JORNAL VER A CIDADE - ANO 5 - EDIÇÃO 152 - São Paulo, 27 de julho a 02 de agosto de 2024

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Revestimentos comestíveis prolongam vida útil de frutas e hortaliças

Metrô assina contrato de R$ 1,98 bilhão para a implantação de sistemas na ampliação

Aquecimento dos oceanos aumenta o nível do mar e gera consequências às populações litorâneas

Foto: Freepik

A L E R T A C I D A D Ã O

Aberto prazo para transferência temporária de local de votação

Os eleitores interessados em alterar temporariamente a seção ou local de votação podem, desde segunda-feira (22), fazer a solicitação junto à Justiça Eleitoral. A medida vale apenas para mudanças para seções localizadas no mesmo município em que o eleitor estiver inscrito. O prazo para a solicitação da transferência temporária encerrará no dia 22 de agosto. Já o primeiro turno das eleições municipais de 2024 será no dia 6 de outubro. Nos municípios que tiverem segundo turno, a votação será em 27 de outubro. De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a transferência temporária só pode ser re -

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quisitada por eleitores em situação regular no cadastro eleitoral. Ela é adotada com o intuito de “permitir que pessoas, em razão do trabalho, de dificuldades de locomoção ou por estarem privadas provisoriamente de liberdade, possam votar em seções eleitorais diferentes das que estão registradas”. Entre os eleitores que podem pedir a transferência temporária estão presos provisórios e adolescentes em unidades de internação, militares, agentes de segurança pública e guardas municipais em serviço, pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida, indígenas, quilombolas, integrantes de comunidade tradicional ou residentes em assentamento rural; juízes (inclusive auxiliares), servidores da Justiça Eleitoral e promotores eleitorais. Mais detalhes sobre a transferência temporária de local de votação podem ser obtidas no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Com informações de Agência Brasil

Desenvolvimento integral produto da solidariedade ambiental

O drama das enchentes no Rio Grande do Sul e que, de algum modo, também se reproduz no Pantanal pode vir a ser uma constante. É o fenômeno da sociedade de risco que há de ser enfrentada à luz de perspectiva bem definida: a dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conjunto de 17 metas globais da Organização das Nações Unidas (ONU) no contexto do que é o direito ao desenvolvimento. Desde 1986, momento em que a ONU proclamou a Declaração sobre o Direito ao Desenvolvimento, a ideia-chave a ser assimilada consiste em pôr limites ao mero desenvolvimento econômico. É um dilema conhecido. Que tipo de desenvolvimento a sociedade pretende? O documento da ONU afirma que o desenvolvimento não pode ser só econômico. A problemática do meio ambiente, desde o oportuno alerta de 1972, já exigiria o incremento do mote da sustentabilidade. O nosso futuro comum, nome e identidade do histórico documento, impunha a condição indispensável: que o liame entre o econômico e o social ordene a vida e as condições de trabalho. Ora não é outra a noção de desenvolvimento sustentável: é o que atende às necessidades do presente, sem comprometer a possibilidade de que as gerações futuras atendam às suas próprias necessidades. A tragédia ocorrida no Rio Grande do Sul nos mostra o que poderá acontecer se não prestarmos atenção. Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, que

consubstanciam a Agenda 2030, devem ser levados mais a sério. A degradação constatada no Rio Grande do Sul decorre de causas naturais, mas também de deficiências notórias de governança. Agora vamos destacar o item 7 da ODS: garantir a sustentabilidade ambiental. O desenvolvimento sustentável é o único apto a garantir que desastres como esse não se tornem uma constante. Portanto, são necessárias passadas de gigante para que o propósito do objetivo de sustentabilidade ambiental seja atingido até 2030. Três metas estão associadas ao objetivo: A primeira é a água, a qualidade da conservação e recuperação dos mananciais. Do mesmo modo, matas e florestas, esse imenso potencial ambiental que o Brasil possui e que é tão desleixado, não pode mais admitir a ausência de verdadeiras políticas de estado para que delas se cuide. A solidariedade registrada nesse episódio, que merece todos os louvores, exige prosseguimento com a solidariedade na cobrança de providências claras, objetivas e imediatas de defesa do meio ambiente, do desenvolvimento integral e do nosso futuro comum.

WAGNER BALERA

é professor titular de Direitos Humanos da PUC/SP. Autor de mais de 20 livros de Direitos Humanos. Membro da Revista Brasileira de Direitos Humanos.

Wagner Balera
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
A transferência temporária pode ser feita até 22 de agosto

CIDADANIA SAUDÁVEL

Vacina do HPV é a principal aliada no combate ao câncer de colo do útero

O mês de julho é marcado pela importância da conscientização contra o câncer do colo do útero, doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção sexualmente transmissível é a mais comum em todo o mun-

do, atingindo de forma massiva as mulheres. Diversos especialistas acreditam que na pandemia as medidas restritivas impostas para evitar o aumento do contágio pela covid-19, assim como o fechamento das escolas, pode ter impactado em uma menor procura pela vacina contra o HPV, uma vez que muitas das campanhas são realizadas em escolas. A vacina é oferecida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todo o Brasil para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos. “Geralmente, a infecção genital por HPV é bastante frequente e, na maioria dos casos, é assintomática e autolimitada, ou seja, até os 30 anos de idade grande parte das mulheres tem a infecção resolvida. Mas, quando ocorre a persistência do vírus nas células do colo do útero, elas podem avançar para o desenvolvimento de câncer”, comenta Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Diante dessa realidade, é importante reforçar que a fer-

ramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV. Além da vacinação, é importante realizar os exames de rotina ginecológica, como o Papanicolau (anualmente e depois a cada três anos), dos 25 aos 64 anos de idade. Vale lembrar ainda que os exames devem ser feitos mesmo se a mulher for vacinada contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença. A doença em estágios iniciais é assintomática, mas a dor na relação sexual ou sangramento vaginal pode estar presente. No entanto, se a doença estiver mais avançada, pode ser que a paciente tenha anemia - devido a perda de sangue - dores nas pernas e costas, problemas urinários ou intestinais e perda de peso não justificada. A oncologista explica que para o tratamento, podem ser realizadas cirurgias, radioterapia e/ou quimioterapia. “Na cirurgia, ocorre a retirada do tumor, ou ainda do útero quando necessário. Quando a doença apresenta estágios mais avançados, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia”, comenta Marcela.

PRECISANDO DE INSTALAÇÃO OU

Foto: Freepik
A vacina contra HPV é a forma primaria de prevenção, no entanto, é preciso manter os exames e consultas em dia
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Contratações 50+: veja como se preparar para a recolocação profissional

A pluralidade nos processos de contratação tem sido um tema recorrente em fóruns empresariais, com destaque à diversidade etária que alcançou uma ampliação significativa ao longo dos últimos anos no Brasil. Em pouco mais de uma década, o país testemunhou um crescimento superior a 110% no número de trabalhadores com mais de 50 anos inseridos no mercado de trabalho, saltando de 4 milhões para 9 milhões, de acordo com números do Ministério do Trabalho. O mercado está mostrando uma maior abertura para a contratação de pessoas 50+, valorizando a senioridade e a experiência profissional, observa Renata Fonseca, psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza. “Essas contratações são impulsionadas por uma agenda de Diversidade e Inclusão que está ganhando muita força”, afirma. Apesar da abertura do mercado, Renata destaca

que ainda existe um preconceito de que pessoas 50+ são desatualizadas, principalmente em termos de novas tecnologias. “É fundamental que esses profissionais mostrem, através de exemplos práticos, que estão atualizados e têm muito a contribuir”, explica. A profissional lembra que profissionais 50+ trazem talentos e habilidades únicas que só a experiência é capaz de desenvolver.

Para aqueles que estão se preparando para voltar ao mercado de trabalho, Renata aconselha: Atualização tecnológica. “O mais importante é se manter atualizado com as novas tecnologias e tendências de mercado.”

Networking. “Use e abuse da sua rede de contatos para buscar novas oportunidades.”

Abertura para aprender. “Esteja aberto a rever seus conceitos e a aprender coisas novas.”

Para se sair bem em entrevistas, especialmente para aqueles que estão fora do mercado há algum tempo, Renata recomenda: Atualização do LinkedIn.

Retrospectiva da carreira. “Durante a entrevista, faça uma retrospectiva de sua carreira e apresente resultados concretos que você conquistou.”

Prova de Atualização. “Dê exemplos de como você se mantém atualizado, citando fóruns, grupos de discussão e eventos especializados que você participa.”

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Revestimentos comestíveis prolongam vida útil de frutas e hortaliças da colheita até o consumo

A cera de carnaúba é amplamente utilizada para a proteção de cítricos como limão, laranjas e mangas, aumentando o brilho e mantendo a fruta hidratada

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

A estrada entre o campo e a mesa do consumidor é longa. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), cerca de 40 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os dias em trajetos no Brasil. Em torno de 80% desses alimentos são perecíveis e se perdem mais facilmente nas estradas e armazéns. Entre eles estão frutas, legumes e hortaliças. Para mitigar essas perdas, pesquisadores vêm

desenvolvendo tecnologias e soluções para prolongar a vida dos produtos agrícolas. Entre eles, se destacam os revestimentos comestíveis. “Frutas e hortaliças são alimentos que têm seus processos fisiológicos ativos após a colheita. São organismos ainda vivos. Eles ainda respiram, transpiram, perdem umidade para o ambiente. Ocorre uma série de processos biológicos ali que reduzem a vida útil do alimento”, explica a pesquisadora Jaqueline de Oliveira, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Os revestimentos comestíveis são uma alterna-

tiva sustentável de proteção que atuam tanto na proteção contra choques mecânicos no alimento quanto na redução da atividade biológica dos perecíveis. “Esses revestimentos são bases feitas de polímeros a partir de ingredientes naturais não tóxicos. Quando a gente fala em algo para revestir uma fruta, por exemplo, a gente tem que pensar que o produto vai ser consumido como parte do alimento, então ele não pode alterar o cheiro, cor ou sabor do alimento”, explica Jaqueline. O processo de criação dos recobrimentos é minucioso. A partir dos estudos, se identifica qual composto é eficaz para cada fruta. Os pesquisadores realizam um estudo aprofundado para cada caso com a formulação do composto e uma série de testes. A pesquisadora explica que a aplicação em escala comercial dos projetos é complexa. “Confesso que é muito desafiador trabalhar com esse tipo de projeto. No meu trabalho com morangos nós estamos trabalhando em como escalonar a produção e aplicação em condições industriais e temos expectativas de começar a adotar essa escala comercial. Mas a aplicação do material na prática é um desafio”, finaliza. Por Regis Ramos para o Jornal da USP.

Foto: Freepik
Diversidade e inclusão chega as metas de contratação das empresas
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Cohab entrega escritura definitiva para 200 famílias no Jardim Lallo

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Na última terça-feira (23), o Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab-SP), João Cury, e o ex-deputado federal Antonio Goulart, junto com outras autoridades, estiveram no Conjunto IV Centenário, no Jardim Lallo, para entregar as escrituras de 200 casas. João Cury relembrou que este foi seu primeiro compromisso ao chegar à presidência da companhia:

“Em março de 2023, juntamente com o prefeito Ricardo Nunes, assumimos um compromisso com a comunidade. Agora, retornamos para cumprir a promessa e entregar as escrituras para essas famílias, garantindo assim segurança jurídica e reconhecimento legal da propriedade. O programa Escritura COHAB registra em cartório e assegura a escritura gratuitamente para os moradores que já quitaram todas as parcelas de seu imóvel”, explicou Cury. Antonio Goulart, ex-deputado e pai do vereador Rodrigo Goulart (PSD), representou seu filho no evento. João Cury reconheceu a participação do vereador desde o início do pleito, auxiliando na coleta de documentos, conversando e tirando dúvidas das famílias sobre o processo de regularização contratual das 200 casas. A escritura definitiva valoriza um imóvel em até 30%, além de garantir liberdade de uso, permitindo ao proprietário vendê-lo ou deixá-lo como herança. Durante o evento, foram entregues 46 escrituras registradas aos moradores do conjunto. Uma equipe da Cohab permanecerá na região para revisar a documentação dos demais e concluir a entrega das 154 escrituras restantes.

Sobre o Conjunto O Conjunto IV Centenário, localizado no distrito do Grajaú, Zona Sul, foi concluído no início da década de 1990 pelo extinto Fundo de Atendimento à População Moradora em Habitação Subnormal (FUNAPS). É composto por 200 casas construídas por meio de mutirão e 266 apartamentos, já sob responsabilidade da Cohab.

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Fotos: Divulgação
João Cury, Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab-SP), e o ex-deputado federal Antonio Goulart na entrega das escrituras
O vereador Rodrigo Goulart em conversa com a comunidade para falar da importância das escrituras

Chuvas abaixo da média na região Sudeste podem afetar saúde respiratória da população

Apesar das temperaturas amenas e das chuvas registradas em junho na região Sudeste do Brasil, a previsão para os próximos meses indica que vai chover abaixo da média, segundo boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com especialistas, essa condição típica do inverno pode afetar diretamente a saúde respiratória da população. O professor da Escola de Saúde do Centro Universitário Facens, Bruno Moneta, explica que as variações do clima típicas do período já podem ser observadas. “A região Sudeste vem enfrentando estiagem, baixa umidade do ar e alta amplitude térmica, com noites e manhãs frias e dias quentes. Por esses motivos, as pessoas podem apresentar dificuldades respiratórias como secura e irritação nasal, reações alérgicas devido à poluição, aumento na produção e retenção de muco nas vias respiratórias, o que pode levar a infecções”. Isso ocorre, segundo o professor, devido ao ar seco, que desidrata as mucosas do nariz, garganta e faringe.

A ocorrência de reações alérgicas também são comuns, de acordo com especialista, “o que pode acarretar no surgimento de rinite, sinusite, crises asmáticas e agudização de doenças respiratórias crônicas, principalmente em idosos”. Além disso, o professor ressalta que as temperaturas mais baixas favorecem a disseminação de microorganismos, cenário que amplia a transmissibilidade de doenças virais respiratórias como gripe comum, H1N1 e

COVID. Ainda de acordo com ele, “podem haver complicações de doenças virais, como sinusite e pneumonias”. Com o inverno já batendo à porta, o cuidado deve ser imediato. Moneta orienta que “neste período é de extrema importância a ingestão adequada de líquidos para manter a umidade nas vias aéreas”. Além disso, o profissional reforça a importância da alimentação balanceada e saudável e a prática de atividades físicas para manter a imunidade estável. “Devemos abusar de frutas cítricas ricas em vitamina C, alimentos ricos em glutamina como carnes, peixes, ovos, laticínios, grão de bico, soja, lentilha e feijão e alimentos ricos em ômega 3 e vitamina D”, enfatiza. O especialista reforça a importância de evitar a exposição prolongada a temperaturas baixas, ao sereno e à poluição, por isso, recomenda o uso de roupas adequadas para que o corpo não perca calor. Além dos cuidados nutricionais e com as vestimentas, ele também sugere cuidados adicionais nos períodos mais intensos de estiagem, como a lavagem nasal com soro fisiológico para mantê-lo úmido e hidratado.

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Foto: Paulo Pinto
Em dias de baixa umidade, a recomendação é beber bastante água e comer frutas ricas em vitamina C

Metrô assina contrato de R$ 1,98 bilhão para a implantação de sistemas na ampliação da Linha 2-Verde

O Metrô de São Paulo assinou na terça-feira (23), contrato com a Agis Construção para o fornecimento e instalação de sistemas de alimentação elétrica, auxiliares e telecomunicações da ampliação da Linha 2-Verde, entre Vila Prudente e Penha. Com investimento do Governo do Estado da ordem de R$ 1,98 bilhão, a contratação marca um importante avanço para a operação comercial do novo trecho da linha, que está em obras. Parte do aporte financeiro para este investimento será proveniente do Banco Mundial (BIRD), que vai financiar cerca de U$ 160 milhões do montante previsto. O contrato vai prover serviços para o futuro trecho (Vila Prudente a Penha) e para o trecho  já em operação (Vila Madalena a Vila Prudente), de forma a unificar e padronizar os sistemas, garantindo a operação dos trens na extensão total da Linha quando inaugurada. Para o trecho em obras, a contratação compreen- Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br

de a instalação de sistemas de alimentação elétrica de baixa, média e alta tensão, responsável pela tração dos trens entre outras; sistemas auxiliares, responsáveis pela ventilação, funcionamento das escadas rolantes (179), elevadores (63) e portas de plataforma (33 fachadas), detecção e extinção de incêndio, além de iluminação  e sistemas de telecomunicação e fibra ótica, responsáveis pela

transmissão de dados, controle de acesso e arrecadação, monitoramento eletrônico e multimídia. Para o trecho em operação, terá a instalação de portas de plataforma em oito estações, a modernização do sistema de alimentação elétrica para tração dos trens, com a substituição de 11 quilômetros do terceiro trilho (barras para a captação de energia pelas composições) e novos sistemas de telecomunicação. Com investimento de R$ 13,4 bilhões do Governo de São Paulo, a ampliação da Linha 2-Verde ocorre entre a Vila Prudente e a Penha, para construir mais de 8,3 km de extensão e oito novas estações, cruzando a zona leste de São Paulo. Quando pronto, o novo trecho vai reduzir o tempo de deslocamento dos moradores da região leste e facilitar a chegada às demais regiões de São Paulo, além de redistribuir a demanda de passageiros nas demais linhas de metrô e trem, oferecendo maior conforto às pessoas.

Foto: LeoMSantos/Wikimedia
Investimento será para melhorias no trecho já existente e na ampliação

Aquecimento dos oceanos aumenta o nível do mar e gera consequências às populações litorâneas

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

O aquecimento dos oceanos é um fenômeno que vem afetando os ambientes marinhos e trazendo diversos riscos ao planeta, como o derretimento de calotas polares e alteração nas correntes marítimas. Outra questão é o aumento do nível do mar.

O professor Eduardo Siegle, vice-diretor do Instituto Oceanográfico (IO) da USP, comenta o fenômeno e os impactos que causam à estrutura e às populações de zonas costeiras. Conforme o especialista, as emissões de gases de efeito estufa, principalmente o dióxido de carbono (CO2), são as principais responsáveis pelo aquecimento oceânico. Ele conta que qualquer atividade que provoque a emissão desses gases, aumentam a concentração dos poluentes na atmosfera. “Esses gases retém calor na atmosfera e acabam elevando a temperatura nesse local. Além disso, a água tem alta capacidade térmica, o que significa que pode armazenar bastante temperatura. Existe alta troca de calor entre o oceano e a atmosfera, portanto ocorre uma grande absorção do calor pelos oceanos, resultando no aumento de suas temperaturas”, esclarece. Através da circulação oceânica ocorre uma redistribuição do calor no ambiente marinho, provocando mais aquecimento em alguns pontos do que em outros, além de locais onde podem ocorrer esfriamentos. Esse processo gera também maior derretimento das calotas polares, que, por sua vez, ocasionam uma maior entrada de água doce nos mares.

De acordo com Siegle, o aquecimento oceânico afeta também a biodiversidade marinha. Os corais, por exemplo, são muito sensíveis à temperatura e quando ocorre essa elevação térmica no mar é comum que fiquem com aparência esbranquiçada e, muitas vezes, morrem. “Os recifes de corais costeiros acabam protegendo essa costa, eles funcionam como barreiras naturais contra as ondas. Então, caso seja perdida essa complexidade estrutural, a capacidade de dissipar a energia das ondas é reduzida e ocorrem mais transporte de sedimentos e inundação costeira”, diz. Segundo Siegle, a medida mais urgente para tentar amenizar as consequências dessas alterações oceânicas baseia-se na interrupção imediata de emissão de todos os gases do efeito estufa na atmosfera. Ele alerta, contudo, que a resposta prática a essa suspensão ocorreria de maneira extremamente lenta, ao passo em que os efeitos no aquecimento dos oceanos e no aumento do nível do mar ainda poderiam ser sentidos por décadas ou até mesmo séculos. Por Julio Silva para o Jornal da USP.

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Foto: Freepik
Com o nível dos oceanos elevado, cidades costeiras podem ser inundadas, tornando-se inabitáveis

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