Da alma as palavras

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Da alma as palavras Gilson Silva de Lima


Da alma as palavras Gilson Silva de Lima

Edição do Autor - 2017 Itupiranga, PA

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Da alma as palavras 1ª Edição - Novembro 2017

Edição do Autor Editoração: Gilson Silva de Lima Projeto Gráfico e Capa: O editor

DA ALMA AS PALAVRAS Edição do Autor - Itupiranga, PA, 2017. 24 p. ; 14 x 21 cm 1. Literatura Brasileira. 2. Poesia I. Título

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização prévia, por escrito, do autor. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais

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Sobre o autor

Gilson Silva de Lima, escritor e professor. Integrante de diversas Antologias Poéticas e de Contos. Autor de outras obras: Amor e Versos (2007), Discurso de um sonho (2011), Ondas Emotivas: Supremo Paraíso (2012), Sentimentos Revelados (2015), Lágrimas de Letras (2015) e Rei dos reis, Senhor dos senhores (2016).

Agradecimento e Dedicação!

Agradeço a Deus pelos cuidados e prova de fidelidade. Dedico aos meus pais e demais familiares que me apoiaram.

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Sumário

Mentes primitivas.................................................................................................6 Árvore humana.....................................................................................................7 Mundo moderno...................................................................................................8 O mundo é cruel...................................................................................................9 Segredos..............................................................................................................10 Relações afetivas sociais......................................................................................11 Otimismo............................................................................................................12 Visões diferentes.................................................................................................13 Coração fracionário............................................................................................14 Alma sonhadora..................................................................................................15 Há dias................................................................................................................16 Um poema...........................................................................................................17 Mundo doente.....................................................................................................18 A canção que sei tocar.........................................................................................19 Geração moderna no Brasil...............................................................................20 O aprendizado.....................................................................................................21 Não mais falhar..................................................................................................22 Não importa........................................................................................................23 Perdeu a magia...................................................................................................24 O Natal no século XXI........................................................................................25

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Gilson Silva de Lima

Mentes primitivas

Da época do primitivismo Até o século XXI, muitos anos passaram. Mas, o mundo não evoluiu, Não falo da evolução tecnológica, De mentes que não se abriram, De guerras que não tem lógica, De vidas que se vão, pela pátria o amor, Pelo pai, a mãe, a mulher e o filho a solidão! A família “completa” o resto da vida de dor. Onde está a Educação que não gera compreensão? O homem deveria compreender que a violência não. A paz a perfeita veia que deve tecer todo coração!

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Árvore humana

Discordo do ditado que “Só colhemos aquilo que plantamos”. Concordo que colhemos mais o Fruto da decepção do que o do amor. Por mais que regamos a árvore Damos carinho, a sombra necessária, Os raios do sol, de tudo e mais um pouco, Não há certeza de colher a gratidão Ela quase sempre joga em nossa Cabeça uma pesada galha de ingratidão! A maioria das vezes, nem sequer, Lembra-se de deixar uma folha como agradecimento! E quando suas raízes engrossam, não há nada a fazer, Só orar e cantar uma triste canção Com esperança que um dia ela mande uma fruta doce!

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Mundo moderno

O despertador adormeceu E o galo me despertou!

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O Mundo é cruel.

As coisas nunca são Como a gente quer. O mundo anda com O amor sob o pé. As pessoas nunca são Como a gente pensa. As mesmas têm várias Costumes e indiferenças... Não adianta fritar Ovo em frigideira de papel. As pessoas são diferentes E o mundo é cruel!

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Segredos...

Dia apรณs dia: Uma pulga Atrรกs da orelha.

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Relaçþes afetivas sociais

As cores quentes Prevalecem sobre as frias.

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Otimismo

Muitas pessoas surgirão E lhe dirão: “Suas ideias não prosperarão”. Não deixa tais palavras te derrubar não. Levante a cabeça e siga firme a sua direção Porque chegará o dia em que elas reconhecerão, Que você tem razão Que os sonhos se realizam quando corremos atrás deles, Por mais difícil que seja nossa situação. Esforço, perseverança, esperança e muita ação, São as armas para vencer qualquer obstrução. Acredite nisso, esqueça todas as mensagens negativas, Lute de todo coração Pois, todos os humanos que duvidaram ou duvidarem, Serão os primeiros que o aplaudirão!

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Visões diferentes

Alguns consideram um amontoado de palavras Outros um monte de bobagens sem expressão Mas quem escreve um pedaço do coração! Assim, é cada linha escrita, Popularmente conhecida como verso Que leva o emblema do sentimento Do eu lírico espalhado por todo o universo! E ao formar o conteúdo todo Ou seja, o poema ou a poesia, Limpa a alma como chuva sobre planta empoeirada Transmitindo ao poeta a sensação de dever cumprido, de alegria! Alguns consideram um amontoado de palavras Outros um monte de bobagens sem expressão Mas quem escreve um pedaço do coração!

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Coração fracionário

Quando nasci um bebê inocente Meu coração era inteiramente. Agora, nesse exato momento, O mesmo não passa de fragmento. Ele é um meio de amor, Dois inteiros e três terços de saudade, Três quartos de dor, cinco sextos de tristeza, Seis sétimos de alegria, Sete oitavos da louca melodia da razão, Oito nonos de lembrança, Nove décimos de esperança Abraçada com a renovada forte perseverança.

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Alma sonhadora

No fundo da minh’ alma Há estrelas que brilham Flores que formam um jardim, Exalam o perfume das pétalas, Mas não se separam dos espinhos, Nem sequer esconde suas folhas. Apesar disso, ela canta poesia, Com voz exuberantemente terna e doce! Solta grito de liberdade e esperança, Desnuda-se feito criança a sonhar Espera pelas madrugadas orvalhadas Pela luz de primeiro raio de Sol Pelos sonhos distantes e tão pertos, Cachoeiras e riachos dentro de mim.

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Há dias...

Em que acordamos sem motivação Completamente sem vontade de viver Com um tédio tão grande e sem inspiração Que o desejo é de morrer! Nada certo parece dá ou ser Tudo que a gente quer é debaixo dos lençóis ficar, Mas uma voz em nossos ouvidos diz que vamos vencer Se acreditarmos e a jornada continuar. A esperança poderá forte retornar Numa frase lida escrita num livro de poesia Numa música bela a nos tocar Numa palavra amiga que nos trará a alegria! Sempre na vida do humano haverá esses dias Porém, o outro lado da moeda também existirá, Para carregar nossas dores, nossas melancolias, E o nosso precioso psicológico inovar!

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Um poema...

Queria escrever um poema que te fizesse ver Como as coisas não são como você quer Que o meu sentimento não é difícil de entender! Nem o amanhã a certeza de existir Pensa bem antes de praticar o agir. O mundo não “perdoa” de bom grato Aquele que não obedece à lei Nem sempre existe volta para casa O desobediente leva sem pena rei! Pensa bem antes de praticar o agir Que o meu sentimento não é difícil de entender Nem o amanhã a certeza de existir! Queria escrever um poema que te fizesse ver Que as coisas não são como você quer Nem o meu sentimento é difícil de entender!

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Mundo doente Há dentro de mim, Queimando, Uma sensação Que o planeta está morrendo! Meu coração Também vendo O homem ganancioso Sufocando e o amor desaparecendo. Aqui a esperança De um novo mundo majestoso Só se eu fosse criança Para acreditar em algo assim enganoso De promessa Desde a primeira geração Até chegar o nosso tempo, nessa Tal de eleição! E ainda assim vejo a divisão A desigualdade Com grande distinção O mundo está falecendo cheio de maldade!

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A canção que sei tocar...

Não carrego violão Nunca aprendi a cantar A única canção Que sei tocar Como forma de expressão Sem encantar Que sai do coração Para representar Aquilo que acredito que não é em vão O magnifico amar! Que emoção! Ao imaginar: Que sei, poema escrever, Embora sem perfeição Mas com amor para dizer: Que emoção!

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Geração moderna no Brasil

Eu observei um ancião Na Praça do Cidadão Ensinando para os meninos educação. Todos incenderam em algazarras. Nenhum aprendeu a respeitar. Evaporou o respeito? Considerara-o: - Um palhaço! - O vento! - Um petiz! Aquele homem era um ancião!

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O aprendizado... Construir um barco E navegar por lugar jamais habitado Dançar sob o som do coral natureza Apreciando sua beleza Sutileza e o máximo possível à linda delicadeza! Sem se preocupar com horário, profissão, carro ou mansão Só vivendo o saudável ato de amar! Se acariciar, amassar, um por cima do outro rolar! Existindo só a gente nesse mundo. Sem inveja, ganância, ambição Ou o cruel engano profundo. Sem nenhuma fadiga, sem perturbação! Toparia o desafio então? E a ela o ingênuo disse não! Trocou o que poderia ser um magno amor! Por uma vida de sonho, estudo, formação E amizade com curtição! E o que lhe restou no fim das contas então? Só a dor da solidão! O desprezo da amizade. Conhecimento prático da falsidade. Admissão de que ela tinha razão. Um espinho maltratando o coração! A estranha indignação de ter sido manipulado. E por fim, uma coisa boa: o aprendizado.

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Não mais falhar...

De vez em quando Aqui e acolá uma oportunidade Que com o tempo se perdeu Mas, pra que chorar se a vida Segue sua rotina normal Caminhando em alta velocidade Transformando o espaço natural e emocional E fazendo novos horizontes surgirem! É o apego ao passado tem que ser superado As janelas abertas para que se possa Vislumbrar o futuro incerto Planejando como não “mais falhar” Quando uma nova chance surgir Seja lá em qual área do conhecimento Resumidamente, profissional ou emocional.

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Não importa...

Ele sempre era um estudante criticado Tinha tempo demais para os livros E de menos para a vida pessoal. Só não sabia que sua obsessão Por leitura lhe daria alto conhecimento Mas, não lhe ensinaria a linguagem do coração! Então, abandonou tudo e resolveu Conhecer algumas paixões que o marcaram Novamente foi criticado. Xingado de raparigueiro preguiçoso Decepcionado resolveu trabalhar Em um emprego remunerado Conheceu ali a pressão que o sistema Capitalista exerce sobre as empresas E a pressão que a empresa exerce sobre o colaborador! Várias vezes criticado! Criticado pelos novos vizinhos de solteiro e cutião! Indignado resolveu arrumar Uma esposa para lhe fazer companhia Mas, a carga horária de trabalho excessiva Para cobrir o aluguel no final do mês Tiraram-lhe o tempo de dedicação a esposa Criticado, praguejado, xingado e humilhado pela esposa! No final da vida, Uma lição para o neto que estava triste Por ter sido desprezado pela empresa A qual trabalhou 15 longos anos. “Filho, não importa o que a gente faz neste mundo Ou as maneiras pelas quais se faz, Quase ninguém reconhece”.

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...Perdeu a magia!

Sei que o Natal É momento de alegria Mas, tenho me dividido, Nesta data especial! Observado que não Vejo mais a magia Que transformava o dia Em algo fenomenal! Apesar de tudo Parecer funcionar normal A realidade mostra Uma banal comemoração! Onde as festas e as bebidas Celebram o ego pessoal E eliminam a oportunidade De unir à família em emoção!

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O Natal no século XXI.

Alguns dizem que o Natal é sagrado E quando a data chega, comemoram, Com bastante cachaça e muito assado O que?! Ninguém sabe! O nascimento... Não o do Menino Jesus, talvez farra do momento. Enquanto outros tentam juntar a família E em meio a tanto inferno de poluição sonora Ouve o bater a porta de um cidadão Ao abrir alguém sem “brilho” sem “aurora” Sem roupas dignas e pede pão! Pensar que pra muitos o Natal Virou um feriado qualquer, banal! E que existem tantos que gostariam de um Natal! Faz ver que é tempo de valores... Repensar. O elo desse dia tão esperado por muitos E comemorado por poucos... Lembrar. Afinal, o espírito do Natal, Que é de paz, amor e muita união. Não pode ceder lugar para as egoístas emoções Nem perder a teia tecida por varias gerações Em cada sábio e amoroso coração!

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