Colesterol desregulado é a causa de 30% das mortes por doenças cardiovasculares no Brasil
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Vida financeira está entre os principais motivos para a busca por um psicólogo Leia mais na página 7
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Metrô de São Paulo terá a estação mais profunda da América Latina
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O colesterol é uma gordura produzida pelo fígado e desempenha diversas funções no organismo humano. No Brasil, o colesterol elevado atinge 40% da população adulta e cerca de 20% de crianças e adolescentes. Os problemas causados pelo descontrole das taxas são variados, entre eles o risco de doenças cardiovasculares, das quais 30% das mortes por problemas cardíacos no país (400 mil óbitos ao ano) são atribuídas ao colesterol. “Nosso corpo precisa do colesterol para construir células, hormônios, vitaminas e ácidos biliares, que participam da digestão. Existe o colesterol LDL, conside -
rado o ruim, pois contribui para o acúmulo de placas de gordura nas artérias; o colesterol HDL, o bom, transporta parte do colesterol ruim para ser metabolizado no fígado”, explica a Dra. Daniele Zaninelli, endocrinologista. As taxas altas não apresentam muitos sintomas, mas podem levar a infarto do miocárdio ou acidente vascular cerebral. “A elevação dos níveis sanguíneos pode causar lesões de pele (xantomas) ou dores abdominais devido a triglicerídeos elevados.” Exames de rotina são essenciais. A FirstLab oferece produtos para análises clínicas. A empresa desenvolveu microtubos para coleta de pouco volume e lancetas de segurança para garantir a integridade das amostras. Após a coleta, os resultados devem ser analisados individualmente; muitas vezes, a mudança de hábitos é suficiente. Alimentação balanceada, manutenção de peso, evitar tabagismo e atividade física regular são métodos recomendados.
O cientista Antônio Nobre do INPE elaborou dez mandamentos para salvar o clima do planeta. Vimos em artigo anterior os mandamentos: (1) A absorção de carbono em ambientes úmidos, (2) A esponja de água, e (3) O resfriamento do ar. Eis os demais: (4) Elevação e transporte de calor. A transpiração das plantas captura o calor do ambiente na superfície, armazenando-o em vapor de ág ua que sobe carregado de calor latente. (5) Aquecimento que se transforma em resfriamento. O gás CO2 na atmosfera retém cerca de 20% do calor emitido pelo planeta, mas o vapor d’água pode reter até 80%. Isso acontece se o vapor permanecer estagnado no ar. No entanto, o vapor na atmosfera condensa-se e libera energia latente, colocando os ventos em movimento e emitindo calor radiante. (6) Dissipação do calor. O calor radiante liberado durante a condensação do vapor d’água nas camadas altas da atmosfera escapa mais facilmente para o espaço do que o calor emitido pela superfície, pois há menos gases de efeito estufa. O vapor d’água resfria o planeta. (7) Geração de chuvas e nuvens brancas refletem o sol. O vapor d’água em condensação forma nuvens que precipitam como chuva desde que haja temperatura baixa e partículas no ar que funcionem como sementes de condensação. As árvores liberam gases orgânicos que são
importantes fontes de sementes de condensação, fornecendo ingredientes para a formação das chuvas. Até 70% da radiação solar incidente é refletida de volta ao espaço pelas nuvens brancas que se formam sobre a floresta, sendo o maior fator de resfriamento da Terra por florestas. (8) Bomba biótica. A condensação do vapor d’água libera parte de sua energia latente, formando e impulsionando correntes de ar de baixa altitude que movem matéria e energia ao redor do globo. Esses movimentos são importantes no transporte de umidade dos oceanos para o interior dos continentes e no transporte de calor das latitudes tropicais para os polos. (9) Domadoras de tormentas. As copas de florestas densas e irregulares formam uma barreira de vento eficiente, dissipando a energia cinética e evitand o circulações energéticas destrutivas. (10) Clima amigável e seguro. A junção de todos os efeitos mencionados, além de outros serviços ecologicamente mediados pelas florestas, resultará em um clima benéfico e hospitaleiro.
MARIO EUGENIO SATURNO (http://fb.com/Mario.Eugenio.
Saturno ) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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Uma parcela do eleitorado do estado de São Paulo que antes percorria muitos quilômetros para votar, fez suas escolhas com mais comodidade no domingo (6). Moradores de comunidades quilombolas e caiçaras votaram em seções eleitorais instaladas próximas às suas residências pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). Um desses eleitores é Antonio Jorge, residente no quilombo Pedro Cubas, em Eldorado. A 148ª ZE — Eldorado organiza as eleições no local, onde desde 2022 foi instalada a seção 63. Antes, os moradores tinham que se deslocar cerca de dez quilômetros até o local de votação mais próximo. Agora, Antonio percorre apenas 200 metros para votar e, aos 79 anos, votou de manhã. “A urna ter chegado aqui foi um sucesso para a nossa comunidade. Enquanto eu tiver condições físicas, vou exercer meu direito de cidadania”, afirmou. Outro quilombo em Eldorado que se tornou local de votação é Ivaporunduva, que recebeu o eleitorado pela primeira vez este ano.
Essas comunidades foram atendidas pelo Programa de Inclusão Político-Eleitoral do TRE-SP, que facilita o acesso ao voto de pessoas que vivem em locais de difícil acesso, como quilombos, aldeias indígenas, comunidades caiçaras e assentamentos rurais. Outras comunidades atendidas pelo programa ficam na Ilhabela, litoral norte do estado, nas praias do Bonete e Castelhanos. As seções eleitorais foram instaladas nessas comunidades em 2022, e essa foi a primeira vez que os moradores puderam escolher vereadores e prefeitos sem se deslocar para o outro lado da ilha. “Antes, dependíamos das condições climáticas, e o mais seguro era ir para o local de votação antes do dia da eleição”, conta Patrícia Rubia, moradora de Bonete. Com o clima em constante mudança e deslocamento complexo, as urnas foram enviadas na sexta-feira (4). A de Bonete foi transportada por helicóptero e a de Castelhanos em veículo 4 x 4 da Polícia Ambiental. A transmissão dos votos foi feita via tecnologia JE-Connect, desenvolvida pela Justiça Eleitoral. Outro local desafiador em termos de logística é a seção eleitoral da Escola Rural do Bairro de Onça, na Serra da Bocaina, em Bananal. Lá votam 103
eleitoras e eleitores. Raquel Neves, chefe do cartório de Bananal, conta que o acesso é complicado e a urna é transportada em caixa especial. “Carro comum não sobe. A urna é transportada em carro 4 x 4 da Polícia Ambiental”, afirma Raquel.
Justiça eleitoral utilizou de todos os meios para levar as urnas até o local de votação Leia mais em: www.jornalveracidade.com.br
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Marcado pela cor rosa, outubro virou símbolo global de prevenção contra o câncer de mama, tumor com maior taxa de mortalidade entre as brasileiras. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mais de 73 mil mulheres devem ser diagnosticadas com a doença até o final do ano. “O Outubro Rosa nos permite incentivar a realização de exames de rotina e a atenção a qualquer mudança nas mamas. Muitas pessoas ainda têm medo ou falta de informação, e a campanha ajuda a quebrar esses tabus”, destaca Thiago Nóbrega, ginecologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul. A Sociedade Brasileira de Mastologia estima que, historicamente, a campanha tenha aumentado em até 30% o número de mamografias realizadas em outubro. Para orientar corretamente e desmistificar o tema, confira abaixo sete mitos e verdades sobre o câncer de mama e o exame. Silicone impede a realização da mamografia - MITO Ao contrário do que muitos pensam, silicone nos seios não atrapalha a avaliação realizada pelo mamógrafo, que também não perfura ou danifica a prótese. Basta avisar ao médico sobre a prótese.
Outubro rosa ajuda a desmitificar a doença, seus sintomas, exames e tratamentos
Traumas ou pancadas na região causam câncer de mama - MITO
Eventuais pancadas ou traumas na região das mamas podem fazer aparecer nódulos já existentes, mas não são responsáveis pelo surgimento deles. Entre os fatores de risco do câncer de mama estão idade, estilo de vida e hereditariedade. É importante conhecer o próprio corpo - VERDADE
Testes de toque nas mamas têm sua função. Caso a mulher encontre em seu busto e axilas alterações, elas devem ser analisadas por um mastologista, oncologista ou ginecologista. Período menstrual interfere na realização do exame - MITO De baixa radiação e sem preparos prévios, a ma -
mografia pode ser realizada sem medo. Não pode usar desodorante no dia da mamografia - VERDADE
A orientação é para suspender o uso de desodorantes, hidratantes e outros produtos cosméticos nas axilas apenas no dia do exame, a fim de não comprometer a acurácia do diagnóstico. “Produtos de higiene pessoal não geram câncer de mama. Sugerimos somente que as pacientes não os utilizem no dia da análise por causa da concentração de substâncias capazes de deturpar a localização e definição do nódulo”, alerta o profissional. Gestante ou lactante não pode fazer mamografia - VERDADE
Nestes cenários, é possível solicitar outras verificações menos invasivas à mãe e ao bebê. Prevenção está no dia a dia - VERDADE
A prevenção do câncer de mama está diretamente relacionada com a adoção de hábitos saudáveis. Manter uma alimentação equilibrada, praticar atividades físicas, evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar são medidas eficazes para prevenção dessa e outras doenças.
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O Guia Alimentar para a População Brasileira completa dez anos. Em comemoração, a pesquisadora Estela Sanseverino, da Cátedra Josué de Castro de Sistemas Alimentares Saudáveis e Sustentáveis da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, convida Carla Martins, professora adjunta do Instituto de Alimentação e Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da equipe técnica responsável pelo desenvolvimento do guia, para responder a novos questionamentos da população sobre as informações contidas no documento na série especial. De acordo com Carla, o Guia Alimentar para a População Brasileira enfatiza a necessidade de discutir hábitos alimentares saudáveis com as crianças desde cedo. Conforme o documento, o consumo de doces caseiros feitos com alimentos in natura ou minimamente processados — como frutas, milho, arroz, mandioca, leite e ovos — é comum na alimentação tradicional do País. No entanto, ela ressalta que o guia alerta para a necessidade de cuidado com a quantidade de açúcar, já que o excesso pode com-
prometer a qualidade nutricional das preparações e, por consequência, a saúde dos indivíduos. “O guia também alerta para a quantidade ingerida dos doces caseiros, apontando as frutas in natura como as melhores opções para o dia a dia. Quanto aos doces processados, o documento recomenda que seu consumo deve ser limitado e, quanto aos doces ultraprocessados, a recomendação do guia é evitar”, esclarece. O Guia Alimentar para a População Brasileira também destaca a importância de incluir alimentos in natura ou minimamente processados, preferencialmente de origem vegetal, como a base da alimentação, e para isso eles requerem preparo ou pré-preparo antes do consumo. Nesse contexto, a professora Carla explica que a culinária e o tempo necessário para o planejamento e preparo das refeições são apresentados como desafios que precisam ser superados para seguir as recomendações de uma alimentação saudável. Outro ponto importante que o guia propõe baseia-se em uma abordagem culinária desde o início da preparação, ao invés de simplesmente combinar ou aquecer produtos prontos, como os ultraprocessados. Para Carla, essa filosofia de preparo é fundamental para garantir uma alimentação que respeite as recomendações
O guia estimula o desenvolvimento das habilidades relacionadas ao preparo dos alimentos
de saúde e bem-estar preconizadas no documento e para incentivar o envolvimento ativo na cozinha, a fim de levar a população a fazer escolhas alimentares mais saudáveis. Por Julio Silva para o Jornal da USP.
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Cuidar das finanças é também cuidar da saúde mental. Em um mundo onde a pressão pelo sucesso financeiro é crescente, o impacto psicológico das questões financeiras na vida da população não pode ser ignorado. A psicóloga Ana Volpe, membro-filiada da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, tem notado o impacto da insegurança financeira na saúde mental e o aumento de relatos de transtornos psíquicos relacionados ao tema. “Hoje, as questões financeiras estão entre os principais motivos que levam as pessoas a buscar apoio psicológico no Brasil. A pressão para manter um padrão de vida ou atender às expectativas sociais pode levar ao estresse financeiro. O endividamento excessivo, por conta de empréstimos, cartões de crédito ou apostas em jogos online, aumenta as queixas de depressão e ansiedade”, diz a profissional. A psicanalista elenca os principais sintomas do estresse financeiro: insônia, culpa, raiva, desânimo, angústia, isolamento, queda na produtividade, distúrbios do sono, alterações de humor, mudança de apetite, ansiedade e depressão. As consequências do
estresse financeiro ficam claras na pesquisa Perfil e Comportamento do Endividamento Brasileiro, conduzida pela Serasa. O estudo mostrou que 83% dos endividados relataram insônia, 74% problemas de concentração, 62% impacto no relacionamento, 61% crises de ansiedade, 53% tristeza e 51% vergonha. “Insegurança financeira é uma forma de vulnerabilidade que pode corroer a autoconfiança. A relação entre saúde mental e vida financeira é evidente e merece mais atenção. Cultivar o autocuidado financeiro é cultivar a
mente”, analisa Ana Volpe. Quando as contas se acumulam, sentimentos de desesperança podem surgir, criando um ciclo vicioso que leva ao estresse crônico, fator determinante para transtornos como ansiedade e depressão. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país com maior prevalência de depressão na América Latina. A depressão é a principal causa de incapacidade em todo o mundo, afetando mais de 300 milhões de pessoas. Questões como o vício em apostas online também têm gerado impacto financeiro e mental. Uma pesquisa recente mostrou que 63% dos entrevistados tiveram parte da renda comprometida, afetando compras essenciais. O estresse financeiro é evidenciado pelo Índice de Saúde Financeira do Brasileiro, que revela que 56,1% dos respondentes veem as finanças como motivo de estresse na família. “Buscar ajuda especializada é fundamental. Encontrar soluções financeiras não é apenas questão de sobrevivência, mas de bem-estar mental e emocional”, finaliza Ana.
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Com 65,71 metros de profundidade — equivalente a um prédio de mais de 20 andares — a estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado da Linha 6-Laranja de metrô de São Paulo será a mais profunda da América Latina, superando a Santa Cruz, da Linha 5-Lilás, com 41,5 metros. Atualmente, a obra está com mais de 48% executada. O empreendimento é uma parceria público-privada (PPP) entre o Governo de São Paulo e a Concessionária Linha Uni. Com 15,3 quilômetros de extensão, as 15 estações da nova linha irão ligar a Brasilândia, na zona Norte, à Estação São Joaquim, no centro. Sete estações têm profundidade igual ou superior a 45 metros. O professor da Escola Politécnica da USP, Pedro Wellington Teixeira, fala sobre os desafios em escavações e obras subterrâneas. “A interpretação dos dados do subsolo é complexa, sendo necessário acompanhamento contínuo da obra para confirmar as hipóteses de projeto. O controle da água presente no subsolo é outro aspecto desafiador. É necessário manter o ambiente seco e evitar que o fluxo da água crie
condições de instabilidade”, explica o especialista. No caso da Linha 6, duas condicionantes determinaram as maiores profundidades, conforme explica Jelson Sayeg, coordenador da Comissão de Monitoramento de Concessões da Secretaria de Parcerias em Investimentos (SPI). “Para a implantação de uma linha de metrô, é preciso considerar o ponto mais baixo do traçado. Na Linha 6, duas questões foram impositivas: passar por baixo do Rio Tietê e do túnel da Linha 4. A maior parte das estações ficará em grandes profundidades, chegando à estação Itaberaba, com 65,71m, a mais profunda da América Latina.”
A construção da Linha 6-Laranja é praticamente toda subterrânea, com exceção do Pátio de Manutenção Morro Grande. Na obra são utilizados três métodos de escavação: tuneladoras (TBM), o novo método Austríaco de túnel mineiro (NATM) e a vala a céu aberto (VAC). “Na Linha-6, praticamente 13 km foram escavados com o ‘tatuzão’. A escolha do método depende de variáveis como custo e agilidade. Todos os métodos são monitorados constantemente, garantindo segurança às obras de grande profundidade”, reforça o coordenador da CMCP. A estação de metrô mais profunda do mundo é a Arsenalna, em Kiev, a 105,5m de profundidade. Considerada
Foto: Divulgação/Linha Uni
Vista aérea da Estação Itaberaba-Hospital Vila Penteado
uma das maiores obras de infraestrutura da América Latina, a Linha 6-Laranja é construída pelo grupo espanhol Acciona e será operada pela Linha Uni por 19 anos. A entrega do primeiro trecho, da estação Brasilândia até Perdizes, está prevista para o segundo semestre de 2026.
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O presidente Lula assinou a Lei Combustível do Futuro, que incentiva a produção e uso de combustíveis sustentáveis. Ela cria programas nacionais de diesel verde, de combustível sustentável para aviação e de biometano, além de aumentar a mistura de etanol e de biodiesel à gasolina e ao diesel, respectivamente. De acordo com o texto, a margem de mistura de etanol à gasolina passará a ser de 22% a 27%, podendo chegar a 35%. Atualmente, a mistura pode chegar a 27,5%, sendo, no mínimo, 18% de etanol. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou os investimentos que serão feitos na produção de etanol a partir da nova lei. “Vamos aumentar a mistura do etanol na gasolina. Estamos fortalecendo a cadeia do etanol criada há 40 anos, impulsionada nos anos 2000 com os veículos flex. Poderemos saltar do E27 até 35% de etanol na mistura. Isso vai expandir a produção nacional, que hoje é de 35 bilhões de litros, para 50 bilhões de litros por ano. São mais de R$ 40 bilhões em novos investimentos e R$ 25 bilhões para formação de canaviais, de mais milharais e transportes. É a segunda geração do etanol”.
Ainda segundo o ministro, a Lei Combustível do Futuro vai gerar mais de R$ 260 bilhões de investimentos no agro e na cadeia dos biocombustíveis. A lei institui três programas para incentivar a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso de biocombustíveis, com o objetivo de promover a descarbonização da matriz de transportes e de mobilidade. O primeiro deles é o Programa Nacional de Combustível Sustentável de Aviação (ProBioQAV). Esse programa estabelece que a partir
de 2027, os operadores aéreos serão obrigados a reduzir as emissões de gases do efeito estufa nos voos domésticos por meio do uso do combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês). As metas começam com 1% de redução e crescem gradativamente até atingir 10% em 2037. Já o Programa Nacional de Diesel Verde (PNDV) prevê que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleça, a cada ano, a quantidade mínima, em volume, de diesel verde a ser adicionado ao diesel de origem fóssil. Por fim, o Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural e de Incentivo ao Biometano tem como objetivo estimular a pesquisa, a produção, a comercialização e o uso do biometano e do biogás na matriz energética brasileira. O CNPE definirá metas anuais para redução da emissão de gases do efeito estufa pelo setor de gás natural por meio do uso do biometano. A meta entrará em vigor em janeiro de 2026, com valor inicial de 1% e não poderá ultrapassar 10%. Com informações de Agência Brasil.
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