PORTUGAL TEM FUTURO RELATÓRIOS & CONTAS 2011 dst, sgps, s.a. e dst, s.a.
José Teixeira presidente do conselho de administração do grupo dst
Índice Relatório & Contas 2011, dst, sgps, s.a. Mensagem do Presidente Em 2011 tudo mudou muito novamente. Relatório de Gestão Consolidado
Qualidade e certificações ... busca permanente da melhoria da satisfação dos seus clientes, através da implementação de um adequado e eficaz Sistema de Gestão... pág. 5 Informação Financeira. pág. 5
Enquadramento Macroeconómico
Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2011. pág. 5
Quadro Macroeconómico internacional
Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas. pág. 5
Após uma recuperação da economia mundial em 2010, que se estendeu à generalidade das regiões, perspetiva-se uma desaceleração do crescimento entre os anos de 2011 e 2013.
Quadro Macroeconómico nacional No quadro de crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o processo de ajustamento... pág. 2
Setor da Construção O setor da construção em Portugal voltou a registar, durante o ano de 2011, uma quebra na sua atividade... pág. 2
Setor do Ambiente e Água ... tem tido uma evolução muito significativa nas últimas décadas... pág. 2
Demonstração Consolidada das alterações no Capital Próprio no período de 2010. pág. 5 Demonstração Consolidada das alterações no Capital Próprio no período de 2011. pág. 5 Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa. pág. 5 Anexo pág. 6 Certificação Legal das Contas Consolidadas. pág. 9
Relatório e Parecer do Fiscal Único. pág .9
Setor das Energias Renováveis ...assume atualmente uma posição de relevo em Portugal, decorrente da expressão que os seus players têm assumido no panorama energético nacional. pág. 2
A Energia Eólica A capacidade total mundial instalada de energia eólica atingiu, no final de 2011... pág. 2
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração. pág. 9
Relatório & Contas 2011, dst, s.a. Relatório de Gestão pág. 10
Enquadramento Macroeconómico A Energia Solar ...é um dos mais promissores recursos energéticos. pág. 2
Quadro Macroeconómico internacional
A Energia Hídrica
Após uma recuperação da economia mundial em 2010, que se estendeu à generalidade das regiões... pág. 10
... é a principal fonte de energia renovável a nível mundial, sendo uma das energias renováveis mais atractivas pela sua maturidade e previsibilidade... pág. 3
O Setor das Telecomunicações ...o setor das telecomunicações, como expectável, se tenha mantido atrativo ao investimento, nomeadamente ao nível das Redes de Nova Geração. pág. 3
Análise Económico Financeira O volume de negócios do grupo dst atingiu os 192,4 milhões de euros, um decréscimo de 7,6% face a 2010... pág. 3
Kepler levou anos a estudar. A Europa, em estado de pressão e agitação aleatória e constante não tem tempo para pensar e não pensando apontará todos os dias novas soluções para problemas imprevisíveis. O seu reconhecimento como familiar é apenas manobra de diversão. Assim apenas são encontradas soluções provisórias que geram sacrifícios vãos. Todos devemos parar para pensar no que está a acontecer. Nenhuma crise pode condicionar a nossa liberdade e menos a nossa imaginação. Os nossos sonhos não podem ser reféns de qualquer crise ditada pelo tacticismo, pelo egoísmo ou pela ignorância assim como as economias não podem viver de ansiolíticos. Os dirigentes Europeus, os governantes portugueses, a oposição portuguesa, os dirigentes empresariais, os empresários, os dirigentes dos trabalhadores, os trabalhadores e as famílias, todos, devem estacionar o pensamento e ver o sítio do início do problema que nos trouxe aqui a este inferno que tem quase nada de alegórico. Uns terão de contratar antropólogos e sociólogos para conhecer o passado, e os movimentos do passado, e assim entenderem o presente para projetarem soluções de presente com futuro. Outros devem ver a vida de um novo ângulo para entenderem qual o seu papel no que irá acontecer no dia do Jubileu. Algo tem de ser feito novamente pela primeira vez para que a direção no sentido de chegarmos a um ponto b - ao cabo da Boa Esperança - seja a de menor custo ponderado e, nem sempre a distância mais curta da a para b é em linha reta. Todos temos de ceder à inteligência que protege o maior número para chegarmos mais seguros e mais fortes a um destino de confiança, de oportunidades e onde as pessoas sejam a causa das escolhas. Na dst trabalhamos há anos todos os dias sabendo onde está o ponto b e conhecemos as dificuldades que no trajeto temos de enfrentar. São dificuldades cada vez mais agressivas que exigem de nós mais conhecimento. Que exigem de nós mais treino. Que exigem de nós a descoberta de novas soluções para surpreender o bicho e matar de coração o “Mostrengo”. A nossa embarcação sofre atualizações constantes pelos que têm a tarefa de pensar nas atualizações e em estudar o que vai acontecer.
Os nossos “meteorologistas” trabalham para prever o que acontecerá ao consumo dos nossos produtos e dos nossos serviços e, por essa via, antes do tempo de tempestade, nos sinalizam novas rotas para outros metais, outras especiarias e outras sedas. O que quer significar que abandonamos a tempo o que não é consumido não ficando com stocks de monos nem sem soluções e, a tempo, fabricamos soluções surpreendentes e atacamos áreas de negócio e de mercados em que os concorrentes são mais fracos por terem preferido prever com cartomantes. O grupo dst tem um plano de negócios feito em 2011 para 2014 ousado, para os tempos de quase caos em que a economia vive mas a ousadia é uma das nossas vantagens - cujo desempenho está a ser superado. Todos conhecem a originalidade da dst em negócios da economia verde - águas, resíduos e energia renovável bem como das telecomunicações. Todos conhecem a nossa obsessão pela inovação e pelo conhecimento como todos conhecem o gosto que temos pela beleza das coisas que fazemos e o prazer de partilhar o produto das coisas que construímos. Todos sabem que temos imensas portas de entrada de negócio e quando uma encerra entramos por outra. E também sabem que quando a fechadura nos nega a chave nós arrombamos a porta! E, tantas portas temos ainda no nosso portfólio de entradas! O nosso potencial é brutal! A dst tem batalhões de soldados sofisticados e mobilizados. Queremos paz mas não fugimos à guerra! No futuro próximo estaremos mais fortes. Num futuro mais distante seremos muito melhores. Na dst as dificuldades liquidam-se como se pagam dívidas. Agradecemos a quem confia em nós. Agradecemos aos nossos clientes e aos nossos parceiros de negócio financeiro - aos que financiam a nossa atividade. Aos nossos trabalhadores o mesmo de mais: para o ano voltaremos a ser melhores e a bater as marcas batidas. Assumimos este dever pelas nossas famílias, por Portugal e porque sim.
Quadro Macroeconómico nacional
Setor da Construção ...em Portugal voltou a registar, durante o ano de 2011, uma quebra na sua atividade... pág. 10
Atividade da Empresa
Áreas de Negócio. pág. 4
Engenharia e Construção
Investimento. pág. 11
...é a área de negócio core no grupo dst porquanto foi aí que, nos anos 40, iniciou a sua atividade... pág. 4
Recursos Humanos. pág. 11
Energias Renováveis
Análise Económico-Financeira. pág. 11
atividade das energias renováveis é desenvolvida através de um conjunto de negócios diversificados em termos tecnológicos... pág. 4
Perspetivas Futuras. pág. 11
O volume de facturação proporcional desta área de negócio ascendeu a 32,1 milhões de euros...
Em 2011 tudo mudou muito novamente. A envolvente externa continuou a não dar sinais de saber sair da tempestade criada e meio mundo está sem soluções para se evadir de mares tão adversos sob o domínio do “Mostrengo”. Dominador, turbulento, imprevisível e louco este “Mostrengo” exigiria ao leme uma liderança forte e aceite naturalmente pelos Estados membros. Não uma liderança de poder não legitimado cuja confiança, sendo inexistente, difusa e pouco mais do que informal vive de esperanças a olhar para os mastros e cordas do navio Europa para ver se os filhos de Zeus, Pólux e Castor, estão presentes para os salvar da tempestade. A mitologia não ajuda e o deus grego, para piorar, deve estar zangado. Nos nossos mares, nos mares de Portugal, “O Mostrengo (não) está no fim do mar”! O “Mostrengo” está no nosso mar de todos os dias recentes a rodar à volta da nossa nau. O “Mostrengo”, esta crise, precisa de alguém que ao fim de tremer três vezes grite: “Aqui ao leme sou mais do que eu: Sou um povo que quer o mar que é teu; E mais que o Mostrengo, que me a alma teme E roda nas trevas do fim do mundo, Manda a vontade, que me ata ao leme, De El-rei D. João Segundo!“ Fernando Pessoa ,in Mensagem. Os dirigentes precisam de ter tempo para entenderem o que se está a passar. Não ter, nem tempo para descansar nem tempo para pensar dará problema bravo e farpado, sempre. A Europa vive de respostas criadas todos os dias para crises de todos os dias. O sortido das respostas está excêntrico e roda desgastando a ordem natural das coisas. A Europa, e os dirigentes Europeus deixaram de ser donos de momentos de silêncio e não evitam o atropelamento do tráfego telefónico de pedidos de socorro. Os Estados não resolvem os seus problemas com as horas ocupadas pelos nossos dirigentes no estudo de movimentos que Johannes
No quadro de crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos... pág. 10
O setor de serviços de águas e resíduos em Portugal tem tido uma evolução muito significativa nas últimas décadas... pág. 11
Ambiente e Água
Mensagem do Presidente
Dívidas ao Estado e Outros Entes Públicos e à Segurança Social, em situação de mora. pág. 11
pág. 4
Telecomunicações
Acontecimentos subsequentes. pág. 11
...constituiu em 2008 a dstelecom na senda estratégica da criação e gestão de uma rede de nova geração, fundada na integração dos serviços de telecomunicações de voz, dados e imagem em banda larga. pág. 4
Nota Final pág. 11
Nota Final pág. 4
Informação Financeira pág. 11
Responsabilidade Social Corporativa A dst prossegue uma política de responsabilidade social baseada em estratégias de sustentabilidade .... pág. 5
Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2011. pág. 11
Recursos Humanos ... as boas práticas no âmbito dos Recursos Humanos valeram ao grupo dst a atribuição do prémio “Excelência no Trabalho”. pág. 5
Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho Ao longo do ano de 2011 foram realizadas 1.500 acções de formação/sensibilização para colaboradores do grupo dst... pág. 5
I&D e Inovação ...é uma atividade fundamental no grupo e refletiu-se na criação de uma empresa vocacionada para potenciar, avaliar, produzir e comercializar ideias inovadoras. pág. 5
Sociedade
Proposta de aplicação de resultados. pág. 11
Demonstração Individual dos Resultados por Naturezas. pág. 11 Demonstração Individual das alterações no Capital Próprio no período de 2010. pág. 11 Demonstração Individual das alterações no Capital Próprio no período de 2011. pág. 11 Demonstração Individual dos Fluxos de caixa. pág. 11 Anexo. pág. 12 Certificação Legal das Contas Consolidadas.
Relatório de Gestão Consolidado Ex.mos Senhores Acionistas, A Administração, no cumprimento das exigências legais e estatutárias, vem apresentar a V. Exas. o Relatório de Gestão relativo ao exercício económico de 2011. Tendo em conta que o ambiente em que nos inserimos está diretamente relacionado com a evolução positiva ou a retração da economia mundial, antes de passarmos a apresentar os dados da empresa e dos centros de negócios que a compõem, efetuaremos uma ligeira abordagem aos dados macroeconómicos, internacionais e nacionais, mais importantes.
Enquadramento Macroeconómico
pág. 13
No âmbito do seu programa alargado de responsabilidade social, a atividade mecenática assume particular relevância... pág. 5
pág. 13
Ambiente
Órgão Sociais. pág.13
O grupo dst manteve as certificações do sistema de gestão ambiental pela Norma NP EN ISO 14 001:2004. pág. 5
Anexo ao relatório do Conselho de Administração. pág. 13
Relatório e Parecer do Fiscal Único.
Âmbito: Construção Civil e Obras Públicas, Ensaios Laboratoriais e Manutenção de Equipamentos e Viaturas. Concepção, Desenvolvimento, Produção e Aplicação de Betão Betuminoso. Concepção, Desenvolvimento e Fabrico de Produtos de Madeira e Derivados de Madeira e Mobiliário. APCER CERTIFICADO N.º 2007/CEP. 2951 CERTIFICADO N.º 2003/CEP. 1951 CERTIFICADO N.º 2006/CEP. 2714 SISTEMA PORTUGUÊS DE QUALIDADE NP EN ISO 9001:2008
domingos da silva teixeira, s.a. rua de pitancinhos apartado 208 - palmeira 4710-911 braga portugal t. +351 253 307 200/1 f. +351 253 307 210 www.dstsgps.com mcrc braga nipc 501 489 126
Quadro Macroeconómico internacional Após uma recuperação da economia mundial em 2010, que se estendeu à generalidade das regiões, perspetiva-se uma desaceleração do crescimento entre os anos de 2011 e 2013. Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial cresceu 5%, enquanto que em 2011 terá aumentando cerca de 3,7%, de acordo com fontes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (CE). Em 2011, o motor do crescimento económico continuou a ser os mercados emergentes, assente no forte dinamismo dos países asiáticos (China e Índia), América Latina e Rússia. As principais economias avançadas continuaram a apresentar níveis muito baixos de crescimento. As Instituições Internacionais prevêem um crescimento mais fraco nos EUA, uma desaceleração acentuada no Japão e o prosseguimento de um crescimento mais moderado na União Europeia, com evoluções muito distintas entre Estados-membros, apresentando-se mais forte na Alemanha, Suécia e Polónia; mais modesto no Reino Unido e em França, e mais fraco em Itália e em Espanha.
Importa ainda referir que alguns países periféricos da Zona Euro (Portugal e Grécia) vão manter-se em recessão em 2012, sendo este o resultado de um processo de forte reajustamento estrutural das suas economias. A incerteza quanto ao enquadramento da economia mundial permanece elevada, associada à persistência de amplos desequilíbrios macroeconómicos, no caso dos EUA, à fragilidade do mercado de habitação e à continuação de um mercado de trabalho pouco dinâmico, elevando assim os riscos no sentido descendente do crescimento económico mundial. Paralelamente a esta situação, manteve-se a crise das dívidas soberanas em alguns países periféricos da Zona Euro, tendo aumentado os riscos de contágio para os restantes países, o que se repercute na forte instabilidade dos mercados financeiros internacionais e na diminuição da confiança dos agentes económicos. Num contexto de elevados riscos na maioria das economias desenvolvidas e continuação de grandes ajustes e desafios nas economias emergentes, em 2011, o ritmo de crescimento da economia mundial abrandou, com os EUA e a União Europeia a registarem um crescimento de 1,6% e o Japão a sofrer uma recessão de 0,4%, associada, em parte, aos efeitos do terramoto de Março de 2011.
Indicadores Macroeconómicos PIB mundial: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
2009
2010
2011(e)
-2,4 -4,1 -4,0 -5,0
3,0 2,0 1,9 4,0
1,6 1,6 1,5 -0,4
Fonte: GPEARI Finanças Leitura: variação percentual (e) - estimativa
Na Europa, as incertezas sobre a solidez do setor financeiro e a intensificação da crise da dívida soberana na Zona Euro abalaram um sistema financeiro ainda fragilizado. A crise financeira nos países periféricos da Zona Euro levou a uma análise de risco mais rigorosa, que resultou num agravamento do prémio de risco soberano. Para fazer face à crise financeira foi acordado o reforço dos instrumentos de estabilização, salientando-se o accionamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e a disponibilização por parte do FMI de recursos adicionais para os Estados-membros, sob a forma de empréstimos bilaterais, num montante que poderá alcançar os 200 mil milhões de euros.
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RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
Quadro Macroeconómico internacional (cont.) Em 2011, a Zona Euro terá crescido 1,5 p.p., contudo, as instituições e os mercados europeus continuam frágeis e a retoma na Europa a 27 deverá manter-se moderada, em resultado do impacto prolongado da crise financeira e da implementação de fortes medidas de controlo orçamental em 2011. O aumento dos preços das matériasprimas, sobretudo do petróleo e dos produtos alimentares, foi responsável, em parte, pelo aumento da inflação observada. As pressões inflacionistas permaneceram contidas nas economias avançadas e mais elevadas nas economias emergentes. Contudo, o esforço exigido a alguns países da Zona Euro na consolidação orçamental tem levado ao aumento dos impostos indiretos e à aceleração dos preços administrativos, os quais têm vindo a impulsionar uma subida da taxa de inflação nesta região. De acordo com o FMI, nas economias desenvolvidas a inflação manteve-se nos 2,6% em 2011. Quanto à taxa de inflação da Zona Euro, a CE prevê que esta se situe abaixo dos 2% nos próximos dois anos devido à desaceleração prevista dos preços de energia, ao abrandamento persistente da economia e ao crescimento moderado dos salários. Em Novembro de 2011, a taxa de inflação homóloga da Zona Euro manteve-se em 3% e em termos de variação homóloga dos últimos 12 meses subiu para 2,7%. Associado ao fraco crescimento económico, o mercado de trabalho deve manter-se anémico na Zona Euro, estando prevista uma estagnação do emprego em 2012 e um ligeiro aumento de 0,3% em 2013. De acordo com a CE, a taxa de desemprego deve diminuir para 10,0% na Zona Euro em 2013 (10,1% em 2010), tendência que se estende à gene-
ralidade dos países, com excepção da Grécia, Portugal, Chipre e Eslovénia, que apresentam uma subida significativa deste indicador. Indicadores Macroeconómicos Inflação: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
2009
2010
2011(e)
-0,4 1,0 0,3 -1,3
1,6 2,1 1,6 0,7
3,2 3,0 2,6 -0,2
Taxa de desemprego: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
9,3 8,9 9,4 5,1
9,6 9,7 10,1 5,1
9,0 9,7 10,0 4,9
Índice de produção industrial: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
-11,2 -13,6 -14,8 -21,8
5,3 6,8 7,4 16,6
4,2 4,2 4,6 -3,4
Fonte: FMI / Comissão Europeia / Eurostat / GPEARI Finanças Leitura: variação percentual (e) - estimativa
No sentido de assegurar um acesso mais facilitado do setor bancário à liquidez e permitir um melhor funcionamento do mercado monetário da Zona Euro, a 8 de Dezembro o Conselho do BCE reduziu em 25 pontos base a taxa de juro de referência, para 1%, que em Novembro se situava nos 1,25%. Refletindo as baixas taxas de juro praticadas pelos bancos centrais, as taxas do mercado monetário do Euro evidenciaram, no final de 2011, uma progressiva descida nas taxas de curto prazo na Europa. Já nos EUA, as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o movimento ascendente iniciado em Agosto de 2011, continuando com valores inferiores a 1%.
Em Novembro de 2011, as taxas de juro de longo prazo aumentaram na Zona Euro, refletindo as crescentes preocupações com a crise da dívida soberana; nos EUA diminuíram, refletindo a incerteza quanto às perspetivas para a economia mundial. No final de Dezembro de 2011, as taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses situavam-se em 1,024%, 1,178% e 1,356%, respectivamente. Esta ligeira descida no final de 2011 refletiu, em parte e conforme referido atrás, a divulgação por parte do BCE da descida da taxa de referência e da adopção de medidas não convencionais adicionais para apoiar o crédito bancário e a liquidez do mercado monetário da Zona Euro.
Taxas de Juro Referência ZONA EURO EUA JAPÃO REINO UNIDO
2009 1,00 0,25 0,30 0,50
2010 1,00 0,25 0,10 0,50
2011 1,00 0,25 0,10 0,50
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: percentagem, no final do período
Taxas de Juro Mercado Monetário ZONA EURO Eonia Euribor 1 mês Euribor 3 meses Euribor 6 meses Euribor 12 meses EUA Libor 3 meses JAPÃO Libor 3 meses
Acompanhando a desvalorização de 2010, a taxa de câmbio do Euro face ao Dólar americano desceu no ano de 2011, situando-se nos 1,318 dólares no final do ano. A depreciação desvalorização do Euro face às principais divisas internacionais tem sido impulsionada pela perceção negativa da sustentabilidade das finanças públicas em alguns Estados-membros da Zona Euro. Divisas EUR/USD EUR/JPY EUR/GBP EUR/CHF
2009 1,441 133,160 0,888 1,484
2010
2011
0,72 0,90 1,23 1,44 1,62
0,44 0,57 0,81 1,08 1,35
0,62 1,18 1,39 1,64 2,01
0,69
0,34
0,34
0,47
0,23
0,19
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: percentagem
2011 1,318 102,55 0,844 1,228
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: paridade das divisas no final do período
A intensificação da crise da dívida soberana na Zona Euro e o aumento da incerteza relativa ao crescimento económico mundial nos próximos anos contribuíram para a diminuição dos grandes índices bolsistas internacionais. Mercados Bolsistas Dow Jones EURO STOXX Nikkei 225 Standard & Poors 500
2009
2010 1,336 108,65 0,861 1,250
2009 -25,4 -23,2 -22,5
2010 2011 13,4 -3,4 7,3 -5,7 20,3 11,4
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: variação percentual
Em 2011, o preço das matérias-primas não energéticas, metais e bens agrícolas, apresentou uma desaceleração significativa, devido sobretudo à quebra dos preços dos metais, dos produtos industriais e agrícolas. O preço do barril do petróleo aumentou significativamente face a 2010, em resultado do aumento da procura mundial. O preço do petróleo Brent em 2011 rondou, em média, os 111 dólares por barril.
Matérias-Primas Petróleo Brent USD/Barril (1) Bens Agrícolas (2) Metais (2)
2009 2010 2011(e) 62,45 80,22 111,09 -17,0 33,8 27,2 -28,60 48,2 17,9
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: (1) preço médio barril/USD / (2) variação percentual (e) - estimativa
A CE prevê ainda para a Zona Euro uma desaceleração das exportações para 3,4% em 2012 (11,3% em 2010 e 6,1% em 2011) e um abrandamento do investimento, que apenas deve aumentar 0,5% em 2012. Estas revisões em baixa para 2012 devem-se à perspetiva de um crescimento económico mundial fraco e à ocorrência de uma grave crise de confiança dos empresários, a qual se encontra associada à conjugação da frágil situação das finanças públicas e das vulnerabilidades do setor financeiro, colocando fortes restrições na concessão do crédito. O consumo privado da Zona Euro deverá manter-se estagnado em 2012 (+0,4%), fomentado pelo impacto das medidas de consolidação orçamental no rendimento das famílias e pela falta de melhoria do mercado de trabalho. O esforço de consolidação feito pela generalidade dos países pode originar uma melhoria da situação das finanças públicas nos próximos anos, estando previsto um défice em torno dos 3,2% do PIB, em média, na Zona Euro, nos anos de 2012 e 2013. Esta previsão fica abaixo dos défices alcançados desde 2009, que se situaram, em média, em 5,6% do PIB entre 2009 e 2011. No entanto, a dívida pública em percentagem do PIB deve continuar a aumentar para cerca de 91%, em média, nos anos de 2012 e 2013, prosseguindo a tendência ascendente registada a partir de 2008. comentário editorial, Susana Braga última página
Quadro Macroeconómico nacional Indicadores Macroeconómicos
2009
Despesas e PIB: - Consumo Privado - Consumo Público - FBCF - Exportações - Importações - PIBpm
-1,0 2,9 -11,9 -11,8 -10,9 -2,6
2,0 3,2 -4,8 8,7 5,3 1,4
-3,6 -3,2 -11,2 7,3 -4,3 -1,6
-0,8 -8,1
1,4 2,0
3,6 -2,2
9,3 -17,9 33,47 -10,34 10,8 9,5
2,1 -24,4 12,4
Inflação Índice de Prod. Industrial Índice de Volume de Negócios na Indústria Índice PSI 20 Taxa de Desemprego
2010 2011(e)
Fonte: Ministério das Finanças Leitura: variação percentual, à excepção da taxa de desemprego (e )- estimativa
No quadro de crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. Estes desequilíbrios traduziram-se em necessidades de financiamento externo persistentes e elevadas. Num contexto de fortes tensões nos mercados financeiros, estes desequilíbrios constituem uma vulnerabilidade da economia portuguesa, que contribuiu para a perda de acesso do setor público e, consequentemente do setor bancário, a financiamento de mercado em condições regulares. Deste modo, o Estado português solicitou assistência financeira junto do
O setor da Construção O setor da construção em Portugal voltou a registar, durante o ano de 2011, uma quebra na sua atividade, influenciado por um enquadramento económico profundamente desfavorável. A generalidade dos indicadores aponta para uma contração do volume de produção do setor, o valor acrescentado bruto (VAB) da construção diminuiu cerca de 11,6% face ao período homólogo de 2010 e o investimento em construção revelou uma quebra de 14,1%. Em Novembro de 2011 observa-se uma diminuição de 8,3% no nível de atividade do setor, de 6,3% no índice de confiança (o qual se encontra em queda há 41 meses consecutivos), 3,2% no emprego e 11,6% na carteira de encomendas. A acentuada quebra em todos os indicadores qualitativos do setor da construção revela claramente a crise profunda que o setor atravessa em Portugal, que se torna ainda mais evidente quando comparada com a situação da União Europeia, onde se verifica um aumento, embora ligeiro, da confiança dos empresários do setor, bem como da carteira de encomendas. O mercado da habitação tem sido o mais penalizado pela atual conjuntura económica, como comprovam os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, que revelam uma quebra de 63,4% nos novos créditos concedidos para aquisição de habitação. Esta é uma consequência do impacto das medidas de consolidação orçamental no rendimento das famílias e das restrições impostas no acesso ao financiamento para compra de habitação. Estes fatores, associados às crescentes dificuldades económicas decorrentes do aumento do desemprego, bem como à grave crise de confiança que se instalou a nível geral, tem conduzido a uma redução drástica da procura de habitação. A confirmar a contração no segmento da construção de edifícios residenciais, o licenciamento de novos fogos habitacionais regista uma quebra de 31,1%, que se traduz numa redução de 6.565 habitações licenciadas. O segmento da habitação voltou a ser o que registou a maior
FMI e UE. Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo português se comprometeu a adoptar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de carácter estrutural. O processo de consolidação orçamental em curso afectará negativamente o crescimento da economia portuguesa entre 2011-2013, mas deverá criar condições para um crescimento sustentável no longo prazo. As projeções do FMI apontam para uma contração sem precedentes da atividade económica e da procura interna, acompanhada de uma redução substancial do desequilíbrio externo. De acordo com as previsões do FMI, o défice orçamental ficará nos 5,9% do PIB, contudo, o Governo aponta para um défice de 4,5% do PIB. Em 2011, estima-se que o PIB tenha contraído 1,6%, traduzindo assim uma queda significativa da procura interna, tanto pública como privada. A forte contração da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, que não é no entanto suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes. Assistiu-se a uma continuada deterioração das condições no mercado de trabalho, redução de emprego em termos líquidos e aumento da taxa de desemprego para níveis historicamente elevados, 12,4% no 3.º trimestre de 2011. Por outro
lado, as medidas de consolidação orçamental implicam uma contração sem precedentes no rendimento disponível das famílias, verificando-se, de forma generalizada, uma diminuição do poder de compra e da confiança dos consumidores. Em 2011, a taxa de inflação média anual aumentou para os 3,6% (1,4% em 2010), traduzindo o impacto do aumento da tributação indireta, subida de preços sujeitos a procedimentos de natureza administrativa, aumento dos preços dos transportes e dos produtos energéticos, cuja taxa do IVA aumentou dos 6% para os 23%. A evolução da economia portuguesa será marcada pelo ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos estruturais, no contexto do PAEF acordado com a União Europeia, os países da Zona Euro e o Fundo Monetário Internacional. Este processo, que se intensificará em 2012, deverá implicar uma forte contração da procura interna até final de 2013. O seu sucesso é, no entanto, determinante para garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos básicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo da economia portuguesa, o retomar de um processo de crescimento sustentável e assim assegurar o regresso dos agentes residentes ao financiamento junto dos mercados financeiros internacionais. comentário editorial, João Matos última página
quebra de produção, que deverá ter rondado os 15%. Contudo, em 2011, a quebra de produção foi também bastante forte nos segmentos da construção não residencial e no segmento das obras de engenharia civil. Também em virtude da crise económica, o segmento dos edifícios não residenciais voltou a registar um sensível decréscimo, com a área licenciada a apresentar uma quebra de 7,9% em termos homólogos. No segmento das obras públicas verifica-se uma forte redução do investimento, com o número de concursos promovidos pela Administração Central a contraírem-se 70,3% em 2011 face a 2010. A avaliar pelos valores dos concursos lançados até Novembro de 2011, apurouse uma redução de 1.239 milhões de euros, o que se traduz numa quebra em valor de 31,6% face ao mesmo período de 2010. Para a evolução desfavorável da atividade deste segmento, e segundo os empresários que operam neste mercado, contribuem não só a redução do investimento público, mas também o excesso de concorrência e os preços base muito baixos dos concursos. O emprego assegurado pelo setor da construção registou no 3.º trimestre de 2011 uma redução de 3,2% face ao 2.º trimestre do ano, o que se traduziu numa diminuição de 14 mil empregados em apenas três meses. Em termos acumulados, desde 2002, a diminuição de emprego no setor da construção já atingiu cerca de 168 mil postos de trabalho. No índice de confiança dos empresários verificou-se uma quebra de 6,3%, atingindo um novo mínimo histórico, em resultado de um período consecutivo de quedas que ultrapassa os 40 meses. Segundo fontes da CE, a confiança dos empresários europeus que operam no setor da construção manteve-se, em termos médios, num patamar positivo (+0,7%), enquanto em Portugal essa confiança continua em queda acentuada, agravando-se assim o fosso entre Portugal e os restantes países da União Europeia nesta matéria. Esta situação resulta em forte medida da evolução recente da carteira de encomendas, que para Portugal se traduziu numa redução de 27,4%, claramente em oposição com
o aumento de 5,2% registado, em média, na União Europeia. ver quadro 1. pág 3
O setor do Ambiente e Água O setor de serviços de águas e resíduos em Portugal tem tido uma evolução muito significativa nas últimas décadas e especialmente na última década e meia, nomeadamente no que diz respeito ao enquadramento institucional. Na verdade, a empresarialização dos sistemas multimunicipais e municipais de captação, tratamento e distribuição de água para consumo público, de recolha, tratamento e rejeição de efluentes e de recolha e tratamento de resíduos urbanos e a abertura da sua gestão ao setor privado ocorreram com a publicação dos Decretos-Lei n.º 372/93, de 29 de Outubro, e n.º 379/93, de 5 de Novembro. Na estratégia definida no PEAASAR II, as entidades gestoras, a par com a necessária execução de infraestruturas para se atingirem os desejados níveis de atendimento com os padrões de qualidade que hoje se exigem, devem assegurar que o preço dos serviços reflita os custos da água e do saneamento, como forma de garantir a sustentabilidade dos serviços, e promover o uso eficiente dos recursos, através de adequadas práticas ambientais, assegurando o cumprimento integral das obrigações legais, sem perder de vista as recomendações tendentes ao estabelecimento de tarifas socialmente aceitáveis, em particular as relacionadas com o aumento da escala territorial das intervenções e o aproveitamento integral dos financiamentos associados. Em Portugal, o setor do abastecimento de água e de saneamento de águas residuais está subdividido em duas vertentes na sua cadeia de valor: a “alta” e a “baixa”: ŸSistemas em “Alta” de atividade grossista: sistemas de captação, tratamento e adução de água e sistemas de recolha, tratamento e rejeição de águas residuais. ŸSistemas em “Baixa” de atividade retalhista: sistemas de distribuição de água
e de recolha de águas residuais domésticas. Existe um elevado número de entidades gestoras a actuar em Portugal (354) e a sua reduzida dimensão não permite uma desejável - e tão esperada - eficiência, optimização e escala no setor da água. A situação torna-se mais preocupante ao adicionar a dispersão e a pequena escala das entidades gestoras ao curto ciclo da água que estas gerem: é que, das 354 entidades gestoras somente 51 é que gerem todo o ciclo urbano da água, ou seja, água e saneamento, “alta” e “baixa”. Ora, se por um lado é sabido que as tarifas de água não cobrem os custos totais do serviço, não são sustentáveis e têm de aumentar, por outro lado há um forte trabalho a desenvolver na optimização dos sistemas, quer por efeito de escala quer na redução de custos do serviço. De acordo com o RASARP 2010, ao nível do abastecimento de água a média ponderada do preço médio de serviço das entidades gestoras “em alta” é de 0,46 €/m3, constatando-se alguma dispersão da qualidade de serviço, com valores máximo e mínimo de, respetivamente, 0,70 e 0,30 €/m3. No caso do abastecimento de água “em baixa”, a média ponderada do preço médio de serviço situase em 1,43 €/m3, constatando-se alguma dispersão da qualidade de serviço, com valores máximo e mínimo de 2,56 e 1,01 €/m3, respetivamente. Ao nível do Saneamento, segundo o RASARP 2010, a média ponderada do preço médio do serviço das entidades gestoras “em alta” é de 0,32 €/m3, constatando-se uma dispersão significativa da qualidade do serviço, com valores máximo e mínimo de, respetivamente, 0,62 e 0,24 €/m3. No caso do saneamento “em baixa”, a média ponderada do preço médio do serviço é de 0,71 €/m3, verificando-se uma dispersão significativa da qualidade do serviço, com valores máximo e mínimo de 2,17 e 0,28 €/m3, respetivamente. Embora se tratem de valores médios, estes números refletem os desequilíbrios que se verificam no setor e a necessidade de atuar urgentemente no sentido de uma maior racionalidade, eficiência e optimização.
O setor das Energias Renováveis O setor das energias renováveis assume atualmente uma posição de relevo em Portugal, decorrente da expressão que os seus players têm assumido no panorama energético nacional. No final de 2011, o total de potência instalada renovável atingiu 10.323 MW. Empenhado na redução da dependência energética externa, no aumento da eficiência energética e na redução das emissões de CO2, o Governo definiu linhas estratégicas para o setor da energia, aprovando a Estratégia Nacional para a Energia (ENE 2020), que estima que até 2020 seja reduzida a dependência energética externa em 74%. Nesse sentido, as energias renováveis terão um papel fundamental a desempenhar, prevendo-se para 2020 uma capacidade instalada de 8.500 MW na energia eólica, 8.600 MW na energia hídrica e 1.500 MW na energia solar. Em Portugal, a produção de energia elétrica a partir de fontes de energia renováveis (FER) decresceu cerca de 15% em 2011 face a 2010, fato para o qual contribuiu o decréscimo de 27% na produção hídrica. Quanto à incorporação de FER no consumo bruto de energia elétrica, atingiu cerca de 50% em 2011. No que se refere à capacidade total mundial instalada das diferentes fontes de energia renovável e da sua contribuição para a produção de energia elétrica, em 2011 o ranking alterou-se, com a energia solar a conquistar terreno: a energia hídrica figura em primeiro lugar, seguida da energia eólica, solar, biomassa, geotérmica e das ondas. (1)Dados estimados para 2011
A Energia Eólica A capacidade total mundial instalada de energia eólica atingiu, no final de 2011, cerca de 239 GW, quando no final de 2010 era de cerca 197 GW, o que constitui um novo aumento recorde de 42 GW1 (após o incremento de 37,6 GW em 2010).
A nível mundial, a China manteve a sua posição como o país com maior capacidade instalada, após instalar no ano 2011 cerca de 18 GW eólicos, atingindo uma capacidade instalada de 62,7 GW (mais de um quarto da capacidade mundial instalada). Os EUA mantêm-se em segundo lugar no ranking com uma capacidade instalada de 46,9 GW (+6,8 GW de nova capacidade instalada em 2011) (1). Por outro lado, em alguns países da Europa, verificou-se alguma estagnação ou mesmo decrescimento. Na Europa, a Alemanha mantém a liderança, com 29,1 GW instalados (+2 GW face a 2010), seguida pela Espanha com 21,6 GW instalados (+1 GW face a 2010). Na União Europeia, a capacidade total instalada atingiu cerca de 94 GW1, com um aumento de potência instalada de 9.616 MW (dos quais 8.750 MW onshore e 866 MW offshore) em 2011, muito próximo do incremento de 9.648 MW registado no ano 2010. ver gráfico 1 . pág 3
Em Portugal, são as regiões do Norte e Centro do país as que apresentam a maior concentração nacional de parques eólicos, devido à maior disponibilidade de recursos. A potência eólica instalada em Portugal no final de 2011 situa-se em 4,3 GW, suficiente para produzir 15% da eletricidade consumida, e encontra-se distribuída por 218 parques, com um total de 2.240 aerogeradores ao longo de todo o território continental e um offshore. Salienta-se a entrada em funcionamento, em Dezembro de 2011, do aerogerador da primeira central eólica offshore da Aguçadoura. No final de 2011, Portugal mantém a posição, já detida em 2010, de sexto país europeu com maior potência eólica instalada, ao encerrar o ano com 4,3 GW de capacidade eólica, face aos 3,9 GW existentes em 2010, em virtude da instalação de cerca de 0,4 GW de nova potência em 2011. ver gráfico 2 . pág 3
A Energia Solar A energia solar fotovoltaica é um dos mais promissores recursos energéticos. Em 2011, o setor solar fotovoltaico con-
solidou a sua posição, em termos de capacidade mundial instalada, como a terceira fonte de energia renovável mais importante, apesar da crise financeira e económica mundial. Com efeito, no final de 2011 é atingida uma capacidade mundial total instalada de cerca de 67,4 GW1 (incremento de 27,4 GW durante 2011), quando no final de 2010 era de cerca de 40 GW, em 2009 cerca de 23 GW e em 2008 não chegava a 16 GW. A Europa lidera, com cerca de 21 GW de potência instalada em 2011 (crescimento superior a 50%), atingindo uma capacidade total superior a 50 GW (mais de 75% do total mundial), seguida pelo Japão (+1 GW) e EUA (+1,6 GW). Atendendo aos dados previsionais disponíveis à data, prevê-se que, fora da Europa, a China ocupe o top do ranking de 2011 com uma capacidade instalada durante o ano de 2011 de, pelo menos, 2 GW, seguida pelos EUA com 1,6 GW instalados em 2011. No que respeita à potência instalada na U.E. durante o ano de 2011, a Itália figura no top do ranking com uma capacidade adicional instalada de 9 GW, totalizando 12,5 GW, seguida da Alemanha, que acresceu 7,5 GW em 2011, alcançando uma capacidade instalada total de 24,7 GW. Em Portugal, a capacidade instalada no final do ano 2011 atingiu aproximadamente 150 MW, quando em 2010 ascendia a cerca de 130 MW e, em 2009, cifrava-se em 114 MW. ver gráfico 3 . pág 3
Em Portugal, ao nível da Microgeração, a alteração do regime legal, que trouxe como principal novidade a transparência no acesso à atividade através de um sistema simplificado de obtenções de licenças de interligação com a RESP (rede elétrica de serviço público), teve como consequência um aumento claro da potência instalada. No final de 2011, e como consequência do Memorando de Entendimento entre o Estado Português e a Troika, foi publicada a Portaria n.º 284/2011, de 28 de Outubro, que vem adaptar o Decreto-Lei n.º 118-A/2010, de 25 de Outubro, estabelecendo uma tarifa de 0,32 €/kWh e 10 MW de quota anual de potência a atribuir.
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
Foi assim reduzida significativamente a tarifa de referência para 2012, que no âmbito do Decreto-Lei n.º 118-A/2010, de 25 de Outubro, correspondia a 0,36 €/kWh, assim como a quota anual de potência, que passa dos inicialmente previstos 25 MW / ano para 10 MW / ano, correspondendo a pouco mais de 2 800 instalações. A atividade de Miniprodução, que teve início com a publicação do Decreto-Lei n.º 34/2011, de 8 de Março, veio permitir a ligação à RESP de centrais fotovoltaicas com potência até 250kW, desde que instaladas em edifícios com consumos significativos, com a potência instalada a ter que ser inferior ou igual a 50% da potência contratada, fixando a tarifa em 0,25 kWh e a quota anual de potência a atribuir em 50 MW. Ao longo de 2011, no âmbito da Miniprodução, foram efetuados registos que totalizam aproximadamente 31 MW de potência atribuída. A publicação da Portaria n.º 285/2011, de 28 de Outubro, na consequência do já referido Memorando de Entendimento, veio diminuir a tarifa de referência para 2012, não em 7%, como estava inicialmente previsto, mas em 14%, passando em 2012 a ser 0,215 €/kWh, bem como diminuir a quota de potência anual para 30MW.
A Energia Hídrica A energia hídrica é a principal fonte de energia renovável a nível mundial, sendo uma das energias renováveis mais atrativas pela sua maturidade e previsibilidade, bem como pela sua capacidade de competir economicamente com as outras fontes de energia não renovável. A China é de longe o principal produtor de energia hidroelétrica do mundo, seguida do Canadá, EUA e Brasil. Em Portugal, a produção de energia elétrica atingiu uma capacidade instalada no final de 2011 de 5271 MW quando, em 2010, ascendia a 4837 MW. Atualmente, e em ano médio, um pouco mais de 30% da eletricidade consumida em Portugal tem origem hídrica. O setor hidroelétrico em Portugal ficou marcado em 2007 pelo lançamento do Programa Nacional de Barragens com Elevado Potencial Hidroeléctrico, atualmente em execução. Este programa prevê a execução dos Aproveitamentos Hidroelétricos de Padrozelos, Daivões, Vidago, Gouvães, Foz Tua, Pinhosão, Fridão, Girabolhos, Alvito e Almourol. A conclusão destes projetos resultará num aumento da capacidade instalada de 1100 MW.
Além do previsto no Plano Nacional de Barragens, não se perspetiva um desenvolvimento deste setor ao longo de 2012. Tendo em consideração a publicação do Decreto-Lei n.º 25/2012, de 6 de Fevereiro, que suspende a atribuição de novos pontos de injeção na Rede Elétrica de Serviço Público e da publicação do Despacho 3316/2012, do Ministério da Economia e do Ambiente, que se traduz na impossibilidade de licenciamento de novos Aproveitamentos Hidroelétricos e na extinção dos processos de licenciamento administrativo em curso. comentário editorial, Margarida Monteiro, página 9
O setor das
3
nos 49,4%, mais 2,5 pontos percentuais do que no trimestre homólogo anterior.
em maior número e com maior diversidade. De acordo com os indicadores publicados trimestralmente pelo organismo regulador do setor (ICP – ANACOM), os assinantes de televisão por subscrição (considerando não só soluções wireline mas, também, por satélite - DTH - Direct to Home) em final de 2011 aumentaram em cerca de 202 mil, face ao ano anterior, atingindo uma base de 2,98 milhões de assinantes. De enaltecer que a oferta em fibra ótica FTTH/B (Fiber to the Home / Building) foi a que mais contribuiu para o crescimento deste serviço, uma vez que em cada 10 novos clientes, em termos líquidos, cerca de 6 foram obtidos no âmbito desta oferta (informação publicada pela ANACOM).
ver quadro 5
No final do quarto trimestre de 2011, o número de acessos ao sistema telefone fixo ascendeu a 4,5 milhões, verificando-se um aumento de 1,1% face ao período homólogo de 2010. O crescimento dos acessos via VoIP foi de 27,0%, nos quais se incluem os acessos via fibra ótica (FTTH/B) que, de acordo com a ANACOM, aumentaram em 94%. Com referência ao final de 2011, as empresas do Grupo PT que atuam neste mercado possuíam uma quota de clientes de 58,7% neste segmento, o que representa uma diminuição de 17,5 pontos percentuais desde 2007. Esta diminuição decorre do aumento de ofertas de prestadores alternativos, sobretudo as ofertas em pacote.
ver quadro 2
Telecomunicações Em 2011 a economia global continuou afetada pela crise internacional que atingiu vários setores de atividade, pese embora o setor das telecomunicações, como expectável, se tenha mantido atrativo ao investimento, nomeadamente ao nível das Redes de Nova Geração. As Redes de Nova Geração proporcionam um serviço de telecomunicações mais rápido, que permite o acesso a produtos e serviços tecnologicamente inovadores pela generalidade dos consumidores. No contexto europeu, foram mantidos os apoios ao investimento em Redes de Nova Geração através da atribuição de incentivos financeiros. Este investimento tem como objetivo promover a adoção massificada de acessos a elevados níveis de débito à Internet, e o desenvolvimento de aplicações avançadas com vista à ligação generalizada de utilizadores a Redes de Nova Geração. Nesse sentido, manteve-se a aposta no crescimento numa ótica de penetração de serviços de banda larga wireline em todo o território europeu, sobretudo em regiões com menor interesse e potencial comercial, tornando o acesso a elevados débitos generalizado, nomeadamente o acesso à Internet. Ao nível do mercado português, ao longo de 2011 o setor dos serviços de telecomunicações continuou a evidenciar um crescimento em termos de base de clientes wireline. No setor residencial continuou a assistirse a uma disputa dinâmica entre a PTC (PT Comunicações), com o seu produto MEO, e a oferta da ZON (ao nível da TV por assinatura). A concorrência entre ambas tem beneficiado o consumidor com a possibilidade de aceder a ofertas
Neste exercício económico assistiu-se à entrada da ZON no mercado empresarial, em especial no âmbito das pequenas e médias empresas e do mass business. O mercado tornou-se mais competitivo em resultado da Optimus e da Vodafone poderem disponibilizar ofertas de convergência fixo móvel, pese embora a hegemonia do Grupo PT se tenha mantido. Ao nível do corporate notou-se uma pressão significativa sobre o parque de clientes da ONI, que resultou na perda de clientes de referência da empresa. Assistiu-se, igualmente, a um crescimento do número de clientes de acesso à Internet em local fixo. Segundo dados publicados pela ANACOM com referência ao quarto trimestre de 2011, verificou-se um crescimento de 5,1% face ao trimestre homólogo anterior, atingindose 2,2 milhões de clientes.
ver quadro 6
A principal tecnologia de acesso à Internet em banda larga fixa continua a ser o ADSL, que representa 49,1% do total com referência ao quarto trimestre de 2011. O número de acessos via modem cabo ascende a 903 mil, o que representa 40,3% do total dos acessos e reflete um aumento de 5% face ao trimestre homólogo anterior. O acesso à Internet suportado em fibra ótica (FTTH/B) verificou um aumento de 81,4% face ao mesmo período de 2010 e ascende a 237 mil acessos. Assim, o crescimento do acesso à Internet em banda larga suportado em fibra ótica (FTTH/B) ascendeu a 10,5% do total de acessos. ver quadro 4
No que se refere às quotas de clientes de banda larga fixa, e como se pode observar no referido quadro (ver quadro 4), a quota de clientes do Grupo PT, no final do quarto trimestre de 2011, situou-se
Indicadores do Setor Vendas Cimento Venda de Aço Licenças de Construção Obras Públicas - Promoções - Adjudicações - Trabalhos Executados FBCF (construção)
GRÁFICO 1 2009 -15,5 -4,8 -21,5
2010 -7,0 -23,0 -10,0
2011(e) -15,4 -8,9 -11,0
-29,5 12,3 42,1 -11,7
21,9 -38,9 -15,3 -4,8
-34,1 -1,6 -21,0 -14,1
MW
25.000 20.000 15.000
Fonte: Ministério das Finanças / INE Leitura: variação percentual (e) - estimativa
10.000
Fonte: ICP - ANACOM Unidade: milhares de assinantes
4T10 786 498 992 169 121 104 104 2.775
2T11 811 519 1.006 177 125 105 105 2.848
4T11 862 555 1.028 190 130 106 106 2.977
comentário editorial, Xavier Martin, página 9
4T10
Var. homóloga 9,5% 11,5% 3,6% 11,9% 7,2% 2,0% 2,3% 7,3%
Clientes de banda larga (fix 2.075 Clientes de acesso dial-up 29 Número total de clientes 2.104
0
GRÁFICO 2 Energia Eólica - Capacidade mundial instalada (MW) 250.000
Variação Trimestral 4T11/3T11 4T11/4T10 5,3% 2.169 2.186 0,8% -10,1% 26 26 -1,4% 5,1% 2.195 2.212 0,8% 3T11
4.302
5.000
QUADRO 2 - Evolução do número de assinantes do serviço de televisão por subscrição. Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Região Autónoma dos Açores Região Autónoma da Madeira total
Capacidade instalada UE - 2011
30.000
QUADRO 3 - Evolução do número total de clientes de acesso fixo à Internet.
No que diz respeito ao wholesale, a grande novidade do mercado em 2011 foi a entrada da ZON que, quer isoladamente quer em parceria com outros operadores, tentou optimizar os ativos de rede que possui susceptíveis de serem partilhados com outras empresas do setor. Em 2011 foi preparado o switch-off do sistema analógico terrestre, a partir do qual o serviço de televisão deixa de estar disponível por via analógica, o que mereceu diversas intervenções de carácter tecnológico e político no decurso do ano. Pese embora Portugal não seja dos países pioneiros na adoção do padrão digital, que melhora significativamente a qualidade do sinal de televisão aberto e oferece frequências para a prestação de outros serviços wireless, a cessação do sinal analógico terrestre representa um marco histórico. O leilão de blocos de frequências, em determinados espectros, acabou por ter apenas a presença dos atuais prestadores de serviços de comunicação móvel, gorando-se desta forma a possibilidade da entrada de um novo player neste mercado. A ZON e a ONI não participaram no leilão, e não se verificou a presença de qualquer operador de um país estrangeiro. Desta forma, as frequências em leilão foram distribuídas de forma praticamente equitativa pelos três players atuais, com um ligeiro destaque para a Vodafone. Assim, encontram-se reunidas as condições de base para que os operadores móveis invistam em tecnologia que permita disponibilizar serviços 4G, com maiores larguras de banda.
ver quadro 3
QUADRO 1
4T11
Fonte: ICP - ANACOM / INE Unidade: milhares de clientes
200.000 150.000 100.000 50.000
QUADRO 4 - Evolução do número de acessos de banda larga (acesso fixo) 4T10
3T11
Total de acessos, dos quais: 2.127 Acessos ADSL 1.112 % do total de banda larga fixa 52,3% Acessos moden cabo 860 % do total de banda larga fixa 40,4% Acessos FTTH/B 130 % do total de banda larga fixa 6,1% Outros 25 % do total de banda larga fixa 1,2%
2.217 1.106 49,9% 890 40,1% 201 9,1% 20 0,9%
0
4T11
Variação Trimestral 4T11/4T10 4T11/3T11 5,3% 1,0% 2.240 -1,2% -0,6% 1.099 49,1% 5,0% 903 1,5% 40,3% 81,4% 237 17,6% 10,6% -93,7% 2 -92,3% 0,1%
Fonte: ICP - ANACOM Unidade: milhares de acessos
QUADRO 5 - Evolução das quotas de clientes de banda larga (acesso fixo). 2010 2011 4T10 1T11 2T11 47,8% Grupo PT 46,9% 47,2% 46,2% PT Comunicações 44,9% 45,6% 1,9% 1,5% 1,5% PT Prime 0,1% 0,1% 0,1% TMN 32,9% Grupo Zon Multimédia/TV Cabo 32,5% 32,8% 30,5% ZON TV Cabo Portugal 30,1% 30,4% 1,5% 1,5% 1,6% ZON TV Cabo Madeirense 0,9% 0,9% 0,9% ZON TV Cabo Açoreana 7,9% 7,7% 7,6% Cabovisão 6,6% 6,1% 5,8% Optimus 4,2% 4,2% 4,1% Vodafone 1,2% 1,1% 1,0% AR TELECOM 0,3% 0,3% 0,3% ONITELECOM 0,6% 0,6% 0,6% Outros Prestadores
Portugal
Capacidade total instalada
GRÁFICO 3 Energia Solar Fotovoltaica - Capacidade mundial (MW) 25.000 20.000 15.000
3T11 48,4% 47,0% 1,4% 0,1% 32,7% 30,2% 1,6% 0,9% 7,3% 5,6% 4,1% 0,9% 0,3% 0,6%
4T11 49,4% 48,0% 1,4% 0,1% 33,0% 30,5% 1,6% 0,9% 7,2% 5,4% 4,2% 0,1% 0,1% 0,6%
10.000 5.000 0
Total capacidade instalada Capacidade instalada em 2011
Fonte: ICP - ANACOM
QUADRO 6 - Número de acessos do sistema telefone fixo. 4T10 1T11 Acessos principais totais 4.477 4.511 Acessos Analógicos 2.444 2.360 (dos quais) postos públicos 32 29 Acessos RDIS e Diginet 722 675 Básicos 397 363 Primários 267 286 Fracionados 1 4 Outros acessos digitais 57 22 GSM / UMTS 442 454 VoIP / VoB 868 1.022
Variação Trimestral 2T11 4T11/3T11 4T11/4t10 4.525 0,3% 1,1% 2.325 -1,5% -4,9% 27 -9,5% -15,5% 639 -5,2% -11,5% 352 -3,0% -11,4% 280 -1,9% 4,9% 3 -26,7% 462,9% 4 -80,9% -92,8% 458 0,9% 3,7% 1.103 7,9% 27,0%
Fonte: ICP - ANACOM Unidade: milhares de acessos
Análise Económico-financeira O volume de negócios do grupo dst - ver atingiu os 192,4 milhões de euros, um decréscimo de 7,6% face a 2010, denotando uma forte resiliência ao contexto macroeconómico depressivo do país. Mais ainda, a faturação proporcional das empresas do grupo dst independentemente do método de consolidação adoptado, atingiu os 254,6 milhões de euros. De salientar que o EBITDA - ver gráfico 2 manteve a sua consistente tendência de crescimento fixando-se acima dos 35 milhões de euros no final de 2011, atingindo os 18,6%. Este incremento da rentabilidade foi particularmente acentuado na área de Engenharia e Construção que verificou um aumento de 4 pontos percentuais. gráfico 1 -
O abrandamento do crescimento foi resultado não só do abrandamento da atividade nuclear do grupo dst, - ver gráfico 3 - a Engenharia e Construção, mas também consequência de um ano com menor intensidade de vento causando abrandamento também na área de negócio de Energias Renováveis. Assim, e face ao crescimento verificado na área de Ambiente e Água esta viu o peso aumentado na faturação e EBITDA do grupo dst - ver gráfico 4 . O impacto das áreas de negócio mais recentes no grupo tem-se vindo a aprofundar ao nível da faturação mas em particular ao nível do EBITDA à medida que os Investimentos realizados atingem fases de maior maturidade com exceção da área de Telecomunicações
GRÁFICO 3
GRÁFICO 4
ver quadro 1 e gráfico 5.
GRÁFICO 2
GRÁFICO 1 Mio €
Apesar das dificuldades do setor da Engenharia e Construção a nível nacional, esta área de negócio do grupo dst representou ainda assim mais de 20% do Resultado Líquido Consolidado. Contudo, em 2011 foram as áreas de negócio
das Energias Renováveis e Ambiente e Água as que maior preponderância tiveram no resultado líquido consolidado do grupo dst. No capítulo seguinte do presente relatório detalha-se a análise dos resultados e da atividade desenvolvida por cada uma das áreas do grupo dst em 2011. ver gráfico 6 O endividamento líquido total atingiu, em 2011, os 182,7 milhões de euros, sem alteração significativa face ao exercício anterior. Contudo, e fruto do incremento da rentabilidade o rácio net debt/ EBITDA diminuiu para 5,11 no final de 2011 (2010:5,67). A capacidade financeira manteve-se inalterada com o rácio de autonomia financeira a fixar-se em 21,44% no ano de 2011, uma redução de apenas 0,21% face a 2010.
que ainda se encontra em fase de investimento. O resultado consolidado do grupo dst foi em 2011 superior a 5 milhões de euros, inferior aos dois últimos exercícios apesar da maior rentabilidade operacional. Este resultado é consequência da adoção de critérios de prudência no que respeita a Imparidade de Dívidas de Clientes mas é também consequência do agravamento das condições comerciais das instituições financeiras nacionais.
Mio €
FATURAÇÃO
EBITDA
40,00
240,0
35,00
207,0
35,8
30,00
180,0
192,4
32,1
25,00
167,6
20,00
120,0
FATURAÇÃO
27,5
EBITDA 67,9%
78,0%
15,00 10,00
60,0
0,5%
5,00
13,4%
-3,0%
8,0%
8,9%
20,2%
0,00
0,0
2009
2010
2011
2009
QUADRO 1
2010
2011
Mil €
Engenharia & Construção
Energias Renováveis
Engenharia & Construção
Energias Renováveis
Ambiente
Telecomunicações
Ambiente
Telecomunicações
GRÁFICO 5
TEKTÓNICA 2012
GRÁFICO 6
16000 14000 3.658
12000
6.793
Tecnologia de ponta na produção de
6000 10.279
2.501
655
659,0 10.278,9
707,8 5.249,3
48,9 6,9% -5.029,6 -95,8%
37,1%
Painéis Fotovoltaicos
49
4000 5.249
552,8 8.001,8
75,3%
8000
22,0%
10000 -17,5%
2009 2010 2011 % 167.594,7 207.026,2 192.432,4 -14.593,8 -7,6% 27.524,7 32.103,2 35.761,7 3.658,4 10,2% 23.890,1 20.800,8 17.666,6 -3.134,2 -17,7% -13.308,0 -6.769,2 -9.270,7 -2.501,5 27,0% 10.582,1 14.031,6 8.395,9 -5.635,7 -67,1% 655,0 -26,9% -2.027,6 -3.093,8 -2.438,8 8.554,5 10.937,8 5.957,1 -4.980,7 -83,6%
-16,9%
Valores em €m Volume de negócios EBITDA EBIT Resultado financeiro Resutlado. antes de Imposto Impostos Resultado líq. Consolidado Atribuível: a interesses minoritários ao Grupo
2000 0 Resultados EBITA Amortizações Resultados Líquidos 2010 e Provisões Financeiros
IRC
IM
Resultados Líquidos 2011
Eng. & Construção
Energias Renováveis
Ambiente
Telecomunicações Holding e Outros
43
97
lugar de bouçós - gême 4730-180 vila verde portugal tlf. +351 253 109 050 comercial@globalsun.pt www.globalsun.pt
4
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
Áreas de negócio
Engenharia e Construção Mio €
Faturação Proporcional
250,0
%
Resultado líquido
Energias Renováveis Mio €
Faturação Proporcional
%
25,0
70,0%
Ambiente e Água
Resultado líquido
Mio €
75,3%
80,0%
63,4% 60,0% 20,0
215,2 150,0
210,6
178,6
21,4
52,6%
50,0%
15,0
40,0%
60,0%
19,4
32,1
31,0
52,3%
Resultado líquido
39,4%
37,1%
35,0%
30,3
29,0
30,0%
22,6%
30,0%
20,0% 50,0
0,0
0,0% 2009
2010
2011
0,0 2009
2010
2011
A Engenharia & Construção é a área de negócio core no grupo dst porquanto foi aí que, nos anos 40, iniciou a sua atividade com o desmonte e transformação de pedra e com o fornecimento a obras na região de Braga. Com efeito, a Engenharia & Construção mantém, ainda hoje, um peso muito relevante no grupo e corresponde ao seu maior volume de faturação, com valores superiores a 210,6 milhões de euros em 2011 que, pese embora denotem uma evolução de -2,1% face a 2010, ainda assim revelam uma enorme resistência e consolidação face à profunda quebra generalizada que se faz sentir neste setor, como resultado do enquadramento macroeconómico difícil e adverso. Também no contributo da Engenharia & Construção para o resultado líquido do grupo dst se evidencia a importância desta área, na medida em que o seu resultado em 2011 corresponde a 22% do total do grupo no ano. Importa ter presente que, para a diminuição gradual do contributo desta área de negócio, contribuiu o nível de crescimento e de maturidade das restantes áreas de negócio em que o grupo dst marca presença. O grupo dst possui um vasto elenco de fortes competências técnicas que lhe permitem ser percebido pelo mercado como um marco de rigor e de qualidade de serviço na área da Engenharia & Construção. Foi, em parte, como resultado deste capital de conhecimento técnico e da sua perceção generalizada pelos seus clientes, que o grupo dst levou a cabo, em 2011, diversas obras de craveira, de que se salientam, entre outras, a construção do parque aeronáutico da Embraer em Évora, a execução das ETAR do Sousa e do Cávado / Homem, a renovação e requalificação da frente do rio Ave em Santo Tirso, as Decathlon de Leiria e de Setúbal e os Centros de Valorização Orgânica de Braga e de Mirandela. Simultaneamente, o grupo dst manteve o seu envolvimento no projeto de modernização do parque escolar do ensino secundário. A Cari - empresa que se dedica à edificação, reabilitação, restauro e conservação - vem prosseguindo uma estratégia de crescimento sustentada, que lhe permitiu evoluir para um volume de negócios em 2011 superior a 13,2 milhões de euros, para o que contribuíram alguns projetos de relevo na área da reabilitação, restauro e conservação de edifícios, tais como o Hotel de Santa Justa, o Hotel Mercure de Braga, os centros de saúde de Ramada e de Póvoa de Santo Adrião e a Escola Francesa do Porto. Através da dte, o grupo dst possui uma presença vincada na área das instalações elétricas, hidráulicas e de aquecimento, ventilação e ar condicionado. Esta empresa do grupo tem registado uma performance assinalável, tendo atingido um volume de negócios superior a 30,6 milhões de euros em 2011, o que representa um crescimento de 14,6% face ao ano anterior. Neste ano, a dte participou em importantes projetos desta área, de que são exemplos o Gaiart's Centrum Plaza, a Leroy Merlin de Coimbra, o Museu dos Coches, a 2.ª fase do Metro de Vila de Conde, entre outros. Por sua vez, a bysteel, empresa do grupo para a área da construção e montagem de estruturas metálicas e de revestimentos em coberturas e fachadas, vem efetuando um percurso estável na qualidade de player de referência na sua área de atividade. A conciliação da sua capacidade instalada com a excelência técnica dos seus recursos permitiu-lhe obter uma evolução muito positiva ao nível da sua produção industrial - claramente em contraciclo face aos seus concorrentes diretos - que se reflete num aumento de 348 toneladas (+6%) de aço transformado face a 2010. A bysteel teve participação em importantes obras no território nacional, tais como as estações ferroviárias do Cacém e de Barcarena, a Passagem Superior da Azinhaga, o Aeroporto de Faro e o Parque dos Poetas em Oeiras. Por outro lado, o ano de 2011 foi o da clara e inequívoca afirmação internacional da bysteel, de que se destacam as obras das Torres Oceano e da Ponte Cuelei, em Angola.
2009
2010
25,0
0,0%
24,0 2009
2011
Alto Minho I
Arga
Espiga
S. Paio
Alto da Vaca
Total
240 25,6% 61,50 2008 Melgaço, Monção, Valença, P. de Coura Promotor Ventominho
36 12,50% 4,50 2006 Caminha
6 12,50 0,75 2005 Caminha
10 10,63% 1,06 2005 V. N. de Cerveira
2,4 25,00% 0,60 2001 V. do Minho
294,40
Cap. Instalada (MW) Part. grupo dst (%) Cap. inst. grupo dst (MW) Entrada em funcionamento Localização (concelho)
Emp. Eól. Espiga, s.a.
José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira Hernâni José Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Teresa Gonçalves Gomes
68,41
Emp. Eól. Emp. Eól. Pq. Eólico Espiga, s.a. Cerveirenses, s.a. Alt. da Vaca, Lda.
O grupo dst pretende ainda alargar os seus investimentos e reforçar a sua posição no setor da energia eólica, quer a nível nacional e internacional, pelo que tem atualmente em curso processos de avaliação de projetos eólicos. O ano de 2011 foi um ano em que a marca dst solar mais uma vez se impôs no mercado solar fotovoltaico e solar térmico, que se afirmou simultaneamente em níveis de qualidade e atenção para com o cliente. Em termos de desenvolvimento de atividades de divulgação, e a par da divulgação da campanha “Sou dono de um raio de sol” no âmbito da microgeração a dstsolar marcou presença nas principais feiras do setor, nomeadamente na Tektónica (Lisboa - Maio 2011) e no Fórum do Mar (Porto - Junho 2011). A dst solar atua num mercado extremamente regulado, pelo que as alterações legislativas ocorridas em 2011 provocaram alguma estagnação no mercado de produção de energia fotovoltaica. Não obstante, a dst solar procurou diversificar a sua atividade por forma a colmatar a redução de procura no âmbito da microgeração. Nesse sentido, direcionou a sua atividade comercial para instalações off-grid (vocacionadas para autoconsumo) e desenvolveu diversos projetos de instalação de solares térmicos de média / grande dimensão em instituições como colégios e lares de terceira idade, bem como deu continuidade à execução do projeto IPSS's. O ano 2011 marca o arranque da atividade produtiva da unidade de produção de painéis fotovoltaicos da Global Sun. No primeiro semestre do ano, a Global Sun procedeu à montagem e instalação da linha de produção, tendo a sua fase de testes ocorrido em Julho e Agosto com o ramp up da linha, após o que teve início a produção efetiva, com níveis de produtividade e de desperdício extremamente positivos. De realçar ainda a obtenção das certificações de sistemas de gestão (ISSO 9001:2008, ISSO 14001:2004, OHSAS 18001:2007 / NP 4397:2008) e de produto (IEC 61215/61730). No capítulo da energia hídrica, o grupo dst constitui a dst hydro que tem vindo a desenvolver uma atividade constante de desenvolvimento de projeto “greenfield” e de análise de propostas de parceria para construção e gestão de aproveitamentos hídricos.
O Conselho de Administração deixa expressa uma palavra de reconhecimento a todos os seus colaboradores e uma de agradecimento a todos quanto, de uma forma ou de outra, cooperaram com o grupo dst. Agradecimentos especiais ao Fiscal Único, Clientes, Fornecedores e Entidades Bancárias que muito nos honram com prestimosa relação.
O Conselho de Administração,
2011
A atuação do grupo dst no setor de atividade das Energias Renováveis é desenvolvida através de um conjunto de negócios diversificados em termos tecnológicos - eólica, solar fotovoltaica, solar térmica, hídrica, oceanos, mas também na eficiência energética. As atividades desenvolvidas apresentam, como seria de esperar, etapas de desenvolvimento e maturidade distintas, desde a comercialização no mercado até estudos exploratórios. Desta forma, e após vários anos de investimento, atingiu-se em 2009 um patamar de maturidade de parte dos investimentos já realizados iniciandose assim um ciclo de contributos positivos para os resultados do grupo dst que se está a consolidar à medida que as empresas participadas e associadas progridem no seu ciclo de investimento. O volume de faturação proporcional desta área de negócio ascendeu a 19,4 milhões de euros, o que representa um decréscimo face ao ano anterior, sobretudo devido à menor disponibilidade de vento que caraterizou o ano 2011, conduzindo a uma quebra na produção eólica deste ano. O contributo para o resultado líquido em 2011 foi de 3,9 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 75,3% do resultado líquido consolidado. Na energia eólica, a atividade foi iniciada em meados dos anos 90, tornando o grupo dst num dos pioneiros na aposta nesta tecnologia em Portugal. Em 2008, entrou em funcionamento o Parque Eólico do Alto Minho I, com uma capacidade instalada de 240 MW, ampliando assim a capacidade instalada das empresas associadas do grupo para 294,40 MW. Com a realização de mais este investimento, a potência instalada do grupo dst passou para 68,41 MW. A partir de 25 de Março de 2009, com a assinatura do auto de receção do último subparque (Alto do Corisco) do Parque Eólico do Alto Minho I, todos os direitos atribuídos à Ventominho passaram a estar operacionais, materializados no aproveitamento dos ventos dos concelhos de Melgaço, Monção, Paredes de Coura e Valença, ficando concluído o investimento já comprometido no grupo dst, conforme quadro abaixo.
Nota Final Braga, 16 de Abril de 2012
2010
2010
2011
0,0% -4,0% -3,8% -8,0%
0,6 0,4
-12,0%
10,0%
0,2
-16,0%
0,0%
0,0
-11,8%
10,1%
26,0
10,0%
Resultado líquido
20,0% 15,0%
5,0
10,0%
1,1
19,5%
27,0
20,0%
%
2009
0,8
25,0%
28,0 10,0
Faturação Proporcional
1,2 1,0
40,0% 100,0
Mio €
30,0%
30,0
50,0%
17,5
%
40,0%
32,0
70,0%
200,0
Faturação Proporcional
33,0
Telecomunicações
26,8
2009
2010
2011
2009
2010
2011
Com a aquisição por parte da sociedade Criar Vantagens, Lda., empresa associada do grupo dst, da totalidade do capital da Aquapor – Serviços, s.a. no final de 2008, o grupo dst alargou a sua atuação nesta atividade, posicionando-se como um importante player nacional adicionando novas concessões à que já detinha por via indireta na Agere – Empresa de Águas, Efluentes e Resíduos de Braga, EM. Em 2011 esta tendência reforçou-se com esta área de negócio a aumentar a sua representatividade no portfólio do grupo. O volume de faturação proporcional desta área de negócio ascendeu a 32,1 milhões de euros, um crescimento de cerca de 6% que corresponde a 1,8 milhões de euros. O contributo desta área de negócio para o resultado líquido do grupo dst em 2011 ascendeu a 1,9 milhões de euros, o que corresponde a cerca de 37,1% do total. O objetivo para a área de Águas e Ambiente, nomeadamente através da associada Aquapor, é a diversificação dos negócios e a aposta na internacionalização. Na área internacional, a estratégia passa pelos países do Magreb, pelos PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e pelo Brasil, procurando parceiros locais para o desenvolvimento das áreas de negócio das águas, à semelhança do que está definido para Portugal. O largo leque de competências permite abordar qualquer modelo de gestão, desde as concessões, os projetos de concepção/construção/exploração e prestações de serviços. Neste âmbito, foi constituída em 2011 a empresa Visaqua, detida pela Aquapor e pela Intelvisa (empresa por sua vez detida pela Intelec e Visabeira), com o objetivo de se posicionar como operador de referência nas áreas do abastecimento de água, saneamento e resíduos sólidos em Moçambique.
0,3
-16,9%
0,1 2009
-20,0% 2010
2011
O grupo dst constituiu em 2008 a dstelecom na senda estratégica da criação e gestão de uma rede de nova geração, fundada na integração dos serviços de telecomunicações de voz, dados e imagem em banda larga. Encontrando-se esta área de negócios ainda numa fase de investimento e, portanto, com resultados operacionais pouco relevantes, o ano de 2011 ficou marcado pelo arranque da implementação do projeto de Instalação, Gestão, Exploração e Manutenção de uma Rede de Comunicações Eletrónicas de Alta Velocidade da Zona Norte e das Zonas do Alentejo e Algarve. Este projeto está em desenvolvimento pela dstelecom norte, lda. e pela dstelecom alentejo e algarve, lda. e representa um investimento superior a 80 milhões de euros. A cobertura da rede de fibra ótica gerida pelo grupo dst assume uma expressão muito significativa no território português, considerando que, para além das redes a desenvolver no âmbito deste projeto, a Minhocom e a Valicom possuem, igualmente, infraestruturas relevantes a este nível. Sob a cúpula da dstelecom, o grupo dst tem vindo a apostar no incremento das suas competências no âmbito da instalação, implementação, gestão e operação de redes de nova geração, sendo detentor de um forte know-how e expertise neste nicho do setor das telecomunicações. Face ao crescimento desta atividade em 2011, o grupo dst reforçou o seu quadro de pessoal por forma a assegurar a manutenção da capacidade técnica e comercial, a qualidade e rigor dos serviços prestados e o desenvolvimento de novos projetos, nomeadamente em mercados como a América do Sul, onde o grupo já desenvolveu algumas iniciativas no sentido da internacionalização da sua operação na área das telecomunicações. A conjugação das competências técnicas do grupo dst nesta área com o fato de se apresentar com um produto verdadeiramente diferenciador dos atualmente existentes no mercado, ou seja, num modelo de “operador de operadores” que tem por base o conceito de redes abertas a todos os operadores, aumenta exponencialmente o seu potencial de sucesso, quer no mercado nacional, quer noutros mercados externos, através da exportação do modelo desenvolvido em Portugal.
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
5
Responsabilidade Social Corporativa A dst prossegue uma política de responsabilidade social baseada em estratégias de sustentabilidade que contemplam a preocupação com o bem-estar coletivo e com os efeitos sociais e ambientais da sua atividade. No âmbito do seu programa alargado de responsabilidade social abrange áreas como a cultura, a educação, a saúde, a segurança, o ambiente e o conhecimento. Este programa é transversal ao grupo e é desenvolvido em contexto externo e interno envolvendo todos os colaboradores, e em linha com os valores do grupo dst: Ambição; Paixão; Lealdade; Solidariedade; Bom-gosto; Coragem; Respeito; Rigor e Responsabilidade.
Recursos Humanos No ano de 2011, as boas práticas no âmbito dos Recursos Humanos valeram ao grupo dst a atribuição do prémio “Excelência no Trabalho” no setor da construção e a classificação em segundo lugar entre as cerca de 300 grandes empresas de vários setores de atividade que participaram num estudo desenvolvido pelo Diário Económico, em parceria com a Heidrick & Struggles e a ISCTE Business School. Foi também distinguido como uma das melhores empresas para trabalhar em Portugal. Esta distinção vem confirmar a convicção e direção tomada pelo grupo e tem um valor acrescido por ser uma avaliação independente feita por quem, a par dos clientes, mais conta na dst: os colaboradores. Em 2011 foram organizados diversos eventos destinados aos colaboradores do grupo dst, com destaque para o encontro anual de quadros, subordinado ao tema “Encontros com Inovação”. Reunindo cerca de 200 participantes, o evento contou com a atuação da Associação Cultural Comédias do Minho e da presença especial do Professor Doutor Daniel Bessa, atual diretor-geral da COTEC Portugal (Associação Empresarial para a Inovação) do qual o grupo dst também faz parte. De destacar ainda a Reunião Geral de Encarregados cujo principal objetivo é a partilha de informações, quer por parte da gestão de topo, quer por parte daqueles que estão diariamente em obra. O grupo dst promoveu também, o segundo torneio de futsal constituído por equipas dos vários departamentos e empresas do grupo. A grande noite de apuramento para a final ocorreu a 29 de Abril e contou com vários elementos da administração do grupo para atribuição de prémios à equipa vencedora. Mais de 120 pessoas, entre colaboradores do grupo dst, seus amigos e familiares, estiveram reunidas em Outubro para viver um dia diferente, repleto de atividade, na área exterior das instalações da empresa.
Intitulado “Day Out”, os participantes uniram esforços com o objetivo de limpar mais de nove hectares de mata e de terrenos com capacidade de cultivo, promovendo a manutenção e conservação de um verdadeiro património natural que é propriedade da dst. Esta iniciativa de limpeza dos terrenos teve sobretudo como objetivo a preparação de diferentes zonas onde o grupo dst se encontra a criar hortas sociais disponíveis para todos os colaboradores poderem praticar agricultura biológica pela plantação dos seus próprios géneros alimentares. Adicionalmente, é também intenção da empresa construir um circuito de manutenção, promovendo a prática desportiva de forma regular. Em complemento a estas atividades são realizadas idas ao teatro ou concertos de música/espectáculos e são comemorados os aniversários no bar dos escritórios. O grupo dst possui um camarote no Theatro Circo de Braga e também um camarote no Estádio Municipal de Braga, proporcionando aos seus colaboradores o acesso gratuito a estes dois espaços. Este foi ainda o ano em que o grupo dst reforçou protocolos com entidades variadas, desde telecomunicações a financeiras, com o objetivo de proporcionar condições especiais aos seus colaboradores. O grupo dst implementou em 2011 uma importante medida com vista ao reforço dos benefícios dos seus colaboradores, a quem oferece um seguro de vida com protecção até 20.000€, em caso de morte ou invalidez. A medida surgiu no contexto da política de Recursos Humanos prosseguida pelo grupo, que ao proporcionar melhores condições de trabalho e qualidade de vida aos seus trabalhadores, pretende conferir-lhes a estabilidade e o conforto necessários para estarem alinhados no cumprimento dos objetivos da empresa. Além destas iniciativas, continua a celebrar o Dia de Aniversário de todos os colaboradores com a oferta de um livro. O grupo dst continua a investir na formação, um investimento com retorno no curto prazo, capaz de impulsionar a atividade económica fundada no conhecimento e nas competências, aumentando a competitividade. O protocolo assinado com o Centro de Novas Oportunidades da Associação Industrial do Minho, no intuito de incentivar os seus colaboradores a aumentar o seu grau de escolaridade e homologar o 6.º, 9.º e 12.º ano, teve continuidade no ano de 2011 e esta iniciativa continua a registar grande sucesso e adesão. No final de 2011, no universo de empresas participadas em mais de 50%, o grupo contava com 918 colaboradores, dos quais 17,9% mulheres e 82,1% homens, e cerca de 27% são quadros superiores. comentário editorial, Margarida Pereira, página 9
Segurança, Higiene e Saúde
grupo e refletiu-se na criação de uma empresa vocacionada para potenciar, avaliar, produzir e comercializar ideias inovadoras. A innovation point está vocacionada para a criação de novas categorias de produtos, serviços ou modelos de negócio que desafiam os paradigmas estabelecidos e geram acréscimos significativos de valor para os consumidores, para os clientes e para a própria empresa. A Investigação & Desenvolvimento é realizada na empresa ou através de parcerias envolvendo centros de investigação, universidades ou empresas nacionais e internacionais. Na linha das mais recentes tendências internacionais, evoluindo do paradigma da economia do conhecimento para o paradigma da economia da criatividade, o qual tem como competência crítica a criatividade, articulando a investigação e o design na criação de produtos inovadores. Em 2011, a innovation point prosseguiu com o desenvolvimento de plataformas Web institucionais do grupo dst bem como com o desenvolvimento de aplicações internas que suportam a atividade operacional do grupo e as atividades de I&D. Paralelamente, a innovation point desenvolveu uma candidatura ao 7.º Programa Quadro na call sob o tema ICT for efficient water resources management. O grupo dst em parceria com a dst e a Universidade do Minho e com o arquiteto José Pequeno tem vindo a desenvolver o projeto tecnológico português Et3 (Energetic Modular Technology) desde há seis anos tendo este projeto sido reconhecido e distinguido em 2009 a nível nacional e internacional. Este sistema - um painel de madeira e vidro que integra sistemas solares passivos e funções bioclimáticas, que se traduzem em maior eficácia energética, podendo ser aplicado em edifícios novos ou reabilitados - veio transformar Portugal no primeiro país do mundo a explorar a aplicação estrutural conjunta da madeira e do vidro com características energéticas no âmbito da construção sustentável. Em Agosto de 2011 doou à República Popular da China a Torre Turística Transportável (ttt), o projeto arquitetónico português que se evidenciou como uma das atrações da EXPO Xangai 2010, na área reservada às melhores práticas urbanas mundiais (UBPA). Este projeto português da autoria do arquiteto José Pequeno, no âmbito de uma parceria entre a dst e a Universidade do Minho / ISISE, foi entretanto selecionado pelo conceituado sítio de Niels Kolditz sobre e x p o s i ç õ e s m u n d i a i s (worldexpositions.info/shanghai.html), como um dos 10 grandes destaques da EXPO 2010.
Ao longo do ano de 2011 foram realizadas 1 500 ações de formação/sensibilização para colaboradores do grupo dst e 1 800 ações a colaboradores de subempreiteiros. Adicionalmente, ao longo do ano foram ainda efetuadas diversas campanhas de sensibilização por parte do departamento de Segurança com o intuito de chamar a atenção, de uma forma diferente, para alguns temas muito importantes para a Segurança e Saúde dos trabalhadores, como as quedas em altura, soterramento e a higiene nos locais de trabalho. Foram executadas medições de ruído e exposição a agentes químicos, tendo sido implementadas medidas nos locais onde os limites eram atingidos, conforme legislação específica. No que respeita aos exames e consultas de medicina do trabalho, à semelhança de anos anteriores, foram integralmente realizadas nas instalações do grupo. Os serviços são compostos por 4 enfermeiros, por um médico de trabalho e dois médicos de medicina curativa, estando sempre assegurada a presença de um enfermeiro na empresa. Durante este ano foram executados cerca de 595 exames, sendo que destes 96 correspondem a exames de admissão. De salientar que o grupo tem um gabinete de estomatologia onde os colaboradores tiveram consultas gratuitas, de medicina dentária, no sentido da prevenção da higiene oral. Com o objetivo de reduzir a zero os acidentes no chão de fábrica da bysteel, foi implementada em 2010 uma “Competição pelo não acidente”. Esta iniciativa teve continuidade no ano de 2011, com o propósito de desenvolver uma motivação extra para os colaboradores trabalharem em segurança e terem cada vez mais consciência dos riscos e consequências associados a atos imprudentes. Pretende ainda valorizar todos os que se esforçam diariamente por cumprir as regras de segurança e que são efetivamente prudentes na execução das suas tarefas diárias. O grupo dst marcou o dia Mundial da prevenção para Higiene, Saúde e Segurança com uma iniciativa designada “Contagia-te”. Esta iniciativa teve como objetivo “contagiar”, todos os colaboradores e aqueles que trabalham connosco, com o «vírus» Segurança. Para tal foram dadas palestras em todos os locais de trabalhos, distribuídos manuais, panfletos e cartazes de forma a chamar a atenção de todos.
I&D e Inovação
Sociedade No âmbito do seu programa alargado de responsabilidade social, a atividade me-
A atividade de Investigação e Desenvolvimento é uma atividade fundamental no
Informação Financeira Balanço Consolidado em 31 de Dezembro de 2011 31-12-2011 Rubricas Notas ATIVO Ativo Não Corrente 7, 8 49.260.289,50 Ativos Fixos Tangíveis 9 68.631.223,79 Propriedades de Investimento 10 120.572.198,48 Goodwil 11 31.681.181,52 Ativos Intangíveis 12 38.498.340,94 Particip. Finan. - Mét. de Equiv. Patrimonial 13 7.195.774,45 Participações Financeiras - Outros Métodos 26 5.869.053,24 Ativos por Impostos Diferidos 321.708.061,91 Ativo Corrente 14 34.821.900,12 Inventários 15 113.411.186,77 Clientes 24 1.481.047,47 Adiantamentos a Fornecedores 18 4.542.718,93 Estado e Outros Entes Públicos 17 2.784.650,00 Acionistas / Sócios 16 12.541.769,32 Outras Contas a Receber 19 1.093.309,72 Diferimentos 20 39.486,14 Outros Ativos Financeiros 4 13.374.460,18 Caixa e Depósitos Bancários 184.090.528,62 506.798.590,53 Total Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio 21 25.000.000,00 Capital Realizado 50.000.000,00 Prémios de Emissão 3.063.691,11 Reservas Legais 165.440,00 Outras Reservas 14.241.113,00 Resultados Transitados 9.437.168,07 Ajustamentos em Ativos Financeiros 6.033,34 Outras Variações no Capital Próprio 5.249.262,04 Resultado Líquido do Período 1.302.445,04 Total de Capital Próprio 108.465.152,59 PASSIVO Passivo Não Corrente 22 7.103.527,45 Provisões Financiamentos obtidos 23, 8 165.571.343,23 26 4.049.157,55 Passivos por Impostos Diferidos 20 812.096,19 Outros Passivos Financeiros 25 30.090.512,75 Outras Contas a Pagar 207.626.637,17 Passivo Corrente 24 81.044.076,05 Fornecedores 15 59.193,52 Adiantamento de Clientes 18 1.839.639,87 Estado e Outros Entes Públicos 17 271.209,15 Acionistas / Sócios Financiamentos Obtidos 23, 8 36.540.340,17 25 47.958.798,58 Outras Contas a Pagar 19 21.993.543,44 Diferimentos 189.706.800,77 397.333.437,94 Total do Passivo 505.798.590,53 Total do Capital Próprio e do Passivo
31-12-2010
33.835.589,60 67.424.948,55 119.372.272,29 33.196.276,10 37.160.607,11 9.452.930,69 7.024.661,98 307.467.286,32 34.850.659,56 95.895.879,79 1.470.618,41 7.125.445,32 2.782.609,12 14.579.239,67 640.146,31 94.832,00 15.227.725,66 172.667.155,84 480.134.442,15
Demonstração Consolidada dos Resultados por Naturezas Período findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 2011 Rendimentos e Gastos Notas 27 192.370.231,75 Vendas e Serviços Prestados 28 30.164,53 Subsídios à Exploração 29 4.293.378,59 Ganhos/Perdas imputados de Subsid., Assoc. e Empreend. conjuntos 30 (1.018.819,17) Variação nos Inventários da Produção 31 62.182,46 Trabalhos para a Própria Entidade 32 (48.903.866,45) Custos das Mercadorias vendidas e das Matérias Consumidas 33 (84.235.818,13) Fornecimentos e Serviços Externos 34 (24.772.793,43) Gastos com o Pessoal 35 8.131.884,44 Imparidade de Dívidas a Receber (Perdas / Reversões) 36 77.851,52 Provisões (Aumentos / Reduções) 37 (3.009.534,04) Aumentos / Reduções de Justo Valor 38 6.482.814,16 Outros Rendimentos e Ganhos 39 (4.025.854,14) Outros Gastos e Perdas 29.218.053,21 Result. antes de Depreciações, Gastos de Financ. e Impostos 40 (10.041.052,34) Gastos / Reversões de Depreciação e de Amortização 41 Imparidade de invest. Depreciáveis/Amortizáveis (Perdas/Reversões) 19.177.000,88 Result. Operacional (antes de gastos de financiamento e Impostos) 42 4.412.254,53 Juros e Rendimentos Similares Obtidos 43 (15.193.362,60) Juros e Gastos similares suportados 8.395.892,81 Resultado antes de Impostos 44 (2.438.820,27) Imposto sobre o Rendimento do Período 5.957.072,55 Resultado Líquido do Período Resultado Líquido do Período atribuível a: Detentores do Capital da Empresa-mãe Interesses Minoritários
5.249.262,04 707.810.51 5.957.072,55
2010 201.213.027,97 72.613,48 5.114.724,05 (670.123,87) 5.813.175,10 (53.432.984,61) (104.696.147,55) (25.099.916,37) 3.747.742,73 108.990,63 (2.354.175,60) 9.466.618,10 (3.323.561,15) 28.464.497,45 (7.663.533,65) 152,78 20.800.811,03 5.219.033,99 (11.988.258,88) 14.031.586,14 (3.093.773,69) 10.937.812,45
cenática assume particular relevância no que respeita à educação, à cultura e à sua respetiva divulgação. O grupo dst tem preocupações culturais desde a sua génese, o que o diferencia e lhe traz valor acrescentado. É uma forma de fazer negócios assentes numa base cultural forte. Das várias atividades e iniciativas realizadas em 2011 é de salientar as seguintes: Ÿ Principal mecenas da Companhia de Teatro de Braga. ŸPrincipal mecenas da Feira do Livro de Braga. A XX edição comemorou este ano o início das suas atividades no Centro Histórico da cidade. Decorrendo de 30 de Abril a 8 de Maio, a feira contou com uma enorme variedade cultural e uma agenda repleta de eventos e espetáculos, tendo sido o dia de Inauguração Oficial marcado pela cerimónia de entrega do Grande Prémio da Literatura promovido pelo grupo dst, naquela que é já a XVI edição desta iniciativa. Ÿ Atribui um Grande Prémio da Literatura, no valor pecuniário de 15 mil euros. Maria Velho da Costa foi a grande vencedora em 2011 deste projeto empreendido há mais de 15 anos consecutivos. O seu romance intitulado “Myra” foi o premiado entre 76 obras analisadas de autores portugueses ou residentes em Portugal, publicadas em 2008 ou 2009. ŸLançou pela segunda vez consecutiva, o prémio “Emergentes dst”, que visa premiar anualmente a melhor obra de fotografia a nível internacional. O prémio é apoiado pelos “Encontros da Imagem”, uma das maiores iniciativas no campo das artes visuais em Portugal, que é também oriunda de Braga. O portfólio da autoria do húngaro Zoltán Jókay foi eleito como o melhor projeto fotográfico contemporâneo de 2011. Nesta segunda edição, a dst recebeu mais de 290 portfólios nacionais e internacionais, o dobro de candidaturas de 2010, dos quais 70 foram submetidos a análise por parte de comissários, galeristas e editores especializados de todo o mundo que estiveram presentes em Braga durante a leitura destes portfólios. As obras finalistas estiveram em exposição no Mosteiro de Tibães, em Braga. Ÿ Convidou alguns dos seus colaboradores a interpretar personagens do livro “Os Maias”, de Eça de Queiroz, para ilustrarem uma edição especial deste romance que a dst produziu. ŸDessa atividade resultou ainda uma curta-metragem. Foi criado um evento no Theatro Circo de Braga para dar a conhecer, aos colegas e público em geral, quer a curta-metragem, quer a edição especial do livro. O evento foi apresentado por dois colaboradores da empresa, contou com a presença da especialista na obra de Eça de Queiroz, Isabel Pires de Lima, e terminou com um concerto dos "Noiserv". Posteriormente foi inaugurada uma exposição numa galeria de arte, com retratos destas personagens interpretadas pelos seus colaboradores. ŸPromoveu na sua sede, a renovação da assinatura do protocolo, celebrado entre a Ventominho - Energias Renováveis e a Comédias do Minho, uma associação para a promoção das atividades e dos valores culturais do Vale do Minho. O evento contou com o apadrinhamento de Gabriela Canavilhas, na altura Ministra da Cultura, e com a presença de vários Presidentes dos municípios envolvidos. Este evento representou mais uma aposta da dst no que ao investimento em Cultura diz respeito, mediante um grande contributo para os próximos três anos da referida associação. Esta colaboração prestada pela Ventominho conta já com mais de seis anos e irá prevalecer até 2013. ŸDesenvolve contínuas políticas de apoio ao livro e à leitura. Assim, no aniversário de cada colaborador é oferecido um livro. A Newsletter do grupo é preparada contando com o contributo ativo
dos colaboradores que participam através do envio de artigos, sem qualquer restrição de temas ou géneros literários. Adicionalmente, o grupo promove ainda a leitura através da oferta de livros para bibliotecas escolares e no dia Mundial do Livro e ainda através do apoio à participação na marcha pela leitura. ŸEstimula fortemente a participação dos seus colaboradores em ações de voluntariado. O grupo continua a colaborar ativamente com a Habitat e com o Banco Alimentar contra a Fome. Este ano pelo Natal, mais de 250 crianças, bem como idosos e desfavorecidos, beneficiaram do apoio dos colaboradores do grupo dst, que empreenderam mais uma ação de solidariedade social, desta vez para ajudar o «Patronato de Nossa Senhora da Torre», uma IPSS de Braga. O contributo passou pela oferta de géneros alimentares, vestuário, calçado e produtos de higiene.
Ambiente O grupo dst manteve as certificações do sistema de gestão ambiental pela Norma NP EN ISO 14 001:2004 nos âmbitos da construção civil e obras públicas, manutenção de viaturas e equipamentos, fabrico de produtos de madeira e mobiliário, produção e montagem de estruturas metálicas (bysteel, s.a.) e certificou o âmbito de produção de painéis solares fotovoltaicos (Global Sun). Da mesma forma, manteve o registo no EMAS nos âmbitos da manutenção de viaturas e equipamentos, fabrico de produtos de madeira e mobiliário e produção e montagem de estruturas metálicas (bysteel, s.a.). As certificações e registo no EMAS são mantidos e melhorados através de auditorias sistemáticas da APCER (Associação Portuguesa de Certificação). As Declarações Ambientais relativas aos registos no EMAS estão disponíveis no sítio da empresa (www.dstsgps.com). Assumindo a responsabilidade que tem na proteção do meio ambiente durante a execução das diversas obras, a dst procede, de forma sistemática, à implementação de Planos de Gestão Ambiental nas suas empreitadas, tendo em vista a minimização dos impactos negativos que a sua atividade possa provocar. O sistema de gestão ambiental implementado nas várias empresas do grupo reflete as preocupações da empresa com a preservação do ambiente, em especial, no setor da construção civil e obras públicas. Em 2011 criou-se um Comité de Ambiente para acompanhar e incentivar os trabalhadores a participarem nas decisões relacionadas com a gestão ambiental. Durante o ano de 2011 foram realizadas obras de melhoria na rede de águas, com o encerramento de uma fossa séptica e a ligação à rede pública e o desvio das águas pluviais da zona do abastecimento de gasóleo. Iniciou-se uma campanha de redução do consumo de gasóleo e foi realizado um estudo com o objetivo de reduzir os consumos de água. Continuamos a incentivar a entrega de rolhas pelos trabalhadores, tendo-se distribuído 174 lâmpadas económicas. A participação no conselho Eco-escola da Escola Secundária de Vila Verde manteve-se durante o ano de 2011.
Qualidade e Certificações O grupo dst orienta a sua atividade na busca permanente da melhoria da satisfação dos seus clientes, através da implementação de um adequado e eficaz Sistema de Gestão, em que estão envolvidos todos os seus colaboradores. A motivação destes para a Qualidade é fundamental, pelo que a Gestão de Topo investe de forma clara e contínua na comunicação e formação dos seus recur-
7.135.688,88 164.475.588,07 5.428.794,39 553.844,47 29.531.041,03 207.124.956,84 69.772.183,59 265.689,08 1.809.212,59 271.209,15 37.993.664,35 45.582.179,72 13.325.581,97 169.019.720,45 376.144.677,29 480.134.442,15
A dst, s. a. detém a Marcação CE no âmbito das misturas betuminosas para os produtos produzidos na nossa central cumprindo a norma EN 13108-1:2006. Das 5 centrais de betão pronto da tconcrete, 3 (Braga, Famalicão e Guimarães) têm o controlo da produção certificado pela APCER, segundo a Norma NP EN 206-1:2007. A tagregados, s.a. detém a Marcação CE dos agregados, cumprindo as normas NP EN 12620-2002+A1:2010; NP EN 13043:2004/AC:2010; EN 13242:2002+A1:2007; NP EN 13139:2005/AC:2010; NP EN 133831:2010.
10.278.855,39 658.957,06 10.937.812,45
Demonstração Consolidada dos Fluxos de Caixa Período findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 Rubricas
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio no período de 2010 25.000.000,00 50.000.000,00 1.477.851,20 165.440,00 6.569.941,52 9.098.356,76 10.278.855,39 1.399.319,99 103.989.764,86
sos humanos. O grupo dst tem objetivos bem definidos, mensuráveis e consistentes com a atual Política de Gestão. Como empresa empenhada na procura da melhoria contínua, as suas atividades, desempenho e resultados são avaliados cíclica e continuamente, através da análise dos resultados obtidos, da verificação das atividades/práticas e da deteção de áreas/oportunidades de melhoria. O compromisso da organização é a melhoria contínua dos seus serviços e produtos no sentido de satisfazer as necessidades do cliente, privilegiando sempre a qualidade e esforçando-se pela implementação de práticas e procedimentos conducentes a uma adequada gestão das suas atividades, serviços e produtos. Foi inserido neste contexto de uma política de qualidade e excelência, a que o grupo dst já habituou os seus parceiros, clientes e amigos, que em 2011, viu mais uma empresa do grupo ser certificada pela APCER, a global sun. O Laboratório da dst iniciou também o seu processo de certificação, de forma à extensão do âmbito da dst aos ensaios laboratoriais, em Maio de 2012 pela APCER. O Laboratório dst tem como principal missão a realização de ensaios no âmbito do controlo de qualidade dos diversos materiais utilizados nas obras de construção civil e obras públicas, nomeadamente solos, agregados para camadas não ligadas, betão betuminoso e betão hidráulico. O controlo de qualidade desempenha um papel fundamental nas empreitadas, quer ao nível da garantia do cumprimento dos requisitos previstos, quer ao nível de processos de produção mais eficazes e com menores custos. O Laboratório é ainda responsável pela inspeção e ensaios no âmbito da marcação CE das misturas betuminosas da central de betuminoso da dst e pelo controlo de produção do betão pronto das centrais da tconcrete. O grupo dst tem certificado, também pela APCER, na área da qualidade segundo a Norma NP EN ISO 9001:2008, os seguintes âmbitos: Ÿ Conceção, Desenvolvimento, Produção e Aplicação de Betão Betuminoso; Conceção, Desenvolvimento e Fabrico de Produtos de Madeira e Derivados de Madeira e Mobiliário; Construção Civil e Obras Públicas e Manutenção de Equipamentos e Viaturas - dst, s.a.; ŸConceção, Desenvolvimento e Produção de Betão Pronto - tconcrete, s.a.; Ÿ Conceção, Desenvolvimento, Produção e Montagem de Estruturas Metálicas e Conceção de Projetos de Engenharia - bysteel, s.a.; ŸInstalação de Postos de Transformação e Iluminação Pública. Instalação de Ramais de Média e Baixa Tensão, Instalações Elétricas de utilização de Energia Elétrica e Instalações de Aquecimento, Ventilação, Ar Condicionado e Refrigeração. Projeto e Instalação de Fibra Ótica - dte - empreitadas elétricas, s.a. Ÿ Produção de Painéis Fotovoltaicos Global Sun, s.a..
Períodos de Emissão 50.000.000,00
Reservas Legais 1.104.846,05
Outras Reservas 165.440,00
Resultados Transitados 773.546,89
Ajust. em Ativos Financ. 7.733.0701,98
Outras Variações no Capital Próprio -
Result. Líq. do período 8.001.761,15
Interesses minoritários 1.110.074,08
-
373.005,15
-
7.628.756,00
-
-
(8.001.761,15)
-
-
-
373.005.15
-
(1.832.361,38) 5.796.394,62
1.365.285,78 1.365.285,78
-
Resultado Líquido do Período Resultado integral
-
-
373.005,15
-
5.796.394,62
1.365.285,78
-
(8.001.761,15) 10.278.855,39 2.277.094,24
12.644,47 (11.217,66) 1.426,81 658.957,06 660.383,87
Oper. com detentores de Capital no Período Realizações de Capital Realização de Prémios de Emissão Distribuições Entradas para Cobertura de Perdas Outras Operações
-
-
-
-
-
-
-
-
Posição em 31 de Dezembro de 2010 25.000.000,00
50.000.000,00
1.477.851,20
165.440,00
6.596.941,52
9.098.356,76
-
10.278.855,39
2.000,00 15.833,32 (388.971,28) (371.137,96) 1.399.319,99
Result. Líq. do período 10.278.855,39
Interesses minoritários 1.399.319,99
Capital Descrição Realizado Posição em 1 de Janeiro de 2010 25.000.000,00 Alterações no Período Aplicação do Resultado de 2009 Alt. em outras variações no Capital Próprio: Método de Equivalência Patrimonial Outras alt. reconhecidas no Capital Próprio
-
Demonstração Consolidada das Alterações no Capital Próprio no período de 2011 Descrição Posição em 1 de janeiro e 2011 Alterações no Período Aplicação do Resultado de 2010 Alt. em outras variações no Capital Próprio: Método de Equivalência Patrimonial Dif. de conversão de Demonst. Financeiras Ajustamentos por Impostos Diferidos Outras alt. reconhecidas no Capital Próprio
Capital Realizado 25.000.000,00
Períodos de Emissão 50.000.000,00
Reservas Legais 1.477.851,20
Outras Reservas 165.440,00
Resultados Transitados 6.569.941,52
Ajust. em Outras variações Ativos Financ. no capital próprio 9.098.356,76 -
-
-
1.585.839,91
-
8.693.015,49
-
-
(10.278.855,39)
-
-
-
-
-
(707.581,77) 542.010,79 (285.307,59) (450.878,57)
6.033,34 6.033,34
6.527,66 (18.577,91) (12.050,25) 707.810,51 695.760,26 (287.661,71) (504.661,50) (792.635,21) 1.302.445,04
-
-
1.585.839,91
-
(221.489,80) (10.664,32) 8.460.861,37
Resultado Líquido do Período Resultado integral
-
-
1.585.839,91
-
8.460.861,37
(450.878,57)
6.033,34
(10.278.855,39) 5.249.262,04 (5.029.593,36)
Oper. com detentores de Capital no Período Realizações de Capital Realização de Prémios de Emissão Resultados não distribuídos dos Participados Distribuições Entradas para Cobertura de Perdas Outras Operações
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-
-
-
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25.000.000,00
50.000.000,00
3.063.691,11
165.440,00
789.689,88 789.689,88 9.437.168,07
-
Posição em 31 de Dezembro de 2011
(789.689,88) (789.689,88) 14.241.113,00
6.033,34
5.249.262,04
2011
2010
Fluxos de caixa das At. Oper. - Método Direto 183.187.808,49 190.098.639,25 Recebimento de Clientes Pagamentos a Fornecedores (133.002.406,04) (130.582.131,97) Pagamentos ao Pessoal (24.603.749,88) (24.778.424,47) 25.581.652,57 34.738.082,81 Caixa Gerada pelas Operações (2.980.228,91) (1.792.019,96) Pag. / Rec. do Imposto sobre o Rendimento (454.431,13) (11.217,66) 22.601.423,66 32.946.062,85 Fluxo de Caixa das At. Operacionais (1) (465.648,79) 10.937.812,45 Fluxos de caixa das At. de Investimento 10.472.163,66 Pagamentos respeitantes a: (4.937.601,66) (6.977.976,28) Investimentos Financeiros 2.000,00 Ativos Fixos Tangíveis (23.561.838,58) (49.711.397,75) 15.833,32 (987.439,74) (2.671.591,90) Ativos Intangíveis (388.971,28) (3.205.703,18) Outros Tangíveis (32.692.583,15) (59.360.965,93) (371.137,96) 103.989.764,86 Recebimentos provenientes de: 333.333,33 975.000,00 Investimentos Financeiros 1.387.938,62 312.071,92 Ativos Fixos Tangíveis 4.451.020,78 1.993.167,02 Subsídios ao Investimento Total 103.989.764,86 2.669.140,78 7.519.731,99 Juros e Rendimentos similares 4.200.254,43 2.120.625,58 Dividendos 13.041.687,68 12.920.625,52 Fluxo de caixa das At. Operacionais (2) (19.650.895,47) (46.440.369,42) 929.071,57 6.033,34 Fluxo de Caixa das At. de Financiamento 548.538,45 Recebimentos provenientes de: (314.549,82) (689.049,60) 5.584.868,51 26.378.086,80 Financiamentos Obtidos 5.957.072,55 5.584.868,51 26.378.086,80 5.268.022,95 Pagamentos respeitantes a: Juros e Gastos similares (10.388.662,18) (10.665.623,26) (10.388.622,18) (10.665.623,26) (4.803.793,67) 15.712.463,55 Fluxo e Caixa das At. de Financiamento (3) Total 93.888.739,15
(287.973,71) - Variação de Caixa e Equivalentes (1) + (2) + (3) (504.661,50) Caixa e seus Equivalentes no Início do Período (792.635,21) Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período 108.465.152,59
(1.853.265,48) 15.227.725,66 13.374.460,18
(2.218.156,98) 13.009.568,67 15.277.725,66
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
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Anexos 1. Identificação da entidade. O grupo dst foi constituído em 1999, tem sede em Palmeira - Braga, sendo a empresa-mãe a dst-sgps, s.a., que tem como objeto social a gestão de participações sociais de outras entidades como forma indireta do exercício de atividades económicas nos setores de engenharia e construção, águas e saneamento, energias renováveis, telecomunicações e outros serviços. Sempre que não exista outra referência, os montantes encontram-se expressos em unidade de euro. 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras. 2.1. Sistema de Normalização Contabilística. As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e as Normas Interpretativas. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes que afetam as quantias de ativos e passivos, assim como quantias de gastos e rendimentos durante o período de relato. Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em períodos futuros. 3. Principais políticas contabilísticas. As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação das demonstrações financeiras anexas estão descritas abaixo. 3.1. Bases de mensuração. As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto de continuidade dos negócios, tomando por base o custo histórico e preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras, exceto no que se refere à parte final da nota 3.1.5. onde foi aplicado o justo valor. O grupo adotou o disposto na IFRIC 12 - Acordos de Concessão de Serviços e da SIC 29 - Divulgação - Acordos de Concessão de Serviços. A IFRIC 12 define as regras a observar na contabilização dos acordos de concessão, atendendo aos serviços que presta e ao poder de controlo que tem sobre os ativos da concessão. No âmbito da atividade concessionada, o grupo reconheceu um ativo intangível que corresponde ao direito de utilização e de exploração das infraestruturas cedidas pelo Concedente. Embora seja da responsabilidade do grupo financiar a sua construção das infraestruturas, uma vez que todos os bens se destinam a integrar a concessão e passam a estar automaticamente sujeitos às cláusulas de intransmissibilidade e reversão dos ativos, não se consideram ativos controlados pelo grupo, pelo que não são reconhecidos como ativos fixos tangíveis. Pela análise efetuada às condições de reequilíbrio económico-financeiro previstas no contrato de concessão, verificámos que certas condições de reequilíbrio estão diretamente associadas ao risco de procura e outras estão dependentes de decisões do Concedente ou de outras entidades associadas, e de flutuações de taxas de juro nos mercados financeiros. E desta análise concluímos que as condições de reequilíbrio funcionam como uma garantia a favor do Concedente, limitando a margem auferida pelo Grupo e colocando um teto no retorno da concessão. Mas que não constitui um direito a receber do Concedente ou por conta deste, pelo que os valores investidos na concessão foram reconhecidos como um ativo intangível. Tendo por base o disposto nas NCRF e supletivamente a IFRIC 12, as políticas contabilísticas adotadas pela Empresa foram as seguintes: 3.1.1. Ativos fixos tangíveis. Os ativos fixos tangíveis encontram-se reconhecidos ao custo de aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações e de eventuais perdas por imparidades. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos. Os encargos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade por via da sua utilização e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os gastos com reparações e manutenção que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis, são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. Os ativos fixos tangíveis em curso, ativos fixos ainda em fase de construção/conclusão, encontram-se contabilizados ao custo de aquisição deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A depreciação destes ativos fixos tem início a partir do momento que os ativos subjacentes se encontrem disponíveis para uso. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, pelo método da linha reta, com imputação duodecimal a partir da data em que o ativo se encontra em condições de funcionamento, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. As taxas de depreciação anuais médias utilizadas são as seguintes: Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Património artístico Outros ativos fixos tangíveis
TAXA ANUAL(%) 1 a 20 5 a 33,33 12,5 a 50 6,25 a 33,33 12,5 5 a 33,33
Uma vez que a entidade não possui uma estimativa fiável do valor residual dos ativos, foi considerado valor nulo para efeitos de depreciações dos ativos fixos tangíveis. Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um ativo, é revista a depreciação desse ativo de forma prospectiva para refletir as novas expectativas. As empresas englobadas na consolidação avaliam se existe qualquer indicação de que um ativo possa estar com imparidade no final do ano. Se existir qualquer indicação, as empresas estimam a quantia recuperável do ativo (que é a mais alta entre o justo valor do ativo ou de uma unidade geradora de caixa menos os custos de vender e o seu valor de uso) e reconhecem nos resultados do período a imparidade sempre que a quantia recuperável for inferior à quantia escriturada. As mais ou menos valias resultantes do abate ou alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o montante recebido das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”, respetivamente. Os Ativos Fixos Tangíveis em Curso dizem respeito a bens que ainda se encontram em fase de construção ou desenvolvimento e estão mensurados ao custo de aquisição sendo somente depreciados quando se encontram disponíveis para uso. 3.1.2. Propriedades de Investimento. As propriedades de investimento são constituídas por terrenos e edifícios cujos fins são a obtenção de rendas e valorização do capital investido, e não para uso ou fins administrativos, ou para venda no decurso da atividade corrente. As propriedades de investimento são mensuradas ao custo. Os custos suportados com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como gastos no período a que se referem. As taxas de depreciação anuais médias utilizadas são as seguintes:
Edifícios e outras construções
TAXA ANUAL(%) 1 a 10
3.1.3. Goodwill. .O Goodwill corresponde a benefícios económicos futuros resultantes de ativos que não são capazes de ser individualmente identificados e separadamente reconhecidos. O Goodwill relativo a Subsidiárias englobadas na consolidação encontra-se refletido na respetiva rubrica individualizada do Balanço. O Goodwill relativo a Subsidiárias não englobadas na consolidação, a Associadas e a Empreendimentos Conjuntos encontra-se refletido no valor da respetiva participação financeira sendo apresentado no balanço na rubrica Participações financeiras - Método da Equivalência Patrimonial ou Participações Financeiras - Outros métodos, consoante os casos. Em 1 de Janeiro de 2009 (data de transição para as NCRF) a empresa adotou a isenção da NCRF 3 - Adoção pela Primeira Vez da NCRF, relativa a Concentrações de Atividades Empresariais pelo que adoptou como custo considerado, nessa data, o valor do Goodwill constante das contas preparadas de acordo com o POC (custo de aquisição menos amortizações acumuladas até 31 de Dezembro de 2008 e menos qualquer perda por imparidade apurada nessa data), ao invés de calcular o Goodwill retrospetivamente à data da concentração com base em informação disponível a essa data. Da aplicação integral desta isenção aos casos concretos não resultou: Qualquer ajustamento ao Goodwill decorrente: ŸDo reconhecimento de ativos incorpóreos que não foram reconhecidos separadamente do Goodwill; ŸDo desreconhecimento de ativos intangíveis reconhecidos separadamente do Goodwill de forma incorreta; Ÿ De contingências que pudessem afetar o preço da transação e cujo desfecho já poderia ser conhecido à data da transição. Qualquer ajustamento em capital próprio decorrente: ŸDo desreconhecimento de ativos e passivos que não se qualificariam para reconhecimento no balanço da adquirida; ŸDo desreconhecimento de ativos e passivos que não se qualificariam para reconhecimento de acordo com as NCRF. Nas aquisições subsequentes a 1 de Janeiro de 2009, o Goodwill é mensurado pelo seu custo, que corresponde ao excesso do custo das concentrações de atividades empresariais a que respeitam face ao interesse do Grupo no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis na data da concentração. Sempre que o interesse da adquirente no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis excede o custo da concentração de atividades empresariais, a diferença é imediatamente reconhecida nos resultados do período após reavaliação da identificação e mensuração dos ativos passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida e da mensuração do custo da concentração. Quando o Goodwill faz parte de uma unidade geradora de caixa e parte de uma operação dentro dessa unidade é alienada, o Goodwill associado com a operação alienada é incluído no valor contabilístico da operação para determinar o ganho ou perda da operação. O Goodwill desreconhecido nestas circunstâncias é mensurado com base nos valores relativos entre a operação alienada e a porção da unidade geradora de caixa mantida. O Goodwill apresentado no Balanço está mensurado:
Na mensuração destes investimentos foram ainda respeitadas as seguintes disposições relativas à aplicação deste método: ŸAs demonstrações financeiras das participadas já estavam preparadas, ou foram ajustadas extra contabilisticamente, de forma a refletir as políticas contabilísticas do grupo antes de poderem ser usadas na determinação dos efeitos da equivalência patrimonial; ŸAs demonstrações financeiras das participadas usadas na determinação dos efeitos da equivalência patrimonial reportam-se à mesma data das do grupo; ŸOs resultados provenientes de transacções ascendentes e descendentes são reconhecidos somente na medida em que correspondam aos interesses de outros investidores na associada, não relacionados com o investidor; ŸQuando o valor do investimento fica reduzido a zero, as perdas adicionais são tidas em conta mediante o reconhecimento de um passivo sempre que a empresa incorre em obrigações legais ou construtivas. Quando posteriormente as participadas relatam lucros, o grupo retoma o seu reconhecimento apenas após a sua parte nos lucros igualar a parte das perdas não reconhecidas. Imparidade A imparidade destes ativos foi determinada tendo por base os critérios descritos na nota 3.1.1 - ativos fixos tangíveis. b) Participações financeiras – outros métodos. O grupo utiliza o modelo do custo para participações financeiras em: Ÿ Outras entidades nas quais não é obrigada a utilizar o método da
equivalência patrimonial nem a consolidação proporcional e onde não tem condições para determinar o justo valor de forma fiável, designadamente participações financeiras em empresas não cotadas em mercado regulamentado. De acordo com o modelo do custo as participações financeiras são reconhecidas inicialmente pelo seu custo de aquisição, que inclui custos de transação, sendo subsequentemente o seu valor diminuído por eventuais perdas por imparidade. Imparidade A empresa avaliou a imparidade destes ativos no final do ano. Sempre que existiu uma evidência objetiva de imparidade, a empresa reconheceu uma perda por imparidade na demonstração dos resultados. A evidência objetiva de imparidade teve em conta dados observáveis que chamassem a atenção sobre os seguintes eventos de perda: ŸSignificativa dificuldade financeira do emitente; ŸO desaparecimento de um mercado ativo para o ativo financeiro devido a dificuldades financeiras do devedor; ŸInformação observável indicando que existe uma diminuição na mensuração da estimativa dos fluxos de caixa futuros de um grupo de ativos financeiros desde o seu reconhecimento inicial; ŸAlterações significativas com efeitos adversos que tenham ocorrido no ambiente tecnológico, de mercado, económico ou legal em que o emitente opere.
ŸAo custo considerado menos imparidade, no que respeita concentrações
de atividades empresariais ocorridas até 31 de Dezembro de 2008; ŸAo custo menos imparidade, no que respeita a Goodwill originado em concentrações de atividades empresariais ocorridas em ou após 1 de Janeiro de 2009. Imparidade A imparidade do Goodwill é testada pelo menos anualmente. Se os acontecimentos ou alterações nas circunstâncias indicarem que pode estar com imparidade de acordo com a NCRF 12 - Imparidade de Ativos, a imparidade do Goodwill é testada com maior frequência, isto é, sempre que as condições o determinem. As perdas por imparidade do Goodwill não podem ser revertidas. 3.1.4. Ativos intangíveis. Os ativos intangíveis encontram-se reconhecidos ao custo de aquisição deduzido das correspondentes amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a entidade e sejam controláveis e mensuráveis com fiabilidade. Os ativos intangíveis são constituídos maioritariamente por direitos de concessão e por programas de computador e são amortizados pelo método da linha reta, aplicado em regime de duodécimos a partir da entrada em que os mesmos estão disponíveis para uso, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. Não é considerado qualquer valor residual. As taxas de amortização anuais médias utilizadas são as seguintes:
Direitos de concessão Programas de computador Propriedade industrial Outros ativos fixos intangíveis
TAXA ANUAL(%) 2,26 a 15,10 33,33 2,08 a 33,33 2,26 a 33,33
O gasto com amortizações de ativos intangíveis com vidas úteis finitas é reconhecido na demonstração dos resultados na rubrica de “Gastos/reversões de depreciação e amortização”. Qualquer ganho ou perda resultante do desreconhecimento de um ativo intangível (calculado como a diferença entre o valor de venda menos o custo da venda e a quantia escriturada) é incluído no resultado do período no ano em que o ativo é desreconhecido. Seguem-se algumas especificidades relativas aos direitos de concessão: Direitos de Concessão relacionados com a atividade concessionada Para os bens (que se materializarão em direitos de utilização de infraestruturas - IFRIC 12) com vidas úteis superiores ao período da concessão, as amortizações de investimentos iniciais ou os que venham a ser posteriormente aprovados ou impostos pelo Concedente e que materializem em expansão ou modernização das obrigações iniciais, deverão, normalmente, fazer-se pelo prazo da concessão. No entanto, os investimentos adicionais de expansão ou modernização, cuja vida útil se prolongue para além do prazo da concessão e que apresentam valor residual, darão lugar a uma indemnização equivalente ao valor ainda não amortizado à data do fim da concessão. As amortizações são calculadas pelo método da soma das unidades, isto é pela amortização dos investimentos contratuais, que constam do estudo de viabilidade económico e financeira utilizado, tendo como base os caudais de efluente faturados nesse período e os efluentes a faturar até ao final da concessão previstos no estudo de viabilidade. 3.1.5. Participações financeiras. a) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial. Estão valorizados de acordo com o método da equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias e associadas, definindo-se como tal as entidades nas quais o grupo exerce controlo ou influência significativa e que não são Empreendimentos Conjuntos. Para determinação do controlo ou influência significativa são levados em conta os interesses existentes à data tendo em conta potenciais direitos de voto. Na data da aquisição do investimento, a diferença entre o custo do investimento e a parte do grupo no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis da adquirida foi contabilizada de acordo com a NCRF 14 - Concentrações de Atividades Empresariais. Desta forma: ŸO Goodwill relacionado foi incluído na quantia escriturada do inves-
timento. Contudo, a amortização desse Goodwill não é permitida e não é portanto incluída na determinação dos resultados resultantes de participadas; ŸO excesso da parte do Grupo no justo valor dos ativos, passivos e passivos contingentes identificáveis das participadas acima do custo do investimento foi excluído da quantia escriturada do investimento e foi incluído como rendimento nos resultados do período em que o investimento foi adquirido. Subsequentemente à data de aquisição a quantia escriturada dos investimentos: ŸFoi aumentada ou diminuída para reconhecer a parte nos resultados das
participadas depois da data da aquisição; ŸFoi diminuída pelas distribuições de resultados recebidas; ŸFoi aumentada ou diminuída para refletir, por contrapartida de Capitais
Próprios, alterações no interesse proporcional do grupo nas participadas resultantes de alterações nos capitais próprios destas que não tenham sido reconhecidas nos respetivos resultados.
Todos os instrumentos de capital próprio foram avaliados individualmente para efeitos de imparidade. A empresa utiliza o modelo de justo valor nas participações financeiras em empresas cotadas em mercado regulamentado, cujo justo valor é possível de ser obtido e determinado de forma fiável. 3.1.6. Inventários. As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor entre o custo médio de aquisição e o valor realizável líquido (estimativa do seu preço de venda líquido dos custos a suportar com a sua alienação). 3.1.7. Locações. A classificação das locações, como operacionais ou financeiras, é efetuada atendendo à substância dos contratos e não à sua forma. Locações operacionais As locações são classificadas como operacionais se os riscos e benefícios inerentes à propriedade do ativo forem retidos pelo locador. As rendas pagas são reconhecidas na demonstração dos resultados como gastos numa base linear durante o prazo de locação.
considerar que tal não é aplicável dada a natureza específica do relacionamento. Financiamentos obtidos Os financiamentos estão valorizados ao custo. Estes empréstimos vencem juros indexados a taxas de referência de curto prazo e como tal as suas variações contribuem para afetar os resultados. Os financiamentos para os quais existe cobertura de taxa de juro fixa incluem também as variações de justo valor (parágrafo 37 b) da NCRF 27). Nos financiamentos para os quais existe cobertura de risco de taxa de juro fixa ou cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, os respetivos derivados são apresentados em “Outros Ativos Financeiros” ou “Outros Passivos Financeiros”, consoante o caso e como não correntes ou como correntes seguindo a mesma forma como o financiamento está apresentado no Balanço. Outros passivos financeiros Esta rubrica inclui instrumentos financeiros derivados relativamente aos quais haja cobertura efectiva nos termos da NCRF 27. Só são considerados instrumentos financeiros de cobertura a parte efetiva dos derivados que forem designados como tal e em que a entidade espera que as alterações no justo valor ou fluxos de caixa no item coberto, atribuíveis ao risco que está a ser coberto, compensarão praticamente as alterações de justo valor ou fluxos de caixa do instrumento de cobertura. As variações no justo valor dos instrumentos derivados de cobertura de risco de variabilidade de taxa de juro, são reconhecidas no capital próprio na rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros” na sua componente efetiva e em resultados, na rubrica “Aumentos/reduções por justo valor”, na sua componente não efetiva. Os valores registados na rubrica “Ajustamentos em ativos financeiros” são transferidos para resultados para a rubrica “Aumentos/reduções por justo valor” no período em que o item coberto tiver efeito em resultados. A contabilização de cobertura é descontinuada quando o instrumento de cobertura atinge a maturidade, o mesmo é vendido ou exercido ou quando a relação de cobertura deixa de cumprir os requisitos exigidos na NCRF 27- Instrumentos financeiros. A parte efetiva dos instrumentos derivados de cobertura são apresentados no balanço em “Outros ativos financeiros” ou em “Outros passivos financeiros” consoante a sua natureza seja, respetivamente, devedora ou credora, e como não correntes ou como correntes dependendo da rubrica onde os respetivos instrumentos cobertos estão apresentados no balanço. 3.1.10. Diferimentos ativos e passivos. Esta rubrica reflete as transações e outros acontecimentos relativamente aos quais não é adequado o seu integral reconhecimento nos resultados do período em que ocorrem, mas que devam ser reconhecidos nos resultados de períodos futuros. 3.1.11. Rubricas do capital próprio. Ajustamentos em ativos financeiros Esta conta inclui os ajustamentos relacionados com a aplicação do método da equivalência patrimonial, nomeadamente a apropriação das variações nos capitais próprios das participadas e lucros não atribuídos. Interesses minoritários Os interesses minoritários são a parte dos resultados e dos ativos líquidos das subsidiárias atribuível a interesses de capital próprio que não sejam detidos, direta ou indiretamente através de subsidiárias, pela empresamãe. Esta rubrica inclui: ŸCapital; ŸResultados do período; ŸOutras rubricas dos capitais próprios cujas variações do ano, juntamente
com as dos resultados do período, compõem o resultado integral. 3.1.12. Provisões. As provisões são constituídas pelos valores efetivamente necessários para fazer face a perdas estimadas, sendo revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. As provisões são reconhecidas se, e só se, a entidade tiver uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado, e se for provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras.
Locações financeiras As locações são classificadas como locações financeiras se parte considerável dos riscos e benefícios inerentes à posse for transferida para o locatário. Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados no período a que dizem respeito. 3.1.8. Custos de empréstimos obtidos. Os custos com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto na demonstração dos resultados do período de acordo com o pressuposto do regime de acréscimo (ou periodização económica). 3.1.9. Ativos e passivos financeiros. Os ativos e passivos financeiros encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: Contas a receber de clientes e outros devedores As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas ao valor nominal, deduzido das perdas por imparidade sempre que necessário. No final de cada período de relato são analisadas as dívidas de clientes de forma a avaliar se existe alguma evidência objetiva de que não são recuperáveis. As perdas por imparidade são reconhecidas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em divida não será recebido. Para tal, a entidade tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. O valor da perda por imparidade é reconhecido como gasto na demonstração dos resultados. Adiantamentos a fornecedores Estes saldos são apresentados pelo respetivo custo deduzido de perdas por imparidade, sempre que aplicável. Fornecedores e outras contas a pagar As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são contabilizadas pelo seu valor nominal. Adiantamentos de clientes Os adiantamentos de clientes estão mensurados ao valor nominal. Caixa e equivalentes de caixa A rubrica “Caixa e equivalentes de caixa” inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. Letras descontadas A entidade desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a entidade retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Financiamentos obtidos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos. Outras contas a pagar não correntes As contas a pagar não correntes são reconhecidas no passivo pelo custo. Estado e outros entes públicos Os saldos ativos e passivos desta rubrica são apurados com base na legislação em vigor. No que respeita aos ativos não foi reconhecida qualquer imparidade por se
3.1.13. Benefícios aos empregados. Benefícios de curto prazo Os benefícios de curto prazo dos empregados incorporam os ordenados, salários, contribuições para a Segurança Social, subsídio de alimentação, subsídio de Férias e de Natal e quaisquer outras retribuições decididas pontualmente pela Administração. As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como gasto no período temporal em que o empregado prestou serviço, numa base não descontada por contrapartida de um passivo que se extingue com o respetivo pagamento. Benefícios de longo prazo Os benefícios de longo prazo dos empregados incluem um seguro de saúde que abrange todos os colaboradores. 3.1.14. Rédito. O rédito compreende os rendimentos associados a vendas e a serviços prestados. O rédito é reconhecido nas vendas aquando da passagem para o comprador dos riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos vendidos e nos serviços prestados é reconhecido na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no período e os serviços totais contratados. O rédito não é reconhecido quando é decorrente de situações de incerteza face à aceitação ou cobrança da prestação de serviços. Caso se verifiquem situações em que os serviços faturados são superiores aos serviços prestados, a diferença é registada na rubrica Rendimentos a reconhecer sendo registados na demonstração dos resultados à medida que os mesmos são prestados e os respetivos gastos, associados a essa prestação, incorridos. 3.1.15. Contratos de construção. A entidade reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores faturados são contabilizadas nas subrubricas “Produção não faturada” ou “Faturação antecipada”, incluídas nas rubricas “Outras contas a receber Devedores por acréscimos de rendimentos” (Ativo) ou “Diferimentos Rendimentos a reconhecer” (Passivo). Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do período quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação e que esta possa ser mensurada com fiabilidade. As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que seja provável que o cliente aceite a reclamação e que seja possível mensurá-la com fiabilidade. Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de construção excedam os proveitos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do período. 3.1.16. Subsídios. Os subsídios são inicialmente reconhecidos no passivo, quando são recebidos (ou existe certeza que sejam recebidos) e após existir segurança que a entidade irá cumprir com as condições a eles associadas. Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados na parte proporcional aos gastos incorridos. 3.1.17. Imparidade de ativos. À data de cada relato, e sempre que seja detetado um acontecimento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o valor pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável, é efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos.
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
Na presença de algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante de excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável, sendo essa perda reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Perdas por imparidade” (e respetiva reversão posterior, caso exista, na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”). 3.1.18. Ativos e passivos contingentes. Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de eventos passados e cuja existência só se confirmará caso ocorra, ou não, um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Se for provável a existência de benefícios económicos futuros, a entidade não reconhece esse ativo contingente nas suas demonstrações financeiras, mas promove a sua divulgação. Os passivos contingentes são definidos como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da entidade, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação. 3.1.19. Efeitos de alterações em taxas de câmbio. As transações expressas em moeda estrangeira foram convertidas para Euros à taxa de câmbio em vigor à data da transação. As diferenças de câmbio, positivas ou negativas, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são reconhecidas como rendimentos e/ou gastos na demonstração dos resultados do período na rubrica de ganhos/perdas cambiais. À data de relato, os ativos e passivos são mensurados à taxa de câmbio de fecho do período. 3.1.20. Impostos sobre o Rendimento. O gasto relativo a Imposto sobre o rendimento do período corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos lucros tributáveis da entidade de acordo com as regras fiscais em vigor, enquanto o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui gastos e rendimentos que são dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis.
7
Os montantes de capitais próprios das empresas subsidiárias consolidadas pelo método integral, atribuíveis às ações ou partes detidas por terceiros alheios às empresas incluídas na consolidação, são inscritos no balanço consolidado na rubrica de interesses minoritários. Os interesses minoritários sobre o resultado líquido das subsidiárias consolidadas são identificados e ajustados por dedução ao resultado do grupo e inscritos na demonstração dos resultados consolidada na rubrica de interesses minoritários. 3.3. Juízos de valor, principais pressupostos relativos ao futuro e principais fontes de incerteza das estimativas. A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as NCRF exige o recurso a determinadas estimativas e pressupostos contabilísticos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. Quando necessário, todas as estimativas e assumpções efetuadas pelo Órgão de Gestão foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração dos resultados de forma prospetiva. 3.4. Principais pressupostos relativos ao futuro. As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade. 4. Fluxos de caixa. A demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, pelo qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A rubrica de Caixa e depósitos bancários tem a seguinte decomposição: 2011 Caixa
235.042,26
300.347,81
9.547.147,79
8.679.372,20
Outros depósitos bancários
3.592.270,13
6.248.005,64
Total de caixa e depósitos bancários
13.374.460,18
15.227,725.66
5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros. Durante o período não ocorreram alterações de políticas e estimativas contabilísticas nem erros materiais relativos a períodos anteriores. 6. Partes Relacionadas. a) Empresas do grupo incluídas na consolidação pelo método integral As empresas incluídas na consolidação em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, suas sedes sociais e proporção do capital detido direta e indiretamente são as seguintes: % Participação Empresas bysteel, s.a. Cari - Construtores, s.a.
Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os impostos correntes e os impostos diferidos são reconhecidos em resultados, salvo quando se relacionam com itens reconhecidos diretamente no capital próprio. Nestes casos, os respetivos impostos diferidos são igualmente reconhecidos no capital próprio.
a) Independentemente da titularidade do capital, se verifique que, em alternativa: ŸPossa exercer, ou exerça efetivamente, influência dominante ou controlo; ŸExerça a gestão como se as duas constituíssem uma única entidade. b) Sendo titular de capital, quando ocorra uma das seguintes situações: ŸTenha a maioria dos direitos de voto, exceto se for demonstrado que
esses direitos não conferem o controlo; ŸTenha o direito de designar ou de destituir a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade; ŸExerça uma influência dominante sobre uma entidade, por força de um contrato celebrado com esta ou de uma outra cláusula do contrato social desta; ŸDetenha pelo menos 20 % dos direitos de voto e a maioria dos titulares do órgão de gestão de uma entidade com poderes para gerir as políticas financeiras e operacionais dessa entidade, que tenham estado em funções durante o exercício a que se reportam as demonstrações financeiras consolidadas, bem como, no exercício precedente e até ao momento em que estas sejam elaboradas, tenham sido exclusivamente designados como consequência do exercício dos seus direitos de voto; ŸDisponha, por si só ou por força de um acordo com outros titulares do capital desta entidade, da maioria dos direitos de voto dos titulares do capital da mesma.
2010
100%
100%
Guimarães
100%
100%
Empreitadas Eléctricas., s.a.
Braga
100%
100%
Braga
100%
100%
Domingos da Silva Teixeira, s.a.
Braga
100%
100%
dst wind, s.a.
Braga
100%
100%
dst Energias Renováveis, sgps, s.a.
Braga
100%
100%
dst hydro, s.a.
Braga
100%
100%
dst solar, s.a.
Braga
100%
100%
Luanda, Angola
100%
100%
dstelecom, s.a.
Braga
100%
100%
dstelecom, Alentejo e Algarve, s.a
Braga
100%
100%
dstelecom, Norte, s.a.
Braga
100%
100%
Vieira do Minho
85%
85%
Braga
100%
100%
Lisboa
100%
100%
Investigação e Desenvolvimento, s.a.
Braga
100%
100%
Investhome - Construção e Imobiliária, s.a.
Braga
100%
100%
Investhome - sgps, s.a.
Braga
100%
100%
Ipplus, s.a.
Braga
100%
100%
Monte Dourado - Hipermercados e Imobiliário, s.a.
Braga
100%
100%
Perfil Dinâmico, Lda
Braga
100%
100%
tagregados, s.a.
Braga
100%
100%
tconcrete, s.a.
Braga
100%
100%
tgeotecnia, s.a.
Braga
100%
100%
Global Sun, s.a.
Conforme descrito no n.º 6 do Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho que aprova o SNC, a entidade apresenta contas consolidadas do grupo constituído por ela própria e por todas as subsidiárias sobre as quais:
2011
Braga
Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a.
EOL Minho - Energias Renováveis, s.a.
3.2. Outras políticas contabilísticas relevantes: Bases de consolidação As demonstrações financeiras consolidadas incluem, com referência a 31 de Dezembro de 2011, os ativos, os passivos e os resultados das empresas do grupo, entendido como o conjunto do grupo dst e das suas subsidiárias, as quais são apresentadas na nota 6.
Sede Social
Domingos da Silva Teixeira -
dst pedreiras - Extracção de Inertes, s.a.
Fundo de Investimento e Imobiliários HomeInvest Innovation Point -
tmodular, s.a.
Braga
100%
100%
tstone, s.a.
Braga
100%
100%
b) Empresas associadas As empresas associadas valorizadas pelo método da equivalência patrimonial, suas sedes e proporção do capital detido diretamente são as seguintes: % Participação Empresas Sede Social
2011
2010
63,36%
21,12%
33,33%
33,33%
25,50%
25,50%
20,50%
-
25,50%
25,50%
25,00%
25,00%
33,33%
33,33%
Inovaguiar, s.a. V. Pouca de Aguiar 25,50%
25,50%
2bpartner -Sociedade capital de Risco, s.a. Braga Aquara - Produção, Comercialização e Distribuição de Água, s.a. Braga Barcelos Futuro, s.a. Barcelos CAM - Centro de Atracções Mineiras, s.a. Fundão Caminhaequi, s.a. Caminha EOL Verde - Energia Eólica, s.a. Esposende Geswater - Águas e Resíduos, s.a. Braga MinhoCom - Gestão de Infraestruturas de Telecomunicações, EIM Valença
No processo de consolidação, as transacções, saldos e ganhos não realizados em transações intragrupo e dividendos distribuídos entre empresas do grupo são eliminados. As perdas não realizadas são também eliminadas, exceto se a transação revelar evidência da existência de imparidade nos ativos transferidos e ainda não alienados.
Empresas associadas são entidades sobre as quais o investidor tenha influência significativa e que não sejam consideradas subsidiárias nem empreendimentos conjuntos. As participações financeiras em empresas associadas são consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, isto é, as demonstrações financeiras incluem o interesse do grupo no total de rendimentos e gastos reconhecidos da associada, desde a data em que a influência significativa começa até à data em que efetivamente termina. Os dividendos recebidos destas empresas são registados como uma diminuição do valor das participações financeiras. As participações nas quais o grupo não assegura uma influência significativa sobre a sua atividade, são reconhecidas ao mais baixo valor entre o custo de aquisição e o seu valor de realização.
Fiscal Único (ROC)
70.570,72
57.064,00
1.919.689,99
2.105.873,34
7. Ativos fixos tangíveis. A informação relativa às quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis, com referência aos períodos de 2011 e 2010 pode ser analisada como segue: Descrição
Terrenos
Edifícios e
Equipamento
Equipamento
Rec. Naturais
outras Constr.
Básico
Transporte
Administrativo
Equipamento Património
1 Quantia bruta escriturada inicial
1.354.256,85
16.492.934,50
34.863.999,68
11.938.759,20
5.509.326,53
7.500,00 941.906,88
4.100.370,99 75.209.054,62
1.093,75 565.317,68
- 41.373.465,03
Artístico
Outros
AFT em
AFT
Curso
Total
2 Amortizações acumuladas iniciais
-
2.252.506,39
25.352.798,38
8.913.332,59
4.288.416,24
3 Perdas por imparidade acumuladas iniciais
-
-
-
-
-
4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3)
1.354.256,85
14.240.428,11
9.511.201,30
3.025.426,61
1.220.910,29
6.406,25 376.589,19
4.100.370,99 33.835.589,60
5 Movimentos do período (5= 5.1-5.2+5.3+5.4)
-
613.519,65
1.094.069,85
(475.513,76)
137.477,92
(937,50) 163.196,81
13.892.886,94 15.424.699,90
5.1 Total das Adições
-
732.688,27
3.658.070,54
682.440,71
671.845,60
- 331.796,67
15.519.240,47 21.596.082,26
Aquisições em 1.ª mão
-
732.688,27
3.658.070,54
682.440,71
671.845,60
- 331.796,67
15.519.240,47 21.596.082,26
Outras aquisições
-
-
-
-
-
5.2 Total das Diminuições
-
591.607,10
3.015.391,65
1.157.954,48
Amortizações
-
591.907,10
2.860.066,91
Alienações
-
-
154.952,74
Abates
-
-
5.3 Transferência de AFT em curso
-
5.4 Outras transferências 6 Quantia líquida escriturada final (6= 4+5)
-
-
-
581.967,68
937,50 383.695,19
-
5.731.553,59
1.126.245,79
579.123,59
937,50 383.695,19
-
5.539.090,07
32.812,68
9.599,08
-
-
-
197.364,50
372,00
(1.103,99)
(6.754,99)
-
2.586,00
-
(4.900,99)
457.254,16
450.493,96
-
47.600,00
- 203.984,00 (1.159.332,12)
-
-
15.184,32
897,00
-
-
(467.021,41)
(439.828,77)
1.354.256,85
14.853.947,76
10.605.271,15
2.549.912,85
1.358.388,21
10. Goodwill. As diferenças de consolidação (“Goodwill”) resultam das diferenças positivas entre o custo de aquisição das partes de capital e a proporção dos respectivos capitais próprios no momento da compra. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 esta rubrica apresenta a seguinte composição: Diferença de Consolidação
Empresa Investhome - Construção e Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a. Cari - Construtores, s.a. VentoMinho - Energias Renováveis, s.a. Criar Vantagens - Águas e Resíduos, Lda - Consolidado total
2011 12.897.316 61.436.723 9.646.183 556.382 19.992.500 16.043.095 120.572.199
2010 12.897.316 61.436.723 9.646.183 556.382 19.992.500 14.843.168 119.372.272
O movimento ocorrido na rubrica de Goodwill no período é o indicado no quadro seguinte: Empresa
Saldo Aquisições Inicial 12.897.316 61.436.723 9.646.183 556.382 19.992.500 -
Investhome - Construção e Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a. Cari - Construtores, s.a. VentoMinho - Energias Renováveis, s.a. Criar Vantagens - Águas e Resíduos, Lda - consolidado total 14.843.168 119.372.272
Saldo Final 12.897.316 61.436.723 9.646.183 556.382 19.992.500
1.199.927 16.043.095 1.199.927 120.572.199
11. Ativos intangíveis. A informação relativa à quantia escriturada dos ativos intangíveis, com referência aos períodos de 2011 e 2010 pode ser analisada como segue: Descrição
-
11.111,32
5.468,75 539.786,00
Rubricas Mercadorias Matérias-primas, subsidiárias e de consumo Produtos acabados e intermédios Produtos e trabalhos em curso Adiantamento por conta de compras
17.993.257,93 49.260.289,50
2011 24.628.011,04 4.113.598,83 394.608,08 4.074.930,27 1.610.751,90 34.821.900,12
2010 24.385.831,56 3.721.890,88 181.993,36 4.580,191,85 1.980.751,90 34.850.659,56
15. Clientes Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Clientes apresentava a seguinte composição: Rubricas Clientes c/c Clientes títulos a receber Clientes c/ caução Clientes de cobrança duvidosa
Modelo do Custo
Terrenos Edif. e outras Prop. invest. Total Recursos Nat. Construções em Curso 15.468.359,19 52.715.448,84 - 68.183.808,03 758.859,48 758.859,48 15.468.359,19 51.956.589,36 - 67.424.948,55 150.000,00 (1.041.440,61) 2.097.715,85 1.206.275,24 150.000,00 970.523,73 2.097.715,85 3.218.239,58 150.000,00 970.523,73 2.097.715,85 3.218.239,58 2.011.964,34 - 2.011.964,34 1.999.427,94 - 1.999.427,94 12.536,40 12.536,40 15.618.359,19 50.915.148,75 2.097.715,85 68.631.223,79
-
14. Inventários Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Inventários apresentava a seguinte composição:
9. Propriedades de investimento. A informação relativa à quantia escriturada das propriedades de investimento, com referência aos períodos de 2011 e 2010 pode ser analisada como se segue:
1 Quantia bruta escriturada inicial 2 Amortiz. acumuladas iniciais 4 Quant. líq. escriturada inicial 5 Movimentos do período 5.1 Total das Adições Aquisições 5.2 Total das Diminuições Depreciaões Alienações 6 Quantia líquida escriturada
-
-
-
Quantia escriturada, pagamentos do período e Activos fixos Propriedades Total pagamentos futuros dos contratos de locação Tangíveis de Invest. 1 Quantia bruta escriturada inicial 10.912.966,24 1.395.867,97 12.308.834,21 2 Depreciações acumuladas 5.853.546,23 736.209,55 6.589.755,78 4 Quantia líquida escriturada final (4=1-2-3) 5.059.420,20 659.658,42 5.719.078,42 5 Total dos futuros, pagamentos mínimos da locação à data do balanço: 4.706.674,21 659.658,42 5.366.332,63 5.1 Até um ano 1.727.145,73 130.477,03 1.857.622,76 5.2 De um a cinco anos 2.979.528,47 529.181,39 3.508.709,86
Descrição
-
Perdas por imparidade acumuladas
2011 109.697.534,89 2.041.243,93 1.672.407,81 18.003.828,13 131.415.014,76 (18.003.827,99) 113.411.186,77
2010 89.394.926,74 3.463.534,29 2.871.495,79 10.234.016,69 105.963.973,51 (10.068.093,72) 95.895.879,79
Salientamos que no ano foram utilizadas cerca de -196.150,17 € de perdas por imparidade acumuladas pela rubrica de clientes de cobrança duvidosa. Em 31 de Dezembro de 2011, as dívidas de cobrança duvidosa apresentavam a seguinte composição: Descrição Relativas a processos de insolvência e de recuperação de empresas ou processos de execução Reclamadas judicialmente em mora: Há mais de seis meses e até doze meses Há mais de doze meses e até dezoito meses Há mais de dezoito meses e até vinte e quatro meses Há mais de vinte e quatro meses
Valor 1.330.401,01 14.195.069,64 2.478.357,49 958.896,47 126.760,92 979.065,68 413.634,42 18.003.828,13
Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Adiantamentos a clientes apresentava a seguinte composição: Rubricas Prestação de serviços Clientes - Privados
2011 59.193,52 59.193,52
2010 265.689,08 265.689,08
16. Outras contas a receber Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Outras contas a receber apresentava a seguinte composição: Rubricas Devedores por acréscimos de rendimentos Juros Obras em curso Serviços prestados Venda de água Outros Outros devedores de investimentos Outros devedores Ativos por impostos diferidos Perdas por imparidades acumuladas
2011
2010
1.622.569,14 704.047,16 404.186,99 445.805,22 768.552,02 3.945.160,53 254.717,00 8.227.820,89 12.427.698,42 368.787,90 (254.717,00) 12.541.769,32
1.462.253,41 1.589.472,86 369.187,71 424.158,58 2.815.717,71 6.660.790,27 254,717,00 7.918.449,40 14.833.956,97 (254.717,00) 14.579.239,67
Direitos de
Programas de
Propriedade
Outros Ativos
Ativos Intangíveis
Concessão
Computador
Industrial
Intangíveis
em Curso
4 Quantia bruta escriturada inicial
43.273.568,38
1.147.656,74
237.424,97
527.668,43
525.571,23
45.711.889,74
5 Amortizações acumuladas iniciais
11.046.422,58
875.210,12
23.337,13
210.643,82
-
12.515.613,65
Total
Com vida útil finita:
6 Perdas por imparidade acumuladas iniciais
-
-
-
-
-
-
7 Quantia líquida escriturada inicial (7= 4-5-6)
31.867.145,79
272.446,62
214.087,85
317.024,61
525.571,23
33.196.276,10
48,49%
48,49%
8 Movimentos do período (8=8.1-8.2+8.3+...+8.6)
(1.839.305,16)
(48.334,06)
(93.719,49)
44.957,55
421.306,58
(1.515.094,58)
25,00%
25,00%
8.1 Total das Adições
126.362,21
33.764,00
-
26.502,33
798.163,87
984.792,40
Porto Digital, Operador Neutro de Telecomunicações, s.a. Porto
49,00%
49,00%
Aquisições em 1.ª mão
126.362,21
33.764,00
-
26.502,33
798.163,87
984.792,40
-
33,33%
8.2 Total das Diminuições
2.359.611,64
82.098,06
60.116,53
25.744,74
-
2.527.570,96
ValiCom - Gestão de Infraestruturas
Amortizações
2.336.159,33
82.098,06
60.116,53
24.160,40
-
2.502.534,32
48,49%
Abates
23.452,31
-
-
1.584,33
-
25.036,64
25,63%
25,63%
8.4 Transferências de intangíveis em curso
393.944,27
-
(33.602,97)
44.199,96
(376.857,29)
27.683,98
20,00%
20,00%
9 Quantia líquida escriturada final (9=7+88)
30.027.840,63
224.112,56
120.368,35
361.982,16
946.877,81
31.681.181,52
de Telecomunicações, EIM Arcos de Valdevez 48,49% VentoMinho - Energias Renováveis, s.a.** Esposende Way2B, sgps, s.a. Braga * empresa vendida em 2011
** empresa que é detida em 15% com direitos de voto especial e 10,63% com direitos de voto nominal
c) Empresas incluídas na consolidação pelo método proporcional % Participação
As participações financeiras controladas conjuntamente são incluídas na consolidação pelo método de consolidação proporcional, desde a data em que o controlo conjunto é adquirido e até à data em que o mesmo efetivamente termina. De acordo com este método, os ativos, passivos, ganhos e gastos destas empresas foram incorporados nas demonstrações financeiras consolidadas, rubrica a rubrica, na proporção do controlo atribuível ao grupo dst.
2010 2.048.809,34
Parque Eólico Alto da Vaca, Lda. Porto SERBAUR - Serviços Básicos Urbanos, Lda.* Braga
Empresas subsidiárias são empresas controladas pelo grupo dst e são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data de aquisição, sendo esta a data em que o grupo obtém o controlo, e continuam a ser consolidadas até à data em que o controlo deixa de existir.
2011 1.849.116,27
Locações Financeiras
Não existem quantias de caixa e seus equivalentes não disponíveis para uso.
Os impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias.
Pessoal Órgãos Sociais
8. Locações. A informação relativa às locações, com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue:
2010
Depósitos bancários
e) Remunerações atribuídas aos órgãos sociais As remunerações atribuídas aos Órgãos Sociais no exercício das suas funções foram as seguintes:
Sede Social
2011
2010
CriarVantagens - Águas e Resíduos, Lda.
Empresas
Braga
33%
33%
Steelgreen, s.a.
Braga
50%
50%
Way2B, ACE
Braga
20%
20%
Assoc / Soares da Costa, ACE
Braga
n.d.
14%
Assoc - Obras Públicas, ACE
Braga
14%
14%
Teatro Circo, ACE
Braga
33%
33%
Parque Emp. de Tavira, ACE Agonia Parque Construção, ACE Unifacere, ACE
Tavira
50%
50%
Viana do Castelo
33%
33%
Braga
33%
33%
d) Outras empresas participadas indirectamente % Participação Empresas
Sede Social
2011
12. Participações financeiras - método da equivalência patrimonial. As variações na rubrica de Participações financeiras valorizadas ao método da equivalência patrimonial são as seguintes: Método de equivalência patrimonial: Quantia bruta escriturada inicial Quantia líquida escriturada inicial Movimentos do período: Outras aquisições Parte do investidor nos resultados da investida Distribuições recebidas da investida Alterações nos capitais próprios da investida não reconhecidas em resultados Alienações Outros movimentos do período Quantia líquida escriturada final
2010
Braga
16,33%
16,33%
Total 37.160.607,11 37.160.607,11 1.337.733,83 338.374,35 3.128.707,82 4.200.254,43
(110.729,61) 41.662,50 2.223.298,20 38.498.340,94
(110.729,61) 41.662,50 2.223.298,20 38.498.340,94
13. Participações financeiras - outros métodos. As variações na rubrica de Participações financeiras valorizadas por outros métodos são as seguintes:
Agere - Empresa de Águas, Efluentes e Resíduaos de Braga - EM
Investimentos em Associadas 37.160.607,11 37.160.607,11 1.337.733,83 338.374,35 3.128.707,82 4.200.254,43
Investimentos em
Outros Invest.
outras Empresas
Financeiros
Total
Outros Métodos:
Lisboa
33,30%
33,30%
Quantia bruta escriturada inicial
220.037,39
Braval - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, s.a.
Braga
12,90%
12,90%
Efeitos decorrentes de emprést. concedidos
601.041,32
Conceito Original, s.a.
Braga
20,00%
20,00%
Quantia líquida escriturada inicial
821.078,71
8.631.851,98 9.452.930,69
Aquapor Serviços, s.a.
8.631.851,98 8.851.889,37 -
601.041,32
Anhões
12,50%
12,50%
Movimentos do período:
444.575,00
(2.707.731,24) (2.257.156,24)
Empreendimentos Eólicos Cerveirenses, s.a.
Esposende
10,63%
10,63%
Outras aquisições
44.575,00
3.703.477,07 4.148.052,07
Empreendimentos Eólicos da Espiga, s.a.
Esposende
12,50%
12,50%
Alienações
-
4.234.983,08 4.234.983,08
Lisboa
13,00%
13,00%
Outros movimentos do período
-
(2.170.225,23) (2.170.225,23)
10,00%
10,00%
Quantia líquida escriturada final
1.265.653,71
5.930,120,74 7.195.774,45
EEVM - Empreend. Eólicos do Vale do Minho, s.a.
SP Renovado, s.a. way2b North África, s.a.r.l.
www.sureenergyllc.com
8
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
17. Acionistas/sócios. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de acionistas/sócios apresentava a seguinte composição: Rubricas Ativo Corrente Empréstimos concedidos
2011
2010
2.784.650,00 2.784.650,00
2.782.609,12 2.782.609,12
271.209,15 271.209,15
271.209,15 271.209,15
Passivo Corrente Outros
Passivo Retenção de impostos sobre rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a Segurança Social Outros
2011
2010
624.567,12 3.617.422,16 300.729,64 4.542.718,93
424.844,87 6.699.058,27 1.542,18 7.125.445,32
903.394,91 55.999,28 660.097,29 220.148,39 1.839.639,87
717.312,11 670.302,28 421.598,20 1.809.212,59
19. Diferimentos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Gastos e Rendimentos a reconhecer apresentava a seguinte composição: Rubricas Gastos a reconhecer Serviços a prestar nos próximos anos já faturados Publicidade Seguros Rendas Juros a pagar Encargos bancários Outros gastos Rendimentos a reconhecer Contratos de construção Outros rendimentos
2011
2010
28.636,63 191.742,21 7.959,10 352.088,28 52.598,28 460.284,86 1.093.309,72
209,56 316.543,26 10.996,99 209.392,90 53.853,61 49.149,99 640.146,31
20.336.416,81 1.657.126,63 21.993.543,44
9.593.322,66 3.732.259,31 13.325.581,97
20. Outros ativos e passivos financeiros. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Outros ativos e passivos financeiros, apresentava a seguinte composição: 2011
Rubricas Ativo corrente Instumentos financeiros detidos para negociação Passivo não corrente Derivados com cobertura eficaz “swap” de taxa de juros variável
Ativos por impostos diferidos Imparidade de clientes Prejuízo fiscal reportável Anulação dos ativos intangíveis Desreconhecimento de ativos Alteração de vida útil Provisões p/ outros riscos e encargos Ajustamento justo de valor das ações Desreconhecimento da integração património e bens adquiridos e respec. amortiz. via DC4 Reconhecimento do Direito de Concessão Bens de domínio público obtidos da concedente Reconhecimento do justo valor do swap Outros Não Corrente Corrente Passivos por impostos diferidos NCRF 19 - Contratos de construção Subsídio investimento Ajustamento justo valor das ações Efeito da Renda da Concessão pela DC4 Reconhecimento Direito de concessão Custo amortizado Desreconhecimento da renda já entregue à concedente Outros Não corrente Corrente
94.832,00 94.832,00
812.096,19 812.096,19
553.844,47 553.844,47
21. Capital realizado. O capital societário da entidade manteve-se, no período, inalterado, sendo constituído por 5 000 000 ações escriturais, nominativas, com o valor nominal unitário de cinco euros.
Rubricas 2011 Provisões para investimentos de substituição 880.725,79 Provisões para obrigação de investimento 5.061.910,27 Provisões para lamas 333.333,00 Provisão para impostos 49.596,62 Processos judiciais em curso 777.961,78 7.103.527,45
2010 902.850,76 5.061.910,27 333.333,00 49.596,62 787.998,88 7.135.688,88
2011
2010
126.062.633,37 3.508.709,86 27.000.000,00 156.571.343,23
126.286.155,60 4.989.432,47 33.200.000,00 164.475.588,07
23.486.574,03 15.509.817,28 4.629.735,17 1.857.622,76 56.590,94 45.540.340,17
12.529.532,10 18.635.191,01 3.990.946.01 2.764.136,74 73.857,59 37.993.664,35
2011 64.347.873,83 9.100.973,66 2.162.299,64 5.358.759,33 74.169,59 81.044.076,05
2010 54.314.922,60 7.784.775,98 3.252.589,59 4.321.795,18 98.100,24 69.772.183,59
Rubricas
2011
2010
Fornecedores de mercadorias e matérias consumidas
15.895,17
-
Fornecedores gerais - Outros mercados
4.043,52
-
Fornecedores - Faturas em conferência
250.577,08
260.618,41
Fornecedores gerais - Direção Geral Energia Geologia 1.210.000,00
1.210.000,00
531,70
-
1.481.047,47
1.470.618,41
25. Outras contas a pagar. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Outras contas a pagar apresentava a seguinte composição: Rubricas 2011 Passivo não corrente Renda concessão 15.109.870,22 Projectos de investimento 8.531.450,59 Fornecedores Outros credores 6.448.854,56 30.090.175,37 Passivo corrente Remunerações a pagar 1.090.334,70 Fornecedores de investimentos 1.593.304,48 Adiantamentos por conta de vendas 619.838,29 Credores por acréscimos de gastos Seguros 70.341,35 Remunerações a pagar 2.989.471,93 Juros 1.518.203,00 Fornecimentos e serviços externos 949.514,90 Outros Credores por acréscimos e gastos 571.787,49 6.099.318,67 Passivos por impostos diferidos Factoring Projectos de investimento Renda concesão Empréstimos obtidos Outros
1.561.035,75 1.017.222,15 685.916,33 577,62 615.246,09 12.056.417,70
413.674,47 275.853,14 181.767,83 153,07 163.040,21 1.490.225,68
441.014,14 1.346.592,42 (931,21) 54,04 1.331,06 (2.059,25) (1.386.565,50)
115.555,33 381.569,15 (246,77) (6,22) (153,07) (545,70) (369.611,13)
2.002.049,89 2.363.814,57 (931,21) 685.970,37 1.908,68 613.186,84 10.669.852,20
529.229,80 657.422,29 (246,77) 181.761,61 162.494,51 1.120.614,55
9.130.645,17 3.591.753,91 3.460.236,91 798.298,25 32.917.349,88
2.419.620,97 951.814,79 916.962,78 211.549,03 7.024.661,98
(2.291.243,06) (897.937,47) (798.220,60) 713.643,32 (172.968,38) (3.047.290,48)
(607.179,41) (237.953,43) (211.528,46) 189.115,48 (45.836,62) (786.820,85)
6.839.402,11 2.693.816,44 2.662.016,31 713.643,32 625.329,87 29.870.059,39
(647.676,79) (3.111.072,49) (18.959,62) (435.653,66) (280.745,62) (24.790,92) (528.414,57) (141.306,72) (5.188.620,39)
(171.634,35) (824.434,21) (5.024,30) (115.448,22) (74.397,59) (6.197,73) (140.029,86) (37.446,28) (1.374.612,54)
1.943.030,60 9.333.225,92 145.793,42 1.306.964,17 842.235,65 68.759,65 1.577.097,65 (57.359,10) 15.159.747,95
1.811.441,56 713.861,36 705.434,32 189.115,48 165.712,41 6.237.841,13 5.869.053,24 368.787,90 514.903,12 2.473.304,87 38.635,25 346.192,50 223.192,45 18.593,17 557.960,74 (15.200,16) 4.157.734,94 4.049.157,55 108.577,39
2.590.707,40 12.444.298,41 164.753,04 1.742.617,83 1.122.981,27 93.550,57 2.105.512,21 83.947,62 20.348.368,34
7.024.661,98 686.537,47 3.297.739,08 43.659,55 461.793,72 297.590,04 24.790,90 697.990,60 22.246,12 5.532.347,48 5.428.794,39 103.553,09
Vendas de imóveis Vendas de mercadorias Vendas de produtos Serviços prestados
2010 Mercado Mercado interno externo 1.475.402,05 129.840,81 18.958.193,42 882.704,09 179.128.222,94 638.664,66 199.691.659,22 1.521.368,75
28. Subsídios do Governo e apoios do Governo. O grupo dst obteve um subsídio referente ao financiamento do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), entidade tutelada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sendo co-financiado pelo Fundo Social Europeu e OSS (Orçamento Segurança Social Comparticipação Pública Nacional), no valor de 30.164,53 €. O valor total do subsídio encontra-se reconhecido na rubrica Subsídios à Exploração Rubricas
2011
2010
Subsídios do Estado e Outros Entes Púbicos - POPH
30.164,53
72.613,48
30.164,53
72.613,48
Rubricas
2011
2010
Gastos e Perdas Rendimentos e Ganhos
(411.843,44) 4.705.222,03 4.293.378,59
(1.966.671,54) 7.081.395,59 5.114.724,05
30. Apuramento da variação dos inventários da produção. O movimento ocorrido na variação da produção durante o período de 2010 foi o constante do quadro abaixo discriminado: Produtos acabados e intermédios 181.993,36 289.505,45 (107.512,09)
108.577,67 23.808.005,81 1.074.299,64 1.559.364,44 5.366.519,19 6.639.573,35 47.959.135,96
2010 16.570.822,10 4.262.905,34 491.767,85 8.205.545,74 29.531.041,03 1.095.031,83 1.695.414,50 1.040.530,99 45.290,60 2.829.119,11 639.411,63 2.573.360,50 2.265.795,52 8.352.977,36 103.553,09 20.625.169,83 891.824,37 1.336.179,33 4.936.382,05 5.505.116,38 45.582.179.72
1 Inventários finais 2 Reclassificação e regularização de inventário 3 Inventários 4 Variação dos inventários de produção (4=1+2-3)
Produtos e Total trabalhos em curso 4.580.191,85 4.762.185,21 5.142.803,63 5.432.309,08 (562.611,78) (670.123,87)
O movimento ocorrido na variação da produção durante o período de 2011 foi o constante do quadro abaixo discriminado: Produtos e Produtos Total trabalhos acabados em curso e intermédios 1 Inventários finais 394.608,08 4.074.930,27 4.469.538,35 2 Reclassificação e regularização de inventários - (726.172,30) (726.172,30) 3 Inventários 181.993,36 4.580.191,85 4.762.185,21 4 Variação dos inventários de produção (4=1+2-3) 212.614,72 (1.231.433,88) (1.018.819,17) Descrição
Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Adiantamentos a fornecedores apresentava a seguinte composição:
Fornecedores gerais - intracomunitários
Imposto
Mercado Mercado interno externo 1.270.603,05 440.401,49 70.831,24 16.865.846,66 4.980.003,04 167.806.275,72 936.270,54 186.383.126,93 5.987.104,82
Descrição
24. Fornecedores. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Fornecedores apresentava a seguinte composição: Rubricas Fornecedores c/c Fornecedores - títulos a pagar Fornecedores - faturas em conferência Fornecedores c/ caução Outros
Base
29. Ganhos e perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Ganhos e perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos apresentava a seguinte composição:
23. Financiamentos obtidos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Financiamentos obtidos apresentava a seguinte composição:
Passivo corrente Empréstimos de curto prazo Contas caucionadas Descobertos bancários Locações financeiras Outros
Imposto
2011
22. Provisões. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Provisões, apresentava a seguinte composição:
Rubricas Passivo não corrente Empréstimos de médio e longo prazo Locações financeiras Papel comercial
Base
31. Trabalhos para a própria entidade. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Trabalhos para a própria empresa apresentava a seguinte composição:
Rubricas Ativos fixos tangíveis Ativos intangíveis
2011 62.182,46 62.182,46
2010 5.773.425,10 39.750,00 5.813.175,10
2011 58.122.354,62 2.127.170,99 4.831.408,61 662.208,64 326.110,68 131.902,71 6.618.644,93 37.496,04 515.338,64 971.636,12 419.940,38 941.838,83 5.721,99 107.550,11 171.318,81 2.975.387,66 221.201,60 115.334,25 490.187,28 3.075.200,96 1.367.864,00 84.235.818,13
2010 76.592.461,36 1.894.767,00 5.707.942,48 741.576,71 397.996,73 147.205,06 8.948.099,33 22.838,66 612.276,25 913.099,97 164.239,85 788.277,81 9.934,49 159.685,00 110.777,86 2.803.019,80 251.019,10 112.374,98 407.628,08 2.473.944,41 1.436.982,63 104.696.147,55
2011 6 14 502 101 164 5 23 68 16 1 8 8 1 7 5 11 542 1.482
Descrição
Mercadorias
Total Mat. primas, subsidiárias e de consumo 7.238.822,60 43.159.558,80 49.518.992,32 51.016.665,44 - (12.635.517,19) 3.726.453,55 28.107.722,45
1 Inventários iniciais 35.920.736,21 2 Compras 1.497.673,13 3 Reclassificação e regularização de inventários (12.635.517,19) 4 Inventários finais 24.381.268,90 5 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (5= 1+2+3-4) 401.623,24 53.031.361,37 53.432.984,61
O movimento ocorrido na rubrica do Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante o período de 2011 foi como segue: Descrição Mercadorias
Total Mat. primas, subsidiárias e de consumo 3.726.453,55 28.107.722,45 48.847.820,22 49.537.753,87 (1.979,66) 4.122.692,83 28.741.609,87
1 Inventários iniciais 24.381.268,90 2 Compras 689.933,65 3 Reclassificação e regularização de inventários (1.979,66) 4 Inventários finais 24.618.917,04 5 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (5= 1+2+3-4) 452.285,51 48.451.580,94 48.903.866,45
Gastos
Prop. de invest. (1.999.427,94)
- (2.671.591,90)
(10.041.052,34)
(10.041.052,34) (7.663.533,65)
(7.663.533,65)
Rubricas Perdas por
Reversões
Imparidade
de Perdas
Perdas por
2010 Reversões
Imparidade
de Perdas
Total
Imparidade
Imparidade -
-
-
(152,78)
-
(152,78)
-
-
-
(152,78)
-
(152,78)
2011 2.880.156,84 239.528,93 123.765,94 8.648,79 324.831,98 500.421,14 334.900,91 4.412.254,53
2010 2.924.563,57 195.186,05 50.412,63 23.244,96 778.285,61 207.780,78 1.039.560,39 5.219.033,99
113.089,61
69.833,31
Encargos sobre as remunerações
3.578.155,22
3.555.170,99
Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais
574.925,19
354.201,86
Gastos de ação social
195.834,32
292.741,86
Outros gastos com o pessoal
294.439,52
248.520,93
24.772.793,43
25.099.916,37
Pessoal Impostos Corrente IRC do ano Imposto diferido
35. Imparidade de dívidas a receber. A rubrica de Imparidade de dívidas a receber a 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, é conforme se segue: 2010 Rever. de Perdas por perdas por Imparidade Imparidade
Rubricas Juros de empréstimos bancários Juros de factoring Juros de leasing Juros de confirming Juros de self-confirming Juros de mora e compensatórios Juros de empréstimos obtidos Juros de desconto de títulos Outros juros e gastos Outros gastos e perdas de financiamento Serviços bancários Comissões garantias Outros
2011 10.387.717,14 1.310.522,28 155.797,99 23.435,32 39.738,79 72.693,79 945,04 71.726,10 2.721.012,27
2010 7.207.413,57 728.336,86 139.418,63 38.333,77 23.665,29 18.346,73 20.126,34 58.032,33 3.438.083,35
59.904,94 81.969,25 267.899,73 15.193.362,60
54.194,95 96.625,24 165.681,83 11.988.258,88
44. Imposto sobre o rendimento. O gasto (rendimento) por impostos correntes é o indicado no quadro seguinte:
2010
Indemnizações
Total
(4.179.546,61) 431.803,88 (3.747.742,73) (4.179.546,61) 431.803,88 (3.747.742,73)
36. Provisões. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Provisões, apresentava a seguinte composição: 2010 Reversão Saldo final
(125.232,22) 214.543,53 89.311,32 (6.453,33) 26.132,64 19.679,31 (131.685,54) 240.676,17 108.990,63
37. Variações do justo valor. O movimento ocorrido na rubrica de Variações do justo valor durante os períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 foi como segue: 2009
Total
43. Juros e gastos similares suportados. Os gastos e perdas de financiamento reconhecidos no decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são pormenorizados conforme se segue:
2.048.809,34
10.036,25 67.815,27 77.851,52
(696.931,20)
- (2.502.534,32) (2.671.591,90)
Rubricas Juros contratuais e de mora Juros de empréstimos concedidos Juros de depósitos Juros de outras aplicações de meios financeiros Juros de swaps Juros de obrigações do tesouro Outros juros e rendimentos
18.530.638,06
- 10.036,25 Proc. judiciais em curso Prov. invest. de subst. (38.543,63) 106.358,89 (38.543,63) 116.395,15
-
(696.931,20)
42. Juros e rendimentos similares obtidos. O detalhe dos montantes referentes a juros e outros rendimentos similares reconhecidos no decurso dos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue:
2011
Reforço
- (4.295.010,55)
- (1.999.427,94)
At. intang. (2.502.534,32)
At. fixos tangíveis
6 1 7 5 9 542 1.486
2011
Amort.
Amort.
- (5.539.090,07) (4.295.010,55)
2011
1.849.116,27
Reversão Saldo final
Total
Reversões
41. Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis. A rubrica de Imparidade de investimentos depreciáveis/amortizáveis a 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, é conforme se segue:
18.167.233,32
Reforço
Gastos
Deprec. e de Deprec. e de
Amort.
Amort. At. fixos tang. (5.539.090,07)
Remunerações do pessoal
Rubricas
2010 Total
Reversões
Deprec. e de Deprec. e de
Remunerações dos órgãos sociais
Rever. de Perdas por perdas por Total Rubricas Imparidade Imparidade Dívidas a receber de clientes (8.811.821,89) 679.937,45 (8.131.884,44) (8.811.821,89) 679.937,45 (8.131.884,44)
2010 676.287,20 18.172,12 388.641,83 90.677,00 92.567,42 163.065,35 24.577,35 11.684,07 67.704,15 374.893,30 169.111,92 25.743,61 301.086,28 22.421,79 4.357,00 13.451,32 678.432,57 200.686,76 3.323.561,15
2011 Rubricas
3.4.2. Gastos com o pessoal. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Gastos com o pessoal apresentava a seguinte composição: Rubricas
2011 563.630,94 9.681,36 86.091,34 59.616,52 130.861,54 265.702,76 191.251,93 33.837,40 37.303,87 1.922,00 377.857,26 43.912,16 6.181,06 273.917,90 43.912,16 9.602,42 479.444,65 6.964,04 5.442,66 2.361,33 739.053,43 657.305,43 4.025.854,14
40. Gastos e reversões de depreciações e amortizações. A composição da rubrica de Gastos / reversões de depreciação e de amortização nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue:
2010 6 13 524 93 161 8 25 75 11 -
2011
32. Apuramento do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. O movimento ocorrido na rubrica do Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante o período de 2010 foi como segue:
Rubricas Impostos e taxas Descontos de pronto pagamento concedidos Dívidas incobráveis Investimento financeiros Alienações de investimentos não financeiros Correções relativas a exercícios anteriores Donativos Quotizações Insuficiência de estimativa para impostos Perdas em instrumentos financeiros Diferenças de câmbio desfavoráveis Gastos com garantias bancárias Gastos com letras Gastos com factoring Gastos com confirming Gastos com self-confirming Multas e penalidades Danos a terceiros Indemnizações Perdas em inventários Serviços bancários Outros gastos e perdas
34. Benefícios dos empregados, pessoas ao serviço e gastos com o pessoal. 34.1 Pessoas ao serviço: Empresa dst, sgps, s.a. Investhome - Construção e Imobiliário, s.a. Domingos da Silva Teixeira, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Empreitadas Eléctricas, s.a. Investhome, sgps, s.a. Bysteel, s.a. tmodular, s.a. tstone, s.a. tgeotecnia, s.a. tconcrete, s.a. tagregados, s.a. Cari , Construtores, s.a. steelgreen, s.a. Fundo de Investimento e Imobiliário HomeInvest Monte Dourado - Hipermercados e Imobiliária, s.a. dst, s.a. - sucursal Espanha IPPLUS, s.a. Perfil Dinâmico, Lda dst Energias Renováveis, sgps, s.a. dst wind, s.a. Global Sun, s.a. dst Solar, s.a. EOL Minho - Energias Renováveis, s.a. dst hydro, s.a. dstelecom, s.a. Innovation Point - Investigação e Desenvolvimento, s.a. dstelecom Norte, Lda dstelecom Alentejo e Algarve, Lda way2b, ACE Criar vantagens - Águas e Resíduos, Lda Total
2010 3.291.047,85 2.887.309,10 366.692,36 85.435,13 277.992,27 79.641,00 3.995,86 5.543,99 2.765,31 1.993.167,02 268.601,52 64.001,92 10.112,41 7.816,66 122.495,69 9.466.618,10
39. Outros gastos e perdas. A rubrica de Outros gastos e perdas, nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010, decompõe-se da seguinte forma:
33. Fornecimentos e serviços externos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Fornecimentos e serviços externos apresentava a seguinte composição: Rubricas Subcontratos Eletricidade Combustíveis Água e outros fluidos Ferramentas Material de escritório Rendas e alugueres Despesas de representação Comunicação Seguros Transporte de mercadorias Deslocações e estadas Comissões Honorários Contencioso e notariado Conservação e reparação Publicidade e propaganda Limpeza, higiene e conforto Vigilância e segurança Trabalhos especializados Outros FSE
2011 3.024.200,00 291.666,66 1.195.625,37 544.639,20 211.935,99 147.174,92 97.029,68 5.497,66 192.796,67 4.049,45 560.201,31 5.147,59 2.576,72 4.680,66 195.592,30 6.482.814,16
Rubricas Rendimentos suplementares Investimentos financeiros Alienações de investimentos não financeiros Diferenças de câmbio favoráveis Descontos de pronto pagamento obtidos Correções relativas a exercícios anteriores Excesso de estimativa para impostos Subsídios diversos Subsídios ao investimento Restituição de impostos Prémio de realização de projetos de investimento Penalidades contratuais Indemnizações de seguros Indemnizações recebidas de funcionários Ganhos em inventários Outros rendimentos e ganhos
31-12-2011
Imposto
27. Vendas e serviços prestados. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, as rubricas de Vendas e serviços prestados apresentavam a seguinte composição:
Rubricas
variação
Base
2010
39.486,14 39.486,14
38. Outros rendimentos e ganhos. A composição da rubrica Outros rendimentos e ganhos nos períodos findos em 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro de 2010 é conforme se segue:
01-01-2011
18. Estado e outros entes públicos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Estado e outros entes públicos apresentava a seguinte composição: Rubricas Ativo Imposto sobre rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Outros
26. Ativos e passivos por impostos diferidos. O movimento ocorrido na rubrica de ativos e passivos por impostos diferidos durante o período de 2011 foi como se segue:
2010
Total Total Reduções Aumentos Reduções Aumentos Rubricas Investimentos Financeiros (3.269.877,26) 260.343,22 (3.009.534,04) (2.805.348,05) 451.172,45 (2.345.175,60) (3.269.877,26) 260.343,22 (3.009.534,04) (2.805.348,05) 451.172,45 (2.345.175,60)
2011
2010
2.804.737,68 (365.917,42) 2.438.820,27
2.709.171,07 384.602,62 3.093.773,69
45. Compromissos da entidade por garantias prestadas. Em 31 de Dezembro de 2011 as responsabilidades do grupo prestadas a terceiros foram as seguintes: Banco SANTANDER BCP BPI BBVA BARCLAYS BES CGD BPN BANIF BANCO POPULAR BANCO BIC Entidades Concedentes Outros total
Nacionais em euros 8.782.863 8.342.843 10.245.175 3.685.330 1.946.059 17.383.606 12.137.157 3.137.126 784.890 969.367 1.310.517 11.426.602 1.488.432 81.639.968
Internacionais em dólares 415.000 959.723 1.374.723
46.Eventos Subsequentes. Em Janeiro de 2012 foi atribuído ao grupo dst um prémio de realização de projeto de investimento, no âmbito do SI Inovação, no valor de 874.522,51€, financiados pelo Programa Operacional Fatores de Competitividade, entidade tutelada pelo Ministério da Economia e Inovação, sendo co-financiado pelo FEDER. Braga, 16 de Abril de 2012 O Conselho de Administração, José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira Hernâni José Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Teresa Gonçalves Gomes
O Técnico Oficial de Contas, Susana Maria Macedo Queirós
RELATÓRIO & CONTAS consolidado dst, sgps, s.a. 2011
9
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração Em cumprimento do estatuído no n.º 5, do artigo 447.º e no n.º 4, do artigo 448.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais (CSC), aprovados pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro, apresentamos, de seguida, a lista de ações abrangidas pelo disposto nesse preceituado: 1. Os membros do Conselho de Administração abrangido pelo n.º 5 do art.º 447 do CSC eram titulares em 31 de Dezembro de 2011 das seguintes ações:
ŸJosé Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 ações com o valor nominal
de cinco euros cada; ŸJoaquim Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 ações com o valor nominal de cinco euros cada; ŸAvelino Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 ações com o valor nominal de cinco euros cada ŸHernâni José Gonçalves Teixeira detinha: 1.150.000 ações com o valor nominal de cinco euros cada.
2. Os seguintes acionistas abrangidos pelo disposto no n.º 4 do artigo 448.º do CSC, eram titulares, à data de encerramento do exercício, de pelo menos um décimo do capital: ŸJosé Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; ŸJoaquim Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; ŸAvelino Gonçalves Teixeira, com 23,00% do capital; ŸHernâni José Gonçalves Teixeira com 23,00% do capital.
Braga, 16 de Abril de 2012 O Conselho de Administração, José Gonçalves Teixeira Avelino Gonçalves Teixeira Joaquim Gonçalves Teixeira José Manuel Lello Ribeiro de Almeida Hernâni José Gonçalves Teixeira Teresa Gonçalves Gomes
Opinião Margarida Monteiro A tecnologia disponível para a produção de Energia Renovável é cada vez maior e por sua vez proporcionalmente competitiva. No entanto, o surgimento de algumas incertezas sobre o retorno dos investimentos nesta matéria mantém os potenciais investidores relativamente céticos. À sua escala nacional, são vários os países que atualmente adotam ambiciosos programas com o firme objetivo de reduzir as emissões de CO2 para atmosfera, realizando investimentos significativos em soluções de produção de Energia Renovável, compostas por tecnologias de ponta cada vez mais limpas, acompanhadas por redes inteligentes. Em determinados países, como Espanha, Austrália e os Estados Unidos da América, assistimos ao funcionamento de diversas centrais fotovoltaicas ligadas à rede elétrica, com elevada capacidade de produção, proporcional para a satisfação das necessidades do consumo energético de pequenas cidades. Na base desta tendência está um fato inegável: a maior fonte de energia renovável é sem dúvida o sol, uma vez que, segundo a National Geographic Magazine “cada hora de radiação solar que atinge a superfície terrestre, equivale a 21 milhões de toneladas de carvão, o maior recurso energético para a produção de eletricidade a nível mundial.”.
Xavier Martin O setor das telecomunicações em Portugal tem reservado um papel fundamental para contribuir a recriar um modelo de crescimento económico robusto e sustentável para o país. Trata-se de um dos setores mais competitivos e inovadores, cujo dinamismo se verá reforçado nos próximos tempos através da convergência das comunicações fixas e móveis, a introdução de novas aplicações e dispositivos, o lançamento da quarta geração móvel e, sobretudo, o desenvolvimento das redes de fibra ótica, área em que o grupo dst é protagonista no âmbito rural. Assim, a transformação dos modelos de negócio dos operadores de telecomunicações presentes no país, que deverão privilegiar a partilha das redes de forma a aumentar a eficiência dos seus investimentos, suporta a visão que propiciou a entrada da dst neste setor, que antecipou a necessidade de construir uma rede única que suportasse de forma neutra a prestação de serviços a outros operadores para a ligação de clientes e o transporte dos sinais. Na atualidade, o grupo dst está a desenvolver de forma acelerada as redes rurais no Norte e no Sul do país, capitalizando na sua experiência na cons-
Portugal é um país com reduzida disponibilidade de fontes de energia mais comuns como o petróleo, carvão ou gás mas em contrapartida o seu potencial no que às Energias Renováveis diz respeito é enorme, não só na ótica da redução da dependência energética, como também de conservação ambiental, o que possibilita não aumentar excessivamente o consumo de fontes de energia que acarretam elevadas emissões de gases com efeitos de estufa. Caracteristicamente, Portugal apresenta uma rede hidrográfica relativamente densa, a par de uma elevada exposição solar média anual, dispondo também de uma extensa frente de mar, que beneficia claramente dos ventos atlânticos. O seu conjunto, confere uma enorme oportunidade de aproveitamento de todo o potencial energético da água, da luz, das ondas e do vento que o país em si encerra, condições estas que se tornam ímpares para o aproveitamento maior das fontes de energia alternativas, numa redução efetiva da dependência dos combustíveis fósseis. E foi com base sólida nas suas características naturalmente peculiares que Portugal assumiu um corajoso compromisso perante as demais nações da União Europeia, definindo uma meta ambiciosa no que respeita à redução da dependência energética oriunda do consumo de combustíveis fósseis, consciente das suas enormes potencialidades no que toca à produção de energia a partir de fontes renováveis. Acima de tudo, porque o mundo precisa de forma urgente de promover soluções verdadeira e efetivamente sustentáveis, capazes de produzir efeito com impacto no imediato, combatendo veementemente as alterações climatéricas galopantes, respondendo ao exponencial aumento das necessidades energéticas. Acreditamos que enquanto o vento soprar, a chuva cair e o sol brilhar, de forma diferente e em locais diferentes, certamente poderemos produzir energia renovável.
trução das infraestruturas de suporte. Em paralelo, estão a ser selecionados os equipamentos de comunicações para a produção e prestação dos serviços e estão a ser desenvolvidos os processos que permitirão a exploração das redes com os níveis de qualidade que o mercado procura. Muito provavelmente, o pioneirismo exigido pela novidade que estas redes introduzem permitirá compactar as soluções, tecnologias e processos especificamente ideados pela dst para serem replicados noutras geografias, contribuindo assim para a internacionalização da atividade do grupo. De forma genérica, as comunicações de banda larga estão chamadas a ser a utility do século XXI, o que realça a importância de construir uma infraestrutura aberta e transparente que evite, como já aconteceu no âmbito urbano, a duplicação de investimentos que têm que privilegiar o desenvolvimento de aplicações digitais cada vez mais abundantes e inovadoras. A consolidação dum novo modelo de crescimento para o país passará necessariamente pela substituição da prestação física de serviços públicos e privados, que têm um elevado custo sobretudo no âmbito rural, por serviços online de fácil acesso e utilização, que contribuirão, sem dúvida, à regeneração do tecido económico do país. Não será desprezável o contributo destas redes para esse objetivo, além de suportar o lançamento de novas iniciativas e empresas que terão acesso a serviços de comunicações de qualidade equivalente aos que hoje em dia só estão disponíveis nas áreas urbanas. Adicionalmente, a informatização dos negócios agrícolas, que cada vez fazem uma utilização mais intensiva das tecnologias de informação e de comunicação para produzir e transmitir dados relevantes sobre variáveis críticas da produção, como a humidade ou a qualidade dos solos, levará a um aumento da procura destas redes no espaço rural.
"Se quiser construir um navio, não convoque homens para juntar madeira, dar ordens e dividir o trabalho. Antes, ensine-os a apaixonarem-se e desejarem o eterno e distante mar" (Antoine Saint-Exupéry) Quantas vezes ouvimos e lemos sobre a importância das pessoas nas empresas? Expressões como “as pessoas são o maior ativo das organizações” ou “as pessoas fazem a diferença” cruzam o nosso quotidiano de forma recorrente. Mas estaremos realmente conscientes desta importância? Valorizamos o fato de um colaborador trazer consigo sentimentos, ambições? Sabemos que cria expetativas, envolve-se, procura crescer dentro do trabalho que desenvolve? Se acredita realmente que os recursos humanos são o maior ativo das organizações então terá que deixar de lado a ideia de que o homem só trabalha para obter remuneração, que não se sente frustrado com a ausência de evolução, que não se aborrece pelo fato de não o informarem e não o orientarem para os objetivos da empresa e apenas o tratarem como uma
Portugal precisa duma visão poderosa para criar uma base de desenvolvimento económico sustentável e as redes que o grupo está, neste momento, a construir e que explorará no futuro têm todos os ingredientes para aumentar não só a presença, mas também o protagonismo da dst numa nova fase de crescimento do país. Para isso, será fundamental consolidar uma mentalidade de serviço ao cliente muito além da que, historicamente, tem sido suficiente para a gestão bem sucedia de projetos de construção, que têm tipicamente um horizonte temporal limitado e definido ao início de cada obra. A prestação de serviços de comunicações a clientes tão conhecedores e exigentes como são os outros operadores de telecomunicações fixos e móveis exigirá a criação de um modelo de operações altamente eficaz que, por motivos também de eficiência operacional, deverá estar suportado em parcerias profundas que evitem replicar a construção de centros de operação dedicados e de plataformas informáticas de elevadíssimo custo. Com base nesta visão sobre as exigências que o setor imporá aos seus protagonistas durante os próximos tempos, a dst tem desenvolvido uma estratégia que cavalga, de forma natural, sobre as principais tendências setoriais, tecnológicas e operacionais. Resta-nos a todos nós, durante os próximos tempos, garantir que a capacidade de execução do grupo está a altura dos desafios, tanto globais como específicos do setor, que permitam culminar com sucesso um caminho que se encontra já muito avançado. Contamos, para isso, com o contributo de todas as áreas do grupo dst.
Antecipamos também o desenvolvimento de aplicações híbridas que conjugarão os serviços tradicionais de telecomunicações com aplicações elétricas e ambientais, aumentando assim o âmbito de aplicação destas
peça - importante, é certo - no processo produtivo: um meio para atingir um fim.
Margarida Pereira
redes. Mais uma vez, o alargamento do portfólio do grupo dst também a estas áreas durante os últimos anos permitirá garantir um papel protagonista no desenvolvimento e exploração destas aplicações convergentes.
A gestão de recursos humanos converge cada vez mais para a valorização dos colaboradores, uma vez que são estes os que possuem os conhecimentos mais valiosos sobre como alcançar os melhores resultados, como identificar os problemas e como otimizar os processos internos. Obviamente as pessoas diferem entre si em inúmeras aptidões, quer sejam físicas ou cognitivas, mas cabe às empresas saber orientar e gerir os seus recursos para que estes possam acompanhar as novas e constantes mudanças do meio envolvente.
Recorrendo à analogia de Antoine Saint-Exupéry, navegamos em oceanos de águas revoltas e é preciso saber orientar e levar a bom porto, o navio que foi sendo construído com o trabalho e sonho de muitos e que só continuará a navegar se deixarmos para trás o passado e abraçarmos novas formas de conhecimento e novas formas de agir. Porque o que se exige aos trabalhadores de hoje, é substancialmente mais do que acontecia anos atrás, até porque, como se sabe, em 2004 Portugal era dos países com produtividade mais baixa entre os 25 países da união Europeia, o que, desde logo, nos torna menos competitivos e menos atrativos no que respeita a capacidade de atrair investimento.
Não é segredo para ninguém que o mundo está a mudar a uma velocidade vertiginosa - a nível económico, social, comportamental, etc. - e a velocidade a que a natureza do trabalho está a mudar é também alucinante, gerando alterações significativas na vida profissional de todos nós.
Na economia do conhecimento, as novas exigências no trabalho podem excluir os trabalhadores que no passado poderiam ser classificados como pessoas qualificadas, mas que hoje não possuem alguns pré-requisitos como formação tecnológica, versatilidade de funções, capacidade de se relacionar com os outros, inteligência emocional, resiliência, entre outros.
A economia global, a inovação tecnológica e a facilidade com que temos acesso à informação disponível na internet, gerou uma nova relação entre o trabalhador e a empresa, na qual o trabalhador assume um papel determinante na divulgação do nome e imagem da empresa no mercado.
Acima de tudo, acredito que para nos adaptarmos e sobrevivermos neste mercado turbulento, precisamos de funcionar como um organismo coletivo, com “uma estreita sinergia entre os elementos”, como defendia no início do século XX Manuel Laranjeira.
O trabalhador passa a ser um cliente interno e como tal deverá ser estimulado, ouvido, desafiado, comprometido, para que se sinta efetivamente parte da empresa.
Façamos tréguas connosco e saibamos desafiar os nossos limites com a ambição que nos caracteriza enquanto empresa inovadora e até irreverente. Saibamos construir com todos os colaboradores um património de valores e união, sustentada numa comunicação aberta e transparente, que os consiga manter apaixonados e capazes de sonhar com o eterno e distante mar.
Saber estimular a energia emocional dos colaboradores, especialmente os que operam na linha da frente, passa essencialmente pela construção de um orgulho coletivo e confiança mútua, partilhando os desafios, as dificuldades mas também as superações e as conquistas.
PORTUGAL TEM FUTURO RELATÓRIO & CONTAS dst, s.a. 2011
Relatório de Gestão Ex.mos Senhores Acionistas, A Administração, no cumprimento das exigências legais e estatutárias, vem apresentar a V. Exas. o Relatório de Gestão relativo ao exercício económico de 2011. Tendo em conta que o ambiente em que nos inserimos está diretamente relacionado com a evolução positiva ou a retração da economia mundial, antes de passarmos a apresentar os dados da empresa e dos centros de negócios que a compõem, efetuaremos uma ligeira abordagem aos dados macroeconómicos, internacionais e nacionais, mais importantes.
Enquadramento Macroeconómico Quadro Macroeconómico internacional Após uma recuperação da economia mundial em 2010, que se estendeu à generalidade das regiões, perspetiva-se uma desaceleração do crescimento entre os anos de 2011 e 2013. Em 2010, o Produto Interno Bruto (PIB) mundial cresceu 5%, enquanto que em 2011 terá aumentando cerca de 3,7%, de acordo com fontes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e Comissão Europeia (CE). Em 2011, o motor do crescimento económico continuou a ser os mercados emergentes, assente no forte dinamismo dos países asiáticos (China e Índia), América Latina e Rússia. As principais economias avançadas continuaram a apresentar níveis muito baixos de crescimento. As Instituições Internacionais prevêem um crescimento mais fraco nos EUA, uma desaceleração acentuada no Japão e o pros-seguimento de um crescimento mais moderado na União Europeia, com evoluções muito distintas entre Estadosmembros, apresentando-se mais forte na Alemanha, Suécia e Polónia; mais modesto no Reino Unido e em França, e mais fraco em Itália e em Espanha. Importa ainda referir que alguns países periféricos da Zona Euro (Portugal e Grécia) vão manter-se em recessão em 2012, sendo este o resultado de um processo de forte reajustamento estrutural das suas economias. A incerteza quanto ao enquadramento da economia mundial permanece elevada, associada à persistência de amplos desequilíbrios macroeconómicos, no caso dos EUA, à fragilidade do mercado de habitação e à continuação de um mercado de trabalho pouco dinâmico, elevando assim os riscos no sentido descendente do crescimento económico mundial. Paralelamente a esta situação, manteve-se a crise das dívidas soberanas em alguns países periféricos da Zona Euro, tendo aumentado os riscos de contágio para os restantes países, o que se repercute na forte instabilidade dos mercados financeiros internacionais e na diminuição da confiança dos agentes económicos. Num contexto de elevados riscos na maioria das economias desenvolvidas e continuação de grandes ajustes e desafios nas economias emergentes, em 2011, o ritmo de crescimento da economia mundial abrandou, com os EUA e a União Europeia a registarem um crescimento de 1,6% e o Japão a sofrer uma recessão de 0,4%, associada, em parte, aos efeitos do terramoto de Março de 2011. Indicadores Macroeconómicos PIB mundial: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
2009
2010
2011(e)
-2,4 -4,1 -4,0 -5,0
2,9 1,8 1,7 3,9
1,6 1,6 1,5 -0,4
Na Europa, as incertezas sobre a solidez do setor financeiro e a intensificação da crise da dívida soberana na Zona Euro abalaram um sistema financeiro ainda fragilizado. A crise financeira nos países periféricos da Zona Euro levou a uma análise de risco mais rigorosa, que resultou num agravamento do prémio de risco soberano. Para fazer face à crise financeira foi acordado o reforço dos instrumentos de estabilização, salientando-se o acionamento do Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF) e a disponibilização por parte do FMI de recursos adicionais para os Estados-membros, sob a forma de empréstimos bilaterais, num montante que poderá alcançar os 200 mil milhões de euros. Em 2011, a Zona Euro terá crescido 1,5 p.p., contudo, as instituições e os mercados europeus continuam frágeis e a retoma na Europa a 27 deverá manter-se moderada, em resultado do impacto prolongado da crise financeira e da implementação de fortes medidas de controlo orçamental em 2011. O aumento dos preços das matérias-primas, sobretudo do petróleo e dos produtos alimentares, foi responsável, em parte, pelo aumento da inflação observada. As pressões inflacionistas permaneceram contidas nas economias avançadas e mais elevadas nas economias emergentes. Contudo, o esforço exigido a alguns países da Zona Euro na consolidação orçamental tem levado ao aumento dos impostos indiretos e à aceleração dos preços administrativos, os quais têm vindo a impulsionar uma subida da taxa de inflação nesta região. De acordo com o FMI, nas economias desenvolvidas a inflação manteve-se nos 2,6% em 2011. Quanto à taxa de inflação da Zona Euro, a CE prevê que esta se situe abaixo dos 2% nos próximos dois anos devido à desaceleração prevista dos preços de energia, ao abrandamento persistente da economia e ao crescimento moderado dos salários. Em Novembro de 2011, a taxa de inflação homóloga da Zona Euro manteve-se em 3% e em termos de variação homóloga dos últimos 12 meses subiu para 2,7%. Associado ao fraco crescimento económico, o mercado de trabalho deve manter-se anémico na Zona Euro, estando prevista uma estagnação do emprego em 2012 e um ligeiro aumento de 0,3% em 2013. De acordo com a CE, a taxa de desemprego deve diminuir para 10,0% na Zona Euro em 2013 (10,1% em 2010), tendência que se estende à generalidade dos países, com exceção da Grécia, Portugal, Chipre e Eslovénia, que apresentam uma subida significativa deste indicador.
Indicadores Macroeconómicos Inflação: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
2009
2010
2011(e)
-0,4 1,0 0,3 -1,3
1,6 2,1 1,6 0,0
3,2 3,0 2,6 -0,2
Taxas de Juro Referência
2009
2010
2011
ZONA EURO EUA JAPÃO REINO UNIDO
1,00 0,25 0,30 0,50
1,00 0,25 0,10 0,50
1,00 0,25 0,10 0,50
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: percentagem, no final do período
Taxa de desemprego: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO Índice de produção industrial: EUA UNIÃO EUROPEIA - 27 ZONA EURO JAPÃO
9,3 8,9 9,4 5,1
-9,8 -13,9 -1,7 -22,3
9,6 9,6 10,0 5,1
5,7 6,6 7,1 16,0
9,0 9,7 10,0 4,9
4,2 4,2 4,6 -3,4
Fonte: FMI / Comissão Europeia / Eurostat / GPEARI Finanças Leitura: variação percentual (e) - estimativa
No sentido de assegurar um acesso mais facilitado do setor bancário à liquidez e permitir um melhor funcionamento do mercado monetário da Zona Euro, a 8 de Dezembro o Conselho do BCE reduziu em 25 pontos base a taxa de juro de referência, para 1%, que em Novembro se situava nos 1,25%. Refletindo as baixas taxas de juro praticadas pelos bancos centrais, as taxas do mercado monetário do Euro evidenciaram, no final de 2011, uma progressiva descida nas taxas de curto prazo na Europa. Já nos EUA, as taxas de juro de curto prazo prosseguiram o movimento ascendente iniciado em Agosto de 2011, continuando com valores inferiores a 1%. Em Novembro de 2011, as taxas de juro de longo prazo aumentaram na Zona Euro, refletindo as crescentes preocupações com a crise da dívida soberana; nos EUA diminuíram, refletindo a incerteza quanto às perspetivas para a economia mundial. No final de Dezembro de 2011, as taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses situavam-se em 1,024%, 1,178% e 1,356%, respetivamente. Esta ligeira descida no final de 2011 refletiu, em parte e conforme referido atrás, a divulgação por parte do BCE da descida da taxa de referência e da adoção de medidas não convencionais adicionais para apoiar o crédito bancário e a liquidez do mercado monetário da Zona Euro.
Taxas de Juro Mercado Monetário ZONA EURO Eonia Euribor 1 mês Euribor 3 meses Euribor 6 meses Euribor 12 meses EUA Libor 3 meses JAPÃO Libor 3 meses
2009
2010
2011
0,72 0,90 1,23 1,44 1,62
0,44 0,57 0,81 1,08 1,35
0,62 1,18 1,39 1,64 2,01
0,69
0,34
0,34
0,47
0,23
0,19
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: percentagem
Acompanhando a desvalorização de 2010, a taxa de câmbio do Euro face ao Dólar americano desceu no ano de 2011, situando-se nos 1,318 dólares no final do ano. A depreciação desvalorização do Euro face às principais divisas internacionais tem sido impulsionada pela perceção negativa da sustentabilidade das finanças públicas em alguns Estados-membros da Zona Euro. Divisas EUR/USD EUR/JPY EUR/GBP EUR/CHF
2009 1,441 133,160 0,888 1,484
2010 1,336 108,65 0,861 1,250
2011 1,318 102,55 0,844 1,228
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: paridade das divisas no final do período
A intensificação da crise da dívida soberana na Zona Euro e o aumento da incerteza relativa ao crescimento económico mundial nos próximos anos contribuíram para a diminuição dos grandes índices bolsistas internacionais.
Mercados Bolsistas Dow Jones EURO STOXX Nikkei 225 Standard & Poors 500
2009 -25,4 -23,2 -22,5
2010 13,4 7,3 20,3
2011 -3,4 -5,7 11,4
Fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal Leitura: variação percentual
Em 2011, o preço das matérias-primas não energéticas, metais e bens agrícolas, apresentou uma desaceleração significativa, devido sobretudo à quebra dos preços dos metais, dos produtos industriais e agrícolas. O preço do barril do petróleo aumentou significativamente face a 2010, em resultado do aumento da procura mundial. O preço do petróleo Brent em 2011 rondou, em média, os 111 dólares por barril. Matérias-Primas
2009
2010
2011(e)
Petróleo Brent USD/Barril (1) Bens Agrícolas (2) Metais (2)
62,45 -17,0 -28,60
80,22 33,8 40,2
111,09 27,2 17,9
fonte: Ministério das Finanças / Banco de Portugal leitura: (1) preço médio barril/USD / (2) variação percentual (e) - estimativa
A CE prevê ainda para a Zona Euro uma desaceleração das exportações para 3,4% em 2012 (11,3% em 2010 e 6,1% em 2011) e um abrandamento do investimento, que apenas deve aumentar 0,5% em 2012. Estas revisões em baixa para 2012 devem-se à perspetiva de um crescimento económico mundial fraco e à ocorrência de uma grave crise de confiança dos empresários, a qual se encontra associada à conjugação da frágil situação das finanças públicas e das vulnerabilidades do setor financeiro, colocando fortes restrições na concessão do crédito. O consumo privado da Zona Euro deverá manter-se estagnado em 2012 (+0,4%), fomentado pelo impato das medidas de consolidação orçamental no rendimento das famílias e pela falta de melhoria do mercado de trabalho. O esforço de consolidação feito pela generalidade dos países pode originar uma melhoria da situação das finanças públicas nos próximos anos, estando previsto um défice em torno dos 3,2% do PIB, em média, na Zona Euro, nos anos de 2012 e 2013. Esta previsão fica abaixo dos défices alcançados desde 2009, que se situaram, em média, em 5,6% do PIB entre 2009 e 2011. No entanto, a dívida pública em percentagem do PIB deve continuar a aumentar para cerca de 91%, em média, nos anos de 2012 e 2013, prosseguindo a tendência ascendente registada a partir de 2008.
Fonte: GPEARI Finanças Leitura: variação percentual (e) - estimativa
Quadro Macroeconómico nacional Indicadores Macroeconómicos Despesas e PIB - Consumo Privado - Consumo Público - FBCF - Exportações - Importações - PIBpm Inflação Índice de Prod. Industrial Índice de Volume de Negócios na Indústria Índice PSI 20 Taxa de Desemprego
2009 -1,0 2,9 -11,9 -11,8 -10,9 -2,6
2010 2011(e) -3,6 2,0 -3,2 3,2 -11,2 -4,8 7,3 8,7 -4,3 5,3 -1,6 1,4 1,4 2,2
3,6 -2,2
-17,9 9,4 33,47 -10,34 9,5 10,0
2,1 -24,4 12,4
-0,8 -7,2
Fonte: Ministério das Finanças Leitura: variação percentual, à excepção da taxa de desemprego (e)- estimativa
No quadro de crise da dívida soberana na Zona Euro, a economia portuguesa intensificou em 2011 o processo de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos acumulados ao longo dos últimos anos. Estes desequilíbrios traduziram-se em necessidades de financiamento externo persistentes e elevadas. Num contexto de fortes tensões nos mercados financeiros, estes desequilíbrios constituem uma vulnerabilidade da economia portuguesa, que contribuiu para a perda de acesso do setor público e, consequentemente do setor bancário, a financiamento de mercado em condições regulares. Deste modo, o Estado português solicitou assistência financeira junto do FMI e UE. Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo português se comprometeu a adotar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de carácter estrutural. O processo de consolidação orçamental em curso afetará negativamente o crescimento da economia portuguesa entre 2011-2013, mas deverá criar condições para um crescimento sustentável no longo prazo. As projeções do FMI apontam para uma contração sem precedentes da atividade económica e da procura interna, acompanhada de uma redução substancial do desequilíbrio externo. De acordo com as previsões do FMI, o défice orçamental ficará nos 5,9% do PIB, contudo, o
Governo aponta para um défice de 4,5% do PIB. Em 2011, estima-se que o PIB tenha contraído 1,6%, traduzindo assim uma queda significativa da procura interna, tanto pública como privada. A forte contração da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, que não é no entanto suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes. Assistiu-se a uma continuada deterioração das condições no mercado de trabalho, redução de emprego em termos líquidos e aumento da taxa de desemprego para níveis historicamente elevados, 12,4% no 3º trimestre de 2011. Por outro lado, as medidas de consolidação orçamental implicam uma contração sem precedentes no rendimento disponível das famílias, verificando-se, de forma generalizada, uma diminuição do poder de compra e da confiança dos consumidores. Em 2011, a taxa de inflação média anual aumentou para os 3,6% (1,4% em 2010), traduzindo o impacto do aumento da tributação indireta, subida de preços sujeitos a procedimentos de natureza administrativa, aumento dos preços dos transportes e dos produtos energéticos, cuja taxa do IVA aumentou dos 6% para os 23%. A evolução da economia portuguesa será marcada pelo ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos estruturais, no contexto do PAEF acordado com a União Europeia, os países da Zona Euro e o Fundo Monetário Internacional. Este processo, que se intensificará em 2012, deverá implicar uma forte contração da procura interna até final de 2013. O seu sucesso é, no entanto, determinante para garantir o restabelecimento dos equilíbrios macroeconómicos básicos, a redução das necessidades crónicas de financiamento externo da economia portuguesa, o retomar de um processo de crescimento sustentável e assim assegurar o regresso dos agentes residentes ao financiamento junto dos mercados financeiros internacionais.
O setor da Construção O setor da construção em Portugal voltou a registar, durante o ano de 2011, uma quebra na sua atividade, influenciado por um enquadramento económico profundamente desfavorável. A generalidade dos indicadores aponta para uma contração do volume de produção do setor, o valor acrescentado bruto (VAB) da construção diminuiu cerca de 11,6% face ao período homólogo de 2010 e o investimento em construção revelou uma quebra de 14,1%. Em Novembro de 2011 observa-se uma diminuição de 8,3% no nível de atividade do setor, de 6,3% no índice de confiança (o qual se encontra em queda há 41 meses consecutivos), 3,2% no emprego e 11,6% na carteira de encomendas. A acentuada quebra em todos os indicadores qualitativos do setor da construção revela claramente a crise profunda que o setor atravessa em Portugal, que se torna ainda mais evidente quando comparada com a situação da União Europeia, onde se verifica um aumento, embora ligeiro, da confiança dos empresários do setor, bem como da carteira de encomendas. O mercado da habitação tem sido o mais penalizado pela atual conjuntura económica, como comprovam os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, que revelam uma quebra de 63,4% nos novos créditos concedidos para aquisição de habitação. Esta é uma consequência do impacto das medidas de consolidação orçamental no rendimento das famílias e das restrições impostas no acesso ao financiamento para compra de habitação. Estes fatores, associados às crescentes dificuldades económicas decorrentes do aumento do desemprego, bem como à grave crise de confiança que se instalou a nível geral, tem conduzido a uma redução drástica da procura de
habitação. A confirmar a contração no segmento da construção de edifícios residenciais, o licenciamento de novos fogos habitacionais regista uma quebra de 31,1%, que se traduz numa redução de 6.565 habitações licenciadas. O segmento da habitação voltou a ser o que registou a maior quebra de produção, que deverá ter rondado os 15%. Contudo, em 2011, a quebra de produção foi também bastante forte nos segmentos da construção não residencial e no segmento das obras de engenharia civil. Também em virtude da crise económica, o segmento dos edifícios não residenciais voltou a registar um sensível decréscimo, com a área licenciada a apresentar uma quebra de 7,9% em termos homólogos. No segmento das obras públicas verifica-se uma forte redução do investimento, com o número de concursos promovidos pela Administração Central a contraírem-se 70,3% em 2011 face a 2010. A avaliar pelos valores dos concursos lançados até Novembro de 2011, apurou-se uma redução de 1.239 milhões de euros, o que se traduz numa quebra em valor de 31,6% face ao mesmo período de 2010. Para a evolução desfavorável da atividade deste segmento, e segundo os empresários que operam neste mercado, contribuem não só a redução do investimento público, mas também o excesso de concorrência e os preços base muito baixos dos concursos. O emprego assegurado pelo setor da construção registou no 3.º trimestre de 2011 uma redução de 3,2% face ao 2.º trimestre do ano, o que se traduziu numa diminuição de 14 mil empregados em apenas três meses. Em termos acumulados, desde 2002, a diminuição de
emprego no setor da construção já atingiu cerca de 168 mil postos de trabalho. No índice de confiança dos empresários verificou-se uma quebra de 6,3%, atingindo um novo mínimo histórico, em resultado de um período consecutivo de quedas que ultrapassa os 40 meses. Segundo fontes da CE, a confiança dos empresários europeus que operam no setor da construção manteve-se, em termos médios, num patamar positivo (+0,7%), enquanto em Portugal essa confiança continua em queda acentuada, agravando-se assim o fosso entre Portugal e os restantes países da União Europeia nesta matéria. Esta situação resulta em forte medida da evolução recente da carteira de encomendas, que para Portugal se traduziu numa redução de 27,4%, claramente em oposição com o aumento de 5,2% registado, em média, na União Europeia. Indicadores do Setor Vendas Cimento Venda de Aço Licenças de Construção Obras Públicas - Promoções - Adjudicações - Trabalhos Executados FBCF (construção) Fonte: Ministério das Finanças / INE Leitura: variação percentual (e) - estimativa
2009 -15,5 -4,8 -21,5
2010 -7,0 -23,0 -10,0
2011(e) -15,4 -8,9 -11,0
-29,5 12,3 42,1 -11,7
21,9 -38,9 -15,3 -4,8
-34,1 -1,6 -21,0 -14,1
11
RELATÓRIO & CONTAS dst, s.a. 2011
Atividade da Empresa
Recursos Humanos
A principal atividade da empresa é na área da construção civil e infraestruturas, sendo esta apoiada por centros produtivos complementares à construção, como é o caso do departamento de aplicação e produção de misturas betuminosas e o departamento de logística e de manutenção (responsáveis pela gestão, conservação e manutenção dos equipamentos da empresa). O exercício de 2011 foi caracterizado pela continuidade dos trabalhos decorrentes de contratos formalizados nos anos anteriores e pelo início de obras emblemáticas na área das infraestruturas e construção de edifícios não residenciais. Apesar do cenário de crise que o setor atravessa, a atividade da empresa manteve resultados económico-financeiros bastante positivos. O volume de negócios ascendeu os 111,5 milhões de euros, evidenciando uma ligeira diminuição em relação ao ano anterior, 16%. Invertendo a tendência dos anos anteriores, o peso das obras de infraestruturas no total das prestações de serviços ascendeu aos 61%, enquanto as obras de construção civil diminuíram para os 39%.
A empresa tem por estratégia reforçar principalmente os seus quadros técnicos superiores e intermédios, de modo a construir uma linha dorsal sobre a qual todo o crescimento da empresa assenta. Contudo durante o ano de 2011 verificou-se uma ligeira diminuição no número médio de capital humano face ao ano anterior.
Volume de Negócios Vendas de Produtos Prestações de Serviços total
2009 1.898 103.170 105.068
2010 2.494 130.385 132.879
2011 1.792 109.738 111.530
2009 33.107 70.063
total
103.170
% 32% 68%
2010 62.608 67.777
% 48% 52%
VAR. -28,13% -15,84% -16,07%
130.385
2011 67.031 42.707
2010 5 524
2011 5 502
total
531
529
507
À semelhança do verificado nos anos anteriores, o desempenho da empresa em 2011 foi bastante positivo, contrariando a tendência verificada no setor da construção. O ativo líquido fixou-se nos 155,1 milhões de euros, o que representa um crescimento de 18,4 milhões de euros quando comparado com o ano anterior. Este crescimento deveu-se sobretudo ao aumento do ativo corrente, evidenciando-se um aumento nas rubricas de Clientes, Estado e Outros Entes Públicos e outras contas a receber. Do lado do passivo, destaca-se o aumento nas rubricas de fornecedores, outras contas a pagar e diferimentos de rendimentos a reconhecer no próximo ano, nomeadamente relativos a contratos de construção.
% 91% 39%
109.738
Unidade: Milhares de Euros
A rubrica das prestações de serviços, apesar de registar uma diminuição de 15,84%, o valor alcançado foi bastante positivo e sustentado por uma boa carteira de obras. No quadro seguinte destacamos as principais obras que decorreram durante o ano de 2011 e cujo volume de faturação corresponde a 76% do valor total de faturação das obras: Principais Obras REFER - Reabilitação das Infraestruturas no Troço 2.ª fase da Inserção Urbana no metro do Porto Construção do 2.º troço do adutor do Pisão - Beja Parque Aeronaútico da Embraer em Évora Implant. redes de Banda Larga de Nova Geração - Z. Rurais Norte Execução da ETAR do Sousa Sistema Elevatório de Pedrogão Escola Secundária Almeida Garrett EDIA - Construção de Infraestruturas de rega - Alfundão Adutor da Mata do Urso Ren. e Req. da frente rio de Santo Tirso Abast. de Água no concelho de Faro Interceptor do Ave - 2.ª fase Centro de Valorização Orgânica (CVO) - Braga Centro de valorização Orgânica (CVO) - Mirandela Decathlon de Leiria Gondomar - Plano de Investimentos II Évora Shopping Fórum Inst. redes comum. electrón. Alta Velocidade - Zonas Ruais Sul Execução de ETAR do Cávado - Homem Decathlon Setúbal Const. Liberdade Street fashion Vale de Santarém - saneamento de Pernes Refinaria de Matosinhos
2009 5 526
Análise Econónico-financeira
Unidade: Milhares de Euros
Prestação de Serviços Infraestruturas Construção Civil
Rubricas Administradores Empregados
Perspetivas Futuras
Mil €
Balanço
180 000 160 000 140 000
Localização Lousã Porto Beja Évora Zonas Rurais Norte Vizela Beja Vila Nova de Gaia Beja Leiria Santo Tirso Faro Guimarães Braga Mirandela Leiria Gondomar Évora Alentejo e Algarve Vila Verde Setúbal Braga Santarém Matosinhos
Consequentemente, o EBITDA sofreu um aumento de 334,7 mil euros, 4% em relação ao ano anterior, refletindo um aumento da margem bruta da empresa. O ano de 2011 foi marcado por uma boa performance operacional da empresa, consequência de uma contínua melhoria da eficiência e de uma gestão racional de todos os recursos, situando-se o resultado operacional nos 6,2 milhões de euros, tendo aumentado 9% face ao observado em 2010. Em contrapartida, os resultados financeiros sofreram uma diminuição na ordem dos 65%. Apesar de se ter registado um aumento com os juros e rendimentos similares obtidos, não foi o suficiente para compensar o aumento dos juros e gastos suportados, conduzindo a uma diminuição de 22% no resultado líquido. O resultado líquido da empresa atingiu o significativo valor de 4,5 milhões de euros, permitindo o contínuo reforço e remuneração dos capitais próprios de modo a prosseguir uma estratégia de crescimento ambiciosa e sustentada. O crescimento que a empresa apresentou no exercício de 2011 reflete-se nos valores evidenciados por alguns indicadores económicos, financeiros e de rentabilidade, nomeadamente: Rubricas Indicadores Económicos Valor Acrescentado Bruto * EBITDA * EBITDA % Net Debt / EBITDA Cash-flow* Rotação do Ativo Fixo Rotação do Ativo Circulante Rotação de Existências Indicadores Financeiros Autonomia financeira Liquidez Geral Solvabilidade Total Indicadores de Rentabilidade Margem Bruta das Vendas Rentabilidade das Vendas Rentabilidade do Ativo Total Rentabilidade dos Capitais Próprios
Ativo
100 000
Passivo
80 000
Capital Próprio 60 000 40 000 20 000 0 2010
2011
O volume de negócios, apesar do decréscimo de 16% face ao verificado no ano anterior, situou-se nos 111,5 milhões, decorrente da angariação de diversas obras com alguma dimensão que se iniciaram no corrente exercício. Acompanhando esta ligeira diminuição, as principais rubricas de gastos diminuíram consideravelmente. Os custos das mercadorias vendidas e das matérias consumidas e os gastos com fornecimentos e serviços externos diminuíram cerca de 21% cada, enquanto os gastos com depreciações e amortizações e as perdas por imparidade de dívidas a receber diminuíram aproximadamente 8%.
Investimento
Demonstração dos Resultados EBITA
10 000
Resultados Operacionais 9 000 Resultados Financeiros
Participações financeiras Em 2011, a rubrica das participações financeiras sofreu uma diminuição de cerca de 807 mil euros, justificado, por um lado, pela aplicação do MEP (método de equivalência patrimonial) às participações em empresas associadas e subsidiárias, no valor negativo de 1,5 milhões de euros, e por outro, pela atribuição de prestações acessórias às sociedades Cari, s.a. e Steelgreen, s.a., no valor de 550.000 euros e 100.000, euros respetivamente.
8 000 Resultado Líquido 7 000 6 000 5 000 4 000 3 000
Ativos Fixos Tangíveis Em linha com o verificado em anos anteriores, a estrutura patrimonial continua a evidenciar um reforço incremental dos ativos líquidos produtivos. Assim, o investimento realizado no período em análise ascendeu aos 1,3 milhões de euros, contemplando um reforço na aquisição de equipamentos e viaturas para o negócio da construção civil.
2010
2011
21.491.106 6.607.725 6,29% 4,95 7.096.748 395,04% 104,21% 334,72%
23.892.634 8.801.134 6,62% 3,33 8.908.839 475,56% 106,95% 1 379,22%
24.432.453 9.135.812 8,19% 2,51 7.461.802 383,31% 77,22% 1002,54%
25,81% 176,99% 34,78%
25,48% 158,09% 34,19%
25,36% 147,25% 33,97%
83,12% 4,92% 4,59% 17,80%
81,66% 4,33% 4,22% 16,55%
82,80% 4,04% 2,91% 11,47%
A nível económico a domingos da silva teixeira, s.a. pretende consolidar a sua faturação, continuar a melhorar a sua rentabilidade, reduzindo os níveis de endividamento e procurando aumentar a satisfação do cliente pelos produtos e serviços prestados. Ao nível dos Recursos Humanos, a empresa irá prosseguir com o plano de formação delineado, bem como aumentar a sensibilização e o controlo da segurança e ambiente nos locais de trabalho. Em termos de qualidade, irá iniciar o processo relativo à certificação do sistema de gestão da Investigação Desenvolvimento e Inovação (IDI) de acordo com a norma NP 4457: 2007 - Gestão da IDI, Requisitos do sistema de gestão da IDI.
Dívidas ao Estado e outros Entes Públicos e à Segurança Social em situação de mora A empresa não apresenta dívidas em situação de mora ao Estado e outros entes públicos e à Segurança Social.
Acontecimentos subsequentes
* Valores em Euros
120 000
Mil €
2009
Mesmo atendendo à atual conjuntura macroeconómica nacional e internacional, marcada por inúmeras incertezas, a empresa continua a apostar no seu crescimento sustentado e multifacetado.
2 000 1 000 0 2010
2011
No decurso da atividade desenvolvida em 2011, a empresa criou valor acrescentado bruto superior a 24,4 milhões de euros e os ganhos gerados pela empresa antes de juros, impostos, amortizações, imparidades e provisões (“EBITDA”) ultrapassou os 9,1 milhões de euros, representando uma melhoria de 1,57 p.p. No que se refere à capacidade da empresa em pagar a sua dívida líquida, verificamos que o número de anos que a empresa leva a pagar a dívida bancária líquida de disponibilidades, decresceu de perto de 5 anos em 2009 para 2,5 anos em 2011, considerando o EBITDA e a dívida bancária líquida constantes. A capacidade de gerar recursos (cash-flow) também foi positiva, tendo os meios libertos líquidos apresentados em 2011 um valor de 7,5 milhões de euros, o que evidencia a capacidade de gestão da empresa em fazer face às dificuldades sentidas no setor e no país. A rotação do ativo fixo demonstra o grau de eficácia de utilização dos ativos bastante elevada, situando-se acima dos 100%, o que reflete o forte investimento em capacidade produtiva que a empresa tem vindo a fazer nos últimos anos. O rácio de rotação de existências afere o “peso” das existências num dado período, o que permite avaliar a eficiência da empresa. Este rácio apresentou uma evolução positiva, o que está diretamente relacionado com a diminuição de existências em stock, maioritariamente decorrente da aplicação das mesmas em obra (e que está relacionada com a tipologia de obra) e de um esforço concertado em reduzir os tempos das existências em stock, adquirindo a quantidade de materiais necessária a cada fase da obra. O rácio da autonomia financeira da empresa situou-se em 25,4%, medindo a solvabilidade da empresa através da determinação da proporção dos ativos que são financiados com capital próprio. O indicador da solvabilidade total, que permite medir a capacidade da empresa de com os seus próprios meios liquidar as suas dívidas a terceiros, situou-se nos 34,0% em 2011, o que demonstra um ligeiro aumento da dependência da empresa face aos seus credores em relação ao ano anterior. O indicador da liquidez geral reflete a capacidade de uma empresa em onerar os seus compromissos de curto prazo, o que com um valor de 147,3%, superior a 100%, significa que a empresa está plenamente dotada dos meios financeiros para fazer face às suas responsabilidades de curto prazo. Como se pode constatar no quadro supra, a empresa apresentou indicadores de rentabilidade com valores ligeiramente inferiores aos de 2010, com exceção da margem bruta das vendas, que continua a ser um indicador de referência, situando-se acima dos 82,8% e denotando a forte eficiência do ponto de vista operacional da empresa. A rentabilidade dos capitais próprios assume-se também como um indicador de referência, situando-se nos 11,5%, taxa superior a qualquer ativo financeiro de disponibilidade a curto e médio prazo.
Após o encerramento do exercício, e até à presente data, não se verificaram acontecimentos subsequentes que possam ter efeitos materialmente relevantes sobre as demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011.
Proposta de aplicação de resultados O Conselho de Administração propõe aos Senhores Acionistas que o resultado líquido positivo do exercício de 2011, no valor de 4.511.187,49€ (quatro milhões, quinhentos e onze mil, cento e oitenta e sete euros e quarenta e nove cêntimos), tenha a seguinte aplicação: Reserva Legal ..............................................................225.559,37€ Resultados Transitados..............................................4.285.628,12€
Nota final O Conselho de Administração deixa expressa uma palavra de reconhecimento a todos os seus colaboradores e uma de agradecimento a todos quanto, de uma forma ou de outra, cooperaram com a empresa. Agradecimentos especiais ao Fiscal Único, Fornecedores e Entidades Bancárias que muito nos honram com prestimosa relação. Braga, 20 de Março de 2012 O Conselho de Administração, José Gonçalves Teixeira; Presidente Avelino Gonçalves Teixeira; Vice-Presidente Joaquim Gonçalves Teixeira; Vogal Hernâni José Gonçalves Teixeira; Vogal Teresa Gonçalves Gomes; Vogal
Informação Financeira Balanço Individual em 31 de Dezembro de 2011
Demonstração Individual dos Fluxos de Caixa
Demonstração Individual dos Resultados por Naturezas Período findo em 31 de Dezembro de 2011 e 2010
Rubrica
Notas
31-12-2011
31-12-2010
5.548.707,71
ATIVO Ativo Não Corrente Ativos Fixos Tangíveis
7e8
4.638.718,72
Propriedades de Investimento
9
150.000,00
-
Ativos Intangíveis
10
7.022,74
11.736,77
Particip. Financ. - Método de Equiv. Patrimonial
11
3.974.286,84
4.796.849,60
Participações Financeiras - Outros Métodos
12
1.911.061,00
1.895.211,00
Ativos por Impostos Diferidos
25
99.407,53
107.650,74
10.780.496,83
12.360.155,82
Ativo Corrente Inventários 13 e 30
1.913.432,63
1.767.035,44 68.044.980,60
Clientes
14
80.795.741,38
Adiantamentos a Fornecedores
23
14.995,17
-
Estado e outros Entes Públicos
17
2.096.500,33
320.495,90
Acionistas / Sócios
16
25.607,85
9.921,57
Outras contas a receber
15
57.616.345,00
51.898.088,86
Diferimentos
18
417.142,04
443.177,78
Caixa e Depósitos Bancários
4
1.394.029,35
1.763.907,90
144.273.793,75
124.247.608,05
155.054.290,58
136.607.763,87
Total Ativo CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital Próprio Capital Realizado
19
12.500.000,00
12.500.000,00
Outros Instrumentos de Capital Próprio
20
1.010.000,00
1.010.000,00
Reservas Legais
1.202.345,14
914.678,22
OutrasReservas
8.122.976,43
8.122,976,43
Resultados transitados
12.539.928,23
7.068.556,78
Ajustamentos em Ativos Financeiros
(568.185,27)
(568.018,67)
Outras variações no Capital Próprio
-
-
Resultado Líquido do Período
4.511.187,49
5.759.338,37
Total de Capital Próprio
39.318.552,02
34.807.531,13
Rendimentos e Gastos Vendas e Serviços Prestados Subsídios à Exploração Ganhos/Perdas imputados de Subsid., Associ. e Empreendimentos Conjuntos Trabalhos para a Própria Entidade Custos das Mercadorias Vendidas e das Matérias Consumidas Fornecimentos e Serviços Externos Gastos com o Pessoal Imparidade de Dívidas a Receber (Perdas / Reversões) Provisões (Aumentos / Reduções) Outros Rendimentos e Ganhos Outros Gastos e Perdas Resultado antes de Depreciações, Gastos de Financiamento e Impostos Gastos / Reversões de Depreciação e de Amortização Imparidade de Investimento Depreciáveis / Amortizáveis (Perdas / Reversões) Resultado Operacional (antes de Gastos de Financiamento e Impostos) Juros e Rendimentos Similares Obtidos Juros e Gastos Similares Suportados Resulado antes de Impostos Imposto sobre o Rendimento do Período Resultado Líquido do Período
8 e 37 38 39
31-12-2011 111.530.153,56 26.926,62 1.472.396,16 13.411,46 (19.182.906,70) (74.532.931,11) (10.536.805,52) (987.026,69) 2.059,25 4.570.456,72 (1.280.097,32) 8.150.844,11 (1.965.647,47) 6.185.196,64 4.757.776,93 (4.008.928,66) 6.934.044,91 (2.422.857,42) 4.511.187,49
Ajustamentos em Ativos Financeiros (708.228,27)
Outras Reservas 8.122.976,43
Resultados Transitados 2.160.224,71
-
-
245.153,93
-
4.897.963,10
-
(5.143.17,03)
-
-
245.153,93
-
10.368,97 4.908.332,07
150.578,57 (10.368,97) 140.209,60
Resultado Líquido do Período Resultado Integral
-
-
245.153,93
-
4.908.332,07
140.209,60
(5.143.117,03) 5.759.338,37 616.221,34
150.578.,57 150.578,57 5.759.338,37 5.909.916,95
Oper. com detentores de Capital no Período Realizações de Capital Realização de Prémios de Emissão Distribuições Entradas para Cobertura de Perdas Outras Operações
-
-
-
-
-
-
-
-
Posição em 31 de Dezembro de 2010
12.500.000,00
1.010.000,00
914.678,22
8.122.976,43
7.98.556,78
(580.018,67)
PASSIVO
Resultado Total Líq. do período 5.143.117,03 28.897.614,19
5.759.338,37 34.807.531,13
Demonstração individual das Alterações no Capital Próprio no período de 2011
Provisões
21
25.491,69
27.550,94
Financiamentos obtidos
8 e 22
17.526.035,41
22.867.893,19
Passivos por Impostos Diferidos
25
207.106,20
310.659,29
-
-
17.758.633,30
23.206.103,42
49.081.633,01
39.381.446,69
Outras Contas a Pagar Passivo Corrente Fornecedores
23
Estado e outros Entes Públicos
17
405.351,68
1.561.506,88
Accionistas / Sócios
16
2.592.482,91
2,437.299,29
Financiamentos obtidos
8 e 22
6.794.519,22
8.191.558,70
Outras Contas a Pagar 24 e 25
25.373.438,03
22.148.088,39
18
13.729.680,41
4.874.229,37
Descrição Posição em 1 de Janeiro e 2011 Alterações no Período 1.ª Adopção de novo Referencial Contabilístico Aplicação do Resultado de 2010 Alter. em outras variações no Capital Próprio: Método de Equivalência Patrimonial Ajustamentos por Impostos Diferridos Outras alter. reconhecidas no Capital Próprio
Capital Outros Instrumentos de Capital Próprio Realizado 1.010.000,00 12.500.000,00
Reservas Outras Legais Reservas 914.678,22 8.122.976,43
Resultados Transitados 7.068.556,78
Resultado Ajustamentos em Ativos Financeiros Líq. do período Total 5.759.338,37 34.807.531,13 (568.018,67)
-
-
287.966,92
-
5.471.371,45
-
(5.729.338,37)
-
-
287.966,92
-
5.471.371,45
(166,60) (166,60)
Resultado Líquido do Período Resultado Integral
-
-
287.966,92
-
5.471.371,45
(166,60)
(5.729.338,37) 4.511.187,49 (1.248.150,88)
(166,60) (166,60) 4.511.187,49 4.511.020,89
-
-
-
-
-
-
-
-
12.500.000,00
1.010.000,00 1.202.645,14 8.122.976,43 12.539.928,23
(568.185,27)
97.977.105,26
78.594.129,32
Total do Passivo
115.735.738,56
101.800.232,74
Oper. com detentores de Capital no Período Realizações de Capital Realização de Prémios de Emissão Distribuições Entradas para Cobertura de Perdas Outras Operações
Total do Capital Próprio e do Passivo
155.054.290,58
136.607.763,87
Posição em 31 de Dezembro de 2011
(665.850,00) (3.09.740,31) (5.733.942,42) (150.000,00) (9.642.532,73)
(295.000,00) (1.950.622,74) (6.547.688,68) (8.793.311,42)
Fluxo de caixa das Atividades Operacionais (2)
923.400,45 5.223.121,61 6.146.522,06 (3.496.010,67)
217.559,15 1.993.167,02 987.972,91 78.190,50 3.276.889,58 (5.516.421,84)
Fluxo de Caixa das Ativ. de Financiamento Recebimentos provenientes de: Financiamentos Obtidos
547.148,57 547.148,57
18.258.722,37 18.258.722,27
Pagamentos respeitantes a: Financiamentos Obtidos Juros e Gastos Similares Fluxo e Caixa das Ativ. de Financiamento (3)
(2.607.090,39) (4.083.928,66) (6.616.019,05) (6.068.870,48)
(3.427.792,20) (2.033.837,77) (5.506.629,97) 12.752.092,40
Var. de Caixa e seus Equivalentes (1) + (2) + (3) Caixa e seus Equivalentes no Início do Período Caixa e seus Equivalentes no Fim do Período
(369.878,55) 1.763.907,90 1.394.029,35
(317.862,57) 2.081.770,47 1.763.907,90
Recebimentos provenientes de: Ativos Fixos Tangíveis Subsídios ao Investimento Juros e Rendimentos Similares Dividendos
Reservas Legais 669.524,29
Alterações no Período 1.ª Adopção de novo Referencial Contabilístico Aplicação do Resultado de 2009 Alter. em outras Variações no Capital Próprio: Método de Equivalência Patrimonial Ajustamentos por Impostos Diferidos Outras alter. reconhecidas no Capital Próprio
2010 113.743.992,41 (107.753.265,61) (11.340.602,99) (5.349.876,20) (2.203.656,94) (7.553.533,13)
Fluxos de caixa das Atividades de Investimento Pagamentos respeitantes a: Investimentos Financeiros Ativos Fixos Tangíveis Financiamentos Concedidos Outros Ativos
Capital Outros Instrumentos de Capital Próprio Realizado 1.010.000,00 12.500.000,00
Descrição Posição em 1 de Janeiro e 2010
2011 111.228.576,32 (88.021.884,16) (11.781.180,53) 11.425.511,63 (2.230.509,03) 9.195.002,60
Rubricas Fluxos de caixa das Ativ. Oper. - Método Directo Recebimento de Clientes Pagamentos a Fornecedores Pagamentos ao Pessoal Caixa gerada pelas Operações Pagamento / Recebimento do Imposto sobre o Rendimento Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais (1)
31-12-2010 132.878.881,01 60.684,28 108.207,73 (24.371.269,39) (94.395.840,77) (11.174.727,33) (1.075.470,12) 57.595,36 6.482.408,99 (1.635.807,49) 7.783.258,84 (2.131.626,16) (152,78) 5.651.479,90 3.859.479,90 (1.719.960,04) 7.790.850,29 (2.031.551,92) 5.759.338,37
Demonstração individual das Alterações no Capital Próprio no período de 2010
Passivo Não Corrente
Diferementos
Notas 26 27 28 29 13 e 30 31 32 33 34 35 36
4.511.187,49 39.318.552,02
12
RELATÓRIO & CONTAS dst, s.a. 2011
Anexos 1. Identificação da entidade. Designação da entidade: Domingos da Silva Teixeira, s.a. Sede social: rua de Pitancinhos - Palmeira - Braga Data da constituição: 13 de Fevereiro de 1984 N.º Contribuinte: 501489126 C.A.E.: 42990 - Construção de outras obras de engenharia civil Natureza da atividade: construção e engenharia Designação da empresa-mãe: dst, sgps, s.a. Sede da empresa-mãe: rua de Pitancinhos – Palmeira - Braga Sempre que não exista outra referência os montantes encontram-se expressos em unidade de euro. 2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras. 2.1. Sistema de Normalização Contabilística. As demonstrações financeiras anexas estão em conformidade com todas as normas que integram o Sistema de Normalização Contabilística (SNC). Devem entender-se como fazendo parte daquelas normas as Bases para a Apresentação de Demonstrações Financeiras, os Modelos de Demonstrações Financeiras, o Código de Contas, as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF) e as Normas Interpretativas. A preparação das demonstrações financeiras exige a utilização de estimativas e julgamentos relevantes que afetam as quantias de ativos e passivos, assim como quantias de gastos e rendimentos durante o período de relato. Estas estimativas e pressupostos resultam do melhor conhecimento, em relação aos eventos e ações correntes, não se esperando, no entanto que daí possam resultar ajustamentos significativos aos valores dos ativos e passivos em períodos futuros. 3. Principais políticas contabilísticas. As principais políticas contabilísticas aplicadas na preparação das demonstrações financeiras anexas estão descritas abaixo. 3.1. Bases de mensuração. As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto de continuidade dos negócios, tomando por base o custo histórico e preparadas a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade, mantidos de acordo com as NCRF em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras. 3.1.1. Ativos fixos tangíveis. Os ativos fixos tangíveis encontram-se reconhecidos ao custo de aquisição, deduzidos das correspondentes depreciações e de eventuais perdas por imparidades. O custo de aquisição inclui todos os dispêndios diretamente atribuíveis à aquisição dos bens e sua disponibilização no local e condições de operacionalidade pretendidos. Os encargos subsequentes são incluídos no custo de aquisição do bem ou reconhecidos como ativos separados, conforme apropriado, quando é provável que benefícios económicos futuros fluirão para a entidade por via da sua utilização e o respetivo custo possa ser mensurado com fiabilidade. Os gastos com reparações e manutenção que não aumentem a vida útil dos ativos nem resultem em melhorias significativas nos elementos dos ativos fixos tangíveis são reconhecidos como um gasto no período em que são incorridos. Os ativos fixos tangíveis em curso, ativos fixos ainda em fase de construção/conclusão, encontram-se contabilizados ao custo de aquisição deduzidos de eventuais perdas por imparidade. A depreciação destes ativos fixos tem início a partir do momento que os ativos subjacentes se encontrem disponíveis para uso. As depreciações são calculadas sobre o custo de aquisição, pelo método da linha reta, com imputação duodecimal a partir da data em que o ativo se encontra em condições de funcionamento, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. As taxas de depreciação anuais médias utilizadas são as seguintes: Edifícios e outras construções Equipamento básico Equipamento de transporte Equipamento administrativo Património artístico Outros ativos fixos tangíveis
TAXA ANUAL(%) 1 a 20 5 a 33,33 12,5 a 50 6,25 a 33,33 12,5 5 a 33,33
Uma vez que a entidade não possui uma estimativa fiável do valor residual dos ativos, foi considerado valor nulo para efeitos de depreciações dos ativos fixos tangíveis. Existindo algum indício de que se verificou uma alteração significativa da vida útil ou da quantia residual de um ativo, é revista a depreciação desse ativo de forma prospetiva para refletir as novas expectativas. As mais ou menos valias resultantes do abate ou alienação de ativos fixos tangíveis são determinados pela diferença entre o montante recebido das alienações e a quantia escriturada do ativo, e são reconhecidos na demonstração dos resultados nas rubricas “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”, respetivamente. 3.1.2. Ativos intangíveis. Os ativos intangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição deduzido das correspondentes amortizações e eventuais perdas por imparidade acumuladas. Os ativos intangíveis só são reconhecidos se for provável que deles advenham benefícios económicos futuros para a entidade e sejam controláveis e mensuráveis com fiabilidade. Na sua maioria os ativos intangíveis são constituídos por programas de computador e são amortizados pelo método da linha reta, aplicado em regime de duodécimos a partir da entrada em que os mesmos estão disponíveis para uso, utilizando as taxas económicas mais apropriadas, que permitam a reintegração total do bem durante a sua vida útil estimada. Não é considerado qualquer valor residual. As taxas de amortização anuais médias utilizadas são as seguintes: Programas de computador Propriedade industrial
TAXA ANUAL(%) 10,00 a 33,33 33,33
3.1.3. Propriedades de investimento. As propriedades de investimento são constituídas por terrenos cujos fins são a obtenção de rendas e valorização do capital investido, e não para uso ou fins administrativos, ou para venda no decurso da atividade corrente. As propriedades de investimento são mensuradas ao custo. Os custos suportados com propriedades de investimento em utilização, nomeadamente manutenções, reparações, seguros e impostos sobre propriedades são reconhecidos como gastos no período em que são incorridos. 3.1.4. Participações financeiras. a) Participações financeiras – método da equivalência patrimonial Estão valorizados de acordo com o método da equivalência patrimonial os investimentos em subsidiárias e associadas, definindo-se como tal as entidades nas quais o grupo exerce controlo ou influência significativa e não são Empreendimentos Conjuntos. Para determinação do controlo ou influência significativa são levados em conta os interesses existentes à data tendo em conta potenciais direitos de voto. b) Participações financeiras – outros métodos A empresa utiliza o modelo do custo para participações financeiras em outras entidades nas quais não é obrigada a utilizar o método da equivalência patrimonial nem a consolidação proporcional e onde não tem condições para determinar o justo valor de forma fiável, designadamente participações financeiras em empresas com valores mobiliários não cotados em mercado regulamentado. De acordo com o modelo do custo as participações financeiras são reconhecidas inicialmente pelo seu custo de aquisição, que inclui custos de transação, sendo subsequentemente o seu valor diminuído por eventuais perdas por imparidade. 3.1.5. Inventários. As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo são valorizadas ao menor entre o custo médio de aquisição e o valor realizável líquido (estimativa do seu preço de venda líquido dos custos a suportar com a sua alienação). 3.1.6. Locações. A classificação das locações, como operacionais ou financeiras, é efetuada atendendo à substância dos contratos e não à sua forma. Locações financeiras As locações são classificadas como locações financeiras se parte considerável dos riscos e benefícios inerentes à posse for transferida para o locatário. Os ativos fixos tangíveis adquiridos mediante contratos de locação financeira bem como as correspondentes responsabilidades são contabilizados pelo método financeiro. De acordo com este método o custo do ativo é registado no ativo fixo tangível, a correspondente responsabilidade é registada no passivo, e os encargos financeiros incluídos na renda e a depreciação dos ativos locados são reconhecidos como gastos na demonstração dos resultados no período a que dizem respeito. 3.1.7. Custos de empréstimos obtidos. Os custos com empréstimos obtidos são reconhecidos como gasto na demonstração dos resultados do período de acordo com o pressuposto do regime de acréscimo (ou da periodização económica). 3.1.8. Ativos e passivos contingentes. Os ativos contingentes são possíveis ativos que surgem de eventos passa-
dos e cuja existência só se confirmará caso ocorra, ou não, um ou mais eventos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade. Se for provável a existência de benefícios económicos futuros, a entidade não reconhece esse ativo contingente nas suas demonstrações financeiras, mas promove a sua divulgação. Os passivos contingentes são definidos como: (i) obrigações possíveis que surjam de acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais acontecimentos futuros incertos não totalmente sob o controlo da entidade; ou (ii) obrigações presentes que surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um fluxo de recursos que afete benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade. Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras da entidade, sendo os mesmos objeto de divulgação, a menos que a possibilidade de uma saída de fundos afetando benefícios económicos futuros seja remota, caso este em que não são sequer objeto de divulgação. 3.1.9. Provisões. As provisões são constituídas pelos valores efetivamente necessários para fazer face a perdas estimadas, sendo revistas na data de cada demonstração da posição financeira e ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a essa data. As provisões são reconhecidas se, e só se, a entidade tiver uma obrigação presente (legal ou construtiva) resultante de um acontecimento passado, e se for provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. Não são reconhecidas provisões para perdas operacionais futuras. 3.1.10. Benefícios aos empregados. Benefícios de curto prazo Os benefícios de curto prazo dos empregados incorporam os ordenados, salários, contribuições para a Segurança Social, subsídio de alimentação, subsídio de férias e de Natal e quaisquer outras retribuições decididas pontualmente pela Administração. As obrigações decorrentes dos benefícios de curto prazo são reconhecidas como gasto no período temporal em que o empregado prestou serviço, numa base não descontada por contrapartida de um passivo que se extingue com o respetivo pagamento. Benefícios de longo prazo Os benefícios de longo prazo dos empregados incluem um seguro de saúde que abrange a totalidade dos colaboradores. 3.1.11. Ativos e passivos financeiros. Os ativos e passivos financeiros encontram-se valorizados de acordo com os seguintes critérios: Contas a receber de clientes e outros devedores As contas a receber de clientes e outros devedores são reconhecidas ao valor nominal, deduzido das perdas por imparidade sempre que necessário. No final de cada período de relato são analisadas as dívidas de clientes de forma a avaliar se existe alguma evidência objetiva de que não são recuperáveis. As perdas por imparidade são reconhecidas em sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetivamente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a entidade tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos. O valor da perda por imparidade é reconhecido como gasto na demonstração dos resultados. Fornecedores e outras contas a pagar As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros são contabilizadas pelo seu valor nominal. Letras descontadas A entidade desreconhece ativos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando transfere substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes à posse de tais ativos para uma terceira entidade. Se a entidade retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à pos-se de tais ativos, continua a reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica “Financiamentos obtidos” a contrapartida monetária pelos ativos cedidos. Empréstimos e outras contas a pagar não correntes Os empréstimos e as contas a pagar não correntes são registados no passivo pelo custo. Estes empréstimos vencem juros indexados a taxas de referência de curto prazo e como tal as suas variações contribuem para afetar os resultados. Caixa e equivalentes de caixa A rubrica Caixa e equivalentes de caixa inclui caixa, depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de flutuações de valor. 3.1.12. Rédito. O rédito compreende os rendimentos associados a vendas e a serviços prestados. O rédito é reconhecido nas vendas aquando da passagem para o comprador dos riscos e vantagens inerentes à posse dos ativos vendidos e nos serviços prestados é reconhecido na demonstração dos resultados quando prestados, tendo em conta a proporção entre os serviços prestados no período e os serviços totais contratados. O rédito não é reconhecido quando é decorrente de situações de incerteza face à aceitação ou cobrança da prestação de serviços. Caso se verifiquem situações em que os serviços faturados são superiores aos serviços prestados, a diferença é registada na rubrica Rendimentos a reconhecer sendo registados na demonstração dos resultados à medida que os mesmos são prestados e os respetivos gastos, associados a essa prestação, incorridos. 3.1.13. Contratos de construção. A entidade reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os gastos incorridos em cada obra até uma determinada data e a soma desses gastos com os gastos estimados para completar a obra. As diferenças obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos rendimentos estimados e os valores faturados são contabilizadas nas subrubricas “Produção não faturada” ou “Faturação antecipada”, incluídas nas rubricas “Outras contas a receber - Devedores por acréscimos de rendimentos” (Ativo) ou “Diferimentos - Rendimentos a reconhecer” (Passivo). Variações nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no resultado do período quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação e que esta possa ser mensurada com fiabilidade. As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que seja provável que o cliente aceite a reclamação e que seja possível mensurá-la com fiabilidade. Quando é provável que os gastos totais previstos no contrato de construção excedam os rendimentos definidos no mesmo, a perda esperada é reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do período. 3.1.14. Subsídios. Os subsídios são inicialmente reconhecidos no passivo, quando são recebidos (ou existe certeza que sejam recebidos) e após existir segurança que a entidade irá cumprir com as condições a eles associadas. Os subsídios à exploração são reconhecidos na demonstração dos resultados na parte proporcional aos gastos incorridos. 3.1.15. Imparidade de ativos. À data de cada relato, e sempre que seja detetado um acontecimento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o valor pelo qual o ativo se encontra registado possa não ser recuperável, é efetuada uma avaliação de imparidade dos ativos. Na presença de algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respetivos ativos a fim de determinar a extensão da perda por imparidade. Uma perda por imparidade é reconhecida pelo montante de excesso da quantia escriturada do ativo face ao seu valor recuperável, sendo essa perda reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica “Perdas por imparidade” (e respetiva reversão posterior, caso exista, na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”). 3.1.16. Efeitos de alterações em taxas de câmbio. As transações expressas em moeda estrangeira foram convertidas para euros à taxa de câmbio em vigor à data da transação. As diferenças de câmbio, positivas ou negativas, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transações e as vigentes na data das cobranças, dos pagamentos ou à data do balanço, são reconhecidas como rendimentos e/ou gastos na demonstração dos resultados do período na rubrica de ganhos/perdas cambiais. À data de relato, os ativos e passivos são mensurados à taxa de câmbio de fecho do período. 3.1.17. Impostos sobre o Rendimento. O gasto relativo a “Imposto sobre o rendimento do período” corresponde à soma dos impostos correntes com os impostos diferidos. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base nos lucros tributáveis da entidade de acordo com as regras fiscais em vigor, enquanto o imposto diferido resulta das diferenças temporárias entre os montantes dos ativos e passivos para efeitos de relato contabilístico e os respetivos montantes para efeitos de tributação. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui gastos e rendimentos que são dedutíveis ou tributáveis noutros períodos. O lucro tributável exclui ainda gastos
e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis. Os impostos diferidos são calculados e anualmente avaliados utilizando as taxas de tributação em vigor ou anunciadas para vigorar à data expectável da reversão das diferenças temporárias. Os ativos por impostos diferidos são reconhecidos unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros suficientes para a sua utilização, ou nas situações em que existam diferenças temporárias tributáveis que compensem as diferenças temporárias dedutíveis no período da sua reversão. Em cada data de relato é efetuada uma revisão desses ativos por impostos diferidos, sendo os mesmos ajustados em função das expectativas quanto à sua utilização futura. Os impostos correntes e os impostos diferidos são registados em resultados, salvo quando se relacionam com itens reconhecidos diretamente no capital próprio. Nestes casos, os respetivos impostos diferidos são igualmente reconhecidos no capital próprio. A entidade está incluída no regime especial de tributação do grupo de sociedades, pelo que o imposto sobre o rendimento do período é reconhecido por contrapartida de Acionistas e não pela rubrica de Estado e Outros Entes Públicos. 3.2. Juízos de valor, principais pressupostos relativos ao futuro e principais fontes de incerteza das estimativas. A elaboração das demonstrações financeiras em conformidade com as NCRF exige o recurso a determinadas estimativas e pressupostos contabilísticos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do período. Quando necessário, todas as estimativas e assunções efetuadas pelo Órgão de Gestão foram efetuadas com base no seu melhor conhecimento existente, à data de aprovação das demonstrações financeiras, dos eventos e transações em curso. As alterações a essas estimativas, que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras, serão corrigidas na demonstração dos resultados de forma prospetiva. 3.3. Principais pressupostos relativos ao futuro. As demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da entidade. 4. Fluxos de caixa. A demonstração dos fluxos de caixa é preparada segundo o método direto, pelo qual são divulgados os recebimentos e pagamentos de caixa em atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A rubrica de Caixa e depósitos bancários tem a seguinte decomposição: 2011 64.642,13 1.301.137,22 28.250,00 1.394.029,35
Caixa Depósitos bancários Outros depósitos bancários Total de caixa e depósitos bancários
2010 24.715,22 1.583.799,82 155.392,86 1.763.907,90
Não existem quantias de caixa e seus equivalentes não disponíveis para uso. 5. Políticas contabilísticas, alterações nas estimativas contabilísticas e erros. Durante o período não ocorreram alterações de políticas e estimativas contabilísticas nem erros materiais relativos a períodos anteriores. 6. Partes Relacionadas. a) Informação relativa à empresa-mãe. Tem participação no capital social da Entidade, com valor superior a 20%, a seguinte pessoa coletiva: Sociedades
Participação
Investhome - Construção e Imobiliária, s.a.
100%
8. Locações. A informação relativa às locações, com referência a 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é como segue: Quantia escriturada, pagamentos do período e pagamentos futuros dos contratos de locação 1 Quantia bruta escriturada inicial 2 Amortizações / Depreciações acumuladas 4 Quantia líquida escriturada final (4=1-2-3) 5 Total futuros pag. da locação à data do balanço (5=5.1+5.2+5.3) 5.1 Até um ano 5.2 De um a cinco anos
Saldos 43.477.691,74 234.674,25 5.110,76 879.820,32 7.851,00 126.928,28 342.183,21 560.580,37 703.753,37 113.313,06 68.347,89 311.924,94 6.612,24 830,25 10.981.730,86 11.868,93 5.565,27 6.011,55 22.239,33 1.492,75 20.223,10 12.664.172,60 1.003,10 2.519.004,45 768.178,71 72.069.243,97
Vendas e Empresas Serviços Prestados 831,66 dst-sgps, s.a. 23.127,99 Investhome - Construção e Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a. 467.357,37 Domingos da Silva Teixeira - Empreitadas elétricas, s.a. Investhome - sgps, s.a. 117.739,21 bysteel, s.a. 5.004,94 tmodular, s.a. tstone, s.a. 144.522,07 tgeotecnia, s.a. 275.650,27 tconcrete, s.a. 387.665,95 tagregados, s.a. 1.645.364,67 Cari - Contrutores, s.a. Monte Dourado, s.a. ipplus, s.a. dst - Energias Renováveis, sgps, s.a. 2.786,35 dstwind, s.a. 3.310,47 Globalsun, s.a. 7.436,77 dstsolar, s.a. 507,53 dsthydro, s.a. 3.552,92 dstelecom, s.a. 2.420,17 Innovation Point - Investigação e Desenvolvimento, s.a. dstelecom Norte, Lda 3.087.278,34
Descrição 4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3) 5 Movimentos do período (5= 5.1 -5.2 + 5.3 + ... + 5.9) 5.1 Total das Adições Aquisições 5.2 Total das Diminuições 6 Quantia líquida escriturada final (6= 4+5)
Sede Social Guimarães Braga Braga C. P. de Âncora Barcelos Vila real
Particip. 100% 50% 20% 20% 20% 20%
Capitais Próprios 31 Dez. 2011 2.517.646,29 1.246.603,28 157.165,34 190.920,15 n.d. 135.322,21
Total Descrição Programas de Propriedade Computador industrial Com vida útil finita: 4 Quantia bruta escriturada inicial 772.541,09 11.156,97 783.698,06 5 Amortizações acumuladas iniciais 769.048,33 2.912,96 771.961,29 7 Quantia líquida escriturada inicial (7= 4-5-6) 3.492,76 8.244,01 11.736,77 8 Movimentos do período (8=8.1-8.2+8.3+...+8.6) (3.492,76) (1.221,27) (4.714,03) 8.1 Total das Adições 4.714,03 8.2 Total das Diminuições 3.492,76 1.221,27 4.714,03 Amortizações 3.492,76 1.221,27 7.022,74 9 Quantia líquida escriturada final (9=7+8) 7.022,74
11. Participações financeiras - método da equivalência patrimonial. As variações na rubrica de participações financeiras valorizadas ao método da equivalência patrimonial são as seguintes: Método de equivalência patrimonial: Quantia bruta escriturada inicial Quantia líquida escriturada inicial Movimentos do período: Parte do investidor nos resultados da investida Alter. capit. pp da invest. não reconhec. em result. Outros movimento do período Quantia líquida escriturada final
12. Participações financeiras - outros métodos. As variações na rubrica de participações financeiras valorizadas por outros métodos são as seguintes: Invest. em Total Descrição Outras Empresas Outros Métodos: 1.895.211,00 1.895.211,00 Quantia bruta escriturada inicial 1.895.211,00 1.895.211,00 Quantia líquida escriturada inicial 15.850,00 15.850,00 Movimentos do período: 15.850,00 15.850,00 Aquisições através de concentrações de ativ. empresariais 1.911.061,00 1.911.061,00 Quantia líquida escriturada final
Rubricas Clientes c/c Clientes títulos a receber Clientes c/ caução Clientes de cobrança duvidosa
2011 13.239,22 1.900.193,41 1.913.432,63
2011 79.432.589,51 210.910,39 1.152.241,48 5.377.899,67 86.173.641,05 5.377.899,67 80.795.741,38
Perdas por imparidade acumuladas
Compras e Aquisições (18.104,19) (26.134,56) (937.424,86) (284.580,76) (4.199,59) (1.270.443,96)
Result. Líquido 31 Dez. 2011 1.395.525,37 210.105,21 458.394,84 123.342,73 n.d. 94.487,89
Capitais Próp. Result. Líquido Total do Balanço 31 Dez. 2011 Particip. 31 Dez. 2011 31 Dez. 2011 n.d. 14,29 n.d. n.d. 149.339,57 14,29 8.028,01 36.933,58 3.453.212,72 33,33 658.168,37 50,00 1.806.693,26 20,00 1.041.498,74 5.383.868,20 623.806,61 33,33 244.893,74 128.932,61 13.685,40 33,33 75,12 1.337,75
c) Remunerações atribuídas aos órgãos sociais. Uma vez que os administradores não são remunerados, as remunerações atribuídas aos Órgãos Sociais da entidade no exercício das suas funções durante o período de 2011 foram 16.560,72 euros e respeitam aos honorários de revisão legal de contas do Fiscal Único (ROC).
Fornecimentos e Serviços Externos (129.493,00) (1.603.564,92) (9.849.902,04) (1.699.039,38) (497.940,72) (10.786,03) (212.152,31) (3.034.119,14) (1.050,00) (2.269,44) (17.040.316,98)
2010 9.908,91 1.757.126,53 1.767.035,44
Terrenos Edif. e Outras Rec. Naturais Construções 5.161,48 939.928,17 239.148,50 5.161,48 700.779,67 (47.170,31) 47.170,31 47.170,31 653.609,36 5.161,48
Juros e Rendimentos Similares Obtidos 1.744.482,59 235,84 960.238,29 2.074.956,72
2010 65.459.230,97 312.379,55 2.265.636,39 4.556.761,29 72.594.008,20 4.549.027,59 68.044.980,61
Outros Rendimentos e Ganhos 13.635,73 41.456,51 7.800,00 241.282,07 1.100,00 187.884,97 12,50 72.238,35 1.158.552,45 335.490,28 303.128,36 900,00 2.700,00 5.212,80 6.653,27 11.431,69 28.621,79 5.455,13 110.516,21 3.168,78 2.507,80 2.539.748,69
Outros Gastos e Perdas (48.743,22) (48.473,22)
Em 31 de Dezembro de 2011, as dívidas de cobrança duvidosa apresentavam a seguinte composição: Descrição Reclamadas judicialmente em mora: Há mais de seis meses e até doze meses Há mais de doze meses e até dezoito meses Há mais de dezoito meses e até vinte e quatro meses Há mais de vinte e quatro meses
Valor 5.074.234,59 303.665,08 9.316,79 121.627,00 29.714,64 143.006,65 5.377.899,67
15. Outras contas a receber. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de “Outras contas a receber” apresentava a seguinte composição: Rubricas Devedores por acréscimos de rendimentos Juros Serviços prestados Outros Outros devedores de investimentos Outros devedores
2011
2010
1.866.593,00 312.490,54 123.008,21 23.863,33 13.003,21 2.224.820,13 136.011,42 43.017.015,21 38.048.217,29 12.374.509,66 13.713.860,15 57.616.345,00 51.898.088,86
16. Acionistas/sócios. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Acionistas/sócios apresentava a seguinte composição: Rubricas Ativo corrente Empréstimos concedidos
Equipamento Básico 13.523.360,27 11.252.594,15 2.270.766,12 (426.346,51) 663.451,49 663.451,49 1.089.798,00 936.985,50 152.812,50 1.844.419,61
2011
2010
25.605,85 25.607,85
9.921,57 9.921,57
Passivo corrente Outros 2.592.482,91 2.437.299,29 2.592.482,91 2.437.299,29
7. Ativos fixos tangíveis. A informação relativa às quantias escrituradas dos ativos fixos tangíveis, com referência aos períodos de 2011 e 2010 pode ser analisada como segue:
1 Quantia bruta escriturada inicial 2 Amortizações acumuladas iniciais 3 Perdas por imparidade de acumuladas iniciais 4 Quantia líquida escriturada inicial (4=1-2-3) 5 Movimentos do período (5= 5.1-5.2+5.3+5.4) 5.1 Total das Adições Aquisições em 1.ª mão 5.2 Total das Diminuições Amortizações Alienações Abates 5.6 Outras Transferências 6 Quantia líquida escriturada final (6= 4+5)
Invest. sem Invest. em Subsidiárias Associadas Total 3.919.553,75 877.295,85 4.796.849,60 3.919.553,75 877.295,85 4.796.849,60 (845.525,37) 22.962,61 (822.562,76) (1.395.525,37) (76.870,79)(1.472.396,16) 550.000,00 100.000,00 650.000,00 (166,60) (166,60) 1.074.028,38 900.258,46 3.974.286,84
14. Clientes. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Clientes apresentava a seguinte composição:
A empresa está incluída nos seguintes agrupamentos complementares de empresas:
Descrição
150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00
10. Ativos intangíveis. A informação relativa à quantia escriturada dos ativos intangíveis, com referência aos períodos de 2011 e 2010 pode ser analisada como segue:
Rubricas Mercadoria Matérias-primas, subsidiárias e de consumo
* contas provisórias
Empresas Assoc/Soares da Costa, ACE Assoc - Obras Públ., ACE Teatro Circo, ACE Parque Emp. de Tavira, ACE Way2b, ACE Agonia Parq. Const., ACE Unifacere, ACE
Total
Terrenos e Recursos Naturais 150.000,00 150.000,00 150.000,00 150.000,00
13. Inventários. Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010, a rubrica de Inventários apresentava a seguinte composição:
b) Informação relativa a outras empresas do grupo e agrupamentos complementares de empresas. A empresa tem participações nas seguintes empresas: Empresas Cari - Construtores, s.a. Steelgreen, s.a. Way2b, sgps, s.a. Caminhaequi, s.a. Barcelos Futuro, s.a. Inovaguiar*
Total 7.707.332,55 4.221.326,46 3.486.006,46 3.022.848,83 1.060.339,15 1.962.509,68
9. Propriedades de investimento. A entidade optou por contabilizar as suas propriedades de investimento ao modelo do custo. O justo valor das propriedades de investimento foi estimado em 150.000€.
Os principais saldos no final do período corrente entre a Entidade, acionistas e outras empresas do grupo são os seguintes: Empresas dst-sgps, s.a. Investhome - Construção e Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Imobiliária, s.a. Domingos da Silva Teixeira - Empreitadas Elétricas, s.a. Investhome - sgps, s.a. bysteel, s.a. tmodular, s.a. tstone, s.a. tgeotecnia, s.a. tconcrete, s.a. tagregados, s.a. Cari - Construtores, s.a. Monte Dourado, s.a. ipplus, s.a. Perfil Dinâmico, s.a. dst - Energias Renováveis, sgps, s.a. dstwind, s.a. Globalsun, s.a. dstsolar, s.a. EOL Minho - Energias Renováveis, s.a. dsthydro, s.a. dstelecom, s.a. Innovation Point - Investigação e Desenvolvimento, s.a. dstelecom Norte, Lda dstelecom Alentejo e Algarve, Lda
Ativos fixos Tangíveis 7.707.332,55 4.221.326,46 3.486.006,46 3.022.848,83 1.060.339,15 1.962.509,68
Equipamento Transporte 8.822.868,37 6.933.130,61 1.889.737,76 (169.905,50) 483.630,50 783.630,53 653.536,03 643.383,34 10.416,68 (236,99) 1.719.832,26
Equipamento Administ. 3.437.065,78 2.915.113,58 521.952,20 (185.600,99) 136.817,30 136.817,30 322.418,29 322.418,29 336.351,21
Patrim. Artístico 7.500,00 1.093,75 6.406,25 (937,50) 937,50 937,50 5.468,75
Outros AFT em AFT Curso 309.848,34 108.207,73 264.151,84 45.696,50 108.207,73 (6.084,44) (73.943,74) 3.954,06 34.263,99 3.954,06 34.263,99 10.038,50 10.038,50 - (108.207,73) 34.263,99 39.612,06
Total 27.153.940,14 21.605.232,43 5.548.707,71 (909.988,99) 1.322.117,37 1.322.117,37 2.123.898,63 1.960.933,44 136.229,18 (263,99) (108.207,73) 4.638.718,72
RELATÓRIO & CONTAS dst, s.a. 2011
13
Na rubrica outros acionistas/sócios encontra-se reconhecida no passivo o valor do imposto sobre o rendimento a pagar ao acionista no âmbito do regime especial de tributação dos grupos de sociedades, no qual a dst, s.a. está incluída. 17. Estado e outros entes públicos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Estado e outros entes públicos apresentava a seguinte composição: Rubricas Ativo Imposto sobre rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Outros Passivo Retenção de impostos sobre rendimento Imposto sobre o valor acrescentado Contribuições para a Segurança Social Outros
2011
2010
10.124,54 1.786.242,58 300.133,21 2.096.500,33
33.439,08 1.840,00 285.495,90 320.495,90
82.897,67 315.620,30 6.833,71 405.351,68
99.418,58 860.540,82 335.601,24 265.946,24 1.561.506,88
18. Diferimentos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica Gastos e Rendimentos a reconhecer apresentava a seguinte composição: 2011
2010
124.245,17 56.838,56 230.203,30 5.855,01 417.142,04
237.260,63 37.180,95 168.736,20 443.177,78
Rendimentos a reconhecer Contratos de construção 13.540.140,47 189.539,94 Outros rendimentos 13.729.680,41
4.674.918,70 199.310,67 4.874.229,37
Rubricas Gastos a reconhecer Seguros Rendas Juros a pagar Outros gastos
20. Outros instrumentos de capital próprio. Nesta rubrica encontram-se reconhecidas as prestações acessórias efetuadas pela Investhome - Construção e Imobiliária, s.a., no valor de 1.010.000 euros, e que a Administração considera que as mesmas não se qualificam como passivo. 21. Provisões. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Provisões, apresentava a seguinte composição: 2011 25.491,69 25.491,69
Passivos por impostos diferidos Factoring Outros
2011
2010
563.224,55 44.741,75
605.675,47 344.948,48
57.720,57 1.258.407,63 465.344,68 613.158,08 14.582,49 2.409.213,45 103.553,09 19.743.894,79 2.508.810,40 25.373.438,03
2010 27.550,94 27.550,94
25. Ativos e passivos por impostos diferidos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, as rubricas de ativos e passivos por impostos diferidos apresentava a seguinte composição: 01-01-2011 Base Imposto Act. por impostos diferidos Imparidade clientes Prov. p/ outros riscos e encargos
378.678,28 100.349,74 27,550,22 7.301,00 406.229,22 107.650,74 107.650,74
Não Corrente Pass. por impostos diferidos NCRF 19 - Contr. de constr. 1.563.065,58 1.563.065,58 Não corrente Corrente
414.212,38 414.212,38 310.659,29 103.553,09
variação Base Imposto
31-12-2010 Base Imposto
(7.697,51) (545,70) (8.243,21)
349.631,07 92.652,23 25.491,69 6.755,30 375.122,77 99.407,53 99.407,53
(29.047,21) (2.059,25) (31.106,45)
(390.766,38) (103.553,09) 1.172.299,20 310.659,29 (390.766,38) (103.553,09) 1.172.299,20 310.659,29 207.106,20 103.553,09
26. Vendas e serviços prestados. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, as rubricas de vendas e serviços prestados apresentavam a seguinte composição:
23. Fornecedores. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Fornecedores apresentava a seguinte composição: Rubricas 2011 2010 Fornecedores c/c 38.041.305,82 30.021728,88 Fornecedores - títulos a pagar 5.120.521,95 3.793.821,57 Fornecedores - faturas em conferência 1.623.315,96 2.230.632,66 Fornecedores c/ caução 4.296.489,28 3.335.263,58 49.081.633,01 39.381.446,69
Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Adiantamentos a fornecedores, apresentava a seguinte composição: Rubricas 2011 Fornecedores de mercadorias e matérias consumidas 14.995,17 14.995,17
2010 -
24. Outras contas a pagar. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de “Outras contas a pagar” apresentava a seguinte composição:
2010 total Mercado Mercado interno externo 382.984,39 382.984,39 2.110.762,17 2.110.762,17 129.746.469,79 638.664,66 130.385.134,45 132.240.216,35 638.664,66 132.878.881,01
Rubricas
Mercado Mercado total Interno Externo Vendas mercad. 572.005,08 572.005,08 Vendas de prod. 1.220.337,09 1.220.337,09 Serv. prestados 108.801.540,85 936.270,54 109.737.811,39 110.593.883,02 936.270,54 111.530.153,56
27. Subsídios à exploração. A entidade obteve um subsídio referente ao financiamento do Programa Operacional Potencial Humano (POPH), entidade tutelada pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social, sendo cofinanciado pelo Fundo Social Europeu e OSS (Orçamento Segurança Social – Comparticipação Pública Nacional), no valor de 26.926,62€. O valor total do subsídio encontra-se reconhecido na rubrica Subsídios à Exploração. Rubricas 2011 Subsídios do Estado e Outros Entes Públicos - POHP 26.926,62 26.926,62
2010 60.684,28 60.684,28
Rubricas 2011 Gastos e perdas (1.515.962,29) Rendimentos e ganhos 43.566,13 (1.472.396,16)
2011 13.411,46 13.411,46
2010 108.207,73 108.207,73
30. Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas. O movimento ocorrido na rubrica do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante o período de 2010 foi como segue: Descrição
Mercad.
7.707,17 1 Inventários iniciais 2 Compras 204.292,35 3 Reclassif. e regularização de inventários 9.908,91 4 Inventários finais 5 C. mercad. vendidas e mat. consum. (5=1+2+3-4) 202.090,61
Total Mat. primas, sub. e de cons. 5.258.218,00 5.265.925,17 20.668.488,30 20.872.780,65 1.757.126,53 1.767.035,44 24.169.178,78 24.371.269,39
O movimento ocorrido na rubrica do custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas durante o período de 2011 foi como segue: Descrição 1 Inventários iniciais 2 Compras 3 reclassificação e regularização de inventários 4 Inventários finais 5 C. mercad. vendidas e mat. consum. (5=1+2+3-4)
Certificação Legal de Contas
Mercad. Mat. primas, sub. e de cons. 9.908,91 1.757.126,53 101.194,15 19.228.109,74 13.239,22 1.900.193,41 97.863,84 19.085.042,86
57.757.945,04 209.592,33 4.374.164,21 487.100,45 196.253,53 40.152,07 4.906.357,26 14.550,00 149.907,94 619.381,30 15.516,82 617.905,30 67.191,82 44.220,22 1.889.602,34 171.214,61 17.752,01 296.562,84 2.003.956,97 653.604,79 74.532.931,11
75.556.677,79 201.687,57 5.033.730,12 557.599,64 203.474,99 63.172,03 6.115.815,87 10.840,00 225.464,43 622.851,40 65.108,81 548.930,97 62.501,51 49.939,03 1.796.814,68 178.765,11 23.239,12 196.422,08 2.112.540,94 770.264,68 94.395.840,77
2011 5 502 507
amortização amortização Ativos intangíveis
Total 1.767.035,44 19.329.303,89 1.913.432,63 19.182.906,70
Total
deprec. e de
amortização amortização - (1.872.529,10)
(4.714,03)
- (1.960.933,44) (1.872.529,10) (259.097,06) (4.714,03) -
(1.965.647,47)
- (1.965.647,47) (2.131.626,16)
- (2.131.626,16)
-
(259.097,06)
2010 9.059.855,11 1.670.032,61 187.289,03 165.303,72 92.246,86 11.174.727,33
39. Juros e gastos similares suportados. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição: 2010 Rubricas 2011 Juros de empréstimos bancários 2390.910,84 1.025.485,97 Juros de factoring 897.140,49 585.488,27 66.270,44 Juros de leasing 84.472,75 24.489,16 Juros de confirming 15.446,49 Juros de self-confirming 33.874,66 988,47 Juros de mora e compensatórios 24.973,15 Juros de empréstimos obtidos 443,91 Juros de desconto de títulos 233,50 1.791,24 Outros juros e gastos 576.879,36 4.008.928,66 1.719.960,04
40. Compromissos da entidade por garantias prestadas A empresa possuía à data de 31 de Dezembro de 2011 garantias bancárias para substituição das cauções junto das entidades adjudicatárias no valor de 39.858.693 euros e 1.314.723 dólares, a saber: Banco
2010
Perdas por Rever. de Total Perdas por Rever. de Total imparidade perdas por imparidade perdas por imparidade imparidade Dív. a receber de clientes (1.615.556,72) 628.530,03 (987.026,69) (1.450.088,91) 374.618,79 (1.075.450,12) (1.615.556,72) 628.530,03 (987.026,69) (1.450.088,91) 374.618,79 (1.075.470,12) Rubricas
2011 Rubricas Rendimentos suplementares 3.547.045,04 64.965,84 Alienações de investimentos não financeiros 10.276,61 Diferenças de câmbio favoráveis 106.186,21 Descontos de pronto pagamento obtidos 134.048,65 Correcções relativas a exercícios anteriores 0,67 Excesso de estimativa para impostos 192.796,67 Subsídios ao investimento 5,41 Restituição de impostos Prémio de realização de projetos de investimento 429.418,02 Penalidades contratuais 2.654,73 Indemnizações de seguros 1.200,46 Indemnizações recebidas de funcionários 81.858,41 Outros rendimentos e ganhos 4.570.456,72
deprec. e de
Rubricas 2011 2010 Juros contratuais e de mora 1.164.402,15 2.803.570,73 Juros de empréstimos concedidos 1.745.565,72 955.723,18 Juros de depósitos 86.499,02 55.046,72 Juros de outras aplicações de meios financeiros 56.562,27 23.244,96 Outros juros e rendimentos 1.704.747,77 21.744,84 4.757.776,93 3.859.330,43
33. Imparidade de dívidas a receber. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2011 Rubricas Reforço Reversão Saldo final Reforço - 2.059,25 2.059,25 - 2.059,25 Outras provisões 2.059,25
Gastos de Reversões de
38. Juros e rendimentos similares obtidos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
32.2. Gastos com o pessoal. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2011
2010
Total
deprec. e de
Ativ. fixos tangíveis (1.960.933,44)
2010 5 524 529
Rubricas 2011 Remunerações com o pessoal 8.313.962,99 Encargos sobre as remunerações 1.558.747,61 Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 351.301,09 Gastos de ação social 123.560,43 Outros gastos com o pessoal 189.233,40 10.536.805,52
2011
Gastos de Reversões de deprec. e de
32. Benefícios dos empregados, pessoas ao serviço e gastos com o pessoal. 32.1. Pessoas ao serviço: Pessoal Administradores Empregadores
37. Gastos e reversões de depreciações e amortizações Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição: Rubricas
2010 Reversão Saldo final 57.595,36 57.595,36 57.595,36 57.595,36
35. Outros rendimentos e ganhos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
2010 (7.205,02) 855.801,59 848.596,57
29. Trabalhos para a própria entidade. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição: Rubricas Ativos fixos tangíveis
Subcontratos Electricidade Combustíveis Água e outros fluidos Ferramentas Material de escritório Rendas e alugueres Despesas de representação Comunicação Seguros Transporte de mercadorias Deslocações e estadas Honorários Contencioso e notariado Conservação e reparação Publicidade e propaganda Limpeza, higiene e conforto Vigilância e segurança Trabalhos especializados Outros FSE
34. Provisões. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
28. Ganhos e perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conjuntos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição:
22. Financiamentos obtidos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, a rubrica de Financiamentos obtidos apresentava a seguinte composição: 2011 2010 Rubricas Passivo não corrente Empréstimos de médio e longo prazo 5.563.525,73 10.160.892,69 Locações financeiras 1.962.509,68 2.707.000,50 Papel comercial 10.000.000,00 10.000.000,00 17.526.035,41 22.867.893,19 Passivo corrente Empréstimos de curto prazo 4.504.177,92 2.740.437,65 Contas caucionadas 1.230.002,15 1.003,465,85 Locações financeiras 1.060.339,15 1.447.655,20 - 3.000.000,00 Outros 6.794.519,22 8.191.556,70
31. Fornecimentos e serviços externos. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição: 2011 2010 Rubricas
13.510,04 1.302.117,27 1.372.934,16 2.688.561,47 103.553,09 16.431.165,21 1.974.184,67 22.148.088,39
2011
19. Capital realizado. O capital societário da entidade manteve-se, no período, inalterado, sendo constituído por 12.500.000 ações escriturais, nominativas, com o valor nominal unitário de um euro, encontrando-se totalmente realizado.
Rubricas Outras provisões
Rubricas Passivo corrente Remunerações a pagar Fornecedores de investimentos Credores por acréscimos de gastos Seguros Remunerações a pagar Juros Fornecimentos e serviços externos Outros acréscimos de gastos
2010 3.883.235,71 166.259,39 837,00 141.728,87 16.944,51 0,01 810,00 1.993.167,02 233.134,89 38.973,23 3.443,84 3.874,04 6.482.408,99
SANTANDER BCP BPI BBVA BARCLAYS BES CGD BPN BANIF BANCO POPULAR BANCO BIC total
Nacionais em euros 8.392.139 5.247.407 6.436.787 3.685.330 1.946.059 2.933.661 4.997.151 2.349.265 727.647 969.367 1.189.943 983.939 39.858.693
Internacionais em dólares 355.000 959.723 1.314.723
Braga, 20 de Março de 2012 O Conselho de Administração, O Técnico Oficial de Contas, José Gonçalves Teixeira; Presidente Susana Maria Macedo Queirós Avelino Gonçalves Teixeira; Vice-Presidente Joaquim Gonçalves Teixeira; Vogal Hernâni José Gonçalves Teixeira; Vogal Teresa Gonçalves Gomes; Vogal
36. Outros gastos e perdas. Em 31 de Dezembro de 2011 e de 2010, esta rubrica apresentava a seguinte composição: Rubricas Impostos e taxas Descontos de pronto pagamento concedidos Alienações de investimentos não financeiros Correções relativas a exercícios anteriores Donativos Quotizações Insuficiência de estimativa para impostos Perdas em instrumentos financeiros Gastos com garantias bancárias Gastos com letras Gastos com confirming Gastos com factoring Gastos com self-confirming Multas e penalidades Serviços bancários Danos a terceiros Serviços bancários Outros gastos e perdas
2011 2010 136.533,41 148.901,84 5.326,49 14.603,86 102.212,50 30.596,67 62.713,61 39.501,77 170.902,62 139.855,50 18.022,00 11.333,00 468,12 1.078,83 584.253,77 877,06 816,26 274.795,71 234.948,16 1.937,79 2.251,34 242.245,89 15.121,67 41.141,77 152.348,79 2.722,07 6.483,15 33.268,83 28.408,81 6.964,04 22.302,79 143.023,28 150.489,05 36.942,13 52.512,23 1.280.097,32 1.635.807,49
Relatório e Parecer do Fiscal Único
Órgãos Sociais CONSELHO ADMINISTRAÇÃO PRESIDENTE: José Gonçalves Teixeira VICE-PRESIDENTE: Avelino Gonçalves Teixeira VOGAL: Joaquim Gonçalves Teixeira VOGAL: Hernâni José Gonçalves Teixeira VOGAL: Teresa Gonçalves Gomes MESA DE ASSEMBLEIA-GERAL PRESIDENTE: Teresa Gonçalves Gomes SECRETÁRIO: Sara Cristina Styliano ÓRGÃO DE FISCALIZAÇÃO (Fiscal Único) Efetivo: Joaquim Guimarães, Manuela Malheiro e Mário Guimarães, SROC, representado por Dr. Mário da Cunha Guimarães (ROC n.º 1159) Suplente: Dr. Joaquim da Cunha Guimarães (ROC n.º 790).
Anexo ao Relatório do Conselho de Administração Em cumprimento do estatuído no n.º 5 do artigo 447.º e no n.º 4 do artigo 448.º, ambos do Código das Sociedades Comerciais (CSC), aprovado pelo Decreto-Lei n.º 262/86, de 2 de Setembro, apresentamos, de seguida, a lista de ações abrangidas pelo disposto nesse preceituado: 1 - Nos termos do n.º 5 do art.º 447.º do CSC, em 31 de Dezembro de 2011, os membros do Conselho de Administração não eram titulares de quaisquer ações da sociedade. 2 - Os seguintes acionistas, abrangidos pelo disposto no n.º 4 do art.º 448.º do CSC, eram titulares, em 31 de Dezembro de 2011, de pelo menos um décimo do capital: i. Investhome - Construção e Imobiliária, s.a. com 100% do capital; Braga, 20 de Março de 2012 O Conselho de Administração. José Gonçalves Teixeira; Presidente Avelino Gonçalves Teixeira; Vice-Presidente Joaquim Gonçalves Teixeira; Vogal Hernâni José Gonçalves Teixeira; Vogal Teresa Gonçalves Gomes; Vogal
PORTUGAL TEM FUTURO
Opinião João Matos
Susana Braga Compreender o presente e, pelo menos tentar, vislumbrar o futuro, implica, quase sempre, analisar o passado que nos conduziu à realidade atual. Naturalmente que, sem descurar os bem conhecidos cisnes negros, que Nassim Taleb brilhantemente ilustra, em minha opinião o cenário macroeconómico internacional atual pode ser visto como o corolário de algo que se adivinhava.
Histórica e ciclicamente, desde sempre, a economia tem vindo a ser dominada por diferentes povos em diferentes momentos, reencontrando o seu equilíbrio após pragas, guerras e crises. Não esqueçamos o Tratado de Tordesilhas em que Portugal e Espanha dividiram o mundo a meio - a sua posição de domínio na economia de então assim o permitiu, o que seria impensável no momento atual.
Senão vejamos, em Junho de 2006 uma publicação do Banco Central Europeu (BCE) sobre a estabilidade financeira na zona Euro concluía que “the durability of euro area banking sector profitability could, despite its current strength, be tested in the period ahead [… ] given their risk exposures, concerns about financial asset price misalignments have left some euro area financial markets and institutions vulnerable to changes in global liquidity conditions and unexpected credit developments”. Ora, já em 2006 o BCE alertava para as vulnerabilidades do sistema caso as condições de crédito e de liquidez no mercado fossem alteradas.
Correndo o risco de parecer demasiado otimista, acredito que o mundo, também agora irá reencontrar o seu equilíbrio, ainda que este equilíbrio possa implicar uma ordem económica mundial bem distinta da que conhecemos. Deveremos estar preparados para que, eventualmente, os países asiáticos, nomeadamente a China, possam vir a assumir uma posição dominante.
Em Setembro de 2008, pouco depois da falência da Lehman Brothers, o BCE e a Reserva Federal (Fed) anunciam medidas para atenuar as pressões nos mercados de financiamento de curto prazo. Foi a primeira de várias medidas que se seguiram com objetivos semelhantes que envolveram a criação de novos organismo de supervisão na Europa e nos EUA. Terminando a pequena resenha histórica, em Maio de 2010 foi acordado o pacote de ajuda à Grécia, em Dezembro do mesmo ano foi aprovado o pacote de ajuda à Irlanda, em 17 de Junho de 2011 é aprovado o pacote de ajuda a Portugal e em 2012 foi já aprovado um segundo pacote de ajuda à Grécia. Esta sequência de eventos, sejam eles considerados cisnes negros ou não, conduziram à situação difícil da economia mundial, cujos principais intervenientes não foram capazes de prever as consequências dos pequenos sinais que foram sendo dados.
Contudo, não devemos deixar que os “velhos do Restelo” (aproveitando a referência aos ilustres Descobrimentos Portugueses) turvem a visão necessária a que a Europa (e Portugal) possam manter a sua influência nesta nova ordem económica. A Europa é dotada de um patamar de desenvolvimento que não se cinge, e por isso, não pode competir apenas com as capacidades da Era da Revolução Industrial, da produção em massa a preços baixos, com as inevitáveis consequências para o meio-ambiente e para as pessoas. Cabe à Europa (e a Portugal) encontrar um modelo de desenvolvimento competitivo neste processo de seleção natural e, simultaneamente, compatível com a sua economia de inteligência, do ambiente e, sobretudo, da sustentabilidade. A economia e o mundo têm de ser sustentáveis a longo prazo e para tal é necessária inteligência, mas também resistência, perseverança e, naturalmente, muito trabalho (sim, porque a “sorte” dá muito trabalho). Este é o ponto-chave, diferenciador, que poderá criar oportunidades para que seja possível atingir os desafios que o tempo presente exige para que a Europa (e claro para Portugal) consigam manter a sua posição relativa na ordem económica mundial que se seguirá.
O quotidiano dos portugueses está novamente marcado pela palavra crise. Provavelmente, e apenas para os mais distraídos, tal poderá ser uma surpresa visto que, só desde o 25 de Abril de 1974, já enfrentamos e vencemos cinco crises. Sim, é um fato que vivemos e ultrapassamos cinco períodos recessivos nos últimos 40 anos. Para não falar de toda a nossa história com quase 1000 anos, durante os quais as crises e desafios foram ainda mais profundos e causaram rupturas sociais e económicas extraordinárias. O primeiro momento crítico pós 25 de Abril de 1974 surge em 1977/78 quando sucedeu o primeiro programa de estabilização das contas nacionais e públicas por parte do FMI, do qual apenas me chegaram ecos pelos livros e relatos das suas causas com origem em excessos pós-revolucionários, que desequilibraram os custos de produção (em especial, os salários), a produtividade e a competitividade das exportações, ao mesmo tempo que o País absorvia cidadãos retornados de Angola e Moçambique. A desvalorização da moeda - empobrecimento coletivo anestesiado - foi a solução para uma recuperação rápida pelo seu efeito quase que imediato no aumento de competitividade. Entre 1980 e 1982, a dívida pública disparou e quando o Governo de bloco central de Mário Soares/Mota Pinto entra em funções (1983), não havia linhas de crédito nem divisas disponíveis. Este momento particularmente doloroso, apesar de ser ainda criança nesta data, deixou-me memórias bem presentes ainda hoje, e quem não se recorda das rábulas do “Tal Canal” sobre a crise. Foi um período particularmente difícil com taxas de juros elevadíssimas (acima de 20%), despedimentos e impostos extraordinários. Parte da solução foi novamente a desvalorização da moeda (12% de uma só vez e deslizante de 1% ao mês). Apenas 10 anos volvidos e nova recessão em 1993, agora marcada pelo abrandamento geral causado pelo segundo choque petrolífero. Novamente a desvalorização da moeda, o já referido empobrecimento coletivo anestesiado, foi parte da solução. E de novo 10 anos mais tarde, após um período de crescimento e de euforia económica enfrentámos uma nova recessão em 2002/2003 mas nessa data já os compromissos europeus nos vedavam o recurso à desvalorização da moeda quando o País, em linguagem política, estava de “tanga”. E eis-nos chegados agora a nova recessão, a um novo somatório de erros, a um novo contexto internacional depressivo - a uma nova encruzilhada coletiva. A moeda, esse recurso fácil de empobrecer um país de forma coletiva e rápida não é uma solução, não para nós, não agora. Desmantelamos grande parte do nosso
"Aqui ao leme sou mais do que eu: Sou um povo que quer o mar que é teu; E mais que o Mostrengo, que me a alma teme E roda nas trevas do fim do mundo, Manda a vontade, que me ata ao leme, De El-rei D. João Segundo!" Fernando Pessoa, in Mensagem
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aparelho produtivo e agora consumimos uma variedade imensa de produtos importados - muitos de nós, provavelmente, não nos apercebemos mas, de fato, uma grande parte dos produtos que hoje consumimos são importados. Uma desvalorização da moeda tornará esses produtos demasiado caros ou até inacessíveis, desde os mais correntes até aos mais luxuosos. Vivemos no passado recente anos de taxas de juro baixas fruto de uma integração económica e monetária. Endividámo-nos e consumimos, endividámo-nos e investimos, endividámo-nos sem a devida prudência por parte das instituições financeiras que facilitaram novos créditos financiando ativos ou projetos com matrizes de risco e fundos próprios claramente desequilibrados. Em consequência, financiámos projetos ou ativos que não criaram riqueza e sobretudo que não criaram fluxos financeiros sustentados no futuro que permitissem reembolsar as dívidas criadas neste período. Subitamente, somos coletivamente confrontados com a necessidade / obrigatoriedade de viver com menos – Estado, Empresas e Particulares. As severas restrições ao crédito e a diminuição do rendimento disponível causam uma forte contração da procura interna, agravada por situações financeiras no limite (ou até mesmo para lá dele) por parte de muitas empresas que acabam por não resistir lançando no desemprego muitos portugueses e inviabilizando a entrada no mercado de trabalho dos jovens criando desta forma uma situação social insustentável. Qual o nosso destino então? Resignarmo-nos a empobrecer lentamente? Certamente que não, a história não se repete, o contexto actual é diferente de todas as crises anteriores mas é certo que é em momentos difíceis e de crise que os portugueses mais se destacam. Trabalhamos mais, atuamos mais, criamos mais, inventamos mais saímos da nossa zona de conforto e enfrentamos as adversidades. Acredito que será essa postura, que já nos valeu no passado, que nos fará sair desta crise. A capacidade de reinventar negócios tradicionais como a agricultura, para a qual dispomos de condições únicas, a capacidade de produzir produtos de qualidade e design para os quais dispomos de competências únicas e históricas, mas também a capacidade de inovar, de exportar e de competir fora de Portugal em mercados internacionais serão factores determinantes. Quem estiver atento poderá confirmar a existência de alguns sinais, deste estado de alerta e de emergência dos portugueses. Mas, estamos ainda no princípio de um caminho que será longo e duro pois as soluções conjunturais do passado não resolverão os problemas da atual crise mas antes o percurso difícil de correção de desequilíbrios estruturais é que nos permitirá o aumento da produtividade e competitividade de Portugal.