A L E R T A C I D A D Ã O 2
Com ritmo atual, universalização do saneamento ocorrerá em 2070
Pesquisa do Instituto Trata Brasil, divulgada na segunda-feira (15), mostra que a universalização do saneamento no Brasil só acontecerá em 2070, considerando o ritmo atual. A previsão representa um atraso de 37 anos em relação à data limite estabelecida na Lei 14.026, conhecida como Novo Marco Legal do Saneamento Básico. Segundo o estudo, cerca de 32 milhões de brasileiros vivem sem acesso à água potável e mais de 90 milhões não têm coleta de esgoto. A lei estabeleceu que todas as localidades brasileiras devem aten -
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der a 99% da população com abastecimento de água e 90% com esgotamento sanitário até 2033. Segundo o documento do Instituto Trata Brasil, aproximadamente 10 milhões de pessoas vivem em municípios sem contratos de saneamento regulares. São 579 cidades nessa situação. “A saúde pública começa pelo saneamento, e à medida que as eleições municipais se aproximam, os candidatos devem destacar o tema em seus planos e se comprometer para que o acesso à água e ao esgotamento sanitário seja uma realidade num futuro próximo, e não cada vez mais distante”, destacou a Presidente-Executiva do Trata Brasil, Luana Pretto. A responsabilidade pelo saneamento básico é local: estados e municípios devem prestar os serviços e cabe ao governo federal coordenar e implementar as políticas públicas. Com informações de Agência Brasil.
O cuidado com a saúde mental nas empresas
Cuidar da saúde mental dos colaboradores sempre foi necessário, mas, de uns tempos para cá, tornou-se essencial para a sustentabilidade das empresas e para o bem-estar dos funcionários. Mudanças legislativas têm pressionado as organizações a buscarem caminhos que levem ao equilíbrio da saúde da mente. Uma das mais recentes e importantes é a Portaria 1.999, de 27 de novembro de 2023, que atualiza a lista de doenças do trabalho de 182 para 347. Ela põe o burnout e abuso de drogas, por exemplo, ao lado da ansiedade e depressão como enfermidades que podem ser adquiridas em ambiente corporativo. Apesar de o pontapé inicial para a disseminação desta cultura de cuidar da mente das pessoas ter sido dado pelo poder legislativo, a preocupação com a saúde dos colaboradores ainda não é tão evidenciada como política corporativa quanto poderia. Por isso, é possível afirmar que o ambiente dentro das organizações é, nos dias de hoje, pouco saudável. Este fato pode ser comprovado por meio de pesquisa da Conexa, ecossistema digital de saúde integral, realizada com gestores e profissionais de recursos humanos de 767 empresas do país no segundo semestre de 2023. Das 1.589 pessoas que participaram do levantamento, 83% afirmaram ter ocorrido afastamento em sua corporação por doenças mentais dos colaboradores. Apesar de o cuidado com a saúde da mente dos tra-
balhadores não ser uma política adotada pela maioria no mundo corporativo, há uma boa notícia para ser contada. Já dá para dizer que há algumas poucas organizações olhando para o futuro. O que fazer com um colaborador que está afastado por depressão, por exemplo: entrar em contato, não entrar em contato? E na volta deste colaborador ao trabalho, como recebê-lo? Como tratá-lo? O melhor caminho nessas situações é o RH atuar com transparência e respeito. Ao saber que um funcionário está ou será afastado, o ideal é combinar o que ele prefere que se faça. Mostrar empatia e que a empresa se importa com ele. O processo de conscientização em relação à importância do bem-estar dos funcionários está em fase inicial. Mas esta cultura já começa a ser vista nas empresas. O avanço para a implementação de políticas que promovam a saúde mental no ambiente corporativo é necessário. Quem não se mexer agora, vai ficar para trás. O espaço será preenchido por empresas que querem cuidar de gente. Afinal, quem não prefere trabalhar em um ambiente saudável e agradável?
RUI BRANDÃO
é vice-presidente de Saúde Mental da Conexa. Médico, com mais de dez anos de experiência na área de Saúde.
CIDADANIA
Médicos comemoram avanço da vacinação infantil no Brasil
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Pesquisa do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgada na segunda-feira (15), revelou que diminuiu o número de crianças não vacinadas no Brasil. Os números tiram o Brasil da lista dos 20
países com mais crianças não imunizadas. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, atribuiu a melhoria brasileira na vacinação ao Movimento Nacional pela Vacinação, lançado em fevereiro de 2023. “Desde 2016, o Brasil enfrentava quedas crescentes nas coberturas vacinais de vários imunizantes do calendário infantil. Depois de conquistas tão importantes como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus de poliomielite, o Programa Nacional de Imunizações encontrou forte risco”, assinalou. A ministra disse que recebeu com “alegria e esperança” a notícia do aumento da cobertura vacinal de 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil. Nísia destacou ainda o empenho das “famílias que levaram as crianças para atualizar a caderneta de vacinação”. Entre os destaques de crescimento estão as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP). A integrante do Departamento de Imunizações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) Melissa Palmieri destacou que a maior proporção de vacinados se reflete também na maior proteção
das crianças que, por algum motivo de saúde, não podem tomar determinadas vacinas. “Esse aumento da cobertura vacinal também impacta naquelas - que é um percentual muito pequeno - que por algum motivo médico não podem ser vacinadas para algumas doenças. Isso faz com que a alta cobertura diminua a circulação desses agentes infecciosos e haja uma proteção indireta para aquelas crianças que não puderam se vacinar”, explicou à Agência Brasil. Palmieri também reconhece os efeitos negativos da circulação de informações falsas. Ela recomenda que pais e responsáveis busquem informações confiáveis sobre a importância dos imunizantes. “Eles devem se informar com pediatras, que estão atualizados com as recomendações do Programa Nacional de Imunizações e da SBP, bem como agências ou instituições idôneas, as secretarias municipais e estaduais de Saúde e o Ministério da Saúde, que vem trabalhando para disseminação de informações importantes para que os pais tenham a melhor decisão em vacinar”, orienta. Com informações de Agência Brasil.
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“Narizes artificiais” feitos a partir de amido permitem identificar comida estragada
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Pensando em inovar na área com o desenvolvimento de um método inteligente para auxiliar a identificar a deterioração de alimentos, pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP, do Instituto de Química da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e do Instituto de Geociências e Ciências Exatas (IGCE) da Unesp, em Rio Claro, criaram novos biofilmes à base de amido que indicam se determinado produto está impróprio para consumo, atuando como verdadeiros “narizes artificiais”. Os resultados da pesquisa foram publicados este ano em artigo na revista científica internacional Microchimica Acta. Além de realizar o controle em tempo real do estado de conservação dos alimentos e, assim, evitar desperdícios, a nova tecnologia também contribui para garantir a segurança alimentar e a confiança dos consumidores, assegurando que os produtos serão comprados enquanto ainda estiverem em boas condições. Do tamanho de um botão, os bio-
filmes foram desenvolvidos a partir de matérias-primas abundantes e de fácil acesso: amido de mandioca (polvilho doce), água e glicerol – um tipo de álcool. Os biofilmes são coloridos com substâncias que mudam de cor quando entram em contato com certos gases liberados por um alimento estragado, como compostos de enxofre e nitrogênio. À medida que o alimento começa a se deteriorar, esses gases emitidos
Móveis
provocam reações químicas que alteram a coloração inicial dos biofilmes, indicando que a comida pode estar estragada. Um conjunto de biofilmes pode ser aplicado como parte integrante da embalagem ou como um sensor interno em contato indireto com o alimento. Dessa forma, os consumidores ou operadores conseguirão verificar visualmente a cor do biofilme sem abrir a embalagem, permitindo uma análise rápida e não invasiva da frescura do alimento. Cada mudança de cor é pré-determinada para identificar certos níveis de deterioração e diferentes tipos de gases, proporcionando um método fácil e eficaz para monitorar a qualidade dos produtos. “É mais fácil assim porque acaba sendo um experimento visual. Você bate o olho e fica fácil perceber, não precisa de nenhum outro instrumento. E a mudança de cor tem a ver com os compostos que estão sendo emitidos pelo alimento”, relata João Flávio Petruci, professor da UFU e um dos responsáveis pela pesquisa. Com informações de Jornal da USP.
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1971 Desde
Festival do Japão atrai 200 mil pessoas em São Paulo
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
No último final de semana, mais de 200 mil pessoas visitaram o 25º Festival do Japão, consolidando-o como o maior evento de cultura japonesa fora do país de origem. A edição deste ano foi realizada no São Paulo Expo, no Jabaquara, com o tema “Ikigai - Viver com Propósito”. A cerimônia de abertura contou com a presen-
ça do prefeito Ricardo Nunes, do Embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, do Cônsul Geral do Jap ã o em S ã o Paulo, Toru Shimizu, do vereador Rodrigo Hayashi Goulart (PSD) e de outras autoridades ligadas à comunidade japonesa no Brasil. Em seu discurso, Nunes destacou a ligação entre o desenvolvimento de São Paulo e as contribuições da comunidade nipônica, que são visíveis em diversos setores da cidade. Desde sua primeira edição em 1998, o Festival do Japão tem como objetivo o fortalecimento das relações comerciais e, principalmente, a preservação e divulgação da cultura japonesa e das suas 47 províncias no Brasil, representadas por meio de pratos típicos, produtos artesanais, personagens folclóricos, músicas e shows tradicionais que encantam o público. Este ano, o festival ofereceu uma ampla área gastronômica, além de espaços dedicados aos empresários, palestras, promoção de serviços e negócios, apresentações artísticas, jogos, brincadeiras e muitas outras atrações. O vereador Rodrigo Hayashi Goulart, que é neto de japoneses, auxiliou na organização do evento com a liberação de emendas parlamentares, por
meio do mandato. Durante sua participação na abertura, Goulart enfatizou a importância das relações entre Brasil e Japão, ressaltando a necessidade de um acordo de livre comércio entre as duas nações para fortalecer ainda mais esses laços. O 25º Festival do Japão não só celebrou a cultura nipônica, mas também destacou o espírito de comunidade e cooperação entre os povos, reafirmando São Paulo como um verdadeiro polo multicultural.
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Faculdade de Medicina da USP é pioneira no uso de robô cirúrgico no ensino
A Faculdade de Medicina da USP inaugurou o Centro de Treinamento em Procedimentos Minimamente Invasivos (Promin). A instituição passa a ser a primeira escola médica da América Latina a contar com um robô cirúrgico para ensino de ponta em cirurgia. O professor José Pinhata Otoch, titular da disciplina de Técnica Cirúrgica do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da USP, explica a técnica. O que é?
Procedimentos Minimamente
Invasivos é o nome dado a técnicas que se propõem a realizar cirurgias com portas de entradas mínimas no corpo, sendo um dos meios o uso de robôs. Enquanto na cirurgia convencional precisa -
-se fazer uma incisão grande para que a mão do cirurgião caiba, o robô consegue chegar no órgão almejado com apenas um pequeno corte. O professor afirma que, como consequência, cirurgias desse tipo requerem menos tempo de internação e têm menos traumas cirúrgicos. No entanto, não são todos os tipos de cirurgia que são facilmente transpostos para o modelo robótico – cirurgias de traumas, ou seja, que envolvem acidentes e necessitam de urgência, são um exemplo de caso insubstituível.
Adoção no SUS
A premissa do robô é poder não só levar aprendizado para os membros da Faculdade de Medicina, mas para o Brasil como um todo. “A formação de cirurgiões tem um objetivo muito claro que é passar esse conhecimento para que isso possa ser incorporado dentro do Sistema Único de Saúde”, afirma o médico. Ele complementa dizendo que atualmente a técnica de Procedimentos Minimamente Invasivos segue um nicho de alta renda, e o intuito é democratizar esse acesso. Com informações de Jornal da USP.
DETRAN-SP cede veículos para curso de salvamento do Corpo de Bombeiros
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP), órgão vinculado à Secretaria de Gestão e Governo Digital, passará a ceder periodicamente veículos removidos a pátios de custódia e classificados como “sucata” para o treinamento de bombeiros militares em cursos de formação e especialização. A primeira leva, de nove carros, já está em utilização nas aulas práticas de estabilização veicular, de atendimento a veículos capotados ou sinistrados, das turmas da Escola Superior de Bombeiros Coronel Paulo Marques Pereira, a única da corporação no Estado, localizada em Franco da Rocha. Na aula realizada na quarta-feira (10), os alunos usaram um veículo cedido pelo Detran-SP para aprenderem como salvar uma vítima de um sinistro de trânsito. Ao todo, a disciplina de Salvamento Veicular é composta por 4 aulas, com Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br
mais de 16h de conteúdo. Na primeira, os alunos recebem instruções sobre a anatomia veicular. Já na sequência do curso também aprendem sobre as ferramentas e metodologia de corte que são utilizadas num salvamento veicular. Na última aula, o pelotão participante do curso passa por uma simulação tática de socorro de si-
nistro de trânsito com a utilização de um boneco. Tanto na aula prática quanto na simulação de socorro, os alunos manuseiam as ferramentas para permitir o acesso à vítima com segurança independentemente da posição do veículo. “Até aqui, enfrentávamos uma verdadeira luta para conseguirmos os veículos para as aulas práticas de Salvamento Veicular, dependendo da cessão por concessionárias ou pela Polícia Civil”, conta a capitã Maria de Fátima Rosa Franco, chefe do Laboratório de Salvamento Terrestre da Escola Superior de Bombeiros, comemorando as novas perspectivas da parceria com o Detran-SP. “Mas não há como efetivamente aprender essas técnicas sem vivenciá-las na prática, fundamental e tão importante; seria como promover a formação de médicos sem a a residência ou o atendimento direto à população”, complementa a capitã.
Gerenciamento de res í duos sólidos na constru çã o civil
A gestão de resíduos sólidos é um dos desafios mais urgentes da sociedade moderna. A coleta seletiva de lixo e a reciclagem desempenham papéis cruciais nesse cenário, e a construção civil, como um dos maiores produtores de resíduos, tem uma
responsabilidade significativa nesse contexto. A coleta seletiva é o recolhimento dos materiais que são possíveis de serem reciclados. Este sistema diminui a quantidade de lixo encaminhada aos aterros sanitários, e envolve a separação dos resíduos em categorias como papel, plástico, vidro, metal e orgânicos. Cada tipo de resíduo requer um tratamento específico para ser reutilizado ou reciclado. Ramalho da Construção, presidente licenciado do Sintracon – SP (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de S ão Paulo) explica que a construção civil é responsável por uma grande parcela dos resíduos sólidos gerados nas cidades. “A gestão adequada desses resíduos é fundamental para reduzir o impacto ambiental e promover a sustentabilidade no setor”, enfatiza. A classificação dos resíduos sólidos é um processo que permite a separação dos materiais com base em suas características físicas, químicas e biológicas, essa classificação é fundamental para garantir o gerenciamento eficiente dos resíduos da construção civil. A Resolu çã o do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) no 307, de 2002 e a Lei Federal no 12.305/2010, que institui a Pol í tica Nacional
de Res í duos S ó lidos, são classifica çõ es que se complementam, e tem como prop ó sito direcionar os res í duos para as destina çõ es apropriadas, evitando impactos ambientais e econômicos. Com uma vida dedicada à constru çã o civil, ao canteiro de obras, as necessidades do trabalhadores da constru çã o e com um próximo relacionamento com as empresas do ramo, Ramalho afirma que h á muitos desafios e obst á culos que precisam ser superados para garantir um impacto ambiental m í nimo, entre eles, ele enumera: a falta de conscientização; infraestrutura inadequada para o tratamento dos resíduos; resistência devido a preocupações com custos adicionais e mudanças nos processos de construção; a fiscalização insuficiente das práticas de gerenciamento de resíduos; desafios logísticos; e a quantidade significativa de resíduos que aumenta ao desafio de encontrar maneiras sustentáveis de lidar com eles. Sugere ainda estratégias sustentáveis que colocam a construção civil como parceira no papel de amiga do meio ambiente e da sustentabilidade.
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