desagradáveis quer pela limitação física que a falta das
trabalhadores nas suas obras; promove a participação e
Devem pois, ser implementados processos, incentivos e
mãos nos impõe, quer no campo psicológico, pela
formação dos seus técnicos e trabalhadores com vista à
objectivos, por forma a que, se promovam e provoquem a
expectativa das consequências para a saúde quanto ao
melhor eficácia no desempenho profissional, realiza uma
aquisição de conhecimentos e capacidades, mantendo
futuro.
avaliação permanente ao desenvolvimento das suas obras
sempre actuais os níveis de saber. Resultando pois daí que
Para a “nossa” empresa os efeitos foram também de óbvia
e obviamente dos riscos, em equipa, e tudo isto num
as decisões e actuações sejam tomadas com uma superior
limitação e constrangimento. Aliás, qualquer acidente de
ambiente de trabalho agradável.
ciência, e conduzindo, claro, a resultados económicos,
trabalho é sempre muito doloroso para o trabalhador e para
Então porquê um acidente de trabalho; o meu acidente? Até
objectivo dos principais, do processo, das organizações.
a empresa. Neste caso, estava com cerca de um ano de
à data não encontro uma resposta satisfatória e comple-
Assim, podemos agora dizer que inovação é pegar em
experiência laboral na dst (com um percurso profissional
tamente objectiva mas talvez que um impulso pessoal de
conhecimentos novos e transformá-los em riqueza. Mas
direccionado no acompanhamento da primeira obra desde
vontade em “fazer depressa”, no acto final possa ter pesado
para introduzir conhecimentos novos é necessário provocar
o seu início até à conclusão) e até ao acidente, tudo me su-
no desenlace. Talvez!?...
a vontade e a racionalidade dos mesmos nos destinatários,
geria satisfação, sucesso e realização plena.
Como, neste apontamento, não tenho objectivo de procurar
perceber e fazer perceber que, formação contínua e inova-
Ora, o acidente viria a projectar-me para um breve período
respostas para o acidente mas antes reflectir e tirar ilações
ção são as principais alavancas para a renovação e desen-
de internamento hospitalar, um período seguinte de quase
para o futuro aqui deixo a minha firme convicção: - há que
volvimento das empresas ou organizações e das pessoas.
total incapacidade para o trabalho e para o exercício das
ser muito, muito rigorosos no que se refere à aplicação dos
Talvez aqui comece a inovação.
necessidades pessoais básicas como a alimentação, a
normativos, nos cuidados de boas práticas da prevenção
Pode-se pensar que nos dias de hoje, com a tecnologia dis-
higiene pessoal, etc., um novo período de incapacidade par-
dos acidentes, na avaliação contínua da execução das
ponível, com a globalização, com a fácil e rápida comunica-
cial e depois todo o tempo e esforço de recuperação com
obras, na participação efectiva de entidades exteriores no
ção, seria fácil transferir e assumir conhecimento. Mas não.
ênfase na fisioterapia… Enfim, a luta férrea pela autonomia
controlo das condições de trabalho, na competência de
Práticas enraizadas obstam a que as vontades de outros
e pelo regresso ao trabalho.
todos os actores implicados no processo de construção.
saberes imperem e por sua vez os processos cresçam.
Esta paragem da actividade física laboral como que me im-
As estatísticas e a evidência mostram-nos a necessidade
Inovação só floresce em ambientes de permanente exi-
pôs a necessidade em encontrar novas formas de ocupar e
de valorizar a cultura da exigência e da competência porque
gência, o que é sinónimo de boa liderança e constante pres-
valorizar o tempo. Um dos cenários possíveis foi de passar
se não for possível atingir a utopia da não existência de
tar de contas.
em revisão, muitas vezes, a minha actuação profissional:
acidentes no trabalho devemos ter sempre presente esse
Terminando. Um processo de melhoramento contínuo e
sobre a empresa que represento, sobre os colegas de traba-
objectivo. Por outro lado, um bom ambiente de saúde e
inovação deve permitir:
lho, sobre os trabalhadores que dirijo, sobre todo o conteú-
segurança no trabalho serão factores de sucesso da
Redução de custos e cumprimento de prazos;
do profissional assumido… Centrando o nosso olhar nas
empresa e de qualidade de vida dos trabalhadores.
Optimização dos processos/modos de execução;
condições de saúde e segurança, ou seja, lançar um olhar
Porque foi muito importante para a minha recuperação a
Melhoria das relações com o meio;
retrospectivo sobre a minha curta experiência na dst. Da
presença activa dos colegas de trabalho, de inúmeras
Desenvolvimento de novos produtos e negócios;
análise, ainda que emotiva, ao percurso de construção des-
pessoas da Empresa desde os trabalhadores à Direcção e
Melhoria da qualidade.
se Office Centre ficou-me uma certeza de serena tranquili-
Administração da dst então, a finalidade última deste
dade porque procuramos cumprir e fazer cumprir o Plano
apontamento, é dizer a todos MUITO OBRIGADO.*
Inovar é fazer o novo, é fazer o singular.* José Alberto departamento de obras públicas I da dst
Pedro Gonçalves
26
departamento de construção civil I da dst
INOVAÇÃO VS AMBIENTE polimento, em unidades de tratamento de rochas ornamen-
O sector da construção com a importância que lhe é
Mar…
associada, deve ter uma perspectiva de desenvolvimento e
tais. A finura das partículas deste resíduo possibilita a uti-
inovação permanente, que lhe permita ser concorrencial
lização deste material no fabrico de betões especiais.
nos diversos mercados.
Verifica-se que, para o caso da substituição de pequenas
Nesse sentido e no âmbito do tema em destaque nesta edi-
percentagens de agregados finos, obtêm-se melhorias de
Fonte de vida e inspiração,
ção da dstnews, é importante verificar os reais custos da
desempenho no que respeita, à resistência à compressão,
Espelho do sol e da madrugada
inovação. A ideia de que associados à inovação estão
tracção e módulos de elasticidade do betão. Estas melho-
Confidente do saber e da razão;
Mar de água salgada,
presentes grandes investimentos, não é a mais correcta.
rias estão relacionadas com um maior preenchimento dos
Demonstra-se em seguida, num caso concreto, o uso de
espaços vazios, existentes entre os agregados de maiores
procedimentos inovadores, com claros benefícios ambien-
dimensões. Efectivamente, as pequenas partículas dos
talistas, de como efectuar o aproveitamento dos resíduos
resíduos actuam como pontos de potenciação, adensando
Com o mundo inteiro a flutuar.
provenientes da transformação de cantarias, no fabrico e
os interstícios da matriz, ao preencher espaços que de outra
Nele se ganha fôlego para vencer
optimização das propriedades mecânicas dos betões, sem
forma, seriam ocupados por água livre. Consequen-
O mundo intricado que nos tenta naufragar;
Tanto para dar a conhecer,
que isso implique maiores custos.
temente, existe uma melhoria das ligações entre compo-
A utilização de pedra natural, na indústria da construção, é
nentes, criando-se um betão mais resistente e elástico.
um importante sector de actividade no nosso país, sendo
Demonstra-se assim, a viabilidade de fabricar betões com
Guarda segredos com contornos de terror,
Portugal um dos maiores produtores mundiais nesta área.
resíduos de outras actividades, em substituição de areia,
Pinturas sem sentido ou compreensão,
Contudo, o elevado consumo destas matérias-primas bási-
obtendo-se no cômputo global melhores capacidades de
Quimeras defraudadas sem louvor,
cas, directamente associado às actividades da construção,
resistência e elasticidade, comparativamente, aos proces-
Reminiscências de um povo com longa tradição.
quer seja na produção de pedras ornamentais, no fabrico de
sos tradicionais.
betão, entre outras, provoca lesões ambientais, bem como,
Este estudo conciliou as premissas da protecção ambiental
o esgotamento de diversos recursos naturais.
com a inovação, no aproveitamento dos detritos de outra
Sobre este manto azul a que chamamos Mar
Nas explorações minerais são libertadas grandes quantida-
actividade, sem que isso implique custos acrescidos para
Coabitam segredos, proezas… a nossa história!
des de materiais inertes, que são acumulados continua-
as indústrias envolvidas.
Certamente muitas coisas ficaram por narrar,
mente, por vezes, de forma desorganizada, provocando
A dst, como uma empresa competitiva que é, deve estar na
Mas as heróicas mereceram reconhecimento e glória;
maioritariamente impactos visuais. Durante as fases de
vanguarda de estudos e aplicação de procedimentos inova-
transformação, o maior impacto negativo, é a criação de
dores como o descrito. O facto de as interacções da susten-
lamas de difícil remoção, interferindo, por vezes, com a dre-
tabilidade ambiental não serem contabilizadas na activida-
nagem natural dos cursos de água.
de da construção, leva a que muitas empresas deste sector
Outros buscam-no para revitalizar e retemperar.
Estes factores interferem com as legítimas preocupações
não tenham capacidade de resposta às mesmas. Portugal
Talvez por isso o tenha escolhido nesta explanação…
da sociedade contemporânea, em termos de qualidade de
começa, cada vez mais, a estar sujeito a exigências de cariz
Talvez por isso Ele mereça o nosso apreço e atenção.
vida e com as nossas responsabilidades ambientais peran-
ambiental e o sector da construção tem sentido isso de
te as gerações futuras. Surge então a questão: o que fazer
forma exponencial.
Sérgio Ferreira departamento de construção civil I da dst
com os detritos/resíduos da indústria da pedra?
A identificação clara dos problemas existentes é o primeiro
Assim, estudos demonstram que subprodutos ou resí-
passo, e fundamental, para a inovação do sector. Por isso, é
duos, resultantes da indústria da transformação de rochas
importante que os responsáveis das diversas indústrias da
ornamentais, nomeadamente, as lamas geradas na trans-
construção tenham capacidade e motivação para identificar
formação de rochas, podem ser incorporados no fabrico de
os problemas existentes numa melhoria de compe-
betões brancos em substituição de areia.
titividade.
Estes resíduos são constituídos por pequenas partículas
É também necessário criar hábitos e educar as novas
em suspensão na água, utilizada como lubrificante, agente
gerações de engenheiros e técnicos da indústria na busca e
de limpeza e de arrefecimento, nos processos de serração e
desafio constante da modernização e inovação do sector.* Filipa Gomes
27
Ainda, muitos de nós, o escolhem para confidenciar.
departamento de obras públicas I da dst
ficha técnica: edição: dst_domingos da silva teixeira, s.a. redacção e grafismo: departamento de marketing & design margarida pereira e joão pedro sampaio fotografia: hugo delgado, pedro lobo, joão pedro sampaio e margarida pereira periocidade: trimestral tiragem: 500 exemplares pré-impressão e impressão viana e dias, artes gráficas dst_domingos da silva teixeira, s.a. rua de pitancinhos apartado 208 palmeira 4711-911 braga portugal tlf. 351 253 307 200/1 fax 351 253 307 210 www.dstsgps.com alvará de construção civil n.º 2846
demonstração.
globo em que estas distâncias e estas direcções fazem sentido.
ponde a uma indeterminação e repõe a ordem matemática desta
na superfície terrestre. De facto, existe apenas uma posição no
ambos os membros por zero, o que matematicamente corres-
5.º Temos então de pensar neste problema não no plano mas sim
Uma questão de lógica
cortar este multiplicador em ambos os membros, 4(a+b-c) Assim, no penúltimo passo da demonstração quando estamos a
bidimensional (plano), alguma das distâncias tem que estar errada.
primeira expressão. Se a+b=c então significa que a+b-c=0.
ângulo de 90º entre si, abordando o problema apenas na base
c) A explicação deste problema é simples e encontra-se logo na
situação não é possível. Fazendo as duas primeiras direcções um Matematicamente, e de acordo com o teorema de Pitágoras esta
acampamento com intenção de caçar um urso. Dirigiram-se para
=3(a+b-c) , o que estamos a fazer matematicamente é dividir b) "Um dia de manhã, um grupo de caçadores saiu do seu
Isto porque, de acordo com o teorema de Pitágoras, c12+c22=h2 e
2 , 10 , 12 , 16 , 17 , 18 , 19 , ___
12 + 1 2 ¹ 12.
a ) Qual é o número seguinte na sequência lógica:
sul e percorreram 1km até encontrar um urso. Caçaram o urso e de
km.
seguida dirigiram-se para Oeste durante 1km. Descansaram um Nota: Considerar norte geográfico igual a norte magnético
4.º Seguem na direcção do acampamento percorrendo apenas 1
acampamento e percorreram apenas1 km até chegar ao destino
NORTE SÓ EXISTEM URSOS BRANCOS.
3.º Dirigem-se para OESTE durante 1 km;
(acampamento de onde saíram para ir à caça). A pergunta é: de que
6.º LOGO, O URSO SÓ PODE SER BRANCO PORQUE NO PÓLO
2.º Os caçadores encontram um urso e matam-no;
pouco neste local e seguidamente rumaram em direcção ao
1.º Os caçadores dirigem-se para SUL durante 1 km;
cor era o urso que eles caçaram? Esta não é brincadeira. Tem mesmo resposta lógica.
1 Km OESTE
12 + 12 ¹ 12
c) Será q a matemática já não é o que era? Ver demonstração:
1 Km 1 Km
1 Km SUL
1 Km
a+ b=c
1 Km
4a + 4b = 4c 4a-3a + 4b-3b = 4c-3c conhecimentos matemáticos para perceber esta demonstração.
4a-3a + 4b-3b - 4c + 3c = 0
b) Este é mais difícil de explicar. Temos de ter alguns
(direcção do acampamento) para chegarem ao ponto de partida.
4(a + b - c ) 3 (a + b c) = 0
ponto mais a norte do globo andam somente1 km para norte Sequência crescente dos números começados por d.
4(a + b - c ) = 3 (a + b c)
andaram para oeste durante também 1km e se realmente saíram do
4 = 3 ??????
globo. Então, os caçadores saíram em direcção a sul durante 1 km,
duzentos.
Sérgio Xisto
acontece se estivermos exactamente no ponto mais a norte do
a) dois, dez, doze, dezasseis, dezassete, dezoito, dezanove,
departamento de construção civil I da dst
tomada, percorremos inevitavelmente para SUL. Isto somente Respostas:
Existe apenas um local no globo onde qualquer que seja a direcção
A formação para este ano está definida. Para mais informações ou inscrição, contactar dra. Amélia Cerdeira do departamento de qualidade.
curso
horas
curso
horas
Condução Segura Motoristas Pesados
30
Segurança na Construção Civil para Animadores
28
Controlo e Execução de Valas
24
Hidráulica para Mecânicos
32
Valas, métodos construtivos e segurança
30
Microsoft Project Base
30
Aplicação de Misturas Betuminosas
30
Excel Avançado
30
Leitura de Projectos para Encarregados
30
Legislação Laboral
21
Condutores Manobradores de Giratórias
30
Elaboração de Contratos
30
Condutores Manobradores de Dumpers
30
Gestão Ambiental no Sector da Construção - Legislação
21
Condutores Manobradores de Cilindros
30
Geotecnia Aplicada
30
Condutores Manobradores de Retro escavadoras
30
Controlo de Gestão
30
IRS/IRC
30