Apresentação Rede Marista de Solidariedade A Rede Marista de Solidariedade (RMS) abrange programas, projetos e ações de promoção e defesa dos direitos infantojuvenis, desenvolvidos em todas as áreas de atuação do Grupo Marista. Para contribuir de forma comprometida com a construção de novos cenários voltados às infâncias e juventudes, a proposta socioeducativa da RMS contempla a formação contínua de educadores e gestores, os processos permanentes de qualificação das ações desenvolvidas com crianças e jovens, além da atuação na incidência em políticas públicas. Seus projetos priorizam, ainda, o desenvolvimento integral, a participação infantojuvenil, a criação de vínculos e a emancipação dos sujeitos. A Instituição Marista tem status consultivo na Comissão de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Fundação Marista de Solidariedade Internacional (FMSI). Representantes da rede também participam de conselhos, fóruns e outras articulações nas áreas de Educação, direitos da criança e do adolescente, assistência social e saúde nos níveis municipais, estaduais e nacional. Por meio do Centro Marista de Defesa da Infância, com sede em Curitiba, a RMS busca contribuir com a efetivação dos direitos da criança e do adolescente, em diálogo constante com entidades governamentais e da sociedade civil. O Centro Marista de Defesa da Infância também desenvolve ações para a efetivação desses direitos, que incluem pesquisa, formação, mobilização, assessoramento e proposição junto à sociedade civil organizada e ao poder público. O objetivo é contribuir para que crianças e adolescentes sejam reconhecidos como sujeitos de direitos, conforme prevê a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (CDC), a Constituição Federal do Brasil, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e demais marcos legais. O Direito ao brincar é um dos temas do Assessoramento a outras instituições, realizado pelo do Centro Marista de Defesa da Infância, por considerar que o brincar na infância é fundamental para o desenvolvimento humano integral. Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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Para iniciar o dialogo lúdico – O projeto brincadiquê? O “Projeto Brincadiquê?”, em defesa das infâncias, em resposta à legislação e com base na experiência da Rede Marista de Solidariedade, propõe formar educadores e multiplicadores na temática do “direito ao brincar”. O projeto transcende para outros direitos, como o direito à participação infantil, à convivência familiar e comunitária, à saúde, à educação de qualidade, entre outros. Nesta perspectiva, a formação continuada dos educadores e outros atores do Sistema de Garantia de Direitos propicia uma análise propositiva das práticas do atendimento realizado a meninas e meninos, nos diversos serviços (educação, saúde, cultura, etc.) oferecidos pelos municípios participantes. Espera-se qualificar as intervenções com as crianças em espaços como escolas, hospitais, postos de saúde, CRAS, instituições de acolhimento, ONGs, entre outros, bem como a multiplicação da proposta para os familiares das crianças. A intenção do projeto é que as formações ministradas por especialistas e atores da RMS fortaleçam o conhecimento sobre culturas infantis e a relação dos adultos no desenvolvimento integral da criança. O resgate de brincadeiras locais e a construção coletiva do conhecimento são premissas do projeto, bem como a autoria de todos os participantes. Nesse sentido, o projeto busca caminhos metodológicos, vivências, pesquisas, referências bibliográficas e legislativas para ampliar e produzir coletivamente conhecimento sobre o brincar e s obre as infâncias, aliando a reflexão teórica, como os textos apresentados nesta publicação, e a prática de uma formação continuada com enfoque nos direitos da criança. Ao aprofundar-se no cotidiano de meninos e meninas pelos quintais do Brasil afora, resgata-se culturas e aprendem-se novas formas de brincar, com brinquedos de cada contexto social. Cabe aos adultos, educadores, voluntários, agentes sociais e de saúde, adolescentes e demais agentes facilitar a ação lúdica em cada território, tomando as ruas e praças, retomando o espaço público como lugar de brincar. O brincar é a cultura da infância. Onde há crianças, há a essência do brincar. Onde há adultos, há uma responsabilidade em promover esse direito. E você, vai brincadiquê? Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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A primeira experiência do projeto foi realizada em parceria com a Associação dos Centros Comunitários de Educação Infantil - ACCEIS e com a Rede de Instituições de Acolhimento de Curitiba. As entidades representam seu papel enquanto parceiras diretas e colaboram com a cessão de espaço, aproximando também os atores da formação aos serviços já prestados pelas Unidades. Do conjunto de formações propostas, foram realizados dois encontros no CEI – Centro de Educação Conveniada Cantinho do Parque, no bairro Bacacheri, e outros três encontros no CEI Colméia – Associação das Abelhinhas de Santa Rita de Cássia. Ao todo o projeto realizou cinco oficinas entre setembro e novembro de 2013, totalizando 40h de formação continuada com a participação de 35 educadores das duas Redes. A promoção do direito ao brincar, requer qualidade na formação continuada dos atores do Sistema de Garantia de Direitos para se oferecer ações lúdicas com qualidade para e com as crianças. Esta premissa desenhou o conteúdo programático organizado em cinco temáticas (Jogos, brinquedos e brincadeiras, Participação dos adultos nas brincadeiras; Criança, família e o direito ao brincar, Espaço-tempo para o brincar e a Arte da música em movimento), ministradas pelos pesquisadores: Adriana Klisys, Renata Costa e Estevão Marques.
As formações
tiveram como foco na ação-reflexão-ação:
A qualificação imediata das práticas por meio de oficinas a serem
multiplicadas – Criação de brinquedos, fantasias, jogos, bonecas utilizando-se de materiais como: tecidos, lãs, materiais reutilizáveis, roupas e chapéus usados.
A promoção do direito ao brincar – Pesquisa sobre a infância, família e
legislações.
A participação coletiva dos multiplicadores, cujo trabalho impacta no
atendimento a infância – Instrumentos de avaliação para sistematização de novas formações e resultado das pesquisas e diálogos constante sobre a prática e criação de um Grupo de Trabalho para dar continuidade ao projeto e incentivo aos participantes
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Primeiro Encontro 12 de Setembro de 2013 Formadora: Adriana Klisys Pauta Formativa:
O brincar alimentado pela cultura.
Resgate do brincar.
Jogos, Brinquedos e Brincadeiras.
Oficinas e práticas pedagógicas:
Confecção de brinquedos (raquetes e bolinhas) e boneca pelelé.
Confecção de tabuleiros.
Brincar de pelelé e tecidos. A criança tem um verdadeiro fascínio pelo não sabido e aprendido. Alguns adultos perdem isso e guardam apenas o fascínio pelo oposto – o já sabido e entendido -, pisando preferencialmente em terrenos muito seguros do (suposto) alto do saber. E aí o espaço sensível da invenção é quase nulo, muito raso. (Klisys, 2010)
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Período da manhã : 8hrs às 12hrs “Escutei alguém ao meu lado dizer que gostaria que o seu nome, quando criança, fosse Priscila Chá de Matinho Verde”. Na primeira formação do Projeto Brincadiquê? Pelo Direito ao Brincar, que trabalhou o tema “Jogos, Brinquedos e Brincadeiras”, por meio da imagem de uma criança, fomos provocados a refletir sobre a relação de espaço e tempo na infância. A formação foi conduzida pela pesquisadora Adriana Klisys, que trouxe a reflexão sobre o vídeo de um menino brincando com caixas de papelão, oportunidade que evocou nossas lembranças lúdicas, posteriormente materializadas pela pintura de um tecido que comporia um tapete. Desde o início de seu lançamento o projeto nos reafirmou que “as crianças são muito generosas em compartilhar seu encantamento com o mundo1” e que espelhados a este exemplo de ousadia, podemos contribuir com um conjunto de ações promotoras do direito ao brincar na infância. A partir das imagens em slides, a formadora apresentou possibilidades de brinquedos, brincadeiras e jogos, diálogo teórico e prático que retomou a importância dos jogos simbólicos. A brincadeira é para a criança um dos principais modos de linguagens, por meio do faz de conta e jogos de representação as crianças podem interpretar diferentes papéis no ato de brincar. Assim, os educadores foram expondo seu ponto de vista, como uma espécie de retomada ao papel do educador promotor de práticas lúdicas. Eles diziam: “as crianças adoram brincar com fantasias”, observando práticas de brincadeiras e brinquedos propostos com materiais simples e reutilizáveis. Na proposta de formação entre a teoria e prática, além da disponibilidade de textos de especialistas referencias no tema, realizamos oficinas como estratégia de qualificação das práticas. A partir dessa perspectiva, as ideias foram reafirmadas pela produção de diferentes brinquedos, fantasias, bonecas e instrumentais. A primeira oficina oferecida, foi a de uma raquete construída com meias coloridas e um cabide flexível. 1
Ciência, arte e jogo: projetos e atividades lúdicas na educação infantil, Adriana Klisys, 2010.
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O educador como agente de mudança no espaço escolar, deve ser provocado à transformação de seu processo de mediação, por meio de situações de aprendizagem promotoras de direitos. Observamos que as oficinas de construção dos brinquedos como metodologia do projeto Brincadiquê? buscou colocar os multiplicadores em um papel de participação investigativa e não apenas de meros observadores. Mergulhamos em um processo de reflexão critica sobre a práxis docente, sugerindo que cada educador apresentasse e explorasse as possibilidades dos brinquedos confeccionados. A apresentação em roda suscitou as concepções de desenvolvimento infantil emergentes das práticas pedagógicas para a primeira infância, revelando semelhanças, desafios e conquistas. Acreditamos que seria interessante, discutir o papel da criança, como sujeito que tem potencialidade para criar uma situação imaginária ainda mais criativa se composto por objetos e brinquedos. O Plano Nacional pela Primeira Infância, com base nas ações número 2 e 6, reconhece “a busca por fazeres pedagógicos, cada vez mais qualificados e o “direito ao brincar” a partir do acesso a diferentes matérias. Isto implica uma ação conjunta em cada município, para que o educador seja orientado e tenha suporte para a seleção, organização e o uso dos materiais oferecidos. Depois que experenciávamos coletivamente as produções, compartilhávamos entre os pares a experiência de construir brinquedos, tendo como foco a perspectiva do direito e da qualidade. Período da Tarde: 13hrs às 17hrs “Situação imaginária ainda mais criativa, se composta por objetos e brinquedos”.
Consequentemente, trabalhamos com uma oficina para os educadores lançarem-se na construção de jogos de tabuleiros. O jogo pressupõe em sua essência a marca por regras e prazer. É um legado que atravessa centenas de anos e estão em muitos lugares. Do ponto de vista educativo, valorizamos nessa oficina o processo criativo, para que os multiplicadores visualizassem as diferentes idades que atendem, ao buscar ideais a partir dos materiais existentes. Mesmo que a relação com a oficina e os trabalhos manuais pudesse parecer um desafio, a experiência de fazer e posteriormente Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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partilhar com as crianças, motiva a construção e a participação. Na apresentação dos jogos, em pequenos grupos, observamos a ampliação do repertório de criação, momento em que diferentes tabuleiros foram apresentados. O objetivo de se trabalhar com a apresentação de cada produção é incentivar o educador a compor um acervo de jogos. Cama de Gato! Alguns brinquedos e jogos tradicionais acabam perdendo espaço para novas composições lúdicas, retomar o espaço dessas brincadeiras tradicionais possibilita o resgate junto às crianças. Encerramos a formação trançando cordões de barbante, valorizando o brincar, a autoria e o desejo do adulto de atuar com atividades lúdicas.
Segundo Encontro 26 de Setembro de 2013 Formadora: Adriana Klisys Pauta Formativa:
O brincar de 0 a 2 anos.
O direito de brincar com qualidade.
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Jogo simbólico quando a criança atua como personagem e a mediação do adulto
na organização de espaços e propostas para o brincar de faz de conta. Oficinas e práticas pedagógicas:
Experimentos com bolha de sabão: gigante, elástica, diferentes materiais, bolha
dentro de bolha, ping pong de bolha.
Oficina de Fantoches com luvas/mãos baseado no artista Mario Mariotti.
E de onde vem o belo colorido das bolhas de sabão? Bem, vamos começar falando de outro colorido que você conhece tão bem: o do arco-íris. Esse fenômeno maravilhoso é uma excelente demonstração de que a luz do Sol é resultado da mistura de um leque de cores [...]. (Ciência, Arte e Jogo- Ed. Peirópolis).
Período da manhã : 8hrs às 12hrs Na proposta do segundo encontro, o incentivo a participação do adulto nas brincadeiras infantis é a centralidade da temática. Para isso, o adulto deve ter espaço de participação. Segundo Klisys e Fonseca (2008, p. 95) “Há uma herança educativa que muitas vezes confunde o espaço de liberdade da criança como o não-intervir do adulto”. A brincadeira é o espaço de autonomia da criança e a participação de agentes como, educadores, famílias e o envolvimento com diferentes idades, não representa que a criança terá seu espaço de criação prejudicado e sim a extensão do direito de brincar com qualidade. Para isso, deve ter ao seu lado um profissional que torna mais rica suas decisões por meio do incentivo, sabendo que a criança determina a brincadeira. Contribuir para que o adulto não perca sua essência brincante, pressupõe oportunizar que ele brinque, pule, desenhe, corra, sendo exemplo para resgatar o que atribui significado ao seu papel na brincadeira. A teoria foi como uma espécie de passagem para todas as práticas realizadas e que suscitaram muitas vezes no retorno à pesquisa. A criança faz uso da realidade que está inserida para desenhá-la como jogo simbólico. Promover o brincar simbólico exige do processo formativo observação, sensibilidade e conhecimento para descobrirmos: Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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Porque as crianças brincam? Quais atividades lúdicas lhe agradam? Posso brincar com a criança? O que é aprendizagem significativa? “Vou fazer uma bolinha de sabão maior ainda”
E, assim, com estas inquietações, chegamos ao tempo e ao espaço para a realização da oficina de bolhas de sabão.
Foi apresentado aos multiplicadores
possibilidades de brincadeiras de bolha de sabão, provocados pelo livro: Brinca Ciência, volume 1. Apresentamos diferentes experimentos com bolha de sabão: arames para bolhas gigantes, materiais diversos, bolha dentro de bolha, uso de ping pong e utensílios domésticos. O vídeo foi um recurso de incentivo às oficinas, para este momento de interação entre adultos e brinquedos feitos com possibilidades para os grupos etários. Brincando com as bolhas de sabão e observando a interação entre os adultos, podemos entender como “o adulto olha o mundo e procura entendê-lo, interpretá-lo, adaptar-se, fazer parte dele e torná-lo um pouco seu. No entanto, resiste ao mundo tal como é; quer transformá-lo, pensando em conforto, justiça e bem-estar2”, pois, produzir autoria e envolvimento do adulto no mundo que o rodeia é fazê-lo perceber a riqueza das interações lúdicas, e que muitas vezes podem ser duramente roubada pela nossa própria rotina. O desfile vai começar! O jogo simbólico proporciona que a criança atue ora como personagem, ora interpretando a si própria, resgatando sua realidade ou projetando-se para o futuro. É importante que o adulto possa organizar espaços para compor o universo de faz-deconta. A ideia de produzir as fantasias a partir de tecidos e roupas usadas demonstrou envolvimento. Utilizamos tecidos e roupas velhas trazidas pelos educadores, chapéus, bolsas e sapatos. O projeto preocupa-se com o fato de que os multiplicadores estejam preparados para disseminar propostas e projetos voltad os ao direito de brincar 2
Série mesa educadora para a primeira infância; 4,2011, p. 08.
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na infância; mas também incidir na qualidade do currículo proposto para a infância. Desse modo, todos os materiais eram dispostos para que os educadores pudessem realizar e propor outras atividad es lúdicas com as crianças que atuam. Organizamos os educadores em grupos, enquanto um educador participava do desfile os demais incrementavam a fantasia. O desfile foi alegre e descontraído. Alguns dialogavam a intenção de proporcionar um momento de oficina em sua Instituição, imaginando como seria a reação das crianças na produção e participação de momentos como o vivenciado. “Brincando com as mãos e com as sombras” A linguagem do brincar é a forma mais genuína de nos aproximarmos das crianças, para tanto, muitos materiais do cotidiano podem servir como instrumento para iniciar este dialogo. O artista Mario Mariotti nos inspirou profundamente para experimentar expressões artísticas com as mãos. Com materiais simples realizamos algumas atividades para as crianças em suas diferentes idades. A Oficina de Fantoches com as luvas e a manipulação das mãos, apresentou-se como uma atividade de encantamento. É desta maneira que deve ser o trabalho com fantoches, fazer com que o momento da história faça parte da essência do contador, para que ele possa admirar-se ou espantar-se com o enredo da história da mesma maneira que seu público.
Período da Tarde: 13hrs às 17hrs Ainda mergulhados nos jogos simbólicos, abrimos mais uma abordagem lúdica confeccionando diferentes cenários de teatro de sombra. Do ponto de vista educativo, “os jogos simbólicos são convenções motivadoras, ou seja, como nelas o representado relaciona-se com o representante, a criança pode firmar vínculo entre objetos e
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acontecimentos3[...]”. Pois, os jogos representativos estimulam a criação e signos para possíveis representações. O trabalho com teatro de sombra caracteriza-se para a compreensão do faz de conta, além de ser uma atividade possível para os diferentes grupos etários. Utilizando caixas de papelão, papel cartão preto e cores variadas de papel celofane é possível construir alguns cenários. Com isso, encerramos as duas primeiras oficinas formativas, sobre jogos, brinquedos, brincadeiras e mediação do adulto. Nessa fase da formação, faz se necessário trazer a relação que os textos produziram e sua relevância com a prática por meio da avaliação coletiva. Os resultados foram significativos, o trabalho pedagógico no contexto dos jogos simbólicos com a participação do adulto, segundo relatos, fez com que os educadores partilhassem suas expectativas para o modo como irão realizar os brinquedos com as crianças, e de como organizarão as oficinas de criação de jogos. Seus discursos apontaram também, a importância dessa atividade infantil (jogos simbólicos) para entender o desenvolvimento integral da criança e suas diferentes linguagens, que acabam sendo fragilizadas pela ausência de oportunidade formativa do profissional para garanti-las e materiais pedagógicos adequados. Grupo de Trabalho – 21 de Outubro e 04 de Novembro de 2012. Para a continuidade das ações realizadas pelo projeto, organizamos a composição de um Grupo de Trabalho composto por quatro pessoas, reconhecidas a partir do grupo de multiplicadores. Participam do grupo representante das Instituições envolvidas com o Projeto. O objetivo do grupo e o de garantir uma matriz formativa com foco no munícipio onde o projeto está implantado. Reconhecemos neste grupo a característica por meio de seu potencial para o fortalecimento do Sistema de Garantia de Direitos e alinha mento da qualidade das atividades proposta em suas Instituições.
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Ciência, arte e jogo: projetos e atividades lúdicas na educação infantil/Adriana Klisys, 2010, pág. 15.
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Durante as oficinas formativas, realizamos dois encontros com o GT, tendo como suporte textos formativos, reflexão sobre vídeos e sistematização de pesquisas, resultando na organização, ass im foram produzidos pelo grupo:
Articularam uma pesquisa qualiquantitativa sobre as instituições participantes e
seus profissionais,
Incentivaram a construção de um portfólio com ideias práticas sobre brinquedo
construído pelos participantes,
Realizaram o objetivo do Plano de Trabalho do GT, para o fortalecimento de ações
aos multiplicadores após o projeto. A meta coletiva pactuado na segunda reunião esteve voltada para a elaboração de uma pesquisa composta por oito perguntas com enfoque qualitativo e quantitativo a respeito dos materiais lúdicos oferecidos nas instituições, das práticas, dos projetos e formação continuada dos multiplicadores. Mantendo as Unidades parte do projeto, informadas sobre os indicadores resultado da pesquisa realizada pelo grupo. Como metodologia do Projeto, compete ao GT subsidiar a comunicação, a pesquisa e o planejamento para continuidade dos objetivos do projeto. Além do incentivo direto aos educadores, o grupo influenciou os processos decisórios para a implantação do projeto na perspectiva da participação e articulação na promoção do direito ao brincar.
Depoimento: Estou extasiada com tudo que vivenciei ontem, o acolhimento, as atividades, a formadora então, dispensa comentários. Não consigo me conter com tanto encantamento!!! Cheguei à unidade hoje eufórica, imaginando a hora de compartilhar com a minhas colegas o conhecimento adquirido. O contágio aqui está grande e isso é muito bom, pois estávamos todas precisando de um upgrade. Meu muito obrigada e até breve! Karla Weigert – Coordeandora Pedagógica – CEI Meu Pequeno Reino
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Terceiro Encontro 08 de Novembro de 2013 Formadora: Renata Costa Pauta Formativa:
Resgate da criança interna.
Relato e desenho da minha criança interna.
Apresentação dos desenhos e histórias das infâncias para o grupo.
Oficinas e práticas pedagógicas:
Confecção de bonecas de pano. “O boneco predileto pode se transformar em um tipo de álter ego para a criança,
caracterizado por um pouco da própria noção emergente do ‘eu’ da criança”. Rahima Baldwin Dancy, You are Your Child´s First Teacher Período da manhã: 8hrs às 12hrs Para começar o dialogo formativo sobre concepção de família, como agente que contribui para a promoção das atividades recreativas e de lazer para a criança, a formadora Renata Costa iniciou despertando nos participantes, suas vivencias Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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anteriores próprias da infância, por meio da linguagem do desenho. Sugerindo que cada um dos participantes pudesse pensar em uma criança que poderia representar a si próprio, por meio de seu imaginário. O tempo dos acontecimentos também era relativo, podendo escolher a idade e o lugar para a situação desenhada. Ao crescer a criança vai ampliando seu contato físico com as pessoas e com o mundo, assim acontece com o adulto. Cuidado e atenção para a descoberta do eu da criança, exige pensarmos sobre como podemos criar um ambiente compreensivo e de apoio para a criança. Por isso, a oficina formativa preconizou a autoria na construção de bonecas, utilizando pano macio, tecido atoalhado, lãs e enxertos, esse tipo de brinquedo ajuda a “desenvolver a autoimagem da criança em crescimento” (Clouder e Nicol, 2008, p.21). Como os pais e educadores podem apoiar as crianças em seu desenvolvimento interior? Como criar uma relação de segurança com a criança que brinca? Questões como estas, têm especial relevância quando buscamos assumir “a responsabilidade de compartilhar e complementar a educação e cuidado das crianças com as famílias4”, sendo elementos essenciais para o âmbito escolar na participação da família e o direito ao brincar. Com o término das “expressões criadoras”, passamos a apresentar as imagens produzidas pelos desenhos. Dar vida ao autorretrato foi importante para não esquecermos das experiências de nossa infância como elementos que compõe a vida dos adultos. Alguns depoimentos: “adorava subir em árvores voadoras, pulava muros encantados, lutava com postes ogros e amava histórias encantadas. Subia em telhados fingindo que sabia voar, sempre gostava da casa da vó, pois lá havia um mundo encantado, atrás da casa. Secar louça e lavar roupa era um encanto”. Viviana Pereira Rosa
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Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, 2010, pág 17.
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“Essa é a Priscila, uma menina de 6 anos que sempre sonhou em ter uma asa de borboleta. O tempo passou e o sonho não morreu! Hoje com 26 anos ela tem sua asa de borboleta”. Priscila Schroder Batista “Através da boneca a criança descobre seu próprio eu” Heidi Britz- Crecelius, Children at Play No período da tarde, por meio de power point visualizamos como confeccionar as bonecas de pano simples e suas variações. No movimento das agulhas, os educadores começaram a oficina. Ao passo que iam escolhendo os materiais expressavam seus sentimentos em relação à construção das bonecas. As questões de gênero e diversidade sexual, também aparecem sobre como os meninos e as meninas irão brincar com os bonecos. Sabemos que meninos e meninas brincam de formas distintas, que podem imitar a mãe e o pai, ou apenas expressar seus sentimentos, fazendo com que a boneca apresente certa realidade pessoal para a criança. Realizar uma oficina de construção de bonecas pode deixar a relação entre a família/escola mais próximas, além de ser um instrumento de identidade própria com a vida da criança. À medida que iam modelando as bonecas, os participantes despertavam seu interesse, que a princípio poderia parecer-lhes como ausência de habilidade, passou a ser mais uma oportunidade de descoberta e valorização de sua potencialidade. A mobilização deste encontro, afirmou de forma comprometida ideias para a construção de novos cenários as práticas pedagógicas para o direito ao brincar e a convivência familiar.
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Quarto Encontro 22 de Novembro de 2013 Formadora: Renata Costa Trilha Formativa:
Contando histórias de bonecas e brinquedos: apresentação das bonecas
confeccionadas;
Brincando com as famílias e construindo os espaços do brincar.
Oficinas e práticas pedagógicas:
Confecção de bolas de lãs e suas variações, transformando em cortinas. “Há uma ideia prazerosa de renascimento por trás do tricô5”
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Brincadeiras criativas para o seu bebê, Publifolha, 2008, pág. 16.
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Período da manhã : 8hrs às 12hrs A demonstração de encanto delineou a conversa com os participantes do quarto encontro do projeto, dando ênfase para a apresentação das bonecas construídas na última formação, para então, começarmos a visitar as imagens das práticas realizadas nas Unidades de Educação Infantil e Instituições de Acolhimento. Buscávamos nos momentos formativos, compartilhar as oficinas realizadas para valorizar o compromisso demonstrado pelos educadores e socializar práticas com os demais. Três Instituições apresentaram fotos de momentos de oficinas com as crianças, problematizando a substituição de materiais e o desdobramento nas rotinas das crianças. Para o Plano Nacional de Assistência Social (2004) família “é o grupo de pessoas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou de solidariedade”, portanto, as configurações familiares podem ser compreendidas, valorizadas e respeitadas por meio de suas composições. Entende-se então a importância para a garantia dos direitos das crianças, incluir nos planos de formação para os agentes do SGD, uma base formativa sobre família, para as práticas sociais em prol da convivência familiar. Construir formas de envolvimento dos agentes nesta temática inclui discutir sobre a imposição de ideias já estabelecidas. O educador Froebel, apontou que a bola deveria ser o primeiro brinquedo da criança, por representar o todo. Nessa perspectiva, a oficina formativa contou com um brinquedo versátil, sendo a construção de pompons e bolas de lã. Desde muito pequenas as crianças demonstram o potencial de sua criatividade que pode ser provocada pelos diferentes materiais. A sensibilidade proporcionada pela lã provoca com que o bebê experimente os pompons e as bolas de inúmeras maneiras e com as crianças maiores os brinquedos diferentes e leves proporciona uma deliciosa experiência sensorial e corporal. Utilizamos para leitura em grupos o texto: Encontros e desencontros da relação família e escola, Heloisa Szymanski. Durante a discussão abordamos as fragilidades na temática, e as percepções sociais, sobre a educação e o papel da família, para isso, buscamos apresentar dados oficiais para a formação política do educador. Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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Período da Tarde: 13hrs às 17hrs No período da tarde, a discussão foi sobre a importância da organização de espaços de qualidade para o brincar. A intencionalidade e o envolvimento do educador contribuem para a disposição dos móveis e dos materiais pedagógicos, avançando na perspectiva de espaço como lugar, para a ideia de construir ambientes. A participação da criança e da família gera uma relação de pertencimento, de cuidado e acolhimento, como elementos para a construção de ambientes lúdicos. Pois, não há um modelo ideal, o que há são possibilidades de trabalho participativo e criativo. A necessidade de formação para desenvolver o repertório do adulto brincante, o fomento a criatividade; a sensibilidade e subsídio para realizar um registro de observações das crianças enquanto brincam, foram ferramentas para desenhar novos processos de participação familiar e comunitária. O Comitê dos Direitos da Criança e do Adolescente-ONU, em 01 de fevereiro de 2013, adotou um documento denominado “Comentário Geral” (CG) para que se faça respeitar, proteger e cumprir os direitos contidos no artigo 31 da Convenção sobre os Direitos da Criança, ressaltando a oferta de materiais lúdicos e espaços, “no que se refere às oportunidades, segurança, risco e desafio, socialização e acesso aos espaços públicos”. Preparar os agentes que atendem direta ou indiretamente as crianças constrói formas de respeitar a diversidade cultural criando um sentido de corresponsabilidade. Ao término, a avaliação coletiva revelou que a formação sobre espaços de participação da família e as oficinas para construção de objetos para os ambientes lúdicos, promoveram a busca para um contato de confiança com as crianças, apoio e fortalecimento do papel das famílias com abertura.
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Quinto Encontro 19 de Novembro de 2013 Formador: Estevão Marques Pauta Formativa: Brincadiquê e a Arte da música em movimento. Oficinas e práticas pedagógicas:
Música com instrumentos diversificados (copos, PVC, garrafa pet, colheres, percussão corporal, bastões, latinhas).
“O coração do brincar é a atividade investigativa, exploratória, experimental. Para a criança, brincar e pensar são uma coisa só. Como vamos abrir mão de algo que é à maneira de a riança se relacionar com o mundo?” Francisco Marques (Chico dos Bonecos)
Período da manhã : 8hrs às 12hrs Formado em música, convidamos o educador brincante Estevão Marques para encerrar as atividades do Projeto Brincadiquê? Pelo Direito ao Brincar, em parceria com a ACCEIS e a RIA com o tema Arte da Música em Movimento. Como podemos transformar nossa linguagem corporal em arte, contemplando manifestações tradicionais em expressões Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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autorais? Pensando nesta experiência que o canto, a dança, e a música foram capazes de nos oferecer a reflexão sobre a Arte da Música em Movimento. A experiência musical, tendo o corpo como instrumento é uma forma de comunicação das crianças e também dos adultos, podemos pensar que o modo mais apropriado que temos para promovermos está linguagem é buscar compreender nossa própria cultura para nos tornarmos mais sensível diante da linguagem corporal para a promoção do direito da criança a brincadeira e a música. Diante de músicas como “Pão, pão, pão”, “Chocolate: Çikolata – Turco”, adaptadas por Estevão Marques iniciamos as atividades, com diferentes ritmos e instrumentos musicais. Experimentações individuais e em grupo que compôs as vivências da oficina, despertando o reconhecimento sobre a abordagem das múltiplas linguagens e as possibilidades para a linguagem artística por meio da musica, do corpo e dos instrumentos musicais. Abrimos um dialogo para a construção de projetos, conteúdos e situações de aprendizagem para os diferentes grupos etários. Recriando estas manifestações das linguagens, brincamos com colheres, aprendendo a criar sons e brincadeiras. O período da manhã oportunizou a redescoberta da linguagem corporal como forma de expressão e comunicação, sendo um significativo elemento para as descobertas infantis, que ao ser vivenciado pelo adulto cria novas estratégias para o trabalho pedagógico.
Período da Tarde: 13hrs às 17hrs Em complemento as temáticas, à formação sobre a Arte da Música em Movimento foi incorporada aos encontros, pois é uma importante linguagem para promover o direito ao brincar, e oportunizar formas para a criança, sentir, aprender e produzir. Brincar com copos de plásticos foi o desafio proposto para o período da tarde, o copo apresentou-se como um objeto lúdico inspirador de brincadeiras para adultos e crianças. Incorporado ao repertório desta oficina, confeccionamos bonecas africanas com tecidos, as chamadas “Abayomi” e brincamos de amarelinha africana. Neste Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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contexto, é pertinente oportunizar o envolvimento dos adultos em brincadeiras, para ampliar as maneiras de relação que os adultos desenvolvem com as crianças, isto, consiste em pensarmos sobre a qualidade das abordagens lúdicas e a participação, nos ambientes educativos adequados à infância. A Oficina trouxe aproximação com instrumentos e materiais como: chocalho, reco reco, tambor, tecidos, colheres e copos plásticos, todos estes conhecimentos impulsionaram para a transposição na prática cotidiana com as crianças. Ao encerrarmos as atividades, apresentamos por meio de registros fotográficos o desenvolvimento do projeto, avaliando a prospecção de ações nas instituições e no processo formativo de cada multiplicador. Diante dos relatos o projeto ganhou um sentido pessoal formativo, pois houve um empenho significativo dos educadores para envolverem-se nas vivências e troca de experiências, sempre envolta de reflexão e dialogo. Desse modo, o projeto resultou na perspectiva para a construção de projetos coletivos sobre a temática nas Instituições participantes. Promoveu conhecimento sobre o Direito ao Brincar como um processo cotidiano de descobertas, na disseminação da garantia, qualidade e quantidade de materiais lúdicos e brinquedos nas Unidades e no acesso a pesquisas teóricas e cursos sobre o Direito ao Brincar para o grupo de multiplicadores. A efetivação das constatações pedagógicas e políticas sobre o direito ao brincar serão de fato consolidadas se houver a criação e oferta de espaços lúdicos, envolvimento da família, comunidade, e formação de profissionais, inserindo o brincar como essencial às políticas públicas de Educação Infantil6.
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Plano Nacional pela Primeira Infância, 2010.
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DEPOIMENTO: "Cheguei ao primeiro encontro sem muitas expectativas, preferi não alimentá-las. Devido a esta postura, minha surpresa e encantamento com as aprendizagens a que foi exposto foram ainda maiores. O contato com o teatro de sombras, o customizar as roupas, o aprender a costurar e elaborar bonecos de pano, o perceber em mim enquanto corpo uma potencial musical, estas "mirabolâncias" mexeram no meu ser educador e já ecoaram em minha unidade. Quero continuar aprendendo a brincar brincando e redescobrir a brincadeira de cada dia". Quilherme Marques – Coordenador Pedagógico – CEI Castelinho do Saber
Conclusão Para iniciar a análise da implantação da Área de Assessoramento do Centro Marista de Defesa da Infância, por meio do projeto Brincadiquê? Pelo Direito ao Brincar e do desenvolvimento das oficinas formativas promovidas em parceria com a ACCEIS e a RIA, é preciso retomar o significado da concepção de criança, como sujeito de direitos. Nessa perspectiva, o respeito à criança como cidadã pressupõe o fortalecimento de políticas públicas para a primeira infância, entre elas, o Direito ao Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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Brincar, direito enunciado no artigo 31 da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, na Constituição Federal de 1988 e no Estatuto da Cria nça e do Adolescente de 1990. Propor formar educadores e agentes como multiplicadores na temática do “direito ao brincar”, requer ampliar a discussão sobre a formação de qualidade para considerar a criança como sujeito deste direito. A implantação do projeto incidiu na qualidade das práticas pedagógicas, consequentemente, promovendo situações nas quais os educadores puderam aprender e construir recursos por meio da experimentação de materiais simples e da criação de novas atividades para a mediação pedagógica com autoria e coletividade. A metodologia baseada na oferta de oficinas e construção de materiais oportunizou uma maior participação e realização de situações de aprendizagem e projetos com as crianças, assim exposta por meio da socialização de imagens fotográficas e relatos de atividades proporcionadas pelas Unidades. Foi disponibilizado aos participantes um instrumental avaliativo, onde indicou o percentual de 90% dos envolvidos, apontando que o projeto promoveu reflexões sobre o direito ao brincar e que as oficinas contribuíram com ideias práticas para a ampliação de suas metodologias. O instrumental revelou também, que as fontes de pesquisas indicadas e a qualidade formativa do projeto promovido por especialistas referencias no tema, representaram o exercício de reflexão sobre a prática na procura de pesquisas, cursos e sites. Em respeito à pergunta número oito, indicaram para as formações os temas sobre: bebês, contação de história e a linguagem músical, na qual a escuta foi considerada durante as oficinas. Os resultados da avaliação também sinalizaram para a experiência entre a teoria e prática proporcionada pelos materiais de qualidade oferecido, como subsídio para a promoção de atividades pedagógicas com incidência no tema com qualidade. Por meio da pesquisa realizada pelo Grupo de Trabalho, para os educadores, tivemos como pressuposto que o resultado incidisse sobre os impactos que o projeto proporcionou no âmbito pessoal, profissional e institucional. Identificamos que seus Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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resultados se tornaram importantes para as decisões formativa e organizacional dentro de cada Unidade, tendo como levantamento dessa pesquisa, a necessidade de:
Fomentar a elaboração de projetos coletivos sobre a temática nas Instituições;
Consolidar a prática do Direito ao Brincar, como um processo cotidiano de
desenvolvimento integral, pois a temática apresentou-se restrita a ser realizada em sala de aula, por meio de sequencia didática ou em datas celebrativas, não sendo apresentado como tema para abordagem de projetos.
Disseminar informações sobre os projetos desenvolvidos nas Unidades para
todos os educadores, pois apresentam desconhecimento.
Garantia de qualidade e quantidade de materiais lúdicos e brinquedos para todos
os grupos etários.
Acesso a pesquisas teóricas e cursos sobre o Direito ao Brincar para o grupo de
educadores. Em síntese, para que o processo formativo advindo do projeto e das discussões do Grupo de trabalho de fato se torne possível, é necessário, contudo, que os apontamentos avaliados possam ser considerados nos Planos Formativos das Unidades de Educação Infantil e de Acolhimento envolvidas, sobretudo, garantindo maiores oportunidades de oferta de formação continuada e recursos pedagógicos para organizar ações de que visem à defesa e a promoção de direitos. Toda criança tem o direito ao descanso e ao lazer, a participar de atividades de jogo e recreação apropriados à sua idade e a participar livremente da vida cultural e das artes. Artigo 31 da Convenção dos Direitos das Crianças - ONU
Referências: Artigo 31 da Convenção dos Direitos da Criança- O desenvolvimento Infantil e o Direito de Brincar-Publicação da IPA Brasil e IPA Internacional- São Paulo, abril de 2013. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Diretrizes curriculares nacionais para a educação infantil / Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC, SEB, 2009. Tel. 41 3271-6230 www.grupomarista.org.br
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BRASIL. Ministério da Educação. Plano Nacional da Educação. Brasília, 2003 Brougère, Gilles. A boneca industrializada, espelho da sociedade. Brinquedo e cultura. Editora Cortez, São Paulo, 2010. Clouder, Christopher e Nicol, Janini. Brincadeiras criativas para o seu filho: uma forma de aumentar a concentração e melhorar o desenvolvimento das crianças. PubliFolha, São Paulo, 2009. Kishimoto, Tizuko Morchida. “Brincar, pelo bem das crianças”. Revista Direcional Educador, ano 5, março/2009. Klisys, Adriana. Assim Assado: Dados - Estadinho - Jornal O Estado de S. Paulo, 2009. Klisys, Adriana, Scarrinci, Anne L., Neto, Aníbal Fonseca F., Soncini, M. Isabel I. Brinca Ciência: um ensaio lúdico educativo sobre Ciência & Técnologia na escola pública de Santo André. Soft Graf Editora, São Paulo, 2011. Klisys, Adriana. Ciência, Arte e Jogo- Ed. Peirópolis. Editora Peiropolis, São Paulo, 2010. MACEDO, Lino de. Os jogos e sua importância na escola. ____In: Quatro Cores, Senha e Dominó: Oficina de jogos em uma perspectiva construtivista e psicopedagógica. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997 (2ª Ed). MOSCHETO, M. D.; CHIQUITO, R. S (orgs.). Projeto Marista para a Educação Infantil. (Coleção Currículo em Movimento; v. 2). FTD, São Paulo, 2007.
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