Newsletter 15 janeiro 2008

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...is more trimestral / janeiro 2008

edição 15

Eduardo Leite

...

Eduardo Leite terminou a licenciatura em engenharia Civil e fez todo o seu estágio na construção do novo estádio de Braga. Pós-graduado em métodos construtivos, iniciou o seu percurso na dst em Dezembro de 2003 e foi director de várias obras. No final de 2007 acompanhou o processo de viabilidade da Cari que entrou num processo de insolvência. Hoje é o adimistrador da Cari. (pag. 18)

dst uma das melhores empresas para trabalhar

Seminários para Quadros Superiores da Temas como a arquitectura, política, ética, responsabilida-

distinguida pelo 2º ano consecutivo

de individual, arte, estética e liderança estarão em debate

A distinção resulta de um estudo, elaborado em parceria com a Heidrick & Struggles (H&S), que anualmente selecciona e

no centro de formação da dst sob a coordenação do

avalia empresas instaladas em Portugal, tendo como base um questionário enviado a todos os colaboradores, o qual

professor Daniel Bessa.

determina o grau de satisfação e as práticas de gestão de Recursos Humanos. (pag. 5) (pag. 4)

III Convenção de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho A dst quer alertar as autoridades nacionais para a necessidade de serem encontradas soluções para os problemas que existem em matéria de segurança, higiene e saúde no trabalho na construção civil em Portugal que revela deficiências e exige mais planeamento. (pag. 8)

e Biblioteca Pública de Braga recordam Miguel Torga

dst investe €12.000.000 em 6 áreas de negócio spin off permitirá às novas empresas facturar €65M num prazo de 3 anos A Domingos da Silva e Teixeira (dst) concretizou no passado dia 2 de Janeiro a cisão simples de seis unidades de negócio pedreiras, geotecnia e fundações especiais, betão pronto, madeiras e mobiliário, rochas ornamentais e metalomecânica,

José Teixeira relembrou que a dst tinha já patrocinado o último livro de Miguel Torga em vida, realçando que a “cultura só será verdadeiramente importante quando a economia falar de cultura”. Neste sentido, defendeu “um reposicionamento das Humanidades e da Filosofia no ensino”...

numa operação financeira que rondou os 500 mil euros. (pag. 3

(pag. 14)


Balanço e futuro O ano de 2007 foi cumprido nos seus objectivos nucleares. Crescemos mais de 40% à custa de diversificamos e alargarmos a nossa quota de mercado. Consolidamos a nossa ousada ideia de internalizar, pelo maior número de colaboradores, a necessidade de nos adaptarmos à mudança sistémica e o maior número dos nossos trabalhadores admitiram que a adaptação só seria efectiva se fosse à custa de ganhos de conhecimento. A formação, qualificação e certificação foi uma batalha ganha. Conseguimos uma vitória quase impossível. Existe hoje na companhia dst um sentimento de censura colectiva para quem não estiver alinhado com a valorização que incentivamos. A formação contínua não é pertença de um pequeno grupo ou seita de estudiosos que a dst protege para ser um estado de ser colectivo. Doutoramentos, mestrados e pós graduações várias, o ciclo de conferências para o domínio de literacias que aparentemente não influenciam a actividade da dst e a inscrição de mais de trezentos trabalhadores no programa “novas oportunidades” fazem da dst um case study que o mercado reconhece e valorizará superlativamente a médio prazo. A dst ganhou mais um ano na construção da sua ideia de fazer negócios - uma forma culta, cosmopolita, leal, solidária e cool. Fomos eleitos, novamente, uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal. A razão que me apetece invocar é porque só admitimos os que estão determinados em bater as suas próprias marcas.

panhia dst. Continuamos a diversificação nos negócios da economia do ambiente - nas águas, nos resíduos e na energia (hídrica, eólica e fotovoltaica).

Ganhar e fixar clientes. Temos um departamento comercial que coordena a nossa actividade de angariação de negócios mas os comerciais somos todos - do indiferenciado ao administrador.

Lideramos um grupo de cinco empresas para a área internacional e para os grandes negócios nacionais.

O conceito de responsabilidade na companhia sofreu um profundo upgrade. Na dst, o ganho foi o paradigma da co-responsabilidade tendo em vista o interesse do conjunto a partir da valorização de cada um. Na dst ninguém é uma ilha.

Adquirimos uma reputada empresa com competências de excelência na edificação e restauro - a Cari. Iniciamos negócios na área das telecomunicações e preparamo-nos para sermos um importante player nacional nos negócios que correm na fibra.

O interno. A partir de competências de outros racionais e de outras literacias aprendermos mais a administrar o nosso poder individual.

A nossa participada para a área de investigação e desenvolvimento e para as áreas das novas tecnologias - a innovation point - está a amadurecer e tem no mercado dois produtos. A agenda de Bolonha e o Marketing Territorial.

Temos de ser poder. Mas temos de saber ser poder.

Abrimos um escritório em Lisboa.

Para conseguirmos saber administrar o poder - e na dst cada vez mais pessoas têm mais poder - temos de ter vistas largas. Como gostamos de dizer, temos de ter mundo. Temos de ler filosofia, política, sociologia, psicologia antropologia e os poetas. Ver teatro, cinema, bailado, ver e ouvir música. Gostar do belo. Sermos solidários.

O futuro passa por este passado.

Devemos ser poder para sermos justos.

Este 2008 pretende ser um ano de afirmação nas áreas de negócio iniciadas.

Neste 2008, o que a administração da dst pretende é que o maior número de trabalhadores conheça, entenda e se reconheça nos nossos valores.

Duplicamos o nosso departamento comercial. Admitimos comerciais espanhóis para o mercado espanhol.

Vamos treinar e cumprir o programa de treino, diariamente, para atingir o nosso potencial.

Um a um: Respeito

Temos uma vantagem incrível: estamos longe do nosso potencial máximo.

Rigor A determinação no mecenato social, ambiental, científico e cultural criou mais laços de afectividade mas também de competitividade externa. Acentuamos a nossa vertente do paradigma alternativo ao modelo de abastecimento de negócios. Fomos mais geradores de negócios. Instalamo-nos mais na cadeia de valor que mais conta - no lado do valor acrescentado dos negócios.

O futuro passa por, a par do trabalho feito para conquistar o maior número de trabalhadores para a formação contínua, conquistar o maior número de trabalhadores para a inovação e para a criatividade e por esta via conquistarmos mais negócios.

Ambição Paixão Lealdade

Todos devemos ter novas ideias. As chefias devem disseminar esta vontade e terem capacidade de valorizar esta forma de sermos.

Solidariedade Bom-gosto

Iniciamos um processo de reengenharia e concluímos a sua primeira fase com sucesso. Fizemos a cisão de seis áreas de negócio com projectos de crescimento ambiciosos.

O trabalho profundo para este ano tem apenas dois vectores condutores.

Profissionalizamos a gestão. Acolhemos oito administradores não familiares na com-

O externo.

Coragem Falaremos muito de cada um para, juntos com os nossos clientes, merecermos Portugal. ¢

Um externo e outro interno.

José Teixeira CEO da dst

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dst investe em 6 áreas de negócio A dst concretizou no passado dia 2 de Janeiro a cisão simples de seis unidades de negócio - pedreiras, geotecnia e fundações especiais, betão pronto, madeiras e mobiliário, rochas ornamentais e metalomecânic - numa operação financeira que rondou os 500 mil euros.

dst compra CARI

Com estas operações de spin-off a dst pretende atingir três

CARI deverá crescer 100% ao ano, nos próximos 3 anos, depois de recuperada pela dst

objectivos primordiais: 1- diversificação de produtos e serviços, fundadas na inovação e I&D, em parceria com universidades.

A dst adquiriu por cerca de €5 milhões a empresa Casimiro

mesmo responsável.

Ribeiro e Filhos (CARI), que se dedica à edificação, reabili-

Refira-se que a CARI foi declarada insolvente no início de

quadros de topo.

tação, restauro e conservação de edifícios, com o objectivo

Junho deste ano por incumprimento dos compromissos

3- internacionalização e ganho de quota de mercado

de reforçar as competências globais do grupo nesta área de

comerciais e obrigações financeiras da empresa vima-

nacional pretendendo numa primeira fase ser líder regional,

actividade.

ranense.

para passarem ao top five nacional, numa segunda fase, em

Desta forma a dst pretende, num prazo de 3 anos, duplicar a

Nessa altura os salários de Maio estavam em dívida, tendo a

algumas das empresas agora criadas.

facturação da empresa CARI, que em 2006 rondou os 10

dst transferido para a CARI cerca de 100 mil euros, no sen-

O investimento foi cerca de 12 milhões de euros nas áreas

milhões de euros.

tido de assegurar a liquidação dos salários, evitando assim

em questão.

“Esta compra tem por objectivo reforçar as competências

uma greve prevista para o dia da realização da Cimeira

As novas empresas empregam cerca de 200 colaborado-

do grupo dst nesta área específica de actividade que será

Europeia em Guimarães.

res, dos quais 50 são quadros superiores.

um dos “produtos” consumidos no futuro e exige compe-

O administrador da empresa bracarense diz acreditar na

Desta forma a dst pretende atingir nos próximos 3 anos um

tências particularmente difíceis e raras no mercado da

economia, na iniciativa, no risco, na criatividade do seu mo-

volume de vendas na ordem dos 65 milhões de euros, no

construção em Portugal e comparativamente ao mercado

delo de organização, que funda a sua economia numa ima-

conjunto das seis unidades de negócio.

congénere europeu, o negócio da reabilitação em Portugal

gem de rigor e disciplina, mas que é socialmente forte, cul-

“Esta operação financeira visou a autonomização de seis

está infinitamente deficitário", afirma José Teixeira, CEO da

ta, cosmopolita, inovadora e tecnológica.

áreas distintas, que se pretende que tenham um papel

dst.

“Foi nesse sentido que assumimos a recuperação desta

dinamizador e modernizador, através da procura activa de

É de salientar que, através deste negócio, a dst irá asse-

empresa que detém reconhecida credibilidade e compe-

novos mercados e tecnologias, fomentando o plano de

gurar os postos de trabalho dos cerca de 100 antigos traba-

tência no mercado da construção civil”, reforça o CEO da

expansão de cada uma e, consequentemente, o cresci-

lhadores da CARI que passam assim a integrar as estru-

dst.

mento da holding”, salienta José Teixeira, CEO da dst.

turas do grupo bracarense.

Recorde-se que a CARI, empresa que foi criada em 1972,

As novas empresas, cujo capital é detido a 100% pela

"Através deste negócio, iremos aumentar a qualidade de

com competências específicas no restauro e remodelação

holding, têm as seguintes designações: tagregados (pe-

emprego dos antigos trabalhadores da CARI, dos quais

do património, construção de edifícios e obras públicas,

dreira), tgeotecnia (geotecnia), tbetão (betão pronto),

mais de cinquenta por cento tem mais de cinquenta anos,

integra o consórcio da dst na obra de requalificação do

tmodular (madeiras), tstone (rochas ornamentais) e

resolvendo por esta acção um problema ao governo

Teatro Constantino Nery, em Matosinhos.

bysteel (metalomecânica).

português nesta zona do Vale do Ave, por si já fustigada, ao

Por outro lado, a CARI tinha várias obras em curso com

Os administradores destas empresas, todos eles quadros

mesmo tempo que reforça a sua vertente de responsa-

várias Câmaras Municipais, nomeadamente de Fafe, Vizela,

da dst antes da concretização deste processo, são Virgílio

bilidade social. Apesar do plano de recuperação da dst

Matosinhos e Vieira do Minho, que se preparavam para res-

Silva, Paulo Filipe, Sílvia Saraiva, Carlos Barroso e Rodrigo

prever o pagamento das dívidas e a integração total dos tra-

cindir os contratos, o que foi evitado com esta aquisição por

Araújo. ¢

balhadores, o estado português votou contra”, salienta o

parte da dst.¢ 3

2 - crescimento orgânico, com projectos de carreira para os


Seminários dst GRANDES TENDÊNCIAS NO CLUSTER “CASAHABITAÇÃO-CONSTRUÇÃO” - 7 Dez Arq. João Pedro Serôdio (Faculdade de Arquitectura da UP) SISTEMA POLÍTICO PORTUGUÊS - 14/Dez Dr. Joaquim Aguiar (foi assessor de sucessivos Presidentes da República)

Seminários para Quadros Superiores da

ÉTICA E RESPONSABILIDADE INDIVIDUAL - 21/Dez Dr.a Helena Gonçalves (UCP, Porto)

A dst, em parceria com a Escola de Gestão da Faculdade de

AS ARTES E O NOVO PARADIGMA DO CONHECIMENTO NO

Ao longo do ano de 2007 a dst investiu cerca de 100 mil

Economia do Porto, promoveu uma série de oito seminá-

euros em formação profissional, o que equivaleu a cerca de

SÉCULO XXI - 4/Jan

rios, destinados a todos os quadros superiores da empresa,

6500 horas de formação e a 21 cursos.

Prof. Cândido Oliveira Martins

os quais decorreram do início de Dezembro de 2007 até ao

(Faculdade de Filosofia da UCP)

mês de Fevereiro deste ano.

“A dst tem desde sempre apostado na formação para dotar os seus colaboradores de novas competências que

A UNIÃO EUROPEIA, HOJE EM DIA - 18/Jan

Temas como a arquitectura, política, ética, responsabilida-

respondam aos desafios que decorrem do crescimento

Eng. Eduardo Lopes Rodrigues

de individual, arte, estética e liderança estarão em debate no

organizacional e como uma forma de responder às

(Autoridade da Concorrência)

centro de formação da dst sob a coordenação do professor

exigências crescentes do mercado da construção civil”,

Daniel Bessa.

refere o mesmo responsável.

POR QUE É QUE NECESSITAMOS TANTO DE EXPERIÊNCIA

Neste sentido, a dst assinou recentemente um protocolo

ESTÉTICA - 25/Jan

Refira-se que estes seminários integram uma formação de

com o Centro de Novas Oportunidades da Associação

Prof. Carlos Bizarro Morais

270 horas que representou um investimento de 6 mil euros

Industrial do Minho, no intuito de incentivar os seus

(Faculdade de Filosofia da UCP)

por cada um dos 15 participantes. “Espera-se com estes seminários “criar mundo”, abrir

colaboradores a aumentar o seu grau de escolaridade e homologar o 6º, 9º ou 12º ano, tendo já cerca de 300

MUDAR E GERIR A MUDANÇA - 01/Jan

trabalhadores inscritos.

Dr. Luís Sítima

perspectivas e formar líderes que comunguem dos valores

(Hay Group)

nos quais a dst funda a sua economia: uma imagem culta,

A dst emprega actualmente mais de 600 trabalhadores, dos

cosmopolita, com bom gosto, responsabilidade social e

quais mais de 20% possui formação superior, sendo

GRANDES TENDÊNCIAS DA ECONOMIA E SOCIEDADE

inovação”, salienta Pedro Condessa, Director de Recursos

objectivo da empresa que os recursos humanos qualifica-

MUNDIAL - 08/Fev

Humanos da empresa.

dos substituam progressivamente os assalariados. ¢ Prof. Daniel Bessa 4


dst no ranking das melhores empresas para trabalhar em portugal distinguida pelo 2.º ano consecutivo

A dst foi eleita pela revista Exame como uma das melhores

é o maior estudo alguma vez realizado em Portugal e o nú-

A TNT caiu do 12.º para o 30.º lugar, a Carris caiu do 27.º

empresas para trabalhar em Portugal.

mero de empresas concorrentes cresceu 28% em relação

para 31.º lugar e a Somague caiu do 14.º para o 34.º lugar.

A distinção resulta de um estudo, elaborado em parceria

ao ano passado.

No último lugar está a Inapa, que caiu do 19.º lugar que

com a Heidrick & Struggles (H&S), que anualmente selec-

Este estudo inclui empresas nacionais e multinacionais,

ocupou em 2007.

ciona e avalia empresas instaladas em Portugal, tendo

públicas e privadas, grandes e pequenas, cotadas e não

como base um questionário enviado a todos os colabora-

cotadas, abrangendo todos os sectores de actividade. Teve

1 - Microsoft.

20 - PrimeDrinks.

dores, o qual determina o grau de satisfação e as práticas

por base um inquérito sobre o grau de satisfação dos

2 - Re/Max.

21-BES Investimento.

de gestão de Recursos Humanos.

trabalhadores e o levantamento das melhores práticas de-

3 - Genzyme.

22 - Simmons & Simmons Rebelo

Posteriormente as empresas apuradas são visitadas por

senvolvidas pela empresa nomeadamente sobre selecção,

5 - Ericsson.

23 - KPMG.

jornalistas da revista Exame que circulam livremente no

retenção e motivação dos recursos humanos.

6 - Roland Berger.

24 - Safira.

sentido de recolher, de forma confidencial, a opinião dos

Ao contrário de outros Estudos de Clima Organizacional,

7 - Orizon.

25 - Mapfre.

em que há lugar ao pagamento de uma inscrição, a partici-

8 -Linklaters.

26 - ESRI.

9 - Accenture.

27 - Nova Delta.

colaboradores. À edição de 2008 deste estudo concorreram 250 empre-

pação neste estudo era aberto a todas as empresas inte-

sas, tendo sido apuradas 37 empresas, 40% das quais são

ressadas, não envolvendo qualquer pagamento.

nacionais.

4 - Abreu Advogados.

de Sousa.

10 - Johnson Diversey.

28 - Martifer, SGPS.

11 -Cushman & Wakefield.

29 - Be Profit.

As empresas participantes recebem um relatório da con-

12 - Hewlett-Packard.

30 - TNT.

“Sabe-nos bem ver confirmada a direcção que traçamos

sultora, que lhes permite identificar os pontos fortes e

13 - Millennium BCP.

31 - Carris.

para a companhia dst. Uma direcção fundada em valores

aqueles que necessitam de melhoria em comparação com

como respeito, lealdade, rigor, paixão, solidariedade, bom

os princípios e melhores práticas internacionais na gestão

gosto e coragem. É um traçado duro e exigente mas de

de pessoas.

16 - Chamartín.

34 - Somague Engenharia. 35 -

17-EDP.

Bacardi-Martini.

18 - Hilti Portugal.

36 - McCann Erickson.

Ranking

19 - Banco Espírito Santo.

37 - Inapa.

forma superlativa compensador. Sabe demais por ser uma avaliação independente feita por quem, a par dos clientes,

14 - Bento Pedroso Construções. 32 - AXA. 33 - dst.

15 - José Júlio Jordão.

mais conta na dst: pelos trabalhadores", afirma José Teixeira, CEO da dst.

A Microsoft manteve o 1.º lugar, pelo terceiro ano

O que disseram os colaboradores da dst nos questionários:

A dst conta actualmente com mais de 600 colaboradores,

consecutivo, com uma nota de 87,6%.

- É uma empresa inovadora, antecipando-se e procurando

dos quais 14,8% são mulheres e 85,2% homens, 136 são

A Re/Max manteve o 2.º lugar e para o 3.º entrou uma

criar novas tendências no mercado.

quadros superiores e cerca de trezentos trabalhadores es-

empresa de biotecnologia, a Genzyme.

- As pessoas são tratadas de forma igual, sem discrimi-

tão inscritos no programa novas oportunidades.

No 4.º lugar está a Abreu Advogados, que subiu do 11º

nação de raça.

Recorde-se que em 2007 a dst foi eleita pelo Great Place to

lugar que ocupou em 2007, tornando-se na melhor

- Sabem o que é necessário e o que é esperado no exercício

Work® Institute Portugal como a melhor empresa de

empresa portuguesa neste ranking, retirando o lugar ao

das funções.

construção civil e obras públicas para trabalhar em

Millennium BCP, que caiu para o 13.º lugar.

Portugal.

A queda das grandes empresas traduz-se, também, com a descida da EDP - Energias de Portugal, caiu do 10.º para o

- A dst desempenha papel de mecenas na comunidade e

Sobre o estudo da revista Exame:

17.º lugar, enquanto o Banco Espírito Santo caiu do 9.º para

apoia as Olimpíadas de Português, exposições, catálogos e

o 19.º lugar desta lista.

a divulgação de livros.

Em média, mais de metade dos trabalhadores das em-

Na sétima posição aparece a Orizon-Campo Real, a Nova

- Plano interno de incentivos face às sugestões de melhoria.

O que a empresa oferece:

presas qualificadas respondeu ao questionário, totalizando

Delta entrou para o 27.º lugar e a MacCann-Erickson entrou

- Criação de um centro de investigação científica e tecnoló-

mais de 14 mil respostas. Segundo os organizadores, este

para o 36.º lugar.

gica. ¢

5


entrega empreitadas de cerca de 16,1 milhões de euros com os projectos MOVIFLOR E LIDL Os projectos do Lidl em Santarém e Moviflor em Alfragide que a dst acabou de finalizar, permitiram um encaixe financeiro de cerca de €16,1 milhões. No projecto Lidl tratou-se de uma empreitada que ascendeu a € 2,1 milhões e incluiu trabalhos de movimento de terras, contenções, betão armado, estrutura pré-fabricada, cons-

Lidl”, afirma José Teixeira, CEO da dst.

O espaço Moviflor corresponde a mais de 6.000 m2 de área

trução civil e arquitectura, instalações eléctricas, AVAC,

No tocante ao edifício/loja Moviflor de Alfragide, a dst

de vendas, implantado num edifício de 12 mil m2 e servido

infra-estruturas e arruamentos exteriores.

facturou 14 milhões de euros, o correspondente a dois

por um parque com capacidade para 750 viaturas,

A dst procedeu assim à construção de um espaço

espaços comerciais num edifício apenas, contando ainda

tratando-se da 23.ª unidade em Portugal.

comercial com uma área de 1.225 m2, de um parque de es-

com a construção de 3 pisos subterrâneos para parques de

Este negócio incluiu execução de projectos, licenciamento

tacionamento de apoio com dois pisos, um subterrâneo e

estacionamento, o que totalizam 143 mil metros cúbicos de

e construção, com uma considerável escala, o que

outro no piso 0, com 100 e 124 lugares respectivamente,

construção.

constituiu um importante desafio para toda a dst e insere-se

totalizando uma área de construção de 6.800 m2.

numa solução do tipo "turn key", modelo que a dst procura,

A loja do Lidl de Santarém é já a quarta construída pela dst

“A loja do Lidl de Santarém é já a 4.ª cons-

por ser alternativo e mais sofisticado, dado gerar mais valor

para o grupo alemão, depois de Mirandela, Barcelos e Póvoa de Lanhoso. “Estamos já com mais duas lojas em construção, em São

acrescentado.

truída pela dst para o grupo alemão, depois

“O desafio foi enorme face ao volume de trabalho e aos

de Mirandela, Barcelos e Póvoa de Lanhoso”

prazos de conclusão desta empreitada, o empenho de toda a equipa da dst foi fundamental para o sucesso deste

João da Madeira e Penacova, cujo valor ascenderá a €4 milhões, uma vez que ambas foram já adjudicadas pelo

Neste espaço coabitam uma loja Moviflor e outra do

grupo alemão, após concurso limitado levado a cabo pelo

MediaMarkt, inauguradas no passado dia 5 de Dezembro.

projecto”, conclui o mesmo responsável.

¢

Pensamentos do Trimestre Alguns homens vêem as coisas como são, e dizem:

Não se deve ter medo de dar um grande passo quando for

Comece por fazer o que é necessário, depois o que é

Porquê? Eu sonho com as coisas que nunca foram e digo:

altura disso. Não se pode atravessar um abismo aos

possível e de repente estará a fazer o impossível.

Porque não?

saltinhos.

São Francisco de Assis

George Bernard Shaw

David Lloy George

Em 99 vezes, de 100, afirmar que uma coisa não pode ser

Que eu reze não para ser preservado dos perigos, mas para

Um homem nunca sabe aquilo de que é capaz até que o

feita é falta de vontade de a fazer.

olhá-los de frente.

tenta fazer.

Elizabeth Goudge

Tagore

Charles Dickens 6


I CUP EMPRESAS

dst expande a sua área de actuação e abre escritórios em Lisboa

dst classifica-se em segundo lugar. Ganha prémio fair play e de melhor defesa. Desenvolver o espírito de equipa e a comunicação dentro

- Cardan,

Com o objectivo claro de ganhar cota no mercado nacional

das empresas foi o objectivo do 1º Torneio Cup-Empresas,

- FDO,

e de reforçar a sua actividade em todo o país, a dst está já a

que decorreu na cidade de Braga. Um conceito novo em

- Xavier das Jantes,

operar nos seus escritórios em Lisboa, nomeadamente

Portugal que contou com a participação de 16 equipas e

- Delphi - Grundig.

através das suas recentes empresas: tgeotecnia e

Estas equipas foram distribuídas por quatro grupos de

bysteel.

que, durante três fins-de-semana, procuraram a vitória.

quatro equipas para o apuramento dos primeiros classifiForam 16 as equipas participantes:

cados para a fase final.

- dst,

Os jogos decorreram no indoor de Nogueira e a grande final

Andar, 1200-019 Lisboa.

- Aroma 24,

realizou-se no Pavilhão da Universidade do Minho.

O contacto telefónico é 21 342 91 31.

-Total Safe,

A dst, num jogo de final recheado de emoções e acérrima

Visite-nos!¢

-Auto Sueco,

disputa, sofreu dois golos, ficando em 2.º lugar, cedendo o

- Kia AutoParabrisas,

lugar vencedor à Delphi-Grundig.

- Casais,

Os terceiros e quartos lugares foram atribuídos à Casais e

- Damadeira,

Xavier das Jantes, respectivamente.

- Grupo Osa,

Aquando da entrega de prémios, destaca-se ainda o prémio

- Depea,

de fair play e melhor defesa entregues à dst.

- Abermadeira,

A nível de melhores marcadores, fica o registo de dois joga-

- Recauchutagem Ramoa,

dores da dst com um histórico de cinco (Bruno Oliveira) e

- Novaragem,

quatro golos (Paulo Silva) marcados no campeonato. ¢ 7

O escritório localiza-se na Travessa do Alecrim, n.º 3 - 2º


III convenção de higiene, segurança e saúde no trabalho

quer resolver problemas de segurança e trabalho na construção civil em portugal A dst quer alertar as autoridades nacionais para a neces- junto dos trabalhadores". Depois da colocação de um nutrisidade de serem encontradas soluções para os problemas cionista no restaurante da empresa e de uma campanha que existem em matéria de segurança, higiene e saúde no para a abolição do álcool, a administração vai avançar

e Higiene no Trabalho da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), Luís Bastos Lopes, os acidentes de trabalho e as doenças profissionais matam, por ano, mais

trabalho na construção civil em Portugal que revela defi- agora para a saúde oral, estando em vias de instalar um peciências e exige mais planeamento. queno consultório de dentista nas suas instalações: "as coi-

do que os conflitos bélicos. O sector da Construção Civil não é o que possui o maior

A dst defende que o país necessita de implementar mais e sas fazem-se de prática e não com varinhas mágicas". melhores práticas e há ainda um longo caminho a percorrer. Com o ambiente, a formação e qualidade, a segurança é um

índice de sinistralidade laboral mas é o que tem um maior

Neste contexto, organizou a 24 de Novembro, a III Conven- dos temas que não falta nas reuniões entre responsáveis e ção de Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho, que contou administradores: "Nós ganhamos dinheiro com a saúde no

de acidentes regista-se na indústria transformadora, na

índice de acidentes mortais. A percentagem mais elevada agricultura e nas pescas, adiantou.

com o apoio do Ministério da Segurança Social e do Trabalho e de entidades como a Autoridade para as Condições de

“os acidentes de trabalho e as doenças profissionais matam,

Trabalho, a Associação Industrial do Minho, a Universidade

por ano, mais do que os conflitos bélicos.”

do Minho e a companhia de seguros AXA.

“Queremos também envolver outras empresas da mesma trabalho". José Teixeira diz que esta política da empresa área de actividade, bem como coordenações de segurança, permitiu já diminuir as baixas médicas e aumentar as idas

Como exemplo referiu a EXPO'98 que, sendo o maior estaleiro de construção na Europa, com 11 000 trabalha-

clientes, fornecedores, parceiros e sociedade civil em geral, ao médico, "o que lhes permite fazer mais exames e preveporque esta é uma matéria transversal”, afirma Vânia Xisto, nir-se com mais antecipação".

dores em simultâneo, obteve a taxa de sinistralidade mais baixa da Europa.

directora do departamento de segurança da dst.

Ainda segundo o mesmo responsável, “uma obra não pode Refira-se que a promoção das condições de higiene, segu- ter um rastro de sangue, qualquer acidente é uma mancha rança e saúde no trabalho são preocupações de base da acti- impossível de apagar, por muito que se pinte o local e modi-

Mas Portugal tem altos índices de sinistralidade laboral que podem ser reduzidos, referiu o mesmo responsável. Luís Lopes sustentou que, mais do que as estatísticas,

vidade da dst, que efectua ao longo do ano várias acções de fica todo o negócio. Tem que haver rigor e disciplina no trasensibilização e prevenção nesta matéria e que, de resto, foi balho e todos os dias têm que ser encarados como o “dia D”

mento, há uma grande sub-notificação de casos, especial-

recentemente certificada pela APCER nestas vertentes.

mente no que se refere às doenças profissionais.

interessa a realidade dos factos, até porque, neste mo-

em termos de segurança”.

“A posição da dst nesta matéria tem sido uma mais-valia que “Se pusermos em prática todos os dias o que doutrinamos, funciona como elemento selectivo por parte dos donos de os trabalhadores vão sendo incluídos no processo”, afir-

ser evitados e que “a consciência é o primeiro e principal

obra que hoje já se encontram mais sensibilizados para as mou o CEO da dst, salientando que a formação é também questões de segurança”, conclui Vânia Xisto. um factor indispensável para uma cultura de segurança e

Segundo Luís Lopes, “o trabalho deve ser digno, seguro e

Para José Teixeira, “na dst discutimos saúde e não segu- esclarecendo ainda que a dst tem apostado na formação rança", porque "só assim é que ganhamos dinheiro". Por isso, contínua e transversal no local de trabalho.

prevenção ganha-se no dia-a-dia no terreno, nas empre-

Este responsável salientou que todos os acidentes podem equipamento de protecção individual”. contribuir para o desenvolvimento de todos. A batalha da

a empresa está a apostar "em acções de saúde preventiva Já o Coordenador Executivo para a Promoção da Segurança

sas, com os empregadores e colaboradores”. 8


De acordo com o representante da ACT, temos a melhor

com 57% dos custos com sinistros.

De seguida, Paula Carneiro, da Universidade do Minho

legislação do mundo no que diz respeito à higiene e segu-

Após o debate e o almoço, Ângela Machado Silva, da ACT

falou sobre ergonomia e a melhor forma de combater as

rança no trabalho, mas como não é cumprida, não passa

apresentou as competências deste organismo. Assim, a

lesões músculo-esqueléticas através de posturas mais

dos papéis.

ACT é o novo organismo da Administração Central do Esta-

correctas. Assim, as lesões no sistema músculo-esquelé-

A aplicação da lei é mais descuidada por parte das empre-

do responsável pela promoção da melhoria das condições

tico afectam milhões de trabalhadores Europeus oriundos

sas, quer em Portugal como no resto da Europa e “a cadeia

de trabalho e das políticas de prevenção dos riscos pro-

de todos os sectores laborais. São lesões no sistema mús-

de subcontratação não pode ser uma cadeia de sub-fuga às

fissionais e pelo controlo do cumprimento da legislação

culo-esquelético que se desenvolvem, em geral, gradual-

responsabilidades”.

relativa à segurança e saúde no trabalho. É a entidade que

mente ao longo do tempo. As LME mais frequentes são as

Luís Lopes adiantou que a Estratégia Nacional para a Segu-

sucede aos extintos ISHST e IGT.

lombalgias, as cervicalgias, as tendinites nos membros e a

rança e Higiene no Trabalho está ainda em fase de elabora-

Na sua intervenção, esta responsável falou também da

síndrome do túnel cárpico. Paula Carneiro apresentou

ção mas uma das propostas a concretizar, será a de um in-

nova estratégia comunitária de saúde e segurança que

ainda exemplos de posturas correctas e desaconselhadas.

quérito nacional às condições de trabalho. Em Espanha,

corresponde a uma abordagem global do bem-estar no

O tema da Segurança na Realidade da Construção foi

este diagnóstico é realizado de dois em dois anos.

trabalho, terminando com o repto de que “Os trabalhadores

abordado pelo encarregado da dst, Eduíno Fernandes. Vânia Xisto, directora do departamento de Higiene e Segurança da dst falou sobre o amianto e os riscos a ele associados. Assim, as três vias de exposição ao Amianto são a cutânea, a digestiva e a inalatória, sendo que esta última é, sem sombra de dúvida, a principal senão a única responsável pelos graves efeitos na saúde. É, aliás, muito controverso que a exposição cutânea ou a ingestão das fibras de amianto tenham efeitos adversos significativos. De acordo com esta responsável, todas as variedades de amianto são agentes cancerígenos de classe 1, ou seja sabe-se que provocam cancro no ser humano. “A exposição a qualquer tipo de amianto deve ser reduzida ao mínimo e, em qualquer dos casos, para valores inferiores aos valores-limite”, defende Vânia Xisto. “Sendo o amianto um dos agentes tóxicos cancerígeno presente no local de trabalho na maioria dos países, é por demais evidente que a exposição ao amianto continua a ser um problema de saúde de maior importância que importa trazer à agenda políti-

Outra questão a ser repensada, será a formação dos técni-

não devem ser apenas destinatários da Prevenção. Devem

ca e ao qual é necessário conferir prioridade máxima no

cos de Higiene e Segurança no trabalho. Aquele responsá-

ser também autores”.

âmbito das nossas actividades de prevenção. Os trabalhos

vel advertiu para a necessidade de dignificar e dar mais

O tema das “Novas Oportunidades” foi introduzido por

que envolvam amianto são uma preocupação fundamental

seriedade à formação de técnicos nesta área uma vez que o

Paula Marques da AIMinho, que reforçou a importância

no âmbito das medidas de protecção da saúde dos traba-

que está em causa é a segurança e saúde das pessoas.

desta iniciativa como uma forma aumentar o nível de habili-

lhadores da dst, justificando-se esta preocupação com as

Seguiu-se a intervenção de Paulo Bracons do grupo AXA

tações escolares, através da emissão de Diplomas de Nível

consequências que pode trazer para a saúde dos nossos

que apresentou o enquadramento legal dos acidentes de

Básico e Nível Secundário valorizando as aprendizagens,

trabalhadores”.

trabalho em Portugal e a respectiva evolução histórica. De

conhecimentos, saberes e competências adquiridos ao

No encerramento desta convenção, José Teixeira voltou a

seguida apresentou a nova legislação e uma visão global

longo da vida.

reforçar a importância da segurança, independentemente

sobre os acidentes de trabalho, referindo que Braga repre-

A dst tem vindo a realizar sessões de divulgação que, até ao

de esta ser imposta por leis ou fiscalizações. Segundo este

senta 2.820 m€ anuais de prémios para a AXA (cerca de

momento, envolveram os departamentos de Metalome-

responsável, questões como liderança, cidadania e res-

3,5% do total da carteira). Em relação a custos com sinis-

cânica, Central Betão, Madeiras, Rochas, Manutenção,

ponsabilidade social são fundamentais para uma orga-

tros, a sua contribuição é 2,8%, sendo a maior percenta-

Pedreira, Parque de Materiais e pessoal de obras, tendo-se

nização como a dst e a incorporação destes valores é es-

registado uma elevada adesão ao RVCC de nível Básico.

sencial para a gestão de um projecto de sucesso. ¢

gem de custos detida pela actividade de Construção Civil 9


Natal na dst PROGRAMA INCLUIU A APRESENTAÇÃO DE 6 SPIN OFF'S QUE IAM ARRANCAR ESTE ANO E RESPECTIVOS ADMINISTRADORES A dst organizou no dia 22 de Dezembro a sua Festa de Natal

matrecos humanos, insuflável, um palhaço escultor de

Gonçalo Ribeiro (Ambiente)

que contou com cerca de 700 pessoas, entre administra-

balões e também uma peça de teatro “A Prenda”, levada a

Paulo Daniel (Ambiente)

ção, colaboradores e seus familiares, a qual teve lugar nas

cena pela Companhia de Teatro de Braga, a qual decorreu

Segundos Classificados:

novas instalações de metalomecânica da empresa.

antes da chegada do Pai Natal e da respectiva distribuição

Renato Ferreira (OP1)

Esta empresa reúne todos os anos os seus colaboradores

de prendas.

João Silva (tstone)

para um evento natalício, tendo este ano aproveitado esta

Para os adultos a animação foi composta por campeonato

Terceiros Classificados:

oportunidade para dar a conhecer o arranque, no início

de dardos, campeonato de matraquilhos e por um

Nuno Lopes (Manutenção)

deste ano, de seis spin off's - bysteel, tmodular, tgeotecnia,

campeonato de sueca.

Manuel Machado (Manutenção)

tstone, tagregados e tbetão - e seus respectivos adminis-

Os prémios entregues foram os seguintes:

Dardos:

tradores.

Sueca:

Primeiro classificado:

“Esta apresentação foi também uma forma de relembrar-

Primeiros classificados:

- Rogério

mos os valores do grupo dst - respeito, rigor, paixão, lealda-

- João Carvalho (dte)

Segundo Classificado:

de, solidariedade, coragem, ambição e bom gosto -, a sua

- José Agostinho Fernandes (Central betão)

- António Araújo (Panuche)

importância e significado”, refere José Teixeira, CEO da dst.

Segundos Classificados:

Terceiro Classificado:

O evento natalício foi composto por uma eucaristia, cele-

- Paulo Passos (Manutenção)

- Luís Pereira

brada pelo novo pároco de Palmeira e pelo pároco de Fraião,

- Manuel Machado (Manutenção)

que contou com um grupo coral constituído pelos funcioná-

Terceiros Classificados:

Este evento natalício serviu ainda para reconhecer e come-

rios da empresa, e também por um almoço que incluiu a

- Luís Sousa (Encarregado)

morar os 25 e 31 anos de serviço de dois colaboradores da

actuação de uma criadora de origami.

- Coelho (Central Betão)

empresa através da oferta de dois presentes. ¢

Para as crianças presentes na festa a organização promo-

Matraquilhos:

veu diversas actividades como corridas de monociclos,

Primeiros classificados:

10


Solidariedade no Natal A dst tem uma política de responsabilidade social baseada

fêmeas apresentam melhores resultados, em relação aos

tuação motivou a criação de uma estrutura que lhes desse

em estratégias de sustentabilidade que contemplam a preo-

machos, devido à sua maior docilidade e capacidade de

resposta dum modo integral.

cupação com o bem-estar colectivo e com os efeitos so-

adaptação. Em média a formação de um cão-guia dura 24

Posteriormente, esta Associação passou a ser designada

ciais e ambientais da sua actividade. A materialização desta

meses, desde o nascimento até à entrega ao utilizador.

como Associação Portuguesa para Protecção aos Defi-

política passa pelo apoio a diversas actividades e entida-

Este dedicado companheiro de quatro patas evita que o

cientes Autistas (APPDA).

des, das quais se destacam, anualmente e por altura do

cego choque com os obstáculos, ajuda-o a encontrar a

Em 2002 e pela cisão da APPDA, a Delegação Regional

Natal, duas que são criteriosamente escolhidas.

entrada dos locais onde pretende dirigir-se, procura um

autonomizou-se passando a funcionar como APPDA - Nor-

Assim, este ano a dst decidiu beneficiar por altura do Natal,

multibanco ou um telefone público, encontra a passadeira

te - Associação Portuguesa para as Perturbações do De-

com 5 mil euros cada, a Associação Beira-Aguieira de

para peões e até impede que pise poças de água e

senvolvimento e Autismo à qual já foi reconhecida a utili-

Apoio ao Deficiente Visual (ABAADV) e a APPDA - NORTE -

excrementos de outros animais.

dade pública.

Núcleo de Braga da Associação Portuguesa para as Pertur-

Até 1996, quando nasceu a primeira escola portuguesa de

Actualmente, a APPDA-Norte oferece os seguintes

bações do Desenvolvimento e Autismo.

cães-guia, Portugal era o único país da União Europeia que

serviços:

Criada em 2000 a ABAADV surge como consequência de

não dispunha desta ajuda técnica para os deficientes

- Centro de Estudos de Apoio à Criança e à Família (CEACF).

um protocolo Comunitário e tem por vocação a educação

visuais. Desde 1999 já foram entregues 49 cães e outros

- Centro de Actividades Ocupacionais (CAO).

de cães guia para cegos. Desta forma, permite a utilização

serão atribuídos nos próximos meses. No entanto a lista de

- Lar Residência.

gratuita destes cães às pessoas portadoras de Deficiência

cegos interessados em ter um destes animais ainda inclui

Na altura da entrega da oferta à APPDA-Norte, estiveram

Visual para quem este companheiro representa uma nova

cerca de 60 nomes.

presentes o Dr. Eduardo Ribeiro da Delegação do Porto e

liberdade. Graças ao cão-guia, podem mais facilmente sair,

Quanto à APPDA - NORTE - Núcleo de Braga da Associação

Ana Paula Leite e Francisco Veiga, coordenadores do

deslocar-se e descobrir uma autonomia que perderam ou

Portuguesa para as Perturbações do Desenvolvimento e

Núcleo de Braga, que garantiram a aplicação da verba em

mesmo nunca tiveram. A Escola de cães-guia de Mortágua,

Autismo, foi criada em 1982 por um grupo de pais e amigos

necessidades imediatas, nomeadamente um conjunto de

com uma direcção composta por voluntários, emprega 8

no Norte de Portugal. A Associação Portuguesa para Pro-

terapias vocacionadas para a intervenção precoce em

pessoas das quais 3 educadores e 1 professor de mobili-

tecção às Crianças Autistas (APPCA), nasceu em Lisboa,

crianças e jovens com autismo, psicologia e terapias da

dade, o que permite formar anualmente cerca de uma deze-

em 1971, por um grupo de pais e técnicos, que começou o

fala e ocupacional, nas instalações da sede. Assim, esta

na de duplas cego/cão-guia.

seu trabalho com um Centro de Dia.

verba será canalizada para a aquisição de um conjunto de

Os peritos estão de acordo em reconhecer que a melhor

As pessoas com Perturbações do Espectro Autista, histori-

matérias pedagógicos, direccionados para a problemática

raça para desempenhar as funções de um cão-guia é o La-

camente não se podiam integrar no sistema, quer pelos

do autismo, que vão desde uma piscina de bolas, tapetes,

brador Retriever embora existam outras raças que gozam

graves problemas de comportamento que manifestam,

carrinhos de psicomotricidade com acessórios, bolas de

de grande prestígio como o Golden Retriever, o cruzamento

quer pelo desfasamento do programa escolar relativamente

motricidade na terapia ocupacional e escalas de avaliação

de Labrador com Golden e o Pastor Alemão. Geralmente as

às necessidades e incapacidades que apresentam. Esta si-

psicológica. ¢

11


SERMA 2007 Salão das Energias Renováveis e do Meio Ambiente

“A dst esteve presente neste certame que serviu de plataforma de apresentação das novidades a nível da sua oferta de energias renováveis, nomeadamente no que diz respeito à microgeração (sistemas fotovoltaicos de ligação à rede eléctrica)” Realizou-se no Centro de Dinamização Empresarial de Vila

oferece.

Verde, de 23 a 25 de Novembro, o SERMA - Salão das

Tratando-se de um sector com potencial e em franco

ligadas às energias renováveis, nomeadamente, a Energia

Energias Renováveis e do Meio Ambiente.

crescimento, este evento constituiu uma oportunidade

Solar (Térmica e Fotovoltaica), a Energia Termodinâmica, a

Promovido pela Associação Comercial de Braga, o SERMA

para a concretização de negócios, na medida em que cada

Energia eólica, a Energia hidráulica, a Micro-geração de

2007 tinha como objectivos divulgar, junto de empresários,

vez mais aumenta o número de consumidores/cidadãos

energia, o Hidrogénio como combustível a Gestão de

profissionais e público em geral, produtos, equipamentos e

exigentes e conscientes da importância da preservação do

resíduos e a Eficiência energética.

serviços, bem como novos conceitos e soluções,

meio ambiente e promoção da qualidade de vida.

Em paralelo à exposição, foi realizado um apelativo

associados às energias renováveis e à eficiência

O vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Vila

programa de actividades paralelas para os visitantes do

energética. O SERMA pretendia ser um espaço de encontro

Verde, Zamith Rosas, que marcou presença na abertura do

cer tame, integrando sessões de demonstração,

entre as novas soluções e produtos no domínio das

certame, apelou ao papel de todos para inverter a

seminários e workshops que abrangeram temáticas como

energias renováveis e do meio ambiente e as empresas e os

dependência energética (de que Portugal é exemplo em

a Legislação em vigor no âmbito das energias alternativas,

consumidores.

relação ao exterior) “rentabilizando recursos naturais de

a Produção de Biocombustível (biodiesel, bioetanol)

A dst / Investhome Energias esteve presente neste cer-

que dispomos”.

através da Biomassa, a Optimização e inovação

tame que serviu de plataforma de apresentação das novi-

Zamith Rosas defende que “é necessário democratizar o

tecnológica ao serviço da energia solar, os Combustíveis

dades a nível da sua oferta de energias renováveis, no-

acesso às energias renováveis”, o que passa por iniciativas

alternativos para os transportes, o Hidrogénio como

meadamente no que diz respeito à microgeração (sistemas

como o SERMA.

combustível, a Gestão de resíduos, a Eficiência energética e

fotovoltaicos de ligação à rede eléctrica).

É preciso “que as pessoas percebam que estes

sustentável em edifícios e ainda, a Energia: A Era da micro-

Ao todo, foram 15 os expositores que mostram o que há no

equipamentos funcionam” e que “os investimentos são

geração. ¢

mercado para poupar e captar a energia que a natureza

amortizados pela poupança que proporcionam” apontou o

vereador. Estiveram presentes várias áreas de negócio

12


“GEOMETRIA VARIÁVEL” vence Grande Prémio de Literatura dst O livro de poesia “Geometria Variável”, de Nuno Júdice, é o vencedor da 13ª edição do Grande Prémio de Literatura dst. A obra foi eleita por unanimidade pelo júri do prémio, constituído por Vítor Aguiar e Silva, José Manuel Mendes e Carlos Mendes de Sousa. “Do conjunto de títulos e autores relevantes no actual momento da poesia portuguesa, escolhemos o livro “Geometria Variável” pela sua riqueza, variabilidade e energia temático-formal do corpus, num contexto marcado por ritmos, iluminações e referências culturais que se constituem como um notável percurso de singularidade”, salienta José Manuel Mendes. A entrega deste prémio acontecerá no dia 29 de Março, no Parque de Exposições de Braga, por ocasião da inauguração da Feira do Livro de Braga.

Salão Internacional das Energias Alternativas e Ambiente Da paisagem povoada com montanhas que se elevam à sede do concelho de Vila Nova de Cerveira sobressaem hoje as ventoinhas gigantes do Parque Eólico de Sampaio que já integra o mega projecto que nos próximos anos fará nascer uma dezena de parques do género na região do Alto Minho. Em Viana do Castelo estão a construir-se unidades de produção para produzir o mais moderno aerogerador do mundo. O cenário dos parques eólicos é hoje visível a nível nacional, o que bem demonstra o grande interesse económico no desenvolvimento do sector e na consequente poupança energética. Portugal está a investir em projectos que visam cumprir o tratado de Quioto. Da mesma forma, em termos governamentais, a legislação tem vindo a ser alterada de forma a contribuir para o sucesso de todos os projectos que estão em evolução. O Salão Internacional das Energias Alternativas e Ambiente tíveis e Biomassa)”, as “Mini-hídricas no contexto das

foi o ponto de encontro de todos os agentes implicados no

Fotovoltaica - Uma alternativa Energética”.

desenvolvimento das Energias Alternativas e Meio Ambien-

Energias Renováveis”, “Biomassa e Energia em Portugal”,

No decorrer do salão verificou-se um enorme interesse por

te. Viana do Castelo foi, durante 4 dias (de 6 a 9 de Dezem-

“O Desenvolvimento Sustentável”, “Mercados de Energia -

parte dos visitantes profissionais, estudantes e famílias -

bro) o ponto de encontro e de discussão de todos os inter-

MIBEL Mercado Ibérico da Energia”, “Protocolo de Quioto”,

sobre o tema das energias alternativas, nomeadamente

venientes em tal evento, atraindo vários agentes industriais,

“Biocombustíveis - O Biodiesel como valorização dos

sobre as soluções da microgeração apresentadas no

comerciais, estudantes, órgãos governamentais, e publico

óleos alimentares - O Exemplo de Sintra” e “A Energia

nosso stand. ¢

em geral, contribuindo para a divulgação de todas as alternativas para a criação do conceito de poupança energética e de um ambiente sustentável. A dst / Investhome Energias esteve presente com o stand alusivo às energias renováveis e à sua nova aposta: a microgeração. No âmbito deste certame, foi realizado no dia 6 de Dezembro o I Congresso de Energias Alternativas onde estiveram presentes cerca de 450 interessados, nomeadamente profissionais do sector e estudantes. No programa da conferência, foram abordados temas como a “Energia Eólica em Portugal, situação presente e perspectivas”, a “Situação das Energias Renováveis em Portugal”, o “Programa Nacional para as Alterações Climáticas”, “Edíficios Bioclimáticos e eficiência Energética”, “Energias Renováveis (Solar, Hídrica, Eólica, Biocombus13


A dst e Biblioteca Pública de Braga recordam Miguel Torga Depois de um ano de itenerância por todo país e por Es-

exposição. Num outro espaço podem ser vistos dois filmes

Seguiu-se um recital de poesia torguiana, por José Manuel

panha (Vila Real, Amarante, Vila Nova de Famalicão, Coim-

sobre Torga.

Mendes.

bra, Lisboa, Porto, Bragança e Santiago de Compostela), a

A inauguração decorreu numa sessão para a qual foi convi-

A inauguração terminou com uma visita guiada por Carlos

Biblioteca Pública de Braga (BPB), unidade cultural da Uni-

dada a Directora Regional da Cultura do Norte, Helena Gil,

Mendes de Sousa, o comissário da exposição.

versidade do Minho, inaugurou no passado dia 10 de

que manifestou o seu contentamento considerando que a

A exposição estará patente das 9h00 às 12h30 e das 14h00

Janeiro, uma exposição comemorativa do centenário do

vinda da exposição para Braga irá permitir “fechar com cha-

às 17h30, durante os dias úteis. Paralelamente, decorreu

nascimento de Miguel Torga (1907-1995). Trata-se de um

ve de ouro” as comemorações, não poupando elogios à

um conjunto de iniciativas, a primeira das quais foi uma

projecto da Direcção Regional de Cultura do Norte, orga-

qualidade da exposição, salientando que “foi com muito

conferência, no dia 17 de Janeiro, por Luís Mourão,

nismo do Ministério da Cultura, sedeado em Vila Real e que

gosto” que decidiram trazê-la a Braga a convite do director

professor da Escola Superior de Educação de Viana do

contou, desde o inicio, com o apoio exclusivo da dst.

da Biblioteca, Henrique Barreto Nunes, e por insistência de

Castelo, subordinada ao tema “Torga: o legado como

A mostra é composta por um vasto conjunto de painéis que

José Teixeira, CEO da dst pois considera que a mostra “tem

problema.”

retratam a vida e obra de Torga e inclui excertos do próprio

mais brilho” no Salão Medieval, um “local esplêndido”.

autor no painel da cronologia, enquadrando situações, revelando momentos e lugares, e conduzindo ao «caminho da leitura», diz o comissário da exposição, Carlos Mendes de Sousa, professor do Instituto de Letras da Universidade do Minho, considerando-a um ponto de partida para um conhecimento efectivo da obra torguiana.

José Teixeira, na sua intervenção, reforçou a ideia de que “um país competitivo tem que ser um país culto” pelo que disse “estranhar que o poder não eleja a cultura como principal objecto da sua acção” Além da biografia exibida cronologicamente e ilustrada com No dia 23 Janeiro, Sara Reis da Silva, professora do Insti-

iconografia, surgem ainda três painéis temáticos (“Retra-

José Teixeira, na sua intervenção, reforçou a ideia de que

to”, “O chão e o verbo I”, “O chão e o verbo II”), que apre-

“um país competitivo tem que ser um país culto” pelo que

tuto de Estudos da Criança da Universidade do Minho, apre-

sentam alguns testemunhos e depoimentos críticos sobre

disse “estranhar que o poder não eleja a cultura como prin-

sentou o tema “Respiro o ar peninsular: Miguel Torga e a

Torga.

cipal objecto da sua acção”. Este responsável referiu a sua

identidade ibérica”. No dia 31 Janeiro, teve lugar um Recital

No Salão Medieval, o visitante encontrará uma estrutura

vontade de que a exposição passasse por Braga, “uma ci-

pelo Sindicato de Poesia. Carlos Mendes de Sousa falou

onde poderá apreciar manuscritos originais do autor, cartas

dade que tem uma Ministra da Cultura, mas onde faltam ver-

sobre o tema “Miguel Torga: um retrato inacabado” numa

de alguns dos mais importantes vultos da literatura portu-

dadeiros líderes regionais e opinion makers que lhe dêem

conferência, no dia 7 Fevereiro.

guesa, recortes de jornais e revistas que se referem ao au-

voz e acesso ao poder no sentido de trazer coisas importan-

tor, peças de um processo da PIDE, revistas e jornais em

tes para a região”.

No átrio do Salão Medieval, a Biblioteca Pública de Braga

que Torga colaborou, as primeiras edições dos seus livros,

Este empresário relembrou que a dst tinha já patrocinado o

apresenta igualmente uma exposição bibliográfica sobre

algumas traduções e objectos de uso pessoal (a caneta, o

último livro de Miguel Torga em vida, realçando que a “cultu-

Miguel Torga, com livros e revistas das suas colecções.

relógio, documentos), para além da secretária do seu con-

ra só será verdadeiramente importante quando a economia

Como complemento à exposição foi publicado um catá-

sultório e da máquina de escrever.

falar de cultura”. Neste sentido, defendeu “um reposiciona-

logo, que pode ser apreciado no local, bem como uma bro-

Um busto da autoria de Luís Fernandes e dois retratos,

mento das Humanidades e da Filosofia no ensino”, pois um

chura que será distribuída aos visitantes. ¢

pintados por Guilherme Filipe e Isolino Vaz completam a

”país que quer ser global tem que dominar a cultura”. 14


Simpósio Conservação e Intervenção em Sítios Arqueológicos e Monumentos Históricos divulgação e ordenamento do território no Parque Arqueológico do Vale do Côa, pela sua Directora a Mestre Alexandra Cerveira Pinto. Fazendo a ponte entre arqueólogos e arquitectos foi apresentada uma perspectiva sobre a evolução dos projectos de conservação e valorização das Ruínas de Conimbriga entre 1930-2007, pelo Arquitecto Pedro Alarcão, bem como, o trabalho desenvolvido no Centro Interpretativo e de Acolhimento da estação arqueológica de Torre de Palma (Monforte), pela Arquitecta Sofia Aleixo. As intervenções em Monumentos Históricos foram amplamente debatidas, numa perspectiva mais abrangente pelo Doutor Arquitecto Sérgio Infante que brindou os participantes com as perspectivas actuais da valorização de sítios arqueológicos e de monumentos históricos. Esteve também presente a experiência espanhola na reabilitação de edifícios e monumentos históricos pelo Doutor Arquitecto Ignacio Bosch, da Escuela Técnica Realizou-se, nos passados dias 18 e 19 de Outubro, o II

monumentos que ficaram bem explícitas nesta reflexão e

Superior de Arquitectura da Universidade Politécnica de

Simpósio intitulado Conservação e Intervenção em Sítios

partilha de experiências.

Valência. Os tipos de intervenção e musealização em sítios

Arqueológicos e Monumentos Históricos, uma iniciativa a

Passando uma breve revista pelas conferências proferidas,

industriais foram tratado pelo Doutor José Manuel Lopes

Universidade Portucalense Infante D. Henrique, enquadrada

pode-se mencionar, numa perspectiva mais genérica, os

Cordeiro, o trabalho desenvolvido pelo Fórum UNESCO foi

nas actividades do seu Centro de Conservação e Restauro.

pontos de situação efectuados sobre as intervenções de

apresentado pelo Doutor Arquitecto Nuno Santos Pinheiro,

A dst apoiou este evento e esteve presente com o seu stand.

valorização das estações arqueológicas em Portugal, pela

a reabilitação de edifícios antigos, pelo Doutor Eng. João

Tendo como pano de fundo a conservação, o restauro, a

Doutora Olga Maria Pinto de Matos, os problemas de aces-

Appleton, e a importância do GECORPA no actual contexto

musealização, a divulgação e a rentalibilização de estações

sibilidade em sítios arqueológicos pelo Dr. Fernando Real e

da reabilitação em Portugal, pelo Eng. Filipe Ferreira que

arqueológicas e monumentos históricos e, ainda, a análise

o papel desempenhado pelas empresas de Arqueologia

encerrou um leque de palestras de carácter generalista.

de projectos de readaptação desses espaços a novas fun-

nas intervenções de valorização das estações

Os estudos de casos concretizaram-se na apresentação da

cionalidades, este Simpósio constituiu-se como uma orga-

arqueológicas portuguesas, pelo Doutor António Carlos

Colecção Baganha como ponto de partida à fruição cultural

nização de grande êxito, para o qual contribuíram as inter-

Valera. Numa perspectiva mais particular, a abordagem

do estuque artístico, pelo Eng. Miguel Figueiredo e, por fim,

venções de importantes nomes das áreas em debate, bem

das intervenções de valorização em sítios arqueológicos

a valorização do Palácio do Marquês de Castelo Rodrigo,

como a participação de mais de uma centena de inscritos

da Rede de Castros que estruturará a candidatura à

pelo Arquitecto João Rapagão.

provenientes dos mais diversos pontos do país e insti-

classificação pela UNESCO dos Castros do Noroeste

As sessões tiveram lugar na Aula Magna da Universidade

tuições.

Peninsular a Património Mundial, pelo Doutor Armando

Portucalense fazendo parte do currículo da Especialização

A junção de Arqueólogos e Arquitectos com larga expe-

Coelho F. Silva, a consolidação de estruturas arqueológicas

em Arqueologia e Valorização, cujos alunos se encarre-

riência revelou a diversidade de filosofias de actuação, de

na cave da Biblioteca Municipal de Silves, a cargo da Dra.

garam do secretariado, e da Licenciatura em Conservação

formações profissionais e de problemáticas dos próprios

Alice Nogueira Alves, e a proble-mática da conservação,

e Restauro do Património. ¢

Fátima Matos Silva coordenadora do simpósio

15


SEGURANÇA tabelecimento de um código de conduta, código esse que pode e deve responsabilizar alguns princípios como requisitos diferenciadores. Tem por vezes a oposição da pasta

A Gestão das Pessoas,

económica e financeira que alegar constrangimentos de tesouraria para fazer face às políticas mais sociais. Cabe

a Responsabilidade Social e o

sensibilizar o facto de que a médio prazo todos ganharão na

Desenvolvimento Sustentável

tratar. O surgimento de uma pressão para a melhoria con-

A sociedade portuguesa em particular e a internacional em

assunção de boas relações humanas entre os trabalha-

aqui, no nosso entender, à gestão de recursos humanos implementação de uma estratégia como a que estamos a tínua, a exigência crescente de práticas transparentes e a

vaga alicerçada na solidariedade, na dimensão social e

geral, vivem hoje uma rápida transformação do seu modelo

humana tem vindo paulatinamente a emergir, ténue, mas

dores que se mobilizam diariamente para superar obstácu-

de desenvolvimento económico que condiciona o desen-

com vontade de conquistar uma visibilidade mais corpora-

los e outros constrangimentos laborais, vai caracterizar

volvimento dos sistemas de produção internacional, reflec-

tiva. Os novos drivers na área da responsabilidade social,

uma melhoria na prestação do serviço melhorando o de-

tindo essas respostas no comportamento das multinacio-

ainda longe de uma concepção mais altruísta, têm sem dú-

sempenho e melhorando outros rácios, o que a todos agra-

nais, cujas implicações são por vezes dramáticas no que

vida importância na defesa dos valores humanos funda-

dará. O surgimento da norma SA 8000 aplicável a qualquer

concerne à gestão do ambiente, da segurança no trabalho e

mentais como expectativa num futuro a curto e médio prazo

organização independentemente da sua dimensão, sector

da qualidade dos processos internos.

de comprometimento corporativo sustentado na conscien-

de actividade ou localização, vem permitir uma melhor

Se, por um lado, há uma crescente preocupação no que diz

cialização de boas práticas empresariais e do seu impacte a

compreensão da política de comprometimento social provi-

respeito à qualidade da prestação de serviços e/ou fabri-

nível da dimensão social, da ética, do respeito ambiental, da

denciada numa base universal para benchmarking, consti-

cação de produtos, há igualmente assimetrias ainda débeis

promoção de boas práticas em matéria de SHST e na defe-

tuindo-se pioneira nesta dimensão. É uma norma que visa

no contexto ambiental, nos aspectos relacionados com a

sa intransigente da qualidade a todos os níveis da organiza-

aprimorar o bem-estar e as boas condições de trabalho

gestão dos recursos humanos e na valência segurança,

ção. Estamos actualmente de acordo com quem lida com

bem como o desenvolvimento de um sistema de verificação

higiene e saúde ocupacional como vectores estratégicos no

esta temática da gestão de recursos humanos-qualidade-

que garanta a contínua conformidade com os padrões esta-

nosso entender de transformação social-emocional-orga-

ambiente-SHST que defende que qualquer tipo de desen-

belecidos pela norma. A referida norma está estruturada

nizacional. Portugal, enquadrado no processo de massifi-

volvimento económico equilibrado é indissociável do bem-

para ser auditável pelos nossos organismos nacionais de acreditação.

cação global das grandes multinacionais, não foge à regra,

estar humano, ambiental e organizacional. Por outras pala-

registando-se também por cá alterações tecnológicas, libe-

vras significa que estamos a abordar o desenvolvimento

ralização dos mercados e concorrência desenfreada. A ní-

sustentável como algo que vai capitalizar uma série de va-

vel da gestão de recursos humanos ainda registamos fenó-

riáveis sociais, económicas e profissionais sem compro-

De seguida apresenta os principais requisitos não exaus-

menos de contratualização informal, consequência da reor-

meter a capacidade de as gerações futuras assegurarem as

tivos que obedecem aos critérios de certificação:

ganização das políticas de gestão económica no sentido da

suas necessidades implícitas e explícitas.

NORMA SA 8000

? Eliminação do trabalho infantil; ? Não promover o trabalho forçado; ? Dotar as empresas de mecanismos de

recolocação dos seus sistemas produtivos em zonas geográficas, onde os custos de produção e de mão-de-obra

saúde e segurança; ? Liberdade de negociação e direito à

O desenvolvimento sustentável concilia no nosso entender

são significativamente mais baixos, em nada beneficiando

6 variáveis interactivas: 1. Desenvolvimento social, pro-

negociação colectiva; ? Evitar qualquer tipo de discrimi-

a prosperidade qualitativa do mercado português.

fissional e económico equilibrado; 2. Gestão dos resíduos

nação (na contratação, no direito à formação profissional,

Perante um cenário com este figurino económico-financei-

ambientais (preservação dos recursos naturais e do meio

na promoção e na denúncia do contrato de trabalho ou

ro, consubstanciado nas fusões e aquisições de empresas,

ambiente em geral); 3. Equidade e justiça social; 4. Política

reforma); ? Não recorrer sistematicamente às práticas dis-

no aumento da flexibilidade das relações laborais, na mas-

de SHST;

sificação das tecnologias da informação e dos automatis-

quadros e dirigentes) e inter organizações (empresas, for-

ciplinares (punição física, mental, verbal e psicológica); ?

5. Qualidade e ética intra (colaboradores,

Justiça no cumprimento de horário laboral (não exceder

mos, no desenvolvimento de novos sistemas de regulação,

necedores, ONGs, empresa públicas, sindicatos); 6. Elabo-

diariamente/semanalmente o estipulado na lei ou na con-

na migração de mão-de-obra, no aumento do desemprego

ração de um sistema social que garanta emprego, seguran-

tratação colectiva); ? Remuneração justa em relação ao

estrutural e da insegurança no trabalho, no declínio do sin-

ça social e respeito a novas culturas.

tipo de trabalho; ? Sistema de gestão integrada de recursos

dicalismo e na violação dos direitos humanos, uma nova

A responsabilidade social passa necessariamente pelo es-

humanos. 16


Agenda do Departamento de Higiene e Segurança Janeiro - Campanha sobre o álcool. Fevereiro - Campanha de sensibilização e prevenção de sinistralidade (posturas ergonómicas). Março - Campanha de sensibilização e prevenção de sinistralidade (queda de pessoas).

Ficha Técnica de Segurança A Colocação do Arnês de Segurança

Como surgiu a SA 8000? A norma SA 8000 foi desenvolvida em Outubro de 1997 pela SAI (Social Accountability International) e estabelecida com base em princípios firmados nas convenções da Organização Internacional do Trabalho e em instrumentos internacionais de direitos humanos como a Declaração Universal dos Direitos do Homem e a convenção dos Direitos da Criança. O grande objectivo da norma é acreditar que todos os lugares de trabalho devem ser geridos de forma que os direitos humanos básicos sejam assegurados e que a gestão de topo esteja preparada para assumir essa responsabi-

Levantar os suspensórios pela

Colocar os cintos de ombros

Fechar a fivela de plástico do

Passar as pontas livres dos cintos

fivela traseira de conexão.

nos ombros.

cinto do peito.

das coxas entre as pernas.

lidade. Como podemos observar, os requisitos, apesar de

Os cintos da coxa devem ser abertos

poucos e de serem bastante objectivos, não são tão linea-

e pender livremente.

res como numa primeira leitura podemos depreender. Para

Fecho das fivelas dos cintos de Coxa

Os cintos não podem ser torcidos.

Regulação do comprimento dos Cintos de Coxa

algumas organizações será muito complicado respeitar todos ou parte deles. Mas esta norma é acima de tudo um desafio, um desafio de transformação social, cultural e mental dos actores envolvidos nas organizações: dirigentes, quadros superiores, trabalhadores e stakeholders. O futuro mais social, mais humano, mais harmonioso, está unicamente nas nossas mãos. Mudemos a nossa forma de pensar, despertemos as nossas atitudes para aquilo de que mais precisamos a nível das organizações: paz, qualidade e

Princípios de utilização Correcta

segurança. A mudança começa em nós... ¢ ? Os suspensórios de segurança são um equipamento individual e devem ser utilizados somente por uma pessoa; ? Antes de utilizar os suspensórios de segurança é preciso verificar todas as suas peças, as cintas, fivelas de metal, costuras, e as partes de plástico, quando há existência de

“Quando já não somos capazes de mudar uma situação,

danos mecânicos, químicos e térmicos. A inspecção e a verificação devem ser feitas pela própria pessoa. Ao descobrir um dano, o equipamento deve ser retirado de utilização;

encontramo-nos perante o desafio de nos mudarmos a nós

? Durante a utilização é preciso proteger os suspensórios do contacto com óleos, solventes, ácidos e bases, chamas abertas, estilhaços de metais quentes, objectos cortantes e

mesmos”.

contra intempéries;

? Antes de utilizar é preciso verificar se todos os equipamentos estão correctamente ligados entre si;

? Durante a utilização é preciso verificar se as fivelas estão correctamente fechadas e o ajuste das cintas para não permitir a sua desconexão espontânea ou uma folga grande

Vítor Frankl (psiquiatra austríaco)

demais; ? Os suspensórios de segurança devem ser retirados de utilização e destruídos quando participaram na contenção de uma queda; ? É proibido efectuar qualquer tipo de modificações ou consertos próprios.

Amortecedor de Segurança

Sabia que:

O comprimento máximo de um Amortecedor mais a corda é de dois metros

4 A vida de uma pessoa que fuma 15 cigarros por dia é reduzida, em média, 5 anos.

4 O fumador tem 7 vezes mais hipóteses de desenvolver úlceras e cancro de estômago que os Inspeção prévia: antes de utilizar o equipamento verifique a presença de sinais de desgaste ou danos que possam comprometer a segurança do usuário. ?

não fumadores.

? Manutenção: o cinto de segurança pode ser lavado com água morna e sabão neutro sempre que isso for necessário. A secagem deve ser natural e à sombra. Não seque na máquina e nem exponha ao sol para evitar os raios ultra-violeta.

4 O fumador perde o fôlego aos menores

? Armazenagem e guarda: guarde o seu equipamento em local seco, limpo e fora do alcance do sol. Não guarde o seu equipamento perto de fontes de calor. Não exponha o seu equipamento a materiais corrosivos e/ou químicos como líquido de baterias, ácidos, hidrocarbonetos, etc. As partes do equipamento em fita devem ser protegidas de objectos

esforços, com tosses frequentes, pigarro ou

pontiagudos ou cortantes.

catarro constantes.

uso. Destrua-o após um acidente. Utilize cordas, mosquetões e acessórios de qualidade assegurada para não comprometer o cinto de segurança. Use sempre capacete.¢

? Advertência sobre risco no uso incorreto: este produto é projectado especialmente para trabalhos em altura. Este equipamento tem prazo de validade que varia conforme o seu

17


do movimento das empresas do sector da construção, que irá, sem dúvida, trazer ganhos para o grupo, sobretudo nas áreas operacionais porque o mercado tende para a área da

Eduardo Leite

construção e reabilitação de qualidade e é nessa área de mercado que a Cari se pretende afirmar. O mercado da reconstrução/reabilitação está ainda imaturo no caso português e exige competências muito específicas na área da construção. É um caminho com futuro? Em Portugal existem cerca de 800 mil fogos para reabilitar, eu diria que é um caminho com futuro, é necessário, contudo, que se implemente uma política de reabilitação. As nossas cidades precisam urgentemente de requalificar os seus imóveis nomeadamente os que se situam no centro, não só por questões estéticas e turísticas, mas também por questões económicas. Por tudo isto, penso que a reabilitação e a reconstrução feitas de uma forma planeada e cuidada são um negócio de futuro. Quais as mais valias ou a diferenciação que a a Cari possui relativamente às suas congéneres? Principalmente experiência, uma vez que a Cari tem muita obra feita e apesar deste difícil processo de transição, temos de considerar que foi globalmente positiva a actividade laboral e construtiva das obras em curso; isto demonstra que os clientes confiam na capacidade técnica da empresa pois possui mão de obra qualificada e um especial “saber fazer” nesta área.

Eduardo Leite terminou a licenciatura em engenharia Civil e fez todo o seu estágio na construção do novo estádio de Braga. Pós-graduado em métodos construtivos, iniciou

Quais os principais sectores de actividade que procu-

o seu percurso na dst em Dezembro de 2003 e foi director de várias obras.

raram os vossos serviços? No seu entender, quais são os

No final de 2007 acompanhou o processo de viabilidade da Cari que entrou num processo de insolvência.

motivos subjacentes a esta procura?

Hoje é o adimistrador da Cari.

Sector da reabilitação e reconstrução civil, isto devido à qualidade final do produto apresentado pela empresa, sa-

É actualmente CEO da Cari. Como viveu este processo de

evolução da própria empresa.

tisfazendo o cliente não só pela qualidade mas também porque reduz as patologias do pós-venda.

transição que culminou com a aquisição da empresa por parte da dst?

Quais os desafios que esta nova função lhe proporciona?

Foi um período de 6 meses muito difícil e muito intenso uma

O grupo resulta da aquisição da Cari por parte da dst,

Quais as principais obras em que estiveram recen-

vez que a empresa manteve a actividade comercial e foi

pretende vincar uma posição muito mais forte do que o

temente envolvidos e que gostaria de destacar (pelo

necessário, por um lado, manter a estabilidade dos traba-

mero somatório de potências uma vez que o processo em

papel crucial da Cari, pela dimensão do projecto e/ou

lhadores da Cari, por outro, ganhar e manter a confiança de

causa proporciona ganhos de escala, de massa crítica, de

importância estratégica do mesmo, etc.)?

clientes e fornecedores, não permitindo que a instabilidade

operacionalidade e de eficiência.

económica da empresa interferisse de forma negativa na

São conceitos que fazem sentido num processo evolutivo

Recentemente estivemos envolvidos no restauro e 18


Caixa de sugestões A caixa de sugestões é importante e deve ser utilizada por todos nós. No entanto, as sugestões poderão também ser enviadas, por mail, para o departamento de qualidade. O impresso encontra-se na rede "dstwork - Impressos qualidade - impressos gerais qualidade impressos dqs gerais (Mod.45/dqs - sugestão de melhoria)". Colaborem!

reabilitação do Palácio Vila Flor em consórcio com os Empreiteiros Casais porquanto, sem embargo da sua dimensão, entendeu necessária a intervenção da experiência da Cari nas áreas já referidas, necessidade forçada pelo imperativo unanimemente aceite de considerármos o Palácio Vila Flor um ícone de beleza e cultura. Estivemos também na execução do Novo Mercado de Guimarães e na requalificação da praça da Mumadona, duas obras emblemáticas da cidade de Guimarães. Quais são as metas e objectivos traçados para 2008? De que forma é que pretendem atingir os mesmos? Consolidação da vertente económico-financeira; reestruturação da própria empresa em termos de processos internos; reabilitação total da imagem de forma a recuperar a imagem de excelência na área da construção já vivida no passado. A Cari envolveu-se recentemente numa campanha de solidariedade. Quer explicar-nos como surgiu e decorreu este projecto? Como vive a Cari o conceito de responsabilidade Social? Permitia-me apenas referir um exemplo. A Cari concorreu em consórcio com a dst a uma empreitada a ser realizada

trocina e incentiva os placards de protecção rodoviária? É ?

em Guimarães para um cliente Vimaranense que logo re-

Então vou reflectir melhor ! “

feriu que a dst seria uma empresa de Braga e, como tal, não mereceu muita simpatia por parte deste cliente; surpreendentemente, decorrido algum tempo voltou a contactarnos, perguntando: “Esta não é aquela empresa que pa-

Teatro, Exposições e Música Mayra Andrade Navega

Os Melhores Sketches dos Monty Python

Local: Theatro Circo

Local: Theatro Circo

Data: 1 de Março, às 21:30

Data: 28 e 29 de Março, às 21:30

Animal Collective Local: Theatro Circo

A talentosa cantora de Cabo Verde, Mayra Andrade,

Os Monty Python abriram os sentidos do mundo não só

nomeada para os Prémios BBC como Jovem Revelação,

para a comédia, mas também para alguns temas

Data: 28 de Março, às 21:30

inicia em Fevereiro de 2008 uma Tournée Nacional, onde

importantes para as sociedades modernas: como trocar

Para os mais atentos à cena "rock experimental", esta

apresentará o seu disco "Navega" em algumas das mais

papagaios mortos; piadas enquanto armas mortíferas;

banda norte-americana dispensa apresentações. Os

carismáticas salas do nosso país. É uma série de seis

canibalismo em agências funerárias; a presença de

"Animal Collective" assumem, contudo, uma sonoridade

concertos, que inclui Braga, no dia 1 de Março de 2007.

cangurus na Última Ceia

difícill de definir, sendo normal nos seus álbuns recorrerem

.

a diferentes estilos e ideias. Isso mesmo vai ser possível

19


zoom departamento de topografia (Eduardo Pereira)

A palavra "Topografia" deriva de duas palavras gregas "topos" - lugar e "graphen" - descrever, podendo ser entendida como a descrição exacta e minuciosa de um lugar. Da esquerda para a direita: Eduardo Pereira, Elisabete Oliveira, Carlos Martins, Miguel Oliveira, Elisabete Lopes, Duarte Oliveira, João Silva, Rui Gomes e Hélder Araújo.

Nas antigas civilizações humanas, os grandes projectos

são é uma profissão onde se “apalpa” o terreno. A neces-

tudo se desenvolve, desenrola e assenta; ou seja, é funda-

eram precedidos de estudos topográficos, ainda que

sidade de “reproduzir” o terreno no papel, e vice-versa, faz

mental o conhecimento pormenorizado in loco das condi-

rudimentares. Antes da era industrial, as funções de To-

do Topógrafo o elo de ligação entre o Engenheiro, o Arqui-

ções físicas; em qualquer fase do projecto, desde da sua

pógrafo, Arquitecto e Engenheiro eram desempenhadas

tecto e a obra.

implementação inicial até à sua consecução final.

Existem outras áreas fortemente ligadas à Topografia, a

de 1997, no seguimento do processo de crescimento da

Na dst, o departamento de topografia nasceu em meados

pela mesma pessoa dada a simplicidade das solicitações técnicas e construtivas da época. Com a revolução industrial, verificou-se um proliferar das obras públicas! Tudo se

saber-se: a cartografia, a geodesia, a aerofotogrametria,

empresa, aquando foram criados diversos departamentos

alterou a partir de então, até as mais simples necessidades/

etc., mas o principal papel, prende-se fundamentalmente

com áreas de acção distintas e específicas. Inicialmente

solicitações tiveram de sofrer grandes alterações metodo-

com proporcionar todas as representações gráficas do ter-

com apenas um topógrafo, e à medida que o crescimento

lógicas e logísticas, para acompanhar de forma eficaz, a

reno, assim como também, numa fase posterior, potenciar

da empresa decorria de forma notória, com uma subse-

evolução e as exigências do sector da construção civil

a interpretação do projecto e sua respectiva materialização

quente multiplicação da quantidade de obras a realizar,

então emergente. Com isso, surgiram obras públicas cada

milimétrica no terreno. Cabe ao técnico de topografia,

sentiu-se a necessidade de contratar mais profissionais

vez maiores, mais ousadas e mais rigorosas e exigentes a

executar levantamentos topográficos, cálculo de cotas,

ligados à topografia.

vários níveis, nomeadamente a nível de segurança, com

pontos, áreas e volumes de terreno, nivelamentos, implan-

“apertados” intervalos/margens de erro. A expansão

tações e controlo de obras, tais como: vias de comunicação

Actualmente este departamento depende da colaboração e

industrial obrigou os profissionais de então, a adquirir

e obras de arte, edifícios, aeroportos, barragens, telecomu-

cooperação de quatro equipas de Topografia e uma de

sólidos conhecimentos técnico-científicos, criando-se

nicações, sistemas de água e esgoto, planeamento urba-

Desenho, a estrutura do mesmo está representada no

assim um profissional altamente especializado: o Topó-

nístico e paisagístico, etc. Para que tudo isso seja exe-

organigrama acima representado (fig. 1).

grafo. Em sentido figurado, podemos dizer que esta profis-

quível, é fulcral o conhecimento prévio do terreno, no qual

Convém referir que a principal função deste departamento 20


Eduardo Pereira director de departamento

Eduardo Pereira

Elisabete Oliveira

Miguel Oliveira

Carlos Martins

Elisabete Lopes

topógrafo

topógrafa

topógrafo

topógrafo

desenhadora

Hélder Araújo

Rui Gomes

Duarte Oliveira

João Silva

porta miras

porta miras

porta miras

porta miras

reside no acompanhamento topográfico das obras em execução, sendo pelo efeito, responsável por todos os trabalhos a elas subjacentes, tais como: levantamentos, implantações, quantificação dos movimentos de terras, cálculos de áreas e monitorizações de estruturas. Está também integrada no departamento, mais na área de desenho, a responsabilidade de fazer todo o tipo de impressões em papel, de projectos e plantas solicitadas pelos demais sectores da empresa. Independentemente de serem os departamentos de Construção Civil e Obras Públicas os que mais solicitam os nossos serviços, é fundamental salientar que a Topografia está constantemente presente, desde a elaboração do mais simples colector de águas residuais até à mais complexa estrutura metálica ou betão armado. No presente momento, as principais obras em execução às quais a Topografia dá apoio são: - Parque Eólico do Alto Minho I - Media Markt de Leiria Utilização do “GPS” em más condições de visibilidade, no Sub-Parque Eólico de Picoto e S.Silvestre.

Equipamento “GPS” utilizado essencialmente nas Eólicas

- Fábrica de armaduras e painéis fotovoltaicos

isto no sentido de garantir a execução rigorosa dos tra-

flexibilidade cognitiva adequada para aprender cons-

- Fábrica de Produção de polipropileno - Polipropigal

balhos solicitados. Neste contexto convém sublinhar que,

tantemente;

- Lidl de S. J. da Madeira

os Técnicos de Topografia da dst têm ao seu dispor equipa-

- Fomentar o responder adequado, flexível e em tempo

- Central Térmica de Oliveira do Hospital

mentos denominados “Estações Totais”; estes aparelhos

imediato às prioridades que vão surgindo.

- Parque Subterrâneo sob a Pr. Adelino Amaro da Costa

- Loteamento da Amieira

procedem à recolha e ao armazenamento de toda a infor-

- Sede social da Telejás

mação de campo, a qual ao ser descarregada posterior-

Tudo isto no sentido de potenciar uma contínua e renovada

- Remodelação do Teatro Constantino Nery

mente para um computador, poderá ser tratada e devida-

melhoria do nosso dia-a-dia, fomentando o nosso

- Nova Centralidade de Guifões - Piscina/Pavilhão gimno-

mente organizada. Mais recentemente, foi adquirido um

engrandecer profissional, relacional e pessoal, enquanto

desportivo

equipamento de GPS que, embora menos preciso que a

intervenientes directos nesta “grande família dst”, de

- Lidl de Penacova

Estação Total, permite executar um tipo de trabalho seme-

modo a contribuir com eficácia para o seu desenvolvi-

- Lidl de Braga

lhante, no entanto, sem o mesmo estar limitado pela visibi-

mento. ¢

- Drenagens de águas residuais 24.ª, 25.ª e 28.ª fase -

lidade, permitindo levantar e/ou implantar grandes exten-

Agere

sões de terreno; este equipamento provou ser uma mais-

- Unidade Fabril da Covermat - Estarreja

valia, nomeadamente, na execução dos parques eólicos.

Devemos ainda salientar que, da má fiabilidade de actuação

Concluindo, podemos afirmar que, sendo esta uma em-

do Topógrafo, podem ocorrer sérios prejuízos materiais e

presa em crescimento, com grande projecção no mercado,

até perdas humanas, bem como atrasos significativos na

é certo que novos desafios se avizinham a curto e médio

condução de qualquer projecto em curso. Razões estas,

prazo. Os nossos principais objectivos continuam a ser, à

que entre muitas, justificam a constante preocupação deste

semelhança do que tem vindo a ocorrer em anos anteriores:

departamento, em apostar na permanente inovação tecno-

- Promover uma postura activa e dinâmica face às novas

lógica (a nível da aquisição de novos equipamentos) e na

exigências do mercado;

frequente manutenção dos equipamentos existentes, tudo

- Saber encarar os novos desafios com positivismo e com 21

Implantação de chumbadouros na Sede Social da Telejás com a utilização de uma “Estação Total”.


“Pontes” de vista Espaço aberto à colaboração de todos os funcionários. Destina-se a publicar textos de reflexão crítica ou pensamentos e opiniões sobre temas de interesse geral. Participem!

A importância da responsabilidade social O tema responsabilidade social tem assumido uma cres-

A noção de Responsabilidade Social das Empresas incor-

zacionais e comerciais, há igualmente que viabilizar benefí-

cente importância na sociedade mundial em geral e na

pora algumas características básicas. Pressupõe:

cios sociais e fazer uma gestão equilibrada dos recursos,

sociedade portuguesa em particular. É frequentemente

- Um comportamento que as empresas adoptam volunta-

minimizando, ou até mesmo bloqueando, os impactos ne-

apontada como factor diferenciador e factor de valorização

riamente para além de prescrições legais;

gativos resultantes das actividades económicas. Este fenó-

do tecido empresarial a longo prazo.

- Está estritamente ligado ao conceito de desenvolvimento

meno afecta com maior preponderância as empresas mul-

Podemos considerar que o início da Responsabilidade So-

sustentável, ou seja, as empresas têm que integrar nas

tinacionais, pois com um poder maior advém uma maior

cial, no caso português, data do início do século XIX, em

suas operações o impacto económico, social e ambiental;

responsabilidade e, estas empresas ao afectarem a socie-

1824, com a família Pinto Basto que cria, em Ílhavo, a fábri-

- Não constitui um “acrescento” opcional às actividades

dade com maior amplitude, carecem da goodwill dos dis-

ca de porcelanas Vista Alegre, utilizando o alvará que para o

nucleares de uma empresa, mas sim uma nova concepção

tintos públicos que afectam, para subsistir.

efeito lhes havia sido concedido pelo Rei D. João VI, o

quanto à forma de gestão das empresas no seu todo.

A RS favorece a lealdade e a fidelidade dos consumidores

Segundo a Comissão Europeia, o conceito de Responsa-

fiança, a verdade, o respeito pelo ambiente, ou seja a inte-

Clemente. Revelando grande sentido de negócio, mas também preocupações de ordem social, desde logo construí-

que relevam aspectos tais como: a transparência, a con-

ram um bairro residencial para os seus empregados, pois a

bilidade Social das Empresas é definido como “a integra-

gração destes aspectos na estratégia empresarial afecta as

Fábrica encontrava-se distante das vilas circundantes.

ção voluntária de preocupações sociais e ambientais por

decisões de compra e, portanto, a preferência dos consu-

As casas não tinham o conforto que hoje se exige, mas

parte das empresas nas suas operações e na sua interac-

midores.

para a época eram consideradas habitações de nível médio

ção com outras partes interessadas”. Defende também que

Em geral a sociedade discrimina de forma positiva as em-

e a sua construção consistiu claramente numa demonstra-

“ser socialmente responsável não se restringe ao cumpri-

presas socialmente responsáveis, o que tem levado a uma

ção de interesse da administração pelos seus funcionários.

mento de todas as obrigações legais, implica ir mais além

progressiva normalização e certificação das boas práticas

Mais tarde, foram construídas mais 27 casas, estas já com

através de um maior investimento em capital humano, no

sociais. A sociedade reconhece o esforço das empresas

melhores condições, e que ainda hoje são o lar de algumas

ambiente e nas relações com outras partes interessadas”

que evidenciarem na sua estratégia global valores social-

famílias mais carenciadas de trabalhadores da empresa.

(CE, 2001).

mente responsáveis, potenciando deste modo uma vanta-

O bairro foi crescendo ao longo do tempo: abriram-se ruas

Este conceito está em constante evolução e, como tal, evo-

gem competitiva sustentável face aos competidores. Os

largas e arborizadas, construíram-se fontes e chafarizes

lui a concepção quanto às funções que as organizações de-

três vectores da sustentabilidade desenvolvimento econó-

para abastecimento de água e um parque florestal.

verão ter enquanto actores sociais.

mico, progresso social e preservação do meio ambiente

Além disso, uma comissão de empregados, auxiliada pela

A Responsabilidade Social decorre essencialmente da pro-

longe de serem incompatíveis com progressão económica,

administração da Fábrica, foi criando todos os serviços ne-

cura de uma maior eficácia na gestão dos recursos disponí-

convertem-se em factores chave de competividade empre-

cessários à população do bairro: farmácia, posto médico,

veis. Decorre num enfoque colocado nos benefícios emp-

sarial, o que supõe que a capacidade presente e futura de

secções de limpeza, de jardinagem e de desporto. Na

resariais que conseguem gerar através de acréscimos de

uma organização para competir num cenário de compe-

segunda metade do séc. XX foi criada uma creche que

eco-eficiência ou do aumento de oportunidades ou vanta-

tição aguerrida, dependerá em grande medida do grau de

ainda se mantém em funcionamento.

gens que directa ou indirectamente pode gerar.

integração concertada/coerente destes aspectos com as

Ao preservar o ambiente e ao criar boas condições de vida,

estratégias. A longevidade das empresas poderá estar con-

Conceito de Responsabilidade Social

saúde e educação, as organizações beneficiam a sua pró-

dicionada se a sua actuação criar ou mantiver desigual-

Muitas vezes, e durante muito tempo, erradamente, con-

pria imagem e promovem positivamente a sua actividade

dades económicas dentro de uma sociedade, ou entre

fundiu-se a Responsabilidade Social com acções de filan-

empresarial, pois qualificam as opções de recrutamento,

sociedades, ou se os seus processos de produção/

tropia ou de mecenato, acções pontuais e muitas vezes

optimizam o desempenho do pessoal e garantem a preser-

distribuição deteriorarem a qualidade do meio-ambiente.

desligadas do objecto de negócio da empresa. Natural-

vação dos recursos naturais estratégicos, o que promove

mente, estas acções podem fazer parte da Responsabi-

os investimentos e aspirações/expectativas de expansão.

A Responsabilidade Social a Nível Mundial

lidade Social de uma empresa mas, por si só, não tornam

Em suma, aos agentes económicos já não basta satisfazer

Na Agenda 21 do Plano de Sustentabilidade para o século

uma empresa socialmente responsável.

as variáveis meramente financeiras, tecnológicas, organi-

XXI desta Cimeira do Rio, fixaram-se como áreas do Desen22


Temas sobre os quais as empresas deviam comunicar Não tem opinião

4%

Investimento de resposta social

41%

Projectos de caridade e da comunidade

41%

Ajudar a resolver os problemas socias

44%

Ouvir/Responder ao público

49%

Não participar em subornos

58%

Investir em educação e formação

59%

Tratar todos os empregados com justiça

68%

Produtos “amigos” do ambiente

69%

Trabalhos seguros para os empregados

70%

As operações respeitam os direitos humanos

72%

Saúde e a segurança dos trabalhadores

77%

Fonte: Market and Opinion Research 2000 (estudo feito em doze países da União Europeia junto de 1000 consumidores em cada país)

volvimento Sustentável:

gestão de resíduos produzidos;

entre as preocupações das empresas e organizações a nível

a) Eixo Económico (Proveitos) - criação de riqueza para

- Permite um maior índice de inovação através do apro-

mundial, foi sentida a necessidade crescente de que a

todos pelo modo de produção e de consumo duráveis.

veitamento de oportunidades e do estímulo da criatividade

informação que é revelada sobre cada uma destas

Esta dimensão diz respeito ao impacto das Organizações/

a inovação traz valor acrescentado e maior qualidade

entidades não se cinja apenas aos números dos relatórios

Empresas sobre as condições económicas das suas par-

percebida fidelizando os clientes;

financeiros, balanços anuais e fechos de contas, mas que,

tes interessadas e sobre o sistema económico a todos os

- Posiciona a empresa como atenta às necessidades dos

vá um pouco mais além. Esse detalhe acrescido que se

níveis, incluindo os resultados apresentados nos balanços

novos consumidores permitindo a sua diferenciação face à

procura, não é considerado ao nível de ainda mais

financeiros. Estes destacam prioritariamente os indica-

concorrência e, logo, potenciando o valor da marca;

informação financeira, mas antes, no fornecer de

dores relacionados com a rentabilidade da Organização,

- Melhora a imagem da empresa e sua reputação no mer-

elementos de outra natureza que se prendem com a

enquanto que os indicadores de Desenvolvimento Susten-

cado permitindo abraçar novas oportunidades.

actividade da Organização na sua vertente mais humana, ao

tável respondem a outras prioridades e devem permitir

Cada vez mais existe a consciência de que uma gestão

nível interno e no retorno que pretende dar à sociedade na

perceber quais as implicações da actividade de uma Orga-

socialmente responsável pode trazer inúmeros benefícios

qual se encontra inserida.

nização na “saúde” económica dos seus stakeholders.

às empresas.

Surgem assim, os relatórios de responsabilidade social

Podemos considerar que os retornos se concretizam com

que, para muitas organizações já com alguns antecedentes

b) Eixo Ambiental (Planeta) - conservação e gestão de

os seguintes ganhos:

nestas matérias, ocupam hoje em dia igual relevância aos

recursos.

- Em imagem e em vendas (pelo fortalecimento e fidelidade

relatórios anuais do desempenho do core business. Cada

Para as Organizações, a dimensão ambiental está rela-

à marca e ao produto);

vez são mais os temas relativos às empresas que

cionada com os seus impactos sobre os ecossistemas, so-

- Nos accionistas e investidores (pela valorização da

interessam os consumidores (ver quadro acima):

los, ar e água. Uma empresa socialmente responsável vai,

empresa no mercado e na sociedade);

É fundamental que as empresas, cada vez mais, trabalhem

assim, procurar minimizar os impactos negativos e amplifi-

- Em retorno publicitário (gerado pela comunicação

lado a lado de forma a contribuírem efectivamente para a

car os positivos. Dentro das áreas da Responsabilidade

espontânea nos media);

prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento para o

Social, esta é a mais consensual e é também a mais fácil de

- Em tributação (com as deduções fiscais obtidas em

Milénio, aprovados pelas Nações Unidas:

avaliar e medir.

patrocínios e mecenato);

- Erradicar a fome e a pobreza extrema;

- Em produtividade e pessoas (pelo maior emprenho e

- Alcançar a nível universal educação escolar básica;

c) Eixo Social (Pessoas) - equidade e participação de

motivação dos colaboradores);

- Promover a igualdade entre os sexos;

todos os grupos sociais.

- Em ganhos sociais (pelas mudanças de comportamento

- Reduzir a mortalidade infantil;

A performance social é abordada por meio da análise do

da sociedade).

impacto sobre colaboradores, fornecedores, consumido-

- Melhorar as condições de saúde materna; - Combater o HIV/SIDA, a malária e outras doenças;

res/ clientes, comunidade, governo e sociedade em geral a

Assim, uma empresa com boa imagem perante a socie-

- Assegurar a sustentabilidade ambiental;

nível local, nacional e global.

dade e com marca reforçada torna-se mais conhecida. Ao

- Fomentar uma associação mundial para o desenvol-

tornar-se mais conhecida, pode vender mais e, ao vender

vimento. ¢

Responsabilidade Social: investimento vantajoso?

mais, aumenta o seu valor patrimonial e a sua competiti-

Se aprofundarmos/detalharmos as vantagens atrás refe-

vidade no mercado. Considerando que estamos numa

renciadas, poderemos ainda exemplificar que a RS:

altura em que o consumidor é “rei e senhor” e que ele busca

- Antecipa as dificuldades e os riscos que possam surgir

cada vez mais a qualidade e a responsabilidade, a neces-

decorrentes das suas actividades e que causam marcas

sidade de conquistar este “consumidor-cidadão” passa

profundas na imagem e sobrevivência;

cada vez mais pelo desenvolvimento de uma reputação

- Reduz os custos decorrentes das suas actividades, como

empresarial de ética e de responsabilidade social.

é o caso da redução do consumo de recursos naturais e

Desde que a Responsabilidade Social passou a constar 23

Margarida Pereira departamento de marketing & design da dst


3 meses na dst Amigos, Colegas,

equipa. Equipa esta que está na base da construção do

Dirijo-me a vocês com uma curta apresentação, chamo-

maior parque eólico da Europa, o parque eólico do Alto

causa, à medida em que a experiência vivida está a ir de

me Henrique Gonçalves, sou Eng. Civil e frequentei a

Minho I, dividido em 5 subparques que compõe o mesmo,

encontro àquilo que esperava que a dst me pudesse

Universidade do Minho. Já conhecia a dst do meu tempo de

ficando eu afecto ao subparque do Alto do Corisco, em

proporcionar.

estudante, cujo seu logótipo me chamou desde cedo a

Melgaço.

A inserção numa empresa fortemente implementada no

atenção.

Antes da minha entrada para a dst, tinha uma expectativa

mercado da construção, sendo esta distinguida como uma

As 3 iniciais com as cores, cinzento, que transmite

profissional, a de poder integrar uma vasta equipa,

das melhores empresas para se trabalhar em Portugal em

estabilidade, sucesso, qualidade e sabedoria e, o vermelho,

orientada nos vários domínios da construção civil, onde a

2007, e no ramo a melhor, descreve o modo de agir da dst,

que sugere motivação, actividade, vontade, cor da paixão e

partilha de conhecimentos entre os colegas de grupo de

que quer sempre mais e melhor, o qual se assemelha ao

do sentimento, e simbolizadora de orgulho.

trabalho e outros departamentos, contribuíssem para o

meu perfil e método de trabalho.

Embora ainda curta a minha presença na empresa, estas

alargamento dos conhecimentos nessas mesmas áreas,

Os meus votos são para que o futuro da dst seja o reflexo de

características já me são familiares e deixam a marca de

contribuindo para uma melhor formação profissional e

muitos sucessos.

confiança que a empresa transmite aos colaboradores,

assim enfrentar os mercados cada vez mais competitivos

Cumprimentos a todos! ¢

uma marca estável e de sucesso.

do século XXI. A dst reúne todas as condições para que o

Cheguei à dst, depois de ter enviado uma candidatura

alargar de conhecimentos seja cada vez maior, passando

espontânea e ter ficado seleccionado para integrar uma

pelas energias renováveis e outros projectos arrojados.

Esta expectativa transformou-se num conhecimento de

Henrique Gonçalves departamento de obras públicas I dst

Principais obras ganhas no último trimestre dono da obra

designação Estabilização de talude. S. João da Madeira

Faurecia - Assentos de Automóvel, Lda.

Construção Pavilhão/Sede Social da Telejás

Telejás - Sociedade de Obra e Projectos, Lda.

Reforço solos e fundações do Inst. Jacob Rodrigues Pereira, Lisboa

Casa Pia de Lisboa, IP

dono da obra

designação Construção da Loja Lidl, Penacova

Geopesquisa - Sondagens e Captação de Água, Lda. Parque de estacionamento na Praceta Adelino Amaro da Costa, Porto Bragaparques

Remod. pavimento passagem superior na Rotunda das Piscinas, Braga Município de Braga Cifil - Construções, Lda. Lotes B1 e B2 - Estacas de Fundação, Nogueiró, Braga

Pavimentações, Vila Verde

José Viana Castro, Lda. Pavimentação de arruamento, Vila Verde IKEA - Silos, Paços de Ferreira SML, Silvino Lindo, Indústria de Secadores de Madeira, Lda.

Edifício de habitação e comércio - fundações indirectas

Lidl & Cia.

Construção da Loja Lidl, S. João da Madeira Fund. ind. por estacas em betão armado, Braga

Promiberia - Construtores Reunidos, Lda.

Lidl & Cia.

Perfurações, Albergaria

Construtora da Loureira, Lda.

Pavimentação do loteamento, Lugar da Mouta, Lomar, Braga

Município de Braga FGG - construções, Lda.

Edifício loja materiais const. - sondagens, V. N. de Famalicão

Alves Branco Imobiliária, s.a. Estacarias nas fund. do Arq. Municipal, Vila Nova de Cerveira Jacinto Antunes da Silva, s.a. Pavimentação na Rua Cruz de Pedra, Braga Atrito - Engenharias e Construções, Lda.

Pavimentação de vala no Colégio D. Diogo, Braga

Seminário Conciliar de Braga

Remodelações e ampliações das Redes de Drenagem de Águas residuais 24.ª fase

Agere

Arranjos na zona envolvente ao Dolce Vita, Porto

Somague Engenharia, s.a.

Remodelações e ampliações das Redes de Drenagem de Águas residuais 25.ª fase

Agere

Miranda Lopes, Lda.

Remodelações e ampliações das Redes de Drenagem de Águas residuais 28.ª fase

Agere

Fresagem de pavimento - Grundig, Braga Requalificação de pavimentos, Rua de Barros, Gualtar, Braga Central térmica - estacas, Oliveira do Hospital

Município de Braga Sonae Indústria, s.a.

Fundações indirectas do edifício multiusos na Coroada, Valença Construção da Loja Lidl, Braga 24

Município de Valença Lidl & Cia.


Ano Novo = Ano Velho Ano Novo, Vida Nova!! Este é o mote que habitual-

Porque é que peço isto? Porque quando olho à volta

Mas acima de tudo, peço tudo isto em função da vida

mente dá início a cada ano que passa nas nossas

vejo uma sociedade e um país desmoralizado, abati-

que vivo pois só serei capaz de ajudar os outros se

vidas. Mas será que o importante é essa (tão) anun-

do com todos os males que tendem em cair sempre

puder ajudar-me a mim próprio, daí transponho o meu

ciada vida nova ou será antes o indivíduo que a vive,

para o mesmo lado, abatido pela constante perda de

desejo “mundial” para o meu local de trabalho, para

como a vive?

direitos por parte dos mais desfavorecidos e pelas

os meus companheiros e respectiva administração e

Todos os anos prometemos acções, desejamos fama

excessivas “benesses” a quem mais tem. Até aqui

para além de desejar desde já um excelente ano de

e fortuna. Felizmente, eu não. Sou daqueles “totós”

tudo normal…

2008 para todos, também desejo que cada palavra que trocarmos, cada situação que tenhamos de en-

que só quer alegria, amor, saúde e amizade, enfim, to-

Mas quando esta realidade se verifica no local onde

das aquelas coisas que o dinheiro pode comprar…

passamos mais horas, onde precisamos de uma boa

frentar em equipa, cada problema que pareça impos-

Mas este ano para além disso pedi outras coisas, algo

condição mental para o normal desempenho das

sível de resolver seja superado com o companheiris-

que muita gente não pede mas para isso é que eu es-

nossas tarefas algo vai mal. Quando o companheiro

mo, a sinceridade e o esforço que muitas vezes falta

tou aqui. Pedi sinceridade, pedi colaboração, pedi

abusa da sua autoridade para seu gáudio, quando

(não só a nós mas também ao país e ao mundo), pois

companheirismo e se o Pai Natal se quiser apressar e

culpa outros por uma tarefa que não conseguiu cum-

se todos estivermos bem, tudo estará bem também.

entregar-me já esta prenda ficaria contente. Pena é

prir por incompetência, quando carrega os outros

Será que é isso que toda a gente quer?...

que este tipo de coisas não pode ser oferecido pois

com o seu próprio trabalho, quando sorri à frente e

Caros companheiros, um ano de 2008 cheio de

parte de cada um de nós, vem da essência do nosso

desdenha por trás, o companheiro não está a ser

sucesso em todas as vertentes, valorizem os outros

ser e só assim pode ser considerada verdadeira.

companheiro. Como habitual, até aqui tudo normal…

para se valorizarem a vocês mesmos. ¢ Luís Bastos departamento financeiro da dst

3 meses na dst Cada vez mais, ouço o nome da dst por parte das

Acerca da dst muito há de bom a dizer em tão pouco tempo!

capazes de enfrentar enormes desafios.

Entrei para a dst Metalomecânica, agora Bysteel, com a

Esta atitude e este empenho demonstram verdadeiramente

populações, que registam com enorme agrado, todas as

ânsia de a conhecer e colocar em prática todos os meus

todo o profissionalismo da empresa.

obras feitas por ela. Um aspecto muito bom a acrescentar a

conhecimentos adquiridos ao longo da minha formação

Gosto como a empresa transmite a sua imagem para o

outros mais, que resumem o seu crescimento.

académica e profissional, ajudando-a no seu potencial

exterior. Considero isso muito importante no seu

É com esta atitude demonstrada até aqui, que espero que a

crescimento.

crescimento.

Bysteel supere todos os seus objectivos.dst. ¢

Devo dizer, que foi com grande agrado, que fui bem

Nos dias de hoje, é possível ver os domínios desta empresa

recebido e integre no trabalho. Aí, vi a enorme grandeza da

em diversas áreas e as suas apostas num mercado

dst. Uma empresa com bases fortes, sólidas, dotada de um

bastante competitivo, fruto dos grandes profissionais que

grande espírito de equipa, com excelentes profissionais,

trabalham e gerem a dst.

Bruno Carvalho estudos e propostas bysteel

25


verso CARI e o acordo feliz estabelecido com a Cruz Ver-

nossas consciências e as nossas vontades!

solidariedade

Como disse o Sr. Eng. José Teixeira na Festa de Natal, ser

melha para aceitarmos também oferecer brinquedos a mui-

solidário, ”…é ser mais humano”. É dizer não ao egoísmo.

tas dezenas de crianças que vivem em creches.

É dizer não a esta constante e enorme indiferença ao

Como os funcionários sentiram que a alegria de dar é

sofrimento dos outros nossos semelhantes.

reconfortante! Como o momento de receber de uma criança

Inaya, 9 anos, região do Darfur, Sudão.

Ninguém pode ficar indiferente ao sofrimento dos outros

sendo tão fugaz e tão efémero é paradoxalmente tão

Inaya morava numa aldeia de cabanas, tinha comida todos

nossos semelhantes.

definitivo… tão marcante..!

os dias e todos os dias brincava. Um dia chegaram os

Ninguém!

Por uma decisão de agir concretamente em nome da solida-

senhores do genocídio, destruíram, queimaram e mataram.

No passado mês de Dezembro foi pedido ao pessoal da

riedade, ajudámos crianças e adultos a ter um tempo maior

Inaya ficou sem casa, sem comida e sem o direito a ser

CARI que oferecesse algum tempo e algum carinho ao

de felicidade!

criança.

serviço da comunidade local.

A festa de entrega dos presentes foi gravada em directo pela

Tantas “Inayas”, por aí (por aqui) sem casa, sem cabana

Então, com muito empenho e a necessária interiorização

Guimarães-TV, e pode ser vista através do sítio

sem comida, sem... (!)

desse magnífico sentido que a solidariedade irradia, o pes-

www.gmrtv.pt.

soal técnico, administrativo e da produção participou em

Na CARI acreditamos na solidariedade. Acreditamos até

SOLIDARIEDADE, (precisa-se, é urgente!).

várias acções concretas.

que um gesto, uma palavra, um olhar... manifestam sempre

E qual é o significado desta palavra, que ainda há dias um

Com muito carinho! Com muita alegria!

uma vontade de estar presente nas dificuldades e na

colega nosso dizia ser de difícil pronúncia? É uma palavra

Desde a recolha de alimentos em superfícies comerciais,

felicidade dos outros! ¢

diferente, é uma palavra que incomoda, mexe, abana as

recolha de vestuário e produtos alimentares entre o uni-

Vítor Lopes/Joana Abreu departamento de recursos humanos da CARI

3 meses na dst

pertencer à dst é pertencer a um grupo de trabalho com

apesar dos nossos recursos terem limites, vento, água e

objectivos definidos, com dinâmica de trabalho, com

sol não podem nem vão acabar e por isso nestes está a

ambição, com capacidade de prometer e fazer!

aposta acertada.

Ainda o meu curso estava a começar e já o meu interesse

Apesar de hoje estar no Subparque Eólico de Santo António

em pertencer à dst era grande pois várias vozes amigas me

foi em Picos onde iniciei a minha actividade e lá dei os

diziam, uma empresa coesa e em grande desenvolvimento!

primeiros passos no mundo dst, um mundo com muito

Pleno mês de Julho, estava eu em viagem para mais um dos

Hoje aqui estou e sinto-me completamente satisfeito com a

para descobrir mas garantidamente com muita e boa gente

últimos dias de trabalho académico e toca o telemóvel…

oportunidade de colaborar na realização do maior Parque

a ajudar em prol do mesmo objectivo. Sim, um bom grupo

“dst a chamar…”, atendo expectante com o resultado da

Eólico da Europa, completamente satisfeito de colaborar na

de trabalho disposto a grandes desafios.

entrevista e do outro lado da linha alguém pergunta “Bruno,

realização de uma das maiores apostas energéticas do

Com tudo isto hoje respondia “Sim, sem dúvida que sim!”

és nosso?”. Eu hesitante mas francamente entusiasmado

nosso País e desta forma ajudar ao nosso

Já agora aproveito para me apresentar, chamo-me Bruno

respondo “sim, acho que sim...” e ouço “Não podes achar,

desenvolvimento. Sem dúvida uma obra magnífica e de

Martins e pertenço ao Departamento de Obras Públicas I

tens de ter a certeza!”. Senti logo naquele momento o que 3

grande magnitude. Por outro lado é gratificante saber que

da dst. ¢

meses depois posso afirmar sem hesitar, senti que

estou a contribuir para uma obra amiga do ambiente, pois Bruno Martins departamento de obras públicas I da dst

26


Não sobrevivo! Elejo viver.

Há ondas...

Homeostasia

Há ondas de impossibiliddades

Traços de um gesto revelador

O equilíbrio das nossas verdades,

quando o vento corre

Memória das passagens em solidão,

Da tua, da minha e da dos outros,

no meu corpo

À deriva dos sentimentos e da dor

Não está só nas raras verdades.

e a febre gritante

Há sempre um brilho na escuridão.

De ânsia e de pavor, frias Da tua montanha, enquanto ardes.

do meu gesto

Enquanto pró meu mar correm as rias.

é um mar verde de cólera

Surpreendido pelo agreste epilogo

que se diverte pela praia

Menos um pouco pelo resultado

em marés de risos fáceis...

Afinal… quando se rejeita o diálogo

O equilíbrio das nossas certezas

Cada um por si… cada um, cada lado!

Está tão perto, ali, naquelas noites, Desperto e frágil que tremo

-Só não há gaivotas! Quimeras velejaram no horizonte…

Não da montanha fria, mas da ria

esperam a morrer

Sentimentos destruídos pelo acaso,

Que seca e já não corre pró mar.

no cais da indiferença ¢

Amizades despejadas em monte,

e barcos ancorados

O fiel da balança tanto acusa

Vazios sem explicação e sem azo. cariano

Que se verga e se desalinha Não ver para não sentir,

Que se endireita e se recusa

Não pensar para não ofender,

Como se a montanha fosse minha

O mar és tu,

Não julgar para não ferir

Ou como se o mar não fosse teu.

gaivota incerta sobre ondas...

Não interpretar para não doer!

O mar...

A trave que segura os pratos

desenho de olhos de água na espera de sonho e liberdade!

Rejeitando alimentar a dor,

É feita da água da ria que nos une

Sonegando primeiro para depois varrer.

E que entorna sempre no mar.

És tu o mar...sou eu a mágoa,

Caminhando sobre linhas de rigor,

Este, que nunca desiste,

e o vento livre, livre...

Não sobrevivo, elejo viver. ¢

Puxa e carrega na trave que resiste. A montanha que só quer amar

nas ondas do mar...em ti!

Traz água da fonte e insiste. ¢ O mar és tu... sonhos azuis que não vivi! O mar... (o sal e o sol desta vontade em requebros de penumbra esquecida...) gaivota...livre e incerta... em breve gesto de incerta vida! Tu és o mar... Onda tranquila e doce, onde apetece o crepúsculo para adormecer e sonhar...! ¢ cariano

27

Sérgio Ferreira

José Machado

departamento de construção civil I da dst

departamento de obras públicas II da dst


Um conto de natal Enroscou-se mais, como que a tentar prender o pouco calor

Sentiu algo que lhe tocava, há quanto tempo estaria ali

esqueciam durante o resto do ano, como se, ao estenderem

que ainda detinha no corpo com o entrelaçar dos braços e

a mão uma vez por ano, ficassem isentas de se preocupar

deitado? Não fazia ideia. Tinha adormecido, pelo menos

das pernas. Felizmente não chovia, o que era sempre mais

com os infortunados do mundo.

era a sensação que tinha. Algo lhe voltava a tocar e lhe dava

desconfortável, mas o frio cortava como um bisturi na mão

Nas montras das lojas, todas enfeitadas com estrelas, Pais

pequenos empurrões. Com algum esforço abriu os olhos e

de um experiente cirurgião. A noite já tinha caído. Por todo o

Natal e neve de spray, via coisas belas, coisas que nunca

viu um cão, parecia um pastor alemão, mas não tinha raça,

lado a cidade inundava-se de luzes. Pessoas atarefadas,

iria conhecer sem ser através de um vidro. O abrigo não era

era como ele, um tresmalhado perdido nas andanças do

que corriam de um lado para o outro, porque era o último dia

longe, teria só que andar mais um pouco para lá chegar. Na

mundo. O cão abanava a cauda, parecia feliz por o

e não queriam deixar nada por fazer, não se davam conta

rua, algumas pessoas olhavam para ele de lado, outras

encontrar. Era fantástico como o animal se sentia feliz por

dele. Era sempre assim durante todo o ano, porque haveria

chegavam mesmo a atravessar a estrada para não se

algo tão insignificante. O Farrusco, como ele o baptizou de

de ser diferente naquele dia só porque era Natal?

cruzarem com ele. Não deu atenção, era assim todo o ano,

imediato, olhou para ele com uns olhos meigos e humildes

Com algum esforço ainda se conseguia recordar do Natal

porque havia de ser diferente naquele dia?

durante uns segundos. Depois, sem pedir licença nem

em família. A casa onde vivera era pobre, mas acolhedora.

O abrigo estava cheio. “Não cabes”, disseram-lhe. Os mais

avisar, encostou-se a ele e deitou-se. De imediato sentiu o

As necessidades constantes eram algo que não lhe tinham

velhos ocupavam os lugares todos e, quando decidiam que

calor do corpo do animal. Sem qualquer obrigação, o

enchido a mente de criança, tão repleta de sonhos e

não havia espaço para mais ninguém, era inútil tentar

Farrusco decidira partilhar a única coisa que lhe restava, o

fantasias. Recordava-se dos brinquedos que tivera, uns

resistir. Afastou-se do local, não nutrira grande esperança

calor do seu pêlo. Abraçou-o. Sentia o corpo do animal

soldadinhos de plástico, um jeep ao qual faltava uma roda,

de conseguir fosse o que fosse, o que acabara por

contra o seu. Os ossos estavam bem revestidos de carne,

entre outras coisas que via com formas incertas pelos

acontecer. Não tinha para onde ir. As portas fechavam-se,

aquele não era um cão vadio qualquer, se é que era um cão

olhos da memória.

as lojas esvaziavam-se e todos se dirigiam para casa… se

vadio. Estava bem alimentado, mas não em demasia,

Agora era um adolescente. Já não se recordava bem há

ele ao menos tivesse uma… mas isso era algo que

como muitos dos que via serem passeados nas ruas. Não

quanto tempo vivia na rua. Sabia que não era muito, outros

pertencia ao passado.

demorou a sentir o peso nos olhos a voltar, estava tão

vagueavam sem rumo há bastante mais tempo, mas

A noite arrastou-se lentamente, e com ela descia a

cansado, e agora que sentia aquela pequena fagulha de

parecia-lhe uma eternidade, como se os tempos de infância

temperatura. O mercúrio dos velhos termómetros encolhia-

calor, não pôde controlar o sono e acabou por adormecer.

com a mãe fossem uma outra vida ou um sonho que tivera

se no fundo do seu pequeno tubo de vidro. Na cidade não

- Pantufas? Pantufas, onde estás? - Ouviu uma voz dizer.

em tempos. Vivia do que recolhia e das pequenas coisas

caía neve apenas porque não havia nuvens, pois a

Parecia-lhe distante, mas, ao mesmo tempo, bastante

que conseguia roubar aqui e ali, algo de que se sentia

temperatura ideal para ela tinha sido atingida.

perto. Era uma voz de mulher e, pelo tom, deveria

envergonhado, mas a que a necessidade obrigava.

Não sabia que horas eram. Sentia o corpo todo fustigado

pertencer a uma que já conhecera muitos anos neste

Não conseguia ficar mais tempo parado. Apesar das dores

pelas dores provocadas pelo frio e pela fome. Incapaz de

mundo.

que sentia nos pés devido aos sapatos demasiados

dar mais um passo, sentou-se no alpendre de uma velha

- Estás aqui, meu maroto. - Ouviu a voz dizer, agora bem

grandes e rotos que calçava, teve que se levantar e começar

casa. A pedra fria encostada às pernas já não o

perto. - O que fazes na rua a esta hora com o frio que está?-

a andar, era a única forma que conhecia de aquecer o corpo.

incomodava, estava com o corpo tão gelado que começava

Conseguia ouvir os pequenos passos caracterizados pelo

O estômago já doía, desde manhã que não comia nada.

a ficar dormente. Deixou-se deslizar pela porta onde estava

lento arrastar dos pés. - Fizeste um amigo, Pantufas? -

Correra o boato na rua de que seria servido um jantar de

encostado até se deitar no chão. Como se de um cão se

Dizia a voz, já ao lado dele. Abriu os olhos. Lentamente o

Natal no abrigo para o povo da rua. Era curioso como as

tratasse, enrolou-se todo ficando irreconhecivelmente

vulto que se encontrava na sua frente tomou forma. Um

pessoas que viviam de forma desafogada se lembravam

pequeno. Não tinha mais nada a esperar, as ruas estavam

rosto recheado de rugas e parcialmente iluminado pelas

daqueles que nada têm, não pelas pessoas, pelos seres

desertas e não tinha mais energias para se mexer. Mais

luzes da rua ostentava um terno sorriso. A idade não es-

humanos, mas pela época em que viviam. Parecia que o

uma vez iria esperar pela passagem da noite sem saber se

condia a sua passagem naquela mulher de baixa estatura e

inundar de luzes e a febre das compras as fazia ver algo que

chegaria a ver novamente o sol.

corpo franzino. Nos ombros trazia um xaile preto que 28


contrava dentro.

compunha um conjunto de roupa onde as cores não

dela, mas também ainda não lhe tinha dito o dele… Só sabia

combinavam. A camisola surrada, com um pequeno

o nome do cão! Aproveitou para saborear a água. Não

- Agora este é para… Joaquina. É meu. Rasgou o papel e

buraco junto ao ombro direito, tombava levemente sobre a

queria estar ali muito tempo, embora o corpo lhe suplicasse

ele pode ver um conjunto de pares de meias. Mesmo o que

saia de fazenda em xadrez que cobria as pernas e as

para ficar. Não podia abusar da hospitalidade.

estava a precisar. Disse ela. Depois de pousar as meias ao

grossas meias de algodão que envolviam os pés enfiados

- Tens aqui umas roupas para vestires quando acabares.

seu lado, pegou no terceiro embrulho e levantou-se. E o

num par de pantufas.

Ouviu dizer do outro lado da porta. - Espero que te sirvam.

último que é para… - Olhou para a palavra que se

- Pobrezinho, aqui ao frio. - Disse ela. - Anda, deves estar

Eram do meu falecido, que Deus lhe dê eterno descanso. O

encontrava no papel durante alguns segundos, como se

com fome, de certeza. Hoje não é dia para se passar assim

jantar está quase na mesa.

tivesse dificuldade em ler o que lá estava escrito. - Aqui diz:

sozinho na rua.

Na sala encontrou uma mesa posta para duas pessoas, um

Ricardo. - Disse, olhando para ele. - Este é para ti.

Com esforço, levantou-se. O cão já estava de pé e saltitava

pinheiro onde luzes de várias cores piscavam em conjunto,

Ele não queria prenda nenhuma, já não era suficiente o que

à volta dele.

reflectindo nos enfeites em forma de bola e pinha que o

ela tinha feito por ele? Não podia pedir mais nada. No

- Sabes, - Continuou ela. - qualquer amigo do Pantufas é

adornavam. O presépio, com poucas figuras, mas onde não

entanto, foi incapaz de articular qualquer palavra para

meu amigo também.

faltavam Maria, José, o menino, a vaca, o burro e o anjo,

recusar a oferta. O olhar meigo dela e a forma como lhe

Com dificuldade, acompanhou aquele estranho par que, por

encontrava-se sobre uma pequena mesa ao lado de uma

estendia o embrulho impediam-no de o fazer. Retirou o

alguma razão misteriosa, tinham decidido deitar-lhe uma

velha televisão.

papel com cuidado, não queria estragar nada. Vivera tantos

mão.

- Só tinha uma posta. - Disse ela, quando começou a servir

anos a aproveitar tudo que nem sequer era capaz de rasgar

A casa era pobre e evidenciava bem a passagem dos anos.

o jantar. - Por isso terá que ser meia para cada um. É pouco

um papel de embrulho. No interior encontrou um livro.

A tinta, comida pelo sol, descascava em alguns pontos da

bacalhau, mas não há mais! - E sorriu. Sorriu com

Nunca tivera um. Sabia ler, era verdade, mas nunca lera

parede. No interior, as mobílias eram poucas, e estavam

sinceridade e sem qualquer pretensão ou vergonha, como

nenhum. Podia ver pelo estado em que ele estava que já

cobertas com algum pó. O chão, de madeira seca, rangia a

se aquele facto lhe desse mesmo uma genuína vontade de

tinha bastantes anos. Pelo estado da lombada, podia ver

cada passo.

rir. Aquela simplicidade, aquele aceitar da sua condição de

que já fora lido mais do que uma vez. Olhou para a capa e

- De certeza que queres tomar um banho, não é verdade?

vida, aquele aproveitar na totalidade as poucas riquezas que

leu o título em voz alta.

Perguntou ela.

a vida lhe dava era contagiante. Ele começou a sentir-se

- Canção de Natal de Charles Dickens.

- S… Sim Respondeu. As palavras custavam a sair. Estava

diferente, mais animado, sem remoer constantemente nos

- Espero que gostes. - Disse ela.

com o corpo tão entorpecido que até o mínimo movimento

azares da vida. Conforme a refeição foi andando, enquanto

Olhou para ela. Que palavras poderia usar para exprimir o

era feito em esforço. Ela acompanhou-o ao quarto-de-

comia o bacalhau, as batatas cozidas e a hortaliça, a

que sentia? Era impossível reduzir à simples forma da frase

banho e deu-lhe uma toalha.

conversa também animou e, como dois velhos amigos que

aquilo que lhe enchia a alma naquele momento. Abriu a

- Podes estar à vontade. - Disse ela. - Eu vou ver se te

se encontravam após muitos anos separados, contaram a

boca, mas nenhum som conseguiu sair. Ela sorriu.

consigo arranjar outras roupas, que essas estão imundas.

sua vida, um ao outro, com todos os pormenores. Para

- E agora está na hora de dormir. - Disse ela. Trouxe-lhe

- Obrigado. - Era a única palavra que conseguia dizer. Ela

encerrar, as rabanadas, que ela fizera e que ele considerou

alguns cobertores e uma almofada. Ele deitou-se no sofá

olhou para ele e sorriu.

divinais, combinadas com a fatia de bolo-rei, pois desse

de tecido vermelho, que, como só o conhecera agora,

De nada, meu filho, de nada. Respondeu.

havia pouco, completaram uma refeição como nunca se

parecia-lhe que também estava enfeitado de acordo com a

Entrou no quarto-de-banho e fechou a porta, não sem antes

lembrava de ter tido.

quadra festiva. O Pantufas deitou-se junto a ele, enroscado

o Pantufas entrar. Era estranho estar ali. Muitos anos se

- Agora, - Disse a D. Joaquina, que, no meio de tão animada

sobre o tapete que se encontrava em frente ao sofá.

tinham passado desde a última vez que tinha estado assim

conversa, já se tinha apresentado. - Como já é meia-noite,

- Queres que apague as luzes do pinheiro? - Perguntou a D.

numa casa. Abriu a velha torneira que rangeu. Os canos

está na hora dos presentes. Vamos ver o que temos aqui. E

Joaquina.

assobiavam com a passagem da água. Não teve que

aproximou-se do pinheiro.

- Não, deixe estar. Respondeu ele. Obrigado… Obrigado

aguardar muito até começar a ver o vapor a inundar a

Ele olhou para onde ela se dirigia e reparou nos três

por tudo.

banheira, a água estava quente. Tinha o corpo tão frio, que

embrulhos que se encontravam debaixo da árvore. Tinham

- De nada, meu filho, de nada. - Respondeu ela. - Dorme

demorou imenso tempo para conseguir equilibrar a sua

estado sempre ali? Quando olhara para o pinheiro

bem e até amanhã. - Disse, ao apagar as luzes.

temperatura com a da água. Aquela senhora tinha-o

anteriormente não se recordava de os ter visto.

- Até amanhã. - Respondeu ele. «Amanhã…», pensou.

recolhido apenas porque o cão, por algum motivo que só o

- Para quem é este? - Perguntou ela, falando para si própria.

«Não sei o que me trará o dia de amanhã, mas uma coisa

animal conhecia, tinha engraçado com ele. Não deveria ser

-Aqui diz… Pantufas. Olha, Pantufas, uma prenda para ti.-

sei: nada nem ninguém alguma vez me poderá tirar esta

ao contrário? Não era suposto serem as pessoas a

Disse ela para o cão. Este parecia perceber. Com as orelhas

noite de Natal em família». ¢

engraçarem com os cães e não os cães a engraçarem com

para baixo e o rabo a abanar, aproximou-se. Ela desem-

as pessoas? Era mesmo estranho. Ainda não sabia o nome

brulhou a prenda e deu-lhe o osso de borracha que se en-

J.P. Félix da Costa departamento de contabilidade da dst

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cujas gotas, como traços, reflectiam as luzes dos faróis. Quantas horas tinham passado? Não fazia ideia. Na sua frente via a pequena povoação piscatória à beira-mar plantada. Lentamente, começou a ver aquilo porque tanto sonhara, aquilo que fazia sentido. Sentia o chamamento.

O mar Colocou a mão contra o vidro da janela. Sentiu a superfície

Em cada fibra do corpo, em cada célula, sentia o mar a chamar por ela. Abandonou o carro na berma da estrada, porta aberta e faróis acesos. Tinha cumprido a sua função,

deixou a porta de casa aberta, já nada a preocupava.

lisa e fria contra a palma. O vidro embaciou em volta dos

Enquanto descia, procurou as chaves do carro no bolso.

tinha-a trazido até ali. Agora já não tinha importância,

dedos, o calor do seu corpo vivo inundava a superfície

Uma mera ferramenta para atingir um objectivo. Cruzou a

estava esquecido, fazia parte de um passado que

morta e gélida que a separava do exterior. No quarto, a

rua calmamente. A chuva caía e inundava-lhe a roupa,

agonizava no caminho para uma morte à muito anunciada.

escuridão ocultava a parca mobília que o recheava. No

penetrando as várias camadas de tecido até atingir a pele.

Tirou os sapatos e as meias, abandonando-os, e avançou,

exterior podia ver o minúsculo candeeiro que se esforçava,

Sentiu o arrepio do frio da água em contacto com o seu

sentindo os pés a afundarem ligeiramente na areia húmida e

noite após noite, por iluminar uma rua de paralelo, gasto

corpo quente. Não sentia frio, nunca sentia frio em contacto

fria. Tirou o casaco. A água da chuva escorria-lhe pela

pelo tempo, sem sucesso, mas sem que isso o demovesse

com a água. Passou por baixo do candeeiro, agora

cabeça, pelos ombros, pelos braços e pelas pernas. Estava

da sua função. A luz da lâmpada por vezes tremia, mas

majestoso na sua altura. Olhando para cima podia ver as

totalmente encharcada, como se estivesse debaixo de um

nunca cedia às intempéries dos Invernos, nem aos calores

pingas iluminadas a cair continuamente, a chocarem com o

interminável chuveiro. Na sua frente via o mar. As ondas

do Verão.

candeeiro e a escorrerem pelo seu mastro. O ferro resistia,

avançavam continuamente, apenas para se desfazerem na

Uma gota caiu no exterior do vidro. Como uma lágrima

como sempre resistira. Tinha a sensação que aquele pobre

areia. No seu topo, longos rolos de algodão brilhavam no

derramada por um amor perdido, deslizou pela superfície

candeeiro estivera ali desde sempre, fixo no seu lugar

escuro da noite. O céu abria. Por entre farrapos de nuvens, a

plana até se perder no alpendre da janela. Mais uma gota

cumprindo a sua função. Sentia que isso não se passava

Lua iluminava a praia, mas a chuva continuava incessante,

caiu, e depois dessa, outras se seguiram. A chuva chegava

com ela. Nunca encontrara o seu lugar, mas também nunca

sempre no mesmo ritmo, sempre presente. A água

sorrateira e sem aviso. As nuvens há muito que cobriam o

o procurara verdadeiramente. Agora sentia que o seu lugar

escorria-lhe pela cabeça e turvava-lhe a visão. Com a mão

céu, ocultando a Lua e as estrelas, mas a chuva ainda não

era onde estava o mar, a água pura, livre, misteriosa…

limpou a face. Os pés enterravam-se mais na areia agora

tinha chegado… até àquele momento.

Continuou o seu caminho até ao carro. Abrindo a porta

que estava junto à rebentação das ondas. Por momentos

Olhou para cima. Apesar de estar no décimo primeiro andar,

entrou. Iniciava a sua verdadeira viagem. A vida era uma

admirou a grandiosidade do mar. Retirou as roupas,

longe ficava o céu, negro como a escuridão que sentia ao

viagem, uma procura de algo, de algum significado para

lentamente, peça a peça, até ficar completamente nua. O

seu redor, a escuridão que envolvia a casa onde se

tudo e para nada, de alguma razão para existir. «Todos

mar chamava por ela, por ela e apenas por ela, não por

encontrava. Tinha apagado as luzes, a noite era o tempo das

fazemos essa viagem» pensou, «consciente ou

tecidos criados pelo homem, não por falsas peles que

trevas, contrariamente à vontade do pobre e abandonado

inconscientemente, alguns encontram o seu lugar, outros

cobrem o corpo, mas pela sua verdadeira essência, pelo

candeeiro de rua quebrado pelo tempo. A água corria pelo

chegam ao fim da vida sem o conhecer. E qual será o meu?»

corpo desnudado e livre. Avançou lentamente sem nunca

vidro. Já não conseguia vislumbrar as linhas direitas dos

Ligou o motor e avançou. Tinha um longo caminho a

hesitar ou olhar para trás. Na sua mente vozes convidavam-

outros prédios, as imagens distorciam-se, através da água,

percorrer, a costa ficava longe, provavelmente só lá

na e cumprimentavam-na pela sua chegada. Abriu os

transformando prédios, carros, e candeeiro em objectos

chegaria ao nascer do Sol. A estrada estava vazia, nenhum

braços. O mar subia ao seu redor, cobrindo o seu corpo até

disformes, monstros de uma mente perturbada.

carro passava, nenhuma alma se perdera na noite, pelo

às axilas. Levantou o rosto para o céu e fechou os olhos.

Abriu a janela. Sentiu o vento invadir a divisão trazendo

menos na noite dela, na noite em que ela percorria a estrada

Abriu a boca e sentiu a chuva a cair nos lábios, na língua e

consigo a chuva gelada de Inverno. Gostava da água, fosse

no seu carro consumido pelo uso mas que ainda, de alguma

na garganta. Engoliu a água pura que se acumulava dentro

ela qual fosse, sempre gostara. Desde pequena que

forma, conseguia levá-la sem dificuldade onde ela queria

da boca. Com os olhos fechados, retomou a sua marcha

sonhava com a água, que vivia com a água… que sonhava

chegar. Junto à berma, a água da chuva corria, formando

pelo mar dentro. Pouco depois as ondas rolavam sobre a

com o mar. Aos vinte e sete anos ainda não tinha visto o

pequenos rios furiosos que se lançavam pela encosta

sua cabeça. O seu longo cabelo preto enrolava-se na

oceano, qualquer oceano. A grande massa de água até

abaixo, apenas para formarem pequenos lagos no fundo,

espuma. Sentiu o seu corpo a diluir-se lentamente nas

perder de vista, o gigante, o colosso, não apenas um mero

lagos que ela perturbava com as rodas incansáveis do seu

águas que o rodeavam. Deixou-se levar pelas ondas, os pés

rio, uma lagoa ou um lago, não apenas água contida por

carro. Pelas margens da estrada passavam casas, carros,

perderam o contacto com a areia e ela avançou, avançou

uma barragem, mas o imenso e infindável oceano. Hoje

campos e árvores, mas nada lhe interessava. A paisagem

até se perder no mar, até se tornar um com o oceano. Tinha

seria o dia, hoje decidira partir com a chuva à procura do

não tinha qualquer apelo, a escuridão cercava tudo, rasgada

encontrado o seu lugar. ¢

mar, o mar com que sonhava, o mar que chamava por ela, o

apenas, aqui ou ali, por um foco de luz artificial. Os seus

mar aonde tinha que chegar. Abandonou tudo como estava,

olhos focavam apenas a sua frente. Via a estrada e a chuva, 30

João Pedro Félix da Costa departamento de contabilidade da dst


“Mensagem de paz e liberdade” Numa empresa culta como a dst, a arte e a engenharia

Num passo, começa esta viagem,

andam de mão dada. Como engenheiros temos o dever pe-

Rumo ao destino que aguarda;

rante a sociedade e connosco, de no nosso dia a dia polir

Num gesto, nasce esta mensagem,

incessantemente a nossa pedra preciosa, para a tornar ca-

De amor e paz de mão dada;

da vez mais perfeita e justa. Um departamento não é só

Num olhar, brilha a imagem,

constituído por mentes técnicas, é sim uma (re)união de

Angélica, da beleza amada;

pessoas capazes, competitivas, produtivas, amigas, leais,

Num pensamento, ecoa selvagem,

Tradições que perduram

Cantar os Reis

onde o espírito de equipa impera e os valores são as funda-

A voz da liberdade conquistada;

ções do futuro e do progresso. E porque todos nós temos

Sonhámos com fama e glória,

uma veia poética, deixo aqui um poema futurista do Ricardo

Reféns de pequenez sem memória. Janeiro é por tradição, altura de celebrar "OS REIS" e por

Reis.

conseguinte o fim da quadra festiva do Natal, que se

Não será mais rico aquele viver,

Segue o teu destino

Que desperta os nossos sentidos?

prolonga do dia 24 de Dezembro, ao dia 6 de Janeiro.

Não será mais nobre aquele sofrer,

Se os Reis eram para festejar o nascimento de Jesus de

Das causas justas, sonhos vividos?

Nazaré, “AS JANEIRAS” não se sabe ao certo, mas há his-

Rega as tuas plantas,

Não será mais maduro não ceder,

toriadores que dizem que são do período pré-Cristão,

Ama as tuas rosas.

Ao negro poder de seres divididos?

sendo assim uma tradição pagã, que se destinava a festejar

O resto é a sombra

Não será mais imortal se perecer,

o solstício de Inverno...

De árvores alheias.

Na sua luta pelos valores perdidos?

Hoje ainda restam muitos grupos que mantêm estas tra-

A quem escarnece da humanidade,

dições, geralmente grupos que se juntam para o efeito só

Esta mensagem de paz e liberdade. ¢

por alturas do Natal e Ano Novo, Grupos Corais, ou, ran-

Segue o teu destino,

A realidade Sempre é mais ou menos

chos Folclóricos.

Do que nós queremos. Só nós somos sempre

É também já tradição, receber na dst os vários grupos de

Iguais a nós-próprios.

crianças que, acompanhados pelas respectivas educadoras, tocam e cantam as diferentes canções alusivas à

Suave é viver só.

época.

Grande e nobre é sempre

Este ano, a dst recebeu a visita do Jardim-de-infância José

Viver simplesmente.

Oliveira Cunha Graça - Associação da Creche de Braga, do

Deixa a dor nas aras

Instituto Novais e Sousa e do Jardim-de-infância da Asso-

Como ex-voto aos deuses.

ciação Maconde.

Vê de longe a vida.

Cantar os Reis é também prática habitual do grupo coral dst

Nunca a interrogues.

que, todos os anos, com muito carinho e satisfação, orga-

Ela nada pode Dizer-te. A resposta

niza a visita à casa do fundador da dst, o Sr. Domingos da

Está além dos deuses.

Silva Teixeira e família.

Mas serenamente

cantou várias canções para a família, que alegremente os

Imita o Olimpo

recebeu e aplaudiu. ¢

Munidos dos instrumentos necessários, o grupo tocou e

No teu coração. Os deuses são deuses Porque não se pensam."

¢

Ana Bertília Gonçalves

departamento de construção civil da dst

Paulo Passos

31

departamento de manutenção da dst


ficha técnica: edição: dst_domingos da silva teixeira, s.a. redacção e grafismo: departamento de marketing & design margarida pereira e joão pedro sampaio fotografia: hugo delgado joão pedro sampaio, margarida pereira periocidade: trimestral tiragem: 800 exemplares

dst_domingos da silva teixeira, s.a. rua de pitancinhos apartado 208 palmeira 4711-911 braga portugal tlf. 351 253 307 200/1 fax 351 253 307 210 www.dstsgps.com alvará de construção civil n.º 2846


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