Sons e rimas

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Sons e Rimas

Gilson Silva de Lima


Sons e Rimas 1ª Edição - Maio 2018

EDIÇÃO DO AUTOR Editoração: Gilson Silva de Lima Projeto Gráfico e Capa: O autor

SONS E RIMAS Edição do Autor - Itupiranga, PA, 2018. 84 p. ; 14 x 21 cm 1. Literatura Brasileira. 2. Poesia I. Título

É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização prévia, por escrito, do autor. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais

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Agradecimento e Dedicação!

Ao Eterno: Por sempre está ao meu lado.

Aos familiares: Aqueles que permaneceram ao meu lado em momentos difíceis.

Aos poucos amigos: Aqueles que acreditaram em mim e permaneceram cultivando a humildade. Que Deus abençoe todos!

Aos colegas: Seja no trabalho ou fora dele, tenho encontrado pessoas que me incentivaram a seguir essa minha jornada. Que Deus abençoe todos!

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“(...) Arte não é uma coisa que escolhemos fazer, é algo que escolhe a gente.” (DO FILME: DE ENCONTRO COM O AMOR).

“(...) Medicina, Direito e Engenharia são ambições nobres e necessárias para manter a vida. Mas, poesia, beleza, romance, amor. É pra isso que ficamos vivos.” (DO FILME: SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS).

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Sumário

Vivo de realidade..................................................................................................9 Memórias............................................................................................................10 Tudo no tempo certo...........................................................................................11 Que sentido tem a vida sem amor......................................................................12 Aprendizagem coletiva.......................................................................................13 O mito Noel.........................................................................................................14 Versos de revolta..........................................................................................15 e 16 Ouça as estrelas...................................................................................................17 A vida é feita de riscos........................................................................................18 A luz de um Deus real.........................................................................................19 Antes que seja tarde demais..............................................................................20 O supremo Poeta e Artista.................................................................................21 Um grande esclarecimento................................................................................22 Dia louco.............................................................................................................23 A vida é muito mais............................................................................................24 Sonhos guardados..............................................................................................25 Sinta de coração.................................................................................................26 Tanta escuridão..................................................................................................27 Conheceram o amor...........................................................................................28 Palavras sem firmeza.........................................................................................29 Tudo....................................................................................................................30 Canção viva.........................................................................................................31 O Sol da Justiça..................................................................................................32 Espada Atravessada............................................................................................33

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Lamento de um cidadão.....................................................................................34 Lágrimas de letras..............................................................................................35 Controvérsias......................................................................................................36 O perigo..............................................................................................................37 O problema.........................................................................................................38 Os olhos do coração............................................................................................39 Alimento esperanças..........................................................................................40 Amor de mãe.......................................................................................................41 De tudo e mais um pouco...................................................................................42 Morador de rua...................................................................................................43 Menino prodígio.................................................................................................44 Quando...............................................................................................................45 As estações..........................................................................................................46 Os tempos mudaram..........................................................................................47 Supremo paraíso................................................................................................48 A vida cor-de-rosa..............................................................................................49 Memoráveis lembranças....................................................................................50 Ressurreição de recordações..............................................................................51 Resumo descritivo..............................................................................................52 O tempo me ensinou..........................................................................................53 Os olhos dos homens..........................................................................................54 Canto amazônico................................................................................................55 Mentes primitivas...............................................................................................56 Árvore humana...................................................................................................57 Mundo moderno.................................................................................................58 O mundo é cruel.................................................................................................59 Segredos.............................................................................................................60

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Relações afetivas sociais.....................................................................................61 Otimismo............................................................................................................62 Visões diferentes................................................................................................63 Coração fracionário............................................................................................64 Alma sonhadora.................................................................................................65 Há dias................................................................................................................66 Um poema..........................................................................................................67 Mundo doente....................................................................................................68 A canção que sei tocar........................................................................................69 Geração moderna no Brasil...............................................................................70 O aprendizado.....................................................................................................71 Não mais falhar..................................................................................................72 Não importa........................................................................................................73 Perdeu a magia...................................................................................................74 O Natal no século XXI........................................................................................75 Saudades do meu tesouso..................................................................................76 A mesma dor.......................................................................................................77 Agora tenho outros olhos...................................................................................78 Use o seu coração...............................................................................................79 Simbolismo do nascimento................................................................................80 Lágrimas de reconhecimento.............................................................................81 Profético.............................................................................................................82 Ode ao Altíssimo................................................................................................83 Meu jeito de ser..................................................................................................84 Um forasteiro.....................................................................................................85

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“O poeta descarrega seu sofrimento e cria o seu mundo por meio da escrita�. O autor.

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Vivo de realidade.

Há aqueles que Vivem de ilusão Eu vivo de realidade Não de uma razão Que cega à verdade. Bonita é a teoria Mas, a prática, Não é alegoria Nem fanática Exige sabedoria. Não só emoção Que distorce o discernimento E manipula a decisão Sem entendimento e compreensão Como viver a sábia razão?

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Memórias

O cenário escuro ficou Quando a noite roubou Do dia a claridão E romântico com a Lua acesa que furtou Das trevas a escuridão Banhado pela luz do luar Sentado sobre a proa da canoa a meditar Quantos invernos e quantos verãos Juntos nos viveram a pescar? Quantas fogueiras de brasas fervorosas? Batatas doces e várias espécies De peixes a assar As conversas reais e vazias Que enchiam o ar A correria para evitar O boto a rede de pesca rasgar O barulho do jacaré E a sucuri faminta a esturrar A sovela metendo a taca na gente Fazendo-nos quase chorar! Ah! Quanta coisa mais pra lembrar! Mas tudo são apenas boas memórias, Que nunca mais irão voltar!

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Tudo no tempo certo

Do útero fértil do solo Nasce o heroísmo da vermelha flor Que é alimentada pela chuva e sol Quadro pintado com brilho de amor A cena brota em meu pensamento O alvorecer de um dia muito diferente Onde a felicidade é cada bom momento Mantendo viva a minha magna esperança. De encontrar a correta estrada da vida Harmonia para o som do meu coração Que por enquanto dança a balada Do sofrimento não ser uma opção Mas, em algum perto ou distante tempo, Assim como a beleza indecifrável da natureza Encontrarei meu raio de luz e minha chuva de bênçãos Pra lavar em mim o lamaçal de tristeza.

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Que sentido tem a vida sem amor?

Numa noite em que as estrelas Trocavam correspondências com a lua Que dava para ouvir o grito de barco no mar O ronco de moto barulhenta na rua Uivado de cachorro alto a ladrar Um coração triste solitário a despertar... Pra que tanto sonho sem viver o sonhar? Passar o resto da vida sem nunca poder tocar? Não provar nem conhecer o sabor de beijar? Não amanhecer e dormir com o perigo de amar? Que valor tem a pobreza ou a riqueza diante do amor? Pra que servirão as estrelas e o luar? Até o mais otimista romântico percebe Que só romance não alimenta a alma de sentimento. Que amor incondicional somente dentro da imaginação é um grande tédio, Que a vida parece que vai perdendo o sentido a cada momento, Que um coração não nasceu para nunca de amor morrer. Mas com ele todos os dias procurar viver.

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Aprendizagem coletiva

Numa roda De Papo Fábulas De Príncipe vira Sapo. E Vice-versa Várias conversas, Tipo: Filme do Criador Histórias de amor Desenhos animados, Legal! Não, amigo boçal. (...) O resultado final? O tempo passa E cada um aprende Um pouquinho Do outro.

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O mito Noel...

Oh! Mais uma festa natalina! Muita alegria numa bela comemoração No sorriso da pessoa uma adrenalina Que o presente causa ao deixar a sensação... De que o mito Noel tem acostumado A maioria a acreditar e inclusive praticar Que o que realmente importa é o objeto dado Não é mais preciso nenhum sentimento de amar! Pra que? Se o Natal irá logo acabar... Todos irão se despedir com a mentira de paz no coração E quando cada qual voltar para o lar O mundo não precisará saber Que não houve nem amor, nem perdão! É o mito Noel tem transformado a forma de pensar Num longo processo de geração em geração Sem deixar ninguém perceber nem analisar Que um presente não resolve todos os problemas anteriores Se transformando em uma definitiva solução.

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Versos de revolta

Já vi a imagem no passado Criança a buscar no lixo pedaço de pão O homem sobre o palco prometendo frango assado! Mendigo dormindo em cima do papelão Mentiroso interesseiro dizendo que ele Teria um belo lar e um colchão! Muitos anos se passaram e pelas ruas das cidades Vejo e contemplo as mesmas tristes cenas Espetáculo para egoístas que não Conhecem nem o amor, nem o sofrimento! Acham graça de quem está no frio sem mantimento! Alguns ainda dizem que o mundo é bom e justo. Lamento em informá-los que seus conceitos Falsos de justiça e bondade Estão longe de alcançar a cruel realidade! Gilson Silva de Lima Não creio mais Rapidamente, a esperança se apagou, Transformando o sonho em cinza e poeira, O que antes era uma crença firme, Agora não passa de magna asneira. Não creio mais que o homem seja capaz De consertar as leis distorcidas do universo Através de discursos políticos e mentiras públicas Imensas que suas descrições não cabem em verso. Tudo não é nada mais que um círculo vicioso Onde quem detém o poder não liga para as camadas de baixo E muito menos para a querida natureza! O que importa é o falso progresso, a exploração, a inflação, E o dinheiro no bolso do governante é a certeza. E não me venham com este discurso vazio

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Que é porque não foi escolhido o candidato certo pela população Como se um ser humano já viesse ou tivesse Com um manual na testa, de informação! Dizendo todos os seus passos a serem dados no futuro Tolice! É falsa cultura que os corruptos Tentam socar na mente do povo inseguro!

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Ouça as estrelas

Ora (não sou Bilac, o príncipe dos poetas) Mas também ouço as estrelas a cantar! De louco, chamado há muito tempo... Por aqueles que não entendem o significado de amar! Nem toda noite tenho o privilégio De vê-las belas pelos ares a bailar Porém, quando as vejo com um lindo cintilar Entendo a mensagem e começo a chorar... O que elas me dizem? Não responderei, Busque a resposta no poema original. Pois, existem diversos amores e diversas formas de amar... Entenda o sentido da vida e descubra algo fenomenal. A fonte de energia para o coração Está em coisas simples que nos cercam... E só aqueles que entendem os murmúrios das estrelas Percebem que o romantismo não pode acabar!

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A vida é feita de riscos

Por um momento Penso: não vai dá certo Aí vem um alento E diz: chega mais perto! Toma coragem e fala Dessa paixão que está te corroendo Teu pulmão com força arregala Não deixa mais tudo doendo A resposta será sim ou não Decidirá o caminho a prosseguir Curar ou ferir mais o coração Sem tentar não poderá conseguir Arriscar é um ato de atrevimento Muitas coisas são perdidas sem esse dom... O que faz aí cheio de pensamento? Libera as batidas do seu peito E deixa-a ouvir o som!

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A luz de um Deus real

Se o mundo Deixasse o Amor de Deus Perfurar O mais fundo O mais sóbrio do coração! Não seria preciso Justiça para proteger, O cidadão. A consciência Seria prova real Sem depender Da enganosa razão. Que os homens criaram Com um só propósito Encobrir a critica Atual situação! De que o homem Não é capaz De governar uma nação! Já que leva em consideração Que os direitos iguais Nesse estado, nunca serão! Por isso, se esconder da luz de um Deus real, É um brilhante e inteligente plano Para fugir das grades da mente Eliminando o lado sentimental. Governado e criando Um mundo Sem Leis, Sem ética, Sem moral!

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Antes que seja tarde demais

O som do seu coração é diferente do meu Nem precisa me falar que cada ser humano é ímpar Não é nesse sentido que me refiro ao teu... Quero apenas que viva no mesmo ambiente que eu E respire puro ar! Mas você continua a insistir nessa ideia disturbada de ganhar Muito dinheiro custe o que custar Por que nossa perspectiva sobre a felicidade É antônimo de amar? Converso que também já tive o mesmo propósito Antes de ser maduro e parar para pensar Agora com todas as palavras posso te afirmar O quanto meus olhos são capazes de enxergar Que ser feliz não tem nada haver com ter um bilhão Só com as coisas boas que se planta dentro do coração!

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O supremo Poeta e Artista

ELE desenhou todo o universo Por fim a terra, e ao homem a vida deu. Das costelas do ser masculino a mulher pintou E os entregou o belo jardim que se “perdeu”. Escreveu os mais sábios e belos versos Através de homens inspirados pelo Espírito Santo Publicou-os num livro que é o começo e o fim. É o Artista, o Poeta, o Arquiteto e Tanto... Foi capaz de fazer muros de água Quando abriu o enorme e temido Mar Vermelho O que até hoje nenhum terrestre engenheiro conseguiu. Alguns a fazerem pontes das quais muitas já caíram. Veio à Terra e se tornou um humano carpinteiro E se tua casa de repente desabou Ainda duvida que ELE é capaz de reconstruir? Se dentre os mortos com poder e glória renasceu. A verdade agora penso que o amigo entendeu: Nem Leonardo da Vinci chega à unha de seu pé, Porque ELE é supremo de tudo em tudo no todo, UNO, a suprema sabedoria ELE é.

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Um grande esclarecimento

O homem como centro do universo O tem destruído a cada nascer do Sol E o mais interessante nesta história: O culpado de tudo é sempre o Criador. Desde o principio quando o homem Caiu em grande ruína e pecado Que o Altíssimo pela língua é maltratado. Já passou da hora do homem Acordar pra realidade e perceber Que Deus não tem nada haver: Com o homem substituído o ter. Toda enfermidade que existe no mundo É exatamente a falta e ausência de Jeová. ELE foi bem claro em Sua Palavra ao alertar: “Toda sabedoria do homem perante mim é loucura.” O mundo administrado pelas mãos Humanas ser uma doçura, Não passa de uma mera ilusão Daqueles que não conhecem A verdadeira Sabedoria e Razão. Que ultrapassam as de Aristóteles, Sócrates e Platão.

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Dia louco

Por um instante Penso que vou descansar O atrevido celular toca Pra me lembrar Que tenho que buscar O gás na Maroca. Fui e retornei... Tudo instalei As bananas no liquidificador passei... Queria experimentar Mas, tenho um parente Internado no hospital, É horário de visitar. Depois da visita Finalmente um descanso no lar... Que nada Mandaram falar Que minha sobrinha Está na rodoviária a me esperar. Já fui buscá-la. Agora vou deitar Nem que seja no sofá! Porém, ouço minha mãe reclamar Que um cano de água estourou Na casa há vazamento Tinha que ser nesse momento?! Vou consertar... Terminei! Agora descansarei! Chega meu pai Dispara que é hora De ir trabalhar...

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A vida é muito mais...

A vida é muito mais que palavras encantadoras Muito mais que festas e baladas com belas bandas e excelentes cantores Muito mais que promessas maravilhosas Que surgem em momento de campanha politica Muito mais que um falso eu te amo usado de forma traiçoeira Muito mais que Leis que não causam nenhum julgamento favorável ao cidadão A vida é muito maiiiiiiiiiiisssssssss... A vida é a garantia pratica de Direitos Básicos A vida é a certeza que um salário mínimo não seja engolido pela inflação A vida é poder contar com Homens da Lei que sejam especialistas Em distinguir bandidos de Homens de Bem A vida é ser atendido num hospital quando a entrada for dada Através de pedido informal sem necessidade de morrer aguardando leito A vida é saber educar e educar é colocar em cada jovem novas pernas E novas mentes capazes de decidir o que é certo ou errado A vida é passear pela praça sem medo de bala perdida ou assalto. A vida é tão complicada! Porque os governantes a complica muito mais?! Basta saber que a vida é muito mais...

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Sonhos guardados

Vasculhei mundos e fundos Cada espaço, cada canto Cada olhar repleto de encanto Doce, completo, profundo. Guardei muitos dos meus sonhos Num tempo não distante congelado Abri deles com tristeza no coração Sem saber se fazia o certo ou errado As minhas pequenas trêmulas mãos! Passei a ver e com sofrimento entender Que jamais todos eles poderão ser realizados Pois, a vida não é feita solitária pra gente viver, Existem nela os laços de amores aos nossos lados! Por eles deixei de seguir o caminho meu Com muita dor no peito mas a esperança De que vivendo o mundo deles posso fazê-los sorrir Mesmo que seja só por pequenos instantes A minha presença fará alguém prosseguir... Sei que eles não conseguem compreender O que tem no mais fundo do meu sentimento Porém, aprendi com os anos que o amor, Está além de um romântico atraente momento! Guardei muitos dos meus sonhos Num tempo não distante congelado Abri deles com tristeza no coração Sem saber se fazia o certo ou errado As minhas pequenas trêmulas mãos!

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Sinta de coração

Não carrego instrumento, nem sei tocar, Para o vocal minha voz é desafinada Que ninguém consegue aguentar! Também não venho da terra do ouro, Nem da prata, muito menos do bronze. Não sou herdeiro de um grande tesouro, Nem pretendo por riqueza lutar. Tudo que tenho e te ofereço é um coração decidido a amar! Por isso, não me peça uma serenata Em noite enluarada. Não se reclame de não poder viver Ao meu lado uma vida de luxo Só escuta o compasso do meu peito cheio de paixão! Sinta o ritmo e dance uma balada! Mas, se ainda assim desejar algo Da minha parte ouvir ou requerer, Então, me peça aquilo que me esforço Para aprender a fazer: a poesia! E sinta nela a força do meu amor Da minha imensa paixão e de toda minha alegria!

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Tanta escuridão…

Ao olhar para o mundo Assusto-me ao ver nele tanta manipulação. Pouca gente com tanto... Sem saber o que fazer Outras a reclamar, clamar, mendigar o pão Enquanto em alguma esquina Notícia de que foi assassinado um irmão O rádio interrompe para dizer, Que virou moda ser um grande ladrão Até as crianças brincam Na rua de policial e bandido Quanta violência que assola a população! Parece que virou jogo sem novidade com sensação Ao olhar para o planeta Terra Espanto-me ao ver nele tanta corrupção Tanta mentira, tanta falsidade, tanto engano e tanta insensibilidade Que deixa muitos sem a preciosa educação Mandando direto as adolescentes para a prostituição Que mundo louco é esse então?! É o lugar do ódio e a casa da maldade! Os homens esqueceram-se do amor no coração Substituindo-o pela mais terrível intensa escuridão

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Conheceram o amor

Apreciava uma bela rosa um eclipse E com sorriso convidou um cravo passageiro Da indignação que carregava, o convite rejeitou. Na face da linda flor A tristeza reinou Ao longe simplesmente Refletindo e com o coração ardente A primeira sensação não lhe saia da mente Voltando ao lugar Pediu desculpas e explicou a situação A bonita moça o perdoou, Um clima fenomenal pintou O jovem tímido a agarrou... No meio do jardim romperam a solidão E nasceu o paraíso quando ela o beijou.

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Palavras sem firmeza

O homem fala em igualdade social Mas o que prevalece é o individual. Prega a paz como solução Mas pratica a violência contra seu irmão. Valoriza o tempo “moderno” e a “democracia” Mas não vê que “tudo” é um engano, uma hipocrisia. Fala em Jesus Cristo como Salvador Mas confia mais ao dinheiro o pronome senhor. Elogia o avanço e a globalização Mas não sabe que é um escravo de fácil manipulação. Se gaba que a Internet substitui os livros e qualquer lição Mas de fato não a utiliza para ser digno de ser chamado cidadão. Promete que com um novo governo tudo irá mudar Mas no fim das contas, “tudo” continuará como está.

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“Tudo”

“Tudo” que eu mais queria, era apenas um diferenciado dia, Onde a coisa mais importante fosse o amor A humanidade fosse criança O dinheiro absolutamente sem valor O sorriso não a falsidade, mas a esperança, O ser humano um liberto sonhador O mundo um carrossel, um parque de diversão, Da violência nem lembrança, só alegria dentro da televisão, O reconhecimento de que o homem não é sabichão Os animais não são irracionais, nem merece da espécie a extinção, O memorial de que um carpinteiro foi pregado numa cruz cruel Provou do céu ao inferno puro fel Tudo para todo mundo usufruir do mel. Fernando Pessoa pudesse ver que estava errado: Que o homem não é melhor que uma pedra A pedra goza da característica eternidade A adjetiva quietinha lhe cai muito bem Assim não há curiosidade, não há maldade, Não há falsos abraços, não há ação e reação, Não há planos malignos, não há mentiras... A pedra não tem sentimentos assim não produz emoção E aqui está a “inferioridade” do homem Pois, os sentimentos usados incorretamente, Causam dor, sofrimento, muita destruição! Apagamento de Deus, revolta, ingratidão. Gratidão, outra superioridade da pedra, Que Fernando Pessoa não percebeu Porque faça inverno, faça verão, Ela continua no mesmo lugar sem nenhuma reclamação.

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Canção viva

Fingi ter janelas trancadas e a chuva de tristeza Passando por elas intensamente nunca lhe mostrei. Feito um bebe chorão, ontem um triste aljôfar derramei. Sabendo que o amanhã é um labirinto Agora vejo que cem por cento eu não o protegerei. Depois que as gotas no chão mar viraram, Espelhos de elos emocionais “perdidos” pra mim Despertaram em decepções e muita dor! Espero que não tenham sequencias mais assim Nem tudo aceita um ponto final, nem mesmo o fim. Pois, quando se ama a alguém docemente, Há uma canção viva dentro do coração Que com suave som e melodia tenta resgatar Laços que continuam firmes e difíceis de desamarrar Mesmo a distância as lembranças não há como controlar. Agora vejo que cem por cento eu não a protegerei Como uma criança chorona, ontem um magno aljôfar derramei. Sabendo que um novo dia é um labirinto Janelas trancadas, fingi ter e as lágrimas de dores, Saindo delas fortemente nuca lhe mostrei.

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O Sol da Justiça

Quando o Sol da Justiça É invocado através da oração ELE vem para queimar todas Às impurezas que existem dentro do coração. A partir de então, Pelas veias o sangue circulando Passa por um processo de aceleração. Substituído o material nutritivo e o oxigênio E as células passam a se alimentar Da comida mais forte e energética: O Verdadeiro Amor! Nesse instante, este novo sangue, É bombardeado até o cérebro numa Velocidade que ultrapassa a da luz E as escamas caem uma a uma dos olhos. A cegueira é vencida e nasce nova LUZ! Livre das correntes das trevas Começa-se normalmente a entender O que nunca se viu e o que “ninguém” Esforça-se pra ver...

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Espada atravessada...

Enquanto os homens não entenderem Que a guerra só traz destruição. Enquanto não abrirem os olhos Enxergando que em cada esquina Existe um mendigo pedindo pão. Enquanto não perceberem que a violência Tem dominado a nação. Enquanto não se derem conta Que o alcoolismo derrama lágrimas De sangue de um filho pequeno sozinho Largado no lar pedindo alimentação. Enquanto a ignorância, a soberba, O ateísmo, a maldade, o ódio, a ganância, O orgulho, a falsidade, o engano, A mentira, dominarem a suprema razão. Enquanto o antropocentrismo for o sabichão. Enquanto o verdadeiro Amor não reinar na emoção. Enquanto o ser humano não entender Que é feito de carne, osso e sopro de vida, Portanto, um ser totalmente frágil. Estarei com a espada atravessada No meio do meu triste coração!

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Lamento de um cidadão

A cidade era alegre e festiva “Todos” viviam da economia da castanha Frequentavam o restaurante da Mestiva Divertiam-se com as histórias de Vovó Aranha. Aí! Chegaram uns homens boias finas Prometeram uma grande serraria montar Gerar mais emprego até para as meninas Todo mundo iria subir na grana e enricar Ruim! A realidade não foi bem assim Todo o arvoredo de castanheira foi derrubado Não sobrou um pé pra ninguém nem mesmo pra mim Todo o lindo arvoredo econômico serrado. Os empresários da noite para o dia ficaram milionários Aos moradores restou o desemprego e um alto índice de violência Nunca mais a cidade exportou castanha para a Itália Hoje os comerciantes vendem a janta para comprar o almoço, completa falência. E as crianças juntam restos no lixão Tudo por causa de promessas aceitas e em vão Saudades?! Muitas! Cidade de emoção! Já foi antes da triste sorte da população!

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Lágrimas de letras

Durante todas as gerações Muitas lágrimas de letras têm escorrido. Pelo chão, pelas ruas, pelos calçadões, Pelos bancos das praças, pelas roças, pelos casarões, Pela nobreza, pela burguesia, pela pobreza, Pelos amores perdidos, pelos filhos abandonados, Pelas mães inconformadas, pelos sonhos não realizados... Elas estão escorrendo a cada novo nascer Do Sol e a cada abertura das páginas de um livro, letra de uma canção, Ou um quadro na parede que não é para decoração. Elas venceram guerras, ditaduras, preconceitos, perecer, Mentiras, enganos, falsidades, maldades e em alguns casos a corrupção. Criaram guerreiros e defensores da humanidade Homens que morreram pela justiça, pela democracia, pela união, Conhecidos por todos como heróis de coração. Eles são os artistas, os poetas, os escritores... Enfim, os “maiores” pilares sonhadores. Então, a partir de hoje quando abrires as páginas, De um livro, lembra-te que ele é feito de pranto. Por muito e mais outro tanto De elos rompidos, de heróis mortos, de guerras cotidianas, De vitórias diárias e de batalhas “totalmente necessárias”. De motivados que viveram e vivem entendendo a suprema razão. Suprema razão. Razão suprema. Suprema razão, razão suprema.

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Controvérsias

Alguém dono de milhares de tijolos Não consegue sequer construir Uma casinha de cão. Um sábio juntando todos os dias U’a unidade consegue levantar uma mansão. Um soldado pode atirar com um canhão E o alvo não acertar meu irmão. Um mestre com uma pedra derruba um gigantão. Existem momentos que Uma mão amiga é necessária. Outros que palavras para motivar Só vão atrapalhar. Alguns acreditam que o dinheiro É para o mundo a solução. Mas os que prevalecem com a razão São os que acreditam que a união Através do amor tece as veias dos corações.

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Gilson Silva de Lima

O perigo...

Não é digno de confiança todo sorriso Nem qualquer abraço ou beijo no rosto Também toda bela mensagem não é o paraíso Devemos nos indagar antes do gosto. O que de fato está escondido em cada expressão? Será a verdade, o engano, a mentira ou a falsidade? Qual dessas revela a verdadeira desconhecida intenção? Talvez realmente a gentileza, a amizade, o amor... Ou virá depois somente a dor? Não existe maneira perfeita de adivinhar, Nem de saber. Mas se as ondas estiverem altas no mar No porto um barco bonito, porém cheio de buraco, Não dá pra navegar.

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Gilson Silva de Lima

O problema

Muitos estudam, os idiomas vários são: Do grego ao francês, do inglês ao alemão... Diversas linguagens que se transformam em comunicação. Existe uma, um mistério nem sempre entendida pela suprema razão. Outra que através da fé transforma coração. Mas não são perfeita "todas" elas porque não estão fundamentadas Com a linguagem que deveria ser universal: O Amor. O amor é a linguagem matemática algébrica, Tantas incógnitas que formam a complicada equação. Aqui está o segredo do mundo não ter encontrado O remédio, a definitiva solução: Nunca todos conseguem encontrar junto o mesmo Valor de x e y da incógnita algébrica expressão.

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Gilson Silva de Lima

Os olhos do coração...

Existem jardins na vida de qualquer humano, Onde as flores estão misturadas com espinhos. E a capacidade de decidir tem que ser feita: Sentir o cheiro das rosas e depois perceber Que elas murcharam rapidamente Ou ser furado pelos espinhos dolorosamente... Com o tempo aprendendo que às vezes a decisão Mais dolorosa é que nos traz a reflexão O caminho muito fácil nem sempre é o correto Ele engana a nós assim como um sorriso de uma Pessoa com a mente e maldade no coração. Mas, se o problema for bem maior no caso de, Uma estreita estrada e a gente no meio tendo À esquerda pregos com pontas bem afiadas E a direita espinhos muitíssimos mais afiados E os lados com onças prontas a nos devorar Ai, o modelo aqui adotado de comparação, É meio distante. Mais para fim de conclusão É a mesma coisa de uma criança com dez centavos No bolso que deseja comprar o doce e o pirulito Ao mesmo tempo, porém ambos são vinte centavos, Neste caso, o conselho de Cecília Meireles, Passa a ser uma ordem direta: “ou isto ou aquilo” Quanto à obstrução não me refiro a qualquer tipo de decisão Somente aquela em que não se podem usar os olhos do coração. E a diferença será feita pela predominância da razão.

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Gilson Silva de Lima

Alimento esperanças

Sob a cortina azul eterna Bordada de constelação! Queria banhar-me todo em luar. Oh! Saudades da Lua do Sertão! Mas não choveu sobre mim sua luz Então de repente um amigo me ligou da praia de São Luís Lamentando que também não chovesse a Lua no mar Quando terminei de ouvir a informação O que me restou nas janelas da alma Foi uma aurora boreal que adormeceu No peito um desejo em que se perdeu Pois, não apareceu a “bola” amarela, Que clareia a escuridão e bombardeou assim, Da noite estrelada as últimas pétalas de rosas, Somente a orquestra de insetos rodeou A madrugada de frio e melodia chorosa! Até mesmo o pobre cocorocó amanheceu Enquanto a matina no terreiro cantou E o dia exibido a noite em seu colo de satisfação carregou Dando espaço para o astro Sol Que feliz pelos campos verdejantes andou Se metendo a despertar em mim por entre sonhos o sonhar De um passado de agora a ressoar Sem rios a confluir eu sou um mar No entanto, os olhos do vento me trazem esperanças, Porque aprendi lendo Manoel de Barros Que “é nos desvios que encontramos as Melhores surpresas e os ariticuns maduros.” E assim, quem sabe numa próxima noite quando a Lua renascer, Terei encontrado algo que almejo E já não estará mais cantarolando em meu coração A triste e desprezível decepção!

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Gilson Silva de Lima

Amor de mãe

É um tipo estilo número uno ímpar Onde braços sempre abertos estão Processo têxtil ultra refinado de amar. Tece os belos conselhos através de palavras E planta a semente da sabedoria no coração Do filho, e por ele seria capaz da vida trocar, Quando em solo fértil ela não só cresce como vira um jardim De todas as belas espécies de flores, é díspar. Honrá-lo não só prolonga nossos dias terrestres de vida Mas, nos fazem o outro lado enxergar, E os provérbios do sábio rei Salomão Feito colar em nossos pescoços, devemos carregar, Ah! É o amor meigo, defensor, cuidador, Carinhoso, solidário, divisor, protetor... É o fiel amor, é o amor de mãe. Verdadeira mãe, Que assume suas responsabilidades independentes De vida financeira ou qualquer outro fator. É um lindo amor, é o amor de mãe!

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Gilson Silva de Lima

De “tudo” e mais um pouco

Eu fui picolezeiro, engraxate, sorveteiro, Auxiliar de carpinteiro, catador de latinhas, choppeiro, Ajudante de eletricista e também de pedreiro, Crediário, pescador, vendedor de remédios, carvoeiro, Agente de portaria, diarista, bloqueteiro, Açaizeiro, coxeiro, pasteleiro, buritiqueiro, Juquireiro, descarregador de caminhão e vazanteiro... Hoje sou professor, poeta e escritor. Mas não me esqueço da humildade Nem da longa vida diária de “sofredor” Que ensinou e me ensina o segredo da dignidade E reconhecer um brasileiro como guerreiro lutador. A perceber que o “tudo” é o “nada” A coisa mais importante sempre foi Continuará sendo o Amor do Senhor. Que esteve e está ao meu lado Aos momentos de alegria e tristeza! De tudo e mais um pouco eu fui, eu sou. Não esquecendo que Ele me ajuda e me ajudou.

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Morador de rua

Vi um homem carregando caixa Ouvi uma voz dizendo casa Percebi a noite chegando Vi o mesmo homem o chão forrando Só então entendi, que lá, Morava a fome, o frio, a solidão... O cobertor jornal e pedaço de papelão... Enxerguei o extremo da pobreza O ser humano tratado sem delicadeza O pranto que partiu meu coração!

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Menino prodígio

Já me contaram a história Que não é fantasia nem alegórica. Em algum lugar do Brasil A professora aos alunos a tarefa pediu: Que escrevessem sobre as sete maravilhas do mundo O tempo passou e a “turma” terminou Exceto o menino no canto do fundo da sala Como a classe toda na frente o exercício apresentou A professora para o jovenzinho perguntou Estava-se a ter dificuldades Ele respondeu que não, já havia terminado, Então a professora pediu que ele apresentasse suas beldades. Ele disse: - Pra mim, as Sete Maravilhas do mundo não são bens materiais, Nem deles vou cantar. Mas são: Ver, Ouvir, Falar, Rir, Andar, Sentir e Amar.

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Quando...

Quando o egoísmo do homem Conhecido como razão Deixar o lugar para a sensibilidade Neste dia o mundo conhecerá O poder da palavra civilização Não precisará de advogado Nem de códigos burocráticos para alguém dizer: - Sou cidadão! Nem de CPI no senado ou em qualquer outro Órgão político para investigar a corrupção Polícia já não existirá mais: por quê? O ladrão saberá que roubar doe no coração Os adolescentes não estarão interessados Em cursar somente uma graduação Que no futuro trará como retorno uma alta remuneração Entenderão que qualquer profissão Exige responsabilidade independente de cargo ou função Assaltar também não será uma opção As grades da mente são piores do que qualquer prisão O Individualismo que é o rei absoluto cairá do poder E perderá a sua exaltação Um novo governante se levantará Será conhecido como Coletivo ou Trabalho em Equipe Erguerá um mundo novo e trará A Paz para a mundial população O Conformismo se lamentará Porque toda a sociedade entenderá Que o Inconformismo não é a ganância nem a ambição Mas o pilar que sustenta a mudança e a renovação.

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As estações

Dentro dos corações Mil emoções! Sentimentos As estações! Que ensinam Individualmente Ao homem e As gerações, Muitas lições. Memórias... Que não se realizaram! Sofrimentos... Que ficaram! Momentos de flores, Espinhos, Tristezas, Felicidades, E saudades! Dentro dos corações Mil emoções! Sentimentos As estações!

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Os tempos mudaram

Minha terra sem palmeiras, Apedrejaram o sabiá! Os pássaros, que aqui não cantam, Também não cantarão lá! Nossas florestas não têm árvores Nossos biomas não têm faunas, Nem floras. – Só dor! – Ah, que dor! Nossas “vidas”, sem amor! Eu não sinto alegria, Nem cá nem lá! Minha Amazônia sem arvoredos; Queimaram a arara-azul-de-lear!

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Supremo paraíso

Desde quando menino eu era Ouvi falar de uma terra de soberana primavera! Um lugar onde as ruelas de esmeralda calçadas são As casas são feitas de maciço ouro Todos conhecem o impacto explosivo da palavra união O coração de cada ser humano é o mais puro tesouro A chuva é de chocolate a embelezar As montanhas de doces coloridas a brilhar Ao redor da praça composta de todos os tipos de diamantes Que impressionam com um fortíssimo cintilar! Os veículos são as nuvens de algodões de estrelas guarnecidas A água brota do mais belo e saudável ar Os rios são de leite e de mel é o mar Os homens não possuem nenhuma maldade Conservam assim a tradição de diversas qualidades: O amor, a justiça, a honestidade, a solidariedade e a humildade. São algumas entre tantas outras verdades. Sem nunca existir nenhum pingo de falsidade. E quando a noite chega às lâmpadas São diversos gigantescos vaga-lumes a bailar Nas ondas do vento com um belíssimo lume a transfigurar. Da floresta saem vários bichinhos de estimação Elefante, tigre, onça, girafa e leão, São alguns modelos exemplares. Completando-se com o sorriso de cada criança ou rapaz Num Uno Sistema de Magnífica Paz!

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A vida cor-de-rosa

Sabe aquele velho sonho de paz De casar possuir filhos e educar Ver um político como um bom rapaz Quando precisar o hospital público saudável estar Convidar os familiares e pelas ruas passear Com a certeza que depois todos estarão reunidos no lar... Sabe... Descobre-se... Que o mundo faz com que nossas vidas Sejam bem diferentes do que desejamos... É o trabalho que rouba nosso tempo O salário que no final do mês é engolido pela inflação Uma bala perdida que pode atingir o nosso coração Uma criança desnutrida dentro do lixo mendigando o pão... Stop... Pausa... Medita... Assustado se admira com espanto que a vida não é nada cor de rosa!

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Gilson Silva de Lima

Memoráveis lembranças

O coral de cigarras com grilos, Cantam as cantigas da minha história Registrada em doces memórias Nas trilhas de imensas saudades! De quando eu, inocente menino, Ouvia tua inteligente arte: Ensinamentos e amorosos conselhos Que até hoje, viajam comigo, Pelo mundo, por toda parte. Eu errando ou acertando, A senhora sempre queria saber Assim, dependendo da situação, Usava provérbios sábios para me proteger. (...) Naquele dia de céu avermelhado Sem o lindo Sol dourado... Eu olhei suas pupilas de mar Aquela sua voz a me acalmar! Abriu a janela do meu peito Montou os alicerces do verbo, amar! Não importa por onde As ventanias da vida me levem... Eternamente as lembranças brilharão Que talvez eu fosse o brilho e o encanto De um neto compreensivo e muito leal? Não sei a resposta. Mas aqui minha avó, no baú, Do meu coração és especial!

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Ressurreição de recordações

Anjos trovadores de melodia Com notas bailando em cordas de violões Desbravam os mares das minhas emoções! São arranjos de saudades escritas Em detalhes de lágrimas Com som de guitarras a ecoar Lembranças floridas em que As tempestades da vida tentam levar. São auroras em meu coração Que nem mesmo a mais profunda escuridão Sobre o abismo fatal, conseguiu consumar. Elas renascem toda vez em campos harmônicos De uma inspirada canção Em voz lírica, acompanhada, Com um conjunto instrumental Acordando sempre meu lado sentimental!

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Resumo descritivo

Eu não sou príncipe Mas almejo uma mulher princesa Reluzentes olhos de esmeralda Um ouro o coração de beleza! Una guerreira dedicada e compreensiva, Que em cada sorriso ou palavra: a destreza. Energia positiva iluminando o meu egocêntrico Sol de sensibilidade e raios de magna delicadeza! Cujo seu rosto lindo inspire-me confiança Colorindo a alegria ou borrando a tristeza Onde eu anelo encontrar um mar de conforto Em seus braços, única segura fortaleza. Bela flor da qual me refiro Humildade mania de realeza Não é muito fácil de achar No florido jardim da linda natureza.

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Gilson Silva de Lima

O tempo me ensinou...

Desde menino a ser um guerreiro. A carregar em minhas veias a paz E espalhar pelo mundo como mensageiro. A entender que a fé ultrapassa As barreiras do impossível Dissipa o forte negativismo Clareia a cruel escuridão. Quebra as correntes do conformismo Planta a semente do verdadeiro E belo amor no coração! Que entre tempestades de invejas Germina rasgando o comodismo Cresce vigorosa e muito bela Chega à fase adulta sem exibicionismo Depois de virar árvore, produz bons frutos. Especialmente o de compreensão Diz adeus ao maligno e maldito orgulho E fortifica suas raízes sob o chão de gratidão.

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Os olhos dos “homens”...

Cintilam refletindo o que está no mundano coração Cheio de ganância com ecos de ambição Pregando que depois do Antropocentrismo A rainha soberana de tudo é a razão. Matando os gritos de socorro da emoção! Criando assim, o “erro” em cada ação, De pensar que os animais são Apenas bichinhos de estimação. Mas quem é que ganha a questão? Os homens que transmitem em seus olhos Que se acham tão “sabichões” Ou os animais sem dinheiro e sem “razões”??!

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Canto amazĂ´nico

- A madeira...? - O fogo queimou!

- O fogo...? - A chuva apagou!

- A chuva...? - Secou e a cinza restou!

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Mentes primitivas

Da época do primitivismo Até o século XXI, muitos anos passaram. Mas, o mundo não evoluiu, Não falo da evolução tecnológica, De mentes que não se abriram, De guerras que não tem lógica, De vidas que se vão, pela pátria o amor, Pelo pai, a mãe, a mulher e o filho a solidão! A família “completa” o resto da vida de dor. Onde está a Educação que não gera compreensão? O homem deveria compreender que a violência não. A paz a perfeita veia que deve tecer todo coração!

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Árvore humana

Discordo do ditado que “Só colhemos aquilo que plantamos”. Concordo que colhemos mais o Fruto da decepção do que o do amor. Por mais que regamos a árvore Damos carinho, a sombra necessária, Os raios do sol, de tudo e mais um pouco, Não há certeza de colher a gratidão Ela quase sempre joga em nossa Cabeça uma pesada galha de ingratidão! A maioria das vezes, nem sequer, Lembra-se de deixar uma folha como agradecimento! E quando suas raízes engrossam, não há nada a fazer, Só orar e cantar uma triste canção Com esperança que um dia ela mande uma fruta doce!

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Mundo moderno

O despertador adormeceu E o galo me despertou!

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O Mundo é cruel.

As coisas nunca são Como a gente quer. O mundo anda com O amor sob o pé. As pessoas nunca são Como a gente pensa. As mesmas têm várias Costumes e indiferenças... Não adianta fritar Ovo em frigideira de papel. As pessoas são diferentes E o mundo é cruel!

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Segredos...

Dia apรณs dia: Uma pulga Atrรกs da orelha.

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Relaçþes afetivas sociais

As cores quentes Prevalecem sobre as frias.

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Otimismo

Muitas pessoas surgirão E lhe dirão: “Suas ideias não prosperarão”. Não deixa tais palavras te derrubar não. Levante a cabeça e siga firme a sua direção Porque chegará o dia em que elas reconhecerão, Que você tem razão Que os sonhos se realizam quando corremos atrás deles, Por mais difícil que seja nossa situação. Esforço, perseverança, esperança e muita ação, São as armas para vencer qualquer obstrução. Acredite nisso, esqueça todas as mensagens negativas, Lute de todo coração Pois, todos os humanos que duvidaram ou duvidarem, Serão os primeiros que o aplaudirão!

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Visões diferentes

Alguns consideram um amontoado de palavras Outros um monte de bobagens sem expressão Mas quem escreve um pedaço do coração! Assim, é cada linha escrita, Popularmente conhecida como verso Que leva o emblema do sentimento Do eu lírico espalhado por todo o universo! E ao formar o conteúdo todo Ou seja, o poema ou a poesia, Limpa a alma como chuva sobre planta empoeirada Transmitindo ao poeta a sensação de dever cumprido, de alegria! Alguns consideram um amontoado de palavras Outros um monte de bobagens sem expressão Mas quem escreve um pedaço do coração!

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Coração fracionário

Quando nasci um bebê inocente Meu coração era inteiramente. Agora, nesse exato momento, O mesmo não passa de fragmento. Ele é um meio de amor, Dois inteiros e três terços de saudade, Três quartos de dor, cinco sextos de tristeza, Seis sétimos de alegria, Sete oitavos da louca melodia da razão, Oito nonos de lembrança, Nove décimos de esperança Abraçada com a renovada forte perseverança.

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Gilson Silva de Lima

Alma sonhadora

No fundo da minh’ alma Há estrelas que brilham Flores que formam um jardim, Exalam o perfume das pétalas, Mas não se separam dos espinhos, Nem sequer esconde suas folhas. Apesar disso, ela canta poesia, Com voz exuberantemente terna e doce! Solta grito de liberdade e esperança, Desnuda-se feito criança a sonhar Espera pelas madrugadas orvalhadas Pela luz de primeiro raio de Sol Pelos sonhos distantes e tão pertos, Cachoeiras e riachos dentro de mim.

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Gilson Silva de Lima

Há dias...

Em que acordamos sem motivação Completamente sem vontade de viver Com um tédio tão grande e sem inspiração Que o desejo é de morrer! Nada certo parece dá ou ser Tudo que a gente quer é debaixo dos lençóis ficar, Mas uma voz em nossos ouvidos diz que vamos vencer Se acreditarmos e a jornada continuar. A esperança poderá forte retornar Numa frase lida escrita num livro de poesia Numa música bela a nos tocar Numa palavra amiga que nos trará a alegria! Sempre na vida do humano haverá esses dias Porém, o outro lado da moeda também existirá, Para carregar nossas dores, nossas melancolias, E o nosso precioso psicológico inovar!

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Gilson Silva de Lima

Um poema...

Queria escrever um poema que te fizesse ver Como as coisas não são como você quer Que o meu sentimento não é difícil de entender! Nem o amanhã a certeza de existir Pensa bem antes de praticar o agir. O mundo não “perdoa” de bom grato Aquele que não obedece à lei Nem sempre existe volta para casa O desobediente leva sem pena rei! Pensa bem antes de praticar o agir Que o meu sentimento não é difícil de entender Nem o amanhã a certeza de existir! Queria escrever um poema que te fizesse ver Que as coisas não são como você quer Nem o meu sentimento é difícil de entender!

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Mundo doente

Há dentro de mim, Queimando, Uma sensação Que o planeta está morrendo! Meu coração Também vendo O homem ganancioso Sufocando e o amor desaparecendo. Aqui a esperança De um novo mundo majestoso Só se eu fosse criança Para acreditar em algo assim enganoso De promessa Desde a primeira geração Até chegar o nosso tempo, nessa Tal de eleição! E ainda assim vejo a divisão A desigualdade Com grande distinção O mundo está falecendo cheio de maldade!

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Gilson Silva de Lima

A canção que sei tocar...

Não carrego violão Nunca aprendi a cantar A única canção Que sei tocar Como forma de expressão Sem encantar Que sai do coração Para representar Aquilo que acredito que não é em vão O magnifico amar! Que emoção! Ao imaginar: Que sei, poema escrever, Embora sem perfeição Mas com amor para dizer: Que emoção!

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Gilson Silva de Lima

Geração moderna no Brasil

Eu observei um ancião Na Praça do Cidadão Ensinando para os meninos educação. Todos incenderam em algazarras. Nenhum aprendeu a respeitar. Evaporou o respeito? Considerara-o: - Um palhaço! - O vento! - Um petiz! Aquele homem era um ancião!

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Gilson Silva de Lima

O aprendizado...

Construir um barco E navegar por lugar jamais habitado Dançar sob o som do coral natureza Apreciando sua beleza Sutileza e o máximo possível à linda delicadeza! Sem se preocupar com horário, profissão, carro ou mansão Só vivendo o saudável ato de amar! Se acariciar, amassar, um por cima do outro rolar! Existindo só a gente nesse mundo. Sem inveja, ganância, ambição Ou o cruel engano profundo. Sem nenhuma fadiga, sem perturbação! Toparia o desafio então? E a ela o ingênuo disse não! Trocou o que poderia ser um magno amor! Por uma vida de sonho, estudo, formação E amizade com curtição! E o que lhe restou no fim das contas então? Só a dor da solidão! O desprezo da amizade. Conhecimento prático da falsidade. Admissão de que ela tinha razão. Um espinho maltratando o coração! A estranha indignação de ter sido manipulado. E por fim, uma coisa boa: o aprendizado.

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Gilson Silva de Lima

Não mais falhar...

De vez em quando Aqui e acolá uma oportunidade Que com o tempo se perdeu Mas, pra que chorar se a vida Segue sua rotina normal Caminhando em alta velocidade Transformando o espaço natural e emocional E fazendo novos horizontes surgirem! É o apego ao passado tem que ser superado As janelas abertas para que se possa Vislumbrar o futuro incerto Planejando como não “mais falhar” Quando uma nova chance surgir Seja lá em qual área do conhecimento Resumidamente, profissional ou emocional.

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Gilson Silva de Lima

Não importa...

Ele sempre era um estudante criticado Tinha tempo demais para os livros E de menos para a vida pessoal. Só não sabia que sua obsessão Por leitura lhe daria alto conhecimento Mas, não lhe ensinaria a linguagem do coração! Então, abandonou tudo e resolveu Conhecer algumas paixões que o marcaram Novamente foi criticado. Xingado de raparigueiro preguiçoso Decepcionado resolveu trabalhar Em um emprego remunerado Conheceu ali a pressão que o sistema Capitalista exerce sobre as empresas E a pressão que a empresa exerce sobre o colaborador! Várias vezes criticado! Criticado pelos novos vizinhos de solteiro e cutião! Indignado resolveu arrumar Uma esposa para lhe fazer companhia Mas, a carga horária de trabalho excessiva Para cobrir o aluguel no final do mês Tiraram-lhe o tempo de dedicação a esposa Criticado, praguejado, xingado e humilhado pela esposa! No final da vida, Uma lição para o neto que estava triste Por ter sido desprezado pela empresa A qual trabalhou 15 longos anos. “Filho, não importa o que a gente faz neste mundo Ou as maneiras pelas quais se faz, Quase ninguém reconhece”.

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Gilson Silva de Lima

...Perdeu a magia!

Sei que o Natal É momento de alegria Mas, tenho me dividido, Nesta data especial! Observado que não Vejo mais a magia Que transformava o dia Em algo fenomenal! Apesar de tudo Parecer funcionar normal A realidade mostra Uma banal comemoração! Onde as festas e as bebidas Celebram o ego pessoal E eliminam a oportunidade De unir à família em emoção!

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Gilson Silva de Lima

O Natal no século XXI.

Alguns dizem que o Natal é sagrado E quando a data chega, comemoram, Com bastante cachaça e muito assado O que?! Ninguém sabe! O nascimento... Não o do Menino Jesus, talvez farra do momento. Enquanto outros tentam juntar a família E em meio a tanto inferno de poluição sonora Ouve o bater a porta de um cidadão Ao abrir alguém sem “brilho” sem “aurora” Sem roupas dignas e pede pão! Pensar que pra muitos o Natal Virou um feriado qualquer, banal! E que existem tantos que gostariam de um Natal! Faz ver que é tempo de valores... Repensar. O elo desse dia tão esperado por muitos E comemorado por poucos... Lembrar. Afinal, o espírito do Natal, Que é de paz, amor e muita união. Não pode ceder lugar para as egoístas emoções Nem perder a teia tecida por varias gerações Em cada sábio e amoroso coração!

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Gilson Silva de Lima

Saudades do meu “tesouro”

Quando passo eu vejo o lugar Sob a água do rio Tocantins inundado Onde alguém me ensinou a amar Agora tudo é um feliz passado. Foi naquela pequena ilha que plantei O arroz, o milho, a mandioca e o feijão... Lá, muitas horas alegres eu gastei, Sem me preocupar com a tal inflação. Tempo bom foi, o meu presente? - Só saudades da minha vazante! Quando demais penso, até fico doente! Perdi uma relíquia, um belo diamante!

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Gilson Silva de Lima

A mesma dor

Está explicado então O ser humano não entende Um ao outro porque não É o mesmo bicho que roeu o coração. Do que adianta eu falar Escrever, explicar ou cantar, Que no meu coração tem uma bactéria Enquanto no do meu amigo tem um verme. É assim que perdemos laços Para as coisas erradas e mundanas Do que adianta um milhão de palavras bonitas? Se os diferentes bichos causam Diferentes visões humanas? Enquanto um provoca a dor de amor Outro a triste e inocente cegueira do ódio Do que adiantam bilhões de palavras escritas Se no fim muitos entendem que são apenas teorias cheia de humor?

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Gilson Silva de Lima

Agora tenho outros olhos

Não ando calçado de sapatos Antes uso as Havaianas, Não visto paletó, Só uma camiseta limpinha, Sem nenhum buraco, Porém, velhinha que dá dó. Não me esforço mais pra Aprender a falar “Inglês ou Espanhol”. Não coloquei ultimamente a rede no rio Só tenho pescado de anzol. Não faço mais poemas de dor: Só tento viver e entender o amor! Não sou igual ao Olávio Bilac, Mário Quintana, Machado de Assis, Ou tanto outro exemplar. Sou o verso de Carlos Drummond de Andrade: “um estranho ímpar”. Não sigo de acordo com todas As reflexões dos meus antepassados. Só escrevo o meu próprio passado. Talvez algum pesquisador que Encontre os meus escritos compartilhe Dos mesmos racicinios E eu seja em algum tempo lembrado. Não sou o gênio da humanidade Porque sei que pensamentos Eternamente se antagonizarão. Sou quem sabe, um menino, Que aprendeu o sincero valor Real da palavra humildade.

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Gilson Silva de Lima

Use o seu coração

Nem sempre posso expressar O que me corroí o coração E quando faço com o simples ato de amar Percebo a completa falta de compreensão. Não sei se é porque o mundo moderno Afogou o romantismo e a gentileza Ou se é só o seu jeito ignorante materno De não ver que uma nova pessoa pode possuir beleza. Talvez seja a falta de confiança e esperança Por causa das sombras de um triste passado Que plantou a desconfiança acompanhada de descrença total Mas, como saber se eu não posso ser o teu amado? Nem sempre posso falar O que me rói o coração E quando falo com a intenção de te conquistar Sinto a cruel rejeição.

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Gilson Silva de Lima

Simbolismo do nascimento

Coração numa verdade nua crua Emoção que no meio da rua lua Luz reluz sobre mente quente Ação para a caneta pegar com pensar Humildade simplicidade no papel colocar divulgar Profissão paixão de escrever ver Poesia alegria pelo mundo correr estremecer Transformação noção de um novo ser nascer Lido adquirido meu ou seu ou teu...

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Gilson Silva de Lima

Lágrimas de reconhecimento

Estava trabalhando A carta chegou Depois da leitura A sua feição mudou Tudo ao patrão explicou O chefe então o liberou No aeroporto o avião pegou Em Vila do Desespero chegou A casa do pai entrou Ao ver o espelho dormindo Uma teimosa lágrima rolou Alguns segundos depois Totalmente em pranto se desmachou Um amigo se aproximou Em um ato meio indevido perguntou: - Como pode alguém tão forte Como você que “nunca” chorou?! A resposta José desabafou: - Hoje eu perdi meu pai, Choro de tristeza, pois ele é digno de total reconhecimento, Por ter cuidado de mim desde Pequeno “todos” os dias!

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Gilson Silva de Lima

Profético

Tudo tem se cumprido na medida certa O homem como “centro” do universo O amor a cada dia está à oferta É tanta injustiça que não cabe em verso. E pensar, que o Maior sábio alertou, “Toda sabedoria do homem perante Mim é loucura” “Ninguém” deu ouvido, nem acreditou, Agora é só observar o mundo, uma linda doçura! Não importa o que o ser humano tente A única perfeita solução para o mundo atual É Jesus Cristo que não engana nem mente.

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Gilson Silva de Lima

Ode ao Altíssimo

Naveguei pelos mares e vi a extinção Caminhei nas terras onde eram florestas levadas pela devastação Cacei o canto mais isolado do planeta para respirar puro ar Ainda assim, senti cheiro de poluição, Tentei me esconder sob as águas dos rios com medo do fogo E a temperatura solar cozinhava meu corpo como um caldeirão Procurei a paz e o que encontrei foi a insegurança E o aumento dentro do coração humano de escuridão Ouvi dos governos da Terra tantas promessas E de prática nenhuma grande solução Percebi tudo escorrendo feito água de pia: A segurança, A Saúde, Os Valores Positivos, Os Direitos do Cidadão e a Educação... Como acreditar então: Que o tal homem “centro” do universo É a “Modernidade” e a “Evolução”? Nem sequer consegue saber o significado da palavra Administração Muito menos entende a grandeza de Uno Deus Além da simples imaginação. Escondem Sua Existência criando um mundo Sem moral e ética de pura marginalização. Mas, entre o Senhor e o “homem sabichão” Fico com a Sua Palavra e a certeza Que é o Único Capaz de Criar um Novo Reino de Paz e União.

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Gilson Silva de Lima

Meu jeito de ser

Assim como Manoel de Barros Tenho um gosto esquisito pelo vazio Maior ainda pela tal simplicidade Em certas oportunidades prefiro A canoa em vez de o navio. Sou um poeta humilde por natureza Só uso o que é necessário na devida ocasião Pra que esbanjar tanta beleza? Se o que importa é o que mora no coração! Não são as roupas de marcas A ou B Nem os sapatos da última moda Que vão dizer que eu sou! Pra que usar tanto terno caro Em todo lugar e toda estação? Só pra esconder “mais um” corrupto da nação! Ah, não! Prefiro gostar do vazio e da ocasião!

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Gilson Silva de Lima

Um forasteiro

Olho para esse estranho mundo Vejo o lado que os homens tentam negar A mentira e o engano são um mar profundo Escondem o verdadeiro sentido de amar! Sei que sou esquisito pela minha forma de pensar Mas, é isso que faz de mim um forasteiro De uma terra distante onde o homem não pode imaginar Onde existe justiça e não se luta para ser um justiceiro! Aqui meu tempo já foi decidido passageiro Pois, me dói saber que moro no meio de ser “racional” Que prega a união falsa, leva a paz como mensageiro E na penumbra da inocência pratica o mau! Da onde venho e para onde pretendo voltar: O amor é a moeda de troca mais valorizada. Não existe a inversão de valores Ordem do Dia lá Só uma humanidade bem consciente e preparada. Diferente daqui, onde fazer o errado Gera mais lucro que o amor ser valorizado Um mundo assim, onde o capital é o rei absoluto E se junta com a mentira, o engano e valor negativo praticar Só pode gerar muito pranto e luto! Não sou daqui. Sou apenas um forasteiro passageiro...

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Sobre o escritor: Especialista em Arte e Educação (Uniasselvi). Graduado em Matemática pela mesma instituição. Professor e escritor. Integrante de diversas Antologias por várias editoras brasileiras. Autor das obras: Amor e Versos (2007) Grafit; Discurso de um sonho (2011) Editora Scortecci; Ondas Emotivas (2012) Clube de Autores; Sentimentos Revelados (2015) Edição do Autor Lágrimas de Letras (2015) Edição do Autor. Rei dos reis Senhor dos senhores (2016) Edição do Autor. Da alma as palavras (2017) Edição do Autor. O ingênuo? Não mais (2018) Edição do Autor, Literatura de Cordel.

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