JORNAL UNICIDADE - ANO 2 - EDIÇÃO 82 - São Paulo, 27 de julho a 02 de agosto de 2024

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Chuvas abaixo da média na região Sudeste podem afetar saúde respiratória da população

Invisibilidade marca as vidas de mulheres com deficiência em situação de violência doméstica e familiar

Contratações 50+: veja como se preparar para a recolocação profissional

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

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Invisibilidade marca as vidas de mulheres com deficiência em situação de violência doméstica e familiar

No ano de 2015, Thaís Becker, então graduanda em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tornou-se pessoa com deficiência após um acidente de carro. Ao retornar ao curso e ao estágio, foi a uma audiência. Foi nesse momento que percebeu que estar em uma cadeira de rodas interferia na interpretação das pessoas sobre sua situação. No mestrado na USP, Thaís investigou a situação com o trabalho “Às vezes, eu acreditava que eu não tinha valor”: percepções de mulheres com deficiência e da Rede de Enfrentamento sobre a violência doméstica e familiar contra mulheres com deficiência. À medida que seus estudos evoluíam, ela foi se deparando com rela-

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tos que mostravam as mais variadas formas de violência. Entre as violências doméstica, a mais relatada em sua pesquisa foi a psicológica. Com relação às redes de enfrentamento e apoio às mulheres em situação de violência, Thais analisou o Sistema Único de Saúde (SUS), o Sistema Único de Assistência Social (Suas), o Sistema de Justiça e a segurança pública. As portas de acesso às buscas por ajuda de boa parte das mulheres com deficiência e vítimas de violência, são as delegacias e os serviços de saúde. “Contudo, nem todos estão devidamente preparados para tais atendimentos”, destaca a pesquisadora. De acordo com Thaís, seu estudo aponta para possíveis providências que poderão aperfeiçoar os serviços da rede de enfrentamento. Ela defende a implementação de uma política pública de cuidado, a garantia de melhores condições de trabalho para as profissionais da rede e um olhar atento às barreiras que estão nos serviços. Por Antonio Carlos Quinto para o Jornal da USP.

Ler para bem viver e envelhecer

A busca por uma vida de alta performance e envelhecimento sadio e autônomo requer um conjunto de práticas que envolvem alimentação saudável, um estilo de vida ativo e generoso, uma atitude agradecida e uma rotina de exercícios físicos. Contudo, um elemento frequentemente subestimado nesse conjunto é a leitura regular. Ler diariamente, mesmo que por apenas cinco minutos, desempenha um papel crucial na manutenção da saúde cerebral, estimulando sinapses e fomentando a criatividade e novas ideias. A leitura constante fortalece as redes neurais do cérebro, mantendo-o ativo e em bom estado de saúde. Um cérebro saudável é fundamental para que o corpo responda adequadamente aos estímulos físicos e alimentares. Esse princípio está alinhado com a antiga máxima “mente sã, corpo são”. A prática da leitura vai além da absorção de informações; trata-se de um exercício mental que promove a plasticidade cerebral, essencial para a criatividade e a inovação. Não importa exatamente o que se lê, desde que o conteúdo não se limite a informações fragmentárias e esparsas típicas das redes so -

ciais. Livros, artigos e outros materiais contínuos são necessários para o estímulo adequado das redes neurais. A leitura contínua cria um ambiente propício para o florescimento da criatividade e da saúde mental, facilitando a conexão entre novas ideias e a realidade observada. A interação entre um cérebro ativo e saudável e um corpo bem cuidado resulta em uma sinergia poderosa. A alimentação balanceada e os exercícios físicos são potencializados por uma mente ativa, criando um ciclo virtuoso de bem-estar. Aqueles que aspiram a uma performance eficiente e a um envelhecimento saudável devem, portanto, incluir a leitura em sua rotina diária. Apenas cinco minutos de leitura diária podem fazer uma diferença significativa, promovendo um envelhecimento mais saudável e autônomo, além de uma mente mais criativa e receptiva a novas ideias.

ANDRÉ NAVES

é Defensor Público Federal, especialista em Direitos Humanos, Inclusão Social e Economia Política. Escritor, professor, ganhador do Prêmio Best Seller pelo livro “Caminho - a Beleza é Enxergar”, da Editora UICLAP (@andrenaves.def).

André Naves
Foto: Acervo CDHM/USP Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br
Thaís Becker (no centro) profere palestra na USP

CIDADANIA SAUDÁVEL

Vacina do HPV é a principal aliada no combate ao câncer de colo do útero

O mês de julho é marcado pela importância da conscientização contra o câncer do colo do útero, doença que ocorre em quase 99% dos casos por causa do Papilomavírus Humano (HPV). A infecção sexualmente transmissível é a mais comum em todo o mun-

do, atingindo de forma massiva as mulheres. Diversos especialistas acreditam que na pandemia as medidas restritivas impostas para evitar o aumento do contágio pela covid-19, assim como o fechamento das escolas, pode ter impactado em uma menor procura pela vacina contra o HPV, uma vez que muitas das campanhas são realizadas em escolas. A vacina é oferecida nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) de todo o Brasil para crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, 75% das brasileiras sexualmente ativas entrarão em contato com o HPV ao longo da vida, sendo que o ápice da transmissão do vírus se dá na faixa dos 25 anos. Após o contágio, ao menos 5% delas irão desenvolver câncer de colo do útero em um prazo de dois a dez anos. “Geralmente, a infecção genital por HPV é bastante frequente e, na maioria dos casos, é assintomática e autolimitada, ou seja, até os 30 anos de idade grande parte das mulheres tem a infecção resolvida. Mas, quando ocorre a persistência do vírus nas células do colo do útero, elas podem avançar para o desenvolvimento de câncer”, comenta Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas São Paulo. Diante dessa realidade, é importante reforçar que a fer-

ramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV. Além da vacinação, é importante realizar os exames de rotina ginecológica, como o Papanicolau (anualmente e depois a cada três anos), dos 25 aos 64 anos de idade. Vale lembrar ainda que os exames devem ser feitos mesmo se a mulher for vacinada contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença. A doença em estágios iniciais é assintomática, mas a dor na relação sexual ou sangramento vaginal pode estar presente. No entanto, se a doença estiver mais avançada, pode ser que a paciente tenha anemia - devido a perda de sangue - dores nas pernas e costas, problemas urinários ou intestinais e perda de peso não justificada. A oncologista explica que para o tratamento, podem ser realizadas cirurgias, radioterapia e/ou quimioterapia. “Na cirurgia, ocorre a retirada do tumor, ou ainda do útero quando necessário. Quando a doença apresenta estágios mais avançados, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia”, comenta Marcela.

PRECISANDO DE INSTALAÇÃO OU

Foto: Freepik
A vacina contra HPV é a forma primaria de prevenção, no entanto, é preciso manter os exames e consultas em dia
Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Contratações 50+: veja como se preparar para a recolocação profissional

A pluralidade nos processos de contratação tem sido um tema recorrente em fóruns empresariais, com destaque à diversidade etária que alcançou uma ampliação significativa ao longo dos últimos anos no Brasil. Em pouco mais de uma década, o país testemunhou um crescimento superior a 110% no número de trabalhadores com mais de 50 anos inseridos no mercado de trabalho, saltando de 4 milhões para 9 milhões, de acordo com números do Ministério do Trabalho. O mercado está mostrando uma maior abertura para a contratação de pessoas 50+, valorizando a senioridade e a experiência profissional, observa Renata Fonseca, psicóloga, especialista em Pessoas e Cultura e sócia da Refuturiza. “Essas contratações são impulsionadas por uma agenda de Diversidade e Inclusão que está ganhando muita força”, afirma. Apesar da abertura do mercado, Renata destaca

que ainda existe um preconceito de que pessoas 50+ são desatualizadas, principalmente em termos de novas tecnologias. “É fundamental que esses profissionais mostrem, através de exemplos práticos, que estão atualizados e têm muito a contribuir”, explica. A profissional lembra que profissionais 50+ trazem talentos e habilidades únicas que só a experiência é capaz de desenvolver.

Para aqueles que estão se preparando para voltar ao mercado de trabalho, Renata aconselha: Atualização tecnológica. “O mais importante é se manter atualizado com as novas tecnologias e tendências de mercado.”

Networking. “Use e abuse da sua rede de contatos para buscar novas oportunidades.”

Abertura para aprender. “Esteja aberto a rever seus conceitos e a aprender coisas novas.”

Para se sair bem em entrevistas, especialmente para aqueles que estão fora do mercado há algum tempo, Renata recomenda: Atualização do LinkedIn.

Retrospectiva da carreira. “Durante a entrevista, faça uma retrospectiva de sua carreira e apresente resultados concretos que você conquistou.”

Prova de Atualização. “Dê exemplos de como você se mantém atualizado, citando fóruns, grupos de discussão e eventos especializados que você participa.”

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Revestimentos comestíveis prolongam vida útil de frutas e hortaliças da colheita até o consumo

A cera de carnaúba é amplamente utilizada para a proteção de cítricos como limão, laranjas e mangas, aumentando o brilho e mantendo a fruta hidratada

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

A estrada entre o campo e a mesa do consumidor é longa. Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), cerca de 40 mil toneladas de alimentos são desperdiçadas todos os dias em trajetos no Brasil. Em torno de 80% desses alimentos são perecíveis e se perdem mais facilmente nas estradas e armazéns. Entre eles estão frutas, legumes e hortaliças. Para mitigar essas perdas, pesquisadores vêm

desenvolvendo tecnologias e soluções para prolongar a vida dos produtos agrícolas. Entre eles, se destacam os revestimentos comestíveis. “Frutas e hortaliças são alimentos que têm seus processos fisiológicos ativos após a colheita. São organismos ainda vivos. Eles ainda respiram, transpiram, perdem umidade para o ambiente. Ocorre uma série de processos biológicos ali que reduzem a vida útil do alimento”, explica a pesquisadora Jaqueline de Oliveira, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Os revestimentos comestíveis são uma alterna-

tiva sustentável de proteção que atuam tanto na proteção contra choques mecânicos no alimento quanto na redução da atividade biológica dos perecíveis. “Esses revestimentos são bases feitas de polímeros a partir de ingredientes naturais não tóxicos. Quando a gente fala em algo para revestir uma fruta, por exemplo, a gente tem que pensar que o produto vai ser consumido como parte do alimento, então ele não pode alterar o cheiro, cor ou sabor do alimento”, explica Jaqueline. O processo de criação dos recobrimentos é minucioso. A partir dos estudos, se identifica qual composto é eficaz para cada fruta. Os pesquisadores realizam um estudo aprofundado para cada caso com a formulação do composto e uma série de testes. A pesquisadora explica que a aplicação em escala comercial dos projetos é complexa. “Confesso que é muito desafiador trabalhar com esse tipo de projeto. No meu trabalho com morangos nós estamos trabalhando em como escalonar a produção e aplicação em condições industriais e temos expectativas de começar a adotar essa escala comercial. Mas a aplicação do material na prática é um desafio”, finaliza. Por Regis Ramos para o Jornal da USP.

Foto: Freepik
Diversidade e inclusão chega as metas de contratação das empresas
Foto: Marcos Santos/USP Imagens

Cohab entrega escritura definitiva para 200 famílias no Jardim Lallo

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

Na última terça-feira (23), o Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab-SP), João Cury, e o ex-deputado federal Antonio Goulart, junto com outras autoridades, estiveram no Conjunto IV Centenário, no Jardim Lallo, para entregar as escrituras de 200 casas. João Cury relembrou que este foi seu primeiro compromisso ao chegar à presidência da companhia:

“Em março de 2023, juntamente com o prefeito Ricardo Nunes, assumimos um compromisso com a comunidade. Agora, retornamos para cumprir a promessa e entregar as escrituras para essas famílias, garantindo assim segurança jurídica e reconhecimento legal da propriedade. O programa Escritura COHAB registra em cartório e assegura a escritura gratuitamente para os moradores que já quitaram todas as parcelas de seu imóvel”, explicou Cury. Antonio Goulart, ex-deputado e pai do vereador Rodrigo Goulart (PSD), representou seu filho no evento. João Cury reconheceu a participação do vereador desde o início do pleito, auxiliando na coleta de documentos, conversando e tirando dúvidas das famílias sobre o processo de regularização contratual das 200 casas. A escritura definitiva valoriza um imóvel em até 30%, além de garantir liberdade de uso, permitindo ao proprietário vendê-lo ou deixá-lo como herança. Durante o evento, foram entregues 46 escrituras registradas aos moradores do conjunto. Uma equipe da Cohab permanecerá na região para revisar a documentação dos demais e concluir a entrega das 154 escrituras restantes.

Sobre o Conjunto O Conjunto IV Centenário, localizado no distrito do Grajaú, Zona Sul, foi concluído no início da década de 1990 pelo extinto Fundo de Atendimento à População Moradora em Habitação Subnormal (FUNAPS). É composto por 200 casas construídas por meio de mutirão e 266 apartamentos, já sob responsabilidade da Cohab.

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Fotos: Divulgação
João Cury, Presidente da Companhia Metropolitana de Habitação (Cohab-SP), e o ex-deputado federal Antonio Goulart na entrega das escrituras
O vereador Rodrigo Goulart em conversa com a comunidade para falar da importância das escrituras

Chuvas abaixo da média na região Sudeste podem afetar saúde respiratória da população

Apesar das temperaturas amenas e das chuvas registradas em junho na região Sudeste do Brasil, a previsão para os próximos meses indica que vai chover abaixo da média, segundo boletim do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com especialistas, essa condição típica do inverno pode afetar diretamente a saúde respiratória da população. O professor da Escola de Saúde do Centro Universitário Facens, Bruno Moneta, explica que as variações do clima típicas do período já podem ser observadas. “A região Sudeste vem enfrentando estiagem, baixa umidade do ar e alta amplitude térmica, com noites e manhãs frias e dias quentes. Por esses motivos, as pessoas podem apresentar dificuldades respiratórias como secura e irritação nasal, reações alérgicas devido à poluição, aumento na produção e retenção de muco nas vias respiratórias, o que pode levar a infecções”. Isso ocorre, segundo o professor, devido ao ar seco, que desidrata as mucosas do nariz, garganta e faringe.

A ocorrência de reações alérgicas também são comuns, de acordo com especialista, “o que pode acarretar no surgimento de rinite, sinusite, crises asmáticas e agudização de doenças respiratórias crônicas, principalmente em idosos”. Além disso, o professor ressalta que as temperaturas mais baixas favorecem a disseminação de microorganismos, cenário que amplia a transmissibilidade de doenças virais respiratórias como gripe comum, H1N1 e

COVID. Ainda de acordo com ele, “podem haver complicações de doenças virais, como sinusite e pneumonias”. Com o inverno já batendo à porta, o cuidado deve ser imediato. Moneta orienta que “neste período é de extrema importância a ingestão adequada de líquidos para manter a umidade nas vias aéreas”. Além disso, o profissional reforça a importância da alimentação balanceada e saudável e a prática de atividades físicas para manter a imunidade estável. “Devemos abusar de frutas cítricas ricas em vitamina C, alimentos ricos em glutamina como carnes, peixes, ovos, laticínios, grão de bico, soja, lentilha e feijão e alimentos ricos em ômega 3 e vitamina D”, enfatiza. O especialista reforça a importância de evitar a exposição prolongada a temperaturas baixas, ao sereno e à poluição, por isso, recomenda o uso de roupas adequadas para que o corpo não perca calor. Além dos cuidados nutricionais e com as vestimentas, ele também sugere cuidados adicionais nos períodos mais intensos de estiagem, como a lavagem nasal com soro fisiológico para mantê-lo úmido e hidratado.

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Foto: Paulo Pinto
Em dias de baixa umidade, a recomendação é beber bastante água e comer frutas ricas em vitamina C

Estudo vê chance de recuperação de meio milhão de hectares de caatinga

Um levantamento feito pela fundação holandesa IDH, com apoio do instituto de pesquisa WRI Brasil, mostra que há, pelo menos, meio milhão de hectares de caatinga com potencial de restauração. Segundo o estudo, divulgado na terça-feira (23), as áreas ficam no Cariri Ocidental, na Paraíba; no Sertão do Pajeú, em Pernambuco; e no Sertão do Apodi, no Rio Grande do Norte. A pesquisa destaca que a vegetação nativa restaurada  poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis, proporcionando renda e empregos para as populações locais. Entre outros benefícios, a restauração da mata local traria regulação hídrica, estabilização do solo e controle da erosão. “A conservação e a restauração da paisagem na caatinga são cruciais para a resiliência climática, a segurança hídrica e a sobrevivência de suas comunidades”, diz a

coordenadora de projetos do WRI Brasil e uma das autoras do trabalho, Luciana Alves. Os arranjos de restauração mais indicados para os territórios analisados são o Sistema AgroFlorestal (SAF) forrageiro, tendo a palma forrageira (Opuntia fícus-indica) como espécie principal; o SAF Melífero, focado em espécies para apicultura e meliponicultura; o SAF Frutífero, combinando árvores com espécies frutíferas, forrageiras e agrícolas; a

Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) de caprinocultura com produção de forragem e árvores; a Regeneração Natural Assistida (RNA); a Restauração Ativa, com plantio de mudas e sementes; e a Restauração Hidroambiental, baseada em intervenções para reverter a degradação e restaurar solo e vegetação, indica a  pesquisa. “Pela forte intersecção com a agenda climática, a restauração da caatinga poderá se beneficiar significativamente de recursos internacionais e privados destinados ao fortalecimento dessa agenda”, destaca Luciana. Dos seis biomas que ocupam o território nacional, a caatinga é o único exclusivamente brasileiro. Ocupando aproximadamente 850 mil quilômetros quadrados, é a região do semiárido mais densamente povoada do mundo porque aproximadamente 27 milhões de pessoas vivem nela. Com informações de Agência Brasil.

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Foto: Gabriel Carvalho/Setur-BA
A vegetação nativa restaurada poderá oferecer oportunidades econômicas sustentáveis

Governo de SP aplica mais de R$ 1 milhão de multas contra soltura de balão em 2024

Por Redação / redacao@jornalveracidade.com.br

O Governo de São Paulo registrou entre janeiro e junho deste ano 44 Autos de Infração Ambiental por prática baloeira no estado. As multas aplicadas por “fabricar, vender, trans -

portar ou soltar balões” no período ultrapassam R$ 1 milhão. Os dados são da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil). Na segunda-feira (22), a queda de um balão na região do bairro Aricanduva, na zona leste de São Paulo, causou falta de energia elétrica em casas do entorno após o artefato atingir a fiação. Uma motocicleta chegou a ficar presa nos fios, mas não houve registro de feridos. Já na sexta-feira (19), 12 fábricas clandestinas de balões foram fechadas pelas equipes da PM Ambiental durante a Operação Guardião das Florestas. Em todo o ano, a Polícia Militar Ambiental apreendeu 35 balões no estado. Os registros de incêndios causados por queda de balão triplicaram no Estado de São Paulo em 2024. Entre janeiro e julho, o Corpo de Bombeiros atendeu a 15 ocorrências do tipo, enquanto no mesmo período do ano passado foram cinco casos. Com isso, somente nos seis primeiros meses deste ano, o número de incêndios ocasionados por balão praticamente igualou o de todo o ano de 2023, quan-

do 16 ocorrências foram registradas pela corporação. Os balões são produzidos com um material inflamável e, por isso, quando caem podem causar incêndios de grandes proporções em florestas, casas e edificações. Desde 1998, a prática é considerada crime, prevista na Lei nº 9.605, com pena de 1 a 3 anos de prisão, ou multa de, no mínimo, R$ 10 mil. O delegado João Blasi, da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Meio Ambiente, conta que a Polícia Civil já realizou diversas operações contra esse tipo de prática, que aumentam nos meses de junho e julho, por causa das comemorações juninas. “Quem solta não tem ideia das consequências que isso pode gerar”, ressaltou, ao lembrar dos riscos que ainda causa à aviação. “Imagina o piloto estar decolando e, do nada, se deparar com um artefato desses. Vira um momento de tensão”.

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Foto: Divulgação/Governo do Estado
Queda de balão na região do bairro Aricanduva, na zona leste de São Paulo, causou falta de energia elétrica

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