“LADEIRA DAS CRIANÇAS -TEATRO FUNK” INVADE O SESC GUARULHOS

URBANIZAÇÃO DO BAIRRO PIMENTAS, EM GUARULHOS

O Grupo Rosas Periféricas vem pesquisando e concentrando boa parte do seu trabalho nas vivências do Teatro de Rua e apresenta seus resultados.

Como contar quem é a criançada da nossa periferia? Como cantar quem é? Refletindo sobre a identidade da criança periférica e sobre os bens culturais do território acessados na fase infanto-juvenil, “LADEIRA DAS CRIANÇAS - TEATROFUNK” é o projeto atual do Grupo Rosas PERIFÉRICAS que eles trazem neste sábado (13) para Guarulhos.

No bonde da ladeira tem criança que sonha em ser DJ, menino curioso para saber o que há dentro do pote, menina de cabelo de nuvem; tem criança igual a todo mundo que foi criança um dia e morou na periferia. As histórias de crianças periféricas ganham a cena e revelam seus desejos e sonhos, embalados pelo ritmo do funk.

“LADEIRA DAS CRIANÇASTEATRO FUNK” é o nome do espetáculo, em formato Teatro de Rua, que é fruto da adaptação das obras literárias “O Pote Mágico” e “Amanhecer Esmeralda”, do escritor Ferréz (literatura marginal-periférica). No enredo da peça tem dois livros adaptados dramaturgicamente, além de serem recheados com as memórias pessoais dos integrantes do grupo e com as narrativas atuais das crianças que vivem nas bordas da cidade. Assim, o Rosas investiu na construção de mais uma narrativa ficcional documental, pesquisa e prática teatral desenvolvida pelo grupo desde 2014 e que, dentro do projeto, ganha um parceiro na linguagem musical, o funk. Percebendo como esse som faz parte do cotidiano do público infantojuvenil, acessar o público através do funk é a aposta para aproximar uma arte que não é popular na periferia (teatro) de uma arte totalmente popular (funk). O Grupo recebeu oficinas para preparação e produção do espetáculo, como aula de passinho, workshop sobre a História do Funk, oficina de rima e beat.

Sobre O Grupo

O Grupo Rosas Periféricas é um grupo de teatro singular, que desenvolve suas pesquisas em São Paulo capital desde 2008.

É composto por artistas e educadores(as), que investigam linguagens cênicas ancoradas em processos de criação em equipe e isso faz muita diferen- ça. Os temas vêm do que ronda as periferias onde vivem; a desigualdade social, o machismo, memória periférica, a feira livre e o tênis pendurado no fio elétrico. Sediados no Parque São Rafael na cidade de São Paulo, onde realizam encontros e ensaios, eles se acostumaram a ensaiar na rua e fazem disso uma grande atração. O Grupo é cooperativado pela Cooperativa Paulista de Teatro.