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INEFÁVEL
GRANDES POETAS BRASILEIROS
CRUZ E SOUSA
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INEFÁVEL
Nada há que me domine e que me vença Quando a minha alma mudamente acorda… Ela rebenta em flor, ela transborda Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença, Condenado do Amor, que se recorda Do Amor e sempre no Silêncio borda De estrelas todo o céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros E tudo vejo dos encantos raros E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as vozes que procuro e chamo Ouço-as dentro de mim porque eu as amo Na minha alma volteando arrebatadas