Newsletter 11 setembro 2006

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...is more trimestral / setembro 2006

edição 11

...

José Távora

José Bernardo Távora tem 48 anos, é arquitecto e filho do também famoso arquitecto Fernando Távora, uma das grandes referências da arquitectura portuguesa. Deu aulas na Faculdade de Arquitectura do Porto durante doze anos mas diz-se arquitecto por engano. Valoriza na arquitectura, as emoções e a criatividade. Tem trabalhado com a dst nas obras do metro do aeroporto e da Praça da Liberdade em Viana do Castelo. Falou connosco. (pag. 22)

incubar ideias e gerar produtos

gestão e valorização crítica da agenda Desafiamos os nossos colaboradores a reflectir sobre o

Decorreu no dia 12 de Julho de 2006 a apresentação pública da Innovation Point S.A., uma sociedade anónima dedicada à

tema da gestão e valorização crítica da agenda e de como

produção de inovação que pertence ao grupo dst.

se organiza o nosso dia-a-dia. (pag. 8) (pag. 2)

dst participa no projecto icbench No universo das empresas dos três perfis de potenciais utilizadores da plataforma que colaboraram e possibilitaram o desenvolvimento do Projecto icBench na fase de teste-piloto está também a dst. (pag. 6)

“Melhores Empresas Para Trabalhar em Portugal” V Encontro Radical dst reforço do espírito de grupo da empresa

A dst candidata-se ao estudo

O Encontro Radical dst fomenta cada vez mais o No sentido de apurar o grau de satisfação dos nossos colaboradores e com o objectivo de determinar a sua receptividade

companheirismo e entreajuda que muito contribuem para

às práticas da empresas, a dst decidiu participar este ano no estudo das “Melhores Empresas Para Trabalhar em Portugal”,

um bom ambiente de trabalho entre os vários departa-

uma iniciativa do Great Place to Work® Institute Portugal.

mentos da empresa. (pag.7)

(pag. 18)


ter agenda para ganhar ao tempo métrica na agenda do nosso mês, que será um zoom do

Este tipo de disciplina não depende de factores externos e

limitações à competitividade e em que são remetidas, na

nosso ano e assim como a semana é um zoom do nosso

muito menos de condições estrururais - depende de nós.

maior parte das invocações, para questões estruturais co-

mês também o dia de trabalho é um zoom da nossa planea-

mo a falta de qualificação, os custos de contexto, o enqua-

da semana. Pontuemos em termos do valor que as res-

dramento legislativo laboral ou a falta de modernidade dos

pectivas tarefas terão, tendo em vista o resultado.

Num tempo em que estão conhecidas e reconhecidas as

Este tipo de rigor fará com que tenhamos mais tempo para os nossos próprios tempos e terá um impacto enorme na nossa produtividade.

gestores, por via de sermos um País de democracia jovem ou por via da nossa iliteracia empresarial, sugerimos que

Vamos ter de ter a certeza de que o nosso tempo é distri-

tentemos encontrar, mais perto de nós, uma das razões que

buído na proporcionalidade do que valem as respectivas ta-

O que nos é pedido é aritmética do primeiro ciclo e não cál-

não será estrutural e cuja solução está à distância de uma

refas , compromissos ou afazeres agendados.

culo infinitesimal.

Vamos investir oitenta por cento do tempo no que vale oiten-

Não existirá inovação sem mudança.

decisão - à distância de um instante. Vencer o tempo a partir da gestão racional do nosso tempo

ta por cento da nossa actividade do dia. Vamos investir cin-

é o desafio proposto.

co por cento do tempo que temos, do dia que temos, no que

Mudemos e inovemos.

vale cinco por cento da nossa actividade. Ganhemos tempo para sermos. g

O que se recomenda é que associado às responsabilidades, competências e funções que todos temos de ter claramente

Não coloquemos isto noutro local que não seja uma folha de

contratadas, com as respectivas chefias, associemos uma

papel branca, a pda ou no computador pessoal. Escreva-

clara e racional atribuição de unidade de tempo.

mos e cumpramos esta hierarquia temporal.

Racional porque a agenda deve ser construída tendo em

Façamos assim todos os dias com a naturalidade com que

vista a valorização das diversas tarefas. Devemos colocar

fazemos as nossas rotinas higiénicas.

José Teixeira CEO da dst

gestão e valorização crítica da agenda Questões como planeamento e gestão da agenda são sempre temas caros a qualquer empresa. Uma empresa sem planeamento é como um barco à deriva, sem rumo, que não age, apenas reage às marés e ao vento. Quem não planeia o seu futuro torna-se mais vulnerável às oscilações e mudanças no mercado. Gasta mais tempo, energia, trabalho e dinheiro a enfrentar problemas que poderiam ter sido antecipados. Planear significa formular estratégias, ferramentas indispensáveis para a conquista do sucesso em quaisquer sectores da vida, seja no ambiente profissional ou pessoal. Há uma frase interessante sobre a importância do planeamento: “A maior conquista é saber o que fazer com ela!” O acto de planear exige métodos sumamente importantes, como, por exemplo, estabelecer os objectivos, os caminhos para alcançá-los e, principalmente, o prazo para o seu alcance. Além disto, há características que, se aliadas ao planeamento, podem potenciar a obtenção do sucesso. Elas são: perseverança, concentração, constante actualização, capacidade de reverter situações adversas, superação de obstáculos, espírito de equipa e motivação. A união entre o planeamento e estas características aumenta sensivelmente as hipóteses de conquista e auxiliam no discernimento sobre o que fazer com esta vitória. Mas na gestão da agenda diária, nem tudo acontece como foi planeado e os obstáculos apresentados são, na verdade, oportunidades de utilizarmos a nossa criatividade para superá-los. “QUEM PLANEIA CORRE O RISCO DE ERRAR. QUEM NÃO PLANEIA DIFICILMENTE ACERTA”. Desafiamos os nossos colaboradores a reflectir sobre o tema da gestão e valorização crítica da agenda e de como se organiza o nosso dia-a-dia. Aqui ficam alguns testemunhos. 2


paulo fonseca departamento de obras públicas II

ordem de urgência e importância.

Tornámo-nos especialistas em apagar fogos, mas os incên-

Se mesmo assim, o tempo não for suficiente, deveremos

dios previnem-se quando empregamos horas nas questões

delegar competências em pessoas que consideremos ca-

importantes. Uma parte substancial do nosso tempo deve

Perante o tema proposto surgiu-me a dúvida sobre a melhor

pazes de executar esses trabalhos, reservando um espaço

ser usada para nos debruçarmos nas questões de fundo, na

maneira de o abordar. Tinha duas hipóteses:

na agenda para acompanhamento, apoio e controlo na exe-

busca de novas ferramentas e metodologias de trabalho, de

1.ª- Procurar documentação (escritos, estudos, artigos)

cução do trabalho delegado.

novas ideias e conceitos que permitam aumentar a nossa

que existe sobre esta problemática usando-a como base.

E porque a vida não é só trabalho, não nos devemos esque-

competitividade. Não será tempo consumido, como poderá

2.ª- Partilhar convosco uma reflexão necessariamente bre-

cer de guardar algum espaço na nossa agenda para des-

parecer no imediato, mas tempo investido que trará provei-

ve mas própria, de como eu organizo / tento organizar a mi-

cansar e para dedicar à família e amigos.

tos a médio prazo.

nha agenda.

Uma correcta organização das tarefas que desempenha-

A primeira hipótese seria mais simples, no entanto não

mos permite cumprir prazos, antecipar ocorrências indese-

emanuel moreira

acrescentaria tanto valor, visto que qualquer um que fosse à

departamento de metalomecânica da dst

Internet de seguida iria acabar por ler algo semelhante ao

jadas e, consequentemente, intervir ao invés de reagir. Outro problema surge no momento da elaboração de um

que eu estava a escrever. Optei então pela segunda hipótese

No altamente competitivo tecido empresarial dos nossos

planeamento: que referencial usar. Dependendo das metas

tentando imprimir um cunho pessoal ao tema.

dias, a ténue diferença entre o sucesso e o fracasso, está

traçadas e, simultaneamente, independentemente dos

Todos nós, no nosso dia-a-dia, nos deparamos com falta

geralmente associada a um único aspecto - produtividade.

objectivos de longo prazo, o planeamento da nossa activi-

de tempo para fazer tudo quanto queremos. Os dias têm 24

Tema recorrente nos dias de hoje, por diversas vezes discu-

dade deve ser feito numa base semanal com actualizações

horas que não são extensíveis, por muito que se queira ou

tido, alvo de inúmeros artigos, teses, publicações e, no en-

diárias. Permitindo, assim, não incorrer no erro de estabe-

se necessite, e nessas 24 horas temos que fazer uma repar-

tanto, ainda apontado como o calcanhar de Aquiles da

lecer um número de objectivos desenquadrado (habitual em

tição do tempo de modo a que se consiga fazer pelo menos

economia portuguesa. Produtividade é basicamente defini-

planeamentos mensais ou anuais) mas deixando algum es-

quatro coisas: trabalhar, descansar, partilhar e conviver.

da como o rácio entre o esforço dispensado na produção de

paço para que se observe um pouco mais do que apenas os

Um dia tem 24 horas, cada hora 60 minutos, cada minuto,

algo (mensurável em termos de custo económico, tempo

assuntos urgentes (frequente num planeamento diário) e

60 segundos. Como não é possível encolher ou esticar es-

consumido, etc.) e o resultado obtido com esse esforço.

seja possível agir profilacticamente. Os momentos que an-

tas quantidades, cabe a cada um a gestão da sua agenda,

Apesar de condicionada por inúmeras variáveis está indis-

tecedem a elaboração desse planeamento devem ser diri-

de modo a que o tempo gasto em cada tarefa seja conside-

sociável de um elemento chave: organização. A forma co-

gidos a uma análise crítica dos planeamentos anteriores,

rado tempo ganho e não perdido. Por exemplo, não existe

mo se organizam tarefas, estabelecem prioridades e se de-

medindo o número de metas alcançadas, perceber as ra-

ganho em adiantar um trabalho que tem um prazo limite de

finem objectivos, podem permitir obter os resultados dese-

zões do não cumprimento do mesmo ou se foi pouco ambi-

execução longínquo, atrasando com isso um processo

jados com menor esforço e maior rapidez, aumentando

cioso. Contudo, mesmo uma perfeita organização das tare-

urgente.

assim a eficiência. Estar-se constantemente ocupado não é

fas numa agenda estão vulneráveis à desorganização exter-

Assim, para uma melhor gestão da agenda, aconselho a fa-

sinónimo de eficácia.

na e que não está sob o nosso controlo. Por isso uma urgên-

zer balizamentos semanais, assinalando em primeiro lugar

A desorganização rouba tempo ao trabalho mas uma cor-

cia por nós criada, tem tendência a tornar-se a urgência de

todos os elementos fixos conhecidos à partida e que dificil-

recta gestão do tempo, a elaboração de um planeamento ri-

terceiros, criando um efeito de bola de neve. A desorgani-

mente conseguiremos alterar, tais como reuniões ou outros

goroso, a busca do óptimo exige motivação, disciplina e es-

zação dos outros pode ser nada mais que o reflexo da nos-

encontros onde a presença é absolutamente necessária. De

forço. A melhor maneira para lidar com a desorganização é

sa. Deveremos concentrar energias e desenvolver esforços

seguida, inserir na agenda datas limites para entrega de

ser implacável na eliminação das coisas que não são ne-

no sentido da redução das urgências, só assim caminha-

processos, podendo estas datas serem fixadas como um

cessárias. A principal dificuldade na gestão do tempo é

remos no sentido do contínuo aumento da produtividade e

objectivo interno ou por um elemento externo. Por fim, in-

conseguir distinguir o que é urgente daquilo que é realmente

na senda da excelência. “O essencial não é dar prioridade ao

cluímos na agenda todos os outros trabalhos que temos de

importante, o essencial do acessório. A realidade é que

que está na agenda mas ordenar na agenda as prioridades”.

executar e que fazem parte do nosso dia-a-dia. Provavel-

acabamos por dedicar muita energia e recursos a resolver

mente depois de introduzir toda esta informação, iremos

as questões urgentes e que acabam por retirar tempo para

olhar para a agenda e pensar que não conseguimos fazer

abordar os temas efectivamente importantes que podem

todos aqueles trabalhos. Devemos então atribuir critérios

marcar a diferença. Quando uma parte significativa (ou a

de ponderação a cada tarefa de modo a cumprir sempre

totalidade) do nosso tempo é consumida na resolução de

Preâmbulo

com os prazos estabelecidos e executar os trabalhos por

urgências algo vai mal e devemos dar o sinal de alerta.

Qualquer abordagem que se faça sobre planeamento, será

3

josé pacheco departamento de construção civil II


sempre um balanço entre o que fazemos pelo que nos pa-

hoje com o director geral.

não perder tempo a lamentar aquilo que não se conseguiu fazer.

gam, conhecendo claramente o trabalho verdadeiramente

A ordenação das tarefas pelo dia deverá ser feita com base

importante, e o tempo disponível, dando a sua real impor-

no rácio tempo/prioridade (podendo inclusive delegar algu-

tância ao hoje. É forte a tendência para alguns assuntos,

mas tarefas ganhando tempo para as mais prioritárias).

considerar o tempo do dia de amanhã mais adequado do

As tarefas podem ser divididas por:

que o de hoje escapando.

1.º as que têm de ser feitas hoje;

O ideal é vivermos a cem por cento o minuto presente, es-

2.º as que deviam ser feitas hoje;

josé pedro castro departamento de construção civil I

Um consultor, especialista em Gestão do Tempo, quis sur-

tando totalmente dedicado ao que se está a fazer. O que

3.º as que podiam ser feitas hoje.

preender a assistência numa conferência. Tirou debaixo da

acontece é que na maioria das vezes não se atinge esse

É provável que se chegue ao fim do dia sem terminar as

mesa um frasco grande de boca larga. Colocou-o na mesa,

ideal, porque o dia de hoje está enquadrado entre o dia de

tarefas do 1.º e 2.º ponto, mas se se trabalhou de acordo

junto a uma bandeja com pedras do tamanho de um punho

ontem e o de amanhã. É de vital importância conhecer o en-

com as prioridades, as mais importantes estarão realiza-

e perguntou:

quadramento ou o significado do dia de hoje, e saber clara-

das.

- Quantas pedras pensam que cabem neste frasco?

mente a sua importância no conjunto da tarefa. Assim, o

O planeamento do dia não é feito de forma rápida, deve ser

Depois dos assistentes fazerem as suas conjecturas, co-

planeamento do dia de hoje é uma consequência dos dias

atribuída uma parte razoável do dia para esse planeamento.

meçou a meter pedras até encher o frasco.

passados e antecipação dos dias futuros. É nele que pode-

A parte do dia dedicada a esse planeamento deverá ser o fi-

Depois perguntou: - Está cheio?

mos reflectir de forma crítica o passado e preparar o futuro.

nal do dia havendo a possibilidade de “dormir” sobre o as-

Toda a gente olhou para o frasco e concordou que sim. En-

Agenda

sunto e por vezes alterar as prioridades na manhã seguinte.

tão ele tirou debaixo da mesa um saco com gravilha. Meteu

As agendas existem em muitos formatos sendo a sua esco-

O plano do dia deve ser continuamente monitorizado no

a gravilha dentro do frasco e agitou-o. As pedrinhas pene-

lha sobretudo uma questão pessoal, mas são sempre um

sentido de se verificar se não existem tempos “mortos”.

traram pelos espaços que deixavam as pedras maiores.

instrumento indispensável na planificação do tempo. O pri-

Verificar claramente as causas da transferência de uma ta-

O consultor sorriu com ironia e repetiu: - Está cheio?

meiro aspecto a estabelecer é, qual a política clara que defi-

refa para o dia seguinte, pôr constantemente a questão do

Desta vez os ouvintes duvidaram: - Talvez não.

ne a data limite para aceitar compromissos. Por princípio

“O que tem mais importância?” pois a sua resposta depen-

- Muito bem! E pousou na mesa um saco com areia que co-

devem-se manter as opções individuais em aberto tanto

de das circunstâncias, das alterações e necessidades do

meçou a despejar no frasco filtrando-se nos pequenos bu-

tempo quanto possível. Não se devem agendar compro-

momento.

racos.

missos a menos que tenhamos a certeza de os cumprir.

Se o planeamento diário não está a ser cumprido devem ser

- Está cheio? - Perguntou de novo.

Os primeiros assuntos a assumir na agenda são os já esta-

colocadas as questões:

- Não! - Exclamaram os assistentes.

belecidos: feriados, férias, e outros compromissos sociais

1) A planificação foi feita sobre pressão externa?

- Bem dito! - E pegou numa jarra de água, que começou a

ou familiares. Seguidamente devemos anotar os compro-

2) Existem tarefas dependentes de decisões de terceiros?

verter para o frasco. O frasco absorvia a água sem trans-

missos de trabalho de médio e longo prazo, tendo sempre

3) Existem tarefas para as quais não se está preparado?

bordar.

claro as datas de início e as datas limite de execução das

4) Existem demasiadas interrupções de terceiros?

- Bom, o que acabamos de demonstrar? - Perguntou.

várias tarefas.

5) A tarefa estava claramente definida?

Um ouvinte respondeu:

De repente a agenda em branco vai ficando “cheia”, no en-

6) Está na posse de toda a informação?

- Não importa o quão cheia está a agenda, se quisermos,

tanto, é necessário que haja espaço para planificar o dia-a-

7) A tarefa foi abandonada por ser difícil ou aborrecida?

sempre conseguimos fazer com que caibam mais coisas.

dia, e isto como primeira prioridade.

8) Estará a agendar-se demasiadas tarefas para um dia?

- Não! - Retorquiu o especialista. - O que esta lição nos en-

O dia-a-dia

Conclusão

sina é as pedras grandes devem ser colocadas primeiro.

Planificar o dia é uma disciplina essencial. A elaboração de

- Executar planeamentos tendo como tempo base o dia.

A organização das pedras é fundamental para o sucesso

lista de tudo o que precisamos de fazer e do que pretende-

- Concentrar a sua actividade no dia e não ficar a pensar no

profissional. A maioria das pessoas está preparada para

mos atingir no tempo de que dispomos é fundamental.

dia de ontem ou no dia seguinte.

desempenhar a sua profissão, mas são poucas as que a

É preciso estabelecer um tempo para cada tarefa e no final

- Criar uma lista de tarefas para organizarmos por ordem de

desempenham de forma eficiente.

verificar o tempo efectivamente gasto e compará-lo com o

prioridades, feita ao fim do dia, para ser executada no dia

A falta de tempo na vida profissional é, cada vez mais, um

estimado. Este exercício feito de forma sistemática, ajuda a

seguinte.

problema. Muitas vezes ouvimos que não há tempo, que te-

atribuir tempos cada vez mais precisos.

- Analisar no final do dia a actividade do dia, identificando

rá que se fazer na hora de almoço, ou ainda que o dia deve-

Estabelecer prioridades para cada tarefa em que se pese

os êxitos e a causa dos fracassos.

ria ter mais de 24 horas. Não podemos alterar o número de

sempre a urgência e sua importância. É urgente a repara-

- Dizer não às interrupções dos outros que não acres-

horas do dia, mas podemos interferir na gestão do nosso

ção de um equipamento, mas não é importante. É impor-

centam valor e comprometem a sua actividade.

tempo.

tante preparar a estratégia para o próximo ano, mas não é

- Não tornar a lista diária fechada mas flexível para as tare-

Uma correcta gestão do tempo assenta sempre na elabo-

urgente. É urgente e importante preparar uma reunião de

fas importantes, tentando pensar no que se está a fazer e

ração de uma agenda, onde são organizadas, planeadas e 4


“fogos” numa actividade face às restantes o que caso se

enumeradas as tarefas consoante a sua importância hierár-

uma após a sua realização. Esta lista deve ser

quica.

não acontecer pode implicar o descalabro de toda a nossa

guardada para o dia seguinte. Para quem já está a pensar que tudo isto é muito complicado, questiono

Despender tempo com as pedras pequenas, que geram ne-

organização. Como conseguimos?

nhum ou pouco valor são opções contra producentes.

Dar o tempo necessário aos problemas principais, reagin-

quem não faz já isto numa simples folha de papel

Lembrem-se: Ponham sempre as pedras grandes primeiro!

do-lhes imediatamente. Classificar os problemas que po-

branco??!!

O resto encontrará o seu lugar.

dem surgir e seleccionar os que são da nossa responsa-

Organizar o tempo dos outros

Por fim concluiu:

bilidade e os que podem/devem ser delegados.

Estamos aqui a falar da organização pessoal, no en-

- A minha pergunta é: Como é que se encaixam as pedras

Como utilizamos o nosso tempo

tanto os que nos rodeiam podem ajudar (ou não), des-

Depois de definirmos prioridades, devemos analisar a for-

de que consigamos (ou não) orientá-los e organizá-

ma como utilizamos o tempo. Permite identificar as activi-

los.

rui martins

dades que consomem mais tempo, revela os problemas

O nosso chefe

departamento de construção civil I

que podem surgir bem como as respectivas soluções.

Pode fazer-nos perder tempo com reuniões infindá-

no vosso dia a dia?

A melhor forma é criar uma agenda diária, com planea-

veis, interrupções, pedidos triviais e um sem número

mento a 2 ou 3 semanas (uma semana não nos dá ideias

de situações. Como o autor indica podemos não po-

leitura de um famoso bestseller - “Como ser ainda melhor

padrão), e diariamente analisando (escrevendo e classifi-

der fazer nada contra isso, mas devemos aprender a

gestor” de Michael Armstrong - resolvi escrever-vos umas

cando as actividades) em períodos aleatórios de tempo

não fazer o mesmo à nossa equipa.

Respondendo ao desafio da nossa administração e após a

palavras para que todos consigamos fazer uma melhor

(p.ex. 2.ª das 15h às 17h, 3.ª das 9h30 às 10h45, etc,)

Afirmações do tipo “Creio que já esclarecemos este

gestão e valorização crítica da nossa agenda diária.

quais as tarefas que realizou e a sua utilidade real obtendo-

problema” ou “Vou deixá-lo por agora, para poder dar

Começo pelo case study que o livro apresenta, que expõe

se assim uma avaliação à utilidade do tempo gasto por nós.

andamento ao assunto”, são efectivamente úteis...

ao leitor o desafio de aceitar ou não uma tentadora proposta

Organizar o nosso tempo

Os nossos colegas

para “abraçar” um aliciante projecto que iria absorver 1 dia

Após a análise indicada detectamos obviamente falhas no

Dentro do espírito acima citado, devemos tentar “edu-

da semana em exclusivo.

planeamento de tarefas tal como na definição de priorida-

cá-los” para evitar interrupções, tentando para os ca-

Partindo do pressuposto que temos a nossa agenda bas-

des. Devemos encaixar todas as tarefas no tempo disponí-

sos não urgentes tentar reunir mais tarde para resolver

tante preenchida, que faríamos? Aceitamos! Mas… se os 5

vel e cumpri-las por ordem de importância.

todos os problemas surgidos entretanto ao invés de

dias não nos chegam para as tarefas que nos estão dele-

A maioria de nós considera isto difícil, planear as tarefas a

fazermos mini-reuniões de 5 em 5 minutos…

gadas... que faremos agora com apenas 4 dias?!

cumprir, pois achamos que trabalhamos melhor sob pres-

Os nossos colaboradores

Com esta atitude admitimos que basta organizarmo-nos

são e com prazos quase impossíveis de cumprir.

Poupamos tempo se tivermos presente o que cada um

melhor para cumprir a função corrente em 4/5 do tempo

E quando não há pressão? Não executamos tarefas?!

é capaz de fazer e se conseguirmos delegar as tarefas

que lhe dedicamos actualmente. Temos assim de repensar

O melhor é minimizar a necessidade de trabalhar sob pres-

de forma clara e precisa - o quê, como, e quando;

sistematicamente a forma como utilizamos o nosso tempo.

são, organizando a semana ou dia - planear a longo prazo

Devemos aprender a dizer agora não… desde que

Análise

(visão global) organizando as actividades semanais de

indiquemos a melhor altura e que este timing seja

Será a primeira etapa a vencer. Descobrir de que forma po-

forma abrangente, indo ao pormenor ao planear o dia-a-dia.

efectivamente cumprido.

demos melhorar a utilização do tempo. As nossas funções,

Utilize a sua agenda

Conseguir conversar em termos gerais com toda a

tarefas que temos de desempenhar e respectivos objecti-

Não se deve sobrecarregar as agendas diárias. Devemos

equipa ao mesmo tempo acerca dos mais diversos

vos a atingir e aos quais devemos tentar impor ordens de

criar períodos de tempo livre (sem reuniões, sem

assuntos é normalmente uma boa estratégia -

prioridade.

compromissos) para planear, ler, escrever e lidar com o

devemos disponibilizar algum tempo na agenda para

Esta primeira actividade torna-se complicada se sob a nos-

inesperado.

esta actividade - porque permite uma visão mais

sa alçada estiverem áreas de responsabilidade (rec. Huma-

Planeamento semanal - Visão global

global e uma plateia mais extensa para os problemas

nos, componente financeira, produção, etc.) donde surgi-

Devemos no início da semana planear a utilização do

de cada um e do respectivo grupo.

rão obviamente vários pontos de conflito.

tempo, avaliando as tarefas e estabelecendo prioridades.

Contactos externos

Aconselha-se que antes de chegarmos aos pormenores

Planeamento diário - Visão pormenorizada

Aplicam-se todas as regras acima citadas.

devemos começar por uma visão global.

Consultar a agenda no início de cada dia para confirmar os

Em jeito de nota final, acrescento que estas são regras

O objectivo que se pretende é relativizar a importância de

planos e compromissos. Rever o dia anterior para verificar

que eu próprio tentarei implementar para que consiga

cada um dos objectivos para mais facilmente definir priori-

se há assuntos pendentes por resolver e inspeccionar se há

efectivamente como se pretende fazer uma valoriza-

dades para as suas tarefas. Note-se que após esta primeira

questões pendentes ou novas “entradas” por resolver.

ção do nosso dia a dia…Espero que vos seja útil!

etapa vencida devemos criar mecanismos de manutenção

Em seguida devemos fazer uma lista de tarefas atribuindo

«Eu perdi tempo, agora é ele que me perde a mim»

prioridades e indicando posteriormente uma nota em cada

(Ricardo II).

preventiva de forma a minimizarmos o aparecimento de 5

(continuação pág. 17)


IABMAS'06

dst participa no projecto icbench

A terceira conferência internacional da IABMAS - Interna-

O Projecto Indicadores de Desempenho e Produtividade -

tional Association for Bridge Maintenance and Safety teve

IDP cuja designação adoptada é icBench, está a ser

O Projecto IDP tem objectivos que ultrapassam a simples

lugar no edifício da Alfândega do Porto, de 16 a 19 de Julho

desenvolvido pela Faculdade de Engenharia da Universi-

transposição para o contexto português da experiência bri-

e contou com o apoio e presença da dst como expositor.

dade do Porto com o apoio do IMOPPI e da ADI (Agência da

tânica, tendo sido desenvolvidos indicadores específicos

Esta Associação visa promover a cooperação internacional

Inovação), tem como objectivo estabelecer um conjunto de

que se consideram relevantes para um correcto diagnós-

nas áreas da manutenção, da segurança e da gestão das

Indicadores de Desempenho e Produtividade destinados ao

tico da indústria da construção portuguesa. Por outro lado,

pontes para, desta forma, melhorar o bem-estar das

diagnóstico e avaliação das diversas empresas do universo

criou-se uma plataforma web que disponibiliza um conjun-

sociedades.

da Construção Civil - Construtores, Consultores e Comer-

to de funcionalidades que as empresas possam utilizar

Em termos específicos, a IABMAS lida com a reparação, a

ciantes/Fabricantes de Materiais de Construção.

como apoio à tomada de decisão na sua gestão corrente.

mo de alguns dos seus sectores mais representativos.

reabilitação e a gestão de sistemas de pontes, com as

No universo das empresas dos três perfis de potenciais

Segundo Jorge Moreira da Costa, um dos responsáveis

necessidades dos proprietários, com os planos de

utilizadores da plataforma que colaboraram e possibilita-

pela iniciativa, a utilização do “benchmarketing é sempre

financiamento, de custos e de investimento para o futuro,

ram o desenvolvimento do Projecto icBench na fase de

complicada em qualquer indústria”. Segundo o docente da

com os riscos e a segurança das pontes, entre outras

teste-piloto está também a dst.

FEUP, as várias experiências que têm havido não têm tido

questões.

No projecto icBench foi desenvolvida uma plataforma web

uma grande representatividade, porque é pedido às

Dirigindo-se aos profissionais que trabalham com este tipo

que permite às empresas efectuar um auto-diagnóstico das

empresas para fornecerem dados uma vez por ano que,

de estruturas, desde os investigadores universitários, aos

suas actividades produtivas, quer ao nível do desempenho

depois de tratados, radiografam o desempenho da

representantes das secções de engenharia de pontes,

anual quer em operações individuais realizadas. Possibilita

indústria. Já neste projecto, não é pedido às empresas para

passando por todos aqueles que actuam nas autoridades

também a análise da sua posição relativamente aos resul-

fornecerem dados para um bem global, embora isso

locais e nas áreas de transporte, de consultoria e de

tados agregados dos seus concorrentes, permitindo o esta-

também vá acabar por acontecer, mas sim em seu bene-

construção, a IABMAS'06 teve como principal objectivo

belecimento de novos patamares de desempenho e oportu-

fício próprio. Ao introduzirem dados sobre as suas opera-

reunir o que de melhor se tem feito ao nível da manutenção,

nidades de melhoria.

ções, obras, projectos ou vendas, podem imediatamente

da segurança e da gestão das pontes. g

Iniciativas e estudos semelhantes estão em curso em di-

ter um diagnóstico do modo como a sua empresa está a

versos países, como o Construction Industry Institute (CII)

funcionar: o que é que correu melhor ou pior, onde é que o

Benchmarking and Metrics Programme - EUA, Sistema de

cliente ficou mais satisfeito ou onde é que houve maiores

Indicadores para Benchmarking na Construção Civil - Brasil

desvios de prazos, por exemplo. Estes elementos são

e Corporation de Desarrolo Tecnológico - Chile. No entanto,

essenciais para que depois, de forma rápida, as empresas

a sua principal inspiração é o programa britânico criado em

possam mudar de estratégia. Essa informação surge

1999, no seguimento da publicação do Relatório Rethin-

também, posteriormente, com os indicadores de desempe-

king Construction de análise da indústria da construção

nho global na indústria, na qual a empresa também se pode

britânica. Este programa, liderado pelo organismo oficial

posicionar relativamente à performance do resto da

Constructing Excellence, publica anualmente os KPI - Key

indústria da construção.

Performance Indicators. Estes indicadores reflectem o

Os primeiros resultados deste projecto vão ser apresen-

desempenho desta indústria, tanto em termos globais co-

tados no final do ano. g 6


“Melhores Empresas Para Trabalhar em Portugal” A dst candidata-se ao estudo as comunicações são acessíveis e de duas vias.

informação recolhida por parte de outras reputadas fontes,

boradores e com o objectivo de determinar a sua receptivi-

Quanto à dimensão do “Respeito”, é avaliado o envolvi-

tais como artigos publicados nos media sobre a com-

dade às práticas da empresa, a dst decidiu participar este

mento dos colaboradores nas decisões relevantes; o res-

panhia.

ano no estudo das “Melhores Empresas Para Trabalhar em

peito pelos colaboradores como indivíduos com vidas pes-

A lista das Melhores Empresas para Trabalhar na Europa é

Portugal”, uma iniciativa do Great Place to Work® Institute

soais e a criação de oportunidades para o desenvolvimento

publicada anualmente pelo Financial Times. Uma lista de

Portugal.

e reconhecimento pelo trabalho bem feito.

Melhores Empresas para Trabalhar é produzida em cada um

Com este estudo, o Great Place to Work® Institute pre-

No caso da dimensão “Imparcialidade”, é avaliada a “equi-

dos países que se seguem, sendo posteriormente incluídas

tende reconhecer as empresas que realmente marcam a

dade” - tratamento equilibrado em tudo, em termos de pré-

na Lista da Europa: União Europeia (Alemanha, Áustria,

diferença para os seus funcionários e identificar as melho-

mios; “imparcialidade” - ausência de favoritismo ao nível

Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia,

res práticas de gestão de pessoas existentes no mercado.

das contratações e promoções e “justiça” - ausência de

Holanda, Irlanda, Itália, Portugal, Reino Unido e Suécia) e

Adicionalmente, tem como objectivo reforçar a cobertura

descriminação e mecanismos de apelo.

Noruega.

dada a estes resultados pelos media, promovendo as me-

No que diz respeito à dimensão “Orgulho”, é avaliado no

Em cada país, as empresas que constam nas Listas Nacio-

lhores práticas das organizações. Posteriormente, será

trabalho pessoal, contributos individuais; no trabalho pro-

nais são de novo avaliadas de modo a permitir a selecção

No sentido de apurar o grau de satisfação dos nossos cola-

realizado um evento para a atribuição de prémios às vence-

duzido por um elemento da equipa ou pela equipa e dos

das 100 Melhores da Europa. Estas companhias também

doras, o que coincidirá com a publicação da lista, prevista

produtos da organização e do seu impacto da comunidade.

são candidatas aos Prémios Especiais.

para o primeiro trimestre de 2007.

A última dimensão é a da “Camaradagem”. Aqui é avaliada

O Consórcio Great Place To Work® Institute Europe foi

A chave da definição de excelente empresa para se tra-

a oportunidade de ser si próprio; comemorações e o sen-

contratado pela Comissão Europeia para dar continuidade a

balhar - um local onde os colaboradores "acreditam nas

timento de pertencer a uma “família” ou “equipa”.

esta iniciativa em 2002-2003. Desde 2004, o Great Place To

pessoas para quem trabalham, têm orgulho no que fazem e

Seguem-se alguns exemplos das afirmações:

Work® Institute Europe continua a liderar este importante

gostam das pessoas com quem trabalham" - é a ideia de

- Credibilidade: “Os superiores mantêm-me informado(a)

trabalho.

que a qualidade dos ambientes de trabalho pode ser avalia-

sobre os assuntos e as alterações mais importantes na

A Lista das 25 Melhores Empresas para Trabalhar em

da através da qualidade de três relações inter-ligadas: a

empresa. São confiadas muitas responsabilidades aos

Portugal em 2006 foi elaborada pela Sperantia®, repre-

relação entre os gestores e os colaboradores; a relação en-

colaboradores”.

sentante do Great Place to Work® Institute em Portugal,

tre os colaboradores e os seus empregos/empresas e a

- Respeito: “Os superiores ouvem-nos nas decisões que

tendo sido publicada pelo jornal Público e pela revista Dia D.

relação entre colaboradores.

afectam as nossas actividades ou o nosso ambiente de tra-

A Amgen foi considerada a "Melhor Empresa para Trabalhar

O Trust Index © é o instrumento que mede o nível de con-

balho. A empresa disponibiliza cursos de formação ou de

em Portugal 2006", bem como a "Melhor Farmacêutica" em

fiança, de orgulho e de camaradagem no ambiente de tra-

aperfeiçoamento com vista à minha valorização profis-

Portugal e na Europa. À Microsoft, classificada em segundo

balho. As respostas dos colaboradores a este questionário

sional”.

lugar, este ano, coube-lhe receber pelas mãos do Ministro

têm um peso significativo na nota final das empresas das

O questionário contém ainda uma pergunta aberta no final

da Economia, o prémio como "A Melhor das Melhores (ao

Listas das Melhores Empresas para Trabalhar. Este questio-

que permite que os colaboradores exprimam, através das

longo de 5 anos)". Classificada no terceiro lugar, a Mapfre

nário será aplicado em papel e on-line. Os colaboradores

suas próprias palavras, os aspectos que tornam único o

foi a Melhor Seguradora. Um Prémio adicional foi atribuído à

deverão enviar o questionário directamente para o Great

seu ambiente de trabalho. O tempo de conclusão do ques-

Real Seguros, sendo um incentivo por ter sido a "Melhor

Place To Work® Institute Portugal via Correio (porte pago)

tionário não excede os 15 minutos

Portuguesa".

ou via on-line.

Os questionários distribuídos deverão ser entregues até 2

Adicionalmente, destacaram-se áreas-chave para se ser

O referido questionário é composto por cerca de 50 afirma-

de Outubro.

uma Melhor Empresa Para Trabalhar: "Equilíbrio entre a Vida

ções que englobam a Credibilidade, o Respeito, a Imparcia-

Qualquer empresa que conste na lista é inicialmente selec-

Pessoal e Profissional" (Amgen), "Atribuição de Benefícios

lidade, o Orgulho e a Camaradagem - as cinco Dimensões

cionada com base nas respostas dos seus colaboradores

Especiais" (Microsoft), "Igualdade de Géneros" (Microsoft),

correspondentes ao Modelo© Great Place To Work®.

ao questionário Trust Index©, uma pesquisa desenvolvida

"Ética na Gestão" (Microsoft), "Política de Porta Aberta"

Assim, no caso da dimensão da “Credibilidade”, é avaliada

pelo Great Place to Work® Institute. Adicionalmente, são

(Microsoft), "Capital Intelectual - Aposta em Formação"

a competência na condução do negócio; a integridade e

avaliados os materiais fornecidos pela empresa, incluindo

(Amgen), "Sem Preconceitos" (Amgen) e "O Ambiente de

condução da visão da administração com consistência e se

a resposta da mesma ao Culture Audit©, bem como a

Trabalho Mais Divertido" (Microsoft). g

7


Prémio Innovation Point 2006 Concurso nacional para distinguir ideias inovadoras de universitários Com um modelo de actuação, também ele inovador, a Innovation Point pretende potenciar o aparecimento de novas ideias criando para esse efeito o Prémio Innovation Point, Concurso Nacional de Inovação para Estudantes do Ensino Superior, com periodicidade anual, e que se distingue pelo facto de premiar os autores das melhores ideias

incubar ideias e gerar produtos

com propostas de parcerias estratégicas de desenvolvimento dos produtos. José Teixeira anunciou, na apresentação pública da empresa, que o concurso se dirige a estudantes do ensino superior, universitário ou politécnico, público ou privado e a estudantes estrangeiros que frequentem o ensino em Portugal ao abrigo de programas de mobilidade. As candidaturas, que podem ser individuais ou apresentadas em equipas, “às quais se podem juntar docentes ou investigadores”, têm de ser apresentadas até 3 de Novembro. O período de análise das candidaturas decorre de 6 a 30 de Novembro e a sessão de entrega de prémios realiza-se entre 11 e 20 de Dezembro. Podem ser apresentadas "a concurso ideias inovadoras em qualquer área, com elevado potencial de mercado, nos formatos de modelo de negócio, de produto (bem) e de produto (serviço)". Os projectos são avaliados por um júri que integra elementos da Innovation Point, do Plano Tecnológico, do IAPMEI, da Agência de Inovação, da TecMinho e da Associação Industrial do Minho. O projecto vencedor será recompensado com um Prémio monetário e com um Diploma “Ideia Inovadora do ano Innovation Point”. Será ainda estabelecida uma parceria de negócio com o premiado para o desenvolvimento de um protótipo e eventual lançamento no mercado com o apoio da Innovation Point (mediante avaliação). g

Decorreu no dia 12 de Julho de 2006 a apresentação

pública, educação de nível superior e exploração

pública da Innovation Point S.A., uma sociedade anónima

vocacional, através de tecnologias móveis.

dedicada à produção de inovação que pertence ao grupo

O primeiro produto, lançado nessa semana, denomina-se

dst.

“where-to-invest-in-portugal.com”, uma solução global de

A apresentação contou com a presença de sua Ex.ª o

marketing territorial dirigida aos municípios para a atracção

Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do

de investimento directo, explicou o responsável. Trata-se de

Consumidor, Dr. Fernando Serrasqueiro e do Coordenador-

uma solução que permite aos municípios adquirir

Adjunto do Gabinete do Plano Tecnológico, Dr. Rui Grilo,

visibilidade no contexto dos processos de decisão das

para além de cerca de duas dezenas de Presidentes de

empresas investidoras, nomeadamente no que se refere à

Câmara e de representantes do IAPMEI, Banca,

selecção de localizações vantajosas e que já motivou o

Universidades, TecMinho e Associação Industrial do

interesse da Croácia.

Minho.

A propósito do Processo de Bolonha, a “Innovation Point”

O presidente do Conselho de Administração da “Innovation

lançou um programa de Investigação & Desenvolvimento +

Point”, José Mendes (ex-vice-reitor da Universidade do

Inovação, tendo em vista o desenvolvimento de soluções

Minho), explicou que a missão da empresa consiste em

de gestão da aprendizagem que endereçam esta nova

“incubar ideias e gerar produtos”. O respectivo modelo de

realidade, com perspectiva de lançamento no mercado

actuação começa na geração de ideias, seguindo-se a

internacional.

identificação de oportunidades e avaliação da ideia, a

Para José Teixeira, vogal do Conselho de Administração da

incubação da ideia, o desenvolvimento e a comerciali-

empresa e administrador da dst, foram três as motivações

zação.

para a criação da empresa "uma certa responsabilidade

Para 2006 estão previstos serem desenvolvidos projectos

social empresarial; acreditar no plano tecnológico em curso

no âmbito do ambiente, engenharia e construção,

e por fim, a mensagem da qualificação, da procura do

tecnologias da informação e conteúdos, administração

conhecimento que é objecto desta empresa". g

8


dst certifica madeiras

José Teixeira (ceo dst), Filipe Gomes (director da Concreta) e Jorge Costa (Secretário de Estado das Obras Públicas)

dst apoia associações de Monção O mecenato deu o primeiro passo no concelho de Monção.

importância do contributo para a colectividade e desejou

Após mais um difícil e esforçado percurso de preparação, a

Numa cerimónia realizada na Casa do Curro, no pas-sado

que este gesto possa ser seguido por outras empresas.

dst viu o seu Sistema de Gestão da Qualidade merecer a

mês de Julho, a dst apoiou oito associações do concelho

António Lages, da banda de Tangil, referiu-se ao incentivo

respectiva certificação na dst madeiras, segundo a Norma NP EN ISO 9001:2000, a qual foi atribuída pela APCER em

com uma quantia global de 55 mil euros.

dado por este apoio na minimização de algumas lacunas no

O apoio destina-se a aquisição de equipamento para a

Módulo auto-suficiente, vista exterior instrumental.

Módulo auto-suficiente, vista interiordo certificado n.º 2006/ 25/05/06 com a emissão

terceira idade (centros sociais e paroquias de Bar-beita,

Emília Marinho, em representação do CENSO, abordou a

CEP.2714.

Pias, Podame e CENSO), comparticipação para aquisição

componente solidária desta iniciativa, sublinhando os ga-

Mais uma certificação numa das áreas da dst, constitui

de um veículo para transporte de utentes (APPACDM);

nhos junto da terceira idade.

mais uma etapa no caminho da consolidação da melhoria

compra de instrumentos musicais (bandas de Monção e

Manuel Domingos, da APPACDM, referiu que este protocolo

contínua e de elevados padrões de exigência e rigor que

Tangil) e material desportivo (Moreira).

sinaliza um “empurrão” junto das instituições e realçou os

permitem assegurar a satisfação dos clientes.

O presidente da autarquia, José Emílio Moreira, referiu que

aspectos positivos do mecenato: “Quanto maior for a apos-

Gradualmente, todos os colaboradores da dst envolvidos

“esta disponibilidade financeira da empresa” reflecte “um

ta no mecenato maior sustentabilidade terá a empresa”.

neste novo âmbito de certificação se foram apercebendo

contributo valioso para o desenvolvimento da actividade

O presente protocolo enquadra-se na lei do mecenato,

das vantagens e necessidades da implementação de um

das associações locais”. “Trata-se de um gesto altruísta

aprovado por decreto-lei 74/99, de 16 de Março, e respect-

Sistema de Gestão da Qualidade e dos procedimentos por

que complementa o esforço e a dedicação da autarquia e

vas alterações. O apoio dispensado às instituições abran-

ele impostos, até porque, foi fácil reconhecer que a

dos responsáveis associativos”, acentuou.

gidas foi feito numa única prestação no decorrer da cerimó-

finalidade é a satisfação plena dos clientes, a confiança do

Para José Teixeira, ceo da dst, este “acto de reflexão” privi-

nia. O objectivo geral é cooperar na dinamização dos valo-

mercado em geral e, tudo, através da organização, eficácia

legia “a dinâmica social, cultural do movimento associa-

res sociais, culturais e desportivos do concelho. g

e eficiência interna da empresa. Foi também, nesta data, considerado pelo mesmo

tivo” contribuindo para “a valorização dos locais e harmonização das pessoas do concelho de Monção”. José Teixeira

organismo certificador encontrarem-se reunidas as

defendeu ainda a proliferação desta pratica solidária por

condições necessárias à renovação da certificação do SGQ

parte das empresas privadas.

implementado na produção de betão pronto, produção e

Avelino Lima, da Banda Musical de Monção, destacou a

aplicação de betão betuminoso. g

9


dst e Mosteiro de Tibães editam partitura inédita No âmbito do projecto “Os Beneditinos e a Arte Musical”,

Nesta sala foram interpretadas por Inês Villadelprat Barros

de Francisco António de Almeida (Miserere mei, Deus

que o Mosteiro de São Martinho de Tibães tem vindo a

(soprano), Magna Ferreira, (soprano), Ana Rufino, (violino),

[1702-1755]).

desenvolver desde 2005, realizou-se no dia 20 de Maio às

Débora Correia, (violino), Isabel Figueroa, (violoncelo) e

Passados à Sala do Recibo, foi altura de ouvir as obras de

16 horas um sarau musical intitulado “MÚSICA no

Ana Mafalda Castro, (órgão e Direcção Musical), obras de

António da Silva Leite (Paratur Nobi; Vota me a Domino e

MOSTEIRO”, uma actividade de Música Sacra Portuguesa

António da Silva Leite (Psalite Deo nostro [1759-1833]),

Egridimi et videte) e de um Anónimo (Celo quis talia

(Séc. XVII e XVIII).

José Monteiro Pereira (Celo quis talia fando… Non est cor o

fando…Non est cor o virgo bella).

Este foi também o pretexto para o lançamento de uma

virgo bella [séc. XVIII]) e de António da Silva Leite (Domine,

Terminados os momentos musicais, foi apresentado por

publicação inédita: um “Moteto”, para voz e órgão, de

si sponsa tua suum).

Elisa Lessa, nas Cavalariças do Mosteiro, a partitura inédita

António da Silva Leite [1759-1833], obra que recebeu o

Terminado este momento, foi altura de ouvir e ver na Cela da

do Moteto, para voz e órgão, de António da Silva Leite

apoio exclusivo da dst.

Hospedaria, um “Estudo ao clavicórdio“ interpretado por

[1759-1833]. g

Os convidados, colaboradores da dst e público geral foram

Magna Ferreira.

recebidos a preceito por dois “monges” e encaminhados

Já na Igreja, o Coro de Câmara Dixit interpretou músicas de

para a Sala do Capítulo onde decorreu o primeiro momento

Gaspar Fernandes (Domine, ad adjuvandum [1570-1629]),

musical.

Filipe Magalhães (Agnus Dei Et incarnatus [1571-1652]) e

Principais obras ganhas no último trimestre designação

dono da obra

M. Isabel Videira, Lda Fresagem e Repavimentação de Valas em Fraião e Tibães EP Conservação de Guarda Corpos Metálicos de Pontes em EENN do distrito Município de Braga Pavimentação da Rua dos Poços, Esporões Britalar Estádio de Espinho (Prospecção Geológica, Geotécnica e Hidrológica), Espinho Jocilma Construção Nova Fábrica (Geotecnia), Lordelo, Paredes Pingo Doce Pingo Doce, Vila das Aves Obra E.N.14, Celeirós - entre a antiga E.N.14 e a rotunda de Celeirós (PI) Agere lado direito, sentido Braga/Famalicão Construção do interceptor da margem esquerda da cidade de Tomar (Sistemas de Drenagem de Águas Residuais Domésticas e Pluviais SMAS Tomar de Poças, Santo André, Santa Maria e Santa Iria) Lidl Lidl, Barcelos Braval Empreitada, Braval Alberto Mesquita & Irmão, Lda Albergaria dos Comensais (contenção de Berlim definitiva), Lixa Obras de Conservação e remodelação do Campo de Jogos DREN da Escola EB 2,3, Tadim, Braga Imoretalho Pingo Doce, Castelo da Maia Britalar Quinta do Passal (Prospecção Geológica, Geotécnica e Hidrológia), Nogueira Município de Braga Parque Urbano Norte (Estabilidade do Talude Rochoso da Antiga Pedreira) Agere Limpeza do Interceptor/Túnel de Águas Residuais, Maximinos/Real Município de Braga Construção de Muros de Suporte, Frossos/Dume

dono da obra

designação

Município de Braga Remodelação de Redes de Infra-estruturas, Frossos, Dume Imocovilhã Imocovilhã, Lote 6, Baiuca (Fundações Indirectas por Estacas), Conceição, Covilhã Imoretalho Pingo Doce, Castelo de Paiva Conduril A15 - Bublanço Malaqueijo/Santarém (Cortina de Estacas Ancoradas) Jocilma Nova Fábrica Jocilma, Lordelo, Paredes Investhome Revestimentos exteriores - 2.ª fase, Pedreira dst Domingos Carvalho Edifício Multiusos da Coroada (Fundações Especiais), Valença Ampliação/Remodelação das Estações de Cloragem de Alfragide, Alenquer, EPAL Lezírias, Alhandra, Sacavém, Camarate, Ota e Parede Município de Braga Consolidação de Talude - E.B.1 de S. Julião de Passos, Braga ACF Museu de Santa Joana (Execução de Fundações especiais), Aveiro Imoretalho Feira Nova, Paços de Ferreira Agere Remodelações e Ampliações de Redes de Drenagem de Águas Residuais - 6.ª fase Agere Remodelações e Ampliações de Redes de Drenagem de Águas Residuais - 7.ª fase Sá Machado Parque Urbano Norte - Piscinas Municipais (Fundações Especiais), Baga COFIL Pavilhões Industriais Irmão Peixoto, Dume, Braga J. J. Martins Forjães (pavimentação) Lidl Lidl, Póvoa de Lanhoso Adelino Brás Moradia em Oliveira, Fundações Indirectas por Estacas em Betão Armado, Barcelos Município de Braga Remodelação do Pavimento do C.M. 1291 Vimágua Anulação de Fossa Séptica e Instalação de uma Estação Elevatória 10


dst promove assinatura de Protocolo entre Comédias do Minho e VentoMinho A empresa VentoMinho - Energias Renováveis, S.A. e a

teatro mereceu ainda outros argumentos: “penso que a

dos juntamente com a Caixa de Crédito Agrícola.

Comédias do Minho - Associação para a Promoção de

cultura só será de facto valorizada e tida na importância

Da vontade de levar o Teatro às aldeias e às vilas da região

Actividades Culturais do Vale do Minho, assinaram a 12 de

relativa quando a economia falar de cultura”, sendo o

surgiu este projecto que conta já com um conjunto de

Junho, nas instalações da dst, um Protocolo que estabelece

teatro, neste caso, nas aldeias e vilas minhotas, “o centro

produções, entre as quais: "Era uma vez no Vale do Minho";

as bases de uma cooperação para a dinamização dos

da complementaridade da coisa técnica com a coisa

"O Espelho Único"; "O Foral de Monção"; "A Farsa do Mestre

valores culturais no Vale do Minho nos próximos três anos.

cultural”.

Pathelin"; "O Mosquete"; "O Dia de Inês Negra"; "O Marido

Durante a assinatura do protocolo, que contou com a

A VentoMinho, participada pelas empresas SIIF Énergies,

Confundido"; "A Festa" e a "Queima de Judas". "AntsKu-

presença dos presidentes de Câmara de Monção, Melgaço,

Finerge e Domingos da Silva Teixeira_sgps, s.a. é

PanAbra" é a última das produções da Comédias do Minho,

Cerveira, Paredes de Coura e Valença, a Associação

promotora do Parque Eólico do Alto Minho I, considerado o

com estreia marcada para o dia 9 de Junho, às 21h30 na

Comédias do Minho entregou o primeiro de três donativos,

maior projecto eólico em curso no espaço Europeu.

Casa da Cultura em Melgaço.

num total de 300 mil Euros, atribuídos até 2008.

Este projecto, cujo início em 1999 resultou de uma inicia-

Com este reforço de 50 por cento do seu orçamento anual,

A verba será usada para a realização de actividades

tiva dos próprios Municípios do Vale do Minho (Valença,

a Comédias do Minho - que conta com cinco actores

culturais e teatrais nos concelhos de Monção, Melgaço,

Melgaço, Paredes de Coura, Vila Nova de Cerveira e

residentes, levando o teatro a todas as aldeias dos cinco

Cerveira, Paredes de Coura e Valença.

Monção), prevê a instalação nos próximos dois anos de

concelhos da comunidade intermunicipal - vai agora

“Hoje, o poder local do Alto Minho está a dar um exemplo ao

cinco sub-parques, distribuídos pelos concelhos de

apostar também em intercâmbios com encenadores es-

país. Cinco municípios acolheram uma companhia de

Melgaço, Monção, Paredes de Coura e Valença, com uma

trangeiros e conferir uma "maior visibilidade nacional" à

teatro ao invés de uma companhiazinha para cada

potência total da ordem dos 240 MW.

companhia, conforme adianta António Pereira Júnior,

município para que cada município tivesse a sua

A Ventominho integra o grupo económico Empreen-

presidente da direcção e autarca de Paredes de Coura. g

companhiazinha”, disse o administrador da dst, uma das

dimentos Eólicos do Vale do Minho, S.A., que desenvolveu

empresas do consórcio. Para José Teixeira, “mais do que

outros projectos eólicos, já em funcionamento, nos con-

estar a deixar parte da riqueza nos sítios onde a riqueza é

celhos de Caminha e de Vila Nova de Cerveira.

criada, queremos dar um sinal de que o paradigma técnico

A Comédias do Minho, por sua vez, é um projecto teatral

só será ganho e só gerará valor se formos um país

que se iniciou em 2003, resultado de uma iniciativa dos

empresarialmente culto”. Mas o apoio à companhia de

Municípios do Vale do Minho, actualmente seus Associa11


Associação Habitat entrega mais uma casa O espírito de solidariedade que move a Associação Habitat

dentro de casa e estava tudo preto. Se não fosse a ajuda do

David Kovac, dos EUA era líder da última equipa de

deu novamente frutos. A 28 de Agosto, em Paradela, mais

Centro Abel Varzim, em Cristelo e da Segurança Social, não

voluntários e admitiu que todos os elementos se envol-

uma família carenciada recebeu uma casa, a primeira do

conseguia fazer a minha casa. Estávamos na cama e

veram na reconstrução da casa. “Trabalhámos aqui muitas

concelho de Barcelos.

chovia em cima de nós”. Conclui visivelmente feliz: “hoje

horas. Já trabalhei em oito países, quatro continentes e

Uma casa nova, simples mas que desde Abril movimentou

vamos começar de novo e vamos ser felizes”.

ajudei a construir 160 casas em todo o mundo, contudo

oito equipas de voluntários estrangeiros portugueses e que

Esta família foi indicada pelo Centro Social de Abel Varzim e

esta foi apenas a segunda vez que consegui ver o trabalho

abdicaram das suas férias para trabalhar neste projecto.

depois o processo seguiu os trâmites normais. Segundo

final. Espero que esta família aproveite a esperança que

Joaquina Oliveira Araújo, de 54 anos, era uma mulher feliz.

João Cruz, Relações Públicas da Habitat, “tratou-se da

deixamos nas paredes da casa”.

Visivelmente emocionada, acredita que a nova casa pode

reconstrução e ampliação da casa que já existia. O

Terminado este projecto, a Habitat começa já em Setembro

ser sinónimo de uma nova vida. Joaquina e o marido estão

problema da habitação ficou resolvido e agora esta família

o próximo. Trata-se da construção de uma casa para uma

desempregados e tem três filhos menores, apesar do mais

tem a hipótese de recomeçar. Conseguimos construir a

família em Manhente, Barcelos. Nesta família constituída

velho, que completou 16 anos, ter começado agora a

casa com donativos que os próprios voluntários

por uma mãe com dois filhos, a mãe, doméstica foi vítima

trabalhar. Joaquina faz tapetes para fora para ganhar algum

trouxeram”.

de violência e encontra-se hoje divorciada. A filha está num

dinheiro.

Além da contribuição dos voluntários, outras entidades

internato e a casa onde vive com o filho não tem as míni-

Para Vítor de 15 anos e Pedro Miguel de 10, era um dia

participaram neste projecto, nomeadamente a dst que

mas condições. Paulo Silva, filho, esteve em Paradela para

muito especial. “Agora já temos um quarto só para nós e

ofereceu material para a reconstrução da casa e a Câmara

ver de perto como tudo vai funcionar na sua futura casa. g

não chove lá dentro”. A casa nova tem cozinha, casa-de-

de Barcelos que contribuiu com 4.500 € a descontar no

banho, sala e três quartos. Agora faltam as mobílias porque

valor total da obra.

as que existiam estão completamente degradadas.

Quanto à mensalidade que a família terá de pagar, esta irá

De acordo com Joaquina, “morávamos aqui mas chovia

depender dos seus rendimentos. 12


política da qualidade e ambiente

dst apoia desporto escolar

A Política da Qualidade e Ambiente da dst constitui um elemento da Política Geral da Empresa, tendo como principais

No passado dia 8 de Junho, alguns dos alunos da Escola

orientações a satisfação dos clientes, o aumento da produtividade, a redução de custos e a protecção ambiental.

Secundária de Amares chegaram a casa com dores nas

Neste sentido foram definidos os seguintes princípios da Qualidade e Ambiente:

costas…

- A satisfação dos clientes;

E porquê??? Perguntam vocês!!!

- O cumprimento dos requisitos especificados e prazos acordados com o cliente;

É simples, esta Escola é uma fábrica de talentos

- A criação de condições para o envolvimento participativo dos colaboradores;

desportivos! Neste dia, os nossos atletas vergaram-se ao

- A formação como ferramenta de melhoria de competências;

peso dos inúmeros troféus, medalhas e diplomas a que

- A procura da melhoria contínua do Sistema de Gestão (Qualidade e Ambiente) assegurando o cumprimento dos requisitos

tinham direito pela participação nas actividades do

legais e outros aplicáveis;

Desporto Escolar!

- A promoção de uma gestão adequada dos custos associados às diversas actividades da empresa, como forma de garantir

Para além do Voleibol Juvenil Masculino (campeão CE

o seu desenvolvimento sustentado;

Braga), da Natação (com inúmeros alunos classificados

- A definição periódica de um conjunto de objectivos na óptica de uma melhoria do desempenho da empresa;

nos primeiros lugares do Encontro de Natação CE Braga),

- Exercer um consumo responsável dos recursos naturais e reduzir a utilização de produtos perigosos e a produção de

do Voleibol Júnior Feminino (3º classificado CE Braga),

resíduos prevenindo a poluição;

receberam os seus diplomas de participação as alunas do

- Potenciar o desenvolvimento de processos e proce-dimentos que causem um menor impacto ambiental, pondo à

Futsal Iniciadas Femininas.

disposição de clientes, fornecedores e todos os interessados, a Política da Qualidade e Ambiente da dst e as práticas

As turmas classificadas nos 3 primeiros lugares da Taça Luís Figo/Desporto ESA, também foram distinguidas com a

ambientais adoptadas. g

oferta de material desportivo e camisolas. Estas últimas patrocinadas pela dst. Parabéns a todos eles!... g

Nuno Reininho

professor da Escola Secundária de Amares

13


zoom departamento de

recursos humanos

(Guilherme Cruz, Fátima Couto, Orlanda Couto e Iva Silva)

O Departamento dos Recursos Humanos da dst atravessa,

ciativas e do empenhamento dos colaboradores da em-

humanos seja alinhada com as opções estratégicas da

conforme é sabido e foi amplamente divulgado, um mo-

própria empresa. Só assim pode o Departamento res-

presa. Essa gestão é de particular importância se tivermos

mento de profunda reformulação do seu escopo. Trata-se

ponsável pelos recursos humanos contribuir, no quadro das

em linha de conta que a vantagem competitiva das empre-

de promover a mudança de um paradigma assente, até à

suas atribuições, para a boa execução da mesma. Por

sas é, cada vez mais, obtida através da motivação dos seus

data, na mera gestão administrativa dos recursos huma-

outras palavras, o sistema de gestão dos recursos huma-

colaboradores.

nos, para uma visão abrangente das diversas questões que,

nos deve ser concebido e desenvolvido como um todo inte-

hodiernamente, se colocam à gestão dos recursos huma-

grado na organização, isto é, na sua missão, visão, valores

nos das organizações.

e princípios estratégicos definidos pela gestão de topo.

Agente de Mudança Como agente de mudança deve o Departamento dos Recursos Humanos promover, de acordo com as opções

A apresentação do Departamento dos Recursos Humanos nesta edição da “dstnews” constitui, para nós, uma opor-

Especialista nas questões de carácter administrativo

estratégicas da Administração, as necessárias transfor-

tunidade única de veicular as mudanças projectadas e dar a

É certo, como já mencionado, que a visão actual da gestão

mações da organização, a fim de esta se poder impor no

conhecer o “novo” perfil do Departamento dos Recursos

dos recursos humanos não se esgota no tratamento das

quadro de uma realidade assente em condições de cres-

Humanos da dst.

questões meramente administrativas. O papel clássico do

cente competitividade.

Departamento dos Recursos Humanos não pode, porém,

Numa realidade que se encontra em constante transfor-

As alterações que se pretendem implementar assentam,

ser descurado. Nesse sentido, impõe-se a implementação

mação, as empresas têm de se adaptar a estas mudanças

desde logo, em quatro princípios fundamentais:

de metodologias e práticas de trabalho que permitam uma

e, consequentemente, criar mecanismos que permitam a

Caracterização do Departamento de RH como parceiro

execução eficiente e eficaz desta função tradicional.

boa gestão dos necessários processos de mudança.

O Departamento como Provedor do trabalhador

Num plano operativo e mais concreto, deve a actuação do

estratégico A importância da correcta gestão de recursos humanos de uma organização constitui, actualmente, um dado as-

A visão do Departamento de Recursos Humanos como

Departamento de Recursos Humanos, assentar em cinco

sente. Nessa medida, impõe-se que a gestão dos recursos

provedor implica que o mesmo se ocupe da gestão das ini-

eixos fundamentais: 14


1. Recrutamento:

com maior importância na cadeia de criação de valor, aspi-

O reabastecimento do “stock” de recursos humanos

rar a um modelo mais exigente.

constitui uma actividade crítica para qualquer organização,

Designadamente, impõe-se o aproveitar dos contactos

uma das áreas de actuação da gestão dos recursos huma-

uma vez que as práticas de recrutamento e selecção têm

existentes com várias Instituições de Ensino Superior, a fim

nos no contexto das organizações, uma vez que a formação

impacto a curto e longo prazo na eficácia organizacional.

de contratar candidatos mais promissores e talentosos.

profissional representa um veículo fundamental para a en-

A qualificação dos recursos humanos é, por excelência,

A responsabilidade do recrutamento e selecção devem ser

Nessa medida, é de interesse promover a realização de es-

trada de novas informações que se traduzem em formas de

partilhadas pelos respectivos Departamentos ou Centros

tágios na dst por parte de estudantes na fase final da sua

actualização de conhecimentos e práticas para melhorar o

de Produção que necessitam de contratar um novo colabo-

carreira académica. A realização destes estágios permitiria,

sistema produtivo.

rador e o Departamento de Recursos Humanos. A função

por um lado, verificar se à performance académica, se as-

Ao estimular activamente o desenvolvimento dos colabora-

deste último Departamento deve assentar, fundamental-

sociam as competências e aptidões necessárias no con-

dores, a formação profissional constitui, assim, um meio de

mente, no aconselhamento relativamente às práticas e

texto de trabalho. Por outro lado, facilitaria, no caso de uma

inovação dos processos de trabalho e da capacidade ine-

técnicas mais adequadas para a correcta contratação.

eventual e futura contratação do candidato/estagiário, a

rente de introdução de novas formas e concepções de

No que se refere à contratação de colaboradores, constata-

rápida aculturação do mesmo dentro do espírito da orga-

trabalho.

se actualmente, a existência de um conjunto de práticas

nização.

O plano de formação encontra-se já definido aguardando a

que indiciam uma menor maturidade quanto a esta matéria.

Contudo, também em outras categorias profissionais im-

respectiva aprovação por parte do IAPMEI, na medida em

Verifica-se, por exemplo, o excessivo recurso ao contacto

porta implementar formas de colaboração com Escolas

que o mesmo concorreu, em parte, a fundos públicos para o

pessoal como estratégia de identificação de futuros

Profissionais, por exemplo, que permitissem, à semelhança

seu financiamento (Programa PRIME).

colaboradores. Essa situação não é, em si, necessaria-

do modelo anterior, obter colaboradores reconhecidamente

mente preocupante. Porém quando não complementada

válidos para a organização.

A envolvência do Departamento dos Recursos Humanos no

com uma avaliação posterior da adequabilidade ao posto,

Para o Departamento dos Recursos Humanos da dst im-

âmbito da qualificação dos colaboradores deve assentar,

potencia um risco de uma abordagem menos objectiva e,

põe-se, em face do exposto, operar uma profunda alteração

futuramente, nas seguintes premissas:

por conseguinte, mais falível no que diz respeito à selecção

dos mecanismos de contratação de novos colaboradores.

· Definição das necessidades de formação;

de novos elementos para a organização.

É essencial que o Departamento possa, com a sua compe-

· Concepção e planeamento da formação;

tência técnica, coadjuvar os diversos Departamentos e

· Realização da formação;

A respeito desta temática importa, neste contexto, salientar

Centros de Produção, numa área reconhecidamente sen-

· Avaliação dos resultados da formação.

o seguinte: a necessidade de providenciar pela contratação

sível e importante. Na sequência das premissas enunciadas deve a actividade

de um colaborador resulta, habitualmente, da saída de um colaborador ou da criação de um novo posto de trabalho.

2. Qualificação dos Recursos Humanos

do Departamento, no âmbito da qualificação dos recursos

Em qualquer dos casos é importante verificar, em primeiro

O capital intelectual, a criatividade, produtividade e o ser-

humanos, pautar-se pela metodologia seguinte:

lugar, se a empresa não possui internamente recursos hu-

viço prestado pelos colaboradores, ou seja, a correcta ges-

· Identificar e integrar a informação necessária à elaboração

manos que se encontrem subaproveitados e que possam

tão do conhecimento, constitui um factor primordial para a

do Plano de Formação;

ocupar essa nova vaga.

obtenção de valor acrescentado. Nesse sentido, estimam

· Seleccionar e utilizar os métodos de detecção e análise de

A pesquisa de candidatos adequados para preencher uma

alguns especialistas que o valor de uma empresa é, até

necessidades de formação profissional;

vaga deve começar dentro da própria organização. Esta

75%, determinado pelo seu capital intelectual.

· Definir os objectivos para a formação e efectuar as

prática é importante para o clima laboral, uma vez que

Impõe-se assim, a criação de uma cultura de aprendiza-

escolhas pedagógicas;

garante aos colaboradores vias de promoção (vertical e

gem. A introdução desta cultura de aprendizagem tem sido,

· Elaborar e orçamentar o Plano de Formação;

horizontal) com correspondentes ganhos ao nível da

indiscutivelmente, uma das preocupações fundamentais da

· Obter financiamento para a execução do Plano de For-

motivação dos mesmos.

gestão de topo da dst que, neste sentido, tem levado a cabo

mação;

Por outro lado, permite evitar o desperdício de potencial

um conjunto de iniciativas.

· Gerir o processo administrativo-legal inerente ao Plano de

existente dentro da própria organização.

Porém, e no âmbito do papel de agente de mudança,

Formação;

Se em função do exposto se impõe, no imediato, imple-

coloca-se ao Dep. de Recursos Humanos o repto de criar

· Conduzir e controlar a realização do Plano de formação;

mentar métodos mais válidos para a selecção de colabora-

junto do universo dos colaboradores da dst uma maior

· Avaliar as acções de formação realizadas no âmbito do

dores, deve-se a médio prazo e relativamente a funções

predisposição para a participação, activa, na formação.

Plano de Formação;

15


· Conduzir e controlar a realização do Plano de Formação;

Departamento de Recursos Humanos.

mo poderoso que pode permitir localizar diversos proble-

· Avaliar as acções de formação realizadas no âmbito do

mas ao nível da supervisão, no âmbito da integração dos

Podemos, de uma forma sucinta, entender o conceito do

Plano de Formação.

funcionários, na determinação da adequação dos colabo-

clima social como abrangendo tudo aquilo que impulsiona

radores aos cargos que desempenham. Permite, ainda,

o indivíduo a agir de determinada forma e que dá origem a

3. Avaliação do desempenho

quando utilizada devidamente, detectar eventuais necessi-

um comportamento específico. Trata-se, assim, de um

Todos os colaboradores devem dar uma contribuição para

dades de formação e, por inerência, melhorar o desem-

processo psicológico que origina a activação, a intenção e

os objectivos da organização da empresa. Esta contribui-

penho e a qualidade do trabalho.

a persistência de um comportamento involuntário e dirigido

Em estilo de conclusão entendemos que a avaliação de

A definição de objectivos tão claros quanto possíveis e

ção deve ser regular e sistematicamente avaliada. Nesse sentido, importa consagrar um processo formal e anual de

face a um objectivo específico.

avaliação de desempenho.

desempenho constitui sobretudo:

atingíveis, constitui um elemento chave para promover a

É, no entanto, importante tomar em linha de conta as

· Um processo de melhoria contínua dos resultados e

obtenção de melhores resultados por par te dos

virtualidades e os riscos inerentes a um sistema desta

comportamentos das pessoas/colaboradores;

colaboradores.

natureza.

· Um veículo de gestão integrada de Recursos Humanos;

Nesse sentido importa reter as seguintes considerações:

· Uma ferramenta que permite não só a determinação

1. Indivíduos com objectivos mais elevados tendem a

Objectivos da avaliação de desempenho:

objectiva da performance das competências, mas também

demonstrar melhor desempenho;

A avaliação de desempenho permite, num primeiro plano,

aferir os potenciais dos colaboradores da empresa.

2. Indivíduos com objectivos mais precisos e mais claros,

determinar se os colaboradores desempenham adequada-

Ao Departamento de Recursos Humanos coloca-se, assim,

tendem a manifestar melhor desempenho;

mente as suas funções, na medida em que possibilita aferir

o desafio de implementar e realizar, ainda no decurso deste

3. Tende a ocorrer uma relação positiva entre a dificuldade

se os mesmos atingem ou não determinados objectivos.

ano, um sistema de avaliação formal de desempenho que

do objectivo e o desempenho. Objectivos desafiantes

Por outro lado, constitui uma ferramenta nuclear para pre-

abranja a totalidade do universo dos colaboradores.

conduzem a melhor desempenho;

dade na avaliação dos colaboradores.

4. Administração e gestão do pessoal

trabalhadores com os objectivos definidos;

Não obstante a expansividade das responsabilidades dos

5. Necessidade de feedback constante e/ou sistemático

Para além dos objectivos enunciados e referentes à ava-

recursos humanos, continua sempre presente e até refor-

sobre o desempenho individual;

miar o bom desempenho, garantindo uma maior objectivi-

4. Necessidade de participação e compromisso dos

liação propriamente dita, importa sublinhar a importância

çada, a necessidade de assegurar o processo de gestão

6. Indivíduos com auto-estima mais valorizada e com ele-

da avaliação num quadro mais abrangente e relacionado

administrativa dos recursos humanos, conferindo-se aos

vado empenho tendem a corresponder mais favoravelmen-

com a própria gestão do desempenho dos colaboradores.

mesmos o desafio contínuo de lidar com as componentes

te ao aumento de objectivos.

Através da correcta gestão e monitorização do desem-

legislativas e administrativas fundamentais para garantir o

penho dos colaboradores pode-se mais facilmente aferir,

cumprimento de todos os aspectos legais que afectam a

Para o Departamento impõe-se, por conseguinte, colaborar

se a organização tem agregado pessoas com a perfor-

organização ao nível dos recursos humanos.

com os diversos Dep. e Centros Produtivos, no sentido de,

mance adequada aos objectivos empresariais ou se, por

É pois importante sublinhar que a gestão administrativa de

dentro das respectivas responsabilidades, promover

outro lado, se verifica, nos casos de performance abaixo do

recursos humanos não constitui um factor menor. A faceta

políticas que proporcionem um elevado clima motivacional.

esperado, a necessidade de repensar e melhorar os mé-

administrativa continuará a existir impondo-se, por isso,

Há, no entanto, um conjunto de premissas simples, cuja

todos de agregação.

que a mesma seja devidamente assegurada.

observância é importante, tendo em vista o aumento da

No âmbito da gestão administrativa dos recursos humanos,

exemplos:

A gestão do desempenho pode ainda permitir, uma adequada orientação do desenvolvimento da própria orga-

motivação dos colaboradores. Salientemos alguns

nização, através da identificação de áreas de intervenção,

compete ao Departamento, em particular, intervir nas

É, desde logo, essencial conhecer as pessoas e os seus

como seja, determinar com precisão se um colaborador

múltiplas envolventes jurídicas, relacionadas com a gestão

reais motivos, nunca esquecendo que a natureza humana é

necessita de formação ou acompanhamento específico, a

dos mesmos. Nesse sentido sublinhamos a particular

complexa.

fim de melhorar o seu respectivo desempenho. Por outro

ajuda que o Departamento pode dar na resolução deste tipo

Não devemos, igualmente, olvidar que a grande maioria das

lado, permite a detecção de potencial latente e a iden-

de questões, salientando-se, a título meramente exemplifi-

pessoas gosta de trabalhar e que quer apoio para desem-

tificação de talentos. Nesse sentido, constitui uma impor-

cativo, a vertente disciplinar da organização do trabalho.

penhar as suas funções com elevada eficácia.

tante ferramenta de apoio à gestão de carreiras, indispen-

5. Clima social / motivacional

Saber especificamente o que motiva cada um dos cola-

sável no âmbito da motivação dos colaboradores.

As considerações relativas ao clima motivacional do

boradores, permite ajudar os colaboradores, em concreto,

A avaliação de desempenho e a gestão do desempenho dos

universo dos colaboradores de uma organização cons-

facilitando a realização dos objectivos individuais e a

colaboradores constitui, consequentemente, um mecanis-

tituem uma preocupação importante na actividade de um

respectiva interligação com os objectivos da empresa. 16


josé pedro azevedo campos sampaio departamento de construção civil I

para a dst, não para atingir a perfeição, “até porque isso não existe”, mas para ficar o mais próximo disso. Nas minhas tarefas diárias dependo muito da minha agenda, e acho que

Todas as pessoas se queixam da falta de tempo e sendo

isso é o primeiro passo para uma boa organização profis-

este um recurso escasso e precioso, temos que o gerir da

sional.

melhor forma possível. Quer para cumprir as exigências da nossa vida profissional, quer para as conciliar com a vida pessoal levando assim uma vida mais saudável, a planificação do tempo deve cobrir todo o dia e não somente as horas de trabalho. Saber gerir o tempo é apenas um proble-

josé fernando pereira departamento de obras públicas I A

De acordo com alguns especialistas da área, a maioria das

ma de método, disciplina e organização pessoal, uma vez

pessoas tem dificuldade em detectar se consegue gerir

que este é imprescindível para se ser bem sucedido e ter

bem a sua agenda. Muitas das vezes, está simplesmente

uma vida mais organizada e com menos stress.

nos seus (maus) hábitos.

Na organização do dia-a-dia, a agenda torna-se numa ferra-

Fazer uso da velha e tradicional agenda, classificando as

Promover o pensamento empresarial, concedendo aos

menta de grande utilidade, porque dela dependem todas as

actividades nela relacionadas como importantes ou

colaboradores uma certa margem de manobra constitui,

acções realizadas, quer em obra, quer na própria empresa

urgentes é o primeiro passo na direcção da organização

não raras vezes, uma excelente técnica de motivação. Em

uma vez que estão discriminadas e são de mais fácil con-

pessoal, e no caminho do controlo do nosso tempo.

particular, quando isso permite a demonstração do contri-

sulta, porque sabemos sempre onde procurar, evitando as-

De facto, todos que temos trabalhos de chefia, temos

buto individual para os objectivos finais da empresa.

sim o uso de pequenos pedaços de papel e post-it já que o

alguma dificuldade em organizar e gerir a nossa agenda

Devemos, igualmente, tentar relacionar a motivação com o

uso destes tem um risco elevado de se perder a informação.

diária, mas temos a consciência da sua importância e que é

desempenho, clarificando os que se pretende do desem-

Como os trabalhos realizados pela dst têm uma dimensão

da soma das agendas diárias que nasce a agenda mensal e

penho de cada colaborador. Nesse sentido, importa trans-

razoável, estes necessitam de uma preparação etapa por

posteriormente a anual.

mitir aos colaboradores o papel que cada um ocupa no

etapa, até ao resultado final. Deste modo, obtém-se uma

No sentido de ajudar na organização de cada um, apresento

grupo da empresa; esclarecer o que é considerado um

melhor gestão do tempo. Em complemento, estes trabalhos

umas dicas que li numa publicação da especialidade, e que

desempenho inaceitável; referir o que é que o colaborador

devem ser divididos numa espécie de sequências que se

devemos tentar sempre cumprir:

terá de fazer para atingir padrões de desempenho elevados.

tornem mais fáceis de gerir. Outro grande factor relevante

1. Utiliza a agenda como aliada;

Devemos ainda ajudar os colaboradores a aceitar respon-

para gerir a nossa agenda é delegar funções noutras pes-

2. Faz um checklist diário, semanal ou mensal, de acordo

sabilidades. A responsabilidade deve estar difundida pela

soas, como por exemplo, os directores de obra delegam

com as tuas actividades;

organização. Quem executa as funções e as tarefas deverá

funções nos apontadores com o fim de poder ter um melhor

3. Separa-as por ordem de prioridade;

ser responsável por elas. Esta responsabilidade implica,

controlo de tudo o que se passa em obra, não perdendo o

4. Delega tarefas sempre que possível e negocia prazos se

necessariamente, alguma liberdade de execução.

seu precioso tempo com pequenas formalidades que qual-

necessário;

Os colaboradores de uma organização deverão perceber

quer administrativo as pode fazer. Estabelecer uma lista de

5. Faz o teu planeamento sempre no mesmo local, tendo

que o bom desempenho das suas funções é da sua respon-

prioridades também constitui para a gestão da agenda uma

sempre o cuidado na organização do espaço físico;

sabilidade. Nessa medida, deve o mesmo dispor de uma

definição do que é mais importante e urgente, seguido

6. Deixa um espaço livre no o teu dia, para resolver os

certa margem de liberdade (dentro de limites acordados)

daquelas que são secundárias e menos importantes, dado

imprevistos que possam aparecer (caso não ocorram, terás

para poder organizar livremente a sua actividade.

que em último lugar devem ficar as prioridades anexas.

uma hora para dedicares ao que quiseres);

Recapitulando, impõe-se ao Departamento de Recursos

Todo o nosso trabalho em obra obedece a uma planificação

7. Reserva cerca de 30 minutos, no início do dia, para ler e-

Humanos da dst, em articulação com os diversos Depar-

diária, semanal e mensal, bem como ao cumprimento de

mails e separar o que realmente é importante;

tamentos e Centros de Produção e, em particular, com os

timing's curtos e rigorosos e dos quais também dependem

8. Não acumules assuntos pendentes, ou seja, não deixes

respectivos responsáveis, ajudar na implementação de

todos os sectores da empresa e as várias outras empresas

para amanhã o que podes fazer hoje, ordena os assuntos

políticas que permitam atingir patamares elevados de

envolvidas no processo. Visto que a planificação das obras

segundo a importância, e tenta seguir à risca o previsto;

motivação dos colaboradores.

é feita no mais curto espaço de tempo possível, sempre que

9. Se o teu trabalho exige deslocações, faz um roteiro para

cometermos uma falha, esta irá ter o “efeito bola de neve” e

fugir do trânsito, ou sai de casa meia hora mais cedo;

Esperamos, em conclusão, que as novas atribuições do

irá trazer não só prejuízos, muitas vezes avultados, como

10. Marca as reuniões mais complexas para o início do dia;

nosso Departamento de Recursos Humanos possam

nos obrigará a reorganizar e a reformular todas as nossas

11. Agenda para a parte da tarde compromissos mais

contribuir para a uma maior dinamização da própria

estratégias, para recuperar o tempo perdido e minimizar o

ligeiros;

organização. É todavia fundamental não esquecer que, para

prejuízo causado por essa falha.

12. As actividades da mesma natureza devem ser feitas

o sucesso de uma empreitada desta envergadura, é

Na minha opinião, a principal vantagem da agenda é a racio-

juntas;

indispensável que se opere uma mudança de atitude não só

nalização do tempo e dos meios, e serve para centralizar o

13. Disciplina as interrupções, telefonemas ou visitas

no próprio Departamento, mas na totalidade do universo da

registo de todas as tarefas que tenho programadas para de-

inesperadas. Uma maneira é dizer não, mas a palavra tem

dst. Não basta a mera mudança do paradigma de

terminado dia, podendo ordená-las segundo a sua impor-

que ser com determinação. Assim, utiliza-a no início da

funcionamento do Departamento de Recursos Humanos da

tância, desde as mais simples às mais complexas. Muitas

frase e atenua a carga negativa da palavra não com frases

dst. É fundamental que essa mudança seja acompanhada

vezes, elaborar um plano de todas as actividades é o primei-

simpáticas do género “Não, tenho muita pena mas não

de uma transformação de atitude de todos os agentes,

ro passo para a organização do nosso dia-a-dia, mas como

posso …”;

permitindo um crescimento orgânico e devidamente

falamos acima, temos que contar com contratempos e para

14. Anota o que precisas numa lista única, à medida que

enquadrado da gestão dos nossos recursos humanos.

isso devemos ter uma agenda flexível que possa ser

sintas a falta das coisas. Além de não te esqueceres de

Nesse sentido e parafraseando uma velha máxima alemã,

reajustada para prevenir as tais situações inesperadas.

nada, tratarás de tudo mais rapidamente;

iniciemos uma viagem que, com a ajuda de todos, nos

Não existe uma metodologia para a organização da nossa

15. Não acumules papéis ou correrás o risco de dedicar

levará, certamente, a bom porto. g

17

própria agenda, cada um tem que aperfeiçoar o seu méto-

parte de teu tempo à resolução de problemas que já foram

do. Eu tenho vindo a fazê-lo desde o primeiro dia que vim

solucionados. g


V Encontro Radical dst reforço do espírito de grupo da empresa

O Encontro Radical dst vai já na 5.ª edição consecutiva e

e Raquel Sousa.

realizou-se no passado dia 29 de Julho.

elementos da equipa accionavam um sistema de cordas de

Chegados ao local das provas - Clube Náutico de Ponte de

forma a conseguir que a campainha suspensa atingisse o

Com o propósito de incentivar dinâmicas de grupo que

Lima - foi altura das diferentes equipas se organizarem para

centro do labirinto sem fazer “curto circuito”) e o Jogo das

ajudem a desenvolver o espírito de equipa, a sua gestão e

competirem entre si nas diversas actividades.

“Meias Canas” (um elemento da equipa recolhia água com

liderança, este evento angaria todos os anos um número

Enquanto metade da equipa participava num “Foto-Paper”

um balde que era transfegada através de seis meias canas.

considerável de participantes. Este evento proporciona

pelas ruas de Ponte de Lima, a outra metade organizava-se

No final da sequência das canas estava outro elemento que

também a oportunidade de promover as relações inter-

para fazer um percurso de “Canoagem”.

recebia a água e a colocava num recipiente). A água

pessoais entre os diversos colaboradores que, entre o con-

Após o almoço foi altura de todos se organizarem para

recolhida servia para o jogo seguinte: o “Lançamento de

vívio e a boa disposição, fortalecem o espírito de equipa e

participar em jogos de “team-building”. Nestas actividades,

balões” (o objectivo era produzir 20 balões com água

fomentam a competição saudável entre todos.

o importante era gerir as competências de cada membro

transportá-los até às catapultas e lançá-los por cima da

O Encontro Radical dst fomenta cada vez mais o com-

para que toda a equipa saísse valorizada.

tela, através da catapulta. Do outro lado da tela estariam 2

panheirismo e entreajuda que muito contribuem para um

Enquanto umas equipas realizavam a prova do “Campo

elementos com um recipiente a recolher os balões).

bom ambiente de trabalho entre os vários departamentos

Minado” (em que se tinha de passar de um estremo ao outro

Outro dos jogos realizados foi a “Travessia” (os elementos

da empresa.

de um tabuleiro seguindo a sequência de casas correcta,

da equipa atravessavam uma área delimitada, colocando-

Como tem vindo a ser habitual, as 23 equipas munidas de

desconhecida dos participantes), outros realizavam a prova

se em cima de bidões, com estes ao alto utilizando duas

todo o material necessário, apresentam-se em viaturas

da “Ilha” (cada equipa tinha que colocar o maior número de

tábuas para passar de uns para os outros. A travessia fazia-

todo-o-terreno e iniciam actividades com um percurso TT.

elementos em cima de uma “ilha” de forma a ninguém con-

se fazendo avançar a caixa mais recuada em direcção ao

Este ano o percurso incluía a passagem por alguns centros

tactar com o solo).

final. A partir do momento em que o jogo começava ne-

produtivos da dst e pela sua pedreira. O roadbook forneceu

Todas as equipas tinham ainda que fazer o “Sudoku” em

nhum elemento podia sair da caixa para o solo - rio das

as restantes indicações (por caminhos mais ou menos

tabuleiro gigante, o “Jogo dos Dilemas” (um questionário

piranhas).

radicais, consoante a coragem dos participantes) para

com perguntas tipo quebra-cabeças que apelavam ao

O V Encontro radical dst terminou com o lanche e o

chegar ao local das restantes actividades em Ponte de

raciocínio colectivo), “Arvorismo” (os elementos da equipa

respectivo corte de bolo comemorativo. Procedeu-se à

Lima.

realizavam um circuito de três técnicas: Escada de Corda,

entrega dos prémios às equipas melhor classificadas com

Aproveitamos para fazer um agradecimento especial a três

Tirolesa e Slide), “Subida a parede de escalada lisa” (todos

a administração a realçar a importância deste evento na

colaboradores da dst que muito se empenharam na

os elementos da equipa subiam a parede somente com a

promoção do espírito de equipa dst.

execução deste road book: Miguel Oliveira, Pedro Sampaio

ajuda dos colegas da equipa), o “Curto-Circuito” (os

Na página seguinte apresentamos as classificações. 18


Classificações 1.º LUGAR - equipa 01 - “Os Sangrias” - 1450 pontos

5.º LUGAR - equipa 10 - “Vila Verdenses” - 1375 pontos

2.º LUGAR - equipa 05 - “Manutenção” - 1410 pontos

7.º LUGAR - equipa 02 - “Trapalhões da Pedra” - 1370 pontos

3.º LUGAR - equipa 04 - “CC1” - 1385 pontos

8.º LUGAR - equipa 09 - “Os Marias” - 1365 pontos

4.º LUGAR - equipa 07 - “Os Radicais” - 1380 pontos

9.º LUGAR - equipa 03 - “Tudo bem” - 1345 pontos

5.º LUGAR - equipa 08 - “Muciços Dumpers” - 1375 pontos

10.º LUGAR - equipa 06 - “X-Treme Electrowood” - 1255 pontos

Pensamentos do Trimestre “Quase todos os homens são capazes de suportar adversidades, mas se quiser por à prova o carácter de

“Se queremos progredir, não devemos repetir a

“A vida está cheia de desafios que se aproveitados de

um homem, dê-lhe poder”.

história, mas fazer uma história nova”.

forma criativa, transformam-se em oportunidades”.

Abraham Lincoln

Gandhi

Maxwell Maltz “Paciência e perseverança tem o efeito mágico de fazer

“Trate as pessoas da forma como elas devem ser e

“Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte

as dificuldades desaparecerem e os obstáculos

ajude-as a tornarem-se o que elas são capazes de

indispensável da felicidade”.

sumirem”.

ser”.

Bertrand Russel

John Quincy Adams

Goethe

19


AO ENCONTRO DO TEMPO A publicação "Ao encontro do tempo. Subsídios para a história de Monção", da autoria de Ernesto Português, foi apresentada, a 9 de Junho, no auditório da Casa do Curro, com a presença, entre outros, de José Emílio Moreira, autarca monçanense, José Teixeira da dst e Albérico Fernandes, do grupo de comunicação Impresa. Antes da apresentação, alguns minutos musicais com Ricardo Antunes, violino, e Joana Mafalda Araújo, viola, que interpretaram temas originais de Phalése, Mozart e Haydn, e um momento de poesia a cargo de Fernando Afonso que recitou João Verde, Gonçalves Crespo e Aníbal Nazaré/ Nelson de Barros. Com apelativas ilustrações de Ricardo Campos, pintor monçanense, a obra literária, apoiada pela autarquia e pela dst, divide-se em três capítulos, nomeadamente, estudos sobre Monção, um contributo para a sua história, educação e cultura, e roteiros (roteiro de fontes/roteiro bibliográfico). Sobre este registo literário, José Emílio Moreira, destaca o notável contributo que o autor presta a todos os monçanenses, letrados ou não letrados, para que possam compreender melhor os tempos passados e presentes através deste "encontro do tempo" que resulta da compilação de várias pesquisas sobre acontecimentos, patrimónios ou persona-

BRINCALENDO

gens que marcaram a vida colectiva local. Albérico Fernandes começa com referência ao título "Ao Encontro do Tempo" para dizer que, parecendo vulgar à primeira vista, ganha importância e significado à medida que

“Era uma vez um cão, não, não era um cão, era um lobo.

guiçosa” e “Gato Rufino Tocador de Violino”. As ilustra-

se avança na leitura: "Quando terminamos, chegamos à

Um lobo bom que não molestava ninguém excepto os maus

ções e capa são da autoria de Esmeralda Duarte.

conclusão que não haveria outro mais apropriado ao autor e

que fazem mal às gentes e aos animais”.

Esta obra surge depois de Maria do Céu Nogueira ter par-

à sua obra" acentuou.

Assim começa o livro de contos infanto-juvenis “Brinca-

ticipado a título de co-autoria nas obras “Progredir - Manual

Referindo que é com enorme prazer que percorremos, de

lendo”, da autoria de Maria do Céu Nogueira e que conta

de Cursos Nocturnos do CPES” (1989), “Natal” (1992),

forma tranquila e enriquecedora, todas as passagens do

com o apoio exclusivo da dst.

“Mãe” (1991) e outros contos de poesia e para adultos.

livro, Albérico Fernandes sublinha a vertente autêntica e

A apresentação pública da obra, a cargo de Fernando Pi-

A autora persiste contudo, em regressar sistematicamente

afectiva deste testemunho quer pela recordação de via-

nheiro, realizou-se a 2 de Junho na Biblioteca Lúcio Cravei-

ao mundo dos mais pequenos, no qual já detém várias

gens, elogio de uma personalidade marcante ou o reme-

ro da Silva, em Braga, local onde a autora protagoniza ses-

obras, entre as quais “Histórias Doces de Missangas”

morar da historia a propósito de uma efeméride.

sões de contos infantis para alunos do 1º, 2º e 3º ciclos

(1992), “Duas Mãos. Um Conto. Dois Olhos. Um Ponto”

Licenciado em história pela Faculdade de Letras da Uni-

(“Abre a janela. Vê e ouve. Eu conto…”).

(1998) ou ainda, “Continhos do Baú” (2002) e “Continhos

versidade do Porto e mestre em história da educação, área

Esta sessão foi acompanhada de uma dramatização a car-

na Diferença” (2003).

de especialização de história da educação e da pedagogia,

go do Grupo de Teatro Infanto-Juvenil “A Nova Comédia

Maria do Céu Nogueira edita assim mais uma obra que nos

pela Universidade do Minho, Ernesto Português, colabora-

Bracarense”.

transporta para o mundo secreto da infância e que promete

dor do "Notícias de Monção", "Terra Minhota" e "Diário do

A citação inicial pertence ao conto “Alhos com Bogalhos”, o

Minho", lançou, até ao momento, quatro publicações.

satisfazer a fantasia em que as crianças ainda têm o prazer

g primeiro de três histórias inéditas, a saber “Carochinha Pre-

de viver. É dedicada aos netos e a todas as crianças. 20

g


Igreja de Fraião um sonho com mais de vinte anos Um ano depois de lançada a primeira pedra para a edifica-

lizou um quadro técnico para acompanhar esta obra, consi-

cristãs” de todos os que se sentem vinculados a

ção da nova Igreja e Complexo Paroquiais de Fraião, a paró-

derada pelo próprio, como “ímpar e espectacular”.

Fraião “pelo nascimento, baptismo, casamento, resi-

quia e freguesia fizeram questão de assinalar a conclusão

O custo global da obra, segundo o P.e António Oliveira

dência ou comércio”.

da construção estrutural da primeira fase do empreen-

Gomes, está estimado em um milhão e 250 mil euros e a

Recorda ainda que a actual igreja paroquial de Fraião

dimento.

primeira fase da construção da Igreja, dotada de um com-

já tem mais de mil anos.

Este é uma obra que desde o início contou com a dst como

plexo cultural e pastoral, terminou em Junho.

Além da igreja, o complexo cultural e pastoral prevê

3

benfeitor, fornecendo o betão (1.015 m ) e o ferro.

A igreja conta com uma cripta com mil metros quadrados (o

salas de reunião, catequese, instalações sanitárias e

Para o Domingos Teixeira, fundador da Domingos da Silva

pé direito é de 3,60 metros) e um local de culto para mais de

cripta a toda a extensão do edifício. Uma das parti-

Teixeira, s.a. “a construção da nova igreja e do complexo

300 pessoas sentadas. Neste piso, encontram-se a sacris-

cularidades da estrutura é não ter colunas interiores,

cultural e pastoral de Fraião é a concretização de um sonho

tia, salas de catequese e de apoio e confessionários.

pelo que as placas da cobertura apoiam-se nas pare-

com mais de vinte anos”. Na altura em que foi presidente da

A primeira fase da obra terminou com a cobertura do edifí-

des de betão e ferro.

Junta contava já com um terreno para a construção do

cio por 32 vigas que pesam em média nove toneladas e que

Domingos Teixeira incentiva a população de Fraião a

novo templo. Porém, uma inesperada derrota nas eleições

irão cobrir um vão de 14,80 metros.

apostar na continuidade dos trabalhos: É necessário

autárquicas adiou o sonho que agora começa a ganhar for-

Só para a placa de cobertura são precisos cerca de 30 mil

seguir em frente, com um espírito de partilha cristã

ma. Domingos Teixeira confidenciou ainda que disponibi-

euros. Por isso, o pároco apela à “generosidade e partilha

para construir a segunda fase da obra...g

Local: Salão Olímpico do Palácio Vila Flor, Guimarães

Horário: às 20h00 (portas abrem às 18h30)

Teatro, Exposições e Música Gego - Desafiando Estruturas A exposição "Gego - Desafiando Estruturas" faz a análise da obra

Local: Pavilhão Atlântico - Parque das Nações, Lisboa

de Gerturd Goldschmidt (1912-1994), conhecida por Gego,

Jacinta

durante as décadas de 60, 70 e 80. É a mostra mais completa

Data: 6 de Outubro (Sexta-feira)

Patricia Barber

realizada na Europa e apresenta cerca de 100 trabalhos..

Local: Grande Auditório da Casa das Artes, Vila Nova de

Data: 11 de Novembro (Sábado)

Data: até 15 de Outubro (Domingo)

Famalicão

Horário: às 22h00

Horário: Ter. a Qui. 10h00 às 19h00, Sex. e Sáb. 10h00 às

Local: Teatro Circo de Braga - Av. Liberdade, Braga

22h00 (a partir de Outubro até às 19h), Dom. e feriados 10h00

Andrea Bocelli

às 20h00 (a partir de Outubro até às 19h)

Data: 22 de Outubro (Domingo)

Encontros da Imagem 2006

Local: Museu de Serralves - Rua D. João de Castro, 210, Porto

Horário: às 21h30 (portas abrem às 20h)

Data: Até 22 de Dezembro (Sábado)

Local: Pavilhão Atlântico - Parque das Nações, Lisboa Busca Pólos

Local: Teatro Circo de Braga, Mosteiro de S. Martinho de Tibães, Museu Reg. de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Biblioteca Lúcio

Data: Até 16 de Dezembro (Sábado) Horário: Todos os dias excepto 2.ª feira 21

Ben Harper & The Innocent Criminals

Craveiro da Silva, Torre de Menagem, Casa dos Crivos, Museu

Data: 4 de Outubro (Quarta-feira)

da Imagem, Museu dos Biscainhos e Braga Parque.


José Bernardo Távora

José Bernardo Távora tem 48 anos, é arquitecto e filho do também famoso arquitecto Fernando Távora, uma das grandes referências da arquitectura portuguesa. Deu aulas na Faculdade de Arquitectura do Porto durante doze anos mas diz-se arquitecto por engano. Valoriza na arquitectura, as emoções e a criatividade. Tem trabalhado com a dst nas obras do metro do aeroporto e da Praça da Liberdade em Viana do Castelo. Falou connosco. Como surgiu a arquitectura na sua vida?

do a partir da projecção internacional dos Arquitectos Álva-

Nesse sentido, o meu pai nunca influenciou a minha esco-

Sou arquitecto por engano. Tinha na altura escolhido ir para

lha. Foi uma descoberta que fiz dum mundo que desconhe-

ro Siza e Souto Moura. A arquitectura há uns anos era as-

Inglaterra fazer o curso de engenharia mecânica e desenho

cia e como tal, as influências foram nulas.

sunto quase tabu. Nos últimos anos houve muito trabalho,

de automóveis. Contudo, deu-se o 25 de Abril de 1974, veio

Este mundo da arquitectura é curioso. Há grandes arqui-

muitas oportunidades e fizeram-se coisas fantásticas

o serviço cívico para quem concluía o ensino secundário.

tectos, geniais arquitectos que nunca estudaram arqui-

neste país.

Como tinha pouco que fazer, comecei a ir ao escritório do

tectura. Creio que é uma vida mais de paixões, emoções e

meu pai para “passar o tempo”.

sentimentos a que se acescenta o curso e depois o estudo,

Assim sendo, o que é para si a arquitectura?

Estar parado era para mim uma coisa difícil, por isso come-

muito e sempre. Por outro lado, o que mais há neste país

Para mim a arquitectura é uma coisa muito simples: é dese-

cei a desenhar, a fazer maquetas, a entrar naquele mundo

são arquitectos. Em Portugal há dois assuntos sobre os

nhar para construir. Mas é preciso saber o que é desenhar.

da arquitectura que não conhecia e comecei a descobrir.

quais toda a gente sabe, fala e escreve: a arquitectura e o

Desenhar é pensar, estudar, raciocinar. Construir é, cada

Uma nova paixão.

futebol. São dois mundos para os quais ninguém tem

vez mais, um mundo complicadíssimo. É claro que é preci-

Quando chegou a altura de optar - porque entrar na Escola

dúvidas.

so saber desenhar, saber construir e sobretudo, saber pen-

Mas isso não dignifica muito a arquitectura.

Dei aulas doze anos na Faculdade de Arquitectura do Porto

sar. E saber pensar é algo cada vez mais difícil neste país.

era na altura simples - acabei por optar por arquitectura. Ao fim de um ano de trabalho com o meu pai foi a descoberta de uma nova vida. Provavelmente por ser filho de um arqui-

Não, exactamente por esse “conhecimento” que toda a

e era impressionante a maneira como os alunos lá chega-

tecto, ainda por cima também professor, nunca me teria

gente tem, é que os arquitectos, cada vez mais, têm que dar

vam: a dificuldade em coisas tão simples como saber es-

passado pela cabeça seguir a mesma profissão. Foi o des-

a perceber às pessoas o que é a arquitectura. E a verdade é

crever, saber falar, saber expor e às vezes mesmo em per-

tino que fez com que tivesse escolhido e estudasse arqui-

que só se fala da arquitectura em Portugal nos últimos

ceber o que se dizia. Para não falar de uma falta de cultura

tectura entrando na Escola de Belas Artes do Porto.

anos. A arquitectura em Portugal é um fenómeno, sobretu-

generalizada. 22


Normalmente dava aulas ao primeiro ano e dizia sempre no primeiro dia de aulas: “a arquitectura é desenhar, construir, projectar. Mas eu não sei como se faz um projecto. Eu não vou ensinar-vos como se faz um projecto. Ninguém sabe como se faz um projecto. Vamos dar-vos o conhecimento, umas bases, para vocês pensarem como vão fazer os vossos projectos”. Ora isso é algo que faz muita confusão e é agravado, cada vez mais hoje em dia, com este fenómeno das novas tecnologias e dos computadores. Eu não sei mexer no computador e estou convencido que é uma felicidade. Sei apenas escrever texto, não sei desenhar, não sei mexer… Mas vejo nos colaboradores, estagiários e na gente mais nova que aparece, que isso alterou completamente a maneira de pensar. O que nós fazíamos, o estar num caderno ou estirador a desenhar, a pensar, a ensaiar, a testar e a fazer maquetas… As pessoas julgam hoje em dia, que um projecto é uma colagem das várias coisas que o computador tem. É ir buscar uma porta, uma janela, uma parede… A parte, que é a mais emocionante da arquitectura - o processo da invenção, o processo da imaginação - está hoje em dia muito, muito reduzida. Outra coisa muito complicada é o excesso de informação. Quando eu estudava há uns anos, não havia dinheiro para comprar livros. Comprava-se um livro duas vezes por ano e o livro era devorado. Conhecíamos o livro página a página, os pormenores, os textos, os desenhos… Hoje em dia há imensos livros de arquitectura que esgotam. Há um excesso de informação e não há critérios: toda a gente faz livros e quando se folheiam, não têm profundidade. Como vê o panorama da arquitectura que se pratica hoje em dia? Vejo com grande pessimismo. Se lhe perguntar quantos edifícios interessantes recentes viu na viagem que fez de Braga a Viana do Castelo, é capaz de apontar a dedo um ou desenho, do controlo da cidade e do território não existe. A

dois. Isto é dramático. E isto quer dizer que os arquitectos

queremos. E isto é um fenómeno estranho. Porque não há

não fazem a cidade, não fazem o desenho da cidade. A

ninguém que não esteja de acordo com isto - mesmo do

única experiência em grande escala e recente foi a

questão do planeamento é muito complicada, por isso se

ponto de vista técnico. Contudo, o resultado é o que se vê.

experiência do metro do porto. O metro é um projecto

fala tanto no território, mas o resultado é o que vemos.

O meu pai dizia, quando aderimos à União Europeia, uma

revolucionário a nível europeu e até mundial. Conseguiu-se

Quando se vai a colóquios, congressos ou conferências, é

coisa muito simples: “nós somos os últimos, por isso te-

em cinco anos, fazer 70 km de linha, algo impensável. E

unânime que está mau. Mas no dia seguinte continua tudo

mos que ser os melhores”. Temos que estudar, sobretudo o

conseguimos transformar cidades. As barreiras que haviam

na mesma.

que os outros antes de nós fizeram de mal. Contudo, veja-se

entre cidades, hoje em dia desapareceram e rápidamente

Os arquitectos não controlam a cidade e fazem nela edi-

o que é hoje a nossa paisagem, as nossas cidades, as nos-

estamos no Porto, Matosinhos ou Vila do Conde. Foi uma

fícios pontuais. Muito vistos, muito visitados, mas rara-

sas estradas e auto-estradas, as nossas costas.

intervenção que, do ponto de vista do desenho, foi

mente úteis como uma semente a que era preciso dar con-

Relativamente à arquitectura hoje, tenho ideia que os

controlada por arquitectos.

arquitectos têm trabalho mas esta ideia importante do

O arquitecto tem esta coisa maravilhosa de, embora não

tinuidade. Especialmente do ponto de vista da cidade que 23


sendo especialistas em nada - o arquitecto deve ser sobre-

antes, não sei como se faz um projecto e posso demorar um

arquitectónico, como se, se não existisse, a cidade não

tudo um generalista - ter o sentimento de tudo. O engenheiro

mês ou um minuto. A arquitectura tem esta coisa maravi-

tivesse interesse para os turistas e caísse no ostracismo.

de estruturas sabe de estruturas, o engenheiro de catenária

lhosa que é de não ter que estar oito horas num estirador e

Que pensa sobre isso?

sabe de catenária, o engenheiro de águas sabe de águas e o

poder estar em qualquer local a pensar no projecto. Tem

Esta questão tem a ver com o fenómeno do envelhecimento

arquitecto sabe um pouco de tudo. Faz uma coordenação de

esta liberdade de acção e outra coisa muito importante que

dramático das cidades. São geralmente cidades de raiz

todos esses saberes.

é, em estado de criação, não ter um prazo. Não é possível ter

histórica e que estão a morrer. As pessoas fugiram para as

um prazo. A criatividade não pode ter um prazo. Eu não

periferias.

aceito que me coloquem um prazo. Tanto pode ser imediato

Falamos, é claro, das cidades maiores. Cidades como Via-

Sou pessimista, mas realista, por isso continuo a trabalhar. Quando começa um projecto, faz algum exercício

como pode demorar muito tempo.

na do Castelo, Guimarães e Braga não têm esse problema.

artístico ou alguma tarefa para que a beleza estética seja

As cidades maiores não souberam revitalizar o centro e a

conjugada com a utilidade da obra?

Na obra de um arquitecto reflecte-se o seu pensamento, a

visão que têm dos centros históricos é claramente diferen-

Fala-se muito beleza e função. O que é mais importante? Eu

sua personalidade?

te. O meu pressentimento relativamente ao Porto é que esta

acho que é tudo. Temos os nossos conceitos estéticos e de

Reflecte-se tudo! Se está bem ou mal disposto, a última

cidade pretende ter, a curto prazo, um centro histórico para

beleza - as sempre complicadas questões do gosto -, temos

viagem que fez, o último livro que leu, o último grande jantar

turistas e apartamentos para gente que pode viver aí, como

a nossa formação cultural. Lemos e viajamos. Trabalhamos

ou almoço que fez…

vivem no centro de Nova Iorque ou de Paris, os sítios mais

muito.

Às vezes penso nas coisas que fiz e se estive no México de-

caros do mundo.

Devemos compreender os sítios onde vamos trabalhar, as

pois faço coisas muito marcadas por Barragan. Quando es-

A minha visão é diferente. O centro histórico é um todo em

tradições e materiais desse sítio e dominar os novos pro-

tive no Peru, em Machu Picchu, a seguir fiz um edifício que

que há que recuperar o espírito da cidade, as tipologias das

cessos de construção. Outra questão cada vez mais impor-

parecia um edifício inca. Quando visito qualquer país, cida-

casas, o processo construtivo… A recuperação de uma

tante é a parte técnica dos edifícios, do ponto de vista do

de ou sítio que me marca muito ele reflecte-se na obra que

cidade não é manter fachada e no interior colocar umas

conforto, da acústica, da segurança, da implementação das

faço.

lajes de betão e um elevador. A cidade não é uma fachada. A

normas para pessoas de mobilidade reduzida. Hoje em dia

Vivemos um momento em que quase todas as cidades

cidade são as pessoas. Pessoas que têm raízes nessas

fechar um projecto é algo muito complicado. Como referi

parecem empenhadas em criar o seu próprio ícone

cidades. Se invertermos isso, aparecem questões de segu24


lado, porque é horrível. Hoje em dia, ou se faz uma coisa

A arquitectura deverá servir a engenharia ou é a enge-

isolada, o que é raro, ou mais do que usar o meio envol-

nharia que é posta ao serviço da arquitectura?

vente, tenta-se escondê-lo.

Os arquitectos não vivem sem os engenheiros mas muitos

O que é o meio envolvente? É estar na sala e em vez de ver

engenheiros vivem sem os arquitectos. Eu não vivo sem

um jardim bonito, ver a vida do vizinho? Ou ver as traseiras

engenheiros. Estou constantemente acompanhado deles e

destes prédios que existem por aí? O que vemos por aí são

tenho o maior respeito e amizade por eles. Hoje em dia num

construções terríveis, tenebrosas. Fiz uma casa na Foz em

projecto, trabalhamos com 8 ou 10 engenheiros de dife-

que tive que colocar uma grande plantação de árvores

rentes especialidades. Na obra estou rodeado de enge-

porque, em frente à sala, via-se a roupa do vizinho a secar.

nheiros, sejam o dono de obra, a fiscalização, os cons-

Nesse sentido, tenho que me adaptar ao meio envolvente

trutores… Espero é que os engenheiros comecem também

mas sobretudo fazer um projecto adequado ao que sei. Se

a não viver sem arquitectos.

estamos a falar de uma casa, é o local onde vivemos e

rança, dos condomínios privados e uma alteração total e

descansamos. Ora descansar é ter uma vista bonita, poder

Como surgiu o prémio “Fernando Távora”?

ler um livro, ouvir uma boa música, estar com os amigos…

Surgiu por iniciativa da Ordem dos Arquitectos, pensada

Se estou em casa e tenho que fechar a janela porque não

antes da morte do meu pai, como uma homenagem tendo

quero ver o vizinho… é complicado.

como tema “A viagem”.

O meio envolvente também se está a alterar muito.

O tema tem a ver com o facto do meu pai ter viajado muito.

No caso de uma obra que fiz em Braga, na Faculdade de

Ele tem diários e registos escritos dessas viagens que são

Ciências da Educação, ela tem dois lados fechados e um

fantásticos. O texto que aparece no livro do prémio é

dos lados está fechado porque a vista sobre novas cons-

emocionante porque é um texto da visita à casa Frank Lloyd

completa dos hábitos. A arquitectura também se transfor-

truções era terrível. Ela foi orientada no sentido de todas as

Wright que já tinha morrido na altura. É um diário manus-

mou numa moda e isso é um problema universal. O primeiro

salas terem a vista sobre o Bom Jesus.

crito de uma viagem que fez aos Estados Unidos, em 1962.

Na sua opinião qual a ordem de prioridades da arqui-

800 páginas. Foi uma viagem que ele fez para aprender, visi-

Um diário escrito e desenhado, sem fotografias que tem

grande exemplo no mundo foi o Museu Guggenheim, em Bilbao. É uma cidade industrial decadente que investiu tudo num

tectura actual (economia, funcionalidade, estética, ex-

tando escolas de arquitectura, cidades, arquitecturas…

museu que é hoje um sucesso. A Casa da Música no Porto

pressão artística, excelência construtiva…)?

Este texto é maravilhoso e emocionante, porque é escrito à

veio seguir um pouco esse esquema, assim como o Parque

A minha prioridade é a do ponto de vista conceptual, cria-

primeira, não é rasurado. É um texto directo, contínuo.

Mayer em Lisboa. Nesse sentido, é mais uma oportunidade

tivo, inventivo. Depois depende do dono de obra. Há obras

Nas aulas que dava não usava imagens. Desenhava. E gran-

para os arquitectos e é sobretudo o maior reconhecimento

onde há uma certa liberdade, coisa que vai rareando. Aquilo

de parte do tema das aulas eram as viagens que fez. Com

que a arquitectura pode ter.

que eu penso, e tenho tido a sorte de trabalhar com entida-

base nisso fazia uma espécie de história da arquitectura,

des que pensam assim, é que uma obra é uma coisa que se

uma espécie de introdução à história da arquitectura.

Que importância tem para si e de que forma intervêm, as

faz uma vez na vida. Um edifício que é mais bem tratado,

características do meio envolvente e as especificidades

mais bem insonorizado, que tem menos manutenção e tem,

De Dezembro a Março deste ano esteve patente no Mu-

culturais do lugar onde se instalará a obra?

do ponto de vista da energia, menores consumos, esse edi-

seus dos Transportes e Comunicações / Alfândega do

A história das cidades, claro, a história da evolução da sua

fício é mais caro agora mas sai mais barato a longo prazo.

Porto a exposição “Projecto e Obra” na qual foi abordada

forma urbana.

Se formos ver o essencial dos edifícios públicos, são feitos

a recuperação do Palácio do Freixo, incluindo visitas

É claro que fazer uma cidade é diferente de fazer uma casa.

para serem baratos e este barato custa caro.

guiadas ao edifício. Como foi partilhar com o público essa

Se conseguir fazer uma casa no meio rural, por exemplo,

Já uma casa, é uma coisa que se faz uma vez na vida e tem

experiência do trabalho de arquitectura?

com os melhores artesãos, pedreiros e carpinteiros da

que se fazer bem. Depende muitas vezes de factores que

Este projecto está relacionado com um ciclo de exposições

região, prefiro.

nos são alheios. Eu tenho interesse por esta parte criativa.

que a Ordem dos Arquitectos organizou. Para mim foi muito

Mas o meio envolvente está a desaparecer. Cada vez mais é

Depois, depende muito das disponibilidades do dono de

doloroso, uma vez que, o Palácio do Freixo em que

obra.

trabalhamos cinco anos, fechou no mesmo dia em que

quase preciso uma venda para não ver o que se passa ao 25


abriu. Hoje em dia está fechado, é aberto para alguns eventos e foi recentemente negociado e vendido para a construção de uma Pousada. Ora isto é a negação de todo um trabalho que se fez. Por isso prometi a mim mesmo que não iria lá mais. Insistiram muito para fazer a apresentação, a conferência de abertura da exposição e fazer uma visita ao palácio. Custou-me muito porque era uma coisa que imaginávamos como estando usado, tendo visitas e está fechado. A exposição era muito interessante porque eram recriados ambientes de trabalho: perceber o que era um ambiente de trabalho de escritório recriando uma sala com algumas coisas nossas - capacetes, canetas, fotografias na parede e uma outra sala que era a “Sala de Obra”, ou seja, o contentor. Servia para perceber o que são as amostras, os desenhos nas paredes, etc. Era uma exposição que tinha um carácter mais didáctico, vocacionada não tanto para arquitectos mas algo mais dedicado a escolas. Tinha cerca de 700 desenhos que as pessoas podiam folhear e perceber um pouco o que são cinco anos de trabalho. A visita custou-me muito e cada vez que oiço falar do Palácio do Freixo fico triste porque a transformação em Pousada é o que vai acontecer. A “Casa em Barcelos” é um caso de estudo - divulgado em publicações de vários países. É referido como o melhor reflexo entre a tradição e a modernidade, uma

minhotas eram feitas assim. À medida que ia havendo

do Porto, nomeadamente a ligação do centro ao

das casas mais representativas da arquitectura contem-

dinheiro, fazia-se um primeiro módulo, um segundo… Ia

aeroporto, um projecto de sua autoria e a ser executado

porânea portuguesa da última década. Quer comentar?

aumentado. Naquela casa também está previsto, que se

pela dst. O novo troço é percorrido em trincheira, em

A “Casa em Barcelos” é uma casa num meio rural em que a

um dia for necessário, aumentará. Depois tem coisas

túnel e à superfície, em canais relvados implicando a

vista é uma grande vinha. É uma pequena casa de fim-de-

novas: tem uma estrutura em betão, tem águas, esgotos,

requalificação dos antigos acessos (EN107). É um

semana. O cliente pediu-me na altura, uma casa levantada

telefone, tem energia, aquecimento, televisão… Enfim, to-

projecto muito diferente dos habituais? Qual o principal

do chão para poder meter os tractores em baixo, e eu fiquei

das as comodidades. No fundo foi compatibilizar estes dois

desafio?

muito contente com a ideia. É uma casa que anda entre um

mundos e foi muito simples. Bastou ir a um livro notável que

O projecto do aeroporto tinha o objectivo de transformar,

espigueiro minhoto, levantado do chão, e a casa

se chama “Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa”

uma estrada nacional anónima, com trânsito pesado, sem

“Farnsworth” de Mies van der Rohe, que é uma casa em vi-

que foi um levantamento feito em 1962 e cuja equipa do

passeios, com muitos acidentes, numa avenida urbana

dro e também levantada do chão mas porque tem, em baixo,

Minho era dirigida pelo meu pai. Mas esse livro também é

através da introdução do metro. Foi esse o desafio.

uma zona perto do leito do rio que tem cheias. A casa de

uma dor de alma porque hoje em dia já não se consegue

Do ponto de vista de obra, foi uma obra complicadíssima

Mies é uma casa moderníssima com uma estrutura em

repetir aquelas fotos. Ou desapareceram os edifícios ou

porque foi feita com uma cidade a viver. Não podíamos

ferro e vidro. A “Casa de Barcelos”, do ponto de vista tipo-

desapareceram as envolventes.

dizer às pessoas para voltarem passado um ano. Assim

lógico, é a cópia rigorosa de uma casa minhota rural: tem uma escada exterior e quatro módulos de 5x5m. As casas

sendo, o trânsito manteve-se assim como todas as redes Está neste momento fase de conclusão, a obra do metro

de águas, esgotos, acessos às habitações… É uma obra 26


que vai sendo feita aos bocados forçados e não como aqui na Praça da Liberdade (Viana do Castelo) em que o acesso está vedado e trabalhamos à vontade. Se aliás estivermos naquela zona, sentimo-nos numa cidade. Quando acaba a rotunda do aeroporto e vai por ali fora, é o caos. Já agora, quanto ao trabalho com a dst, tem corrido sempre muito bem. Por um lado, é uma empresa de gente nova, gente que quer saber, que estuda, muito interessada e sem vícios. Por outro lado, tem coisas importantes - e a meu ver essenciais - que estão a acabar nas grandes empresas: a questão da preparação, do redesenho do nosso projecto, assim como a optimização e reutilização dos materiais. Aqui em Viana, na Praça da Liberdade, estamos a falar de uma área de seis mil metros de intervenção que teve um enchimento de cerca de 1m para garantir o funcionamento das fontes de água, e a verdade é que se prova que é possível fazer uma obra desta dimensão em pouco tempo. Ora isto só se faz com grande espírito de colaboração e entreobra.

ajuda entre toda a gente: dono de obra, projectista, cons-

o que quer. Eu posso desenhar um móvel ou dois, ajudar a

trutor, técnicos e operários… Sobretudo, um sentido muito

A questão é muito simples: a cidade tem uma estrutura

comprar um quadro, mas acho que são coisas muito

grande do ponto de vista da preparação: as lajes vêm para

medieval, é rasgada pela Avenida dos Combatentes,

pessoais. Fui à casa e a senhora estava feliz.

cá todas marcadas, cada pedra sabe exactamente o seu

alinhamento recto marcado pela estação do comboio. Tem

Acontece-me o mesmo quando ando de metro. Quando

sítio. Não há o amadorismo de trazer as paletes e depois cá

um outro alinhamento que é a ponte Eiffel e tem mais tarde,

viajo, ainda hoje, emociono-me. O que se fez! Fiz muitos

cortar à medida. Neste sentido, esta obra foi também

quando é feito a regularização do Rio Lima, um grande

quilómetros e áreas de intervenção enormes. Só no

exemplar. Foi uma obra em que não houve conflitos, não

alinhamento aqui à frente, uma plataforma morta.

aeroporto são 90.000 m2. Faço a viagem e vejo os veículos

houve problemas e sobretudo faz-se em dois meses. Não

Há acontecimentos que provocam a alteração das cidades.

cheios, tudo funciona. Aquela parte de Matosinhos tem

sei se há muitos casos assim.

A nova baixa pombalina e a Praça do Comércio, resultaram

cinco anos: a relva impecável, as ruas limpas, as pessoas

do terramoto em Lisboa.

felizes… A obra do metro talvez seja a que mais me marque

O Polis de Viana do Castelo, nomeadamente a Praça da

Aqui, tratou-se da criação de uma praça, aberta sobre o rio,

porque é aquela que mexe mais no dia-a-dia das pessoas.

Liberdade é da autoria do seu pai. Como tem sido a

e da construção de novos edifícios na continuidade do

experiência de reformular esta área urbana?

passeio marginal que ligará toda a cidade e que começa a

O caso destes dois edifícios aqui em Viana do Castelo

aparecer.

A domótica, os edifícios “inteligentes”, são o futuro? Há cerca de dois ou três anos pediram-me para escrever para uma revista, o que pensava sobre os edifícios inte-

(edifícios na Praça da Liberdade), fazem parte de um plano do Arq. Fernando Távora, que começou hà 10 anos.

Qual dos seus projectos lhe deu maior satisfação?

ligentes. Pensei, li, estudei, revi viagens… Cheguei ao fim e

Mais tarde, no desenvolvimento dos projectos, o Arq.

Todos os que consegui acabar. Por exemplo, outro dia fui a

só consegui escrever uma frase: “os edifícios inteligentes

Álvaro Siza foi encarregue de projectar a nova biblioteca e o

uma casa que fiz na Foz e quase chorei. Estava intacta. Po-

são a inteligência do desenho”. Não sei muito bem o que

Arq. Souto Moura o pavilhão multi-usos.

de discutir-se o interior, mas eu não reparo. Quando faço

são os edifícios inteligentes porque a maioria dos edifícios

Foi o único projecto, e foi uma experiência muito interes-

uma casa não olho para mim. Se gosto dos móveis ou não,

inteligentes que conheço são tão inteligentes que não

sante, em que os três trabalharam em conjunto. Limitei-me

são coisas muito pessoais. Faz-me impressão fazer uma

funcionam.

a colaborar e agora que ele faltou, estou a acompanhar a

casa e chamar um decorador… É de alguém que não sabe

Serão mais inteligentes que o Homem?…g

27


“Pontes” de vista Espaço aberto à colaboração de todos os funcionários. Destina-se a publicar textos de reflexão crítica ou pensamentos e opiniões sobre temas de interesse geral. Participem!

Ser VOLUNTÁRIO… na Cruz Vermelha Portuguesa O que é ser…?

enumerados claramente os direitos e os deveres associa-

ções técnicas;

O estatuto do voluntário é uma síntese de princípios, direi-

dos à figura do Voluntário.

8. Utilizar devidamente a identificação como Voluntário no

tos e deveres devidamente inscritos nos diplomas legais

exercício da sua actividade de voluntariado.

que regem a sua actividade e disponíveis nesta na Lei n.º

Aqui estão alguns deles:

71/98 de 3 de Novembro e no Decreto-Lei n.º 389/99 de 30

1. Ter acesso a programas de formação inicial e contínua,

Quais as vantagens de ser…?

de Setembro.

tendo em vista o aperfeiçoamento do seu trabalho volun-

1. Adquirir e aperfeiçoar novas competências e conheci-

Segundo definição das Nações Unidas, "o voluntário é o jo-

tário;

mentos;

vem ou o adulto que, devido a seu interesse pessoal e ao

2. Dispôr de um cartão de identificação de Voluntário;

2. Participar em cursos de orientação e de formação inte-

seu espírito cívico, dedica parte do seu tempo, sem remu-

3. Exercer o trabalho de voluntário em condições de higiene

ressantes;

neração alguma, a diversas formas de actividades, organi-

e segurança;

3. Poder optar por entre o leque de tarefas e familiarizar-se

zadas ou não, de bem estar social, ou outros campos de

4. Estabelecer com a entidade promotora um programa de

com aqueles que provaram saber desempenhar bem a tare-

intervenção".

voluntariado que regule as suas relações mútuas e o con-

fa; ajudar os jovens, desenvolvimento, formação, assuntos

teúdo, natureza e duração do trabalho que vai realizar;

internacionais, administração, finanças, emergência em

Qual o perfil de um…?

5. Ser ouvido na preparação das decisões da entidade pro-

caso de catástrofe, saúde, trabalho social, ou qualquer ou-

São sete os princípios básicos nos quais assenta o perfil do

motora que afectem o desenvolvimento do seu trabalho;

tra actividade desenvolvida pela Sociedade Nacional;

voluntário da Cruz Vermelha:

6. Beneficiar de um regime especial de utilização de trans-

4. Aprender a ajudar os outros através de serviços para a

1. Participativo - concretizado através das diferentes activi-

portes públicos;

comunidade;

dades e nos órgãos próprios da instituição;

7. Ser reembolsado das importâncias despendidas no

5. Participar em operações de socorro, quer no plano

2. Comprometido com todos, em especial com os mais

exercício de uma actividade programada pela entidade pro-

nacional, quer no plano internacional;

vulneráveis;

motora, desde que inadiáveis e devidamente justificadas,

6. Representar a Sociedade Nacional em reuniões, ateliers,

3. Capacitado/Formado - o voluntário deve ter uma forma-

dentro dos limites estabelecidos;

congressos ou seminários;

ção específica para a actividade que desenvolve;

8. A qualidade de Voluntário é compatível com a de asso-

7. Participar activamente na busca de soluções para os

4. Motivado - fundamental para a continuidade do Volunta-

ciado, de membro dos corpos sociais e de beneficiário da

problemas.

riado, supõe uma especial atenção às expectativas e

entidade promotora onde exerce voluntariado.

necessidades do voluntário, bem como um acompanha-

Como ser…?

mento da sua acção;

Quais os deveres de um…?

Se quiser ser voluntário da Cruz Vermelha Portuguesa, po-

5. Disponível para as tarefas que se propõe, bem como no

1. Respeitar os princípios deontológicos por que se rege a

de fazê-lo da seguinte forma:

tempo dado à formação e participação;

actividade que realiza;

- Inscrever-se nas Delegações ou Núcleos da Cruz Verme-

6. Polivalente - a participação deve ser diversificada a nível

2. Observar as normas que regulam o funcionamento da

lha Portuguesa, da área da residência.

do campo de acção, rentabilizando ao máximo os recursos;

entidade promotora e dos programas ou projectos;

Em Braga, na Avenida 31 de Janeiro, 317.

7. Cooperativo - ser capaz de trabalhar em equipa é funda-

3. Actuar de forma diligente, isenta e solidária;

tlf.:253 208 870-9.

mental para o desenvolvimento dos objectivos a que se pro-

4. Participar nos programas de formação destinados aos

Telefone da Unidade de Socorro: 253 208 872,

põe a Instituição.

voluntários;

fax 253 208 871

5. Zelar pela boa utilização dos recursos e dos bens, equi-

E-mail: cvp-braga@cvp-braga.com.pt;

Quais os direitos de um…?

pamentos e utensílios postos ao seu dispor;

No âmbito da Lei de Bases do enquadramento jurídico do

6. Colaborar com os profissionais da entidade promotora,

"A Cruz Vermelha é uma instituição de socorro voluntária e

respeitando as suas opções e seguindo as suas orienta-

desinteressada." g

voluntariado (a Lei n.º 71/98 de 3 de Novembro), são

Raquel Sousa assistente CEO da dst

28


Reflexões

Reconheça alguém apaixonado pelo que faz

Se existe alguma coisa comum a todas as pessoas de

"Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas

frieza dos sorrisos, na frouxidão dos abraços, na

sucesso é a paixão pelo que fazem.

vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empre-

indiferença dos "bom dia", quase que sussurrados.

É essa paixão que dá às pessoas a energia necessária para

sa do mundo. E que posso evitar que ela vá à falência.

Sobra cobardia e falta coragem até para ser feliz. A

suportar contratempos, ter persistência e a dedicação ne-

Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos

paixão queima, o amor enlouquece, o desejo trai.

cessárias para alcançar um objectivo, mesmo quando to-

os desafios, incompreensões e períodos de crise.

Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a

dos à sua volta parecem desistir ou não acreditar.

Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um

alegria e a dor. Mas não são.

Podemos sentir a diferença de energia, motivação e atitude

autor da própria história.

Se a virtude estivesse mesmo no meio-termo, o mar

na produtividade e no comportamento das pessoas apaixo-

É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encon.-

não teria ondas, os dias seriam nublados e o arco-íris

nadas. Elas contagiam todos à sua volta com sua energia e

trar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus

em tons de cinza.

vibração.

a cada manhã pelo milagre da vida.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem

Aqui estão 15 características comuns a todas as pessoas

Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber

acalma, apenas amplia o vazio que cada um traz

apaixonadas pelo seu trabalho. Veja em quantas delas você

falar de si mesmo.

dentro de si.

se encaixa. Pessoas apaixonadas pelo seu trabalho:

É ter coragem para ouvir um "não".

Preferir a derrota prévia à dúvida da vitória é

1. Estudam o assunto continuamente.

É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que

desperdiçar a oportunidade de merecer.

2. Sentem prazer no desafio de melhorar constantemente.

injusta.

Para os erros há perdão, para os fracassos, chance,

3. Procuram formas inovadoras e criativas de fazer o seu

Pedras no caminho? Guardo todas, um dia vou construir

para os amores impossíveis, tempo.

trabalho.

um castelo...

De nada adianta cercar um coração vazio ou

4. Têm orgulho de fazer o que fazem.

“Fernando Pessoa"

economizar alma. Um romance cujo fim é instantâneo

Quase.... Ainda pior que a convicção do não, é a incerteza

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina

5. Estabelecem metas e têm orgulho em alcançá-las.

ou indolor não é romance.

6. São persistentes. 7. Repartem o seu conhecimento.

do talvez, é a desilusão de um quase!

acomode, que o medo impeça de tentar.

8. Defendem a instituição que representam.

É o quase que me incomoda, que me entristece, que me

Desconfie do destino e acredite em você.

9. Não têm preguiça. Estão sempre disponíveis.

mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Gaste mais horas realizando, que sonhando...

10. Têm compromisso com o resultado.

Quem quase ganhou ainda joga, quem quase passou ainda

Fazendo que planejando... Vivendo que esperando...

11. Trabalham muito mais do que a média.

estuda, quem quase amou não amou.

Porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem

12. Vendem as suas ideias a todo o instante.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos

quase vive já morreu. g

13. Querem que o seu trabalho contribua para melhorar a

dedos, nas chances que se perdem por medo, nas idéias

vida das pessoas.

que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver

14. Criam outros apaixonados dentro da empresa.

no outono.

15. Tem o “olho do tigre”, um brilho especial nos olhos que

Pergunto-me, às vezes, o que nos leva a escolher uma vida

só os apaixonados têm.

morna.

E você: está apaixonado? g

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e na

Margarida Pereira

departamento de marketing da dst

Teresa Araújo recepcionista da dst

29


preços de transferência interna: métodos de fixação O preço de transferência interna constitui um instrumento

recursos do centro, e essa falta de competitividade reper-

assim os princípios da gestão e os interesses da empresa.

cutir-se-á a outros centros.

para valorizar os fluxos reais de bens ou serviços entre centros de responsabilidade (unidades da organização dirigi-

Método dos preços baseados em custos padrão

das por um gestor responsável pelas suas actividades),

Os inconvenientes atribuídos à utilização dos modelos

Método dos preços baseados em custos padrão com

correspondendo ao valor unitário atribuído aos produtos/

baseados em custos reais incentivam a utilização de preços

margem

serviços transferidos entre os centros. Trata-se de valorizar

de transferência baseados em custos pré-determinados

A fixação de um preço de transferência a partir de um custo

estas operações como se fossem realizadas entre empre-

(custos orçamentados, resultantes de um processo

padrão acrescido de uma margem tem a vantagem de criar

sas independentes.

estruturado de previsão).

um espírito mais empresarial entre os centros fornecedores

Em relação aos métodos de fixação dos preços de trans-

Vantagens deste método face ao anterior:

e clientes. A sua aplicação é, no entanto, um pouco preju-

ferência interna, tem-se considerado geralmente duas ba-

- o centro “fornecedor” paga pelo seu bom ou mau funcio-

dicada pelo facto de não ser fácil de identificar o quantitativo

ses distintas: preços baseados no custo e preços baseados

namento, a sub-actividade ou sobre-actividade vêm tradu-

mais adequado para a margem. Se o serviço tem um valor

zidas com objectividade nos seus resultados e não no dos

no mercado e são conhecidas as margens médias de co-

no preço de mercado.

centros utilizadores;

mercialização, pode aplicar-se o valor médio dessas mar-

Método dos preços baseados em custos reais

- o centro “cliente” não é afectado pelo nível de actividade

gens ao custo padrão. Contudo, se se der o caso de o pro-

Pressupõe a determinação do preço em função dos custos

ou bom/mau desempenho do centro “fornecedor”, pois pa-

duto/serviço ser transferido entre vários centros de res-

efectivamente suportados para produzir o produto/serviço.

ga um preço pré-definido, independentemente da activi-

ponsabilidade, este método pode originar a sobrevaloriza-

Embora com grandes inconvenientes, este modelo é utili-

dade deste;

ção do preço final com o risco de o tornar não competitivo.

zado com alguma frequência, dado o grande número de

- as regras do jogo estão pré-definidas: em cada período é

Quando o produto ou serviço não tem preço de mercado, a

empresas que utilizam na contabilidade analítica sistemas

conhecido, antecipadamente, o preço do produto/serviço a

definição de uma taxa para a margem a praticar poderá ser

de custos reais.

ser facturado internamente pelo centro fornecedor ao cen-

dificultada, sendo que a falta de elementos objectivos leva

Inconvenientes inerentes à utilização deste método:

tro utilizador;

ao recurso a factores subjectivos, o que contraria o espírito

- não avalia correctamente o “fornecedor” do bem ou servi-

- o centro prestador é motivado a aumentar a sua actividade

que deve presidir ao sistema de preços de transferência

ço, já que o seu objectivo será sempre cumprido desde que

e a introduzir melhorias no seu centro, dado que serão

interna.

exista um “comprador” ou utilizador que lhe pagará as efi-

reflectidas directamente no seu resultado;

Deste modo, o recurso a este método de fixação de preços

ciências ou ineficiências (o resultado será sempre nulo);

- o centro utilizador é motivado a utilizar os produtos/

internos deverá ser limitado a:

- não é justo para o utilizador (cliente), na medida em que

serviços internos, porque conhece antecipadamente o pre-

- bens ou serviços transaccionáveis no mercado em con-

pode cumprir em tudo, mas o seu desempenho vir prejudi-

ço que paga, o qual deve ser inferior ao do mercado, e por-

dições equivalentes às verificadas nas operações internas

cado pelo facto de “pagar” a ineficiência do prestador (for-

que não será afectado pelas ineficiências do centro pres-

e que sejam conhecidas as margens médias de comer-

necedor) dos bens ou serviços;

tador.

cialização, ou, não sendo as condições comparáveis, cal-

- as regras do jogo não estão pré-definidas, pois o utilizador

As vantagens indicadas não invalidam que a utilização de

cular uma margem competitiva fundamentada no conhe-

do bem/serviço só conhece o valor que lhe será atribuído

custos padrão apresente também alguns inconvenientes e

cimento das margens da indústria ou na taxa de rendibili-

após o prestador ter calculado o seu custo real (geralmente

limitações:

dade de bens semelhantes produzidos por outros centros;

com atraso);

- não é um método que proporcione em termos previsionais

- produtos valorizados a um custo padrão incompleto,

- não motiva o fornecedor do bem/serviço a introduzir

uma margem para o “vendedor” interno, o que tende a

utilizando-se a margem para lhes atribuir custos indirectos

melhorias no seu centro (desincentivo à eficiência);

limitar o nível de motivação e empenho;

de difícil afectação unitária (com o senão de que se trata

- desmotiva o utilizador, na medida em que não sabe o

- questiona-se a fiabilidade da previsão que está na base da

mais de um processo de fixação de um padrão do que

“preço” que lhe acarreta uma requisição interna de produ-

determinação do custo padrão, para além de que o recurso

propriamente a definição de uma margem de lucro);

tos/serviços, ele vai pagar o bom ou mau funcionamento do

permanente à análise histórica de valores poderá perpetuar

- casos em que o produto/serviço não seja transferido entre

seu “fornecedor” interno.

situações menos correctas ou interessantes para a

demasiados centros de responsabilidade ao longo da

Perante os inconvenientes referidos, conclui-se que este

empresa;

cadeia de valor.

método não deve ser utilizado em caso algum: não avalia

- se eventualmente os preços de transferência interna a

Sendo o valor de base o custo padrão, este método reflecte

justamente os centros, nem motiva os gestores para a

custos padrão forem superiores aos preços de mercado,

também os mesmos inconvenientes que o anterior.

utilização de produtos ou serviços internos, contrariando

traduzem evidentemente ineficiências na utilização dos

Método dos preços baseados em preços de mercado 30


aumento de cromos em portugal Um estudo da Universidade de Ciências das descobertas

Diz o ditado que a culpa morreu solteira!

titui a melhor base para a fixação dos preços de transferên-

"Bull Education University of Texas" dos Estados Unidos de

Porque será?

cia interna. Tal significa aceitar e observar as regras de mer-

América, revelou que em Portugal tem vindo a aumentar o

Ela era feia?

cado no mecanismo de fixação de preços. Ao fixar um pre-

número de "Cromos", nos últimos 5 anos.

Ela era estúpida?

ço de transferência baseado em preço de mercado, é pos-

O mesmo estudo também revelou o porquê de um aumento

Ela era mesquinha?

Sempre que exista uma referência de mercado, esta cons-

sível comparar a rendibilidade dos centros com a de entida-

tão grande em pouco tempo.

Ela era pobre?

des externas. Do mesmo modo, a margem de contribuição

Procuramos resposta junto do Professor Doutor "Tangas",

Ela não gostava do Homem?

do centro é mais significativa do que a determinada com os

um dos colaboradores desse estudo e que tem um

Ela sentia-se injustiçada e nunca se deixou envolver?

preços baseados em custos, porquanto representa uma

profundo conhecimento científico Europeu, fundamental-

Ela tinha vergonha da hipocrisia?

real contribuição económica para os resultados globais da

mente pesquisado em Portugal.

Ou a sociedade em geral não conhece a perfeita realidade

empresa.

Ele relatou-nos o seguinte:

do que é a culpa?

Todavia, nem sempre o processo de fixação de preços de

Uma das formas de reprodução humana é aquela que todos

Vamos tentar conhecê-la.

transferência interna baseados em valores de mercado se

já sabemos. Mas como se trata de uma espécie humana

Normalmente qualquer abordagem de um tema tem um

apresenta simples e linear, podendo ocorrer dificuldades e

muito hábil e fortemente inteligente, já não precisam de

sentimento de culpa ou de fugir à responsabilidade que j á

restrições, nomeadamente restrições derivadas de interes-

uma relação conjugal para se reproduzirem, basta um

tinha assumido com ela.

ses estratégicos ou financeiros da empresa como um todo,

simples contacto físico, um aperto de mão ou um encosto

Quando a culpa se envolve a um grupo sensato ou uma

possibilidade de o preço de mercado ajustado poder ser

em qualquer parte do corpo para que se ganhe mais uma

sociedade tolerante, ela n ão morre solteira.

inferior ao custo padrão do produto/serviço, dificuldades

destas figuras. Está a ser tão rápida a sua multiplicação,

Ela morrerá viúva, divorciada, separada, ou por último

associadas às condições do próprio mercado como seja a

que se desconfia, que neste momento basta um "Cromo"

namoriscada.

ocorrência de uma situação de “dumping” (baixa tempo-

olhar e fixar os olhos de uma pessoa para que esta fique

Quando a culpa aparece, a pessoa da primeira fila deve

rária dos preços de mercado abaixo do valor de custo).

imediatamente "Cromada".

aceitá-la.

Resumindo, sempre que exista preço de mercado, este

O Professor "Tangas" advertiu ainda para a possibilidade,

Porque se eu disser a culpa é minha, a pessoa que está a

constitui a melhor base para fixar os preços de transferên-

do "emprenhamento" vir a ser pelos ouvidos. Isto quer dizer

fugir dela, diz logo:

cia interna, tendo em conta que o valor daquele deverá ser

que basta um "Cromo" falar com a pessoa, para que esta se

Não! Não estou a dizer que a culpa é tua.

ajustado de forma a reflectir as diferenças entre as condi-

torne num "Crominho". O Professor "Tangas" chama a

Quer isso dizer que ela está sempre dos dois lados.

ções internas e externas em que se realizam as transac-

atenção dos leitores para o facto de se "engravidar pelos

Afinal ela morreu solteira ou queremos pensar que assim

ções. É conveniente que os ajustamentos possam ser ne-

ouvidos" o que há a probabilidade de já pertencemos todos

foi?

gociados e acordados entre os gestores directamente

à família "Cromos".

Na verdade a culpa sempre viveu no meio de nós e por isso

afectados, maximizando o seu envolvimento no processo

O que é giro nesta história toda, é chamar "Cromos" aos

SOLTEIRA NUNCA FOI.

de fixação dos preços internos, o que aumenta a fluidez e

outros…e mais não digo!!! g

g

transparência do processo, assim como desenvolve o espírito de gestão. Caso não exista um preço de mercado conhecido, deverá adoptar-se o custo padrão. Em último caso, deverão ser fixados preços negociados sempre que existam circunstâncias especiais que justifiquem a fixação de um preço diferente do determinado com as bases anteriores. Além dos apresentados, existem ainda outros métodos de fixação de preços de transferência, designadamente os preços baseados na repartição dos resultados e os preços baseados na utilização da programação linear, sendo porém raramente utilizados.g Catarina Amaro

Eduíno Fernandes

Eduíno Fernandes

departamento de contabilidade dst

encarregado do dep. de construção civil I da dst

encarregado do dep. de construção civil I da dst

31


ficha técnica: edição: dst_domingos da silva teixeira, s.a. redacção e grafismo: departamento de marketing & design margarida pereira e joão pedro sampaio fotografia: hugo delgado, pedro lobo, joão pedro sampaio, margarida pereira periocidade: trimestral tiragem: 600 exemplares pré-impressão e impressão viana e dias, artes gráficas dst_domingos da silva teixeira, s.a. rua de pitancinhos apartado 208 palmeira 4711-911 braga portugal tlf. 351 253 307 200/1 fax 351 253 307 210 www.dstsgps.com alvará de construção civil n.º 2846

Você acha que não arranja emprego porque o seu currículo é muito

Uma questão de lógica!

Conflitos no cérebro

fraquinho? É muito simples basta fazer um "upgrade" no nome da sua profissão! Eis algumas dicas para você dar um "plus" no seu

Aos meninos da Pré-Primária foi feita a seguinte pergunta:

currículo, quando se referir aos seus empregos anteriores:

"Em que direcção vai o autocarro que se mostra em baixo ?"

- Especialista de Fluxos de distribuição (paquete). - Supervisora Geral de Bem-Estar, Higiene e Saúde (mulher da limpeza). - Coordenador de Fluxos de Entrada e Saída (porteiro). - Coordenador de Movimentação e Vigilância Nocturna (segurança). - Distribuidor de Recursos Humanos (motorista de autocarro). - Especialista em Logística de Combustíveis (empregado da bomba de gasolina). - Assessor de Engenharia Civil (trolha). - Consultor Especialista em Logística de Alimentos (empregado de

Olhe cuidadosamente para o desenho.

mesa).

Sabe a resposta?

- Técnico de Limpeza e Saneamento de Vias Públicas (varredor). - Técnica Conselheira de Assuntos Gerais (cartomante).

As únicas possíveis respostas são "esquerda" e "direita".

- Especialista em Logística de Produtos Químicos e Farmacêuticos

Todas as crianças responderam "esquerda".

(passador de droga).

Quando perguntaram:

- Técnico de Marketing Direccionado (vigarista).

"Porque é que vocês pensam que o autocarro se desloca para a

- Coordenador de Fluxo de Artigos (receptador de artigos rouba-

esquerda ?"

dos). - Técnico Superior de Distribuição de Artigos Pessoais (cartei-

Eles responderam:

rista).

"Porque não se consegue ver a porta."

- Técnico de Redistribuição de Rendimentos (ladrão). - Técnico Superior Especialista de Assuntos Específicos Não Especializados (político).

A formação para este ano está definida. Para mais informações ou inscrição, contactar dra. Amélia Cerdeira do departamento de qualidade.

curso

horas

Condução Segura para Motoristas de Veículos Pesados

30

curso

horas

Hidráulica para Mecânicos

32

Animar, Dirigir e Motivar Equipas de Trabalho

24

Microsoft Project base

30

Controlo e Execução de Aterros

24

Excel Avançado

30

Valas, Métodos Construtivos e Segurança

30

Gestão ambiental no sector da construção Legislação

21

Aplicação de Misturas Betuminosas

30

Concepção de Obras Geotécnicas

12

Leitura de Projectos para encarregados

30

Controlo de Gestão

30

Condutores Manobradores - Giratórias

30

IRS/IRC

30

Condutores Manobradores - Dumpers

30

Ensaios Laboratoriais e marcação CE (agregados e misturas betuminosas)

32

Condutores Manobradores - Cilindros

30

Lotus Notes - correio electrónico

6

Condutores Manobradores - Retroescavadoras

30

Word - nível médio

30

Segurança na Construção Civil para Animadores

28

Excel - nível médio

30


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