Jornal Festivais Gil Vicente 2019

Page 1

CE NTRO CULTUR AL VI L A F LOR

CE NTRO I NTE RNACI ONAL DAS ARTE S JOSÉ DE GU I M AR ÃE S

CÍRCULO DE ARTE E RE CRE I O

30 MAI ~ 16 JUN A FESTA DE TEATRO DE GUIMARÃES


F

E

S

T

I

V

A

I

S

ATIVIDADES PARALELAS 5 A 14 JUN

CIAJG E ESPAÇO OFICINA

LAB’UM

LABORATÓRIOS DA LIC. EM TEATRO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

3 A 8 JUN

G

I

L

CAR

OFICINA DE CRIAÇÃO

A BARCA DA GLÓRIA COM TÓNAN QUITO

+

SÁB 8 JUN

DIA GIL VICENTE 17H00 // CAR

APRESENTAÇÃO FINAL SÁB 15 JUN 17H00 // CCVF

ASSINATURA 3 ESPETÁCULOS (À ESCOLHA)

15,00 EUR ASSINATURA 5 ESPETÁCULOS (À ESCOLHA)

25,00 EUR

Preços com desconto (c/d) Cartão Jovem, Menores de 30 anos e Estudantes, Cartão Municipal de Idoso, Reformados e Maiores de 65 anos, Cartão Municipal das Pessoas com Deficiência, Deficientes e Acompanhante Cartão Quadrilátero Cultural desconto 50% VENDA DE BILHETES www.ccvf.pt oficina.bol.pt Centro Cultural Vila Flor Casa da Memória Centro Internacional das Artes José de Guimarães, Loja Oficina, Lojas Fnac, El Corte Inglés, Worten, Entidades aderentes da Bilheteira Online

GANGUE DE GUIMARÃES

SESSÃO DE TRABALHO ARTISTA NO CENTRO

+

18H30 // CCVF

JANTAR COM RITA MORAIS DOM 16 JUN 18H30 // CAR

DEBATE FESTIVAIS GIL VICENTE

+

JANTAR CONVÍVIO COM REDE TEATRO OFICINA


30 MAI A 2 JUN

QUI 13 JUN

ESTREIA 21H30 // PAC / PRAÇA

CCVF

MAT’19

A PRAÇA

MOSTRA DE AMADORES DE TEATRO

GONÇALO FONSECA OFICINAS DO TEATRO OFICINA

SEX 14 JUN

QUI 6 JUN

21H30 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

21H30 // CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

DON JUAN ESFAQUEADO NA AVENIDA DA LIBERDADE

PARLAMENTO ELEFANTE

EDUARDO MOLINA JOÃO PEDRO LEAL MARCO MENDONÇA BOLSA AMÉLIA REY-COLAÇO

PEDRO GIL COPRODUÇÃO

SÁB 15 JUN

SEX 7 JUN ESTREIA

21H30 // CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

21H30 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

ENSEADA

ENSAIO PARA UMA CARTOGRAFIA MÓNICA CALLE

MIGUEL CASTRO CALDAS

DOM 16 JUN

COPRODUÇÃO

17H00 // CIAJG

21H30 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

NUNO PRETO VISITA PERFORMATIVA

E

M

ED

I AÇ Ã O C

UL

TU RA L

SEQUÊNCIAS NARRATIVAS COMPLETAS

PONTO DE FUGA E D U C AÇ Ã O

SÁB 8 JUN

JOÃO SOUSA CARDOSO COPRODUÇÃO

E D U C AÇ Ã O

I AÇ Ã O C

UL L

17H00 // CCVF

ED

RA

DOM 9 JUN

M

TU

E

DO AVESSO

MANUELA FERREIRA VISITA PERFORMATIVA AOS LUGARES SECRETOS DO CCVF

V

I

C

E

N

T

E


O P M I A

U L P I L A R U L P E D A D DA

D I C A N Â T R O ADIMP A

THE IMPORTANCE OF PLURALITY

FESTIVAIS GIL VICENTE — 4

The Gil Vicente Festivals are indisputably one of Guimarães’ greatest cultural assets, both in terms of the value of the history that is produced, and the dense artistic production resulting from a movement that has made a major investment in reinforcing the relationship between theatre and its surrounding context. To achieve fuller recognition of the theatre’s strength in Guimarães, the 32nd edition is now expanded over time – with 3 consecutive weeks of celebration - and reinforces its vocation to represent several constituent layers of an increasingly strengthened corps of professionals. In particular the Festivals now include an amateur theatre showcase and works by the finalists of the BA Hons degree in theatre of the University of Minho, alongside the normal gamut of professional theatre performances, with 6 shows, and 2

performance visits. This new broader universe will foster the circulation of an important and inclusive relationship energy within the festivals, providing an overall vision that links together all types of theatre practitioners in the relationship between themselves and with audiences. The passage and consequent fixation of knowledge in the territory will be reinforced through a fuller experience of the current range of artistic practices in Guimarães. The Gil Vicente Festivals thus take a new step towards reconfiguration of a deservedly grandiose vision of theatre, generating a possible foundation for the growth of an artistic community and an audience which is increasingly interested in the practices and enjoyment of the performing arts in Guimarães. Rui Torrinha


C N Â T R O

L A R U IE D A OS FESTIVAIS GIL VICENTE SÃO INDISCUTIVELMENTE UM DOS GRANDES ATIVOS CULTURAIS DE GUIMARÃES, QUER PELO VALOR DA HISTÓRIA PRODUZIDA, QUER PELO LASTRO ARTÍSTICO DENSO DE UM MOVIMENTO QUE TEM INVESTIDO FORTE NA RELAÇÃO COM O TEATRO A PARTIR DO CONTEXTO ONDE SE INSERE.

IA

Para melhor fazer refletir a força que o teatro tem neste território, esta 32ª edição expande-se no tempo – 3 semanas consecutivas de celebração – e reforça a sua vocação para fazer convergir várias camadas constituintes de um corpo cada vez mais robustecido. A saber, a junção no arco dos Festivais, da mostra de amadores de teatro e dos laboratórios do curso superior de teatro da UM ao já habitual elenco profissional de 6

espetáculos, mais 2 visitas performativas. Este universo mais amplo que assim se forma trará para dentro dos Festivais a circulação de uma energia de relacionamento importante e inclusiva, ligando por um só interesse todo o tipo de praticantes de teatro na relação entre si e com o público. A passagem e consequente fixação de conhecimento no território sairá assim reforçada através de uma vivência mais ajustada à manifestação

atual das práticas artísticas em Guimarães. Os Festivais Gil Vicente dão pois um novo passo de reconfiguração no sentido de um olhar tão grandioso quanto o teatro merece, gerando um possível alicerce para o crescimento de uma comunidade artística e um público cada vez mais interessados nas práticas e na fruição das artes performativas no território. Rui Torrinha


30 MAI A 2 JUN CCVF

MAT’19 MOSTRA DE AMADORES DE TEATRO

Uma semana antes dos espetáculos das companhias profissionais, seis grupos de amadores de teatro de Guimarães sobem a palco no Centro Cultural Vila Flor para apresentar as suas mais recentes criações. A Mostra de Amadores de Teatro ganha um novo espaço no calendário e uma nova centralidade, retomando o que espírito histórico dos Festivais: o cruzamento entre amadores e profissionais do teatro.

ATIVIDADES PARALELAS

SÁB 1 JUN

MANHÃ E TARDE // CCVF / SALA DE ENSAIOS

OFICINA DE TEATRO

COM GONÇALO FONSECA E NUNO PRETO

+

16H00 // CCVF / SALA DE ENSAIOS

APRESENTAÇÃO INFORMAL Oficina gratuita para amadores de teatro da Rede Teatro Oficina Inscrições: redeoficina@aoficina.pt

DOM 2 JUN 18H30 // CCVF / CAFÉ CONCERTO

DEBATE FINAL

FESTIVAIS GIL VICENTE — 6

A week before the professional theatre companies’ performances during the Gil Vicente Festivals, six amateur theatre groups from Guimarães will present their latest works in the Centro Cultural Vila Flor. The Amateur Theatre Showcase (MAT) gains a new space in the annual calendar and a new central role, resuming the Festivals’ historic spirit: at the intersection between amateur and professional theatre groups.


QUI 30 MAI

SEX 31 MAI

21H30 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

21H30 // CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

CETE –CONVÍVIO

A PARTIR DE MOLIÈRE

DORES

E TEATRO EXPERIMENTAL 45 MIN. APROX. MAIORES DE 12 3,00 EUR

Parabéns! A vida é sempre pautada pelos nossos aniversários, e há uns que nos marcam para quase sempre. Dores é uma menina, Dores é uma artista, Dores é apaixonada pela vida. As Dores também buscam sonhos. Vamos falar de Dores. Das nossas dores, das vossas. Será que temos as dores no sítio certo? Happy Birthday! Life is measured out by our birthdays, and some leave an almost indelible mark on us. Dores is a girl, she’s an artist and passionate about life. She also chases dreams. Let's talk about Dores (= pains) - our pains, your pains. Do we have pains in the right place??

Texto e dramaturgia CETE Encenação CETE com apoio de Nuno Preto Direção de Atores Iris Soares Interpretação Catarina Lopes, Inês Oliveira, Iris Soares, Isabel Almeida, Manuela Mendonça, Natacha Carvalho Elementos da comunidade Alexandre Brandão, Beatriz Soares, Carolina Matos, Cristina Ribeiro, Geogiany Souto, Maria Vitória Rodrigues Desenho de luz Ricardo Santos Sonoplastia João Guimarães Cenografia Inês Oliveira Figurinos e Caraterização Edgar Gonçalves

Criação de Movimento Inês Oliveira Filme Som e Imagem Nuno Meneses e Gabriela Almeida Produção Whale's Mouth Interpretação Maria Vitória Rodrigues Realização Iris Soares Produção Associação Convívio Apoio à criação do espetáculo João Ventura, Diana Sá, Jorge Quintela

MÉDICO À PAULADA GT CAMPELOS 60 MIN. APROX. MAIORES DE 12 3,00 EUR

Nesta peça observamos uma sociedade de vizinhos em que o dinheiro move toda uma rede de interesses, dos pequenos aos grandes. Os criados esperam gorjetas, Geronte quer casar a filha com herança que possa engrossar o património familiar, preterindo Leandro, o verdadeiro amor de Lucinda, que inventa uma doença para fugir ao casamento imposto. Entretanto, Seganarelo, o lenhador extravagante, gasta o que não tem em vinho, vende ao desbarato toda a mobília. Martinha, a mulher, educa sozinha os quatro filhos e, depois de levar umas pauladas, vinga-se na mesma moeda, armando-lhe uma cilada: Seganarelo vê-se obrigado à força de pancada a assumir que é médico. Jaquelina, a ama de leite, tem uma visão muito terra a terra da vida, lendo no amor de Lucinda por Leandro a raiz do mal da menina. E tudo acaba num “Final feliz”, para bem de Lucinda e Leandro. In this play we observe a community of neighbours, in which money drives a complex network of interests - small to large. Servants hang around to receive tips. Geronte wants to marry a daughter, Lucinda, who has an inheritance. He aims to expand his family’s assets, by getting her to choose him over Leandro, her true love. He invents an illness, to impede the arranged marriage. In the meantime, Seganarelo, the extravagant woodcutter, racks up debts to purchase wine. He sells his furniture on the cheap. Martinha, his wife, educates their four children by herself. After being beaten several times by her husband, she seeks revenge by setting a trap: Seganarelo is beaten and forced to assume that he is a doctor. Jaquelina, the wet nurse, has a down-to-earth vision of life. She believes that Lucinda's love for Leandro is the root of her troubles. Finally there is a "Happy Ending", to the benefit of Lucinda and Leandro.

Interpretação Simão Teixeira, Ana Sofia Cunha, Maria Andrade, João Teixeira, Arlindo da Cunha, Matias Teixeira, Ana Isabel da Cunha, Beatriz Dias, Diogo Maia, Catarina Lopes

Cenografia Diana Lopes Guarda-roupa Emília Marinho Encenador Paulo Teixeira Assistentes Marta Marques, Cátia Cunha


-

SÁB 1 JUN 17H00 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

21H30 // CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

DE GIL VICENTE

DE MARTIN CRIMP

MARIA PARDA OSMUSIKÉ

ATRAMA

40 MIN. APROX. MAIORES DE 12 3,00 EUR

40 MIN. APROX. MAIORES DE 16 3,00 EUR

Deambulemos pelas ruas de Lisboa, sequiosos, nós e a Maria Parda, uma velha, porta-voz dos bêbados. Acompanhemo-la e lamentemos a falta de vinho. Haverá quem nos venda fiado? É o Pranto de Maria Parda. Maria Parda pertence a uma sociedade de consumo bem atual, onde a solidão se encontra vincada pelas suas palavras e onde o possuir é vendido como terapia. Não na forma de ambição doentia, mas por desfasamento, por irreconhecimento do eu ou até mesmo por dormência.

Anne, Annie ou Anny? Tentativas de a descrever? Tentativas de a destruir? Ou tentativas de se autodestruir? Será a Anne o objeto de violência? Ou a sua praticante aterrorizante?

We wander through the winding streets of Lisbon, in the company of an old woman, Maria Parda, the spokeswoman of drunks. We walk with her as she laments her lack of wine. Is there anyone who will sell us some wine on credit? It is Maria Parda’s main meal. She belongs to a highly contemporary consumer society, in which loneliness is marked by her words, where owning things is sold as a form of therapy. Not in the form of an unhealthy ambition, but through a mismatch, a failure to recognise the self or even dormancy.

Texto Pranto de Maria Parda Autor Gil Vicente Dramaturgia, Espaço Cénico e Encenação Emília Ribeiro e Luís Almeida Interpretação Alice Xavier, Bruno Simões, Celeste Pinto, Emília Ribeiro, Francisco Simões, Jandira Henriques, Manuela Sousa, Ricardo Faria, Rosa Silva

FESTIVAIS GIL VICENTE — 8

(A)TENTADOS

Guarda-Roupa Emília Ribeiro e Milita Marinho Luz e Som Luís Almeida e Emília Ribeiro Produção Osmusiké

Uma montanha-russa de obsessões do final do século XX. Um estranho conjunto de personagens sem nome que tentam inventar a história perfeita para encapsular o nosso tempo. – Estes são os ingredientes básicos. Vamos questionar a identidade nos nossos dias. Propomo-nos a explorar figuras, personagens ausentes, integradas numa época de superficialidade e de estereótipos que invadem o nosso diaa-dia e que acabam por condicionar a nossa imagem. O que somos quando condicionados? Vamos levantar questões sobre a nossa própria existência, vamos compor o nosso mundo onde a ilusão se mistura com a realidade, em temas como a arte, o terrorismo, a televisão, a família, a solidão, ou o próprio teatro. Anne, Annie or Anny? Attempts to describe her? Attempts to destroy her? Or attempts at self-destruction? Is Anne the victim of violence? Or is she its terrifying practitioner? A roller coaster of late 20th century obsessions. An odd group of nameless characters who try to invent the perfect story to encapsulate our epoch. These are the basic ingredients. Let's question the identity of today’s world. We propose to explore figures, absent characters, integrated in an era of superficiality and stereotypes that invade our everyday life and ultimately condition our image. What are we, when conditioned in this manner? Let’s pose questions about our own existence, let’s compose our world, in which illusion mingles with reality, addressing themes such as art, terrorism, television, family, solitude, or the theatre itself.

Encenação Patrício Torres e Alexandrino Silva Assistência de encenação Paulo Silva Interpretação Alexandrino Silva, Andreia Soares, Carla Silva, Diana Viana, Edite Mendes, Elisabete Abreu, Elisabete Eustáquio, Iola Castro, Isabel Lisboa, Francisca Silva, Patrício Torres, Paulo Silva, Pedro Lemos, Rui Cunha Participação especial Eva Fortes da Silva Vídeo (Conceção/ Storyboard) Patrício Torres Vídeo (Realização e Montagem) Nuno Meneses e Gabriela Nashe - Whale's Mouth Desenho de Luz Alexandrino Silva e Patrício Torres Sonoplastia Alexandrino Silva e João Guimarães Cenografia e Guarda Roupa ATRAMA Fotografia José Maia Freitas Comunicação e Imagem Elisabete Abreu e Francisca Silva


DOM 2 JUN 15H00 // CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

17H00 // CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

A PARTIR DE FERNANDO PESSOA E VÁRIOS AUTORES

A PARTIR DE GEORGE ORWELL

GUARDADOR DE REBANHOS ARCAP PONTE

QUANDO OS ANIMAIS GOVERNAM GT CITÂNIA - BRITEIROS

60 MIN. APROX. MAIORES DE 12 3,00 EUR

60 MIN. APROX. MAIORES DE 12 3,00 EUR

Baseada na história do livro do jornalista Pedro Coelho (Rosa brava, pastora de sonhos e outras histórias), com textos de Arnaldo Sousa e poemas de Alberto Caeiro, o Guardador de rebanhos retrata de uma forma divertida o problema da desertificação, abandono escolar, oportunismo político e o poder dos média. Guardador de rebanhos é uma sátira da vida de uma família de pastores. Vida simples, vida agreste, vida de pastores (vida normal), se não tivesse sido tema de uma reportagem televisiva. Apanhados pelo oportunismo sensacionalista da comunicação social e do populismo político que se aproveitam de algo importante, não se inibindo de se imiscuírem na privacidade e pacatez de quem procura uma vida simples e distante da agitada vida da cidade, apenas com o propósito de retirarem dividendos, seja audiências, no caso da comunicação social, seja popularidade no caso dos políticos.

“É a fábula merecida por uma época a nossa época - em que são os homens e as mulheres a comportar-se como animais”, escreve João Bernardo no prefácio da obra de George Orwell, na edição traduzida por Paulo Faria. Vivemos tempos de nacionalismos e populismos reacesos e incendiários; tempos em que, perante nós, nações gritam cataclismos e mudanças preocupantes, graves. Orwell evoca uma circularidade que vale a pena revisitar, pois se os animais se tornam humanos e os humanos animais, quem distingue um do outro?

Based on the book by the journalist Pedro Coelho, Rosa brava, pastora de sonhos e outras histórias (Rosa brava, shepherd of dreams and other stories), with texts by Arnaldo Sousa and poems by Alberto Caeiro, Keeper of Sheep offers an amusing portrayal of the problem of desertification, school dropouts, political opportunism and the power of the media. Keeper of Sheep is a satire based on the lives of a family of shepherds. They would have led a simple country life, a normal life, if it hadn’t been for a TV news story. They are caught up in the sensationalist opportunism of the media and political populism that takes advantage of something that is important, without refraining from interfering in the peace and quiet and privacy of those who seek a simple life, far from the urban hustle and bustle, for the purpose of short-term gains audience ratings or popularity for politicians.

Texto a partir de Fernando Pessoa e vários autores Interpretação Joel Costa (Presidente), Fernando Pereira (Joaquim), Mariana Abreu (Rosa), Rosa Ferreira (Maria), Rita Lopes (Deolinda), Helena Cardoso (Margarida), Fernando Freitas (Poeta),

Edgar Ribeiro (Fernando), Beatriz Leite (Beatriz), Paulo Ferreira (Polícia 1), Luís Soares (Polícia 2), Ana Luísa (Jornalista 1), Beatriz Dias (Jornalista 2) Produção ARCAP - Academia Recreativa e Cultural Amigos de Ponte

“The deserved fable for an epoch - our epoch - in which men and women behave like animals" João Bernardo wrote in his preface to George Orwell's Animal Farm, in the edition translated by Paulo Faria. We live in an epoch of repugnant and incendiary populisms and nationalisms – an epoch in which, before us, nations cry out about cataclysms and terrible events. Orwell evoked a circularity that is worth revisiting, because if animals become humans and humans become animals, who will be able to distinguish one from the other?

Interpretação Carlos “Camané” Mendes (Senhor Reis), Luísa Ribeiro (Senhora Reis), Elsa Azevedo (Drª Respiga), Elsa Machado (Germana), Carlos Mendes (Major), Pedro Rafael (Bonifácio / Bola de Neve), Luis Guilherme Marques (Napoleão), Guilherme Mendes (Tagarela), Andreia Dias (Trovão), Margarida Ribeiro (Feijoca), Susana Martinho (Mimi), Adelaide Pereira (Benjamina), Emília Marques (Mimosa), Francisca Ribeiro (Sofia), Luis Mendes (Corvo), Conceição Vieira e Ana Sousa (Ovelhas) Autor George Orwell Adaptação, Dramaturgia, Encenação, Direção de Atores Bruno Laborinho

Assistentes de Encenação Luís Guilherme, Elsa Alexandra Assistência Tiago Guimarães Assistência ao Desenho de Luz Elsa Alexandra Assistência à Sonoplastia Elsa Machado Operação de Luz Avelino Silva Operação de Som Bruno Laborinho Figurinos Grupo Citânia Máscaras construídas durante uma Oficina de Máscaras, especificamente planeada para o espetáculo, orientação e formação de Cristina Cunha Cenografia Citânia-Grupo de Teatro


QUI 6 JUN — 21H30 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

PEDRO GIL

FESTIVAIS GIL VICENTE — 10

DON JUAN ESFAQUEADO NA AVENIDA DA LIBERDADE

Há um par de anos atrás Pedro Gil visitou o Museu do Aljube, antiga prisão do Aljube, onde o seu avô esteve preso pelo regime salazarista. Numa das paredes da exposição deparou-se novamente com os cinco nãos do Estado Novo em letras garrafais: Não discutimos a pátria, Não discutimos a autoridade, Não discutimos a família, Não discutimos o trabalho e Não discutimos Deus. Subitamente veio-lhe à cabeça a ideia de fazer um Don Juan, paixão antiga. De regresso a Sevilha, Don Juan depara-se com a estátua do Comendador que batera em duelo depois de ter possuído a sua filha. Don Juan convida a estátua para uma ceia em sua casa, ao que esta responde afirmativamente acenando com a cabeça. Só que ao contrário dos outros, este Don Juan não comparece à ceia acordada. Don Juan foge para Lisboa mas o fantasma do Comendador persegue-o, quer que ele lhe aperte a mão. Don Juan desconfia e pressente que não é boa ideia apertar a mão ao fantasma de uma pessoa que ele próprio assassinou. Don Juan resolve ir à Bruxa mas a maldição é irrevogável, a única salvação é fugir no tempo. Don Juan lança os dados e é catapultado para o século XXI. É uma comédia.


“NÃO DISCUTIMOS O TRABALHO E NÃO DISCUTIMOS DEUS.”

DON JUAN STABBED IN THE AVENIDA DA LIBERDADE A few years back, Pedro Gil visited the Aljube Museum, housed in the former prison of Aljube, where his grandfather was imprisoned by Salazar’s regime. He saw an inscription in bold, on one of the exhibition walls, of the five prohibitions of the Estado Novo regime: We don’t discuss the homeland, We don’t discuss authority, We don’t discuss the family, We don’t discuss work and We don’t discuss God. He suddenly thought of a story about Don Juan, an old passion. Upon his return to Seville, Don Juan sees the statue of the Commander he killed in a duel, after sleeping with his daughter. Don Juan invites the statue

for dinner in his house. The statue agrees by nodding his head. But unlike other versions of the story, this time Don Juan doesn’t turn up for dinner and instead flees to Lisbon. But he is followed by the Commander’s ghost, who wants to shake his hand. Don Juan is suspicious. He senses that it isn’t a good idea to shake hands with the ghost of someone he murdered. He decides to visit the Witch, but the curse is irrevocable. His only alternative is to flee through time. Don Juan throws the dice and is catapulted into the 21st century. It's a comedy.

Texto e direção artística Pedro Gil Interpretação Filipa Matta, Miguel Loureiro, Pedro Gil, Raquel Castro, Rita Calçada Bastos e Tónan Quito Desenho de luz Daniel Worm d’Assumpção Cenografia & adereços Pedro Silva Figurinos Catarina Graça Maquilhagem Jorge Bragada Direção de produção Raquel Castro Produção executiva Vítor Alves Brotas/ Agência 25 Apoio à criação Diogo Andrade Encadernação do adereço livro Filipa Matta Modelação do rosto da estátua Rute Reis Participação na residência artística Miguel Castro Caldas Apoio à execução de cenário e adereços Fernando Gil Carpintaria Thomas Kahrel Assessoria de imprensa Helena César Fotografia de cena Mariana C. Silva Registo vídeo João Gambino Design Joana Tavares Tradução Ana Macedo Residência O Espaço do Tempo, Companhia Olga Roriz Coprodução Barba Azul, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto e Centro Cultural Vila Flor Apoio República Portuguesa – Cultura / Direção-Geral das Artes Apoios Forum Dança, Ginásio Clube Português, Oficina do Cego, Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São Carlos Patrocínios Bispos – Joaquim Augusto Bispo, Écranvia, Luís Lemos Cabeleireiros Agradecimentos Diogo Mesquita, Eugénia Vasques, Giacomo Scalisi, Gisella Mendoza, Joana Bértholo, João Brites, João Sebastian, Jorge Silva Melo, Manuel Leitão, Nuno Rebelo, Otília Andaluz, Rui Horta, Tiago Rodrigues

© Mariana C. Silva

Maiores de 16 135 min. c/intervalo 7,50 eur / 5,00 eur c/d


SEX 7 JUN — 21H30 CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

MIGUEL CASTRO CALDAS

ENSEADA

FESTIVAIS GIL VICENTE — 12

E

S

T

R

E

I

A

Enseada é definida no dicionário como um recôncavo na costa do mar, um porto de abrigo, uma pequena baía. Uma pessoa chega a casa e vê um bilhete no chão que apanha. Lê o que está escrito, entrega-o à outra pessoa que já lá estava e diz: estava isto debaixo da porta. A outra pessoa pergunta: o que é que diz? E a primeira responde: gosto de ti. Agora a pergunta que se faz é esta: a pessoa que respondeu “gosto de ti” respondeu algo que estava a ler ou disse-o à outra pessoa que já lá estava: gosto de ti. Estava a ler ou a dizer? Se estava a ler então estava de algum modo a dizer “gosto de ti” automaticamente, estava a ser a máquina que lê e diz o que lê. Porém, se não estava a ler, então dizia “gosto de ti” com intenção de dizer isso. Enseada é sobre a possibilidade de duas pessoas poderem falar uma com outra e entenderem-se. Depois da investigação que fez, a equipa da Enseada chegou à conclusão provisória de que a condição necessária para duas pessoas se entenderem é essas duas pessoas terem vontade de se entenderem, quererem entender-se acreditarem que é possível entenderem-se. Chegou também à conclusão provisória de que

Maiores de 12 60 min. 7,50 eur / 5,00 eur c/d

Estava isto debaixo da porta O que é que diz What does it say? Gosto de ti I love you É de quem Who’s it from? Não diz It doesn’t say Queres café? Do you want some coffee? Estava isto debaixo da porta It was under the door O que é que diz What does it say? Gosto de ti I love you É de quem Who’s it from? Não diz. It doesn’t say Queres café? Do you want some coffee? Quero I do Vou fazer. I’ll make some. Que tal o teu dia? How was your day? Cá estou Here I am Cá estou? Here I am? Sim, cá estou Yes, here I am. Não te apetece falar, é isso? You don’t feel like talking, is that it? Não. sim. Falar de quê? No. Yes. Talk about what? Estava isto debaixo da porta It was under the door O que é que diz What does it say? Gosto de ti It was under the door

I love you

a sensação de felicidade está fortemente ligada à sensação de uma pessoa sentir que entende e sentir que se faz entender. Enseada é também sobre os automatismos e as rotinas da vida e sobre as vantagens e desvantagens desses automatismos e rotinas. Sobre como as rotinas podem ser tempestades e como podem ser enseadas.


© Luísa Baeta

Enseada (Cove) is defined in the dictionary as a small inlet on the coast, a protective harbour, a small bay. Someone arrives home and sees a note on the floor, They pick it up read what’s written. Then they give it to the other person who was already there and says: this was under the door. The other person asks, what does it say? The first person responds: I love you. The following question arises: the person who answered "I love you" was saying what was written or was saying to the other person who was already there: I love you. Was he reading, or saying something? If I he was reading, then

he was somehow saying "I love you" automatically, like a machine that reads and states what it reads. But if he wasn’t reading, then he was saying "I love you" with the intention of saying precisely that. Enseada (Cove) is about the possibility that two people can talk to each other and understand each other. After their research, the team of Enseada (Cove) came to the provisional conclusion that the necessary condition for two people to understand each other is that they have the desire to understand each other, that they want to understand each other and believe that this is possible. The team also came

to the provisional conclusion that the feeling of happiness is strongly linked to the feeling of a person who senses that he understands, and feels that he is making himself understood. It is also about the automatisms and routines of life and about the advantages and disadvantages of such automatisms and routines. About how routines can be storms and how they can also be coves.

Direção e texto Miguel Castro Caldas Criação Miguel Castro Caldas, Élvio Camacho, Filipe Pinto, João Caldas, Márcia Lança, Marta Félix Intérpretes Élvio Camacho, Márcia Lança, Marta Félix Espaço Cénico Sara Franqueira Assistência de cenografia Joana Saboeiro Figurinos Marta Félix Música João Caldas

Luz Cristovão Cunha Apoio à dramaturgia Ana Matoso Produção Executiva Marta Moreira Residências Materiais Diversos e CCVF Produção Org.i.a Coprodução Teatro Nacional D. Maria II e Centro Cultural Vila Flor Projeto apoiado pela República Portuguesa – Cultura / DireçãoGeral das Artes


SÁB 8 JUN — 21H30

Maiores de 12 60 min. aprox. 7,50 eur / 5,00 eur c/d

CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

JOÃO SOUSA CARDOSO

SEQUÊNCIAS NARRATIVAS COMPLETAS

FESTIVAIS GIL VICENTE — 14

O TRABALHO SOLITÁRIO DA TRANSMISSÃO. Sequências Narrativas Completas é um espetáculo concebido pelo artista João Sousa Cardoso, a partir da obra homónima do escritor e pintor Álvaro Lapa, numa construção – diferente a cada representação – entre o teatro e a conferência. Depois de Raso como o Chão (estreado no Teatro Nacional São João em 2012, apresentado no Teatro da Politécnica no Temps d’Images em Lisboa e reposto a convite do Museu de Serralves numa nova versão em 2018) Sequências Narrativas Completas aprofunda as questões dos anteriores trabalhos dedicados a Álvaro Lapa – onde se incluem A Carbonária (2008) e Barulheira

(2015) –, tomando desta vez o último e o mais radical texto do autor. Habitado pelas personagens do universo lapiano que sempre voltam na pintura, no desenho ou na escrita, a linguagem torna-se aqui material físico, visual e sonoro puro, num diálogo fraterno com a vertigem e a polifonia de Finnegans Wake de James Joyce. Entre diversas personagens, ganha forma Abdul Varetti, alter-ego de Álvaro Lapa, siciliano e escritor falhado, que borda vinte e duas profecias que anunciam a força do arcaico e o futuro. No cruzamento entre as artes performativas e o exercício do pensamento tornado visível, o espetáculo é também uma resposta a Teatro Expandido!, empreendimento radical com que, de janeiro a dezembro de 2015, João Sousa Cardoso contribuiu para a


“ENSAIO SOBRE A INTIMIDADE E A POLÍTICA NA VIDA PORTUGUESA.”

Texto A partir de Álvaro Lapa Criação e Interpretação João Sousa Cardoso Cenografia André Sousa Direção Técnica Miguel Ângelo Carneiro Fotografia de Cena Maria Begasse Produção Isalinda Santos Assistente de Produção Ana Pinto Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São João, Centro Cultural Vila Flor, Teatro Viriato, Confederação

COMPLETE NARRATIVE SEQUENCES

reabertura do Teatro Municipal do Porto e a sua devolução aos cidadãos. Deste projeto que atravessou a dramaturgia do século 20, levantou 11 peças em 12 meses e mobilizou dezenas de atores, Sequências Narrativas Completas traz a experiência daquela vertigem de um teatro de urgência para um solo, cruzando a leitura e a dramatização, o relato diarístico e o monólogo interior, o ensaio sobre a intimidade e a política na vida portuguesa. Mas, havendo Álvaro Lapa sido professor de João Sousa Cardoso, Sequências Narrativas Completas é a atualização de uma conversa entre o antigo estudante e o velho mestre, ou entre dois artistas confidenciais ou ainda uma reflexão noturna e inquieta sobre as práticas de transmissão e os seus enigmas.

© Maria Begasse

The lonely work of transmission Complete Narrative Sequences is a performance conceived by the artist, João Sousa Cardoso, based on the homonymous work (Sequências Narrativas Completas) by the writer and painter Álvaro Lapa. The play is a construction halfway between the theatre and a conference, which changes in each performance. After Raso como o Chão (Flat as the Ground) (which premiered at the São João National Theatre in 2012, and was presented in the Teatro da Politécnica during the Temps d’Images festival in Lisbon and restaged at the invitation of the Serralves Museum in a new version in 2018) Complete Narrative Sequences extends the questions developed in his previous works dedicated to Álvaro Lapa including A Carbonária (2008) and Barulheira (2015). On this occasion he works with the artist’s final and most radical text. Inhabited by the characters of Lapa’s universe, who always return to painting, drawing or writing, language becomes a pure physical, visual and sound material in a fraternal dialogue with the polyphony and vertiginous odyssey of James Joyce's Finnegans Wake. Among several characters, a failed Sicilian writer Abdul Varetti, one of Álvaro Lapa’s alter egos, reveals twenty-two prophecies that herald the power of the archaic and the future. In a cross between the performing arts and the exercise of thought which is rendered visible, the performance is also a response to Teatro Expandido! (Expanded Theatre!), a radical venture that João Sousa Cardoso undertook between January to December 2015, in which he helped reopen the Porto Municipal Theatre and returned it to the local inhabitants. On the basis of this project, which crossed the 20th century’s dramaturgy, and produced 11 plays in 12 months and mobilized dozens of actors, Complete Narrative Sequences brings the experience of that vertigo from a theatre of emergency to a solo performance, that combines reading and dramatization, diary reports and an interior monologue, in an essay on intimacy and politics in Portuguese life. João Sousa Cardoso studied under Álvaro Lapa, and Complete Narrative Sequences is an update to a conversation between a former student and his teacher, or between two confidential artists. It is also a nocturnal and restless reflection on the practices of transmission and its enigmas.


DOM 9 JUN — 17H00 CCVF

Maiores de 12 90 min. 2,00 eur

PROJETO VENCEDOR 1ª BOLSA GANGUE DE GUIMARÃES

MANUELA FERREIRA

DO AVESSO

Encenação e Dramaturgia Manuela Ferreira* Texto Ana Arqueiro Intérpretes Mário Alberto Pereira*, Rita Morais* e Tiago Porteiro* Com a participação especial Helena Ribeiro Design de Luz Carlos Ribeiro Design de Som Nuno Eiras *Artistas do Gangue de Guimarães

Nesta visita ao CCVF vamos investigar o que se esconde atrás do que está por trás – o que não se vê, o que não está em cena. Descobriremos onde nos levam os labirínticos corredores, as recônditas oficinas e outras passagens (quase) secretas que abrigam memórias e preservam saberes das pessoas que aqui trabalham. Neste espaço, a magia começa fora do palco, na vida de todos os dias, no delicado labor de quem, com desvelo, prepara momentos tão efémeros quanto singulares. Abrir de par em par as portas várias deste lugar, onde, como no teatro, moram muitas artes dentro (a música, a dança, a literatura, a pintura, a arquitetura, a fotografia, o cinema…), é um modo breve de partilhar as invisibilidades que o atravessam, arredando as chaves das fechaduras, espreitando o interior dos gestos e o avesso das paredes.

© Nuno Moita

FESTIVAIS GIL VICENTE — 16

VISITA PERFORMATIVA AOS LUGARES SECRETOS DO CCVF


MAPPING MEMORIES The materials and contents of this performance-based visit result from a work methodology, that resembles a documentary exercise. The aim is to build the memory of this space using the testimonies produced in close collaboration with the CCVF’s different teams - personal, professional and artistic testimonies. This methodology, which draws close to oral history1, has helped us collect dramaturgical material

E

M

ED

I AÇ Ã O C

UL

© Paulo Pacheco

L

During this visit to the CCVF we will go backstage and see what you normally can’t see, that which doesn’t appear on stage. We will journey through the labyrinthine corridors to the hidden workshops and other (almost) secret passages that shelter memories and preserve the knowledge of those who work here. Here the magic begins offstage - in everyday life, in the delicate work of those who painstakingly prepare unique and ephemeral moments. We will open the various doors of the spaces of the CCVF, which, as in the theatre, are inhabited by many art forms (music, dance, literature, painting, architecture, photography, cinema ...). This is a brief

opportunity to share the invisibilities that exist in this space, removing the keys from the locks and peeking inside to see the gestures and flip side of the walls.

uma metodologia de pesquisa que consiste em realizar entrevistas gravadas com pessoas que podem testemunhar sobre acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida ou outros aspetos da história contemporânea.

RA

FLIP SIDE

1 A história oral é

TU

Os materiais e conteúdos desta visita performativa resultam de uma metodologia de trabalho, próximo de um exercício documental. Pretendeu-se construir a memória deste espaço a partir da recolha de testemunhos que foi feita em estreita colaboração com as diferentes equipas que compõem o CCVF – testemunhos pessoais, profissionais e artísticos. Esta metodologia, próxima da história oral1, serviu o propósito de recolher material dramatúrgico capaz de recontar uma narrativa pertencente a um lugar e respetiva comunidade. Da escuta atenta de todos os que foram desafiados a partilhar memórias e saberes nascem os conteúdos, imagens e atmosferas desta visita performativa. Fizeram parte deste processo alguns membros da equipa da Oficina: Carlos Rego (Comunicação e Marketing), Carlos Ribeiro (Técnica), Conceição Oliveira (Manutenção e Limpeza), Helena Ribeiro (Direção de Cena), Jacinto Cunha (Manutenção), João Castro (Técnica), José Patacão (Direção Técnica), Liliana Pina (Serviços Administrativos/

Financeiros), Marta Ferreira (Direção Comunicação e Marketing), Miguel Machado (Segurança), Nuno Eiras (Técnica), Pedro Silva (Produção - Direção Áreas Expositivas), Rui Torrinha (Programação CCVF e Festivais), Sofia Leite (Produção), Susana Pinheiro (Produção), Vítor Fonseca (Segurança); Diana Sá (atriz do Teatro Oficina entre 2002 e 2015), e o seguinte grupo de público: Alexandrino Fortes Silva, Casimiro Silva, Íris Soares, Júlia Alves Faria, Rui Donas e Zacarias Gomes.

E D U C AÇ Ã O

CARTOGRAFAR MEMÓRIAS

making it possible to retell a narrative that pertains to a specific place and its community. The contents, images and atmospheres of this performance-based visit are based on carefully listening to everyone who is challenged to share their memories and knowledge. This process involved several members of A Oficina’s team: Carlos Rego (Communication and Marketing), Carlos Ribeiro (Technical issues), Conceição Oliveira (Maintenance and Cleaning), Helena Ribeiro (Set Design Department), Jacinto Cunha (Maintenance), João Castro (Technical issues), José Patacão (Technical Department) Liliana Pina (Administrative / Financial Services), Marta Ferreira (Communication and Marketing

Department), Miguel Machado (Security), Nuno Eiras (Technical issues), Pedro Silva (Production Exhibition Areas Department), Rui Torrinha (CCVF Programming and Festivals), Sofia Leite (Production), Susana Pinheiro (Production), Vítor Fonseca (Security); Diana Sá (actress of Teatro Oficina between 2002 and 2015), and the following audience members: Alexandrino Fortes Silva, Casimiro Silva, Íris Soares, Júlia Alves Faria, Rui Donas and Zacarias Gomes. 1 Oral history is a research methodology that consists of conducting recorded interviews with people who can testify about events, situations, institutions, ways of life or other aspects of contemporary history.


QUI 13 JUN — 21H30 PAC / PRAÇA

GONÇALO FONSECA

A PRAÇA

OFICINAS DO TEATRO OFICINA Maiores de 12 60 min. Entrada gratuita

FESTIVAIS GIL VICENTE — 18

E

Encenação Gonçalo Fonseca Assistência de encenação Nuno Preto Interpretação Afonso Bessa, Albertina Castro, Alda Ribeiro, Ana Beatriz Faria, Ana Bessa, Ana Elisa Castro, Ana Marques,

Andreia Santos, António Matos, Beatriz Ribeiro, Bruna Fernandes, Camila Leite, Carolina Ribeiro, Constança Gonçalves, Cristina Martins, Elsa Machado, Elvira Oliveira, Filipa Teixeira, Francisca Castro,

S

T

R

Helena Moreira, Inês de Magalhães Vieira, Inês Sampaio, Inês Guerra, Iola Castro, Isabel Fernandes, Isabel Gonçalves, Joana Bergueira, Joana Bessa, Joana Ribeiro, Jorge Caetano, Leonor Simões,

E

I

Lia Santos, Maria Eduarda Pereira, Maria Freitas, Maria Leonor Cardoso, Mariana Leite, Marta Silva, Matilde Cunha, Matilde Costa, Nuno Pacheco, Pedro Martinho, Rita Matos, Sara Teixeira,

A

Sara Pereira, Sofia Esquivel, Sofia Oliveira, Sophia Ben Amor, Teresa Coimbra, Tomás Pereira, Valter Lobo Direção musical Samuel Martins Coelho Figurinos Sara Vieira Marques

A partir do texto “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros” de Peter Handke Agradecimentos Casa da Marcha na figura da Paula e Ginasiano na figura de Sara Moreira


THE SQUARE This square, like so many others, is filled with events, big and small. If we sit on the esplanade, and watch passers-by, and the people waiting or living in the square, we realise that it’s constantly changing. It breathes. It has its own time, and sometimes mishaps. One of the inspirations for this show is Peter Handke's work "The hour when

história, uma ficção. Não interessa se é verdade ou se é coerente, na maioria das vezes nem sequer contamos a ninguém, guardamos para nós a imagem, o momento. Fica gravado na memória como fotografias ou uma sequência de imagens estagnadas no tempo. São as histórias que se contam nesta praça que fazem dela um lugar. Um lugar de encontro, do ritual, da rotina, do olhar, do choro, do riso. Um lugar onde se vai para ver, para contemplar. Um lugar que é o teatro. Este espetáculo é um olhar sobre pessoas que nesta praça escolhem ser atores, escolhem contar uma imagem, um momento. São pessoas que se mostram e propõem ao público que se emocione, que invente, que imagine de uma outra forma, da sua forma, as história e as personagens no palco, na praça.

we knew nothing of each other." It’s a text without a text, or rather, without dialogue. It only states the actions of the characters who pass through the space. Among other things it proposes that the spectator create a narrative and the connections of what he sees, without the need for words. This is the starting point for The Square. We often look for someone, for a specific situation. We almost inevitably create a

“SÃO AS HISTÓRIAS QUE SE CONTAM NESTA PRAÇA QUE FAZEM DELA UM LUGAR.”

story, a work of fiction. It doesn’t matter whether it is true or coherent, most of the time we don’t even tell anyone. We retain the image, the moment for us. It’s recorded in our memory, like photographs or a sequence of images stagnated in time. It’s the stories told in this square which make it a place - a place of encounter, ritual, routine, looking, weeping, laughter. A place that one goes to see, to

contemplate. A place that is the theatre. This performance offers a perspective of the people who choose to be actors in this square, choose to tell an image, a moment. They are people who reveal themselves and propose to the public to feel, invent, imagine in another form, in their own form, the stories and the characters on the stage - in the square.

© Gonçalo Fonseca

Esta praça como tantas outras está cheia de acontecimentos, uns maiores, outros mais pequenos. Se nos sentarmos na esplanada a olhar quem passa, quem espera, quem a habita, percebemos que ela não está parada. Ela respira, tem um tempo, por vezes um contratempo. Uma das inspirações para este espetáculo é a obra “A hora em que não sabíamos nada uns dos outros” de Peter Handke. É um texto sem texto, ou melhor, sem falas, diz somente as ações de personagens que passam pelo espaço. Entre outras coisas propõe que seja o espetador a criar uma narrativa e as ligações daquilo que vê, sem que para isso seja preciso a palavra. Este é um ponto de partida para A Praça. Muitas vezes olhamos para alguém, para uma situação e é quase inevitável criar uma


SEX 14 JUN — 21H30

Maiores de 12 90 min. 7,50 eur / 5,00 eur c/d

CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO

EDUARDO MOLINA JOÃO PEDRO LEAL MARCO MENDONÇA

FESTIVAIS GIL VICENTE — 20

PARLAMENTO ELEFANTE O que é que aconteceu no dia em que nasceste? Três jovens criadores – Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça – partem das suas datas de nascimento para abrir caminho a uma reflexão sobre o século XX e atravessam acontecimentos históricos, sejam eles o findar de uma guerra ou a estreia de um filme. De Che Guevara ao Capitão América, dos Beatles aos Ace of Base, de Gandhi a Quentin Tarantino, reúnem-se para forjar leis universais, colaborar em conflitos de interesse, manipular massas, falsificar assinaturas e outros planos maléficos. Mas a partir do ponto de vista que lhes permitiu existir: o dos seus antepassados. Nenhum dos seus avós foi um líder revolucionário, assinou o Protocolo de

Quioto ou fundou as Nações Unidas, mas talvez se um deles fosse aviador possa ter transportado as pessoas que o fizeram, em algum momento da sua vida. Ou se um deles trabalhasse em barcos possa ter estado no cocktail de inauguração do Titanic. Os intérpretes viajam na História através dos baús de família e imaginam, biografam, ficcionam. Revisitam o passado para pensar o presente. Agachados numa trincheira ou sentados à mesa duma conferência internacional, o assunto mantém-se. Democracia. Parlamento Elefante é o projeto vencedor da primeira edição da Bolsa Amélia Rey Colaço, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, do Centro Cultural Vila Flor e do Espaço do Tempo.


ELEPHANT PARLIAMENT What happened on the day you were born? Three young artists - Eduardo Molina, João Pedro Leal and Marco Mendonça - use their birth dates to pave the way for a reflection about the twentieth century and traverse various historical events, whether the end of a war or the start of a film. From Che Guevara to Captain America, from the Beatles to Ace of Base, from Gandhi to Quentin Tarantino, they meet to forge universal laws, collaborate in conflicts of interest, manipulate

masses, falsify signatures and other malevolent plans. But from the perspective which enabled them to exist: that of their ancestors. None of their grandparents was a revolutionary leader, signed the Kyoto Protocol, or founded the United Nations. But perhaps if one of them had been an aviator he might have transported the people who carried out such acts, at some point in his life. Or if one of them worked on a boat he might have attended the inaugural cocktail party of the Titanic. The performers travel through history by rustling through their family trunks and

imagining and inventing biographies and stories. They revisit the past to think about the present. Crouched in a trench or seated at the table of an international conference, the subject remains the same: Democracy. Elephant Parliament is the winning project of the first edition of the Amélia Rey Colaço Scholarship, an initiative of the D. Maria II National Theatre, the Centro Cultural Vila Flor and the Espaço do Tempo.

© Filipe Ferreira

“ABRIR CAMINHO A UMA REFLEXÃO SOBRE O SÉCULO XX”

Criação Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça Com Eduardo Molina, João Pedro Leal, Marco Mendonça e Mestre André Apoio à dramaturgia Alex Cassal Cenografia e figurinos António MV Música e sonoplastia Mestre André Desenho de Luz Rui Monteiro Assistência ao desenho de luz Teresa Antunes Direção Técnica e apoio à produção Carolina Caramelo Direção de Produção Mónica Talina | Teatro do Vão Produção Teatro do Vão Coprodução Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural Vila Flor e O Espaço do Tempo Apoio à criação Fundação GDA Agradecimentos Américo, Luísa, Tudo Faço, Ana Silva, Lara Bernardo, Magda Bizarro, Maria Jorge, Miguel Moreira Espetáculo criado com o apoio da Bolsa Amélia Rey-Colaço, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural Vila Flor e O Espaço do Tempo


SÁB 15 JUN — 21H30

Maiores de 16 1h45 min. 7,50 eur / 5,00 eur c/d

CCVF / GRANDE AUDITÓRIO

ENSAIO PARA UMA CARTOGRAFIA MÓNICA CALLE

FESTIVAIS GIL VICENTE — 22

RESISTÊNCIA. CORAGEM. SUPERAÇÃO. Em Ensaio para uma cartografia assistimos à construção de um caminho individual e coletivo, artístico e pessoal. Uma procura da transcendência, através da falha, do confronto com os limites e da tentativa de superação. A partir dos ensaios de orquestra de grandes maestros e dos movimentos do ballet clássico, doze atrizes dançam e aprendem a tocar instrumentos clássicos. Tendo surgido de um percurso iniciado pela artista em 2014 a partir de Os sete pecados mortais de Bertolt Brecht e de A boa alma de Luís Mário Lopes, neste espetáculo traça-se uma cartografia alternativa. Uma perspetiva sobre a música e a dança clássicas a partir do olhar estrangeiro de quem vem do teatro. Através destes materiais procuram-se e questionam-se os princípios essenciais do que é um intérprete.

A versão apresentada nos Festivais Gil Vicente estreou em 2018, no Teatro Nacional D. Maria II, com 3 semanas de apresentações esgotadas e um grande impacto no público e na crítica. Já em 2017 uma primeira versão do trabalho tinha sido considerada pelo jornal Público, o Melhor Espetáculo de 2017. Em 2019 iniciou-se uma digressão internacional por Viena, no Wiener Festwochen, com sessões esgotadas e uma igual grande receção por parte do público e da crítica. Preveem-se, ainda este ano, digressões a Alemanha e a França. Acerca da recente apresentação em Viena escreveu-se: “Mónica Calle at the Wiener Festwochen: The Big Victory in Failure. A feminist performance in anarchic brilliance” (Helmut Ploebst, 14.5.2019) Continuamos este caminho a colocar as mesmas questões: Como é que se recomeça? Como é que se continua?


REHEARSAL FOR A CARTOGRAPHY Resistance. Courage. Overcoming. In Rehearsal for a Cartography we witness the construction of an individual and collective trajectory, which is both artistic and personal. A search for transcendence, through failures, confrontation with limits and an attempt to overcome barriers. On the basis of the orchestra rehearsals of the great maestros and the movements of classical ballet, twelve actresses dance and learn to play classical instruments. Resulting from a trajectory that the artist began in 2014 on the basis of Bertolt Brecht’s The Seven Deadly Sins and Luís Mário Lopes’

A boa alma (The Good Soul), this performance traces an alternative cartography. A perspective of classical music and dance based on the outsider’s gaze of people who have migrated from the theatre. Using these materials, the essential principles of a performer are sought out and questioned. The version presented in the Gil Vicente Festivals had its world premiere in 2018, at the D. Maria II National Theatere, with sold-out performances during a 3-week period, and a major impact on the general public and critics. As early as 2017 a first version of the work was voted by the Público newspaper as the Best Show of 2017. An international tour began in 2019, starting in Vienna, at the Wiener

Festwochen, with sold-out sessions and an equally enthusiastic reception from the public and critics. Performances in Germany and France are planned for later this year. The recent presentation in Vienna inspired the article: "Mónica Calle at the Wiener Festwochen: The Big Victory in Failure. A feminist performance in anarchic brilliance "(Helmut Ploebst, 14.5.2019) We continue this journey, and ask the same questions: How does one start over? How does one continue?

Direção Mónica Calle Intérpretes Ana Água, Cleo Tavares, Eufrosina Makengo, Lucília Raimundo, Mafalda jara, Maria Inês Roque, Miu Lapin, Mónica Calle, Mónica Garnel, Roxana Lugojan, Sílvia Barbeiro, Sofia Vitória Apoio Musical Rodrigo B.Camacho Desenho de Luz José Álvaro Correia Operação Luz Renato Marinho Operação som José Miguel Vitorino Assistência de Encenação Inês Vaz e José Miguel Vitorino Produção Inês Vaz Vídeo Marcelo Pereira Fotografia Bruno Simão Outras intérpretes de “Ensaio para uma Cartografia” Brígida Sousa, Carolina Varela, Inês Pereira, Inês Vaz, Joana Campelo, Joana de Verona, Marta Félix, Sofia Dinger Produção Casa Conveniente / Zona Não Vigiada Coprodução Teatro Nacional D. Maria II

© Bruno Simão

“UMA PROCURA DA TRANSCENDÊNCIA, ATRAVÉS DA FALHA, DO CONFRONTO COM OS LIMITES E DA TENTATIVA DE SUPERAÇÃO.”


DOM 16 JUN — 17H00 CIAJG

NUNO PRETO

PONTO DE FUGA

FESTIVAIS GIL VICENTE — 24

Ponto de Fuga é uma visita performativa que viaja pelo CIAJG, o nosso museu. Nesta viagem vamos deixar escapar o olhar para onde, normalmente, ele não olha. Vamos deixar escapar o corpo para onde, normalmente, ele não mexe. Vamos deixar escapar a voz para onde, normalmente, ela não se manifesta. Vamo-nos deixar escapar no museu pelos lugares invisíveis feitos de escadas e corredores, máquinas e vento. Nesta viagem o caminhante é a personagem principal e o que absorve é aquilo que o transforma. Nesta caminhada vamos respirar um museu feito de salas e mais salas, de silêncio, de sensações, impressões, e mais salas, de ruídos, de ecos e salas, de movimento, de cor, e mais salas e salas e outra vez salas, tantas salas.

© Paulo Pacheco

VISITA PERFORMATIVA


“NESTA VIAGEM O CAMINHANTE É A PERSONAGEM PRINCIPAL. O QUE ABSORVE É AQUILO QUE O TRANSFORMA.”

Maiores de 12 90 min. 2,00 eur

Recorrendo à história do lugar, a quem lhe dá o nome, nesta viagem fazemos do ponto de fuga um lugar de novos silêncios, sensações, impressões, ecos, movimentos, de novas cores, de novos lugares, criamos novos pontos de fuga e olhamos para onde, normalmente, não se olha transformando o museu no lugar de olhares inesperados. “A viagem deve ser iniciática, não menos que o mistério do ar!” Ponto de Fuga é uma viagem performativa que visita o CIAJG, o nosso lugar.

M

ED

I AÇ Ã O C

UL

TU

E

Direção e Dramaturgia Nuno Preto, a partir de textos das edições do CIAJG Conceção Plástica Sara Vieira Marques Interpretação Ángela Diaz Quintela e Gil Mac

RA L

© Paulo Pacheco

Vanishing Point is a performance-based tour through the CIAJG, our museum. During this trip we will let our gaze drift to places that are normally overlooked. We will allow the body to meander to places where it normally doesn’t travel. We will let the voice explore places where it normally can’t be heard. We will allow ourselves to escape in the museum, through invisible places, consisting of stairs and corridors, machines and wind. During this journey the main character is the stroller who will be transformed by what he absorbs. In this walk we will breathe in a museum, consisting of rooms and more rooms, of silences, sensations, impressions, and more rooms, of noises, echoes

and rooms, of movement, colours, and more and more rooms and yet more rooms, so many rooms. Recalling the history of the place, to which it gives its name, in this trip we will transform the vanishing point into a place of new silences, sensations, impressions, echoes, movements, new colours, new places. We will create new vanishing points and divert our gaze to places that are normally overlooked - transforming the museum into a place of unexpected glances. "The journey must be initiatory, no less than the mystery of the air!" Vanishing Point is a performance-based journey that will visit our place - the CIAJG.

E D U C AÇ Ã O

VANISHING POINT


A

T

I

V

I

D

A

D

E

S

5 A 14 JUN

QUA 5 JUN

SEX 7 JUN

21H30 // CIAJG / BLACK BOX

17H00 // ESPAÇO OFICINA

LABORATÓRIOS DA LICENCIATURA EM TEATRO DA UNIVERSIDADE DO MINHO

HABITAT. NUM MUNDO QUE NÃO ESTE POR SERES QUE NÃO HUMANOS

LAB’UM

LUIS PEIXOTO VILAR

+ EGO Os alunos de teatro da Universidade do Minho juntam-se à festa do teatro em Guimarães. Durante os Festivais Gil Vicente, os finalistas da licenciatura apresentam quatro projetaos originais independentes. Há ainda três laboratórios curriculares do curso no programa. The University of Minho’s theatre students will participate in Guimarães’ theatre festival. During the Gil Vicente Festivals, the final year undergraduate students will present four original independent productions. The programme also includes three curricular laboratories from the course.

LAB 2 - 1º ANO JOANA PROVIDÊNCIA

DOM 9 JUN 21H30 // ESPAÇO OFICINA

TEATRO E MÚSICA

ANDRÉ PINTO

QUA 12 JUN 21H30 // CIAJG / BLACK BOX

TEMOS TEMPO BEATRIZ BIZARRO

+ SOBRE LETRAS ANA SANDRINA

3º ANO PEDRO TELLES

SEX 14 JUN 17H00 // ESPAÇO OFICINA

PARÁGRAFO

LAB 4 - 3º ANO PATRÍCIA PORTELA

ESTUDOS EM INTERPRETAÇÃO 4 3º ANO TIAGO MORA PORTEIRO

HABITAT. NUM MUNDO QUE NÃO ESTE POR SERES QUE NÃO HUMANOS Encenação Luís Peixoto Vilar Dramaturgia Patrícia Martins Interpretação Adriana Neves, Mariana Duarte e Patrícia Valente Luz e Som Paulo Alexandre Costa Produção Patrícia Martins

FESTIVAIS GIL VICENTE — 26

LUGAR DE CONTACTOS

EGO

TEMOS TEMPO

SOBRE LETRAS

Encenação e Dramaturgia André Pinto Composição e direção musical André Pinto Cenografia André Pinto Desenho de luz André Pinto Figurinos e adereços André Pinto Interpretação Mara Santos, José Dias, Rui Mário Silva Este projeto conta com a seguinte lista de músicas Gesaffelstein – destinations; DeaTH (ambiente drone music); Sébastien Tellier – Fantino; Radiohead's Videotape Reversed; Little Big – Big Dick; Xiu Xiu – Cinthya's unissex; John Maus – Just wait til next year; Igorrr – Problème d'émotion; Vendredi Sur Mer – Lá femme a le peau bleau; Vendredi Sur Mer – Les filles désir; Hotline Miami wrong Numbers 2 soundtrack; Cryi – André Pinto, Mara Santos

Encenação Beatriz Bizarro Interpretação e Dramaturgia Nelma Silva e João Malheiro Técnico de som e luz Zacarias Gomes

Encenação e Interpretação Ana Sandrina Direção técnica e Assistência de encenação João de Guimarães Sonoplastia João de Guimarães Vídeo e desenho de luz Ana Sandrina e João de Guimarães Assistência técnica Catarina Gomes Apoio artístico Tiago Porteiro


P

A

R

A

L

E

L

A

S

SEG 3 A SEX 7

SÁB 15 JUN

DOM 16 JUN

19H00-24H00 // CAR (EXCETO QUA 5, A DEFINIR)

17H00 // CCVF

18H30 // CAR

SESSÃO DE TRABALHO ARTISTA NO CENTRO

+

SÁB 8 10H00-17H00 // CAR

OFICINA DE CRIAÇÃO

GANGUE DE GUIMARÃES

A BARCA DA GLÓRIA COM TÓNAN QUITO

+

SÁB 8 JUN

JANTAR COM RITA MORAIS

+

18H30 // CCVF

DIA GIL VICENTE 17H00 // CAR

— ATÉ 10 ARTISTAS DO GANGUE

APRESENTAÇÃO FINAL — ATÉ 15 ATORES PROFISSIONAIS E/OU ALUNOS DE TEATRO Inscrições: redeoficina@oficina.pt Oficina gratuita para membros da Rede Teatro Oficina / Outros participantes 5,00 eur

Gil Vicente é a matéria a partir da qual o ator e encenador Tónan Quito constrói esta oficina de criação, onde se questionam as possibilidades de construções de discursos contemporâneos a partir dos textos vicentinos. Gil Vicente is the core subject matter that the actor and director Tónan Quito will use to build this creative workshop, that questions the possibilities of constructing contemporary discourses from Gil Vicente’s texts.

Inscriçoes: gangueguimarares@aoficina.pt

DEBATE FESTIVAIS GIL VICENTE JANTAR CONVÍVIO COM REDE TEATRO OFICINA GANGUE DE GUIMARÃES, ALUNOS DA LIC. EM TEATRO UNIVERSIDADE DO MINHO, GRUPOS AMADORES TEATRO, ALUNOS DAS OTO’S — ATÉ 40 PARTICIPANTES

Inscrições: redeoficina@aoficina.pt

Depois de lançar um desafio aos artistas do Gangue de Guimarães para que apresentassem um projeto de desenvolvimento artístico para um período de três anos, o programa ‘Artista no Centro’ apresenta publicamente as propostas escolhidas e abre caminho a novas convocatórias. After launching a challenge to the artists of the Gangue de Guimarães to presente an artistic development project for a 3-year period, the Artist in the Centre programme will publicly presents the chosen proposals and opens the way to new calls.

Todos os encontros merecem ser fechados em festa. No último dia dos Festivais Gil Vicente, a comunidade teatral de Guimarães é convidada a rumar ao Círculo de Arte e Recreio para uma conversa e um jantar – mais um momento de convívio entre os praticantes de teatro. All encounters deserve to end with a celebration. On the final day of the Gil Vicente Festivals, Guimarães’ theatre community is invited to visit the Círculo de Arte e Recreio to take part in a conversation followed by a dinner - another moment of conviviality for theatre practitioners.

CCVF SERVIÇO DE BABYSITTING Funcionamento em noites de espetáculo Dos 3 aos 9 anos Mais informações junto da Bilheteira


www.ccvf.pt  Avenida D. Afonso Henriques, 701  4810-431 Guimarães  Tel: 253 424 700 · geral@ccvf.pt

Organização

Cofinanciamento

Apoios


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.