CONSOLIDADO
DST, SGPS, S.A. 31 de Dezembro de 2010
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Índice
ÍNDICE Mensagem do Presidente
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Relatório de Gestão Consolidado Enquadramento Macroeconómico Quadro Macroeconómico Internacional Quadro Macroeconómico Nacional O sector da Construção O sector do Ambiente e Água O sector das Energias Renováveis O sector das Telecomunicações
9 9 13 14 15 16 19
Análise Económico-Financeira Engenharia e Construção Energias renováveis Ambiente e Água Telecomunicações
23 25 27 29 30
Nota final
35
Responsabilidade Social Corporativa
37 37 38 39 40 41 42
Recursos Humanos Segurança, Higiene e Saúde I&D e Inovação Sociedade Ambiente Qualidade e certificações
Informação financeira Balanço Consolidado Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio no Período de 2009 Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio no Período de 2010 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa
45 46
Anexo Certificação Legal das Contas Relatório e Parecer do Fiscal Único Órgãos Sociais Anexo ao Relatório do Conselho de Administração
51 92 94 96 97
47 47 48
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Mensagem do Presidente
MENSAGEM do PRESIDENTE
Todos os anos se publicam os Relatórios e Contas das Empresas e faz parte da “cerimónia” a mensagem do Presidente. Invariavelmente se olha para o desempenho económico e financeiro do ano em análise, o contexto Mundial, as tendências e se lança esperança para os anos que vêm como quem lança semente em campo arado e preparado a receber a nossa seleccionada semente para que no ano que vem, na época das colheitas, no que não depender de nós tenhamos sorte. Nos últimos anos surgiram novos problemas de complexidade inesperada para as famílias, para as empresas e para os Países. Mas não temos passado comparado ao presente que vivemos. Desde a crise do sub prime, nascida nos EUA, que vivemos em desassossego por termos de lidar com problemas económicos e financeiros novos para os quais não temos solução. A dificuldade incontrolável, que está a gerar medo que cega a razão das famílias e das empresas e dos Países, surge de forma ciclópica quando nos apercebemos (por confissão dos próprios) que aqueles em quem depositamos a confiança electiva não têm solução para a complexidade destes “novos problemas” económico e financeiros. Sentimento idêntico só os soldados no campo de batalha que perante a decisão de como enfrentar o oponente, o General olhar para os soldados e dizer-lhes que não sabe a estratégia para vencer um inimigo tão fortemente armado. Isto é novo. O contexto internacional em que vivemos é de indecisão e isso é muito mau para a Europa, para Portugal, para as Empresas e péssimo para as Famílias. Temos de ter solução. Temos de contribuir para a solução. Todos temos então, os que lideram e os que são liderados nas proporções devidas, de cumprir com um novo papel que assenta na abertura de espírito para não fechar a porta a soluções mais difíceis para as suas posições relativas. É esse papel que juro cumprir. A dst diversificou e com isso construiu várias portas de entrada de negócio. Por um lado. Por outro fizemos coincidir a abertura dessas diversas portas com produtos e serviços que seriam consumidos e exigiriam, ao mesmo tempo, uma capacidade técnica e de conhecimento instaladas mais selectiva e mais sofisticada e em consequência com um menor número de oferentes. Foram assim com os negócios derivados da oportunidade gerada pela pressão em torno da sustentabilidade, nomeadamente os derivados da economia do ambiente. Negócios ligados à gestão do ciclo urbano da água, dos resíduos e da energia como sub produto da exploração de infraestruturas do ambiente. 6
Foi assim nos negócios das renováveis quer a energia eólica quer fotovoltaica - posicionando-se aqui a dst como promotor, construtor mas também como tecnólogo. Foi assim também na oportunidade gerada pela pressão de querermos comunicar mais em menos tempo – nas redes de telecomunicações de altíssima velocidade (fibra óptica). Entendemos ainda ter de estarmos habilitados para os concursos onde apenas um número muito reduzido de empresas Portuguesas tinham capacidade – este investimento permitiu a entrada em clientes como a Refer, a Edia, a Galp, a ANA e em negócios de clientes particulares com uma determinada aposta numa imagem de conhecimento, culta e cosmopolita. Apostamos que vamos ganhar com a aposta da reabilitação. Uma aposta que incluiu, em tempos de incerteza e num quadro de existência de um número de empresas superior ao necessário em Portugal, comprar uma empresa que nos trouxe competência na reabilitação. Ganhamos a outra, a aposta na industrialização quando a tendência era a de empresas de engenharia de gestão de contratos. Estamos a fazer o nosso processo de internacionalização em curso numa estratégia de gerar negócio sem investimentos avultados. Abrimos escritório em NY, S. Paulo e Toronto e temos a operação de Angola em curso. Abriremos este ano a operação de Moçambique. Continuamos num processo de intensificação de clareza e eficácia nos nossos processos de comunicação interna para termos a certeza de que o maior número de trabalhadores conheça com detalhe o que pretendemos e porque o pretendemos eliminando a diferença, destruidora, entre o que dizemos, e o que os trabalhadores ouvem e o que os trabalhadores entendem construindo, simultaneamente, um processo com entrada amiga de ideias e sugestões geradoras de valor para o grupo. A dst inovação tem um papel crucial neste processo em curso . Redefinimos o papel dos recursos humanos atribuindo-lhes um protagonismo central. Estamos a fazer o que devemos fazer para, neste contexto de caos, torná-lo uma enorme oportunidade de negócio. Queremos estar na agenda do que vai ser privatizado nomeadamente no sector do ambiente. Assim sendo, e assim procedendo, poderemos continuar o trajecto que nos últimos três anos nos permitiu quase duplicar o nosso volume de negócios. Em 2010, em contra ciclo, aumentamos o volume de facturação 27,3% e desde 2008 passamos o EBITDA de 14,41 M€ para 30,52 M€. Em 2010 tivemos um resultado líquido de 10,279M€. Com este passado temos futuro. Agradecemos aos trabalhadores por cumprirem a sua parte, aos bancos por confiarem nos nossos projectos e acima de tudo aos nossos clientes de quem dependemos. Portugal também tem futuro.
José Teixeira Presidente do Conselho de Administração
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RELATÓRIO de GESTÃO CONSOLIDADO Ex.mos Senhores Accionistas, A Administração, no cumprimento das exigências legais e estatutárias, vem apresentar a V. Exas. o Relatório de Gestão relativo ao exercício económico de 2010. Tendo em conta que o ambiente em que nos inserimos está directamente relacionado com a evolução positiva ou a retracção da economia mundial, antes de passarmos a apresentar os dados da empresa e dos centros de negócios que a compõem, efectuaremos uma ligeira abordagem aos dados macroeconómicos, internacionais e nacionais, mais importantes.
enquadramento macroeconómico Quadro macroeconómico internacional Em 2010, a economia mundial começou a emergir da recessão mais profunda registada desde a Segunda Guerra Mundial. Após uma contracção de 0,6% em 2009, o Produto Interno Bruto (PIB) terá aumentado cerca de 5% em 2010. A incerteza quanto à continuação do crescimento da economia mundial permanece elevada, devido à persistência de perturbações nos mercados financeiros internacionais, associados aos riscos da dívida soberana em alguns países da Zona Euro, e à recente aceleração dos preços das “commodities” minerais (petróleo e metais) e agrícolas (milho, algodão e soja). Não obstante as projecções do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontarem uma taxa de crescimento de cerca de 4% para o ano de 2011, a verdade é que, em 2010, assistiu-se a uma recuperação a diferentes velocidades. Os mercados emergentes continuaram a ser o motor do dinamismo, em especial a Ásia, com especial destaque para a China, que apresentou um crescimento do PIB de 10,3%, ao passo que as economias mais desenvolvidas continuaram a apresentar níveis muito baixos de crescimento, dominadas pelas preocupações conjunturais e financeiras, que tiveram ainda reflexo ao nível da instabilidade política nos governos de alguns países. As divergências entre o crescimento das economias desenvolvidas e emergentes atraíram políticas económicas muito diferentes. Nos EUA e na Europa, os bancos centrais optaram pela implementação de políticas monetárias expansivas que estimulassem o crescimento económico. Já em alguns países emergentes, os sinais de sobreaquecimento das suas economias, impulsionados por fortes influxos de capitais, levaram as autoridades a considerar a antecipação de medidas macroeconómicas restritivas para limitar o crescimento do crédito, para controlar a inflação e para evitar aumentos súbitos nas taxas de câmbio. Pese embora os riscos continuem elevados e a maioria das economias desenvolvidas e algumas economias emergentes continuem a enfrentar grandes ajustes e desafios, em 2010, a economia mundial deu alguns sinais de recuperação, com os EUA a registar um crescimento de 2,9%, o Japão de 3,9% e a União Europeia de 1,8%, os quais se contrapõem à retracção generalizada registada em 2009.
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Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
Indicadores Macroeconómicos
2008
2009
2010
PIB: EUA
1,3
-2,4
2,9
UNIÃO EUROPEIA - 27
0,9
-4,1
1,8
ZONA EURO
0,7
-4,0
1,7
JAPÃO
-0,7
-5,0
3,9
fonte: GPEARI Finanças leitura: Variação percentual
Na Europa, as incertezas sobre a solidez do sector financeiro e as dúvidas sobre a capacidade da Zona Euro para resolver as suas crises de dívida soberana, abalaram um sistema financeiro ainda fragilizado. A crise financeira nos países periféricos da Zona Euro levou a uma análise de risco mais rigorosa, que resultou num agravamento do prémio de risco soberano e em maiores restrições no acesso a financiamento externo. Apesar das tensões nos mercados financeiros, com excepção da Grécia, Irlanda e Espanha, o crescimento na Europa foi positivo, apontando para uma recuperação positiva face a 2009. Em 2010, a Zona Euro cresceu 1,7%, contrapondo a contracção de 4% ocorrida em 2009. Apesar do tímido dinamismo recente, as instituições e os mercados europeus continuam frágeis e a retoma na Europa a 27 deverá manter-se moderada, em resultado do impacto prolongado da crise financeira e da implementação de fortes medidas de controlo orçamental em 2011. O aumento dos preços das matérias-primas foi responsável, em parte, pelo aumento da inflação observada. De acordo com o FMI, nas economias desenvolvidas, a inflação manteve-se nos 1,5%, fortemente influenciada pela subida do preço da energia. Indicadores Macroeconómicos
2008
2009
2010
Inflação: EUA
3,8
-0,4
1,6
UNIÃO EUROPEIA - 27
3,7
1,0
2,1
ZONA EURO
3,3
0,3
1,6
JAPÃO
1,4
-1,3
0,0
9,6
Taxa de desemprego: EUA
5,8
9,3
UNIÃO EUROPEIA - 27
7,0
8,9
9,6
ZONA EURO
7,6
9,4
10,0
JAPÃO
4,0
5,1
5,1
Índice de produção industrial: EUA
-1,8
-9,8
5,7
UNIÃO EUROPEIA - 27
-1,6
-13,9
6,6
ZONA EURO
-1,7
-14,9
7,1
JAPÃO
-3,3
-22,3
16,0
fonte: Eurostat / Banco de Portugal / FED / GPEARI leitura: Variação percentual
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Reflectindo as baixas taxas de juro praticadas pelos bancos centrais, as taxas do mercado monetário do Euro, evidenciaram uma progressiva descida nas taxas de curto prazo, até valores inferiores a 1%, na Europa e nos EUA. Por outro lado, as taxas de longo prazo mostraram-se mais resistentes à descida, antecipando fortes volumes de emissão de dívida pública, destinados a financiar os planos de estímulo económico. No final de Dezembro de 2010, as taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses situavam-se em 1,006%, 1,227% e 1,507%, respectivamente. Esta ligeira subida no final de 2010 reflectiu, em parte, a divulgação de indicadores económicos favoráveis e a diminuição de algumas tensões na generalidade dos mercados de dívida soberana. Taxas de Juro Referência
2008
2009
2010
ZONA EURO
2,50
1,00
1,00
EUA
0,25
0,25
0,25
JAPÃO
0,30
0,30
0,10
REINO UNIDO
2,00
0,50
0,50
Taxas de Juro Mercado Monetário
2008
2009
2010
fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: Percentagem, no final do período
ZONA EURO Eonia
3,86
0,72
0,44
Euribor 1 mês
4,27
0,90
0,57
Euribor 3 meses
4,63
1,23
0,81
Euribor 6 meses
4,72
1,44
1,08
Euribor 12 meses
4,81
1,62
1,35
2,91
0,69
0,34
0,93
0,47
0,23
EUA Libor 3 meses JAPÃO Libor 3 meses fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: Percentagem
Contrariamente ao observado em 2009, a taxa de câmbio do Euro face ao Dólar americano desceu no ano de 2010, situando-se nos 1,336 dólares no final do ano, como reflexo da incerteza relativa às decisões políticas nos EUA e das preocupações dos mercados relacionadas com as perspectivas para as finanças públicas de alguns países da Zona Euro. Divisas
2008
2009
2010
EUR/USD
1,392
1,441
1,336
EUR/JPY
126,140
133,160
108,65
EUR/GBP
0,953
0,888
0,861
EUR/CHF
1,485
1,484
1,250
fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: Paridade das divisas, no final do período
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Apesar da crise económica vivenciada no decorrer do ano de 2010, os grandes índices bolsistas internacionais apresentaram uma tendência positiva, associada às expectativas de crescimento dos lucros de empresas dos EUA e da Zona Euro.
Mercados Bolsistas
2008
2009
2010
Dow Jones EURO STOXX 50
-24,6
-25,4
13,4
Nikkei 225
-28,4
-23,2
7,3
Standard & Poors 500
-17,3
-22,5
20,3
fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: Variação percentual
Em 2010, as matérias-primas minerais e agrícolas registaram um aumento de preços de dois dígitos, atingindo, no caso de alguns metais, valores máximos históricos. O preço do barril do petróleo aumentou significativamente, em resultado do aumento da procura mundial, fixando-se em Dezembro de 2010 nos 91,9 dólares por barril.
Matérias-Primas
2008
2009
2010
Petróleo Brent USD/Barril (1)
96,42
62,45
80,22
Bens agrícolas (2)
-0,8
-17,0
33,8
Metais (2)
-8,0
-28,60
40,2
fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: (1) Preço médio barril/USD / (2) Variação percentual
Apesar do bom ritmo de crescimento mundial observado em 2010, as projecções do FMI para 2011 apontam para um ano pautado por uma tímida recuperação da economia global, especialmente devido ao baixo nível de confiança dos consumidores e investidores e às restritivas medidas fiscais que vêm sendo postas recentemente em prática nos principais países do panorama mundial. Do mesmo modo, os mercados financeiros continuam frágeis e as tensões no mercado cambial e a instabilidade no mercado de dívida soberana podem representar fortes ameaças ao crescimento económico.
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Quadro macroeconómico nacional Indicadores Macroeconómicos
2008
2009
2010 (e)
Consumo privado
1,7
-1,0
2,0
Consumo público
1,1
2,9
3,2
FBCF
-0,7
-11,9
-4,8
Despesas e PIB
Exportações
-0,5
-11,8
8,7
Importações
2,7
-10,9
5,3
PIBpm
0,0
-2,6
1,4
Inflação
2,7
-0,8
1,4
Índice de produçãoindustrial
-4,0
-7,2
2,2
Índice de volume de negócios na indústria
0,9
-17,9
9,4
Índice PSI 20
-51,29
33,47
-10,34
Taxa de desemprego
7,6
9,5
10,0
fonte: Ministério das Finanças leitura: Variação percentual, à excepção da taxa de desemprego (e)- Estimativa
O baixo crescimento económico verificado em Portugal nos últimos anos é apontado como um dos principais entraves para o equilíbrio das contas públicas portuguesas. Em 2010, a fraca execução orçamental, que deu origem a um défice público de 7,3% do PIB, fez com que o prémio de risco soberano fosse penalizado pelos investidores internacionais, exigindo uma yield para a dívida com maturidade de 10 anos superior a 7%. Esta situação provoca, sem margem para dúvidas, grandes dificuldades de acesso por parte dos bancos portugueses a financiamentos em mercados internacionais. Apesar da instabilidade do mercado financeiro em Portugal e dos problemas de liquidez do sistema bancário nacional, 2010 registou um crescimento do PIB de 1,4%, contrapondo a contracção de -2,6% registada em 2009. No entanto, para 2011, as projecções do FMI apontam para um crescimento económico nulo, o que representa um risco acrescido para um sistema económico já fragilizado. Por sua vez, o mercado de trabalho revelou alguma deterioração, verificando-se um aumento da taxa de desemprego para os 10%, o que veio diminuir, de forma generalizada, o poder de compra e a confiança dos consumidores. Em 2010, a taxa de inflação média anual situou-se nos 1,4%, contrariando a deflação de 0,8% verificada em 2009. Estes factores, conciliados com a aceleração do processo de consolidação orçamental, poderão gerar um impacto mais negativo do que o antecipado a curto prazo, ainda que a médio/longo prazo devam suportar a retoma do crescimento da actividade económica.
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O Sector da Construção O sector da construção em Portugal voltou a registar, no ano de 2010, uma quebra na sua actividade, influenciado por um enquadramento económico profundamente desfavorável. A generalidade dos indicadores aponta para uma contracção do volume de produção do sector em redor dos 6,5%. Com esta nova quebra, desta vez comum a todos os principais segmentos de actividade do sector da construção, atingiu-se uma redução acumulada de cerca de 35% desde 2002, na produção global do sector da construção, reveladora da difícil situação vivida pela generalidade dos agentes económicos ligados a este importante sector de actividade. Dadas as características da crise económica e financeira que se iniciou em 2008, o segmento da construção de edifícios residenciais voltou a ser o que registou a maior quebra de produção, a qual deverá ter rondado os 15%, apesar de uma melhoria face a 2009 (contracção de 22%). Com efeito, este segmento tem sido o mais penalizado pela crise financeira, a qual, tendo um impacto no sistema bancário, se veio a repercutir directamente no mercado residencial, dadas as restrições impostas às famílias no acesso ao financiamento para compra de habitação. Este factor, associado às crescentes dificuldades económicas decorrentes do aumento do desemprego, bem como à grave crise de confiança que se instalou a nível geral, tem conduzido a uma redução drástica da procura de habitação. Também em virtude da crise económica, o segmento dos edifícios não residenciais voltou a registar um sensível decréscimo, sobretudo devido à quebra verificada na sua componente privada, em consequência das decisões de adiamento de investimentos por parte dos agentes económicos privados. Contudo, a componente pública da construção de edifícios não residenciais beneficiou da execução do programa de reabilitação de edifícios escolares, a cargo da empresa Parque Escolar, que continuou os seus trabalhos ao longo de 2010, pelo que se contrariou a evolução negativa desta componente do sector. Estima-se que a produção da componente pública do segmento da construção de edifícios não residenciais tenha registado um acréscimo de cerca de 3% durante o ano de 2010, contrariamente à componente privada, cujo volume de produção deverá ter recuado cerca de 9%. Em termos consolidados, a produção conjunta de edifícios não residenciais deverá ter registado, em 2010, uma quebra de 4,9%. Contrariando as perspectivas avançadas no início do ano, fruto das então anunciadas medidas de estímulo orçamental, assentes no relançamento das actividades de construção, o volume dos trabalhos associados a obras de engenharia civil deverá ter registado uma quebra durante o ano de 2010, rondando -1%. As fortes restrições impostas pelo Governo com vista à redução do défice orçamental conduziram ao adiamento de parte dos trabalhos inicialmente previstos em 2010. Em resultado, verificou-se uma forte redução no montante de trabalhos adjudicados, face a 2009. O valor total adjudicado em 2010, 2,1 mil milhões de Euros, traduz uma quebra de 48% face ao montante adjudicado em 2009
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Indicadores do Sector
2008
2009
2010
Vendas cimento
-6,7
-15,5
-7,0
Venda de aço
-11,2
-4,8
-23,0
Licenças de construção
-15
-21,5
-10,0
Promoções
43,9
-29,5
21,9
Adjudicações
30,1
12,3
-38,9
Obras públicas
Trabalhos executados
9,2
42,1
-15,3
FBCF (construção)
-5,9
-11,7
-4,8
fonte: Ministério das Finanças / INE leitura: Variação percentual
O Sector do Ambiente e Água O sector de serviços de águas e resíduos em Portugal tem tido uma evolução muito significativa nas últimas décadas e especialmente na última década e meia, nomeadamente no que diz respeito ao enquadramento institucional. Na verdade, a empresarialização dos sistemas multimunicipais e municipais de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público, de recolha, tratamento e rejeição de efluentes e de recolha e tratamento de resíduos urbanos e a abertura da sua gestão ao sector privado ocorreram com a publicação dos Decretos-Lei n.º 372/93, de 29 de Outubro, e n.º 379/93, de 5 de Novembro. Na estratégia definida no PEAASAR II, as entidades gestoras, a par com a necessária execução de infraestruturas para se atingirem os desejados níveis de atendimento com os padrões de qualidade que hoje se exigem, devem assegurar que o preço dos serviços reflicta os custos da água e do saneamento, como forma de garantir a sustentabilidade dos serviços e promover o uso eficiente dos recursos, através de adequadas práticas ambientais, assegurando o cumprimento integral das obrigações legais, sem perder de vista as recomendações tendentes ao estabelecimento de tarifas socialmente aceitáveis, em particular as relacionadas com o aumento da escala territorial das intervenções e o aproveitamento integral dos financiamentos associados. Em Portugal, o sector do abastecimento de água e de saneamento de águas residuais está subdividido em duas vertentes na sua cadeia de valor: a “alta” e a “baixa”. —Sistemas em “Alta” de actividade grossista: sistemas de captação, tratamento e adução de água e sistemas de recolha, tratamento e rejeição de águas residuais. —Os Sistemas em “Baixa” de actividade retalhista: sistemas de distribuição de água e de recolha de águas residuais domésticas. Existe um elevado número de entidades gestoras a actuar em Portugal (354) e a sua reduzida dimensão não permite uma desejável – e tão esperada – eficiência, optimização e
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escala no sector da água. A situação torna-se mais preocupante ao adicionar a dispersão e a pequena escala das entidades gestoras ao curto ciclo da água que estas gerem: é que, das 354 entidades gestoras somente 51 é que gerem todo o ciclo urbano da água, ou seja, água e saneamento, “alta” e “baixa”. Ora, se por um lado é sabido que as tarifas de água não cobrem os custos totais do serviço, não são sustentáveis e têm de aumentar, por outro lado há um forte trabalho a desenvolver na optimização dos sistemas, quer por efeito de escala quer na redução de custos do serviço. Em 2009, o preço médio de venda de água ao cliente em Portugal era de 0,898 €/m3 e o preço do saneamento era de 0,472 €/m3. Em “alta” o preço médio unitário corrigido é de 0,66 €/m3 para o abastecimento de água e de 0,59 €/m3 para o saneamento das águas residuais. Embora se tratem de valores médios, estes números reflectem bem os desequilíbrios que se verificam no sector e a necessidade de actuar urgentemente no sentido de uma maior racionalidade, eficiência e optimização.
O Sector das Energias Renováveis O sector das energias renováveis assume actualmente uma posição de relevo em Portugal, decorrente da expressão que os seus players têm assumido no panorama energético nacional. O ano 2010 constituiu um marco no desenvolvimento do sector europeu das energias renováveis, nomeadamente no que concerne ao alinhamento das estratégias nacionais para a energia com a estratégia da U.E., com a apresentação, em linha com o estabelecido pela Directiva 2009/28/CE, dos Planos de Acção Nacional para as Energias Renováveis pelos estados-membros, nos quais definem as medidas a implementar e trajectória a seguir no sentido de alcançar os objectivos globais nacionais para a quota de energia proveniente de fontes renováveis no consumo final de energia em 2020. Em termos de capacidade total mundial instalada das diferentes fontes de energia renovável e da sua contribuição para a produção de energia eléctrica, o ranking mantém-se inalterado, com a energia hídrica em primeiro lugar, seguida da energia eólica, biomassa, solar, geotérmica e das ondas. Em Portugal, o total da potência instalada renovável atingiu 9.490 MW no final de 2010. A produção total de energia eléctrica a partir de fontes de energia renováveis (FER), cresceu 52% em 2010 face a 2009, para o qual contribuiu fortemente o comportamento da componente hídrica, que cresceu 84% em 2010. A Energia Eólica A capacidade total mundial instalada em energia eólica atingiu, no final de 2010, 196,6 GW
16
(dos quais 86,2 GW na Europa), em resultado de um crescimento de 23,6%, ou 37,6 GW, tendo sido o crescimento mais baixo desde o ano 2004. A China tornou-se o país com maior capacidade instalada, após instalar cerca de 19 GW eólicos (mais de 50% da capacidade adicional instalada em 2010), suplantando, assim, os EUA. Em alguns países da Europa Ocidental verifica-se alguma estagnação, enquanto vários países do leste europeu apresentam crescimento significativo. Na Europa, a Alemanha mantém a liderança, com 27,2 GW instalados, seguida pela Espanha (20,7 GW). Em Portugal, são as regiões do Norte e Centro do país as que apresentam a maior concentração nacional de parques eólicos, devido à maior disponibilidade de recursos. A potência eólica instalada no final de 2010 situa-se em 3.937 MW, distribuída por 208 parques, com um total de 2 067 aerogeradores ao longo de todo o território continental. A Energia Solar Em 2010, o sector solar fotovoltaico conheceu um crescimento sem precedentes, tendo sido o sector das energias renováveis que registou o maior aumento da capacidade instalada. Com efeito, no final de 2010 é atingida uma capacidade mundial total instalada de quase 40 GW, quando no final de 2009 era de 23 GW e em 2008 não chegava a 16 GW. A U.E. lidera com cerca de 30 GW de potência instalada em 2010 (75% do total mundial), seguida pelo Japão (3,6 GW) e EUA (2,5 GW), tendo a China também entrado para o Top 10, devendo alcançar o primeiro GW de potência instalada em 2011. GW instalados em 2010.
7,4
2,3
1,5
Alemanha
Itália
República Checa
E.U.A.
China
Resto do mundo
2,1
1,0
Outros U.E
0,9 0,5 1,0
Japão
Globalmente, em 2010, o número de instalações fotovoltaicas efectuadas atingiu uma capacidade de cerca de 16 GW, correspondendo a um aumento superior em mais de 120% face ao verificado de 2008 para 2009. A capacidade adicional instalada na U.E. foi de 13 GW (mais de 80% da procura mundial), salientando-se sobretudo a Alemanha (7,4 GW), a Itália (2,3 GW) e a República Checa (1,5 GW). Fora da Europa, destacam-se as contribuições do Japão, EUA e China, que contabilizam, em conjunto, cerca de 2,5 GW. Ao nível da indústria fotovoltaica mundial, a produção mundial de células fotovoltaicas em 2010 foi superior a 27 GW, mais do dobro (+118%) da produção registada em 2009. 17
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
Em Portugal, os sistemas fotovoltaicos surgiram apenas no ano de 2007, tendo crescido progressivamente desde então até ao ano 2009, no final do qual a respectiva capacidade instalada ascendia a 114 MW. Em 2010 registou-se algum abrandamento, tendo apenas sido instalados 16 MW, conduzindo a uma potência acumulada de cerca de 130 MW. No âmbito do solar termoeléctrico, na sequência do concurso para projectos de carácter demonstrador lançado em 2009, o Governo atribuiu, em 2010, Pedidos de Informação Prévia (PIP) num total de 34,5 MW, repartidos em energia fotovoltaica de concentração (CPV) e energia termoelétrica (CSP). O solar térmico registou finalmente algum crescimento, impulsionado pela implementação da “Medida Solar Térmico 2009” – MST09, tendo as medidas de apoio continuado em 2010 com a abertura de concursos no âmbito do QREN. Na sequência da aprovação, em Abril 2010, da Estratégia Nacional para a Energia - ENE 2020, é publicada, em Outubro, a revisão à legislação de Microgeração que, face à anterior, vem, entre outros aspectos, permitir instalações em condomínios até 11 kW de potência. Em complemento ao regime da Microgeração, é aprovada, ainda em 2010, a legislação que estabelece o regime da Minigeração, destinado a projectos com potências até 250kW. Este novo enquadramento legal veio contribuir para um aumento significativo do mercado solar potencial, representando uma oportunidade de negócio para o sector das energias renováveis. Em Outubro de 2010, o governo lançou concursos públicos para 75 centrais fotovoltaicas de 2MW cada e 5 centrais fotovoltaicas de concentração de 1 MW cada (num total de 155 MW). A Energia Hídrica A energia hídrica, uma das energias renováveis mais atractivas pela sua maturidade e previsibilidade, bem como pela sua capacidade de competir economicamente com as outras fontes de energia não renovável, manteve o seu crescimento em 2010. China, Canadá, EUA e Brasil continuam a ser os países com maior capacidade instalada. Em Portugal a produção de energia eléctrica a partir de FER cresceu 52% em 2010 face a 2009, para o que contribuiu fortemente o comportamento da componente hídrica que cresceu 84% em 2010, crescimento que foi bastante acentuado no 1.º semestre (+128%), abrandando significativamente no 2.º semestre, em que se registou um acréscimo de apenas 32%.
18
O Sector das Telecomunicações
No contexto de economia global em que vivemos, onde a transmissão de informação e as ferramentas de comunicação assumem um papel cada vez mais relevante, foi estabelecido como prioridade a nível governamental a implementação de uma estratégia de comunicações capaz de abranger todo o território nacional, de forma a contribuir para a descentralização de serviços e aproximação de populações. Com efeito, o Governo Português emitiu uma resolução no sentido de “…dotar o País com redes de comunicações mais avançadas, com serviços mais inovadores e em modalidades que permitam o acesso por parte das famílias e das empresas, …”, com aumento dos “benefícios económicos e sociais, através do impacto positivo que se fará sentir no aumento do PIB, na promoção do emprego e no aumento da qualificação”. Neste quadro foi adjudicado a 6 de Fevereiro de 2010 o concurso público internacional para implementação de Redes de Nova Geração nas zonas rurais. No exercício de 2010, como era expectável, o sector das telecomunicações foi dos menos afectados pela crise internacional, mas não ficou imune. No mercado residencial a disputa pela quota de mercado entre a PT Comunicações e a ZON (TV CABO) revelou-se particularmente activa. No mercado empresarial, a ZON iniciou a criação de uma área especializada, sendo assim expectável que até final de 2011 o mercado em causa passe a deter um novo player de peso. De realçar também que em 2010 o operador incumbente desacelerou o investimento na passagem de fibra, para projectos de fiber to the home (FTTH) com tecnologia gigabit passive optical network (GPON). Durante 2010 as emissões de Televisão Digital Terrestre (TDT) para os canais de acesso gratuito – RTP1, RTP2, SIC e TVI, no continente, a RTP Açores e RTP Madeira – foram estendidas a outras regiões do País. No que respeita à Internet wireline e com base nos últimos dados de mercado fornecidos pela ANACOM, relativos ao 4.º trimestre de 2010, existiam cerca de 2,1 milhões de utilizadores com acesso, tendo crescido 11% face ao trimestre homólogo do ano anterior conforme tabela abaixo. A principal tecnologia de acesso à Internet em banda larga fixa continua a ser o ADSL, que representa 51,5% do total. No entanto, o ADSL apresenta, pelo 3.º trimestre consecutivo, crescimentos próximos de zero. O modem cabo é utilizado por 41,1% dos clientes da banda larga fixa, tendo neste trimestre atraído metade das novas adesões ao serviço. A categoria "outros" - onde se inclui a fibra óptica - representa apenas 7,4% do total, embora tenha igualmente atraído cerca de metade das novas adesões no quarto trimestre de 2010.
19
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
Evolução do número de clientes de banda larga (acesso fixo) 3T10
4T10
Variação
Variação
4T10 / 3T10
4T10 / 4T09
Total de clientes, dos quais:
2.022.402
2.075.342
2,60%
11,30%
Clientes de acesso ADSL
1.067.916
1.069.489
0,10%
0,90%
% do total de banda larga fixa
52,80%
51,50%
-
-
Clientes de acesso modem cabo
826.706
852.302
3,10%
13,60%
% do total de banda larga fixa
40,90%
41,10%
-
-
Outros
127.780
153.551
20,20%
179,10%
% do total de banda larga fixa
6,30%
7,40%
-
-
fonte: ICP - ANACOM, INE unidade: Milhares
No quarto trimestre de 2010 contabilizaram-se cerca de 130 mil clientes de acesso à Internet através de fibra óptica (FTTH/FTTB), um crescimento de 26,2% face ao trimestre anterior. Cerca de 96% destes clientes são residenciais. O acesso à Internet suportado em fibra óptica (FTTH/FTTB), que atingiu 6,3% do total de clientes, atraiu cerca de 51% das novas adesões líquidas.
20
Relat贸rio e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relat贸rio de Gest茫o Consolidado
22
Análise económico-financeira
240,0
Facturação
35,00
EBITDA
30,00 25,00
180,0
20,00 15,00
120,0
milhões de euros
milhões de euros
10,00 60,0
0,0
2008
2009
2010
5,00 0,00
2008
2009
2010
O volume de negócios do grupo dst cresceu 27,3% em 2010, fixando-se em 207 milhões de euros. Desta forma, manteve-se a tendência de crescimento desde 2007 com a facturação a quase duplicar em 3 anos. Esta evolução notável foi acompanhada pelo incremento consistente do EBITDA a um ritmo similar fixando-se acima dos 32 milhões de euros no final de 2010 e atingindo os 15,5%. Este crescimento só foi possível devido ao crescimento simultâneo da actividade nuclear do grupo dst, a Engenharia e Construção, mas também do forte crescimento verificado nas áreas de negócio de Energias Renováveis e de Ambiente e Água. O impacto das áreas de negócio mais recentes no grupo tem-se vindo a aprofundar ao nível da facturação mas em particular ao nível do EBITDA à medida que os Investimentos realizados atingem fases de maior maturidade.
23
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
Facturação
78,0%
0,1%
9,1%
12,8%
Engenharia & Construção
Energias Renováveis
Ambiente
Telecomunicações
Resultado Líquido
-12,5% -11,8%
Ambiente
52,6%
52,3%
19,4%
Engenharia & Construção
Energias Renováveis
Holding e Outros
Telco
O efeito da diversificação de negócios foi aprofundando em 2010 sobretudo ao nível do Resultado Líquido (como resultado de um EBITDA superior e de um impacto superior dos Ganhos em Empresas Associadas nas novas áreas de negócio). Desta forma, o contributo para o Resultado Líquido da actividade de Engenharia e Construção no final de 2010 é praticamente igualado pelo contributo da actividade de Energias Renováveis, representando ambas mais de 50% do total. A actividade de Ambiente & Água apresenta ainda um contributo significativo de aproximadamente 20% que é depois compensado com o contributo negativo da actividade de telecomunicações e da holding e outros. No capítulo seguinte do presente relatório, detalha-se a análise dos resultados e da actividade desenvolvida por cada uma das áreas do grupo dst em 2010. O endividamento líquido total atingiu, em 2010, os 192,2 milhões de euros, apresentando um crescimento face ao mesmo período do ano anterior (2009: endividamento líquido total de 172,8 milhões de euros), acompanhando o crescimento ocorrido no investimento e pressionado pelas necessidades de fundo de maneio emergentes de uma conjuntura económicofinanceira muito desfavorável. O rácio net debt / EBITDA fixou-se assim em 5,67 no final de 2010 (2009: 5,98).
24
35.000
32.103
10.662
30.000 25.000
6.769
milhares de euros
20.000
3.094
15.000
659
10.000
10.297
5.000 0 EBITA
Amortizações Resultados e Provisões Financeiros
IRC
IM
Resultado Líquido 2010
O Resultado Líquido atingiu os 10,3 milhões de euros (2009: 8,0 milhões de euros) como consequência da forte performance operacional. De salientar que a performance operacional foi influenciada negativamente pela Imparidade de Clientes onde se verificou um reforço relevante. Adicionalmente, os Resultados Financeiros apesar de denotarem uma diminuição significativa face ao exercício anterior representaram ainda assim cerca de 21% do EBITDA. Os Interesses Minoritários têm origem na Aquapor e resultam essencialmente da consolidação proporcional da participada Criar Vantagens. O crescimento e rentabilidade foram alcançados sem qualquer prejuízo da capacidade financeira com o rácio de autonomia financeira a fixar-se em 21,65% no ano de 2010, uma redução de apenas 0,5 pontos percentuais face a 2009.
Áreas de Negócio Engenharia e Construção Facturação Proporcional
Resultado Líquido 140,0%
200,0 180,0
184,5
126,9%
120,0%
160,0 140,0
100,0%
149,9
120,0
milhões de euros
100,0
63,4%
80,0% 119,5
80,0
60,0%
60,0
40,0%
52,6%
40,0 20,0%
20,0 0,0
0,0%
2008
2009
2010
2008
2009
2010
25
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
A actividade de Engenharia e Construção é nuclear à actividade do grupo dst e corresponde ao maior volume de facturação no grupo, superando os 184 milhões de euros em 2010, traduzindo-se num aumento de 23% face a 2009, isto apesar do parco crescimento da economia portuguesa e, em particular, da crise que se vive no sector da construção onde se verificou uma quebra de produção em 2010 à semelhança do que já havia ocorrido em 2009. Apesar da evolução muito positiva ao nível do volume de facturação e do resultado operacional, manteve-se uma quebra natural, agora de forma mais gradual, da contribuição para o Resultado Líquido desta área de negócio que, ainda assim, apresentou um crescimento e fixou-se em 4,5 milhões de euros. Este resultado é essencialmente função do crescimento das restantes áreas de negócio que começam a atingir uma fase de maior maturidade dos investimentos. Os resultados da estratégia iniciada em 2008 de autonomização de subáreas de negócio distintas com o objectivo de fomentar o plano de expansão de cada unidade de negócio foram claramente positivos. Assim, o contributo para o crescimento da facturação das novas insígnias foi fortemente positivo, o que aliado ao contínuo crescimento da dst, s.a., determinou um aumento do volume de facturação superior a 34 milhões de euros. O grupo está dotado de um alargado leque de fortes competências técnicas, o que lhe permite actuar de forma complementar nas diversas actividades de construção e engenharia. Neste sector particular destacamos algumas obras realizadas ao longo de 2010, para clientes como a Estradas de Portugal, a Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva (EDIA), a Eneop 3 - Desenvolvimento de Projecto Industrial, s. a., das quais salientamos: Construção do Bloco de Alfundão e do Segundo Troço Adutor Pisão Beja para o EDIA, Empreitada de reabilitação das infraestruturas do Metro do Mondego para a REFER, os parques eólicos de Vale Galegos, Troviscal, Pousafoles, Benespera, São Cornélio e Lourinhã. Simultaneamente, o grupo dst esteve envolvido no projecto de modernização do parque escolar do ensino secundário. É esta complementaridade, aliada à actividade imobiliária, que permite ao grupo oferecer aos seus clientes serviços “chave na mão”, proporcionando-lhes o rigor e a qualidade de um serviço totalmente gerido no grupo. Neste tipo de serviço há que destacar as superfícies comerciais Modelo de Sintra, Pombal e Barcelos e ainda o Continente do Barreiro executadas durante o exercício de 2010. A Cari - empresa que se dedica à edificação, reabilitação, restauro e conservação - que foi viabilizada pelo grupo dst no final do ano de 2007, prosseguiu a consolidação dos resultados positivos alcançados em 2008 e 2009. A aquisição da Cari foi realizada com o objectivo de reforçar as competências globais do grupo nesta área de actividade e tornou possível um aumento do seu volume de facturação em mais de 28%, face ao ano anterior, o que confirma a aposta do grupo quando se decidiu pela viabilização daquela empresa, o que, simultaneamente, permitiu salvaguardar os postos de trabalho. Nesta área de reabilitação, restauro e conservação de edifícios, são de notar os seguintes projectos de entre outros executados ao longo de 2010, o Instituto de Design em Guimarães e o Carris Hoteles Ribeira no Porto.
26
A bysteel assumiu-se como uma referência em construção metálica e ao longo de 2010 concretizou projectos de Norte a Sul de Portugal, dos quais se destacam como mais emblemáticas, pela sua dimensão e impacto, a Estação Ferroviária do Cacém, a Estação Ferroviária de Barcarena, o Centro Comercial Aqua Portimão e o Centro de Valorização Orgânica de Mirandela, isto para além de ter executado trabalhos relevantes de produção industrial para exportação. A dte, empresa especialista em instalações eléctricas, hidráulicas e de aquecimento, ventilação e ar condicionado, registou uma performance muito forte com crescimento da facturação acima dos 35% superando os 25 milhões de euros de facturação. Nesta área é de salientar os seguintes projectos, de entre outros, executados ao longo de 2010: o Hospital Sousa Martins, a Linha da Trofa e a Makro de Coimbra, pela dimensão e exigência técnica. O grupo dst, em joint-venture, lançou em 2008 um novo projecto que resultou na constituição da sociedade Steelgreen, a qual tem como actividade principal a prestação de serviços de corte e moldagem de varão nervurado, maioritariamente vocacionado para a construção de parques eólicos e outras infraestruturas relacionadas com energias renováveis. A Steelgreen foi ganhando o seu espaço no nicho de mercado onde se encontra instalada construção de Parques Eólicos - sendo hoje reconhecida como um player activo e importante no mercado da construção a nível nacional de forma transversal a todos os tipos de construção e alcançado, no segundo ano completo de actividade, um volume de facturação de 2,7 milhões de euros.
Energias Renováveis
Facturação Proporcional 25,0
60,0%
20,0
40,0%
17,5
21,4
10,0 5,0
52,3% 39,4%
20,0%
15,0 milhões de euros
Resultado Líquido
0,0% -20,0%
10,2
-40,0%
-40,8%
-60,0%
0,0
2008
2009
2010
2008
2009
2010
A actuação do grupo dst no sector de actividade das energias renováveis é desenvolvida através de um conjunto de negócios diversificados em termos tecnológicos - eólica, solar fotovoltaica, solar térmica, hídrica, oceanos, mas também na eficiência energética. As actividades desenvolvidas apresentam, como seria de esperar, etapas de desenvolvimento e maturidade distintas, desde a comercialização no mercado até estudos exploratórios.
27
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
Desta forma, e após vários anos de investimento, atingiu-se em 2009 um patamar de maturidade de parte dos investimentos já realizados iniciando-se assim um ciclo de contributos positivos para os resultados do grupo dst que se está a consolidar à medida que as empresas participadas e associadas progridem no seu ciclo de investimento. O volume de facturação proporcional desta área de negócio ascendeu a 21,4 milhões de euros, traduzindo-se num aumento superior a 22% face a 2009, o que corresponde a cerca de 4,0 milhões de euros. O contributo para o resultado líquido em 2010 foi de 5,4 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 52,3% do resultado líquido consolidado. Na energia eólica, a actividade foi iniciada em meados dos anos 90, tornando o grupo dst num dos pioneiros na aposta nesta tecnologia em Portugal. Em 2008, entrou em funcionamento o Parque Eólico do Alto Minho I, com uma capacidade instalada de 240 MW, ampliando assim a capacidade instalada das empresas associadas do grupo para 294,40 MW. Com a realização deste investimento, a potência instalada do grupo dst passou para 68,41 MW. A partir de 25 de Março de 2009, com a assinatura do auto de recepção do último sub-parque (Alto do Corisco) do Parque Eólico do Alto Minho I, todos os direitos atribuídos à Ventominho passaram a estar operacionais, materializados no aproveitamento dos ventos dos concelhos de Melgaço, Monção, Paredes de Coura e Valença, ficando concluído o investimento já comprometido no grupo dst, conforme quadro abaixo.
Alto Minho I
Arga
Espiga
S. Paio
Alto da Vaca
Total 294,40
Capacidade Instalada (MW)
240
36
6
10
2,4
Participaçao grupo dst (%)
25,6%
12,50%
12,50
10,63%
25,00%
Capacidade instalada grupo dst (MW)
61,50
4,50
0,75
1,06
0,60
Ano de entrada em funcionamento
2008
2006
2005
2005
2001
Melgaço, Monção,
Caminha
Cerveira
Vieira do Minho
Localização (concelho)
68,41
Valença, P. de Coura Promotor
Ventominho
Emp. Eól.
Emp. Eól.
Emp. Eól.
Pq. Eólico
Espiga, s.a.
Espiga, s.a.
Cerveirenses, s.a.
Alto da Vaca, Lda.
O grupo dst pretende ainda alargar os seus investimentos e reforçar a sua posição no sector da energia eólica, quer a nível nacional e internacional, pelo que tem actualmente em curso processos de avaliação de projectos eólicos. O ano de 2010 foi um ano de confirmação da marca dst solar no mercado solar fotovoltaico e solar térmico, que se afirmou assente simultaneamente em níveis de qualidade e atenção para com o cliente e preços competitivos face aos praticados no mercado português. Em termos de desenvolvimento de actividades de divulgação, e a par da divulgação da campanha “Sou dono de um raio de sol” no âmbito da microgeração a dstsolar marcou presença nas principais feiras do sector, nomeadamente:Tektónica (Lisboa – Maio 2010), Ambienergia
28
(Porto – Junho 2010), Clean Energy Week (Singapura - Novembro 2010) e ainda na EXPO Shanghai (Shanghai - Agosto 2010). Relativamente às instalações de microgeração, o ano foi marcado pelo facto de o processo de atribuição de pontos de ligação no âmbito do Decreto Lei n.º 363/2007 (“DL 363/207”) ter sido suspenso em Fevereiro de 2010 e só em Outubro do mesmo ano ter sido criado novo enquadramento legal, com aplicação a partir de 2011. Não obstante, verificou-se um crescimento do volume de negócios da dst solar. A Global Sun representa mais um dos fortes investimentos do grupo dst na área das energias renováveis, tendo em fase de finalização a criação de uma unidade de produção de painéis fotovoltaicos, cujo arranque está previsto para 2011. O elevado potencial futuro desta área de negócio, bem como a sua tendência exportadora, constituíram argumentos suficientes para a realização deste investimento que vem reforçar as competências nesta área do grupo dst. No capítulo da energia hídrica, o grupo dst constitui a dst hydro que tem vindo a desenvolver uma actividade constante de desenvolvimento de projecto “greenfield” e de análise de propostas de parceria para a construção e gestão de aproveitamentos hídricos.
Ambiente e Água
35,0
Facturação Proporcional
24,0%
30,0
20,0% 16,0%
26,8
20,0
10,1%
12,0%
15,0 milhões de euros
19,5%
18,7%
30,3
25,0
8,0%
10,0 5,0
Resultado Líquido
4,0%
7,5
0%
0,0
2008
2009
2010
2008
2009
2010
A actividade de Ambiente e Água no ano de 2009 assumiu uma relevância incontornável após a aquisição por parte da sociedade Criar Vantagens, Lda., empresa associada do grupo dst, da totalidade do capital da Aquapor – Serviços, s. a. no final de 2008. Desta forma, o grupo dst alargou a sua actuação nesta actividade, posicionando-se como um importante player nacional, adicionando novas concessões à que já detinha por via indirecta na Agere – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, EM. Em 2010 esta tendência reforçou-se com esta área de negócio a aumentar a sua representatividade no portefólio do grupo.
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Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório de Gestão Consolidado
O volume de facturação proporcional desta área de negócio ascendeu a 30,3 milhões de euros, um crescimento de 13% que corresponde a 3,5 milhões de euros. De salientar que, uma vez que a aquisição da Aquapor, que representa cerca de 85% daquele montante, apenas ocorreu no final de 2008, o acréscimo da facturação apenas teve impacto nas demonstrações financeiras consolidadas do grupo dst em 2009. O contributo desta área de negócio para o Resultado Líquido do grupo dst em 2010 foi superior a 2,0 milhões de Euros, o que corresponde a cerca de 20% do total. O objectivo para a área de Águas e Ambiente, nomeadamente através da associada Aquapor, é a diversificação dos negócios e aposta na internacionalização. Na área internacional, a estratégia passa pelos países do Magreb, pelos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e pelo Brasil, procurando parceiros locais para o desenvolvimento das áreas de negócio das águas, à semelhança do que está definido para Portugal. O largo leque de competências permite abordar qualquer modelo de gestão, desde as concessões, os projectos de concepção/construção/exploraçãoe prestações de serviços.
Telecomunicações Resultado Líquido
Facturação Proporcional 0,3
0,0% -4,0%
milhões de euros
0,2
0,24
-2,1% -3,8%
-8,0% -12,0%
0,1
-11,8%
-16,0%
0,10
0,0
2008
2009
2010
2008
2009
2010
O grupo dst constituiu em 2008 a dstelecom tendo em vista a criação e gestão de uma rede de nova geração, fundada na integração dos tradicionais serviços de telecomunicações voz, dados e imagem em banda larga. O grupo dst pretende posicionar-se como um importante player enquanto operador de operadores, quer pela cobertura da sua rede quer pela eficiência na gestão das redes. Este modelo, inovador em Portugal mas que já demonstrou ser o mais eficiente nos países onde já foi desenvolvido, permite com menor investimento global atingir uma maior percentagem de população comparativamente ao tradicional modelo de “operador detentor de rede”, com as inerentes vantagens para o consumidor final em termos de aumento de concorrência e redução de preços. Esta área de negócio caracteriza-se por ainda se encontrar em fase de investimento pelo que a facturação é ainda incipiente e o contributo para o Resultado Líquido negativo penalizado pelos encargos financeiros associados ao Investimento.
30
No que respeita ao exercício de 2010, o acontecimento com maior relevância para a actividade da dstelecom e das suas participadas foi a assinatura dos Contratos para a Instalação, Gestão, Exploração e Manutenção de uma Rede de Comunicações Electrónicas de Alta Velocidade da Zona Norte e das Zonas do Alentejo e Algarve. Estes contratos foram assinados no seguimento da adjudicação à dstelecom, no ano de 2009, de dois dos três Concursos lançados pelo Governo Português para dotar as Regiões Rurais de Redes de Nova Geração (“RNG”) e que envolvem quarenta e quatro Concelhos na Região Norte e trinta e cinco Concelhos na Região do Alentejo e Algarve. A nível das subsidiárias Minhocom, Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, EIM (“Minhocom”) e Valicom, Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, EIM (“Valicom”), é de realçar o arranque da exploração comercial das redes com excelentes resultados que se traduziram na celebração de contratos com dois operadores de telecomunicações, existindo uma elevada expectativa de angariação de novos clientes a curto prazo em resultado da estratégia comercial que tem vindo a ser desenvolvida. Importa ainda referir que os resultados obtidos por estas participadas no ano de 2010 foram significativamente melhores ao previsto em termos orçamentais. No que respeita à participada Porto Digital – Operador Neutro de Telecomunicações, s. a. (“PDONT”), importa referir que se encontra pendente de resolução um diferendo entre aquela entidade e o seu accionista maioritário, Associação Porto Digital (“APD”), cuja resolução é determinante para o desenrolar do projecto a cargo da PDONT. Importa ainda referir que relativamente aos serviços que a dstelecom presta às suas subsidiárias, quer a nível técnico quer comercial, têm vindo a ser pautados por elevados padrões de qualidade e de cumprimento do Service Level Agreement (“SLA”). Finalmente, em termos do desenvolvimento de novos projectos, a dstelecom desenvolveu algumas acções de prospecção que devem culminar com o surgimento de novas oportunidades de negócios no exercício de 2011.
31
Relat贸rio e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Nota Final
34
Nota Final
O Conselho de Administração deixa expressa uma palavra de reconhecimento a todos os seus colaboradores e uma de agradecimento a todos quanto, de uma forma ou de outra, cooperaram com o grupo dst. Agradecimentos especiais ao Fiscal Único, Clientes, Fornecedores e Entidades Bancárias que muito nos honram com prestimosa relação.
Braga, 31 de Maio de 2011
O Conselho de Administração José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira Hernâni José Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Teresa Gonçalves Gomes
35
RESPONSABILIDADE SOCIAL CORPORATIVA
A dst prossegue uma política de responsabilidade social baseada em estratégias de sustentabilidade que contemplam a preocupação com o bem-estar colectivo e com os efeitos sociais e ambientais da sua actividade. O âmbito do seu programa alargado de responsabilidade social abrange áreas como a cultura, a educação, a saúde, a segurança, o ambiente e o conhecimento. Este programa é transversal ao grupo e é desenvolvido em contexto externo e interno envolvendo todos os colaboradores, e em linha com os valores do grupo dst: —Ambição; —Paixão; —Lealdade; —Solidariedade; —Bom-gosto; —Coragem; —Respeito; —Rigor.
Recursos Humanos No ano de 2010 a dst foi distinguida pelo quarto ano consecutivo como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal. Esta distinção vem confirmar a convicção e direcção tomada pelo grupo e tem um valor acrescido por ser uma avaliação independente feita por quem, a par dos clientes, mais conta na dst: os colaboradores. Principal destaque das acções decorridas ao longo de 2010 é referente à entrada em pleno funcionamento do consultório de medicina dentária no Centro de Saúde dst proporcionando a todos os colaboradores do grupo consultas totalmente gratuitas. Com esta iniciativa a dst, reforça a sua acção de responsabilidade social para com os seus colaboradores, estando prevista a expansão desta iniciativa à comunidade local onde está inserida. O protocolo assinado com o Centro de Novas Oportunidades da Associação Industrial do Minho, no intuito de incentivar os seus colaboradores a aumentar o seu grau de escolaridade e homologar o 6.º, 9.º e 12.º ano, teve continuidade no ano de 2010 e esta iniciativa continua a registar grande sucesso e adesão com cerca de 61 colaboradores inscritos em 2010, dos quais 32
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Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Responsabilidade Social Corporativa
estão já em processo de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências. Em 2010, cerca de 40 colaboradores já obtiveram as respectivas certificações. Ainda em 2010 foram organizados diversos eventos destinados aos colaboradores do grupo dst, com destaque para o Encontro Radical e para o Encontro Anual de Quadros. O Encontro Radical denominado “All in One” teve lugar em Caldelas e no Monte de Santa Isabel com o objectivo estimular o trabalho em equipa e desenvolver, simultaneamente, o espírito de liderança e a entreajuda entre os participantes. O Encontro de Quadros, “Encontros com líderes”, teve lugar em Guimarães e reuniu cerca de 150 quadros do grupo dst. Este encontro fomentou a reflexão sobre o grupo e a sua actividade mas sobretudo sobre o papel das lideranças e da criatividade no contexto macro-económico actual. De destacar ainda a Reunião Geral de Encarregados que decorreu no Mosteiro de Tibães e cujo principal objectivo é a partilha de informações, quer por parte da gestão de topo, quer por parte daqueles que estão diariamente em obra. No final de 2010, e no universo de empresas participadas em mais de 50%, o grupo contava com 896 colaboradores, dos quais 18% são mulheres e 82% homens, e cerca de 228 quadros superiores.
Segurança, Higiene e Saúde Ao longo do ano de 2010 foram realizadas 1 070 acções de formação/sensibilização para colaboradores do grupo dst e 1 606 acções para colaboradores de sub-empreiteiros. Adicionalmente, ao longo do ano foram ainda efectuadas diversas campanhas de sensibilização por parte do departamento de segurança com o intuito de chamar a atenção, de uma forma diferente, de alguns temas muito importantes para a Segurança e Saúde dos trabalhadores. Neste particular, de realçar as medições de avaliação da exposição a vibrações mecânicas: Sistema Mão-Braço. No que respeita aos exames e consultas de medicina do trabalho, à semelhança de anos anteriores, foram integralmente realizadas nas instalações do grupo. Os serviços são compostos por 4 enfermeiros, por um médico de trabalho e dois médicos de medicina curativa, estando sempre assegurada a presença de um enfermeiro na empresa. Durante este ano foram executados cerca de 595 exames, sendo que destes 96 correspondem a exames de admissão. Com o objectivo de reduzir a zero os acidentes no chão de fábrica da bysteel, foi implementada em 2010 uma “Competição pelo Não Acidente”. Esta iniciativa tem como propósito desenvolver uma motivação extra para os colaboradores trabalharem em segurança e terem cada vez mais consciência dos riscos e consequências associados a actos imprudentes. Pretende ainda valorizar todos os que se esforçam diariamente por cumprir as regras de segurança e que são efectivamente prudentes na execução das suas tarefas diárias.
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O grupo dst promoveu a V Convenção de Higiene, Saúde e Segurança no Trabalho sob o tema “Investir na Saúde – Com saúde todos ganham!”. Esta quinta iniciativa ocorreu no dia 22 de Maio no auditório do Parque de Exposições de Braga com convidados de renome, entre os quais se destacou a presença do Secretário de Estado da Saúde, o Dr. Manuel Pizarro. O evento decorreu com a presença de cerca de 300 pessoas, entre colaboradores do grupo e entidades convidadas.
I&D e Inovação A actividade de Investigação e Desenvolvimento é uma actividade fundamental no grupo e reflectiu-se na criação de uma empresa vocacionada para potenciar, avaliar, produzir e comercializar ideias inovadoras. A Innovation Point está vocacionada para a criação de novas categorias de produtos, serviços ou modelos de negócio que desafiam os paradigmas estabelecidos e geram acréscimos significativos de valor para os consumidores, para os clientes e para a própria empresa. A Investigação & Desenvolvimento é realizada na empresa ou através de parcerias envolvendo centros de investigação, universidades ou empresas nacionais e internacionais. Na linha das mais recentes tendências internacionais, evoluindo do paradigma da economia do conhecimento para o paradigma da economia da criatividade, o qual tem como competência crítica a criatividade, articulando a investigação e o design na criação de produtos inovadores. Em 2010, a Innovation Point lançou a sua primeira aplicação para telemóvel – o Vocation que é um teste de orientação vocacional. Após a concepção da ideia, o desenvolvimento da aplicação Vocation iniciou-se em 2009 em parceria com a SHL Portugal, empresa especialista na avaliação e no desenvolvimento das pessoas. A Innovation Point desenvolveu todo o software necessário ao bom funcionamento da aplicação tendo o lançamento sido feito em parceria com a Optimus. O Vocation está disponível para iphone, android e para smartphones convencionais. A Innovation Point prosseguiu ainda com o desenvolvimento de plataformas Web institucionais do grupo dst bem como ao desenvolvimento de aplicações internas que suportam a actividade operacional do grupo e as actividades de I&D. Paralelamente, a Innovation Point desenvolveu ao longo do ano um projecto para definição e implementação da nova unidade de produção de painéis solares fotovoltaicos com particular ênfase na análise e selecção de tecnologia. O grupo dst em parceria com a Universidade do Minho e com o arquitecto José Pequeno tem vindo a desenvolver o projecto tecnológico português Et3 - Energetic Modular Technology desde há cinco anos tendo este projecto sido reconhecido e distinguido em 2009 a nível nacional e internacional. Este sistema – um painel de madeira e vidro que integra sistemas solares passivos e funções bioclimáticas, que se traduzem em maior eficácia
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Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Responsabilidade Social Corporativa
energética, podendo ser aplicado em edifícios novos ou reabilitados – veio transformar Portugal no primeiro país do mundo a explorar a aplicação estrutural conjunta da madeira e do vidro com características energéticas no âmbito da construção sustentável. Em 2010 concretizou-se a construção de um protótipo – a torre turística transportável (ttt) que materializou a investigação realizada em anos anteriores. Foi com este protótipo que o grupo dst foi convidado a representar Portugal na EXPO2010 na área de melhores práticas urbanas (UBPA Urban Best Practices Area) do recinto. A ttt foi visitada por uma média diária de 2 000 pessoas, várias comitivas oficiais nacionais e muitas outras comitivas chinesas tendo sido reconhecida pela imprensa, visitantes e organização, pela sua elevada qualidade e contributo para o sucesso da exposição.
Sociedade No âmbito do seu programa alargado de responsabilidade social, a actividade mecenática assume particular relevância no que respeita à educação e à cultura e sua respectiva divulgação. O grupo dst tem preocupações culturais desde a sua génese, o que o diferencia e lhe traz valor acrescentado. É uma forma de fazer negócios assente numa base cultural forte. Das várias actividades e iniciativas realizadas em 2010, são de salientar as seguintes: —O grupo dst lançou em 2010, e pela primeira vez, o prémio “Emergentes dst”, que visa premiar anualmente a melhor obra de fotografia a nível internacional. O prémio é apoiado pelos “Encontros da Imagem”, uma das maiores iniciativas no campo das artes visuais em Portugal, que é também oriunda de Braga. Nesta primeira edição, a organização recebeu mais de duas mil imagens a partir das quais o júri pré-seleccionou os 70 autores. A cerimónia de entrega do prémio decorreu no Theatro Circo tendo a série de fotografias Uncanny Places, da autoria do fotógrafo português Virgílio Ferreira, sido eleita vencedora desta 1.ª edição com um prémio pecuniário de 7 500 euros. As obras finalistas integraram ainda a exposição nuclear dos Encontros da Imagem, patente no Mosteiro de Tibães de 2 a 31 de Outubro. —O grupo dst alargou o protocolo com o Agrupamento de Escolas de Nogueira aos Agrupamentos de Escolas de Lamaçães e Palmeira. Estes protocolos têm como objectivo a promoção da excelência no ensino e o aumento dos níveis de literacia dos estudantes da região, bem como a promoção de actividades de incentivo à leitura através da oferta de um livro pela ocasião do aniversário de cada aluno, que será alvo de preparação de uma ficha de leitura objecto de avaliação na disciplina de português. Este protocolo concretiza-se ainda através de um donativo de aproximadamente 15 mil euros. Para além da oferta de um livro no dia do aniversário de cada aluno, o apoio do grupo dst às escolas públicas abrange outras iniciativas, como a criação de prémios de mérito e a oferta de vestuário desportivo, que implicam um investimento de outros 12 mil euros. —A 19.ª edição consecutiva da Feira do Livro de Braga, que decorreu de 24 de Abril a 2 de Maio, na Grande Nave do Parque de Exposições de Braga, contou uma vez mais com o
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apoio da dst. A Feira registou cerca de 36 000 visitantes e o já habitual programa cultural contou com a presença de reconhecidos autores nacionais e regionais. —A XV edição do Grande Prémio de Literatura dst, iniciativa que se repete anualmente desde 1995, distinguiu em 2010 a obra de poesia “A Terceira Mão” do autor Manuel Gusmão. A entrega do prémio pecuniário, que ascendeu a 15 000 euros, ocorreu, como habitualmente, na inauguração da Feira do Livro. —O grupo dst é ainda o principal mecenas da Bienal de Cerveira e da Companhia de Teatro de Braga. —O grupo dst prossegue políticas específicas de apoio ao livro e à leitura. Assim, no aniversário de cada colaborador é oferecido um livro. A Newsletter do grupo é preparada contando com o contributo activo dos colaboradores que participam através do envio de artigos, sem qualquer restrição de temas ou géneros literários. Adicionalmente, o grupo promove ainda a leitura através da oferta de livros para bibliotecas escolares e no dia Mundial do Livro e ainda através do apoio à participação na marcha pela leitura. —O grupo estimula fortemente a participação dos seus colaboradores em acções de voluntariado. Em 2010 o destaque vai para as acções relacionadas com a entrega de novas habitações pela Habitat que contou com o apoio do grupo dst e da recolha de alimentos com o Banco Alimentar contra a Fome em Maio e em Dezembro.
Ambiente O grupo dst manteve as certificações do sistema de gestão ambiental pela Norma NP EN ISO 14 001:2004 nos âmbitos da construção civil e obras públicas, manutenção de viaturas e equipamentos, fabrico de produtos de madeira e mobiliário, produção de betão pronto (tconcrete, s.a. – central de Braga) e produção e montagem de estruturas metálicas (bysteel, s.a.). Da mesma forma, manteve o registo no EMAS nos âmbitos da manutenção de viaturas e equipamentos, fabrico de produtos de madeira e mobiliário e produção e montagem de estruturas metálicas (bysteel, s.a.). As certificações e registo no EMAS são mantidos e melhorados através de auditorias sistemáticas da APCER (Associação Portuguesa de Certificação). As Declarações Ambientais relativas aos registos no EMAS estão disponíveis online ,em www.dstsgps.com. Assumindo a responsabilidade que tem na protecção do meio ambiente durante a execução das diversas obras, a dst procede, de forma sistemática, à implementação de Planos de Gestão Ambiental nas suas empreitadas, tendo em vista a minimização dos impactos negativos que a sua actividade pode provocar. O sistema de gestão ambiental implemen-
41
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Responsabilidade Social Corporativa
tado nas várias empresas do grupo reflecte as preocupações da empresa com a preservação do ambiente, em especial, no sector da construção civil e obras públicas. Na central de betuminoso foi realizada uma auditoria energética, tendo daí resultado um plano de racionalização de energia. Nas instalações da tagregados foi construída a unidade de gestão de resíduos (UGR), tendo-se recebido e reciclado cerca de 10 000 toneladas de resíduos de construção e demolição (RCD). Na pedreira foi melhorado o sistema de controlo da emissão de poeiras, com a instalação de coberturas nas zonas mais críticas e aperfeiçoamento do sistema de aspersão. No âmbito do programa Green Cork, desenvolvido pela Quercus, continuamos a incentivar a entrega de rolhas pelos trabalhadores, tendo recolhido um total de cerca de 180 garrafões e distribuído o mesmo número de lâmpadas económicas. A participação no conselho ecoescola da Escola Secundária de Vila Verde manteve-se e o grupo dst participou com equipamentos e voluntários no projecto Limpar Portugal.
Qualidade e Certificações
O grupo dst orienta a sua actividade na busca permanente da melhoria da satisfação dos seus clientes, através da implementação de um adequado e eficaz Sistema de Gestão, em que estão envolvidos todos os seus colaboradores. A motivação destes para a Qualidade é fundamental, pelo que a Gestão de Topo investe de forma clara e contínua na comunicação e formação dos seus recursos humanos. O grupo dst tem objectivos bem definidos, mensuráveis e consistentes com a actual Política de Gestão. Como empresa empenhada na procura da melhoria contínua, as suas actividades, desempenho e resultados são avaliados cíclica e continuamente, através da análise dos resultados obtidos, da verificação das actividades/práticas e da detecção de áreas/oportunidades de melhoria. O compromisso da organização é a melhoria contínua dos seus serviços e produtos no sentido de satisfazer as necessidades do cliente, privilegiando sempre a qualidade e esforçando-se pela implementação de práticas e procedimentos conducentes a uma adequada gestão das suas actividades, serviços e produtos. A dst, s.a. detém a marcação CE no âmbito das misturas betuminosas para os produtos produzidos na nossa central cumprindo a norma EN 13108-1:2006. O grupo dst tem certificado, pela APCER, na área da qualidade segundo a Norma NP EN ISO 9001:2008, os seguintes âmbitos:
42
— Concepção, desenvolvimento e produção de betão pronto – tconcrete, s.a.. — Concepção, desenvolvimento, produção e montagem de estruturas metálicas e concepção de projectos de engenharia – bysteel, s.a.. —Concepção, desenvolvimento, produção e aplicação de betão betuminoso; concepção, desenvolvimento e fabrico de produtos de madeira e derivados da madeira e mobiliário e construção civil e obras públicas e manutenção de equipamentos e viaturas – dst, s.a.. — Instalação de postos de transformação e iluminação pública. Instalação de ramais de média e baixa tensão, instalações eléctricas de utilização de energia eléctrica e instalações de aquecimento, ventilação, ar condicionado e refrigeração. Projecto e instalação de fibra óptica - dte, empreitadas eléctricas,s.a.. As centrais de betão pronto da tconcrete - centrais de Braga, Famalicão, Paredes, Guimarães e Paradela - estão certificadas pela APCER, segundo a NP EN 206-1:2007. A tagregados, s.a. detém a marcação CE dos agregados, cumprindo as normas NP EN 12620-2002+A1:2010; NP EN 13043:2004/AC:2010; EN 13242:2002+A1:2007; NP EN 13139:2005/AC:2010; NP EN 13383-1:2010. A dst, s. a. detém a marcação CE no âmbito das misturas betuminosas para os produtos produzidos na nossa central cumprindo a norma EN 13108-1:2006.
43
INFORMAÇÃO FINANCEIRA Balanço consolidado
Notas
31-12-2010
31-12-2009
Activos fixos tangíveis
7
33.835.589,60
27.458.952,84
Propriedade de investimento
9
67.424.948,55
18.423.747,23
Goodwill
10
119.372.272,29
118.408.841,45
Rubrica ACTIVO Activo não corrente
Activos intangíveis
11
33.196.276,10
34.668.506,79
Participações financeiras - método de equivalência patrimonial
12
37.145.190,14
34.631.943,50
Participações financeiras - outros métodos
13
9.468.347,66
6.057.725,86
Activos por Impostos diferidos
26
7.024.661,98
8.786.487,68
307.467.286,32
248.436.205,35
Activo Corrente Inventários
14
34.850.659,56
50.089.397,36
Clientes
15
96.150.596,79
84.784.327,13
Adiantamentos a fornecedores
24
1.470.618,41
14.290,13
Estado e outros entes públicos
18
7.125.445,32
6.170.473,76
Accionistas / sócios
17
2.782.609,12
3.846.079,34
Outras contas a receber
16
14.579.239,67
16.721.222,67 819.037,34
Diferimentos
19
640.146,31
Outros activos financeiros
20
94.832,00
121.201,10
Caixa e depósitos bancários
4
15.227.725,66
13.009.568,67
172.921.872,82
175.575.597,50
480.389.159,14
424.011.802,85
Total do activo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio 21
25.000.000,00
25.000.000,00
Prémios de emissão
50.000.000,00
50.000.000,00
Reservas legais
1.477.851,20
1.104.846,05
Outras reservas
165.440,00
165.440,00
Resultados transitados
6.569.941,52
773.546,89
Ajustamentos em activos financeiros
9.098.356,76
7.733.070,98
Resultado líquido do período
10.278.855,39
8.001.761,15
Interesses minoritários
1.399.319,99
1.110.074,08
Total de capital próprio
103.989.764,86
93.888.739,15
Capital realizado
Passivo Passivo não corrente Provisões
22
7.135.688,88
7.341.393,29
Financiamentos obtidos
23
167.222.438,25
146.143.769,39
Passivos por impostos diferidos
26
5.428.794,25
6.912.118,30
Outras contas a pagar
25
24.970.847,15
25.866.284,75
204.757.768,67
186.263.565,73
56.128.226,09
Passivo corrente Fornecedores
24
69.772.183,59
Adiantamento de clientes
15
265.689,08
766.593,96
Estado e outros entes públicos
18
1.809.212,59
1.056.900,31
Accionistas / sócios
17
271.209,15
315.010,14
Financiamentos obtidos
23
38.698.663,65
37.358.997,41
Outras contas a pagar
25
46.945.241,12
40.711.936,78
Diferimentos
19
13.325.581,97
6.961.803,62
Outros passivos financeiros
20
553.844,47
560.029,67
171.641.625,61
143.859.497,97
Total do passivo
376.399.394,28
330.123.063,70
Total do capital próprio e do passivo
480.389.159,14
424.011.802,85
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Informação Financeira
Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas
Rendimentos e Gastos
Notas
31-12-2010
31-12-2009
Vendas e serviços prestados
27
201.213.027,97
158.037.948,13
Subsídios à exploração
28
72.613,48
-
Ganhos / perdas imputados de subsidiários, associadas e empreendimentos conjuntos
29
5.114.724,05
3.294.108,83
Variação nos inventários da produção
30
(670.123,87)
(3.294.062,69)
Trabalhos para a própria entidade
31
5.813.175,10
9.556.709,26
Custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
32
(53.432.984,61)
(37.608.172,37)
Fornecimentos e serviços externos
33
(104.696.147,55)
(81.483.537,90)
Gastos com o pessoal
34
(25.099.916,37)
(23.374.561,39)-
Imparidade de dívidas a receber (perdas / reversões)
(3.747.742,73)
2.540.197,69
Provisões (aumentos / reduções)
35
108.990,63
293.223,53
Imparidade de investimento não depreciáveis / amortizações (perdas / reversões)
36
-
-
(2.354.175,60)
211.975,77
Aumentos / reduções de justo valor Outros rendimentos e ganhos
37
9.466.618,10
5.178.787,39
Outros gastos e perdas
38
(3.323.561,15)
(2.994.540,91)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos
39
Gastos / Reversões de depreciação e de Amortização
28.464.497,45
30.358.075,34
(7.663.533,65)
(6.467.960,02)
Imparidade de investimento depreciáveis / amortizáveis (perdas / reversões)
40
(152,78)
-
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e Impostos)
41
20.800.811,03
23.890.115,32
5.219.033,99
4.681.368,48
Juros e gastos similares suportados
42
(11.988.258,88)
(17.989.336,85)
Resultado antes de impostos
43
Juros e rendimentos similares obtidos
14.031.586,14
10.582.146,95
(3.093.773,69)
(2.027.603,02)
10.937.812,45
8.554.543,94
Detentores do capital da empresa-mãe
10.278.855,39
8.001.761,15
Interesses minoritários
658.957,06
552.782,79
10.937.812,45
8.554.543,94
Imposto sobre o rendimento do período Resultado líquido do período
44
Resultado líquido do período atribuível a:
46
das Alterações no Capital Próprio no período de 2009 Ajustamentos em
Resultado líquido
Capital realizado
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
activos financeiros
do período
25.000.000,00
50.000.000,00
804.200,21
85.968,00
15.020.574,26
4.609.150,43
(11.797.056,12)
-
-
300.645,84
-
(12.097.701,96)
-
11.797.056,12
-
-
-
-
(2.149.325,41)
(3.107,66)
-
-
-
-
-
-
3.127.028,21
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
79.472,00
-
-
-
-
-
300.645,84
79.472,00
(14.247.027,37)
3.123.920,55
11.797.056,12
-
-
-
-
-
-
8.001.761,15
-
-
300.645,84
79.472,00
14.247.027,37
3.123.920,55
19.798.817,27
-
-
-
-
-
-
-
25.000.000,00
50.000.000,00
1.104.846,05
165.440,00
773.546,89
7.733.070,98
8.001.761,15
Ajustamentos em
Resultado líquido
das Alterações no Capital Próprio no período de 2010 Capital realizado
Prémios de emissão
Reservas legais
Outras reservas
Resultados transitados
activos financeiros
do período
25.000.000,00
50.000.000,00
1.104.846,05
165.440,00
773.546,89
7.733.070,98
8.001.761,15
-
-
-
-
-
-
-
-
-
373.005,15
-
7.628.756,00
-
(8.001.761,15)
-
-
-
-
(1.832.361,38)
1.365.285,78
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
373.005,15
-
5.796.394,62
1.365.285,78
(8.001.761,15)
-
-
-
-
-
-
10.278.855,39
-
-
373.005,15
-
5.796.394,62
1.365.285,78
2.277.094,24
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
25.000.000,00
50.000.000,00
1.477.851,20
165.440,00
6.569.941,52
9.098.356,76
10.278.855,39
Relatório e Contas dst, sgps, s.a. - 2010 Informação Financeira
Demonstração Consolidado
Fluxos de caixa das actividades operacionais - métod
Recebimento de
Pagamentos a forn
Pagamentos ao
Caixa gerada pelas op
Pagamento / recebimento do imposto sobre o ren
Outros recebimentos / rag
Fluxo de caixa das actividades operac
Fluxos de caixa das actividades de inve
Pagamentos respe
Investimentos fin Activos fixos
Activos in
Recebimentos proveni
Investimentos fin Activos fixos
Subsídios ao inve Juros e rendimentos
Di
Fluxo de caixa das actividades de investim
Fluxo de caixa das actividades de finan
Recebimentos proveni
Financiamento
Pagamentos respe Juros e gastos
Fluxo e caixa das actividades de financiam
Variação de caixa e seus equivalentes (1) +
Caixa e seus equivalentes no início do
Caixa e seus equivalentes no fim do
48
ANEXO
1. Identificação da entidade O grupo dst foi constituído em 1999, tem sede em Palmeira – Braga, sendo a empresa-mãe a dst sgps, s.a., que tem como objecto social a gestão de participações sociais de outras entidades como forma indirecta do exercício de actividades económicas nos sectores de engenharia e construção, águas e saneamento, energias renováveis, telecomunicações e outros serviços. Sempre que não exista outra referência, os montantes encontram-se expressos em unidade de euro.
2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras 2.1. Sistema de Normalização Contabilística As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas, as Normas Contibilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e as Normas Interpretativas. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes que afectam as quantias de activos e passivos, assim como quantias de gastos e rendimentos durante o período de relato. Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação aos eventos e acções correntes, não se esperando, no entanto que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos activos e passivos em períodos futuros. 2.2. Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam comparáveis com os do período anterior
51
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
As políticas contabilísticas e os critérios de mensuração adoptados a 31 de Dezembro de 2010 são comparáveis com os utilizados na preparação das demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2009. 2.3. Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro Até 31 de Dezembro de 2009, a entidade elaborava e aprovava, para efeitos do cumprimento da legislação comercial vigente, demonstrações financeiras de acordo com os PCGA anteriormente previstos no Plano Oficial de Contabilidade (POC). Em 31 de Dezembro de 2010, a preparação destas demonstrações financeiras foi efectuada de acordo com o SNC. O exercício de 2009, apresentado para efeitos comparativos, foi ajustado de forma a estar de acordo com o SNC. Os ajustamentos de transição foram efectuados de acordo com a NCRF 3 – adopção pela primeira vez das NCRF e foram reconhecidos em resultados transitados. As Demonstrações Financeiras de 31 de Dezembro de 2010 são as primeiras apresentadas pela entidade de acordo com as NCRF. As principais diferenças de políticas contabilísticas são as seguintes: —Desreconhecimento das despesas de instalação; —Reconhecimento de activos e passivos decorrente da aplicação da NCRF 19 – Contratos de Construção; —Desreconhecimento de activos relativos a perdas por imparidade sobre dívidas a receber; —Reconhecimento de activos decorrente da aplicação do método de equivalência proporcional (MEP) a empresas associadas e subsidiárias; —Reconhecimento de activos decorrente da aplicação do método proporcional a empreendimentos conjuntos (ACE's); —Mensuração de activos financeiros ao justo valor; —Mensuração do custo amortizado sobre empréstimos; —Reconhecimento de activos e passivos por impostos diferidos; —Reclassificação dos resultados extraordinários para resultados operacionais; — Reclassificação, na Demonstração dos Resultados, de juros obtidos (não relacionados com empréstimos obtidos) para Resultados operacionais. A reconciliação do capital próprio e do resultado líquido de acordo com o POC e o SNC, em 1 de Janeiro de 2009 e 31 de Dezembro de 2009, são como segue:
52
09
Capital
Prémios
Reservas
Outras
Resultados
Ajustamentos em
Resultado líquido
Interesses
realizado
da emissão
legais
reservas
transitados
activos financeiros
do período
minoritários
25.000.000,00
50.000.000,00
804.200,21
85.968,00
13.350.020,79
-
(321.100,49)
(3.696,04)
-
-
-
-
-
-
(415,95)
-
-
-
-
-
1.195.923,47
-
1.833.983,93
-
-
-
-
-
142.318,18
-
(9.181,82)
-
-
-
-
-
(7.148,95)
-
(3.961,52)
-
-
-
-
-
-
-
(205.936,70)
-
-
-
-
-
-
-
(14.963.030,66)
-
-
-
-
-
-
4.609.150,43
2.416,60
543.318,99
-
-
-
-
-
-
89.730,20
149.869,01
-
-
-
-
339.460,77
-
1.780.440,28
-
-
-
-
-
1.670.553,47
4.609.150,43
(11.475.955,64)
693.187,00
25.000.000,00
50.000.000,00
804.200,21
85.968,00
15.020.574,26
4.609.150,43
(11.797.056,12)
689.490,96
9
Capital
Prémios
Reservas
Outras
Resultados
Ajustamentos em
Resultado líquido
Interesses
realizado
da emissão
legais
reservas
transitados
activos financeiros
do período
minoritários
25.000.000,00
50.000.000,00
1.101.905,97
165.440,00
10.581.889,14
-
5.678.463,97
957.551,32
-
-
-
-
(415,95)
(1.247,86)
-
-
-
-
3.029.907,40
207.817,02
-
-
-
-
133.136,36
(9.181,82)
-
-
-
-
(11.110,47)
1.104,68
-
-
-
-
(205.936,70)
123.724,75
-
-
-
-
(14.963.030,66)
--
-
-
-
2.416,60
-
-
2.940,08
-
86.790,12
-
-
25.000.000,00
2.940,08
50.000.000,00
1.104.846,05
165.440,00
1.372.639,81 7.733.070,98
864.472,40
152.522,76
(52.882,10) (183.149,70)
2.119.901,05 (9.808.342,25)
7.733.070,98
2.323.297,18
152.522,76
773.546,89
7.773.070,98
8.001.761,15
1.110.074,08
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
3. Principais políticas contabilísticas
As principais políticas contabilísticas aplicadas ras anexas estão descritas abaixo. 3.1.Bases de mensuração
As demonstrações financeiras anexas foram dos negócios, tomando por base o custo histó contabilísticos da entidade, mantidos de aco ração das demonstrações financeiras. O grupo Concessão de Serviços e da SIC 29 – Divulga IFRIC 12 define as regras a observar na contab do aos serviços que presta e ao poder de contr
No âmbito da actividade concessionada, o corresponde ao direito de utilização e de e Concedente.
Embora seja da responsabilidade do grupo fi uma vez que todos os bens se destinam a inte ticamente sujeitos às cláusulas de intransmiss deram activos controlados pelo grupo, pelo q Tangíveis. Pela análise efectuada às condiçõe tas no contrato de concessão, verificámos q rectamente associadas ao risco de procura Concedente ou de outras entidades associad cados financeiros. E desta análise concluímos como uma garantia a favor do Concedente, lim cando um tecto no retorno da concessão. M Concedente ou por conta deste, pelo que os nhecidos como um activo intangível.
Tendo por base o disposto nas NCRF e supletiv adoptadas pela Empresa foram as seguintes: 3.1.1.Activos fixos tangíveis
Os activos fixos tangíveis encontram-se reconh correspondentes depreciações e de eventua sição inclui todos os dispêndios directamente nibilização no local e condições de operaciona
54
Os encargos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como activos separados, conforme apropriado, quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade por via da sua utilização e o respectivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os gastos com reparações e manutenção que não aumentem a vida útil dos activos nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos activos fixos tangíveis, são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. Os activos fixos tangíveis em curso, activos fixos ainda em fase de construção/conclusão, encontram-se contabilizados ao custo de aquisição deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A depreciação destes activos fixos tem início a partir do momento que os activos subjacentes se encontrem disponíveis para uso. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, pelo método da linha recta, com imputação duodecimal a partir da data em que o activo se encontra em condições de funcionamento, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. As taxas de depreciação anuais médias utilizadas são as seguintes:
Taxa anual (%) Edifícios e outras construções
2 a 10
Equipamento básico
5 a 33,33
Equipamento de transporte
12,5 a 20
Equipamento administrativo
6,25 a 33,33
Património artístico Outros activos fixos tangíveis
12,5 10 a 33,33
Uma vez que a entidade não possui uma estimativa fiável do valor residual dos activos, foi considerado valor nulo para efeitos de depreciações dos activos fixos tangíveis. Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um activo, é revista a depreciação desse activo de forma prospectiva para reflectir as novas expectativas. As empresas englobadas na consolidação avaliam se existe qualquer indicação de que um activo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do activo (que é a mais alta entre o justo valor do activo ou de uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do período a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior à quantia escriturada.
55
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
As mais ou menos valias resultantes do abate ou alienação de activos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o montante recebido das alienações e a quantia escriturada do activo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”, respectivamente. Os activos fixos tangíveis em curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso. 3.1.2. Propriedades de Investimento As propriedades de investimento são constituídas por terrenos e edifícios cujos fins são a obtenção de rendas e valorização do capital investido, e não para uso ou fins administrativos, ou para venda no decurso da actividade corrente. As propriedades de investimento são mensuradas ao custo. Os custos suportados com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como gastos no período a que se referem. 3.1.3. Goodwill O Goodwill corresponde a benefícios económicos futuros resultantes de activos que não são capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos. O Goodwill relativo a Subsidiárias englobadas na consolidação encontra-se reflectido na respectiva rubrica individualizada do Balanço. O Goodwill relativo a Subsidiárias não englobadas na consolidação, a Associadas e a Empreendimentos Conjuntos, encontra-se reflectido no valor da respectiva participação financeira sendo apresentado no balanço na rubrica Participações Financeiras – método da Equivalência Patrimonial ou Participações Financeiras – outros métodos, consoante os casos. Em 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as NCRF) a empresa adoptou a isenção da NCRF 3 - Adopção pela Primeira Vez da NCRF, relativa a Concentrações de Actividades Empresariais pelo que adoptou como custo considerado, nessa data, o valor do Goodwill constante das contas preparadas de acordo com o POC (custo de aquisição menos amortizações acumuladas até 31 de Dezembro de 2008 e menos qualquer perda por imparidade apurada nessa data), ao invés de calcular o Goodwill retrospectivamente à data da concentração com base em informação disponível a essa data. Da aplicação integral desta isenção aos casos concretos não resultou: Qualquer ajustamento ao Goodwill decorrente: —Do reconhecimento de activos incorpóreos que não foram reconhecidos separadamente do Goodwill; 56
—Do desreconhecimento de activos intangíveis reconhecidos separadamente do Goodwill de forma incorrecta; —De contingências que pudessem afectar o preço da transacção e cujo desfecho já poderia ser conhecido à data da transição. Qualquer ajustamento em capital próprio decorrente: — Do desreconhecimento de activos e passivos que não se qualificariam para reconhecimento no balanço da adquirida; — Do desreconhecimento de activos e passivos que não se qualificariam para reconhecimento de acordo com as NCRF. Nas aquisições subsequentes a 1 de Janeiro de 2009, o Goodwill é mensurado pelo seu custo, que corresponde ao excesso do custo das concentrações de actividades empresariais a que respeitam face ao interesse do grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis na data da concentração. Sempre que o interesse da adquirente no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis excede o custo da concentração de actividades empresariais, a diferença é imediatamente reconhecida nos resultados do período após reavaliação da identificação e mensuração dos activos passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida e da mensuração do custo da concentração. Quando o Goodwill faz parte de uma unidade geradora de caixa e parte de uma operação dentro dessa unidade é alienada, o Goodwill associado com a operação alienada é incluído no valor contabilístico da operação para determinar o ganho ou perda da operação. O Goodwill desreconhecido nestas circunstâncias é mensurado com base nos valores relativos entre a operação alienada e a porção da unidade geradora de caixa mantida. O Goodwill apresentado no Balanço está mensurado: —Ao custo considerado menos imparidade, no que respeita a concentrações de actividades empresariais ocorridas até 31 de Dezembro de 2008; —Ao custo menos imparidade, no que respeita o Goodwill originado em concentrações de actividades empresariais ocorridas em ou após 1 de Janeiro de 2009. Imparidade A imparidade do Goodwill é testada pelo menos anualmente. Se os acontecimentos ou alterações nas circunstâncias indicarem que pode estar com imparidade de acordo com a NCRF 12 — Imparidade de Activos, a imparidade do Goodwill é testada com maior frequência, isto é, sempre que as condições o determinem. As perdas por imparidade do Goodwill não podem ser revertidas.
57
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
3.1.4. Activos intangíveis Os activos intangíveis encontram-se reconhecidos ao custo de aquisição deduzido das correspondentes amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os activos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a entidade e sejam controláveis e mensuráveis com fiabilidade. Os activos intangíveis são constituídos maioritariamente por direitos de concessão e por programas de computador e são amortizados pelo método da linha recta, aplicado em regime de duodécimos a partir da entrada em que os mesmos estão disponíveis para uso, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. Não é considerado qualquer valor residual. As taxas de amortização anuais médias utilizadas são as seguintes: Taxa anual (%) Direitos de concessão Programas de computador Outros
2,26 a 15,10 33,33 2,26 a 33,33
O gasto com amortizações de activos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração dos resultados na rubrica de “gastos/reversões de depreciação e amortização”. Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um activo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos o custo da venda e a quantia escriturada) é incluído no resultado do período no ano em que o activo é desreconhecido. Seguem-se algumas especificidades relativas aos direitos de concessão: Direitos de Concessão relacionados com a actividade concessionada Para os bens (que se materializarão em direitos de utilização de infraestruturas – IFRIC 12) com vidas úteis superiores ao período da concessão, as amortizações de investimentos iniciais ou os que venham a ser posteriormente aprovados ou impostos pelo Concedente e que materializem em expansão ou modernização das obrigações iniciais, deverão, normalmente, fazer-se pelo prazo da concessão. No entanto, os investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão, e que apresentam valor residual darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor ainda não amortizado à data do fim da concessão. As amortizações são calculadas pelo método da soma das unidades, isto é pela amortização dos investimentos contratuais, que constam do estudo de viabilidade económico e financeira utilizado, tendo como base os caudais de efluente facturados nesse período e os efluentes a facturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade.
58
3.1.5. Participações financeiras a) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial Estão valorizados de acordo com o método de equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias e associadas, definindo-se como tal as entidades nas quais o grupo exerce controlo ou influência significativa e que não são Empreendimentos Conjuntos. Para determinação do controlo ou influência significativa são levados em conta os interesses existentes à data tendo em conta potenciais direitos de voto. Na data da aquisição do investimento, a diferença entre o custo do investimento e a parte do Grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida foi contabilizada de acordo com a NCRF 14 — Concentrações de Actividades Empresariais. Desta forma: — O Goodwill relacionado foi incluído na quantia escriturada do investimento. Contudo, a amortização desse Goodwill não é permitida e não é portanto incluída na determinação dos resultados resultantes de participadas; —O excesso da parte do grupo no justo valor dos activos, passivos e passivos contingentes identificáveis das participadas acima do custo do investimento foi excluído da quantia escriturada do investimento e foi incluído como rendimento nos resultados do período em que o investimento foi adquirido. Subsequentemente à data de aquisição a quantia escriturada dos investimentos: —Foi aumentada ou diminuída para reconhecer a parte nos resultados das participadas depois da data da aquisição; —Foi diminuída pelas distribuições de resultados recebidas; —Foi aumentada ou diminuída para reflectir, por contrapartida de Capitais Próprios, alterações no interesse proporcional do grupo nas participadas resultantes de alterações nos capitais próprios destas que não tenham sido reconhecidas nos respectivos resultados. Na mensuração destes investimentos foram ainda respeitadas as seguintes disposições relativas à aplicação deste método: —As demonstrações financeiras das participadas já estavam preparadas, ou foram ajustadas extra contabilisticamente, de forma a reflectir as políticas contabilísticas do grupo antes de poderem ser usadas na determinação dos efeitos da equivalência patrimonial;
59
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
— As demonstrações financeiras das participadas usadas na determinação dos efeitos da equivalência patrimonial reportam-se à mesma data das do grupo; — Os resultados provenientes de transacções «ascendentes» e «descendentes» são reconhecidos somente na medida em que correspondam aos interesses de outros investidores na associada, não relacionados com o investidor. — Quando o valor do investimento fica reduzido a zero, as perdas adicionais são tidas em conta mediante o reconhecimento de um passivo sempre que a empresa incorre em obrigações legais ou construtivas. Quando posteriormente as participadas relatam lucros, o grupo retoma o seu reconhecimento apenas após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. Imparidade A imparidade destes activos foi determinada tendo por base os critérios descritos na nota 3.1.1. - Activos fixos tangíveis. b) Participações financeiras – outros métodos O grupo utiliza o modelo do custo para participações financeiras em: — Outras entidades nas quais não é obrigada a utilizar o método da equivalência patrimonial nem a consolidação proporcional e onde não tem condições para determinar o justo valor de forma fiável, designadamente participações financeiras em empresas não cotadas em mercado regulamentado. De acordo com o modelo do custo as participações financeiras são reconhecidas inicialmente pelo seu custo de aquisição, que inclui custos de transacção, sendo subsequentemente o seu valor diminuído por eventuais perdas por imparidade. Imparidade A empresa avaliou a imparidade destes activos no final do ano. Sempre que existiu uma evidência objectiva de imparidade, a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração dos resultados. A evidência objectiva de imparidade teve em conta dados observáveis que chamassem a atenção sobre os seguintes eventos de perda: — Significativa dificuldade financeira do emitente; — O desaparecimento de um mercado activo para o activo financeiro devido a dificuldades financeiras do devedor; — Informação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros de um grupo de activos financeiros desde o seu reconhecimento inicial.
60
— Alterações significativas com efeitos adversos que tenham ocorrido no ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que o emitente opere. Todos os instrumentos de capital próprio foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade. A empresa utiliza o modelo de justo valor nas participações financeiras em empresas cotadas em mercado regulamentado, cujo justo valor é possível de ser obtido e determinado de forma fiável. 3.1.6. Inventários As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor entre o custo médio de aquisição e o valor realizável líquido (estimativa do seu preço de venda líquido dos custos a suportar com a sua alienação). 3.1.7. Locações A classificação das locações, como operacionais ou financeiras, é efectuada atendendo à substância dos contratos e não à sua forma. Locações operacionais As locações são classificadas como locações operacionais se os riscos e benefícios inerentes à propriedade do activo forem retidas pelo locador. As rendas pagas são reconhecidas na demonstração dos resultados como gastos numa base linear durante o prazo da locação. Locações financeiras As locações são classificadas como locações financeiras se parte considerável dos riscos e benefícios inerentes à posse for transferida para o locatário. Os activos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do activo é registado no activo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos activos locados são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados no período a que dizem respeito. 3.1.8.Custos de empréstimos obtidos Os custos com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto na demonstração dos resultados do período de acordo com o pressuposto do acréscimo. 3.1.9. Activos e passivos financeiros Os activos e passivos financeiros encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: 61
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
Contas a receber de clientes e outros devedores As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas ao valor nominal, deduzido das perdas por imparidade sempre que necessário. No final de cada período de relato são analisadas as dívidas de clientes de forma a avaliar se existe alguma evidência objectiva de que não são recuperáveis. As perdas por imparidade são reconhecidas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em divida não será recebido. Para tal, a entidade tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. O valor da perda por imparidade é reconhecido como gasto nas demonstrações financeiras. Adiantamentos a fornecedores Estes saldos são apresentados pelo respectivo custo deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável. Fornecedores e outras contas a pagar As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são contabilizadas pelo seu valor nominal. Adiantamentos de clientes Os Adiantamentos de clientes estão mensurados ao valor nominal. Caixa e equivalentes de caixa A rubrica Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Letras descontadas A entidade desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos para uma terceira entidade. Se a entidade retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Financiamentos obtidos” a contrapartida monetária pelos activos cedidos. Outras contas a pagar não correntes As contas a pagar não correntes são reconhecidos no passivo pelo custo. Estado e outros entes públicos Os saldos activos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor. No que respeita aos activos não foi reconhecida qualquer imparidade por se considerar que tal não é aplicável dada a natureza específica do relacionamento. 62
Financiamentos obtidos Os financiamentos estão valorizados ao custo. Estes empréstimos vencem juros indexados a taxas de referência de curto prazo e como tal as suas variações contribuem para afectar os resultados. Os financiamentos para os quais existe cobertura de taxa de juro fixa incluem também as variações de justo valor (parágrafo 37 b) da NCRF 27). Nos financiamentos para os quais existe cobertura de risco de taxa de juro fixa ou cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, os respectivos derivados são apresentados em Outros Activos Financeiros ou Outros Passivos Financeiros, consoante o caso e como não correntes ou como correntes seguindo a mesma forma como o financiamento está apresentado no Balanço. Outros passivos financeiros Esta rubrica inclui instrumentos financeiros derivados relativamente aos quais haja cobertura efectiva nos termos da NCRF 27. Só são considerados instrumentos financeiros de cobertura a parte efectiva dos derivados que forem designados como tal e em que a entidade espera que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa no item coberto, atribuíveis ao risco que está a ser coberto, compensarão praticamente as alterações de justo valor ou fluxos de caixa do instrumento de cobertura. As variações no justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, são reconhecidas no capital próprio na rubrica “Ajustamentos em activos financeiros” na sua componente efectiva e em resultados, na rubrica “Aumentos/reduções por justo valor”, na sua componente não efectiva. Os valores registados na rubrica “Ajustamentos em activos financeiros” são transferidos para resultados para a rubrica “Aumentos/reduções por justo valor” no período em que o item coberto tiver efeito em resultados. A contabilização de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na NCRF 27- Instrumentos financeiros. A parte efectiva dos instrumentos derivados de cobertura são apresentados no balanço em “Outros activos financeiros” ou em “Outros passivos financeiros” consoante a sua natureza seja, respectivamente, devedora ou credora, e como não correntes ou como correntes dependendo da rubrica onde os respectivos instrumentos cobertos estão apresentados no balanço. 3.1.10. Diferimentos activos e passivos Esta rubrica reflecte as transacções e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros.
63
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
3.1.11. Rubricas do capital próprio Ajustamentos em activos financeiros Esta conta inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos. Interesses minoritários Os interesses minoritários são a parte dos resultados e dos activos líquidos das subsidiárias atribuível a interesses de capital próprio que não sejam detidos, directa ou indirectamente através de subsidiárias, pela empresa-mãe. Esta rubrica inclui: - Capital; - Resultados do período; - Outras rubricas dos capitais próprios cujas variações do ano, juntamente com as dos resultados do período, compõem o resultado integral. 3.1.12. Provisões As provisões são constituídas pelos valores efectivamente necessários para fazer face a perdas estimadas, sendo revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões são reconhecidas se, e só se, a entidade tiver uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado, e se for provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. 3.1.13. Benefícios aos empregados Benefícios de curto prazo Os benefícios de curto prazo dos empregados incorporam os ordenados, salários, contribuições para a Segurança Social, subsídio de alimentação, subsídio de férias e de Natal e quaisquer outras retribuições decididas pontualmente pela Administração. As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como gasto no período temporal em que o empregado prestou serviço, numa base não descontada por contrapartida de um passivo que se extingue com o respectivo pagamento.
64
Benefícios de longo prazo Os benefícios de longo prazo dos empregados incluem um seguro de saúde que abrange todos os colaboradores. 3.1.14. Reconhecimento do rédito O rédito compreende os rendimentos associados a vendas e a serviços prestados. O rédito é reconhecido nas vendas aquando da passagem para o comprador dos riscos e vantagens inerentes à posse dos activos vendidos e nos serviços prestados é reconhecido na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no período e os serviços totais contratados. O rédito não é reconhecido quando é decorrente de situações de incerteza face à aceitação ou cobrança da prestação de serviços. Caso se verifiquem situações em que os serviços facturados são superiores aos serviços prestados, a diferença é registada na rubrica Rendimentos a reconhecer sendo registados na demonstração dos resultados à medida que os mesmos são prestados e os respectivos gastos, associados a essa prestação, incorridos. 3.1.15. Contratos de construção A entidade reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores facturados são contabilizadas nas sub-rubricas “Produção não facturada” ou “Facturação antecipada”, incluídas nas rubricas “Outras contas a receber” (Activo) ou “Diferimentos” (Passivo). Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do período quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação e que esta possa ser mensurada com fiabilidade. As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que seja provável que o cliente aceite a reclamação e que seja possível mensurá-la com fiabilidade. Quando é provável que os custos totais previstos no contrato de construção excedam os proveitos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do período.
65
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
3.1.16. Subsídios recebidos Os subsídios são inicialmente reconhecidos no passivo, quando são recebidos (ou existe certeza que sejam recebidos) e após existir segurança que a entidade irá cumprir com as condições a eles associadas. Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados na parte proporcional aos gastos incorridos. 3.1.17. Imparidade de activos À data de cada relato, e sempre que seja detectado um acontecimento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o valor pelo qual o activo se encontra registado possa não ser recuperável, é efectuada uma avaliação de imparidade dos activos. Na presença de algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante de excesso da quantia escriturada do activo face ao seu valor recuperável, sendo essa perda reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Perdas por imparidade” (e respectiva reversão posterior, caso exista, na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”). 3.1.18. Activos e passivos contingentes Os activos contingentes são possíveis activos que surgem de eventos passados e cuja existência só se confirmará caso ocorra, ou não, um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Se for provável a existência de benefícios económicos futuros, a entidade não reconhece esse activo contingente nas suas demonstrações financeiras, mas promove a sua divulgação Os passivos contingentes são definidos como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afecte benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da entidade, sendo os mesmos objecto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de
66
fundos afectando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objecto de divulgação. 3.1.19. Efeitos de alterações em taxas de câmbio As transacções expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros à taxa de câmbio em vigor à data da transacção. As diferenças de câmbio, positivas ou negativas, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são reconhecidas como rendimentos e/ou gastos na demonstração dos resultados do período na rubrica de ganhos/perdas cambiais. À data de relato, os activos e passivos são mensurados à taxa de câmbio de fecho do período. 3.1.20. Impostos sobre o Rendimento O gasto relativo a “Imposto sobre o rendimento do período” corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos lucros tributáveis da entidade de acordo com as regras fiscais em vigor, enquanto o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui gastos e rendimentos que são dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os activos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Em cada data de relato é efectuada uma revisão desses activos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os impostos correntes e os impostos diferidos são reconhecidos em resultados, salvo quando se relacionam com itens reconhecidos directamente no capital próprio. Nestes casos, os respectivos impostos diferidos são igualmente reconhecidos no capital próprio.
67
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
3.2. Outras políticas contabilísticas relevantes: Bases de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2010, os activos, os passivos e os resultados das empresas do grupo, entendido como o conjunto do grupo dst e das suas subsidiárias, as quais são apresentadas na nota 6. Conforme descrito no n.º 6 do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho que aprova o SNC, a entidade apresenta contas consolidadas do grupo constituído por ela própria e por todas as subsidiárias sobre as quais: a) Independentemente da titularidade do capital, se verifique que, em alternativa: —Possa exercer, ou exerça efectivamente, influência dominante ou controlo; —Exerça a gestão como se as duas constituíssem uma única entidade; b) Sendo titular de capital, quando ocorra uma das seguintes situações: —Tenha a maioria dos direitos de voto, excepto se for demonstrado que esses direitos não conferem o controlo; —Tenha o direito de designar ou de destituir a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade; — Exerça uma influência dominante sobre uma entidade, por força de um contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social desta; — Detenha pelo menos 20 % dos direitos de voto e a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade, que tenham estado em funções durante o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras consolidadas, bem como, no exercício precedente e até ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados como consequência do exercício dos seus direitos de voto; — Disponha, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do capital desta entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma. Empresas subsidiárias são empresas controladas pelo grupo dst e são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data de aquisição, sendo esta a data em que o grupo obtém o controlo, e continuam a ser consolidadas até à data em que o controlo deixa de existir. No processo de consolidação, as transacções, saldos e ganhos não realizados em transacções intragrupo e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, excepto se a transacção revelar evidência da existência de imparidade nos activos transferidos e ainda não alienados.
68
As participações financeiras controladas conjuntamente são incluídas na consolidação pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido e até à data em que o mesmo efectivamente termina. De acordo com este método, os activos, passivos, ganhos e gastos destas empresas foram incorporados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao grupo dst. Empresas associadas são entidades sobre as quais o investidor tenha influência significativa e que não sejam consideradas subsidiárias nem empreendimentos conjuntos. As participações financeiras em empresas associadas são consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras incluem o interesse do grupo no total de rendimentos e gastos reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efectivamente termina. Os dividendos recebidos das empresas são registados como uma diminuição do valor das participações financeiras. As participações relativamente às quais o grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua actividade, são reconhecidas ao mais baixo valor entre o custo de aquisição e o seu valor de realização. Os montantes de capitais próprios das empresas subsidiárias consolidadas pelo método integral, atribuíveis às acções ou partes detidas por terceiros alheios às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica de interesses minoritários. Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das subsidiárias consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidada na rubrica de interesses minoritários. 3.3. Juízos de valor, principais pressupostos relativos ao futuro e principais fontes de incerteza das estimativas A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as NCRF exige o recurso a determinadas estimativas e pressupostos contabilísticos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. Quando necessário, todas as estimativas e assumpções efectuadas pelo Órgão de Gestão foram efectuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transacções em curso. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração dos resultados de forma prospectiva. 3.4.Principais pressupostos relativos ao futuro As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade.
69
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
4. Fluxos de caixa A demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método directo, pelo qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em actividades operacionais, de investimento e de financiamento. A rubrica de Caixa e depósitos bancários tem a seguinte decomposição: 2010
2009
Caixa
300.347,81
150.530,05 5.292.558,78
Depósitos bancários
8.679.372,20
Outros depósitos bancários
6.248.005,64
7.566.479,84
Total de caixa e depósitos bancários
15.227.725,66
13.009.568,67
Não existem quantias de caixa e seus equivalentes não disponíveis para uso.
5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros Durante o período não ocorreram alterações de políticas e estimativas contabilísticas nem erros materiais relativos a períodos anteriores.
6. Partes Relacionadas a) Empresas do grupo incluídas na consolidação pelo método integral As empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, suas sedes sociais e proporção do capital detido directa e indirectamente são as seguintes:
70
% Participação Empresas
Sede Social
2010
2009
bysteel, s.a.
Braga
100%
100%
cari - construtores, s.a.
Braga
100%
100%
Domingos da Silva Teixeira - empreitadaseléctricas, s.a.
Braga
100%
100%
Domingos da Silva Teixeira - imobiliária, s.a.
Braga
100%
100%
Domingos da Silva Teixeira, s.a.
Braga
100%
100%
dst wind, s.a.
Braga
100%
100%
dst energias renováveis, sgps, s.a.
Braga
100%
100%
dst hydro, s.a.
Braga
100%
100%
dst solar, s.a.
Braga
100%
100%
dstelecom, s.a.
Braga
100%
100%
dstelecom, alentejo e algarve, s.a
Braga
100%
-
dstelecom, norte, s.a.
Braga
100%
-
EOL Minho - energias renováveis, s.a.
Vieira do Minho
85%
85%
Global Sun, s.a.
Braga
100%
100%
Fundo de investimento e imobiliários homeInvest
Lisboa
100%
100%
Innovation Point - investigação e desenvolvimento, s.a.
Braga
100%
100%
Investhome - construção e imobiliária, s.a.
Braga
100%
100%
Investhome - sgps, s.a.
Braga
100%
100%
Ipplus, s.a.
Braga
100%
100%
Monte Dourado - Hipermercados e Imobiliária, s.a.
Braga
100%
100%
Perfil dinâmico, s.a.
Braga
100%
100%
tagregados, s.a.
Braga
100%
100%
tconcrete, s.a.
Braga
100%
100%
tgeotecnia, s.a.
Braga
100%
100%
tmodular, s.a.
Braga
100%
100%
tstone, s.a.
Braga
100%
100%
b) Empresas do grupo excluídas da consolidação A empresa excluída da consolidação em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, sua sede social e proporção do capital detido directamente, uma vez que não é relevante, é a seguinte:
% Participação Empresas
Sede Social
2010
2009
dstpedreiras - extracção de Inertes, s.a.
Luanda
100%
100%
c) Empresas associadas As empresas associadas valorizadas pelo método de equivalência patrimonial, suas sedes e proporção do capital detido directamente são as seguintes: 71
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
% Participação Empresas
Sede Social
2010
2009
21%
2bpartner - sociedade capital de risco, s.a.
Braga
21%
Aquara - produção, comercialização de água, s.a.
Braga
33%
33%
Barcelos futuro, s.a.
Barcelos
25,5%
25,5%
Caminhaequi, s.a.
Caminha
25,5%
25,5%
Emasisa, s.a.*
Braga
-*
33%
EOL Verde - energia eólica, s.a.
Esposende
25%
25%
Geswater - águas e resíduos, sgps, s.a.
Braga
33%
33%
Inovaguiar, s.a.
V. Pouca de Aguiar
25,5%
-
MinhoCom - gestão de infraestruturas de telecomunicações, EIM
Valença
48,49%
48,49%
Parque eólico alto da vaca, Lda
Porto
25%
25%
Porto Digital, operador neutro de telecomunicações, s.a.
Porto
49%
49%
SERBAUR - serviços básicos urbanos, Lda
Braga
33%
33%
ValiCom - gestão de infraestruturas de telecomunicações, EIM
Arcos de Valdevez
48,49%
48,49%
VentoMinho - energias renováveis, s.a.**
Esposende
15%
15%
Way2b, sgps, s.a.
Braga
20%
20%
* empresa vendida em 2010 ** empresa detida em 15% com direitos de voto especial e 10,63% com direitos de voto nominal
d) Empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional
% Participação Empresas
Sede Social
2010
2009
CriarVantagens - águas e resíduos, Lda
Braga
33%
33%
Steelgreen, s.a.
Braga
50%
50%
Way2b; ACE
Braga
20%
20%
Assoc / Soares da Costa, ACE
Braga
14%
14%
Assoc - obras públicas, ACE
Braga
14%
14%
Teatro Circo, AE
Braga
33%
33%
Parque empresarial de Tavira, ACE
Tavira
50%
50%
Agonia parque construção, ACE
Viana do Castelo
33%
33%
Unifacere, ACE
Braga
33%
-
e) Outras empresas participadas indirectamente
72
% Participação Sede Social
2010
2009
Braga
16,33%
16,33%
Lisboa
33,30%
33,30%
Braga
12,90%
12,90%
Braga
20,00%
20,00%
Anhões
12,50%
12,50%
Esposende
10,63%
10,63%
Esposende
12,50%
12,50%
Lisboa
13,00%
13,00%
10,00%
10,00%
s
ais no exercício das suas funções foram: 2010
2009
2.048.809
2.090.879
57.064
55.364
2.105.873
2.146.243
dos activos fixos tangíveis, com referência aos omo segue: Terrenos
Edifícios e
Equipamento
Equipamento
Equipamento
Património
Outros
os naturais
outras construções
básico
transporte
administrativo
artístico
AFT
curso
354.256,85
11.465.505,24
29.646.544,45
10.420.704,05
4.783.166,24
7.500,00
622.308,59
6.260.759,28
-
2.035.857,14
22.767.516,22
7.812.119,43
4.001.331,03
156,25
484.811,79
-
-
-
-
-
-
-
-
-
354.256,85
9.429.648,09
6.879.028,23
2.608.584,62
781.835,21
7,343,75
137.496,80
6.260.759,28
-
4.810.780,02
2.632.173,07
416.842,00
439.075,08
(937,50)
2.160.388,30
(2.160.568,30)
-
4.706.019,86
3.245.316,57
1.546.880,40
642.088,93
-
310.296,10
418.959,72
-
4.706.019,86
3.245.316,57
1.546.880,40
642.088,93
-
310.296,10
418.959,72
-
216.649,24
2.659.014,91
1.170.092,69
287.088,51
937,50
84.679,70
119.111,89
-
216.649,24
2.585.282,16
1.101.213,15
287.085,21
937,50
80.505,89
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
73.732,75
68.879,54
0,03
-
-
-
-
-
-
-
3,27
-
164,33
-
-
-
-
-
-
-
4.009,47
119.111,89
AFT em
-
-
-
-
-
-
-
-
-
321.109,40
2.045.871,41
40.054,29
84.074,66
-
13.475,99
(2.460.236,13)
354.256,85
14.240.428,11
9.511.201,30
3.025.426,61
1.220.910,29
6.406,25
376.589,19
4.100.370,99
Relatório e Contas dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
8. Locações
A informação relativa às locações, com referên segue:
Quantia escriturada, pagamentos do período e pagamentos futuros dos contratos de locação
Quantia bruta escriturada inicial Amortizações / depreciações acumuladas Perdas por imparidade e reversões Quantia líquida escriturada final Total de futuros pagamentos da locação à data do balanço Até um ano De um a cinco anos
9. Propriedades de investimento
A informação relativa à quantia escriturada da cia aos períodos de 2010 e 2009 pode ser anal
Descrição
Terrenos
rec. natura 1 Quantia bruta escriturada inicial
3.239.611,3
2 Amortizações acumuladas iniciais 4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3)
3.239.611,3
5 Movimentos do período (5=5.1-5.2+5.3+...+5.9)
12.228.747,8
5.1 Total de adições
12.357.079,9
Aquisições
12.357.079,9
Variações no justo valor Outras 5.2 Total das diminuições
128.332,1
Variações no justo valor Depreciações Perdas por imparidade Alienações
128.332,1
5.3 Reversões de perdas por imparidade 5.4 Transferências de propriedades de investimento em curso 6 Quantia líquida escriturada final (6=4+5)
74
15.468.359,1
10. Goodwill As diferenças de consolidação (“Goodwill”) resultam das diferenças positivas entre o custo de aquisição das partes de capital e a proporção dos respectivos capitais próprios no momento da compra. Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 esta rubrica apresenta a seguinte composição.
Diferença de Consolidação Empresas
2010
2009
Investhome - construção e imobiliária, s.a.
12.897.316
12.897.316
Domingos da Silva Teixeira , s.a.
61.436.723
61.436.723
Domingos da Silva Teixeira - imobiliária, s.a.
9.646.183
9.646.183
Cari - construtores, s.a.
556.382
556.382
VentoMinho - energias renováveis, s.a.
19.992.500
19.992.500
Criar Vantagens- águas e resíduos, Lda - consolidado
14.843.168
13.879.738
Total
119.372.272
118.408.841
O movimento ocorrido na rubrica de Goodwill no período é o indicado no quadro seguinte:
Diferença de Consolidação Empresas
Saldo inicial
Aquisições
Outras variações
Imparidade
Saldo final
Investhome - construção e imobiliária, s.a.
12.897.316
-
-
-
12.897.316
Domingos da Silva Teixeira , s.a.
61.436.723
-
-
-
61.436.723
Domingos da Silva Teixeira - imobiliária, s.a.
9.646.183
-
-
-
9.646.183
Cari - construtores, s.a.
556.382
-
-
-
556.382
VentoMinho - energias renováveis, s.a.
19.992.500
-
-
-
19.992.500
Criar Vantagens- águas e resíduos, Lda - consolidado
14.879.738
936.431
-
-
14.843.168
Total
118.408.841
963.431
-
-
119.372.272
11. Activos intangíveis A informação relativa à quantia escriturada dos activos intangíveis, com referência aos períodos de 2010 e 2009 pode ser analisada como segue:
75
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
Direitos Programas de Propriedades Outros activos Activos intangíveis Descrição
Total
de concessão
computador
industrial
intangíveis
em curso
95.956,66 44.500.576,64
Com vida útil finita: 4 Quantia bruta escriturada inicial
42.897.095,75
856.797,75
190.924,97
459.801,51
5 Amortizações acumuladas iniciais
9.092.229,76
547.135,75
8.409,13
184.295,23
7 Quantia líquida escriturada inicial (7=4-5-6)
33.804.866,00
309.662,01
182.515,85
275.506,28
95.956,66 34.668.506,79
8 Movimentos do período (8=5.1-8.2+8.3+8.4) (1.937.720,20)
429.614,57 (1.472.230,69)
9.832.069,86
-
(37.215,39)
31.572,00
41.518,33
8.1 Total de adições
64.602,94
205.351,40
46.500,00
5.331,65
599.931,73
Aquisições em 1.ª mão
94.602,94
205.351,40
46.500,00
5.331,65
599.931,73
921.717,72
8.2 Total das diminuições
2.337.504,47
341.120,03
14.928,00
22.820,26
-
2.716.372,75
Amortizações
2.314.192,83
328.074,37
14.928,00
26.348,59
-
2.683.543,79
Abates
23.311,64
13.045,65
-
(3.528,33)
-
32.828,97
8.4 Transferências de intangíveis em curso
335.181,33
98.553,23
-
59.006,94
(170.317,16)
322.424,34
9 Quantia líquida escriturada final (9=8+7)
31.867.145,79
272.446,62
214.087,85
317.024,61
921.717,72
525.571,23 33.196.276,10
12. Participações financeiras - método da equivalência patrimonial As variações na rubrica de participações financeiras valorizadas ao método da equivalência patrimonial são as seguintes: Investimentos Método de equivalência patrimonial:
em Associadas
Total
Quantia bruta escriturada inicial
34.631.943,50
34.631.943,50
Partes respeitantes ao Goodwill
-
-
Quantia líquida escriturada inicial
34.631.943,50
34.631.943,50
Movimentos do período:
2.513.246,64
2.513.246,64
Outras aquisições
-
-
Parte do investidor nos resultados da investida
2.460.885,69
2.460.885,69
Alienações
(52.360,95)
(52.360,95)
Quantia líquida escriturada final
37.145.190,14
37.145.190,14
13. Participações financeiras - outros métodos As variações na rubrica de participações financeiras valorizadas por outros métodos são as seguintes: Investimentos em
76
Outros investimentos
Outros Métodos:
outras empresas
financeiros
Total
Quantia bruta escriturada inicial
235.454,36
5.822.271,50
6.057.725,86
Quantia líquida escriturada inicial
235.454,36
5.822.271,50
6.057.725,86
Movimentos do período:
601.041,32
2.809.580,48
3.410.621,79
Outras aquisições
-
6.636.959,45
6.636.959,45
Efeitos decorrentes de empréstimos concedidos
601.041,32
-
601.041,32
Alienações
-
(1.173.228,51)
(1.173.228,51)
Outros movimentos do período
-
(2.654.150,46)
(2.654.150,46)
Quantia líquida escriturada final
836.495,68
8.631.851,98
9.468.347,66
14. Inventários Em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a rubrica de Inventários apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Mercadorias
24.385.831,56
35.925.298,87
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
3.721.890,88
7.234.259,93
Produtos acabados e intermédios
181.993,36
289.505,45
Produtos e trabalhos em curso
4.580.191,85
4.914.581,21
Adiantamentos por conta de compras
1.980.751,90
1.725.751,90
34.850.659,56
50.089.397,36
15. Clientes Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Clientes apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Clientes c/c
89.394.926,74
78.908.504,63
Clientes títulos a receber
3.463.534,29
2.648.783,88
Clientes c/ caução
2.871.495,79
3.303.527,45
Clientes de cobrança duvidosa
8.872.758,31
4.684.641,40
104.602.715,1
89.545.457,36
(8.452.118,34)
(4.761.130,23)
96.150.596,79
84.784.327,13
Perdas por imparidade acumuladas
Em 31 de Dezembro de 2010, as dívidas de cobrança duvidosa apresentavam a seguinte composição: Descrição
Valor
Reclamadas judicialmente
6.919.438,43
Em mora:
1.913.319,88
Até um ano
1.284.230,12
Mais de um ano
669.089,76 8.872.758,31
Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Adiantamentos a clientes apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Prestação de serviços
265.689,08
766.593,96
265.689,08
766.593,96
77
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
16. Outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Outras contas a receber apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
1.194.999,62
Devedores por acréscimos de rendimentos Juros
1.462.253,41
Venda de água
424.158,58
364.711,63
Obras em curso
1.589.472,86
3.480.211,65
Outros
3.184.905,42
2.678.588,07
6.660.790,27
7.718.510,97
Outros devedores
7.918.449,40
9.002.711,70
14.579.239,67
16.721.222,67
17. Accionistas/sócios Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Accionistas/sócios apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
2.782.609,12
3.846.079,34
2.782.609,12
3.846.079,34
Activo Corrente Empréstimos concedidos
Passivo Corrente Empréstimos obtidos
-
75.000,00
Outros
271.209,15
240.010,14
271.209,15
315.010,14
18. Estado e outros entes públicos Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Estado e outros entes públicos apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Activo Imposto sobre rendimento
424.844,87
999.111,28
Imposto sobre o valor acrescentado
6.699.058,27
5.149.369,62
1.542,18
21.992,85
7.125.445,32
6.170.473,76
Retenção de impostos sobre rendimento
717.312,11
419.397,59
Contribuições para a segurança social
670.302,28
605.894,55
Outros
421.598,20
31.608,17
1.809.212,59
1.056.900,31
Outros
Passivo
78
19. Diferimentos Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Gastos e Rendimentos a reconhecer apresentava a seguinte composição: 2010
Rubricas
2009
Gastos a reconhecer Publicidade
-
9.458,33
Seguros
316.543,26
163.082,38
Rendas
10.996,99
13.335,22
Juros a pagar
209.392,90
21.038,23
Encargos bancários
53.853,61
55.304,33
Outros gastos
49.359,55
556.818,85
640.146,31
819.037,34
Contratos de construção
9.593.322,66
5.317.372,76
Outros rendimentos
3.732.259,31
1.644.430,86
13.325.581,97
6.961.803,62
Rendimentos a reconhecer
20. Outros activos e passivos financeiros Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Outros activos e passivos financeiros, apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
94.832,00
121.201,10
94.832,00
121.201,10
553.844,47
560.029,67
553.844,47
560.029,67
Activo corrente Instrumentos financeiros detidos para negociação
Passivo corrente Derivados com cobertura eficaz “swap” de taxa de juros variável
21. Capital Social O capital social da entidade manteve-se, no período, inalterado, sendo constituído por 25.000.000 acções escriturais, nominativas, com o valor nominal unitário de um euro.
22. Provisões Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Provisões, apresentava a seguinte composição: 79
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
Rubricas
2010
2009
Provisões para impostos
49.596,62
49.596,66
Provisões para o processos judiciais em curso
787.998,23
994.148,92
Provisões para lamas
333.333,00
333.333,00
Provisão para obrigação de investimento
5.061.910,27
5.061.914,83
Provisões para investimentos de substituição
902.850,76
902.399,58
7.135.688,88
7.341.393,29
23. Financiamentos obtidos Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Financiamentos obtidos apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Passivo não corrente Empréstimos de médio e longo prazo
129.033.005,78 104.312.692,87
Locações financeiras
4.989.432,47
6.331.076,51
Papel comercial
33.200.000,00
35.500.000,00
167.222.438,25 146.143.769,39 Passivo corrente Empréstimos de curto prazo
12.529.532,10
9.798.176,24
Contas caucionadas
18.635.191,92
19.716.272,57
Descobertos bancários
3.990.946,01
3.857.548,95
Locações financeiras
2.764.136,74
3.208.142,07
Outros financiamentos
778.856,89
778.857,59
38.689.663,65
37.358.997,41
24. Fornecedores Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Fornecedores apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010
2009
Fornecedores c/c
54.314.922,60
44.199.296,84
Fornecedores - títulos a pagar
7.784.775,98
5.976.333,18
Fornecedores - facturas em conferência
3.252.589,59
2.763.224,23
Fornecedores c/ caução
4.321.795,18
2.270.912,27
Outros
98.100,24
918.459.57
69.772.183,59
56.128.226,09
Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Adiantamentos a fornecedores apresentava a seguinte composição: 80
Rubricas
2010
Fornecedores gerais - direcção geral energia geologia
1.210.000,00
-
Fornecedores gerais - outros mercados
-
10.271,80
Fornecedores - facturas em conferência
2009
260.618,41
4.018,33
1.470.618,41
14.290,13
25. Outras contas a pagar Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Outras contas a pagar apresentava a seguinte composição:
Rubricas
2010
2009
Passivo não corrente Renda concessão
16.570.822,10
18.169.854,52
Projectos de investimento
2.449.561,64
1.607.661,40
Fornecedores
491.767,85
528.303,02
Outros
5.458.695,56
5.560.465,81
24.970.847,15
25.866.284,75
Remunerações a pagar
1.095.031,83
1.042.108,85
Fornecedores de investimentos
1.695.414,50
1.792.494,75
Adiantamentos por conta de vendas
1.040.530,99
1.178.921,31
Passivo corrente
Credores por acréscimos de gastos Seguros
45.290,60
18.769,74
Remunerações a pagar
2.829.119,11
2.410.679,66
Juros
639.411,63
791.196,40
Fornecimentos e serviços externos
2.573.360,50
1.954.536,36
Outros credores por acréscimos e gastos
2.265.795,52
1.830.840,81
8.352.977,36
7.006.022,96
103.553,09
-
Passivos por impostos diferidos Outros credores Factoring
20.625.169,83
16.139.214,86
Renda concesão
1.336.179,33
1.601.307,17
Projectos de investimento
2.705.168,07
3.700.932,00
Empréstimos obtidos
4.936.382,05
1.117.997,14
Outros credores
5.054.834,07
7.132.937,73
46.945.241,12
40.711.936,78
81
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
26. Activos e passivos por impostos diferidos 01-01-2010
Variação
Base
Imposto
Base
31-12-2010
Imposto
Base
Imposto
Activos por impostos diferidos Imparidade de clientes
392.115,05
103.910,49
1.168.920,70
309.763,99
1.561.035,75
413.674,47
Provisões p/ outros riscos e encargos
1.004.935,45
266.307,90
(389.689,37)
(103.267,68)
615.246,09
163.040,21
Prejuízo fiscal reportável
2.842.826,59
758.863,14
(1.825.604,44)
(483.010,01)
1.017.222,15
275.853,14
Desreconhecimento de activos
686.870,99
182.020,81
(954,66)
(252,99)
685.916,33
181.767,83
Alteração de vida útil
722,04
191,34
(144,42)
(38,27)
577,62
153,07
Ajustamento justo de valor das acções
13.518.085,47
1.877.567,65
(1.461.667,77)
(387.341,96)
12.056.417,70
1.490.225,68
bens adquiridos e respectivas amortizações via DC4
11.413.269,30
3.024.516,36
(2.282.624,13)
(604.895,40)
9.130.645,17
2.419.620,97
Reconhecimento do direito de concessão
4.489.691,37
1.189.768,21
(897.937,47)
(237.953,43)
3.591.753,91
951.814,79
Bens de domínio público obtidos da concedente
4.325.295,16
1.146.203,22
(865.058,25)
(229.240,44)
3.460.236,91
916.962,78
Outros
894.862,48
237.138,56
(96.564,24)
(25.589,52)
798.298,25
211.549,03
39.568.673,92
8.786.487,68
(6.651.324,04) (1.761.825,71)
32.917.349,88
7.024.661,98
Desreconhecimento da integração património e
Não corrente
8.786.487,68
7.024.661,98
Passivos por impostos diferidos NCRF 19 - contratos de construção
3.238.384,23
858.171,82
(647.676,83)
(171.634,35)
2.590.707,40
Custo amortizado
116.938,25
30.988,64
(23.387,68)
(6.197,74)
93.550,57
24.790,90
Desreconhecimento da renda já entregue à concedente
2.633.926,78
697.990,60
(518.414,57)
-
2.105.512,21
697.990,60
686.537,47
Efeito da renda da concessão pela DC4
2.178.271,48
577.241,94
(435.653,65)
(115.448,22)
1.742.617,83
461.793,72
Subsídios de investimetno
15.555.369,51
4.122.172,92
(3.111.071,10)
(824.433,84)
12.444.298,41
3.297.739,08
Reconhecimento direito de concessão
1.403.726,90
371.987,63
(280.745,63)
(74.397,59)
1.122.981,27
297.590,04
Ajustamento justo de valor das acções
183.712,66
48.683,85
(18.959,62)
(5.024,30)
164.753,04
43.659,55
Outros
773.135,49
204.880,90
(689.187,87)
(182.634,79)
83.947,62
22.246,12
26.083.465,29
6.912.118,30
(5.735.096,95) (1.379.770,82)
20.348.368,34
5.532.347,48
Não corrente
6.912.118,30
5.428.794,39
Corrente
-
103.553,09
27. Vendas e serviços prestados Em 31 de Dezembro de 2010 e de 2009, a rubrica de Vendas e serviços prestados apresentavam a seguinte composição: 2010 Rubricas
82
Mercado interno
2009
Mercado externo
Mercado interno
Mercado externo
Vendas de mercadorias
129.840,81
-
147.222,03
-
Vendas de produtos
20.433.595,47
882.704,09
18.270.295,83
123.380,02
Serviços prestados
179.128.222,94
638.664,66
147.938.790,11
2.042,62
199.691.659,22
1.521.368,75
157.912.525,49
125.422,64
28. Subsídios do Governo e apoios do Governo O grupo dst obteve um subsídio referente ao financiamento do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), entidade tutelada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sendo co-financiado pelo Fundo Social Europeu e OSS (Orçamento Segurança Social – Comparticipação Pública Nacional), no valor de 72 613,48 €. O valor total do subsídio encontra-se reconhecido na rubrica Subsídios à Exploração. Rubricas
2010
2009
Subsídios do estado e outros entes púbicos - POPH
72.613,48
-
72.613,48
-
29. Ganhos e perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos Rubricas
2010
2009
Gastos e perdas
(1.966.671,54)
(592.869,71)
Rendimentos e ganhos
7.081.395,59
3.886.978,54
5.114.724,05
3.294.108,83
30. Apuramento da variação dos inventários da produção O movimento ocorrido na variação da produção durante o período de 2010 foi o constante do quadro abaixo discriminado:
Descrição
Prod. acabados
Produtos e
e intermédios
trabalhos em curso
Total
1 Inventários iniciais
181.993,36
4.580.191,85
2 Reclassificação e regularização de inventários
-
-
-
3 Inventários finais
289.505,45
5.142.803,63
5.432.309,08
4 Variação dos inventários de produção (4=1+2-3)
(107.512,09)
(562.611,78)
(670.123,87)
4.762.185,21
31. Trabalhos para a própria entidade
Rubricas
2010
2009
Activos fixos tangíveis
5.773.425,10
9.530.796,26
Activos intangíveis
39.750,00
25.913,00
5.813.175,10
9.556.703,26
83
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
32. Apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas O movimento ocorrido na rubrica do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante o período de 2010 foi como segue:
Descrição
Mercadorias
Matérias-primas,
Total
subsid. de consumo Inventários iniciais
35.920.736,21
7.238.822,60
Compras
1.497.673,13
49.518.992,32
51.016.665,44
Reclassificação e regularização de inventários
(12.635.517,19)
-
(12.635.517,19)
Inventários finais
24.381.268,90
3.726.453,55
28.107.722,45
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
401.623,24
53.031.361,37
53.432.984,61
33. Fornecimentos e serviços externos
84
Rubricas
2010
2009
Subcontratos
76.592.461,36
57.009.571,51
Electricidade
1.894.767,00
1.874.269,91
Combustíveis
5.707.942,48
4.863.780,11
Água e outros fluidos
741.576,71
812.620,75
Ferramentas
397.996,73
365.474,99
Material de escritório
147.205,06
182.116,18
Rendas e alugueres
8.948.099,33
7.168.256,00
Despesas de representação
22.838,66
20.215,13
Comunicação
612.276,25
604.246,30
Seguros
913.099,97
717.529,25
Transporte de mercadorias
164.239,85
146,994,12
Deslocações e estadas
788.277,81
694.011,73
Comissões
9.934,49
17.772,00
Honorários
159.685,00
84.776,16
Contencioso e notariado
110.777,86
151.303,78
Conservação e reparação
2.803.019,80
2.352.564,45
Publicidade e propaganda
251.019,10
459.967,15
Limpeza, higiene e conforto
112.374,98
90.564,75
Vigilância e segurança
407.628,08
270.801,68
Trabalhos especializados
2.473.944,41
1.994.731,10
Outros FSE
1.436.982,63
1.601.970,86
104.696.147,55
81.483.537,90
43.159.558,80
34. Benefícios dos empregados, pessoas ao serviço e gastos com o pessoal 34.1. Pessoas ao serviço
Empresa
2010
2009
dst, sgps, s.a.
6
7
Investhome - construção e imobiliária, s.a.
13
13 526
Domingos da Silva Teixeira, s.a.
524
Domingos da Silva Teixeira - imobiliária, s.a.
-
-
Domingos da Silva Teixeira - empreitadas eléctricas, s.a.
93
71
Investhome, sgps, s.a.
-
-
Bysteel, s.a.
161
156
tmodular, s.a.
-
-
tstone, s.a.
-
-
tgeotecnia, s.a.
-
23
tconcrete, s.a.
8
8
tagregados, s.a.
25
25
cari, construtores, s.a.
75
81
steelgreen, s.a.
11
14
Fundo de investimento e imobiliário HomeInvest
-
-
Monte Dourado - hipermercados e imobiliária, s.a.
-
-
IPPLUS, s.a.
-
5
-
dst, s.a. - sucursal em Espanha
Perfil dinâmico, Lda.
-
-
dst energias renováveis, sgps, s.a.
-
5
dst wind, s.a.
1
1
Global Sun, s.a.
-
6
dst solar, s.a.
6
8
EOL Minho - energias renováveis, s.a.
-
-
dst hydro, s.a.
1
1
dstelecom, s.a.
7
5
Innovation Point - investigação e desenvolvimento, s.a.
5
7
dstelecom, norte, Lda.
-
-
dstelecom, alentejo e algarve, Lda.
-
-
way2b, ACE
9
8
Criar vantagens - águas e resíduos, Lda.
542
507
Total
1.487
1.476
85
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
34.2. Gastos com o pessoal
Rubricas
2010
2009
Remunerações dos órgãos sociais
2.048.809,34
2.090.879,11
Remunerações com o pessoal
18.530.638,06
16.920.768,57
Indemnizações
69.833,31
109.384,63
Encargos sobre as remunerações
3.555.170,99
3.358.846,19
Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais
354.201,86
480.740,32
Gastos de acção social
292.741,86
234.969,75
Outros gastos com o pessoal
248.520,93
178.972,82
25.099.916,37
23.374.561,39
35. Imparidade de dívidas a receber 2010 Rubricas
2009
Perdas por Reversões de perdas imparidade
Total
por imparidade
Perdas por Reversões de perdas imparidade
por imparidade
Total
Dívidas a receber de clientes (4.179.546,61)
431.803,88 (3.747.742,73)
(601.792,60)
3.141.990,29
2.540.197,69
(4.179.546,61)
431.803,88 (3.747.742,73)
(601.792,60)
3.141.990,29
2.540.197,69
36. Provisões 2009
2010 Rubricas
Reforço
Reversão
Total
Reforço
Reversão
Total
Provisões para investimentos de substituição
(6.453,33)
26.132,64
19.679,31
(133.075,99)
701.359,26
568.283,28
Processos judiciais em curso
(125.232,22)
214.543,53
89.311,32
(707.103,66)
432.043,91
(275.059,75)
(131.685,54)
240.676,17
108.990,63
(840.179,65)
1.133.403,18
293.223,53
37. Variações do justo valor 2010 Total
Reduções
Aumentos
Total
Investimentos financeiros (2.805.348,05)
451.172,45 (2.345.175,60)
(449.994,44)
661.970,22
211.975,77
(2.805.348,05)
451.172,45 (2.345.175,60)
(449.994,44)
661.970,22
211.975,77
Rubricas
86
Aumentos
2009
Reduções
38. Outros rendimentos e ganhos Rubricas
2010
2009
Rendimentos suplementares
3.291.047,85
1.214.339,21
Prémio de realização de projectos de investimento
1.993.167,02
-
Penalidades contratuais
268.601,52
14.969,67
Alienações de investimentos não financeiros
366.692,36
1.197.194,98
Descontos de pronto pagamento obtidos
277.992,27
229.297,08
Indemnizações de seguros
64.001,92
6.371,00
Correcções relativas a períodos anteriores
79.641,00
226.556,16
Indemnizações recebidas de funcionários
10.112,41
4.792,69
Diferenças de câmbio favoráveis
85.435,13
173.147,83
Restituição de impostos
2.765,31
107.904,22
Excesso de estimativa para impostos
3.995,86
1.693.234,88
Investimentos financeiros
2.887.309,10
113.014,45
Subsídios diversos
5.543,99
6.438,00
Ganhos em inventários
7.816,66
6.580,00
Outros rendimentos e ganhos
122.495,69
184.947,21
9.466.618,10
5.178.787,39
Durante o ano de 2010 foram atribuídos ao grupo dst prémios de realização de projectos de investimento, no âmbito do SI Inovação, no valor de 1993167,02 euros, financiados pelo Programa Operacional Factores de Competitividade, entidade tutelada pelo Ministério da Economia e Inovação, sendo co-financiado pelo FEDER. Esses prémios foram directamente reconhecidos em “Outros rendimentos e ganhos”, uma vez que os bens subsidiados já se encontravam totalmente depreciados.
39. Outros gastos e perdas Rubricas
2010
2009
Gastos com garantias bancárias
374.893.30
331.285,75
Dívidas incobráveis
388.641,83
113.858,22
Gastos com factoring
169.111,92
104.941,05
Serviços bancários
678.432,57
340.098,61
Impostos e taxas
676.287,20
594.897,48
Donativos
163.065,48
156.419,26
Correcções relativas a exercícios anteriores
92.567,42
162.312,83
Alienações de investimentos não financeiros
90.677,00
82.945,40
Multas e penalidades
301.086,28
152.956,73 58.313,69
Danos a terceiros
22.421,79
Gastos com confirming
25.743,61
5.864,32
Descontos de pronto pagamento concedidos
18.172,12
56.532,74 20.167,40
Quotizações
24.577,35
Insuficiência de estimativa para impostos
11.684,07
33.540,61
Diferenças de câmbio desfavoráveis
67.704,15
183.254,03 4.292,67
Indemnizações
4.357,00
Perdas em inventários
13.451,32
5.320,33
Outros gastos e perdas
200.686,76
587.539,79
3.323.561,15
2.994.540,91
87
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Anexo
40. Gastos e reversões de depreciações e amortizações 2009
2010 Gastos de
Reversões de
depreciação e de amortização
Rubricas
Total
Gastos de
Reversões de
depreciação
depreciação
depreciação
e de amortização
Total
e de amortização
e de amortização
- (4.295.010,55)
(4.298.516,22)
-
(696.931,20)
(50.324,01)
-
(50.324,01)
(2.671.591,90)
- (2.671.591,90)
(2.119.119,80)
-
(2.119.119,80)
(7.663.533,65)
(7.663.533,65)
(6.467.960,02)
Activos fixos tangíveis
(4.295.010,55)
Propriedades de investimento
(696.931,20)
Activos intangíveis
-
(4.298.516,22)
(6.467.960,02)
41. Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis 2010 Rubricas
2009
Perdas por
Reversões de
imparidade
perdas por
Total
Perdas por
Reversões de
imparidade
perdas por
imparidade Activos fixos tangíveis
imparidade
(152,78)
-
(152,78)
-
-
-
(152,78)
-
(152,78)
-
-
-
42. Juros e rendimentos similares obtidos Rubricas
2010
2009
Juros contratuais e de mora
2.924.563,57
2.203.776,60
Juros de empréstimos concedidos
195.186,05
243.023,24
Juros de depósitos
50.412,63
274.772,37
Juros de outras aplicações de meios financeiros
23.244,96
717,93
Juros de swaps
778.285,61
1.824.375,94
Juros de obrigações do tesouro
207.780,78
-
Outros juros e rendimentos
1.039.560,39
134.702,40
5.219.033,99
4.681.368,48
43. Juros e gastos similares suportados Rubricas
2010
2009
Juros de aplicações financeiras
3.438.083,35
9.329.791,11
Juros de empréstimos bancários
7.207.413,57
6.865.001,96
Juros de factoring
728.336,86
537.842,57
Juros de leasing
139.418,63
248.348,83
Juros de confirming
38.333,77
27.863,26
Juros de self-confirming
23.665,29
-
Juros de mora e compensatórios
18.346,73
81.673,58
Outros juros de empréstimos obtidos
20.126,34
6.088,88
Juros de desconto de títulos
58.032,33
5.350,09
26.470,00
Outros gastos e perdas de financiamento
88
Total
Serviços bancários
54.194,95
Comissões garantias
96.625,24
84.247,66
Outros juros e gastos
165.681,83
776.658,92
11.988.258,88
17.989.336,85
44. Imposto sobre o rendimento O gasto (rendimento) por impostos correntes é o indicado no quadro seguinte: 2011
2009
IRC do ano
2.709.171,07
1.699.129,12
Imposto diferido
384.602,62
328.473,90
3.093.773,69
2.027.603,02
Pessoal Imposto corrente
45. Compromissos da entidade por garantias prestadas Em 31 de Dezembro de 2010 as responsabilidades do grupo prestadas a terceiros foram as seguintes: Banco
Valor garantia
SANTANDER
11.895.690,48
BCP
7.411.254,31
BPI
8.620.873,11
BBVA
3.876.702,06
BARCLAYS
2.284.795,06
BES
2.588.609,92
CGD
6.530.512,88
BPN
1.936.854,24
BANIF
869.620,12
BANCO POPULAR
415.015,25
BANCO BIC
7.152,69
Entidades Concedentes
11.093.855,24
Outros
299.147,03
Total
57.830.082,39
Braga, 31 de Maio de 2011 O Conselho de Administração, José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira Hernâni José Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Teresa Gonçalves Gomes
O Técnico Oficial de Contas, Susana Maria Macedo Queirós
89
pessoas que dรฃo o mรกximo pela
que dรก o mรกximo pelas pessoas
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Certificação das Contas Consolidadas
CERTIFICAÇÃO LEGAL das CONTAS CONSOLIDADAS
92
93
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Relatório e Parecer do Fiscal Único
RELATÓRIO e PARECER do FISCAL ÚNICO
94
“Desperation is a necessary ingredient
to learning anything, or creating anything. Period. If you ain’t desperate at some point,
you ain’t interesting.” Jim Carrey
Relatório e Contas Consolidado dst, sgps, s.a. - 2010 Órgãos Sociais
ÓRGÃOS SOCIAIS
CONSELHO ADMINISTRAÇÃO
PRESIDENTE: José Gonçalves Teixeira VICE-PRESIDENTE: Avelino Gonçalves Teixeira VOGAL: Joaquim Gonçalves Teixeira VOGAL: Hernâni José Gonçalves Teixeira VOGAL: Teresa Gonçalves Gomes VOGAL: José Manuel Lello Ribeiro de Almeida
MESA DE ASSEMBLEIA-GERAL PRESIDENTE: Teresa Gonçalves Gomes SECRETÁRIO: Sara Cristina Styliano
ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO (Fiscal Único) Efectivo: Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães, SROC, representado por Dr. Mário da Cunha Guimarães (ROC n.º 1159). Suplente: Dr. Joaquim da Cunha Guimarães (ROC n.º 790).
96
ANEXO ao RELATÓRIO do CONSELHO de ADMINISTRAÇÃO
Em cumprimento do estatuído no n.º 5, do artigo 447.º e no n.º 4, do artigo 448.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais (CSC), aprovados pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro, apresentamos, de seguida, a lista de acções abrangidas pelo disposto nesse preceituado: 1. Os membros do Conselho de Administração abrangido pelo n.º 5 do art.º 447 do CSC eram titulares em 31 de Dezembro de 2009 das seguintes acções: - José Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 acções com o valor nominal de cinco euros cada; - Joaquim Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 acções com o valor nominal de cinco euros cada; - Avelino Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 acções com o valor nominal de cinco euros cada - Hernâni José Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 acções com o valor nominal de cinco euros cada. 2. Os seguintes accionistas abrangidos pelo disposto no nº 4 do artigo 448º do CSC, eram titulares, à data de encerramento do exercício, de pelo menos um décimo do capital: - José Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; - Joaquim Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; - Avelino Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; - Hernâni José Gonçalves Teixeira com 23,00% do capital. Braga, 31 de Maio de 2011 O Conselho de Administração José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Hernâni José Gonçalves Teixeira Teresa Gonçalves Gomes
97
group