MAI — AGO / 1
PERGUNTA AO TEMPO / DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS / FESTIVAIS GIL VICENTE / EXPOSIÇÕES CIAJG GEOMETRIA SÓNICA CARLOS BUNGA / REGRESSO DA FEIRA DE ARTESANATO
PROGRAMAÇÃO
MAI AGO — PROGRAMME —
MAY — AUG
2019
MAI — AGO / 3
NASCIDA EM 1989 A OFICINA GERE E PR DAS ARTES JOSÉ DE GUIMARÃES, A C O CENTRO CULTURAL VILA FLOR C CRIAÇÃO DE CANDOSO COM UM O TEATRO OFICINA COM O SEU ES EDUCAÇÃO E MEDIAÇÃO CULTUR SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO E A NA LOJA OFICINA E NO SEU NO MESTERES TRADICIONAIS DE GUIM A OFICINA MANAGES AND PROGRAMMES THE JOSÉ DE GUIMARÃES INTERNATIONAL CENTRE FOR THE ARTS, THE CASA DA MEMÓRIA DE GUIMARÃES, THE CENTRO CULTURAL VILA FLOR, WHICH INCLUDES THE PALÁCIO VILA FLOR, THE CENTRO DE CRIAÇÃO DE CANDOSO, THAT HAS THE BLACKBOX IN THE FÁBRICA ASA, THE TEATRO OFICINA WITH ITS ESPAÇO OFICINA AND A CULTURAL MEDIATION AND EDUCATION SERVICE. IT IS ALSO RESPONSIBLE FOR SAFEGUARDING HERITAGE AND HANDICRAFTS, AS HIGHLIGHTED IN THE OFICINA SHOP AND THE COOPERATIVE’S FULL NAME: CENTRE OF TRADITIONAL ARTS AND CRAFTS OF GUIMARÃES.
2019, LIGHT ON THE SQUARES A Oficina’s 30th anniversary has offered a wonderful opportunity to discuss, on a four-monthly basis, what we want from today’s world. The first four months of 2019 were extremely intense: January was particularly hectic, with the busiest ever edition of GUIdance since the 2012 Guimarães European Capital of Culture, a high level of attendance for Amerindian Thought, Teatro Oficina revolved its archives, the Theatre of Memory began and an experimental Westway LAB was hosted in the Casa da Memória. New Cultural Mediation initiatives were also launched, bringing even greater life to the Museum, etc, etc, etc.
It was a really intense period and was only possible due to the effort highlighted in the first issue of this magazine. It’s the teams that run the show at A Oficina (I’m writing thus just before the anniversary of the April 25, 1974 Revolution and I still think the revolution is possible)! We also had many heated debates. Attendances could have been higher (we’re working on this, to ensure more open debate), but there was vigorous discussion. Just as well, because this means that A Oficina pays close to attention to its local context and people, igniting fierce passions. A Oficina stands at the centre of these discussions, that clarify what type of relationship we want to have, and help us project the future
that we are striving to attain. On one of these days, the sun was shining on the façade of the CIAJG, illuminating the Amerindian Thought exhibition, and it was a glorious afternoon in the public square in front of the Platform of the Arts. On another day, of intense rainfall, the new white banners of José de Guimarães's African Alphabet exhibition cast light on the square. It was a beautiful metaphor: even on grey days, A Oficina wants to cast light on the squares. Let’s open all the windows, let the sunlight shine inside, light up the squares! João Pedro Vaz
ROGRAMA O CENTRO INTERNACIONAL CASA DA MEMÓRIA DE GUIMARÃES, COM O SEU PALÁCIO, O CENTRO DE MA BLACK BOX NA FÁBRICA ASA, SPAÇO OFICINA E UM SERVIÇO DE RAL. É AINDA RESPONSÁVEL PELA ARTESANATO, COMO SE MANIFESTA OME SOCIAL: "CENTRO DE ARTES E MARÃES". 2019,
LUZ SOBRE AS PRAÇAS Os 30 anos d’A Oficina foram ocasião para começarmos a falar, a cada quadrimestre, do que queremos do nosso presente comum. E o primeiro do ano foi um quadrimestre intenso: um fortíssimo mês de janeiro, a mais concorrida edição do GUIdance pós-Capital, um Pensamento Ameríndio muito participado, um Teatro Oficina a revolver os seus arquivos, o Teatro da Memória a fazer-se primeiro corpo e, depois, lugar, na Casa da Memória, um Westway LAB a fazer o seu caminho de experimentação. E novas ações de Mediação Cultural a darem vida e ainda mais mundo
ao Museu e etc, etc, etc. Foi muito intenso e só seria possível com a força de trabalho que o número 1 desta revista tão bem revelou – n’A Oficina são as equipas quem mais ordena (escrevo nas vésperas do 25 de abril e acho possível a revolução)! Também os debates foram acesos. Pouco participados (iremos trabalhar mais nisso, de debater abertamente), mas acesos. Ainda bem, porque isso quer dizer que A Oficina não é um projeto indiferente ao seu território, nem a ninguém, que provoca acesas paixões, que está no centro do debate, que esclarece que relação
queremos ter, que projeta que futuro significamos. Um destes dias, o sol raiava na fachada do CIAJG iluminada de Pensamento Ameríndio e estava uma tarde gloriosa na praça da Plataforma das Artes. Mas noutro dia, de chuva intensa, os novos pendões brancos do Alfabeto Africano do José de Guimarães ainda projetavam luz sobre a praça. Bela metáfora: mesmo em dias desses, mais cinzentos, A Oficina deste futuro quer projetar luz sobre as praças. Abram-se as janelas, todas, luz cá para dentro, luz sobre as praças! João Pedro Vaz
Há mais de 50 anos que José de Guimarães vem reunindo coleções de Arte Africana, Arte Pré-Colombiana e Arte Chinesa Antiga, que são um dos eixos em que assenta este espaço. Na coleção permanente estão também obras da autoria do artista. Mas este é também um lugar de produção, articulando o espólio com o trabalho de artistas contemporâneos, frequentemente a partir de desafios à nova criação. O trabalho do centro faz-se também em torno do pensamento, com conferências mensais e um encontro anual para refletir sobre arte e museologia. Av. Conde Margaride, 175
José de Guimarães has been collecting collections of African Art, Pre-Colombian Art and Ancient Chinese Art for over 50 years, and they constitute one of the Centre’s main lines of programming. The permanent collection also includes works by the artist. The Centre is a place of production, articulating the collection with the work of contemporary artists, often based on invitations to create new works. The Centre’s work also revolves around thinking, with monthly conferences and an annual encounter to reflect on art and museology.
A História e as histórias cruzam-se neste centro de interpretação, que é, ao mesmo tempo, um sítio de encontro da comunidade e um local para que os viajantes possam conhecer Guimarães. Documentos, factos e objetos permitem conhecer o território, da Pré-História à Contemporaneidade, passando pela Fundação e a Industrialização, mas também as tradições de todo o concelho e as memórias individuais dos vimaranenses que fazem a cidade em cada dia. Há muitas formas de visitar a Casa da Memória, tantas quantos os seus visitantes, mas a sua programação reforça-o com convites regulares para visitas guiadas ou oficinas que multiplicam os olhares que podemos ter sobre este espaço. Av. Conde Margaride, 536
As peças de artesanato local, como o Bordado de Guimarães, a Cantarinha dos Namorados, o ferro forjado ou a latoaria podem ser comprados neste espaço. Mas esta é mais do que uma loja: é também um local onde é possível assistir à manufatura de alguns destes produtos pelas artesãs que diariamente ali trabalham. Rua da Rainha Dª. Maria II, 132
History and stories intersect in this interpretation centre, which is both a meeting place for the community and a place for visitors to discover Guimarães. Documents, facts and objects enable people to learn more about the territory, from Prehistory to the Contemporary era, panning the foundation of Portugal as a nation, the Industrial Revolution, and the traditions of the entire municipality and the individual memories of the people of Guimarães who bring life to the city every day. There are many ways to visit the Casa da Memória, as many ways as its visitors. Its programming is reinforced by regular invitations for guided visits or workshops that multiply the possible perspectives of the space.
Visitors can purchase local handicraft items - such as Guimarães Embroidery, the Cantarinha dos Namorados (a traditional pottery Valentine’s gift), wrought iron or tin-work. But this is more than a shop: you can watch some of these products being made on site by the artisans who work there daily.
É a principal casa da Cultura em Guimarães desde 2005. Ponto central da atividade d’A Oficina, que ali promove a generalidade dos festivais e a programação regular ao longo do ano – contemporânea, internacional e com um foco na nova criação. Dois auditórios, por onde passam sobretudo propostas de teatro e dança contemporânea, um café concerto, que é palco para a música, e uns jardins magníficos, dão nova vida à antiga quinta do Palácio Vila Flor, edifício do século XVIII.
Guimarães’ main Cultural Centre since 2005. The hub of the activity of A Oficina, which organises a wide range of festivals and regular programming throughout the year contemporary, international events, with a focus on new creations. Two auditoriums, a café concert and magnificent gardens, have given new life to the old farmhouse of the 18th century Palácio Vila Flor.
Av. D. Afonso Henriques, 701
Palácio Vila Flor Casa de partida d’A Oficina, que aqui teve a sua primeira sede, foi reabilitado em 2005, aquando da construção do Centro Cultural Vila Flor, passando a incluir uma galeria com uma programação regular de artes visuais contemporâneas.
The original headquarters of A Oficina, rehabilitated in 2005, when the Centro Cultural Vila Flor was built, to include a gallery with a regular programme of contemporary visual arts.
Espaço incontornável da nova criação de artes performativas em Portugal, esta antiga escola, transformada em 2012 num espaço de residências artísticas, tem sido ponto de passagem obrigatório de alguns dos principais criadores nacionais da dança contemporânea e do teatro, mas também da música. Cerca de 20 residências anuais deram origem a outros tantos espetáculos, fruto da aposta d’A Oficina na coprodução de novas criações. Rua de Moure São Martinho de Candoso
Black Box da Fábrica ASA A sala de espetáculos criada nesta antiga fábrica de lençóis, em 2012, é a extensão natural do Centro de Criação de Candoso. É para aqui que se encaminham os espetáculos das companhias em residência artística na fase final da sua criação. Acolhe também, pontualmente, a apresentação de espetáculos de teatro e dança. Rua da Estrada Nacional 105 Covas - Polvoreira
The auditorium created in 2012, in this former linen factory, is the natural extension of the Candoso Creation Centre. The performances of the companies attending the artistic residency are staged here, in the final phase of their creation. It also occasionally hosts stage plays and dance performances.
This former school, which in 2012 was transformed into a space for artistic residencies, has been an obligatory venue for some of Portugal’s leading creators of contemporary dance, theatre and music. The centre organises around 20 residencies per year, leading to other performances, as a result of A Oficina’s commitment to coproduce new works.
Desde 1994 que Guimarães tem uma companhia de teatro profissional que, desde então, tem criado regularmente, ajudando a conquistar e fidelizar públicos do teatro. Em 2017, o Teatro Oficina abriu as portas para um novo ciclo de relação com o território, passando a assumir-se ainda mais como a companhia de teatro de Guimarães.
Since 1994, Guimarães has a professional theatre company which has regularly created stage plays, and thereby attracted and retained theatre audiences. In 2017, the Teatro Oficina opened the door to a new cycle of relationship with the surrounding territory, assuming its position as the main theatre company of Guimarães.
A criação e a formação associadas ao Teatro Oficina passam fundamentalmente por esta caixa negra que é um local de encontro de toda a rede criada em torno da companhia de teatro de Guimarães, que inclui os alunos da licenciatura em Teatro da Universidade do Minho, os integrantes das Oficinas do Teatro Oficina, mas também os membros dos grupos de teatro de amadores e os artistas do Gangue de Guimarães. Av. D. João IV, 1213 Cave
Artistic creation and training associated with the Teatro Oficina essentially occurs in this black box, which is a meeting place of the entire network created around the Guimarães-based theatre company , which includes the students of the BA Hons degree in Theatre of the University of Minho, members of the workshops of the Teatro Oficina, and also the members of the amateur theatre groups and the artists of the Gangue de Guimarães.
A Educação e Mediação Cultural tem uma casa, um museu, um teatro, um jardim e um palácio, mas é um lugar em construção. Nunca lhe faltam perguntas. Brinca como quem aprende e aprende como quem brinca. Com as pessoas, os espaços, as imagens, os objetos e as histórias. Do seu território, vê o mundo todo. Mais do que uma geografia, desenha uma geometria de afetos. E acredita que a educação e a cultura só podem ser transformadoras.
Education and Cultural Mediation has a house, a museum, a theatre, a garden and a palace, but is still a place under construction. It’s never short of questions. It plays like someone who is still learning and learns like someone who is still playing. With people, spaces, images, objects and stories. From its territory, you will see the whole world. More than a geographical locale, it traces a geometry of affections. And it believes that education and culture are inevitably transformative.
MAI — AGO / 12
MAI — AGO / 13
MAI — AGO / 14
M CCVF
P.29
CCVF
JORGE PALMA
O
CCVF
JULIA HOLTER
24 MAI CDMG
PRISMA #2 DUARTE BELO
28 E 29 MAI
O
ME
D I AÇ Ã O C
E D U C AÇ Ã
E
CDMG U
L
10 MAI
P.31
DOMINGOS EM CASA
27 MAI
RA
CONFERÊNCIA JOANA COUCEIRO E MARIANA RIO
CDMG
OFICINA DE PATRIMÓNIO
P.127
23 MAI
PARA VÓS
26 MAI U
P.34
CIAJG
CCVF
P.22
D I AÇ Ã O C
U LT
I
ME
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
TIAGO RODRIGUES
CINECLUBE DE GUIMARÃES
E
E D U C AÇ Ã
O
COMO ELA MORRE
9, 12, 14, 19, 23, 26, 28 E 30 MAI
18 MAI
CIAJG / CDMG / CCVF PALÁCIO VILA FLOR
CCVF
P.20
P.112
DO AVESSO
CIAJG
CLÁUDIA ANDRADE
L
P.24
U
RA
5 MAI
CCVF
VISITA PERFORMATIVA
TIAGO RODRIGUES
P.16
U
D I AÇ Ã O C
U LT
E D U C AÇ Ã
D I AÇ Ã O C
ME
L
ME
L
SOPRO
E
RA
CCVF
12 E 13 MAI
P.23
U LT
4 MAI
E
RA
L
P.16
A
MINI-CINECLUBE
PAULO VIEIRA DE CASTRO
24 E 25 MAI
P.32 O
U
E D U C AÇ Ã
D I AÇ Ã O C
U LT
E
ME
RA
GUIA DE VISITA
11 MAI
P.21
U LT
CDMG
O
4 MAI
E D U C AÇ Ã
P.20
PERGUNTA AO TEMPO INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO
P.35
30 MAI CDMG
MEMÓRIAS DA MEMÓRIA TIAGO BAPTISTA
O
MAI — AGO / 15
J O
ME
D I AÇ Ã O C
U
E D U C AÇ Ã
E
RA L
FESTIVAIS GIL VICENTE
O E D U C AÇ Ã
L
15 JUN CDMG
CAMINHOS EM VOLTA SÃO TORCATO
ME
D I AÇ Ã O C
U
RA L
E D U C AÇ Ã
E
U LT
O
P.53
22 JUN CCVF
MINI-CINECLUBE
P.56
OFICINA DE EXPRESSÃO PLÁSTICA, PENSAMENTO E CURADORIA
29 JUN CIAJG
CONFERÊNCIA EMANUELE COCCIA
29 JUN CIAJG
GEOMETRIA SÓNICA + CARLOS BUNGA ARQUITETURA DA VIDA
E D U C AÇ Ã
O
CCVF U
A PÁGINAS TANTAS, A TUA VIDA DO AVESSO! ASAS DE PALCO
30 JUN
P.113 E
ME
D I AÇ Ã O C
CIAJG U
MÁQUINA DE FAZER MUSEUS
L
N
CANTANIA
P.54
29 JUN
RA
RA
CCVF
P.60
OFICINA DE FÉRIAS DE VERÃO
D I AÇ Ã O C
U LT
8 JUN
U
CIAJG U
O
O E D U C AÇ Ã
D I AÇ Ã O C
E
ME
L
D I AÇ Ã O C
NOITE SÓNICA
RA
ME
25 A 28 JUN L
ME
U LT
E
CIAJG
U LT
E
CINECLUBE DE GUIMARÃES P.118
U
29 JUN
P.61
P.62
P.114
RA
CCVF
DOMINGOS EM CASA OFICINA DE OLARIA
U LT
2, 9, 16, 18, 20, 27 E 30 JUN
P.52
CDMG
E D U C AÇ Ã
CCVF
23 JUN
P.112 U LT
30 MAI A 16 JUN
P.38
H
INAUGURAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES
O
OFICINA DE ARTES PERFORMATIVAS
MAI — AGO / 16
J 1 A 5 JUL
D I AÇ Ã O C
P.87
CCVF
U
RA
E D U C AÇ Ã
E
ME
U LT
O
P.114
14 E 18 JUL CCVF
L
OFICINA DE FÉRIAS DE VERÃO
CINECLUBE DE GUIMARÃES
OFICINA DE ARTES CIRCENSES
D I AÇ Ã O C
U
RA
E D U C AÇ Ã
E
ME
5 E 6 JUL U LT
O
P.117
P.54
20 JUL
CDMG / CIDADE
L
É PRÓ MENINO E PRÁ MENINA
CENTENÁRIO DA MORTE DO CONDE DE MARGARIDE
P.96
6 JUL CIDADE
P.91
FEIRA DE ARTESANATO
O
D I AÇ Ã O C
CCVF U
RA L
E D U C AÇ Ã
ME
U LT
E
8 A 12 JUL
ALINE FRAZÃO TERRA - CICLO DE WORLD MUSIC
P.62
12 E 13 JUL LOJA OFICINA
OFICINA DE OLARIA NO PÁTIO
21 JUL CCVF
OFICINA DE FÉRIAS DE VERÃO
LIGNO ACADEMIA DE BAILADO DE GUIMARÃES
OFICINA DE TEATRO COM OBJETOS
P.89
20 JUL CIAJG
NOITE BRANCA P.115
26 JUL A 5 AGO
JARDIM DA ALAMEDA SÃO DÂMASO
MARGINÁLIA
CATARINA REQUEIJO
P.86
30 JUL CDMG
CAMINHOS EM VOLTA
CCVF
L
U P.93
P.92
24 A 27 JUL
H
CIDADE
FESTIVAL INTERNACIONAL VAUDEVILLE RENDEZ-VOUS
O
MAI — AGO / 17
A P.102
2 A 5 AGO CIDADE
LER DEVAGAR P.46
FESTIVAIS GIL VICENTE P.64
G
FESTAS DA CIDADE E GUALTERIANAS
O S T O
PERGUNTA AO TEMPO P.98
ARTESANATO P.104
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS / CENTRO DE CRIAÇÃO DE CANDOSO P.140
READING SLOWLY
P.108
EDUCAÇÃO E MEDIAÇÃO CULTURAL P.69
PORTEFÓLIO PLANO DE APOIO À CRIAÇÃO P.130
COPRODUÇÕES RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS BOLSAS DE CRIAÇÃO P.132
PACT P.134
LAB'UM
P.136
REDES P.148
INFORMAÇÕES ÚTEIS
“O ESCRITOR SONHA COM MEDO” PERGUNTA AO TEMPO TURMA 4º ANO M EB MONTE LARGO/AZURÉM
MAIO M AY
PERGUNTA AO TEMPO TURMA V3 E B 1 / J I V I N H A AT Ã E S
TIAGO RODR TEATRO NACIONAL D. MARIA II Cristina Vidal é ponto do Teatro Nacional D. Maria II há mais de 25 anos. Como tantos outros trabalhadores que fazem teatro sem nunca pisar as tábuas diante do público, manteve-se nos bastidores. Até que o encenador Tiago Rodrigues passou também a dirigir o teatro nacional e decidiu criar Sopro a partir da sua experiência. A ponto passa para o centro da cena. Sopro é o primeiro de dois espetáculos de Tiago Rodrigues com que o CCVF volta a dar ao público a oportunidade de olhar a obra de um artista de forma menos dispersa do que habitualmente as programações são capazes. Em dias consecutivos, o público vai poder ver duas das mais recentes criações de um dos mais importantes diretores do teatro nacional da sua geração. No dia seguinte, o Grande Auditório recebe Como Ela Morre, coprodução internacional do D. Maria II com a companhia belga tg STAN – que já passou por Guimarães em 2016 com a sua versão de O Ginjal de Tchékov. É também a partir de um clássico russo que se constrói este espetáculo, inspirado por Anna Karenina, obra-prima de Tolstói, e pela forma como o romance pode mudar as vidas dos seus leitores e transformar o modo como a personagem central morre.
MAI — AGO / 21
RIGUES
© Christophe Raynaud de Lage
Cristina Vidal has worked as a prompter for the D. Maria II National Theatre for over 25 years. Like so many other theatre employees - who never appear on a stage before an audience - she has always remained backstage. That is until stage director, Tiago Rodrigues, was appointed director of the national theatre and decided to create Sopro (Breath) inspired by her personal experience. The prompter thereby passed to centre-stage. Sopro (Breath) is the first of two plays by Tiago Rodrigues through which the CCVF once again gives the general public the opportunity to look at the work of an artist in a less dispersed manner than a standard theatre programme. On two consecutive days the audience will be able to see two of the most recent creations from one of the most important Portuguese theatre directors of his generation. On the second day, the Grand Auditorium will receive The Way She Dies, an international co-production between the D. Maria II National Theatre and the Belgian company tg STAN – which previously performed in Guimarães in 2016 with its version of Chekhov’s The Cherry Orchard. The latest show is also based on a Russian classic. It is inspired by Tolstoy's masterpiece, Anna Karenina, and explores the way that the novel can change the lives of its readers, while transforming the way that the central character dies.
SÁB 4 E DOM 5 MAI
TEATRO
SÁB 4 MAI, 21H30 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
SOPRO
TEATRO NACIONAL D. MARIA II Coprodução ExtraPôle Provence-Alpes-Côte d’Azur, Festival d’Avignon, Théâtre de la Bastille, La Criée Théâtre national de Marseille, Le Parvis Scène nationale Tarbes Pyrénées, Festival Terres de Paroles Seine-Maritime – Normandie, Théâtre Garonne scène européenne, Teatro Viriato
Maiores de 12
――
1h45 min.
――
7,50 eur / 5,00 eur c/d
TEATRO
DOM 5 MAI, 17H00 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
COMO ELA MORRE
tg STAN e TEATRO NACIONAL D. MARIA II
Maiores de 12
――
1h30 min.
――
7,50 eur / 5,00 eur c/d
Coprodução Théâtre Garonne, Kaaitheater
• BILHETE
C ON
JUNT
10 EUR
O
•
© Filipe Ferreira
MAI — AGO / 23
SÁB 4 MAI 17H00
MAI 21H45
GUIA DE VISITA
CINECLUBE DE GUIMARÃES
PAULO VIEIRA DE CASTRO
VISITA ORIENTADA Todas as idades
――
Entrada gratuita Lotação limitada
QUI 9 MAI
Nunca Deixes de Olhar
De Florian Henckel von Donnersmarck Com Tom Schilling, Paula Beer, Sebastian Koch 2018 | M/14 | 188 min.
DOM 12 MAI
A Mulher
© Direitos reservados
De Björn Runge Com Christian Slater, Jonathan Pryce, Glenn Close 2017 | M/12 | 100 min. Paulo Vieira de Castro é o Guia de Visita de maio na Casa da Memória. É uma oportunidade para olhar Guimarães pelos olhos deste advogado vimaranense com um percurso cívico recheado, tendo sido dirigente de algumas das instituições culturais mais importantes da cidade, como a associação de defesa do património Muralha, o Cineclube e, mais recentemente, a Sociedade Martins Sarmento. No mês em que se assinala o Dia Internacional dos Museus, celebra-se também o mais antigo espaço museológico de Guimarães, o museu arqueológico da Sociedade Martins Sarmento.
TER 14 MAI
O Meu Tio
De Jacques Tati Com Adrienne Servantie, Jacques Tati, Jean-Pierre Zola 1958 | M/12 | 110 min.
DOM 19 MAI
Paulo Vieira de Castro is May’s Tour Guide at Casa da Memória. It is an opportunity to look at Guimarães through the eyes of the lawyer, born and raised citizen, with a full civic path, and whose been a leader of some of the most important cultural institutions of the city, such as the association A Muralha, Cineclube and, more recently, the Sociedade Martins Sarmento. In the month that marks the International Museum Day, we also celebrate the oldest museum in Guimarães, the archaeological museum of Sociedade Martins Sarmento.
A Queda do Império Americano
De Denys Arcand Com Maxim Roy, Éric Bruneau, Vincent Leclerc 2018 | M/16 | 127 min.
SÁB 11 MAI 17H00
DOM 26 MAI
À Porta da Eternidade
De Julian Schnabel Com Willem Dafoe, Rupert Friend, Mathieu Amalric, Mads Mikkelsen 2018 | M/12 | 111 min.
TER 28 MAI
Aquela Loira
De Jacques Becker Com Simone Signoret, Serge Reggiani, Claude Dauphin 1952 | M/12 | 96 min.
QUI 30 MAI
As Cinzas Brancas Mais Puras
De Jia Zhangke Com Zhao Tao, Liao Fan 2018 | M/14 | 137 min.
E D U C AÇ Ã
U
É uma nova proposta para o público infantil e as famílias: uma vez por mês, o Cineclube de Guimarães escolhe um filme dirigido a crianças, numa programação onde o cinema de animação terá um lugar de destaque. Desde a abertura do CCVF, em 2005, que a programação de cinema nos espaços d’A Oficina é feita por esta associação cultural que, antes disso, era já responsável, desde a sua fundação, em 1958, pela formação de gerações de cinéfilos, com uma programação regular, que desta forma se alarga. This is a new proposal for families and children: once a month, the Cineclube de Guimarães will choose a film intended for children, in a programme which focuses on animation cinema. Since the inauguration of the CCVF in 2005, this cultural association has overseen the film programme
of the spaces of A Oficina. Since it was founded in 1958 the Cineclube de Guimarães has introduced generations of cinemagoers to the world of cinema, with a regular schedule of screenings, that is further broadened by this initiative.
Homem-Aranha: No Universo Aranha
De Peter Ramsey, Rodney Rothman, Bob Persichetti Com Nuno Markl (voz), João Reis (voz), Mafalda Luís de Castro (voz), Cucha Carvalheiro (voz), Pêpê Rapazote (voz) 2018
CINEMA Maiores de 6
―― 120 min.
――
Bilheteira Cineclube de Guimarães © Direitos reservados
De Gabriel Abrantes, Daniel Schmidt Com Carloto Cotta, Cleo Tavares, Anabela Moreira 2018 | M/12 | 92 min.
D I AÇ Ã O C
L
Diamantino
ME
RA
QUI 23 MAI
E
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MINI CINECLUBE
O
MAI — AGO / 25
SEX 10 MAI 21H30 GRANDE AUDITÓRIO
JORGE PALMA
EXPRESSO DO OUTONO
MÚSICA Maiores de 6
――
25,00 eur [Cadeiras de Orquestra] 20,00 eur [1ª e 2ª Plateia]
© Direitos reservados
MAI — AGO / 26
DOM 12 MAI 17H00
DO AVESSO
MAI — AGO / 27
VISITA PERFORMATIVA AOS LUGARES SECRETOS DO CCVF
MANUELA FERREIRA
Maiores de 12
―― 90 min.
―― ME
D I AÇ Ã O C
© Paulo Pacheco
Warehouses, lifts, corridors. What goes on behind the scenes at the CCVF is the inspiration for this staged visit that provides a behind-the-scenes view of this cultural centre, that is rarely seen by the public.
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Armazéns, elevadores, corredores. Os bastidores do CCVF são o cenário e a inspiração para esta visita encenada que mostra um lado deste centro cultural raramente visto pelo público.
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E D U C AÇ Ã
E
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O
2,00 eur
On a day when of free admission to all museums, the spaces of A Oficina will associate themselves to this celebration. In addition to opening the doors to their exhibitions, they will also propose a wide range of activities for all audiences.
MAI — AGO / 29
DIA A BE RT
O NOS MU
SÁB 18 MAIO
DIA INTERNACIONAL DOS SE
US
MUSEUS
Em dia de entrada gratuita em todos os museus, os espaços geridos pel’A Oficina associam-se à celebração. Mas não apenas abrem as portas para mostrar as suas exposições, como propõem um conjunto de atividades para todos os públicos.
SÁB 18 MAI
CIAJG — 11H00
MÁQUINA DE FAZER MUSEUS OUTRO EU
GONÇALO FONSECA Oficina de Construção de Máscaras 90 min. | Maiores de 8
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As máscaras da coleção do CIAJG são o ponto de partida para uma oficina dirigida a crianças e a famílias em que serão construídas máscaras a partir de materiais que são acessíveis a todos, incluindo elementos naturais como cascas e ramos de árvores, folhas e pedras.
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D I AÇ Ã O C
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The masks of the CIAJG collection are the starting point for a workshop for families and children in which masks will be made from easily available materials, including natural elements - such as tree bark and branches, leaves and stones.
CDMG — 11H00
AUXILIAR DE MEMÓRIA ONDA AMARELA
CDMG — 15H00 EXPOSIÇÃO, ATÉ 1 SET
OFICINA EXCÊNTRICA CRISTINA CUNHA
Visita/Jogo 60/90 min. | Maiores de 8 ou 3
Exposição
(acompanhados de adulto(s))
Todas as idades
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São tantas as visitas possíveis à Casa da Memória de Guimarães quantos os seus visitantes. Este jogo interativo tenta mostrá-lo, permitindo percorrer as duas naves deste centro interpretativo de uma forma nada linear, apontando para aspetos nem sempre visíveis da sua exposição permanente ou para as atividades que a exposição suscita. Each visitor can chart his or her unique visit to the Casa da Memória de Guimarães (CMG – House of Memory). This interactive game highlights this opportunity, by enabling visitors to make a non-linear journey between the interpretation centre’s two naves, pointing to aspects that are not always visible in the CMG’s permanent exhibition or to activities inspired by the exhibition.
A atriz, figurinista e cenógrafa Cristina Cunha vem trabalhando em freguesias fora do centro de Guimarães – Briteiros, Pevidém, Ponte, S. Torcato e Taipas – em oficinas que exploram a plasticidade de materiais usados no teatro, trabalhando a criação de máscaras e marionetes, adereços e figurinos. São os objetos criados nessa Oficina Excêntrica que o público poderá agora ver nesta exposição. Actress, costume designer and set designer, Cristina Cunha, has been working in parishes outside the centre of Guimarães – in Briteiros, Pevidém, Ponte, S. Torcato and Taipas - in workshops that explore the plasticity of materials used in the theatre, by developing masks and puppets, props and costumes. These are the objects created in this Eccentric Workshop which audiences can now see in this exhibition.
MAI — AGO / 31
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
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IDA ÀS
NUNO PRETO
VISITA NOTURNA À CDMG E AO CIAJG
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A performance-based trip that visits the José de Guimarães International Centre for the Arts. Visitors will be able to peer into areas that they normally don’t see, and move through places that they normally can’t visit.
Visita 90 min. | Maiores de 12
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Dois museus, 200 metros de distância e uma mesma avenida. A equipa de monitores e mediadores do Centro Internacional de Artes José de Guimarães e da Casa da Memória de Guimarães leva os visitantes a conhecer estes dois espaços, numa visita em forma de cadáver esquisito. Cada um dos guias é responsável por uma única sala e não terá contacto prévio com a apresentação dos colegas. Pelo meio, uma surpresa: uma performance de António Poppe.
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Two museums – located 200 metres from each other on the same avenue. There monitors and mediators of the José de Guimarães International Centre of the Arts and the Casa da Memória de Guimarães will introduce visitors to these two spaces, in a visit in the form of a strange corpse. Each of the guides will be responsible for a single room and won’t have any prior contact with the presentations to be made by his or her colleagues. In the middle of the visit there will be a surprise: a performance by António Poppe.
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Esta é uma viagem performativa que visita o Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Os visitantes são autorizados a deixar escapar o olhar para onde, normalmente, não olham e a deixar passar o corpo para onde ele, normalmente, não mexe.
MARTA SILVA, JOÃO LOPES, CELESTE DOMINGUES, DANIELA FREITAS, CARLA OLIVEIRA, MELISSA RODRIGUES, JOÃO TERRAS, MARIA CORTE-REAL, FRANCISCO NEVES E ANTÓNIO POPPE
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90 min. | Maiores de 12
DM
Visita Performativa
À NOITE VÊ-SE MELHOR
H30 DA C
PONTO DE FUGA
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CDMG E CIAJG - 21H30
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CIAJG — 17H00
ATÉ 9 JUN
PENSAMENTO AMERÍNDIO SALAS #12-13
VARIAÇÕES DO CORPO SELVAGEM: EDUARDO VIVEIROS DE CASTRO, FOTÓGRAFO CURADORIA DE EDUARDO STERZI E VERONICA STIGGER
SALAS #2, 3, 6, 9 -11
CARÕ - MULTIDÕES DA FLORESTA
UMA EXPOSIÇÃO DE JOÃO SALAVIZA E RENÉE NADER MESSORA
SALAS #2, 4, 5, 8
8 JUN, 18H30
CLAREIRA
CONVERSA COM JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA
Manuel Rosa
Curadoria de Nuno Faria
SALA #2
A MORTE DE UBU João Louro
Curadoria de Nuno Faria
SOBRE CLAREIRA DE MANUEL ROSA
QUI 23 MAI 18H00 SALA DE CONFERÊNCIAS
MAI — AGO / 33
CONFERÊNCIA Todas as idades
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© Mariana Rio
Entrada gratuita Lotação limitada
A CONSTRUÇÃO D’A CASA DA DOUTORA FARNSWORTH
EXPOSIÇÃO Todas as idades
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4,00 eur / 3,00 eur c/d
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terça a domingo 10h00-13h00 14h00-19h00
© Vista da exposição - Carõ: Multidões da Floresta / Exhibition view - Carõ: Crowds of the ForestFotografia: Vasco Célio / Stills
JOANA COUCEIRO, ARQUITETA MARIANA RIO, ILUSTRADORA
“Casas com Nome” é uma coleção de livros sobre casas exemplares, arquiteturas paradigmáticas do século XX, revisitadas através de uma dimensão literária e imagética aberta a todos. Cada livro é habitado por uma casa especial, que ganha vida própria, mas, apesar da construção fantasiosa, a história conta factos reais de uma casa real, como a da doutora Farnsworth, que é o volume mais recente desta série editada pela Circo de Ideias. O livro e o trabalho desta casa editorial serão o mote para a conversa com a arquiteta Joana Couceiro e a ilustradora Mariana Rio. “Houses with a Name” is a collection of books about exemplary houses - paradigmatic architectural projects from the twentieth century, that are revisited through a literary and image-based dimension open to everyone. Each book is inhabited by a special house that takes on a life of its own. Notwithstanding the fanciful construction, the story recounts the true-life facts of a real house, such as the house of Dr. Farnsworth, in the most recent volume in this series published by Cirque de Ideias . The publishing house’s latest book and overall production will be the subject for the conversation with the architect Joana Couceiro and illustrator Mariana Rio.
No âmbito do seminário conjunto CIAJG / Lic. em Artes Visuais da Escola de Arquitetura da Universidade do Minho
TODO O ANO
CASA DA MEMÓRIA
TERRITÓRIO E COMUNIDADE
SEX 24 MAI 19H00
MAI — AGO / 35
CONVERSA Todas as idades
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Guimarães inteira cabe nas duas naves pelas quais se estende a exposição permanente da Casa da Memória, Território e Comunidade. São dois espaços e duas formas de olhar para a cidade e o concelho, a partir de cartografias, objetos, imagens e sons, mas também representações, criações e utopias. Para quem já conhece Guimarães, este é um lugar de (re-)encontro; para quem aqui chega pela primeira vez, é o melhor local para ter um primeiro contacto com a sua História e as suas histórias.
© Paulo Pacheco
You can fit all of Guimarães into the two naves of the permanent exhibition of the Casa da Memória, Território e Comunidade (House of Memory, Territory and Community). The two spaces offer two different ways of looking at the city and the municipality, including maps, objects, images and sounds, as well as representations, creations and utopias. For anyone already familiar with Guimarães, this is a place for (re)encounters. For first time visitors, it’s the ideal place to establish initial contact with the city’s history and stories.
Entrada gratuita Lotação limitada
PRISMA #2 DUARTE BELO
Em novembro, Duarte Belo expôs “Depois do Tempo” na Casa da Memória de Guimarães, uma impressionante coleção de centenas de imagens feitas em Guimarães entre abril de 1988 e o ano passado. O fotógrafo publica agora a sua reflexão sobre a cidade e a sua paisagem, mas também sobre as imagens e os seus processos, a partir desse hiato de 30 anos – segundo volume da coleção d’ A Oficina dedicada à fotografia – Prisma.
EXPOSIÇÃO
In November, Duarte Belo exhibited "After Time" in the Casa da Memória de Guimarães - an impressive collection of hundreds of photos taken in Guimarães between April 1988 and 2018. The photographer now publishes his reflection on the city and its landscape, and also on images and their processes, covering this 30-year period – the second volume of A Oficina’s collection dedicated to Prisma’s photography.
Todas as idades
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4,00 eur / 3,00 eur c/d
© Paulo Pacheco
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terça a domingo 10h00-13h00 14h00-19h00
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PARA VÓS
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CIAJG / BLACK BOX
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SEX 24 MAI, 16H00 SÁB 25 MAI, 21H30
CLÁUDIA ANDRADE
Para vós é um espetáculo sobre memória. Sobre as memórias das avós e as memórias de Cláudia Andrade sobre as suas avós. É também uma homenagem às mulheres. Para vós é um solo, sem que o seja realmente. Porque, na sua interpretação, Cláudia Andrade não está completamente sozinha. Em cena estão também oito mulheres, que funcionam como um coro, ao jeito da tragédia clássica. As suas vozes – e as suas memórias – juntam-se à da criadora, em resultado de um processo de residência que se renova a cada apresentação do espetáculo. Para vós (For you) is a performance about memory - about the memories of grandparents and Cláudia Andrade’s memories of her own grandparents. It is also a tribute to women. Para vós (For you) is a solo performance, without really being so. Because Cláudia Andrade won’t be alone on stage.
She is accompanied by eight women, who act like a choir, in the style of a classical tragedy. Their voices - and their memories – are combined with the artist’s, by means of an artistic residency process that is renewed in each performance.
TEATRO Maiores de 12
―― 75 min.
―― 2,00 eur
Interpretação Cláudia Andrade + [Projeto Mais Vida - Nespereira] Custódia Ribeiro Martins, Clara de Fátima Batista, Maria Alice Cardante, Maria Isabel Lemos + [Projeto Candoso Ativo - Candoso S. Martinho] Maria Emília Pereira, Rosa Oliveira, Joaquina Pereira, Ana Maria Oliveira Coprodução A Caravana Associação Cultural, Centro de Arte de Ovar, Companhia de Actores, Centro de Artes de Águeda, Centro Cultural/Município de Lagos, Centro das Artes e do Espectáculo de Sever do Vouga
MAI — AGO / 37
CONVERSA
SÁB 25 MAI, 16H00
SESSÃO DE REMINISCÊNCIA PARA VÓS
Todas as idades
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Entrada gratuita Lotação limitada
© Direitos reservados
CDMG
SEG 27 MAI 21H30 GRANDE AUDITÓRIO
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JULIA HOLTER MÚSICA Maiores de 6
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15,00 eur 12,50 eur c/d
© Dicky Bahto
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QUI 30 MAI 19H00
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CONVERSA
MEMÓRIAS DA MEMÓRIA
Todas as idades
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Entrada gratuita Lotação limitada
© Direitos Reservados
TIAGO BAPTISTA
Poucas pessoas em Portugal entendem tão bem o papel do cinema como memória como Tiago Baptista, professor universitário, fundador da Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento e conservador do acervo da Cinemateca Portuguesa, o Arquivo Nacional das Imagens em Movimento. Passou a dirigir o instituto responsável pela preservação e restauro do património cinematográfico português em 2017. Esse seu trabalho é o mote para esta conversa.
Few people in Portugal understand the role of cinema in preserving memory as well as the university professor, Tiago Baptista, founder of the Associação dos Investigadores da Imagem em Movimento (Association of Researchers into Moving Images) and curator of the collection of the Portuguese Cinematheque, - ANIM (National Archive of Moving Images). In 2017 he was appointed director of ANIM – the entity responsible for preservation and restoration of Portuguese cinematographic heritage. During this conversation we will talk about his work at ANIM.
“O BAILARINO DANÇA COM RAIVA” PERGUNTA AO TEMPO TURMA 4º ANO M EB MONTE LARGO/AZURÉM
JUNHO JUNE
PERGUNTA AO TEMPO TURMA SF E B 1 / J I U C H A D E B A I X O - S Ã O FA U S T I N O
MAI — AGO / 42
QUI 30 MAI A DOM 16 JUN
FESTIVAIS GIL VICENTE EM PARCERIA COM O CAR - CÍRCULO DE ARTE E RECREIO
This year theatre will be celebrated in Guimarães even longer than usual. It will start at the end of May and will continue for almost three weeks. In the festival programme, the performances by professional theatre companies will be preceded by the Amateur Theatre Showcase, featuring works by the municipality’s non-professional groups that will be performed on the CCVF’s stage. The Gangue de Guimarães, the students of the University of Minho’s Theatre degree course and the workshops of the Teatro Oficina will also participate in the programme. There are also training courses, workshops and encounters. It is a festival for everyone involved in the theatre in Guimarães - whether amateurs, professionals or students.
MAI — AGO / 43
© Bruno Simão
A celebração do teatro em Guimarães é, este ano, mais longa do que é habitual, começando no final de maio e prolongando-se por quase três semanas. No programa, os espetáculos das companhias profissionais vão ser antecedidos pela Mostra de Amadores de Teatro, que leva os grupos não profissionais do concelho ao palco do CCVF. O Gangue de Guimarães, os alunos da Licenciatura em Teatro da Universidade do Minho e das Oficinas do Teatro Oficina também se juntam ao programa. E há formações, oficinas e encontros. É uma festa para todos os praticantes de teatro de Guimarães, sejam profissionais, amadores ou estudantes.
CCVF
MAT'19
MOSTRA DE AMADORES DE TEATRO
QUI 30 MAI
17H00 / PEQUENO AUDITÓRIO
21H30 / PEQUENO AUDITÓRIO
MARIA PARDA
DORES
DE GIL VICENTE OSMUSIKE
CETE –CONVÍVIO E TEATRO EXPERIMENTAL 3,00 eur
3,00 eur 21H30 / GRANDE AUDITÓRIO
(A)TENTADOS SEX 31 MAI 21H30 / GRANDE AUDITÓRIO
MÉDICO À PAULADA A PARTIR DE MOLIÈRE GT CAMPELOS 3,00 eur
SÁB 1 JUN MANHÃ E TARDE / SALA ENSAIOS
OFICINA DE TEATRO COM GONÇALO FONSECA E NUNO PRETO
DE MARTIN CRIMP ATRAMA 3,00 eur
15H00 / PEQUENO AUDITÓRIO
GUARDADOR DE REBANHOS A PARTIR DE FERNANDO PESSOA E VÁRIOS AUTORES ARCAP PONTE 3,00 eur
LAB'UM
LABORATÓRIOS DA LICENCIATURA EM TEATRO DA UNIVERSIDADE DO MINHO
QUA 5 JUN 21H30 / CIAJG / BLACK BOX
HABITAT. NUM MUNDO QUE NÃO ESTE POR SERES QUE NÃO HUMANOS LUIS PEIXOTO VILAR
+
EGO ANDRÉ PINTO
QUA 12 JUN 21H30 / CIAJG / BLACK BOX
TEMOS TEMPO BEATRIZ BIZARRO
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SOBRE LETRAS ANA SANDRINA
17H00 / GRANDE AUDITÓRIO
APRESENTAÇÃO INFORMAL
A QUINTA DOS ANIMAIS
com lotação limitada
4 A 14 JUN
DOM 2 JUN
+ 16H00 / SALA ENSAIOS
Oficina gratuita,
AT IVI DAD E S PAR ALE L A S
30 MAI A 02 JUN
A PARTIR DE GEORGE ORWELL GT CITÂNIA - BRITEIROS 3,00 eur 18H30 / CAFÉ CONCERTO
DEBATE FINAL
ESTUDOS EM INTERPRETAÇÃO 4 - 3º ANO TIAGO MORA PORTEIRO
MAI — AGO / 45
F E S T I VA I S G I L V I C E N T E
SEG 3 A SÁB 8 JUN, 21H30
DOM 16 JUN, 18H30 CAR
DEBATE FESTIVAIS GIL VICENTE A BARCA DA GLÓRIA + COM TONAN QUITO JANTAR + SÁB 08 JUN CONVÍVIO DIA GIL VICENTE COM REDE 17H00 CAR TEATRO APRESENTAÇÃO OFICINA GANGUE DE GUIMARÃES, FINAL ALUNOS DA LIC. TEATRO UM, CAR
OFICINA DE CRIAÇÃO SEX 7 JUN 17H00 / ESPAÇO OFICINA
LUGAR DE CONTACTOS LAB 2 - 1º ANO JOANA PROVIDÊNCIA
SEX 14 JUN
SÁB 15 JUN, 17H00
17H00 / ESPAÇO OFICINA
CCVF
LAB 4 - 3º ANO PATRÍCIA PORTELA
GANGUE DE GUIMARÃES
SESSÃO DE TRABALHO ARTISTA NO CENTRO PACT 2020 - NOVAS CONVOCATÓRIAS
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18H30 CCVF
JANTAR COM RITA MORAIS
ATÉ 10 ARTISTAS DO GANGUE Inscrição gangueguimaraes@ aoficina.pt
GRUPOS AMADORES TEATRO, ALUNOS DAS OTO’S Inscrições preferencialmente em grupo para redeoficina@aoficina.pt
QUI 06 JUN — 21H30 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
SEX 07 JUN — 21H30 CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO
D. JUAN ESFAQUEADO NA AVENIDA DA LIBERDADE
A PAISAGEM NÃO RESPONDE MIGUEL CASTRO CALDAS
PEDRO GIL
ESTREIA PRODUÇÃO Org.i.a COPRODUÇÃO Teatro Nacional D. Maria II e Centro Cultural Vila Flor
COPRODUÇÃO Barba Azul, São Luiz Teatro Municipal, Teatro Municipal do Porto e Centro Cultural Vila Flor
Maiores de 12
Maiores de 16
7,50 eur / 5,00 eur c/d
7,50 eur / 5,00 eur c/d
Das famílias felizes não costuma rezar a história, dir-se-á, como que parafraseando Tolstói, mas é sobre elas que Miguel Castro Caldas quer refletir. Como criar protagonistas que não estão em conflito?, pergunta à partida para A Paisagem não Responde, espetáculo que marca seu o regresso aos Festivais Gil Vicente, depois de no ano passado aqui ter apresentado Se Eu Vivesse Tu Morrias.
Ao contrário do que é a tradição, este Don Juan não é heroico. É ingénuo e medroso e, em lugar de enfrentar a figura do comendador, foge. Ao fazê-lo, escapa também da morte e destrói o seu próprio mito. Foi assim que o imaginou Pedro Gil, que, além de dramaturgo e encenador, é também um dos atores desta comédia.
© Mariana CSilva
Contrary to tradition, Don Juan isn’t heroic on this occasion. He is naive and fearful. Instead of confronting the commander, he flees. In so doing, he escapes death, but also destroys his own myth. Playwright and director, Pedro Gil, is also one of the actors in this comedy.
All happy families are essentially alike we might say, paraphrasing Tolstoy, but Miguel Castro Caldas nonetheless wants to reflect about such families. A Paisagem não Responde addresses the issue of how to create protagonists who aren’t in conflict, as they return to this year’s edition of the Gil Vicente Festivals, after last year’s presentation of If I lived You Would Die.
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F E S T I VA I S G I L V I C E N T E
JOÃO SOUSA CARDOSO
COPRODUÇÃO Teatro Nacional D. Maria II, Teatro Nacional São João, Teatro Viriato, Centro Cultural Vila Flor, Confederação Maiores de 12 7,50 eur / 5,00 eur c/d
VISITA PERFORMATIVA AOS LUGARES SECRETOS DO CCVF Maiores de 12 2,00 eur
Armazéns, elevadores, corredores. Os bastidores do CCVF são o cenário e a inspiração para esta visita encenada que mostra um lado deste centro cultural raramente visto pelo público. Warehouses, lifts, corridors. What goes on behind the scenes at the CCVF is the inspiration for this staged visit that provides a behind-the-scenes view of this cultural centre, that is rarely seen by the public.
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João Sousa Cardoso returns to one of the principal creative wellsprings of his oeuvre - the work of writer and painter Álvaro Lapa. Narrativas Sequências Completas (Complete Sequential Narratives) is the one book by Lapa that Sousa Cardoso hasn’t yet adapted to the stage. In this performance he explores the meaning of freedom and the place of public speaking in Portugal.
MANUELA FERREIRA
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João Sousa Cardoso regressa a um lugar habitual da sua criação, a obra do escritor e pintor Álvaro Lapa. Narrativas Sequências Completas era o último livro do autor que lhe faltava levar à cena, o que acontece agora este espetáculo que é uma reflexão sobre a liberdade e o lugar da palavra pública em Portugal.
DO AVESSO
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SEQUÊNCIAS NARRATIVAS COMPLETAS
DOM 09 JUN — 17H00 CCVF
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SÁB 08 JUN — 21H30 CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO
A PRAÇA
GONÇALO FONSECA OFICINAS DO TEATRO OFICINA Maiores de 6 Entrada gratuita
O Teatro Oficina cruza-se com os quase 60 alunos que, ao longo deste ano, participaram nas Oficinas do Teatro Oficina para criarem um espetáculo, dirigido por Gonçalo Fonseca, em que se apropriam da praça exterior do CIAJG, antigo espaço do Mercado Municipal de Guimarães. Over the last twelve months Teatro Oficina has been working with almost 60 students, who took part in the Teatro Oficina’s workshops to create a performance, directed by Gonçalo Fonseca, in which they appropriate the CIAJG’s exterior square, formerly occupied by Guimarães. Municipal Market.
SEX 14 JUN — 21H30 CCVF / PEQUENO AUDITÓRIO
PARLAMENTO ELEFANTE
EDUARDO MOLINA, JOÃO PEDRO LEAL E MARCO MENDONÇA Espetáculo criado com o apoio da Bolsa Amélia Rey-Colaço, uma iniciativa do Teatro Nacional D. Maria II, Centro Cultural Vila Flor e O Espaço do Tempo Maiores de 12 7,50 eur / 5,00 eur c/d
Eduardo Molina, João Pedro Leal e Marco Mendonça imaginam um espetáculo com uma existência prévia: uma criação nascida no início do século XX para ser apresentada em 2019, ano em que já não haveria guerras, a democracia estaria consolidada e a arte não sofreria censura. Curioso dispositivo para pensar a arte e a política. Eduardo Molina, João Pedro Leal and Marco Mendonça conceive a performance that has a previous existence: a work that was created in the early twentieth century to be presented in 2019, and which predicted that by 2019 would be no wars, democracy would be consolidated and art would suffer no censorship. It’s a curious way of thinking about art and politics.
© António MV
QUI 13 JUN — 21H30 PAC / PRAÇA
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F E S T I VA I S G I L V I C E N T E
MÓNICA CALLE
PRODUÇÃO Casa Conveniente / Zona Não Vigiada COPRODUÇÃO Teatro Nacional D. Maria II Maiores de 16 7,50 eur / 5,00 eur c/d
VISITA PERFORMATIVA Maiores de 12 2,00 eur
Esta é uma viagem performativa que visita o Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Os visitantes são autorizados a deixar escapar o olhar para onde, normalmente, não olham e a deixar passar o corpo para onde ele, normalmente, não mexe. A performance-based trip that visits the José de Guimarães International Centre for the Arts. Visitors will be able to peer into areas that they normally don’t see, and move through places that they normally can’t visit
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On stage we will see 12 actresses who have no previous dance experience, who will perform ballet movements, accompanied by classical music (Ravel). Mónica Calle will test the limits of theatre and dance, placing the body at the centre of this performance, that reappears in a new format, almost four years after its debut, after tremendous critical acclaim and audience response.
NUNO PRETO
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Em cena estão 12 atrizes sem qualquer experiência de dança anterior, mas dançam. Fazem-no a partir de música clássica (Ravel) e de movimentos de ballet. Mónica Calle testa os limites do teatro e da dança, com o corpo no centro deste espetáculo que ressurge numa nova montagem, quase quatro anos depois da sua estreia, em resultado de uma carreira fulgurante junto do público e da crítica.
PONTO DE FUGA
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ENSAIO PARA UMA CARTOGRAFIA
DOM 16 JUN — 17H00 CIAJG
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SÁB 15 JUN — 21H30 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
ASSINATURA FESTIVAIS GIL VICENTE
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ESPETÁCULOS 15,00 EUR
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ESPETÁCULOS 25,00 EUR
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FESTIVAIS ——— G I L ——— V I C EN T E
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——--------------Gil Vicente, do qual muito pouco se sabe também, chegou aos nossos dias como o pai de uma tradição teatral nacional. ——-------------——-------------——---------
1502.
Madrugada de 7 para 8 de junho. A rainha Dª. Maria tinha dado à luz o seu primeiro filho – que viria a ser o rei D. João III – quando um homem vestido de vaqueiro entra no seu quarto para fazer uma representação. Era Gil Vicente e o texto que ali disse ficou conhecido como Monólogo do Vaqueiro ou Auto da Visitação. Esta história será algo mitificada, mas tem o poder de fixar um momento fundador para o teatro português. Gil Vicente, do qual muito pouco se sabe também, chegou aos nossos dias como o pai de uma tradição teatral nacional. Esta história interessa-nos também para o que em seguida se conta. Maio de 1957 – há 62 anos. O então presidente da Câmara de Guimarães, José Maria Castro Ferreira, apresenta em reunião de vereação a ideia de criação de “um Festival de Gil Vicente durante o mês de junho”. Na ocasião, apresentou também a justificação para que Guimarães celebrasse o dramaturgo. “Gil Vicente nasceu em Guimarães, entre 1460 e 1470. Mais tarde foi para Lisboa, onde foi ourives, a ele se devendo a célebre Custódia de Belém”, disse então, num discurso registado na ata daquela reunião municipal (Rocha, 2011). Não é certo que Gil Vicente tenha nascido em Guimarães – como também não é certo que o dramaturgo e o ourives sejam a mesma pessoa. Porém, a tradição local e um certo culto bairrista eram matéria suficiente para que a cidade celebrasse Gil Vicente. O festival então criado devia acontecer por volta do dia 8 de junho. É a data da mitificada primeira representação de Gil Vicente e que foi mesmo feriado municipal em Guimarães, durante décadas, por deliberação da Câmara tomada em 1912. O certame já aconteceu noutros momentos, mas certo é que, ainda hoje, os Festivais Gil Vicente acontecem no início de junho por este motivo. Para concretizar essa primeira edição dos Festivais Gil Vicente foi nomeada uma comissão que incluía Duarte Freitas do Amaral, presidente da comissão concelhia da União Nacional, o partido único do regime, e que era então já deputado na Assembleia Nacional – lugar que ocupou até ao fim da Ditadura; o jornalista e escritor A.L. de Carvalho; o padre Joaquim de Oliveira Bragança, membro da comissão municipal de Arte e Arqueologia; José Craveiro, professor da Escola Industrial e Comercial, Manuel Alves de Oliveira, diretor da Revista Gil Vicente, criada em 1928; e o próprio presidente da Câmara. A primeira edição teve lugar inteiramente no Paço dos Duques de Bragança, cujas obras de reconstrução estavam a ser terminadas. O monumento só seria inaugurado dois anos depois, em 1959, mas “foi aberto às elites culturais da cidade pela primeira vez para a realização dos Festivais Gil Vicente”, sublinha Raul Rocha, num artigo publicado no extinto semanário O Povo de Guimarães, em 2008. O festival de 1957 foi um sucesso, a acreditar nas atas da Câmara, que não poupam no vocabulário para exaltar o feito. “Na noite de sábado último, realizou-se no pátio dos Paços dos Duques, emoldurado pelo cenário da sua arcada lateral, o 1.º espetáculo do Festival Gil Vicente para honra e glória do Mestre, artista e dramaturgo, de que Guimarães tanto se orgulha por, segundo a tradição, contar entre os seus filhos”, começa por escrever-se. Esse primeiro espetáculo “perdurará na memória dos que tiveram oportunidade e o prazer espiritual de o apreciar em todas as duas nuances de colorido e arte”, garantia-se também nessa ata. Participaram “magistralmente” nesse momento o Teatro Universitário do Porto e o Coral dos Monges de Singeverga, a quem a Câmara atribui um louvor.
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Além destes dois grupos, fizeram parte do programa dos Festivais Gil Vicente de 1957 o Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra (TEUC) e um grupo vimaranense, o Teatro dos Caixeiros, que era então ensaiado pelo funcionário municipal Xavier de Carvalho e que foi acompanhado por um grupo coral de Aveiro. Do programa fizeram também parte concertos e conferências – falar-se-á sobre isso mais adiante. Nessa reunião realizada após a primeira edição do festival, a Câmara deliberou que deveria ser lançado um livro de celebração do certame. A publicação chegou um ano depois, para sublinhar o “memorável acontecimento cultural” num volume que incluía o programa completo do evento, com fotografias e elencos, excertos dos textos interpretados, os textos completos das conferências realizadas e uma recolha dos ecos que o evento teve na imprensa: dos jornais da cidade aos periódicos nacionais Diário de Notícias e Diário Popular. Em 1957, “a Cultura, pela primeira vez em Guimarães, teve um programa municipal”, defende Raul Rocha no segundo volume de Guimarães no século XX, editado em 2011. José Maria Castro Ferreira era então o presidente da Câmara – numa época em que esse lugar era escolhido diretamente pelo Governo do Estado Novo. Tinha sido nomeado em 1955 e ocupou-o até 1963. Face ao sucesso da primeira edição dos Festivais Gil Vicente, a Câmara delibera que estes passem a realizar-se todos os anos. A comissão encarregada de organizar o evento em 1958 foi renovada. Apenas José Craveiro e Manuel Alves de Oliveira se mantiveram no grupo. A representação da autarquia passou a ser feita pelo vereador Catanas Diogo e foram convidados António Simões e Joaquim Santos Simões. Este último acabaria por tornar-se uma figura central na atividade cultural em Guimarães e dos próprios Festivais Gil Vicente. Santos Simões era professor de Matemática e chegou a Guimarães para dar aulas na Escola Industrial e Comercial, no final de 1957, ano em que nasceu o certame. Segundo Raul Rocha (2011), terá sido José Cordeiro, que o tinha conhecido em Coimbra e que era seu colega na escola técnica, o responsável pelo convite. Joaquim Santos Simões tinha sido ator no Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra – cidade de onde era natural e onde estudou. Essa experiência foi fundamental não só para a sua participação na programação dos Festivais Gil Vicente como para a transformação que, sob sua orientação, se operou num grupo de teatro que marcaria as décadas seguintes em Guimarães. Convidado, logo em dezembro de 1957, para encenar duas peças com o grupo de teatro do Grupo Musical “Ritmo Louco” (Cunha, 2013), é por iniciativa de Santos Simões que este passa, dois anos depois, a designar-se Teatro de Ensaio Raul Brandão (TERB) – integrando o Círculo de Arte e Recreio, nome que, também por sua influência, passa a ter o “Ritmo Louco”. A mudança de nome do grupo de teatro corresponde a uma verdadeira refundação, visível também no repertório, que passa de peças nacionais de uma tradição antiquada (O Senhor Ventura, de Arnaldo Leite e Campos Monteiro, O Tio Pedro, de Marcelino Mesquita, ou Cavalheiro Respeitável de André Brun) para abordagens modernas a Raul Brandão (O Doido e a Morte e O Rei Imaginário foram encenados em 1959), Molière, Anton Tchekov, William Shakespeare e Gil Vicente, como Santos Simões recordava em Breve História do TERB (26 anos a lutar contra moinhos de vento), que editou em 1995, quando deixou a direção do grupo de teatro. O reconhecimento ao seu conhecimento em matéria teatral fez com que, em 1959, os Festivais já tivessem sido organizados apenas por Santos Simões, em ligação com o vereador Pinto de Almeida (Rocha, 2008). Joaquim Santos Simões terá estado ligado à realização dos festivais até 1960, como o próprio inclui nas notas sobre os seus primeiros anos em Guimarães, incluídas na sua Bio-Bibliografia, editada em 2003, pouco tempo antes de morrer.
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——--------------— O festival de 1957 foi um sucesso, a acreditar nas atas da Câmara, que não poupam no vocabulário para exaltar o feito.——--------------—
Em 1965, através do TERB, volta a ligar-se às celebrações vicentinas, num ano marcado pela comemoração do V Centenário do dramaturgo – os vimaranenses estavam então já convencidos de que Gil Vicente não só era natural da cidade como 1465 era o ano do seu nascimento. Entre 1960 e 1965, encontram-se apenas referências aos Festivais Gil Vicente de 1961. Nesse ano, “a maior referência foi a atuação da companhia de Lopes da Veiga, de Lisboa”. (Rocha, 2008). O TERB também participou, tendo encerrado o certame com uma atuação no Largo da Oliveira (idem). A última referência encontrada da primeira vida dos Festivais Gil Vicente é de 1965, ano do V Centenário. Na noite de 7 de junho, no Largo da Oliveira, o TERB apresentou uma suite de textos vicentinos (Monólogo do Vaqueiro, Auto da Alma, Auto da Barca do Inferno e Farsa do Juiz da Beira). A edição desse ano ficou, porém, marcada pelo facto da maior parte do programa de conferências ter sido proibido pelo “pidesco Governador Civil de Braga”, como chamava Santo Simões a Francisco Pessoa Monteiro, num artigo publicado no jornal O Povo de Guimarães em junho de 1978, onde recorda os esforços então feitos para a celebração do V Centenário de Gil Vicente. Armando Castro, Vitorino Magalhães Godinho, Óscar Lopes e Manuel Deniz-Jacinto não puderam realizar as suas palestras. Só Rebelo Bonito e o padre Domingos Silva Araújo foram autorizados a falar. Os Festivais estiveram então parados. Já a Democracia tinha mais de uma década quando o evento foi relançado, por iniciativa tripartida do Conservatório Regional de Guimarães, Centro Cultural Desportivo da Coelima e Sindicato dos Bancário dos Norte – Delegação de Guimarães. Corria o ano de 1987. O programa da iniciativa assinala também a colaboração da Câmara Municipal de Guimarães, Museu de Alberto Sampaio, Paço dos Duques de Bragança, Teatro Jordão e Delegação do Norte da Secretaria de Estado da Cultura. Em 1987, o programa foi sobretudo composto por concertos, tendo sido levadas a cena apenas duas peças: Um cálice de Porto, pela companhia Seiva Trupe, e O céu da minha rua, de Romeu Correia, pelo Teatro Coelima, apresentado em duas freguesias de fora da cidade: S. Martinho de Candoso e Infias (hoje, Vizela). No ano seguinte, os Festivais voltam à sua data original – em 1987, começaram no final de junho, prolongando-se por todo o mês de julho – e a organização já foi assumida por inteiro pela Câmara Municipal de Guimarães. A Seiva Trupe voltou a constar do programa (apresentou Teatro Vivo), juntamente com o Teatro Experimental do Porto (O Médico à Força, de Molière) e a Companhia de Teatro de Braga, que apresentou Com a Arma de Bogart, a partir de novela homónima de Renato Solnado, com uns ainda jovens Ana Bustorff, André Gago e António Durães no elenco. É também neste ano que o TERB volta aos Festivais Gil Vicente. Santos Simões criou um espetáculo
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a partir de uma seleção de textos de Fernando Pessoa, apresentado, no Pátio da Misericórdia, no dia do Centenário do poeta. Já vinha de longe a relação de Guimarães com Gil Vicente. A cidade tinha dado o seu nome a uma rua em 1880 (denominação que ainda hoje se mantém) e a um teatro dois anos depois (entretanto desaparecido e que se localizava sensivelmente na zona em que começa hoje a Alameda de S. Dâmaso, junto ao Largo República do Brasil). No início do século XX, a Sociedade Martins Sarmento tinha já liderado umas comemorações do 4.º Centenário da criação do teatro português (1902). A cidade também tinha discutido, em vários momentos, a ideia de uma homenagem no espaço público a Gil Vicente. Em 1937 é mesmo “lançada solenemente a 1ª pedra” de um monumento ao fundador do teatro português (Carvalho, 1958). Sem sucesso. Em 1950, a Câmara Municipal volta a discutir esta ideia, mas só neste século a ideia é concretizada. O monumento aos 500 anos do teatro português e a Gil Vicente foi inaugurado em 2003. É composto por oito máscaras, criadas pela escultora Irene Vilar, e está atualmente na parte norte da Alameda de S. Dâmaso. Os Festivais foram sendo assim chamados – no plural – pela sua atenção a várias artes e não apenas ao teatro. Na sua primeira edição, em 1957, o programa incluiu um espetáculo de música clássica, dirigido por Mário Sampaio Ribeiro, e um concerto pela Orquestra Sinfónica do Porto, sob direção do maestro António Almeida Santos (que foi transmitido pela emissora nacional), bem como conferências de Luís de Pina e Porfírio Bonito. Em 1958, os Festivais encerraram com uma ópera (O Barbeiro de Sevilha, apresentado pelo Coro do Teatro Nacional de S. Carlos e a Orquestra Sinfónica do Conservatório do Porto) e incluíram também bailado. Houve música pela Sociedad Coral Polifonica de Pontevedra, dirigida por António Iglesias Vilarellle, também em 1960, tendo sido interpretado um concerto coral a partir de poemas dos séculos XIII e XVI. Mesmo depois do reavivamento do evento, após o fim da Ditadura, não houve apenas teatro nos Festivais Gil Vicente. Em 1987, quando pela primeira vez foram realizados após o interregno, a programação era composta essencialmente por música, com seis concertos – com destaque para o da Orquestra Sinfónica da RDP, dirigida pelo maestro Silva Pereira – e uma conferência (A música em Gil Vicente, por Filipe de Sousa). No ano seguinte, atuou no evento o grupo de música popular do Ateneu de Coimbra Diabinho da Mão Furada e houve ainda um concerto de guitarra. Como se entende por esta descrição, os Festivais Gil Vicente foram tendo várias configurações. Nos anos 1990, por exemplo, incluíam, lado a lado, grupos de teatro profissionais e grupos de teatro amador – numa tradição que este ano se recupera com a realização da Mostra de Amadores de Teatro na semana anterior aos Festivais. A programação percorria também não só espaços do centro da cidade – o Paço dos Duques continuava a ser lugar de referência, bem como o Largo da Oliveira, mas a partir de 1987, o Teatro Jordão passou a ser local obrigatório da programação – mas também noutras localidades do concelho. Em 1996, por exemplo, houve sessões nas Taipas, Pevidém e Vizela, que então fazia parte do município de Guimarães. Na transição para o novo século, os Festivais Gil Vicente começam a assumir a sua configuração atual, com uma programação assente em companhias profissionais. Em 2001 o evento passa a ser organizado pel’A Oficina, então ainda no auditório da Universidade do Minho. Em 2006, após a inauguração do Centro Cultural Vila Flor, o teatro contemporâneo assume definitivamente o lugar central que continuar a ter hoje no certame.
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Outros documentos consultados – – cortesia de Torcato Ribeiro: Programa Festivais Vicentinos (1960) Programa V Centenário do Nascimento de Gil Vicente (1965) Programa Festivais Gil Vicente (1987) Programa Festivais Gil Vicente (1988) Programa Festivais Gil Vicente (1996)
——--------------— Já vinha de longe a relação de Guimarães com Gil Vicente. A cidade tinha dado o seu nome a uma rua em 1880 [...]——--
Bibliografia: Carvalho, AL (org.) (1958), Guimarães e Gil Vicente, Guimarães: Câmara Municipal de Guimarães. Cunha, Paulo (2013), Santos Simões, Guimarães: Guimarães 2012/ Sociedade Martins Sarmento. Rocha, Raul (2008), 50 anos dos Festivais Gil Vicente, do TERB, e da chegada de Santos Simões a Guimarães, in O Povo de Guimarães, 13 de junho de 2008. Rocha, Raul (2011), Guimarães no século XX – Volume II (1940-1970), Guimarães: Editorial O Povo de Guimarães. Simões, Joaquim Santos (1978), Gil Vicente e o seu centenário – Evocação de 1965, in O Povo de Guimarães, 8 de junho de 1978. Simões, Joaquim Santos (1995), Breve História do TERB (26 anos a lutar contra moinhos de vento), Guimarães: Edição do autor.
JUN 21H45
CINECLUBE DE GUIMARÃES DOM 2 JUN
QUI 20 JUN
Se Esta Rua Falasse
A Pereira Brava
DOM 9 JUN
QUI 27 JUN
De Barry Jenkins Com KiKi Layne, Stephan James, Regina King 2018 | M/14 | 119 min.
Os Irmãos Sisters
De Jacques Audiard Com John C. Reilly, Joaquin Phoenix, Jake Gyllenhaal 2018 | M/14 | 121 min.
DOM 16 JUN
O Culpado
De Gustav Möller Com Jakob Cedergren, Jessica Dinnage, Omar Shargawi 2018 | M/14 | 85 min.
TER 18 JUN
O Intendente Sansho
De Kenji Mizoguchi Com Kinuyo Tanaka, Kyoko Kagawa, Yoshiaki Hanayagi 1954 | M/12 | 88 min.
De Nuri Bilge Ceylan Com Dogu Demirkol, Murat Cemcir, Bennu Yildirimlar, Hazar Ergüçlü 2018 | M/14 | 188 min.
A Portuguesa
De Rita Azevedo Gomes Com Clara Riedenstein, Marcello Urgeghe, Ingrid Caven 2018 | M/12 | 136 min.
DOM 30 JUN
Lucia Cheia de Graça
De Gianni Zanasi Com Alba Rohrwacher, Elio Germano e Hadas Yaron 2018 | M/12 | 110 min.
SÁB 22 JUN 17H00
MAI — AGO / 57
E D U C AÇ Ã
CINEMA Maiores de 6
―― 105 min.
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© A Portuguesa de Rita Azevedo Gomes
Bilheteira Cineclube de Guimarães
D I AÇ Ã O C
U
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De Alexandre Astier, Louis Clichy Com Eduardo Madeira(voz), Manuel Marques (voz), Bárbara Bandeira (voz) 2018
ME
RA
Astérix: O segredo da Poção Mágica
E
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MINI CINECLUBE
PERCURSOS
CAMINHOS EM VOLTA
A Casa da Memória de Guimarães vai para lá das suas portas e convida a percorrer os caminhos que dela saem em direção a vários pontos de Guimarães. Na primeira sessão de Caminhos em Volta, os visitantes são desafiados a rumar ao noroeste do concelho, com passagem pelo Campo da Ataca onde alguma tradição e historiografia localizam a Batalha de S. Mamede, antes da chegada à vila de S. Torcato, para conhecer os seus mosteiro e santuário e ainda o lugar da Corredoura. O ponto de partida para este percurso é uma investigação sobre a romaria a S. Torcato, que é apresentada na mesma ocasião. Uma outra investigação, desta feita sobre as tabernas, salões de jogo e outros locais de prazer e ócio na cidade de Guimarães, na Penha e em Caldas das Taipas, motiva, no mês seguinte, o segundo destes percursos. Marginália aponta para o lado menos canónico do espaço público vimaranense e o caminho a percorrer vai também permitir olhar para um outro lado dos locais mais densamente povoados na cidade durante o século XX, do Centro Histórico à rua D. João I, passando pelo bairro de Couros e pelas imediações do Castelo. The Casa da Memória of Guimarães will move beyond its doors, inviting visitors to explore the routes that lead from it to other parts of Guimarães. In the first session of Caminhos em Volta (Outbound Paths), visitors are challenged to travel to the north-western zone of the municipality. They will first visit Campo da Ataca which according to tradition and several historiographic reports was the site of the Battle of S. Mamede. They will then visit the village of S. Torcato, which houses a monastery and shrine, and then travel to Corredoura. The theme for this journey is the romaria (pilgrimage) to S. Torcato, which takes place at the same time. The second route – Marginália - with a different theme, will be held in the following month – visiting the taverns, gaming rooms and other leisure venues in Guimarães, Penha, and Caldas das Taipas. This route explores the less canonical side of Guimarães’ public spaces, and offers an insight into another side of the city’s most densely populated places during the twentieth century. The route begins in the historic centre, and then continues to the Rua D. João I, passing through the neighbourhood of Couros and the streets around the castle.
PARTIDA DO POSTO DE TURISMO DA PRAÇA DE S. TIAGO
Todas as idades
――
3,00 eur / 2,00 eur c/d Gratuito para crianças até 12 anos
MAI — AGO / 59
SÁB 15 JUN,15H00
CDMG / SÃO TORCATO
SÃO TORCATO
SEG 17 JUN — 19H00
CDMG
APRESENTAÇÃO INVESTIGAÇÃO ROMARIA A SÃO TORCATO
SÁB 20 JUL, 15H00
CDMG / CIDADE
MARGINÁLIA
PRÓXIMOS CAMINHOS EM VOLTA SÁB 21 SET
ÁRVORES MEMÓRIA SÁB 12 OUT
© Paulo Pacheco
INDÚSTRIA
29 JUN A 6 OUT
29 JUN
0
— 21H3
O UR AÇÃ G U A E IN A L I VR E NTR A
D
GEOMETRIA SÓNICA COPRODUÇÃO ARQUIPÉLAGO – CENTRO DE ARTES CONTEMPORÂNEAS CURADORIA DE NUNO FARIA
SALAS #4,5 e #12,13 FRANCISCO JANES, FRANCISCO QUEIMADELA E MARIANA CALÓ, JONATHAN ULIEL SALDANHA, LAETITIA MORAIS, MANON HARROIS, MIGUEL LEAL, MIKE COOTER, PEDRO TROPA, PEDRO TUDELA, RICARDO JACINTO SARA BICHÃO, TOMÁS CUNHA FERREIRA
CARLOS BUNGA
EXPOSIÇÃO Todas as idades
――
4,00 eur / 3,00 eur c/d
――
terça a domingo 10h00-13h00 14h00-19h00
ARQUITETURA DA VIDA
COPRODUÇÃO EM ITINERÂNCIA MAAT ARQUITETURA E TECNOLOGIA | FUNDAÇÃ CURADORIA DE IWONA BLAZWICK
SALAS #9-11
Vista da exposição Carlos Bunga - Arquitetura da Vida, no MAAT. Fotografia© Bruno Lopes / Cortesia Fundação EDP.
MUSEU DE ARTE, ÃO EDP MAI — AGO / 61
29 JUN A 6 OUT
O som é matéria incontornável através do qual se constroem as peças de Geometria Sónica, exposição do segundo ciclo do ano no CIAJG, fruto de uma coprodução entre este museu e o Arquipélago, centro de arte contemporânea na ilha de S. Miguel, nos Açores. Até abril e durante mais de um ano, 13 artistas foram desafiados a colaborar para criar a partir dos Açores e tendo como ponto de partida o Arquivo de Som e Imagem da RTP. Francisco Janes, Francisco Queimadela e Mariana Caló, Jonathan Uliel Saldanha, Laetitia Morais, Manon Harrois, Miguel Leal, Mike Cooter, Pedro Tropa, Pedro Tudela, Ricardo Jacinto, Sara Bichão e Tomás Cunha Ferreira, todos criadores cujas obras e pesquisas incorporam o som como material ou como estrutura conceptual, foram os escolhidos para três exposições Arquipélago de que o CIAJG recebe agora uma seleção de obras. Fruto de uma outra coprodução, desta feita com o MAAT – Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, de Lisboa, onde esta exposição se apresentou inicialmente, em novembro do ano passado, a Arquitetura da Vida: Ambientes, esculturas, pinturas e filmes é a
primeira grande revisão da obra do artista português Carlos Bunga, radicado desde há uma década em Barcelona. Esta mostra reúne obras de diferentes períodos, ao longo de 15 anos de produção do criador, mas também distintas linguagens e meios, como o título da exposição antecipa. A sequência de peças apresentada em a Arquitetura da Vida começa com a criação que o levou à sua primeira participação numa bienal de arte contemporânea, a Manifesta 5, em San Sebastian, Espanha, em 2004, e termina com um conjunto de obras produzidas especificamente para esta exposição, incluindo ainda outras peças nunca antes apresentadas em Portugal. Facilmente reconhecível pela criação de maquetas e peças escultórias com recurso de materiais quotidianos – do papelão à tinta de uso doméstico e à fita adesiva –, a arte de Bunga tem outros aspetos menos evidentes, que esta exposição, que tem curadoria de Iwona Blazwick, tenta captar, dando atenção sobretudo aos processos, elemento central da sua forma de trabalho.
MAI — AGO / 63
29 JUN — 17H00 CIAJG / CAFETARIA
CONFERÊNCIA EMANUELE COCCIA 29 JUN — 21H30 CIAJG
INAUGURAÇÃO DAS EXPOSIÇÕES 29 JUN — 23H00 CIAJG / BLACK BOX
NOITE SÓNICA PERFORMANCES PEDRO TROPA E RICARDO JACINTO MANON HARROIS CONCERTOS FRANCISCO JANES TOMÁS CUNHA FERREIRA PEDRO TUDELA
Sound is the core raw material that is used to build the works of Sonic Geometry - an exhibition held in the CIAJG during the second exhibition period of 2019. It is a co-production between the CIAJG and Arquipélago, the contemporary art centre of the island of S. Miguel, in the Azores. Until April and during a period lasting more than one year, 13 artists from the Azores were asked to develop works that explored RTP’s Sound and Image Archive. The artists were Francisco Janes, Francisco Queimadela e Mariana Caló, Jonathan Uliel Saldanha, Laetitia Morais, Manon Harrois, Miguel Leal, Mike Cooter, Pedro Tropa, Pedro Tudela, Ricardo Jacinto, Sara Bichão and Tomás Cunha Ferreira. All their works incorporate sound as a raw material, or as a conceptual structure, and were chosen for three exhibitions held in the Arquipélago, from which the CIAJG now receives a selection of works. The Architecture of Life: Environments, Sculptures and Paintings exhibition is the result of another co-production, this time with the MAAT - Museum of Art, Architecture and Technology, in Lisbon, where the exhibition was
first held in November 2018. The exhibition is the first major review of the work of the Portuguese artist Carlos Bunga, who has been living in Barcelona for a decade. This exhibition, curated by Iwona Blazwick, brings together works from different periods, spanning over 15 years of production by Carlos Bunga, and also different languages and mediums, as suggested by the exhibition’s title. The sequence of works presented in The Architecture of Life begins with the work that led to Bunga’s first participation in a contemporary art biennial, Manifesta 5, held in San Sebastian, Spain, in 2004, and ends with a set of works produced specifically for this exhibition, as well as other works that have never been presented in Portugal before. Easily recognizable by the creation of scale models and sculptural works, with recourse to everyday materials from paperboard to household ink and adhesive tape - Bunga's art involves other less obvious aspects that this exhibition tries to capture, such as attention to processes, a central element of his way of working.
30 JUN — 11H00 CIAJG OFICINA PARA FAMÍLIAS
MÁQUINA DE FAZER MUSEUS VER O INVISÍVEL
© Rui Soares
NUNO PRETO
SÁB 29 JUN 17H00 CAFETARIA CONFERÊNCIA
Todas as idades
―― 90 min.
――
Entrada gratuita Lotação limitada
CONFERÊNCIA EMANUELE COCCIA
© Direitos Reservados
Os insetos, que são os mestres do casulo e da transformação, enganaram-nos, propõem o filósofo italiano Emanuele Coccia. Os insetos fizeram-nos acreditar que o casulo é uma ferramenta efémera, quando, pelo contrário, ela é a forma como mantêm uma relação com o resto dos vivos e com o planeta. Este professor da École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, que coloca a natureza no centro do seu pensamento com obras como A Vida Sensível (2010), O Bem nas Coisas (2013, edição portuguesa pela Documenta) ou A Vida das Plantas (2016) e é o convidado do CIAJG para a conferência de junho. Insects, the masters of cocoons and transformation, have deceived us, suggests the Italian philosopher Emanuele Coccia. Insects have made us believe that the cocoon is an ephemeral tool, when it is actually the technique that insects use to maintain a relationship with other living creatures and the planet. Coccia is a professor at the École des Hautes Études en Sciences Sociales, in Paris, who places nature at the centre of his thinking, and has published works such as Sensible Life (2010), The Good in Things (2013, Portuguese edition by Documenta) or The Life of Plants (2016). He is the CIAJG’s guest for the conference in June.
DOM 30 JUN 11H00 CIAJG
OFICINA PARA FAMÍLIAS
MÚSICA
Maiores de 12
Maiores de 8
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――
Entrada gratuita Lotação limitada
PEDRO TROPA E RICARDO JACINTO, MANON HARROIS
MÁQUINA DE FAZER MUSEUS VER O INVISÍVEL NUNO PRETO
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ME
Esta oficina performativa é habitada pela imaginação e pela sensibilidade de cada participante, sempre em diálogo com o CIAJG. Orientada por Nuno Preto, criador de Ponto de Fuga, espetáculo que é uma visita performativa a este mesmo lugar, as duas propostas têm um caminho comum. Se Ponto de Fuga visita e ativa lugares invisíveis do museu, esta formação propõe que todos os participantes sejam eles mesmos novas obras de arte nestes sítios inacessíveis.
Not a single cubic centimetre of the CIAJG’s space will be left in silence during the opening of the exhibition, Sonic Geometry. A performance by Manon Harrois will activate the Sonic Night, held in different parts of the museum, from the room where the duo, Ricardo Jacinto and Pedro Tropa, will present their installation – which has a powerful sonic dimension - to the Black Box, with performances by Francisco Janes (Regada, work in progress, a real-time montage of a film made during a fire), Pedro Tudela (set <-> get, a quadrophonic musical performance) and Tomás Cunha Ferreira, who will stage the first live performance of his album, Vai Começar.
This performance-based workshop is inhabited by the imagination and sensitivity of each participant, in permanent dialogue with the CIAJG. Coordinated by Nuno Preto, creator of Ponto de Fuga (Vanishing Point), a show that offers a performance-based visit to the centre, both proposals are linked by a common thread. Whereas Ponto de Fuga (Vanishing Point) visits and activates invisible places in the museum, this workshop proposes that the participants themselves become new works of art in these inaccessible sites.
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Não sobrará um centímetro cúbico do espaço do CIAJG em silêncio na abertura da exposição Geometria Sónica. Uma performance de Manon Harrois vai ativar a Noite Sónica, que percorre os diferentes lugares do museu, desde a sala onde a dupla Ricardo Jacinto e Pedro Tropa apresenta a sua instalação – também ela marcadamente sonora – até à black box onde se apresentam Francisco Janes (Regada, Trabalho em curso, montagem em tempo real de um filme realizado durante um incêndio), Pedro Tudela (set <-> get, uma performance musical em quadrifonia) e Tomás Cunha Ferreira, que apresenta ao vivo pela primeira vez o disco Vai Começar.
D I AÇ Ã O C
RA
FRANCISCO JANES, TOMÁS CUNHA FERREIRA, PEDRO TUDELA
2,00 eur
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CONCERTOS
90 min.
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NOITE SÓNICA PERFORMANCES
MAI — AGO / 65
E D U C AÇ Ã
SÁB 29 JUN 23H00 BLACK BOX
SÁB 29 JUN E DOM 21 JUL
ESCOLAS DE DANÇA DE GUIMARÃES
As duas escolas de dança de Guimarães tomam conta do palco do Grande Auditório do CCVF nos meses de verão, apresentando os seus espetáculos de final de ano de formação. Em junho, a escola de artes performativas Asas de Palco estreia A páginas tantas, a tua vida do avesso!, um espetáculo que junta movimento e palavra, com interpretação e cocriação de alunos e ex-alunos. No mês seguinte, a Academia de Bailado de Guimarães apresenta Ligno, uma criação dirigida por cinco professoras daquela escola e que conta com a participação de todos os alunos de dança clássica, danças urbanas e dança contemporânea. Guimarães’ two dance schools will present their end-of-year performances of their educational programmes in the CCVF's Grand Auditorium during the summer months. In June, Asas de Palco, the performing arts school, will debut the show, A páginas tantas, a tua vida do avesso! (At such-and-such a page, your life is turned upside
down!), that combines movement and words, with performances and co-creation by current students and alumni. In July, the Guimarães Ballet Academy will present Ligno, a performance coordinated by five female teachers from the school, with the participation of all the academy’s classical dance, urban dance and contemporary dance students.
DANÇA Maiores de 4
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75/90 min.
――
10,00 eur
DANÇA Maiores de 3
―― 90 min.
――
10,00 eur
MAI — AGO / 67
SÁB 29 JUN — 21H30 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
A PÁGINAS TANTAS, A TUA VIDA DO AVESSO!
© Direitos Reservados
ASAS DE PALCO - ESCOLA DE ARTES PERFORMATIVAS
DOM 21 JUL — 18H00 CCVF / GRANDE AUDITÓRIO
LIGNO
© Direitos Reservados
ACADEMIA DE BAILADO DE GUIMARÃES
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PERGUNTA A O ——— ——T E M P O
L ER DEVAG AR
——-------------Há quem tenha que refletir sobre a Industrialização do Vale do Ave, a Fundação da Nacionalidade[...] ——--
P E R G U N T A ——— A O ——— T E M P O
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Recomeça... Se puderes/ Sem angústia/ E sem pressa”. A Escola Básica de Mascotelos pediu estes versos emprestados a Miguel Torga para os colocar na base das escadas que dão acesso às salas de aulas. Os alunos do 4.º ano estão sentados por aqueles degraus acima, à espera que seja a hora do reinício das aulas, depois da pausa para o almoço. Faltam poucos instantes para as 14h00. “Vamos lá”, diz, finalmente, a professora, Márcia Santos. A frase desata uma correria desenfreada das crianças até à sala de aula. Quando entrámos pela porta já estão todas tranquilamente sentadas, como se nada se tivesse passado nos segundos anteriores. Estes são 26 dos mais de 300 alunos que, ao longo deste ano letivo, participam no projeto educativo Pergunta ao Tempo, desenvolvido pel’A Oficina. Durante um ano, os alunos do 4.º ano de várias escolas do concelho debruçam-se sobre o património, nas suas múltiplas vertentes: material e imaterial; móvel e imóvel. A base de trabalho é a exposição permanente da Casa da Memória de Guimarães. E, tal como o museu vimaranense, também este programa educativo está dividido em 14 núcleos. São, por isso, 14 as turmas envolvidas no projeto em cada edição. Este, é o terceiro ano letivo em que está a ser implementado. Há quem tenha que refletir sobre a Industrialização do Vale do Ave, a Fundação da Nacionalidade, Cartografias e Território de Guimarães ou Utopia e Distopia. Depois de atribuído um dos temas, cada professor tem depois liberdade para mobilizar os conteúdos que lhe parecerem adaptar-se melhor. Só não podem perder o norte de Pergunta ao Tempo: o património. O de Guimarães e o das freguesias de cada uma das escolas. Em Mascotelos, a professora Márcia Santos usou o tema recebido (Contemporaneidade) para fazer os 26 alunos trabalhar sobre a própria escola que frequentam. As crianças foram desafiadas a perceber a história daquele edifício, recuando aos anos 1960, quando este foi construído, para depois fazerem uma comparação com o espaço que hoje conhecem. “A escola antigamente era diferente”, conta Matilde Lourenço. “Havia uma porta para os professores e outra para os alunos”. Esta é uma ideia que impressiona muito a turma. É bem percetível o à vontade que têm com a professora. E estranham, por isso, um tempo em que era obrigatório o tratamento por “senhor professor”. No entanto, o que mais marcou os estudantes na recolha que fizeram ao longo dos últimos meses é uma história sobre o tempo de recreio. “No intervalo, os meninos iam brincar para ali, para fora da escola”, começa por introduzir Iris Almeida. “Eu acho que os alunos tinham uma responsabilidade diferente para ir brincar para fora da escola”, acrescenta Vicente Ferreira. Terminada a brincadeira e antes de regressarem à sala de aula, esperava-os uma funcionária da escola. “À porta, batia-lhes com o pau nas sapatilhas, que era para tirar a terra”, prossegue Iris. Foi uma antiga trabalhadora da escola de Mascotelos que contou esta história aos alunos. Aliás, quase tudo o que descobriram sobre o edifício onde têm aulas foi-lhes contado por alguém. O método de investigação privilegiado pela professora foram as entrevistas. Falaram com pais e avós. Até com catequistas e o presidente da junta de freguesia, contaram os alunos. “Eles fizeram guiões, levaram fichas de trabalho, tudo para se sentirem autênticos investigadores”, explica Márcia Santos. Quem não era natural da freguesia – e não tinha, por isso, ninguém a cujas memórias pudesse facilmente recorrer – fez uma pesquisa documental, que os levou até ao Arquivo Municipal. “Eles correram tudo”, sublinha a professora. Pergunta ao Tempo percorre literalmente Guimarães. E se os alunos de Mascotelos estão bem próximos do centro da cidade – a pouco mais de um quilómetro do Pavilhão Multiusos – os da EB 1 de Vinha, em Atães, vivem já num contexto claramente rural, seis quilómetros afastados da sede de concelho. O projeto reflete sobre estes contextos distintos. Há, contudo, uma
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——--------------— Pergunta ao Tempo percorre literalmente Guimarães. ——--------------— grande continuidade nas metodologias usadas pelos diferentes docentes. Os alunos de Atães também entrevistaram muitas pessoas para preparar o seu trabalho para o Pergunta ao Tempo. O núcleo da Casa da Memória que está por eles a ser explorado é o Atlas das Curiosidades, pressuposto suficientemente amplo para permitir uma exploração da freguesia em que vivem. Assim, trabalharam sobretudo acerca das tradições rurais, cruzando-se com pessoas que também habitam Atães. Um desses exemplos foi Bininha, tia afastada de um dos estudantes da turma. “Ela faz umas mezinhas, que aprendeu a fazer com umas senhoras que trabalhavam no Mercado Municipal e fomos conhecê-la”, contextualiza Marisa Sousa, a professora. Francisca Carvalho foi a sua “cobaia” – como foi designada pela professora. “Fez-me uma mezinha para as bichas”, recorda a aluna. Os colegas filmaram o processo e também entrevistaram Bininha. “Antigamente não havia médicos e comprimidos e as pessoas tinham que fazer isto”, explica Mariana Pereira. A turma ainda voltará a casa de Bininha, antes do final da investigação para o Pergunta ao Tempo. Na próxima incursão, será a vez de Simão Novais fazer a “talha da rana”, um refrão tradicional que tem como intuito curar a febre aftosa. Na escola de Souto Santa Maria, os alunos trabalham a Refotografia – inspirando-se no trabalho do fotógrafo contemporâneo Tito Mouraz que pode ser visto na Casa da Memória. Junto das suas famílias procuraram arquivos fotográficos. Quem tem a imagem mais antiga de todos vocês?, pergunta-se. “A Inês”, respondem, em coro, os estudantes da turma – onde convivem crianças do 2.º e 4.º anos. “Eu fiquei impressionada com essa fotografia”, comenta a professora, Liliana Freitas. A imagem de que se fala tem mais de 100 anos e recua quatro gerações na genealogia de Inês Antunes. É um retrato, no centro do qual há uma mulher mais velha, de cabelo apanhado atrás da cabeça e vestido negro. Está rodeada por quatro crianças. Aos seus pés, duas raparigas, claramente mais novas, estão vestidas de branco. Há uma outra, talvez já adolescente, que lhe coloca a mão sobre o ombro. E ainda um rapaz, vestindo fato completo. Quem são? “Esta é a minha bisavó, muito pequenina”, aponta Inês. É a criança mais nova da imagem. A mulher da fotografia é a mãe da sua bisavó. Todas as outras pessoas são suas familiares – “mas já me esqueci quem são”, diz. O volume de fotografias que os alunos da escola de Souto Santa Maria foram capazes de mobilizar junto das suas famílias é impressionante. São muitas dezenas. E, pelos vistos, podiam ser mais. Diz Simão Vieira: “Eu tenho lá duas malas cheias de fotografias antigas. Então, tive que escolher”. “Ainda por cima, são muito pesadas e estão em cima do guarda-vestidos”. Agora, é preciso fazer com que todo este arquivo faça sentido. O resultado final de um ano de investigação dos participantes do Pergunta ao Tempo será visto, em maio e junho, numa exposição coletiva na Casa da Memória. Cada turma tem, por isso, que preparar a sua própria instalação. Para Liliana Freitas, a professora da escola de Souto Santa Maria, a forma de apresentação final começou a tornar-se evidente durante os primeiros passos do processo “Quando dispusemos as fotografias numa mesa, percebemos que
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estávamos a ficar com uma coisa muito bem-feita”. Há um pai “igualzinho à filha”. Um neto que se fotografa no mesmo lugar onde antes tinha sido retratado ao avô. O exercício de Refotografia completa-se. Noutros casos, a objeto final é um pouco menos óbvio. “Tinha pensado numa maquete da escola, mas depois decidi discutir com os encarregados de educação”, afirma Márcia Santos, professora da escola de Mascotelos. Foi o pai de um dos alunos quem sugeriu a solução que vai ser usada: uma caixa de madeira, dentro da qual serão dispostas gavetas, onde se encontrarão os vários materiais do arquivo contruído pelos estudantes ao longo do processo. O Pergunta ao Tempo mobilizou transversalmente a escola de Mascotelos. Não só as famílias “colaboraram imenso”, como outros professores, que não têm qualquer relação com a turma participante no projeto, acabaram envolvidos. Antes de lançar os alunos numa correria desenfreada, escadas acima, para a sala de aulas, Márcia Santos conversava com Magda Santos, que também é ali professora, e que lhe contava que já tinha conseguido as placas de aglomerado de madeira que serão usadas para construir a instalação final. Antes disso, num dos primeiros exercícios do processo – em que pediu aos alunos para desenharem a forma como viam a sua escola – a professora fez uso de um material didático que era de outra colega: “Eu vi aquilo aqui e direcionei logo para o projeto”. Este é o primeiro ano letivo em que Márcia Santos participa no Pergunta ao Tempo. “Já conhecia o projeto” de anos anteriores, mas não tinha uma opinião muito positiva. “As colegas não me transmitiram uma informação muito boa, pareceu-me algo muito impositivo”. O currículo escolar “já é tão extenso” e a escola “já está tão cheiinha de projetos” que a professora sentia que, se fizesse mais uma coisa “em que não podia escolher” não iria gostar. “Eu ia um bocadinho renitente”, reconhece. Depois da primeira reunião com a equipa d’A Oficina que coordena o projeto, pensou: “Ou eles estão todos vestidos de cordeiro e daqui a pouco tiram a pele e mostram a carinha de lobos, ou então isto é diferente”. Hoje, está “muito satisfeita” com a forma como foi sendo desenvolvido Pergunta ao Tempo. O “maior desafio”, refere Liliana Freitas, professora na escola de Souto Santa Maria “é mesmo o tempo”. “Temos sempre tudo muito preenchido no 1º ciclo. Eu tento integrar o Pergunta ao Tempo no espaço da oferta complementar”, refere. Mas a sua experiência demonstra-lhe que um projeto educativo como este também “acrescenta imenso ao currículo”: “Uso isto em diversos temas de Estudo do Meio”, por exemplo. Mas “a grande vantagem” do programa é mesmo para os alunos, defende Liliana Freitas. “Muitos deles nem conheciam os avós” e as conversas que tiveram que ter com os familiares para resgatarem o seu espólio fotográfico foram “ótimas” para os estudantes. “Depois, eles vêm com aquela vontade de mostrar quem são”.
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POR TEF Ã&#x201C; L IO P E R G UNT A A O TE MP O
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“A igreja não é só o Padre. A igreja somos to dos nós. ” s
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Padre Ma rc Rodrig ue
Monteiro
, Sande Vila Nova
refotografias
sociedades rurais e festividades
ATLAS DAS CURIOSIDADES
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RIOSIDADES AS CU S D A L AT
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utopia e distopia
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FUNDAÇÃO DA NACIONALIDADE
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“O ARTESÃO SONHA SER ESBELTO” PERGUNTA AO TEMPO TURMA 4º ANO M EB MONTE LARGO/AZURÉM
JULHO J U LY
PERGUNTA AO TEMPO TURMA STM24 - 2ยบ ANO E 4ยบ ANO E B 1 S O U T O S A N TA M A R I A
MAI — AGO / 90
CIDADE — SÁB 6 JUL, 20H00 - 03H00
NOITE BRANCA MUSEUS ABERTOS ATÉ À MEIA-NOITE / Centro Internacional das Artes José de Guimarães / Museu da Sociedade Martins Sarmento / Museu de Alberto Sampaio
Os museus do centro da cidade associam-se à Noite Branca, abrindo as suas portas até à meia-noite. Não perca a oportunidade de visitar as suas exposições.
© Paulo Pacheco
The museums of the center of the city are associated with the White Night, opening its doors until midnight. Do not miss the opportunity to visit their exhibitions.
JUL 21H45
MAI — AGO / 91
CINECLUBE DE GUIMARÃES
DOM 14 JUL
Noites Mágicas
De Paolo Virzi Com Mauro Lamantia, Giovanni Toscano, Ornella Muti 2018 | M/12 | 125 min.
QUI 18 JUL
Na Fronteira
© Noites Mágicas de Paolo Virzi
De Ali Abbasi Com Eva Melander, Eero Milonoff, Jörgen Thorsson, Ann Petrén 2018 | M/12 | 110 min.
SEX 12 E SÁB 13 JUL 15H00
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OFICINA Todas as idades
――
© Paulo Pacheco
Entrada gratuita Lotação limitada
OFICINA DE OLARIA NO PÁTIO Bela Alves e Maria Fernanda Braga são duas das mulheres que dominam a arte de erguer uma Cantarinha dos Namorados. É com elas que os participantes desta olaria poderão experimentar a modelação do barro na roda do oleiro. Mas esta é também uma oportunidade para conhecer melhor a vida profissional destas duas artesãs. segunda a sábado 10h00-13h00 14h00-19h00
© Paulo Pacheco
Bela Alves and Maria Fernanda Braga are two of the female potters who have mastered the art of producing a Cantarinha dos Namorados ceramic jar. Under their supervision, the participants of this pottery workshop can learn how to model clay on the potter's wheel. This is also an opportunity to learn more about these two artisans’ professional activities.
TERRA CICLO DE
W RLD
MUSIC Aline Frazão is Angolan and her music certainly includes influences of semba, but also morna from Cape Verde and bossa from Brazil, at a crossroads that creates a distinctive mark for this composer. These influences are evident in her fourth album, “Dentro da Chuva” (Inside the Rain), considered to be one of the best albums released in Portugal last year and that is now presented in the CIAJG’s Black Box. The singer and songwriter won’t be alone. She will be joined
by a trio consisting of Jéssica Pina (trumpet and flugelhorn), Mayó (bass) and Ivan Campillo (percussion). Aline Frazão’s concert inaugurates Terra, a world music programme developed in partnership with Capivara Azul - Cultural Association, which will seek inspiration from the permanent collection of the José de Guimarães International Centre for the Arts - not just African and pre-Columbian art works, but also works by José de Guimarães himself. It was precisely in Angola that the
latter began to define himself as an artist, which is why the Terra cycle will be inaugurated by Aline Frazão. This cycle continues until the end of 2019 with two further concerts. On 28 September, there will be a world premiere of Otim Alpha, a musician who took traditional wedding music from Northern Uganda, the Acholi, and transformed it into a new genre, hyper-frenetic and electronic, acclaimed as Acholitronix. It's guaranteed entertainment! Zulu Zulu, based in Palma
de Mallorca, Spain, is from Europe, but looks towards other latitudes - from the Mediterranean basin to Africa. With their own iconography, almost theriantropic, the band will take part in an artistic residency in the CIAJG and in the Candoso Creation Centre to prepare new material that will be premiered in the concert on November 23.
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SÁB 20 JUL
21H30 — BLACK BOX
ALINE FRAZÃO
(Angola)
Aline Frazão é angolana e na sua música cabe certamente o semba, mas também a morna de Cabo Verde e a bossa do Brasil, num cruzamento que dá a esta compositora um lugar particular. Estas influências são bem evidentes em “Dentro da Chuva”, o seu quarto disco, tido como uma das melhores edições que saíram em Portugal no ano passado e que agora apresenta na Black Box do CIAJG. A cantora e compositora não estará sozinha. Consigo toca também um trio composto por Jéssica Pina (trompete e flugelhorn), Mayó (baixo) e Ivan Campillo (percursão). O concerto de Aline Frazão inaugura Terra, um ciclo de programação de músicas do mundo, construído em parceria com a Capivara Azul – Associação Cultural, que vai buscar inspiração à coleção permanente do Centro Internacional das Artes José de Guimarães – não apenas às peças de arte africana e pré-colombiana, mas também às obras do artista plástico que dá nome ao museu. Foi precisamente em Angola que José de Guimarães se começou a definir como artista e esse é o motivo pelo qual a programação de Terra é inaugurada por Aline Frazão. O ciclo prolonga-se até ao final do ano com outros dois concertos. Em setembro (dia 28) apresenta-se, em estreia absoluta em Portugal, Otim Alpha, músico que pegou na música tradicional de casamento do Norte do Uganda, o Acholi, e transformou-a num novo género, uma versão híper-frenética e eletrónica, crismada como Acholitronix. É festa garantida. A partir da Europa, mas a olhar para outras latitudes – da bacia do Mediterrâneo a África – criam os Zulu Zulu, banda baseada em Palma de Maiorca, em Espanha. Com uma iconografia própria, quase teriantrópica, vão estar em residência artística no CIAJG e no Centro de Criação de Candoso a preparar novo material que será estreado no concerto marcado para 23 de novembro.
SÁB 28 SET
21H30 — BLACK BOX
OTIM ALPHA (Uganda)
SÁB 23 NOV 21H30 — BLACK BOX
ZULU ZULU (Espanha)
MÚSICA Maiores de 6
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Aline Frazão 10,00 eur / 7,50 eur c/d Otim Alpha 7,00 eur / 5,00 eur Zulu Zulu 7,00 eur / 5,00 eur
――
PASSE TERRA [3 CONCERTOS] 20,00 eur
GUIMARÃES – BRAGA VILA NOVA DE FAMALICÃO – BARCELOS 24 – 27 JULHO
FESTIVAL INTERNACIONAL VAUDEVILLE RENDEZ-VOUS 6ª EDIÇÃO
© " Sigma. Gandini" Direitos reservados
TEATRO DA DIDASCÁLIA
TER 30 JUL 18H00
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PERCURSO PARTIDA DA CDMG
CENTENÁRIO DA MORTE DO CONDE DE MARGARIDE
Todas as idades
―― 75 min.
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Atividade gratuita
© Coleção particular do Dr. José Cardoso de Menezes Couceiro da Costa
CARTOGRAFIA DE UM RETRATO
Passam 100 anos desde a morte do homem que dá nome à avenida onde estão sediados os dois museus d’A Oficina. Um desses espaços, a CDMG, junta-se às celebrações que a cidade dedica a este fidalgo e político marcante na história local, propondo uma visita aos lugares do Conde de Margaride na cidade.
The man who gave his name to the avenue where the Oficina’s two museums are located - Avenida Conde Margaride - died 100 years ago. One of these spaces, the Casa da Memória of Guimarães (CDMG), will take part in the centenary celebrations that the city will be dedicating to this nobleman and important local politician, proposing a visit to the places associated to the Count of Margaride in Guimarães.
“A RUA DRAMATIZA SAUDADES”
PERGUNTA AO TEMPO TURMA 4º ANO M EB MONTE LARGO/AZURÉM
AGOSTO AUGUST
PERGUNTA AO TEMPO 4ยบ ANO C EB1/JI CARREIRO/LORDELO
A OFICINA
NAS FEIRAS DE ARTESANATO
29 JUN A 7 JUL
FEIRA INTERNACIONAL DE ARTESANATO LISBOA
27 JUL A 11 AGO
FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO DE VILA DO CONDE
26 JUL A 5 AGO JARDIM DA ALAMEDA SÃO DÂMASO
FEIRA DE ARTESANATO GUIMARÃES
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A R T ESANATO ———
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——-------------- É num contexto de crise que a Cantarinha dos Namorados se torna a peça central da produção oleira vimaranense. ——--------------
A
olaria vimaranense foi um território quase exclusivamente masculino. Os mestres das oficinas que pontuavam a cidade, sobretudo na sua zona oeste, eram homens. A generalidade dos seus aprendizes também. Foi. Mas já não é. O segredo da Cantarinha dos Namorados, a peça mais icónica da produção ceramista em Guimarães, está hoje entregue a três mulheres. Destas três pessoas, Bela Alves é a única que se dedica exclusivamente à produção daquela peça. É uma das mais antigas funcionárias d’A Oficina, onde entrou em 2000, e das suas mãos saem cantarinhas diariamente, para serem vendidas na loja da cooperativa, situada no centro histórico da cidade, ou oferecidas pela autarquia a convidados. A Cantarinha dos Namorados é produzida em barro vermelho e é composta por quatro peças: o cântaro, cuja especificidade reside na aplicação da asa, que começa junto ao bordo e faz um arco com espaço para enfiar o braço; o prato, a púcara e a tampa. Esta última é rematada por um pássaro com as asas abertas, acompanhado por outras três aves mais pequenas. A peça é “difícil de levantar”, conta Bela Alves. Há uma espécie de “clique” no momento da produção que a oleira não consegue bem explicar. Ninguém consegue. É alguma coisa “que vem de dentro”. Há mais de 30 anos que Guimarães tenta formar novos oleiros. A dificuldade do processo tem colocado obstáculos à transmissão deste conhecimento. De resto, um dos motivos fundadores d’A Oficina. A Oficina - Centro de Artes e Mesteres Tradicionais de Guimarães assim se chama a cooperativa. Que foi originalmente criada com a intenção de preservar a Cantarinha dos Namorados e outras peças do artesanato local, em especial o bordado. Esse motivo está expresso ainda hoje nos próprios estatutos da entidade, cujo logótipo chegou a ser, no final dos anos 1990, precisamente uma cantarinha. Nessa altura, a cidade concordou que era preciso preservar essa peça, numa altura em que estava ameaçada de extinção. Como quase todas as cidades, Guimarães tinha oleiros. Tinha que os ter. A produção de cerâmica era utilitária e indispensável à vida em sociedade: cântaros para água, utensílios para cozinhar ou comer, etc. Foi assim até ao século XIX quando a industrialização na produção começou a afetar o modo de vida dos oleiros, algo que se acentuou no início do século seguinte, com o surgimento do plástico, ligas metálicas e outros materiais, ou a generalização da água canalizada. Isto fez com que de 12 oficinas e 30 operários existentes em 1890, a cidade tivesse passado para apenas uma, a Oficina de Artur Alves Machado, designada localmente como Olaria da Cruz de Pedra, que fechou portas em 1974. É num contexto de crise que a Cantarinha dos Namorados se torna a peça central da produção oleira vimaranense. Com as encomendas das peças utilitárias em queda, os mestres apostam nesta peça profusamente decorada, com relevos e pó de mica. Ainda que existam vestígios arqueológicos que permitam remeter as origens da Cantarinha dos Namorados para o século XVI, a versão que chega aos nossos dias era a que se produzia entre os finais do século XIX e os inícios do século XX. A cantarinha seria apenas uma peça utilitária para transporte de líquidos. Um artigo luxuoso, certamente. Mas funcional. No contexto da crise da olaria vê-se, porém, envolta numa efabulação à volta de uma suposta tradição do rapaz que oferece à rapariga com quem pretende casar o cântaro, onde seriam mantidos os bens do casal, como ouro ou outros artigos de maior valor. Foi essa lenda, porém, que permitiu à Cantarinha dos Namorados resistir às crises e chegar até aos nossos dias como uma peça de artesanato reconhecida. A sua produção acabou por institucionalizar-se a partir de 1984, quando um antigo oleiro, Joaquim de Oliveira, conseguiu o apoio da Câmara de Guimarães para reabrir a Olaria da Cruz de Pedra e ali estabelecer a sua produção. A oficina manteve-se em funcionamento até 2008 e deverá entrar em obras de reabilitação ainda este ano.
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A partir de então, a Câmara e A Oficina, que é criada em 1989, com o apoio do Instituto de Emprego e Formação Profissional, começam a organizar cursos de formação para transmitir a técnica de produção da cantarinha. É destes cursos que saem as três mulheres que hoje dominam o processo. Foi feito um processo semelhante com os bordados. O esforço para salvar a Cantarinha dos Namorados do desaparecimento implicou transferir para as mãos de três mulheres um saber que até então tinha estado quase exclusivamente na posse de homens. Os rapazes aprendizes de oleiros que foram envolvidos no processo acabaram, pela circunstância de trabalho, por dedicar-se a outro tipo de peças. O processo de recuperação do Bordado de Guimarães, a outra peça central do artesanato vimaranense – cuja preservação também está a cargo d’ A Oficina – implicou uma outra solução pouco tradicional. Uma das artesãs que hoje detém o exclusivo da produção certificada destas peças não é de Guimarães. Isabel Oliveira nasceu no Porto. Foi o casamento com um vimaranense que a fez mudar de cidade. Tinha aqui chegado muito pouco tempo antes de se inscrever no curso de formação profissional sobre o bordado. Antes disso, “nunca tinha ouvido falar do Bordado de Guimarães”. Então com 38 anos, Isabel Oliveira tomava conta da casa e dos filhos e, nos tempos livres, fazia alguns trabalhos de artes decorativas. “Pegar na agulha e bordar não era a coisa que mais gostava”, confessa. Mas o contacto com o Bordado de Guimarães fê-la mudar de ideias. Ficou a gostar tanto que deixou todas as outras atividades manuais que fazia antes para se dedicar “a 100% a este trabalho”. Porque é de um trabalho que se trata. As bordadeiras responsáveis pelo Bordado de Guimarães são profissionais. Não são funcionárias d’A Oficina, antes trabalhadoras independentes, com carta de artesã. Ainda que vendam a maior parte da sua produção à cooperativa vimaranense, têm também muitos clientes particulares. A ligação com A Oficina é, porém, intensa, ao ponto de poderem trabalhar, sempre que entenderem, na Loja Oficina – reaberta desde novembro na rua da Rainha D. Maria II. “Estou cá todos os dias, menos ao sábado e ao domingo”, diz Isabel Oliveira. Com ela, costumam estar Adélia Faria e Conceição Ferreira, trabalhando nas peças à vista de quem passa na rua ou entra no estabelecimento. “Há uma interligação com os turistas. As pessoas adoram e até querem fazer. Sobretudo os estrangeiros. Os brasileiros, então, é uma perdição”, refere Conceição Ferreira. Foi colega de Isabel Oliveira no curso de bordado, em 1997 – uma formação intensiva: oito horas por dia, cinco dias por semana, durante um ano. Hoje, continuam a bordar juntas. Conceição Ferreira tinha 51 anos nessa altura. As tarefas domésticas eram então o seu trabalho. Até que os dois filhos cresceram e saíram de casa. “Estava mais só”. E num desses dias, enquanto se encontrava em casa com o rádio ligado, ouviu anunciar o curso de Bordado de Guimarães. Curiosamente, uns dias antes, uma amiga já a tinha alertado para o assunto. Resolveu ir informar-se. “O mais engraçado é que a formação era no Palácio Vila Flor e eu moro lá mesmo ao lado. Fiquei admirada”, recorda. “Uma vimaranense de gema”, nascida e criada na cidade, nunca tinha feito Bordado de Guimarães, apesar de “sempre ter gostado” de trabalhos com as mãos e de fazer regularmente croché e ponto de cruz. O Bordado de Guimarães tem duas linhas genealógicas. Por um lado, descende do chamado “bordado rico”, um bordado a branco, com uma complexa coleção de pontos e grande precisão técnica. Ter-se-á desenvolvido a partir de meados do século XVI. Por outro lado, relaciona-se também com o bordado popular minhoto, que usa a cor, motivos inspirados na natureza e desenhos geométricos, como os que encontramos nos trajes tradicionais da região usados por grupos folclóricos, por exemplo.
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Ao longo dos séculos, a técnica de execução de pontos e de composição do desenho foi evoluindo e é já a partir de meados do século XX que se considera que começam a fixar-se as características que hoje conhecemos ao Bordado de Guimarães. Para esse percurso, muito terá contribuído um Curso de Formação Feminina, instituído em 1958 na Escola Industrial e Comercial de Guimarães – atual Escola Secundária Francisco de Holanda – que institucionalizou a arte de bordar a par com uma disciplina de desenho que veio a contribuir para melhorar a qualidade estética do bordado. Há várias características que distinguem o Bordado de Guimarães. As peças são todas monocromáticas, podendo ser usadas seis cores para bordar. O vermelho e o azul, provavelmente as mais populares, mas também o bege, o cinzento, o branco e o preto – que passou a integrar a paleta de cores na última década fruto da descoberta de peças antigas bordadas nesta cor. Os bordados são feitos sobre tecidos de linho industrial. O algodão e a seda também são aceites, mas mais raramente encontrados. Um processo de certificação desenvolvido em 2010 permitiu fixar estas regras, bem como os 21 pontos diferentes que são hoje usados pelas artesãs. Os desenhos são uma parte crucial das peças. As composições são geralmente simétricas e organizadas de forma harmoniosa, a partir de motivos vegetalistas e geometrizados, como flores e corações. “Nós é que fazemos os desenhos”, sublinha Conceição Ferreira. As bordadeiras têm um caderno de motivos a partir do qual devem orientar as suas composições. “Há umas certas regras”, prossegue, “mas quando estamos inspiradas às vezes faz-se um desenho completamente novo”. “Eu estou a trabalhar e, de vez em quando, vem-me uma ideia à cabeça e eu faço logo ali uma maquetazinha que é para não me esquecer”, exemplifica. O desenho é feito em papel vegetal e depois decalcado para o tecido com papel químico, de modo a depois orientar os pontos. Quando a peça é lavada, o risco desaparece. Antes de ser finalizada, deve ser também passada a ferro. Conceição Ferreira está a bordar uma bomboneira. No tecido redondo e branco começam a aparecer os motivos feitos com linha vermelha. A peça completa há-de durar umas oito horas a fazer. Não é das mais complicadas. Uma toalha de mesa é trabalho para uns meses. Um marcador de livro ou uma tira para um gargalo de garrafa são bem mais simples. “Fazemos de tudo”, afirma. A conversa dura há mais de meia hora e, em nenhum momento, as artesãs pararam de bordar. Também nunca se desconcentraram minimamente. “É um trabalho que nos vai dando prazer”, explica Conceição Ferreira. “E também estamos a preservar um património da nossa cidade”.
——--------------— O Bordado de Guimarães tem duas linhas genealógicas. Por um lado, descende do chamado “bordado rico”, um bordado a branco, com uma complexa coleção de pontos e grande precisão técnica.——------—
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——--------------Uma residência artística é importante para “criar intimidade entre estes dois corpos”(...) ——-------------——--------------——---------
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á um momento em que João Costa Espinho e Joana Castro se aproximam da frente de cena. Estão de joelhos, com os troncos nus, e encaram-se em silêncio. Os dois intérpretes permanecem praticamente imóveis frente a frente e só um singelo movimento facial interrompe aquela quietude – que se transformará, primeiro, num esgar e, depois, num grito. É desta dicotomia entre um minimalismo dos gestos e uma pulsão violenta prestes a eclodir que se faz Je t’Aime, a peça em que estiveram a trabalhar no Centro de Criação de Candoso, no início de março. Dali a dias, o espetáculo seria apresentado no Teatro Campo Alegre, no Porto, no âmbito do ciclo Palcos Instáveis. Je t’Aime já tinha sido estreado, numa primeira versão, em Paris, em 2016. A estrutura base da primeira vida desta peça foi mantida, mas a versão que resultou da residência artística em Guimarães reflete o momento particular em que os dois intérpretes se encontram e a relação que entre eles se estabeleceu ao longo do tempo. A peça vive muito dessa intimidade. Uma residência artística é importante para “criar intimidade entre estes dois corpos”, explica João Costa Espinho, criador deste espetáculo, que interpreta ao lado de Joana Castro. “Cozinhamos uns com os outros, comemos juntos. Há toda uma partilha que permite criar um foco, ser mais preciso”, acrescenta. É uma ideia que é validada pelos outros artistas que têm este género de experiência – e que há-de repetir-se na próximas linhas. Dir-se-ia que, durante uma residência artística, um grupo de criadores vive quase como uma família. E, nesse sentido, Je t’Aime é o espetáculo certo para se perceber até que ponto pode ir essa relação. Aqui a família é pequena, nuclear apenas. Há dois intérpretes em palco que, por acaso, são um homem e uma mulher – o género aqui interessa pouco. Interessa, sim, a relação que se estabelece entre duas pessoas e a forma como aqueles dois corpos se movimentam e podem querer significar amor. Enquanto João Costa Espinho e Joana Castro dançam, a cortina negra do seu lado direito está aberta, deixando entrar a luz natural de uma primavera antecipada. Ocupam o estúdio principal do Centro de Criação de Candoso que, em 2014, foi criado no local da cantina da antiga escola primária que aqui existia, em S. Martinho de Candoso – uma freguesia com menos de 1500 habitantes, a cerca de seis quilómetros do centro de Guimarães. A cozinha, usada pelos artistas que aqui habitam e trabalham, está ali mesmo ao lado. Este espaço de residências artísticas tinha sido inaugurado dois anos antes, quando Guimarães foi Capital Europeia da Cultura, mas as condições de trabalho continuaram a ser melhoradas nos anos seguintes. A criação do novo estúdio, na antiga cantina, foi crucial para tornar o Centro de Criação de Candoso um local mais interessante para quem ali cria, defende Victor Hugo Pontes. Ele é provavelmente o maior inquilino deste espaço: nos últimos anos quase todas as suas criações têm tido residências artísticas ali. Mas nem sempre foi assim. “Inicialmente era tudo um bocado inóspito”, conta. O Centro de Criação de Candoso não está propriamente no meio do nada. Ao lado, corre a autoestrada que liga Guimarães ao Porto e à sua volta há habitações, uma escola e até a sede de um grupo recreativo. A cidade está a uma viagem de dez minutos de automóvel de distância. O lugar continua a ser um pouco frio, mas “ganhou memória e história”, prossegue Victor Hugo Pontes, que agora já lhe consegue chamar casa. Quando trabalha no Centro de Criação de Candoso, o coreógrafo e encenador fica sempre no mesmo quarto: “A minha equipa já sabe”. E quase consegue ir “de olhos fechados do quarto à casa de banho sem tropeçar”. Victor Hugo Pontes trabalhou aqui pela primeira vez em 2013, na criação de Ocidente, espetáculo teatral a partir da peça de Rémi De Vos. Mas só a partir
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de Fall, peça de dança estreada no ano seguinte, é que a relação com Candoso se começou a intensificar. “É aí que percebo que, no norte do país, tenho uma possibilidade com todas as condições técnicas. E começo a vir mais”. Antes disso, as residências artísticas das suas criações passavam sobretudo pelo Espaço do Tempo, centro de residências em Montemor-o-Novo, com o qual ainda continua a trabalhar. O Centro de Criação de Candoso acrescenta uma outra vantagem notada por Victor Hugo Pontes: funciona em articulação com a black box da Fábrica ASA – outro espaço ativado por Guimarães 2012 e gerido pel’A Oficina – onde, num contexto de palco muito semelhante ao que pode ser encontrado na generalidade dos teatros, os criadores podem “começar a testar mais cedo aquilo que vão fazer” no espetáculo, não só em termos de luz, como também de cenografia e movimento. Nestes cinco anos de habitação regular do Centro de Criação de Candoso, Pontes recorda uma experiência particularmente marcante. Foi com Margem, recentemente premiado pela Sociedade Portuguesa de Autores como melhor coreografia do ano passado, um espetáculo inspirado no romance de Jorge Amado Capitães da Areia – e que não foi apresentado em Guimarães. Durante uma semana, o criador viveu ali “24 horas em conjunto” com a maior parte do seu elenco, constituído quase exclusivamente por adolescente. “Como eles não têm carta, não tinham como sair dali. Vivemos uns com os outros, o que foi importante para o espetáculo”, recorda. Voltamos à ideia de família que João Costa Espinho expressava a propósito de Je t’Aime. Victor Hugo Pontes corrobora: “O facto de estarmos todos a viver juntos estreita muito os laços entre a equipa. O teatro e a dança são atos coletivos”. A mais recente experiência de Victor Hugo Pontes em Candoso foi na preparação de Drama. Fez aqui duas residências, uma primeira, ainda bastante exploratória, no verão passado. E uma outra, mais longa, antecipando a estreia da peça na abertura do festival GUIdance, em fevereiro, onde foi o coreógrafo em destaque. No programa do festival de dança contemporânea de 2019 houve seis estreias absolutas que tiveram passagem pelo Centro de Criação de Candoso. Para o próximo ano está previsto um fenómeno semelhante. Por exemplo, Joana Castro, que encontramos como intérprete de Je t’Aime, voltará aqui como criadora, dentro de alguns meses, para preparar um novo espetáculo, que vai estrear no GUIdance de 2020. O festival é a principal expressão do trabalho de apoio à criação que A Oficina faz, investindo não só em coproduções, mas igualmente abrindo o seu espaço de residências artísticas ao trabalho de criação nacional de artes performativas. Ao longo de cada ano, são cerca de 20 as residências que passam por esta antiga escola primária, dando a origem a outros tantos espetáculos. Em meados de outubro, Autocarro para Sonhos – uma coprodução entre A Oficina e a Casa da Música – estreará em Guimarães. Sete meses e meio antes, toda a equipa criativa do espetáculo encontrou-se no Centro de Criação de Candoso. Antes disso, tinha havido uma “residência caseira”, como lhe chama Rita Canário, autora e coordenadora deste projeto: “Durante três dias, juntámo-nos na casa de um de nós. Foi a forma de nos conhecermos e trabalharmos sobre o nosso imaginário da utopia”. “Primeiro ficarmos a conhecer-nos, para nos entrosarmos”, reflete Rita Canário. “Estar isolado permite-nos pensar nisto a tempo inteiro. É completamente diferente em termos de brainstorming e de criatividade”, prossegue, a propósito das vantagens de uma residência artística. Este espetáculo parte de um facto real, um autocarro do Grande Porto que termina a carreira na localidade de Sonhos, para refletir sobre o lugar do sonho na vida. Nesta criação pensada para público infantil, os adultos não sonham. O texto, de Eduardo Brito, parte dos materiais gerados em oficinas realizadas
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em duas escolas – uma no Porto e outra em Guimarães –, que envolveram alunos do 1.º e do 6.º anos do ensino básico, em que foi explorado o conceito de utopia. “Impossível não existe”, repetiu-se muitas vezes às crianças, segundo Rita Canário. A frase repete-se algumas vezes na peça. No espaço exterior do Centro de Criação de Candoso, entre o edifício da antiga cantina e o da própria escola, há cadeiras em círculo que são ocupadas por oito pessoas. Além de Rita Canário estão lá a encenadora Marta Freitas, os técnicos, atores e músicos. Eduardo Brito, que assina o texto, está a lê-lo pela primeira vez em voz alta aos seus colegas de criação. A residência de Autocarro para Sonhos em Candoso destinava-se sobretudo aos músicos que trabalham nesta criação que, na véspera e nos dias seguintes, estiveram a experimentar alguns dos materiais que vão constar do espetáculo. Mas aquela era uma manhã de encontro alargado. Discutiram-se opções para a cenografia, a luz, a música, a propósito deste primeiro contacto com o texto. Ao contrário de Autocarro para Sonhos, mas tal como Je t’Aime, de João Costa Espinho, ou Margem, de Victor Hugo Pontes, nem todos são depois apresentados em Guimarães. Foi o que aconteceu com Actores, que Marco Martins estreou em janeiro do ano passado, um dos espetáculos com maior reprecursão da última temporada teatral em Portugal, não só pelo seu elenco com figuras que o grande público reconhece – como Bruno Nogueira, Miguel Guilherme e Nuno Lopes, e ainda Rita Cabaço e Carolina Amaral –, mas também pela metodologia da criação. Martins partiu das memórias dos seus intérpretes para uma construção ficcionada acerca do que é ser ator. A residência artística no Centro de Criação de Candoso foi a primeira de todo o projeto, recorda Marco Martins, que além de ser encenador, assina a dramaturgia de Actores: “Foi muito valioso. Foi aqui que tivemos o primeiro contacto com o grupo de atores e foi aqui que foram feitas as primeiras improvisações e pesquisas”. Foi igualmente em Candoso que a equipa de Actores delineou o caminho dramatúrgico que ia ser percorrido no resto do processo de criação. Por vezes, as primeiras residências artísticas de uma nova criação servem sobretudo para eliminar caminhos. “Aqui não. Saíamos com uma ideia clara do que íamos fazer”, acrescenta Marco Martins. Nesses primeiros dias em conjunto, o encenador pediu aos atores que se lembrassem de processos subjacentes à interpretação, de papéis e personagens que os tivessem marcado ao longo do tempo. Rapidamente percebeu que estes não tinham nenhuma recordação da maior parte das personagens que haviam feito. “Para mim foi muito surpreendente”, refere. Estes processos são imersivos e às vezes até traumático para os intérpretes, que vão tocar aspetos das suas vidas pessoais para entrar em contacto com a personagem. O encenador esperava, por isso, encontrar uma memória muito mais concreta desses processos. “Cheguei à conclusão que o esquecimento é inerente à profissão. É um mecanismo de autodefesa”. Além de encenador de teatro, Marco Martins é também realizador – de cinema, TV e também publicidade. Um criador de vidas múltiplas, com o desfio pessoal e criativo que isso pressupõe. As residências artísticas têm por isso um lugar instrumental nos seus próprios processos de criação, “não só para compartimentar” os vários universos em que se move, mas também para “poder haver uma imersão total nos diferentes projetos”. As residências têm, de igual modo, um intuito criativo na forma de trabalho de Marco Martins, que privilegia períodos mais longos de trabalho “porque permitem fazer experiências, seguir um caminho mais laboratorial”: “Não seria igual se começar a ensaiar a dois meses da estreia. Não exploramos. Não há tempo”.
EDUCA ÇÃO E DIAÇÃO CULTUR EDUCATION AND CULTURAL MEDIATION
AMEO RAL
EDUCAÇÃ O
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AÇÃO I D E
DO AVESSO MANUELA FERREIRA
Armazéns, elevadores, corredores. Os bastidores do CCVF são o cenário e a inspiração para esta visita encenada que mostra um lado deste centro cultural raramente visto pelo público. Warehouses, lifts, corridors. What goes on behind the scenes at the CCVF is the inspiration for this staged visit that provides a behind-the-scenes view of this cultural centre, that is rarely seen by the public.
PÚBLICO GERAL
ESCOLAS E GRUPOS
DOMINGOS ÀS 17H00
SEGUNDAS ÀS 10H30 E 15H00
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12 MAI 09 JUN* * FESTIVAIS GIL VICENTE
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13 MAI 10 JUN
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MARCAÇÃO
Lotação mín. 10 / máx. 25 pessoas Marcações de grupos escolares e outras instituições com, pelo menos, uma semana de antecedência, através de telefone 253 424 700 ou e-mail mediacaocultural@aoficina.pt
VISITA PERFORMATIVA AOS LUGARES SECRETOS DO CCVF
Maiores de 12
―― 90 min.
―― 2,00 eur
PERFORMATIVAS
MAI JAN——AGO ABR / 115
PONTO DE FUGA NUNO PRETO
Esta é uma viagem performativa que visita o Centro Internacional das Artes José de Guimarães. Os visitantes são autorizados a deixar escapar o olhar para onde, normalmente, não olham e a deixar passar o corpo para onde ele, normalmente, não mexe. A performance-based trip that visits the José de Guimarães International Centre for the Arts. Visitors will be able to peer into areas that they normally don’t see, and move through places that they normally can’t visit.
PÚBLICO GERAL
ESCOLAS E GRUPOS
SÁBADO ÀS 17H00
SEGUNDA ÀS 10H30 E 15H00
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DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
18 MAI (ENTRADA GRATUITA)
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DOMINGO ÀS 17H00 FESTIVAIS GIL VICENTE
16 JUN
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20 MAI 17 JUN
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MARCAÇÃO
Lotação mín. 10 / máx. 25 pessoas Marcações de grupos escolares e outras instituições com, pelo menos, uma semana de antecedência, através de telefone 253 424 700 ou e-mail mediacaocultural@aoficina.pt
VISITA PERFORMATIVA Maiores de 12
―― 90 min.
―― 2,00 eur
DOMINGOS EM CASA DOM 26 MAIO, 11H00
PERGUNTA AO TEMPO FRANCISCO NEVES Ao longo do ano, Francisco Neves foi um dos dinamizadores do projeto educativo Pergunta ao Tempo junto de 14 turmas do 1.º ciclo das escolas de Guimarães. Agora, usa algumas das propostas de experimentação criativa com as quais pôs as crianças a pensar sobre património – barro moldado, uma fábrica de poesia e a cartografia do eu – nesta oficina especial do Domingos em Casa.
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90 min. / 2,00 eur
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Maiores de 8
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OFICINA DE PATRIMÓNIO
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During a one-year period, Francisco Neves was one of the promoters of the “Ask Time a Question” educational project which involved 14 classes from the primary schools in Guimarães. In this special Sundays at Home workshop he will explore some of the creative experimentation proposals he used to get children to think about heritage - moulded clay, a poetry factory and mapping the self.
DOM 23 JUNHO, 11H00
HISTÓRIAS DE CÂNTAROS E CANTARINHAS MARIA FERNANDA BRAGA A Cantarinha dos Namorados é a inspiração para esta oficina de olaria, que é feita com barro, mas também com histórias, contadas por Maria Fernanda Braga, uma das mulheres que domina a arte de erguer a peça icónica do artesanato vimaranense. Os participantes vão colocar as mãos na água, a água no barro (vermelho, como o das cantarinhas) e o barro na mão. Depois de algumas voltas na roda de oleiro, vão surgir pequenas peças, que podem ser ornamentadas com mica branca polvilhada. The Cantarinha dos Namorados ceramic jar is the inspiration for this pottery workshop, based on working with clay and stories, told by Maria Fernanda Braga - one of the female potters who has mastered the craft of producing this iconic handicraft item from Guimarães. Participants will put their hands in the water, sprinkle water on the clay (red, like that used in the Cantarinha dos Namorados) and then put the clay in their hands. After a few turns on the potter's wheel, small jars will appear, which may be ornamented with powdered white mica.
Inscrição até 23 maio
INSCRIÇÕES tlf. 253424700 / e-mail mediacaocultural@aoficina.pt
OFICINA DE OLARIA Maiores de 3
――
90 min. / 2,00 eur
――
Inscrição até 20 junho
PARA FAMÍLIAS
MAI JAN——AGO ABR / 117
MÁQUINA DE FAZER MUSEUS SÁB 18 MAIO, 11H00
DOM 30 JUNHO, 11H00
OUTRO EU
VER O INVISÍVEL
GONÇALO FONSECA
NUNO PRETO
As máscaras da coleção do CIAJG são o ponto de partida para uma oficina dirigida a crianças e a famílias em que serão construídas máscaras a partir de materiais que são acessíveis a todos, incluindo elementos naturais como cascas e ramos de árvores, folhas e pedras.
Esta oficina performativa é habitada pela imaginação e pela sensibilidade de cada participante, sempre em diálogo com o CIAJG. Orientada por Nuno Preto, criador de Ponto de Fuga, espetáculo que é uma visita performativa a este mesmo lugar, as duas propostas têm um caminho comum. Se Ponto de Fuga visita e ativa lugares invisíveis do museu, esta formação propõe que todos os participantes sejam eles mesmos novas obras de arte nestes sítios inacessíveis.
The masks of the CIAJG collection are the starting point for a workshop for families and children in which masks will be made from easily available materials, including natural elements such as tree bark and branches, leaves and stones.
This performance-based workshop is inhabited by the imagination and sensitivity of each participant, in permanent dialogue with the CIAJG. Coordinated by Nuno Preto, creator of Ponto de Fuga (Vanishing Point), a show that offers a performance-based visit to the centre, both proposals are linked by a common thread. Whereas Ponto de Fuga (Vanishing Point) visits and activates invisible places in the museum, this workshop proposes that the participants themselves become new works of art in these inaccessible sites.
OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS
OFICINA DE ARTES PERFORMATIVAS
Maiores de 8
Maiores de 8
―― 90 min.
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―― 90 min.
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Entrada livre
Inscrição até 27 junho
DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS
INAUGURAÇÃO DAS NOVAS EXPOSIÇÕES DO CIAJG
25 JUN A 12 JUL 9H00-18H00
OFICINAS DE FÉRIAS TER 25 A SEX 28 JUN CIAJG
MUSEUMUNDO: UM LUGAR POR IMAGINAR AMANDA SUZUKI E LUDGERO ALMEIDA
OFICINA DE EXPRESSÃO PLÁSTICA, PENSAMENTO E CURADORIA 6-12 ANOS
―― 18 horas
O CIAJG pode ser um museu maior do que o mundo. Cada uma das suas salas será um local de paragem, para pensar, partilhar e produzir acerca de imagens, mapas, coleções e coletivos, numa oficina guiada pelos artistas visuais Amanda Suzuki e Ludgero Almeida.
The CIAJG can be a museum which is larger than the world. Each of its rooms will be transformed into a place where we can stop, think, share and produce works related to images, maps, collections and collectives, in a workshop guided by the visual artists Amanda Suzuki and Ludgero Almeida.
SEG 1 A SEX 5 JUL CCVF
DE PARTE A PARTE SOFIA ENCARNAÇÃO E CLARA ALVIM TEATRO DA DIDASCÁLIA – VAUDEVILLE RENDEZ-VOUS Com o festival Vaudeville Rendez-Vous como pano de fundo, a artista e formadora do Instituto Nacional de Artes do Circo Sofia Encarnação trabalha algumas das técnicas do novo circo com os participantes desta oficina, explorando capacidades físicas e criatividade, com a colaboração da professora e ballet e produtora Clara Alvim.
――
24,00 eur (sem almoço) / 44,00 eur (com almoço)
OFICINA DE ARTES CIRCENSES 6-12 ANOS
――
22 horas e 30 minutos In the context of the Vaudeville Rendez-Vous festival, in this workshop, Sofia Encarnação - artist and educator of the Instituto Nacional de Artes do Circo (National Institute of Circus Arts) - will help participants develop some new circus techniques, that explore physical abilities and creativity, with the collaboration of the teacher and ballet and producer Clara Alvim.
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30,00 eur (sem almoço) / 55,00 eur (com almoço)
MAI JAN——AGO ABR / 119
SEG 8 A SEX 12 JUL CCVF
UMA OFICINA ANIMADA IGOR GANDRA
6-12 ANOS
――
22 horas e 30 minutos
TEATRO DO FERRO
――
O interesse do Teatro de Ferro pela manipulação de objetos reforçou-se nos últimos dois anos, com o ciclo A Revolta dos Objetos, que já tinha trazido a Guimarães a Objetoteca Popular Itinerante, que se apresentou no verão passado no espaço exterior do CIAJG, prolongando-se este ano com uma conferência animada. Nesta oficina, a companhia partilha com os seus participantes este seu fascínio pelas coisas. The Teatro de Ferro’s interest in exploring the manipulation of objects has been reinforced over the last two years, with the cycle, The Revolt of Objects, which has already brought to Guimarães the Popular Travelling Object Library - presented last summer in the exterior space of the CIAJG. This initiative will be extended this year with a lively conference. During this workshop, the members of the theatre company will share their fascination with objects with participants.
INSCRIÇÕES EM 2 SEMANAS:
INSCRIÇÕES EM 3 SEMANAS:
Semana 1 + Semana 2/3: 44,00 eur (s/ almoço) / 89,00 eur (c/ almoço)
64,00 eur (s/ almoço) / 134,00 eur (c/ almoço)
Semana 2 + Semana 3: 50,00 eur (s/ almoço) / 100,00 eur (c/ almoço)
OFICINA DE TEATRO COM OBJETOS
30,00 eur (sem almoço) / 55,00 eur (com almoço)
SEX 24 MAI 16H00 SÁB 25 MAI 21H30
BLACK BOX TEATRO Maiores de 12
――
PARA VÓS
75 min.
―― 2,00 eur
CLÁUDIA ANDRADE
Para vós é um espetáculo sobre memória. Sobre as memórias das avós e as memórias de Cláudia Andrade sobre as suas avós. É também uma homenagem às mulheres. Para vós é um solo, sem que o seja realmente. Porque, na sua interpretação, Cláudia Andrade não está completamente sozinha. Em cena estão também oito mulheres, que funcionam como um coro, ao jeito da tragédia clássica. As suas vozes – e as suas memórias – juntam-se à da criadora, em resultado de um processo de residência que se renova a cada apresentação do espetáculo.
Para vós (For you) is a performance about memory - about the memories of grandparents and Cláudia Andrade’s memories of her own grandparents. It is also a tribute to women. Para vós (For you) is a solo performance, without really being so. Because Cláudia Andrade won’t be alone on stage. She is accompanied by eight women, who act like a choir, in the style of a classical tragedy. Their voices - and their memories – are combined with the artist’s, by means of an artistic residency process that is renewed in each performance.
Interpretação Cláudia Andrade + [Projeto Mais Vida - Nespereira] Custódia Ribeiro Martins, Clara de Fátima Batista, Maria Alice Cardante, Maria Isabel Lemos + [Projeto Candoso Ativo - Candoso S. Martinho] Maria Emília Pereira, Rosa Oliveira, Joaquina Pereira, Ana Maria Oliveira Coprodução A Caravana Associação Cultural, Centro de Arte de Ovar, Companhia de Actores, Centro de Artes de Águeda, Centro Cultural/ Município de Lagos, Centro das Artes e do Espectáculo de Sever do Vouga
SÁB 25 MAI, 16H00 CDMG
SESSÃO DE REMINISCÊNCIA PARA VÓS
CONVERSA Todas as idades
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Entrada gratuita Lotação limitada
SEX 5 JUL 15HOO SÁB 6 JUL 11H00 E 15HOO
PEQUENO AUDITÓRIO
MAI JAN——AGO ABR / 121
TEATRO Maiores de 3
É PRÓ MENINO E PRÁ MENINA
―― 40 min.
―― 2,00 eur
CATARINA REQUEIJO
Num tempo em que há protagonistas públicos a proclamar que “menino veste azul e menina veste rosa”, este espetáculo em que Catarina Requeijo questiona os estereótipos de género e o modo como, de forma mais ou menos voluntária, estes são reforçados na educação das crianças – na família, na escola e em outros espaços da sua formação. Uma criação pensada para público dos três aos seis anos, mas também para pais e educadores.
At a time when some people still say that "boys wear blue and girls wear pink", in this performance Catarina Requeijo questions gender stereotypes and how, morea or less voluntarily, they tend to be reinforced during children’s education - in the family, in schools and in other educational contexts. A work intended for children aged 3-6 and also for parents and educators.
Coprodução Formiga Atómica Associação Cultural, Teatro São Luiz, Centro de Artes de Ovar, Centro Cultural Vila Flor e Cine-Teatro Louletano
SÁB 8 JUN 11H30 E 17H30 MÚSICA Maiores de 6
CANTANIA
A DE BROSSA
―― 60 min.
――
Entrada gratuita lotação limitada
Perto de 400 crianças e cerca de uma dezena de escolas vimaranenses juntam-se no Grande Auditório do CCVF para interpretar em conjunto A de Brossa, uma peça com música de Eduardo Iniesta e poemas de Joan de Brossa, figura importante das letras catalãs no século XX, e Miguel Desclot, que ensaiaram ao longo do ano letivo. O projeto Cantania nasceu há quase 30 anos, por iniciativa do serviço educativo do L’Auditori de Barcelona, tendo-se estendido a várias cidades em Espanha, México, Venezuela e Alemanha. Chegou a Guimarães há três anos pela mão do Conservatório de Guimarães.
Organização Município de Guimarães / SMS-Conservatório de Guimarães Produção L’Auditori (Barcelona)
Nearly 400 children and about a dozen schools in Guimarães will jointly perform a choral musical work in the CCVF's Grand Auditorium to play together A de Brossa, a play with music by Eduardo Iniesta and poems by Joan de Brossa and Miguel Desclot, which they have rehearsed throughout the school year. . The Cantania project began almost 30 years ago, at the initiative of the educational service of L'Auditori in Barcelona, and has been extended to several cities - in Spain, Mexico, Venezuela and Germany. It began in Guimarães three years ago at the initiative of the Conservatório de Guimarães.
MAI E JUN
MAI JAN——AGO ABR / 123
MINI CINECLUBE É uma nova proposta para o público infantil e as famílias: uma vez por mês, o Cineclube de Guimarães escolhe um filme dirigido a crianças, numa programação onde o cinema de animação terá um lugar de destaque. Desde a abertura do CCVF, em 2005, que a programação de cinema nos espaços d’A Oficina é feita por esta associação cultural que, antes disso, era já responsável, desde a sua fundação, em 1958, pela formação de gerações de cinéfilos, com uma programação regular, que desta forma se alarga.
SÁB 11 MAI 17H00
Homem-Aranha: No Universo Aranha
De Peter Ramsey, Rodney Rothman, Bob Persichetti Com Nuno Markl (voz), João Reis (voz), Mafalda Luís de Castro (voz), Cucha Carvalheiro (voz), Pêpê Rapazote (voz) 2018 | M/6 | 120 min.
This is a new proposal for families and children: once a month, the Cineclube de Guimarães will choose a film intended for children, in a programme which focuses on animation cinema. Since the inauguration of the CCVF in 2005, this cultural association has overseen the film programme of the spaces of A Oficina. Since it was founded in 1958 the Cineclube de Guimarães has introduced generations of cinemagoers to the world of cinema, with a regular schedule of screenings, that is further broadened by this initiative.
SÁB 22 JUN 17H00
Astérix: O segredo da Poção Mágica
De Alexandre Astier, Louis Clichy Com Eduardo Madeira (voz), Manuel Marques (voz), Bárbara Bandeira (voz) 2018 | M/6 | 105 min.
CINEMA Maiores de 6
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Bilheteira Cineclube de Guimarães
MAI — AGO / 124
OFICINA SENSORIAL A PARTIR DO PROCESSO CRIATIVO DO ARTISTA FRANKLIN VILAS BOAS CÁ DENTRO EXISTE UM ANÃO COMIDO PELAS FORMIGAS Com João Terras
OFICINA DE OLARIA HISTÓRIAS DE CÂNTAROS E CANTARINHAS Com Maria Fernanda Braga e Joy Hanford
OFICINA DE MOVIMENTO E CONSTRUÇÃO DE TÓTEMES CORPO-TÓTEME
Com Melissa Rodrigues
Estas experiências criativas são desafios para descobrir, questionar, experimentar e criar, a partir de novas linguagens e saberes. Entre artes visuais e artes performativas, do património material ao património imaterial, sugerem-se espaços de liberdade e de saber-fazer, com artistas, artesãos, professores, crianças, jovens e outros aventureiros. These creative experiences constitute challenges to discover, question, experiment and create, using new languages and knowledge. Spanning the visual arts and performing arts, from tangible heritage to intangible heritage, the workshops are spaces of freedom and know-how, involving artists, artisans, teachers, children, young people and other adventurous spirits.
OFICINA DE DESENHO EM COURO CURTIR O NOSSO MAPA Com Francisco Neves
MAI JAN——AGO ABR / 125
OFICINAS 90 min. a 2 horas
OFICINA DE SABORES TRADICIONAIS
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mín. 10 / máx. 25 pessoas
AS VOLTAS DA COLHER DE PAU
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Com Álvaro Dinis Mendes e Liliana Duarte (Cor de Tangerina)
2,00 eur
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Oficinas realizadas por marcação com, pelo menos, uma semana de antecedência, através do 253424700 ou mediacaocultural@ aoficina.pt
OFICINA DE MOVIMENTO E CORPO O CORPO COMO TERRITÓRIO DE MEMÓRIA Com Ángela Diaz Quintela
OFICINA DE MOVIMENTO CORPO-CASA
Com Melissa Rodrigues
OFICINA DE MOVIMENTO E CORPO O CORPO COMO VOZ DO MUSEU
PROGRAMA VAI E VEM
1 visita orientada a um dos espaços + 1 oficina criativa nas escolas/ instituições
Com Ángela Diaz Quintela
OFICINAS DE TEATRO OFICINA DE CONSTRUÇÃO DE MÁSCARAS
Com Gonçalo Fonseca
OFICINA DE AUTOBIOGRAFIA DO VAZIO DE UMA CAIXA A UM MUSEU PORTÁTIL Com João Terras
OFICINA DE PATRIMÓNIO PERGUNTA AO TEMPO Com Francisco Neves
MÁSCARA MARIONETAS TEATRO FÍSICO VOZ E TEXTO CRIAÇÃO E DIÁLOGO Com Gonçalo Fonseca e Nuno Preto
MAI — AGO / 126
O CORPO NO ESPAÇO
cardboard. Another Me is a workshop in which each person’s imagination and creativity is revealed in each mask.
Maiores de 3
CORPO-TÓTEME
NUNO PRETO E GONÇALO FONSECA Oficina de Teatro
Nesta oficina propõe-se a exploração do ato performativo, através de exercícios de improvisação, que potenciam a consciência corporal e a sensibilidade auditiva. Pensado como espaço de liberdade expressiva e criativa, aqui os participantes constroem a sua própria experiência teatral, com sons, textos, gestos e objetos. This workshop proposes exploration of the performance act, via improvisation exercises that enhance body awareness and auditory sensitivity. Designed as a space of expressive and creative freedom, the participants will construct their own theatrical experience, using sounds, texts, gestures and objects.
OUTRO EU
GONÇALO FONSECA Oficina de Construção de Máscaras Maiores de 8
Tudo começa com uma visita ao universo de máscaras de José de Guimarães e a partir deste imaginário partimos para a construção de máscaras, com diversos materiais como casca de árvore, pedra e cartão. Outro Eu é uma oficina onde a imaginação e a criatividade de cada um é revelada em cada máscara. The workshop begins with a visit to José de Guimarães’ collection of masks. On the basis of this imaginary universe the participants will make masks, using various materials such as bark, stone and
Oficina de Movimento e Construção de Tótemes Maiores de 3
Caixas que se transformam em corpos, corpos que se transformam em animais, animais que protegem as florestas, florestas que guardam segredos. Dentro de uma coisa, há sempre outra. E, dentro do Museu, o que há? Máscaras, esculturas… Vamos descobrir o interior do CIAJG e, a partir da relação que criamos com alguns dos objetos expostos, construímos uma máscara-tóteme que ganha corpo e movimento e, depois, se transforma numa instalação. Boxes that transform into bodies, bodies that transform into animals, animals that protect the forests, forests that keep secrets. One thing always has something else inside. And, what do we find inside the Museum? Masks, sculptures ... Let's discover the interior of the CIAJG and, on the basis of the relationship we create with some of the objects on display, we’ll build a totem-mask that will gain body and movement and become an installation.
CÁ DENTRO EXISTE UM ANÃO COMIDO PELAS FORMIGAS JOÃO TERRAS Oficina Sensorial a partir do Processo Criativo do Artista Franklin Vilas Boas Maiores de 5
Este é um convite para descobrir que anão é este e onde se encontra.
E quem lhe deu forma? Partimos do universo singular do artista popular português Franklin Vilas Boas (1919-1968), para pensar o espaço museológico, os objetos, a arte, a natureza e a vida. This is an invitation to find out who this dwarf is and where he can be found. And who shaped him? We start from the singular universe of the popular Portuguese artist, Franklin Vilas Boas (1919-1968), to think about the museum space, objects, art, nature and life.
PERGUNTA AO TEMPO FRANCISCO NEVES Oficina de Património Maiores de 8
O conceito de património enlaça objetos, coisas, lugares, pessoas, expressões, tradições, formas de fazer, músicas, receitas, monumentos... Mas o que é importante para nós e para a nossa comunidade? Através da exploração do conceito e da execução de dinâmicas criativas e poéticas pretende-se aprofundar e multiplicar os significados de património. The concept of heritage links together objects, things, places, people, expressions, traditions, ways of doing things, songs, recipes, monuments ... But what’s important for us and our community? Through exploration of the concept and implementation of creative and poetic dynamics we aim to deepen and multiply the meanings of heritage.
MAI JAN——AGO ABR / 127
HISTÓRIAS DE CÂNTAROS E CANTARINHAS
MARIA FERNANDA BRAGA Oficina de Olaria Maiores de 3
A olaria vimaranense é feita de barro e de histórias. Inspirados pela Cantarinha dos Namorados, moldamos barro vermelho na roda de oleiro. Mão na água, água no barro, barro na mão…Depois de algumas voltas, surgem pequenas peças, que podem ser ornamentadas com mica branca polvilhada. Depois, é só cozer durante algumas horas… Guimarães’ pottery is made of clay and stories. Inspired by the Cantarinha dos Namorados ceramic jug, we will mould red clay on the potter's wheel. Hand in water, water on clay, clay in hand ... After a few turns at the wheel, small jugs will appear, which can be decorated with powdered white mica. Then just fire them in the oven for a few hours…
CORPO-CASA
MELISSA RODRIGUES Oficina de Movimento Maiores de 3
Partindo de diferentes técnicas de movimento e da interação dos eixos corpo-espaço-objeto, iremos nesta oficina descobrir física e sensorialmente os diferentes espaços da Casa da Memória e lá deixar a memória dos nossos corpos. Using different movement techniques and interaction within the axis of body-spaceobject, in this workshop we will physically and sensorially discover the different spaces of the Casa da Memória and leave the memory of our bodies there.
DO VAZIO DE UMA CAIXA A UM MUSEU PORTÁTIL JOÃO TERRAS Oficina de Autobiografia Maiores de 8
Partimos da leitura para construir caixas de memórias… Uma caixa pode ser o nosso sótão, o nosso ÁLVARO DINIS MENDES E LILIANA arquivo, o nosso museu portátil! DUARTE (COR DE TANGERINA) Afinal, de que matéria somos feitos? Esta é uma verdadeira Oficina de Sabores Tradicionais oficina de catalogação criativa Maiores de 3 e autobiográfica, onde cada um constrói a sua micro-coleção Entre panelas, colheres de pau, os pessoal, entre ficção e realidade. melhores ingredientes e muitas histórias, há coisas a fazer e sítios Inspired by reading we will build memory a ver! Tudo dentro da Casa da boxes ... A box can be our attic, our archive, Memória. No final, é só provar e our portable museum! After all, what saborear! Bom apetite! material are we made of? This is a genuine
AS VOLTAS DA COLHER DE PAU
In the midst of pans, wooden spoons, fine ingredients and many stories, there are so many things to do and places to see! Everything inside the Casa da Memória. At the end, you simply have to taste and savour! Enjoy your food!
workshop of creative and autobiographical cataloguing, in which each person will build his own personal micro-collection, between fiction and reality.
CURTIR O NOSSO MAPA
FRANCISCO NEVES Oficina de Desenho em Couro Maiores de 8
Cada um de nós tem dentro um mapa pessoal dos lugares por onde passou. Vamos cartografar memórias desses lugares, de forma livre e criativa, com caneta, broca, martelo e picador. E linha, se preciso for! Através de desenho em superfície de couro, cruzam-se técnicas tradicionais com linguagens artísticas, aludindo à importância da indústria dos curtumes na cidade de Guimarães. Each of us has a personal map of the places that we have visited. Let's map our memories of these places, with a free and creative spirit, using a pen, drill, hammer and needle. And thread, if we need it! By designing on a leather surface, traditional techniques are combined with artistic languages, alluding to the importance of Guimarães’ tannery industry.
MAI â&#x20AC;&#x201D; AGO / 128
CCVF UM TEATRO POR DENTRO E POR FORA
MAI JAN——AGO ABR / 129
VISITAS
CDMG VISITA ÀS EXPOSIÇÕES
VISITAS CONJUNTAS CIAJG + CDMG
CIAJG VISITA ÀS EXPOSIÇÕES
Maiores de 3/4 anos
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c. 90 min.
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mín. 10 / máx. 25 pessoas
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Visitas Orientadas 1,50 eur a 2,00 eur (grupos escolares/instituições) e 4,00 eur a 5,00 eur (outros grupos) Visitas Conjuntas 2,00 eur (grupos escolares/ instituições) e 5,00 eur (outros grupos)
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Marcação com, pelo menos, uma semana de antecedência, através de telefone 253 424 700 ou e-mail mediacaocultural@ aoficina.pt
A OFICINA NAS ESCO ME
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Cerca de 2500 crianças do 1.º e 2.º anos de escolaridade estão envolvidas neste programa de aprendizagem centrado na dança e no teatro, que é levado a todas as escolas do concelho de Guimarães pelo quinto ano letivo consecutivo.
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MAIS DOIS
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Around 2,500 primary-school children are involved in this learning programme centred on dance and drama. It operates in every school in the municipality of Guimarães for the fifth year running.
Coordenação Daniela Freitas
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Nascido de mãos dadas com o Mais Dois, Ante Pé explora a música, a dança e o teatro como instrumentos de aprendizagem de crianças do ensino pré-escolar e 1.º ciclo nas escolas do concelho de Guimarães.
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Born hand in hand with Mais Dois, Ante Pé explores music, dance and drama as learning tools for pre-school and primary school children in the municipality of Guimarães.
Coordenação Carla Oliveira
Mais Dois e Ante Pé são uma parceria com a Câmara Municipal de Guimarães (Vereação da Educação).
MAI JAN——AGO ABR / 131
OLAS PERGUNTA AO TEMPO O
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O património é o objeto de atenção de cerca de 300 alunos e professores do 4.º ano de escolaridade das escolas de Guimarães, a quem é colocado o desafio de descobrir e reinterpretar a exposição permanente da Casa da Memória.
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B. 1º C i c l o
Heritage is the focus of attention for around 300 primary school teachers and pupils from schools in Guimarães, who are challenged to discover and reinterpret the permanent exhibition at the Casa da Memória.
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PERGUNTA AO TEMPO EXPOSIÇÃO ATÉ 29 SET
Todas as idades
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Entrada livre
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26 MAIO 11H00
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Coordenação Marta Silva e João Lopes Acompanhamento Criativo Francisco Neves
PLAN DE APOI CRIA
NO ARTS SUPPORT PROGRAMME
IO À AÇÃO
MAI — AGO / 134
COPRODUÇÕES
JOÃO SOUSA CARDOSO Sequências Narrativas Completas PEDRO GIL D. Juan esfaqueado na Avenida da Liberdade MIGUEL CASTRO CALDAS A Paisagem não Responde (estreia) Bolsa 5 Sentidos Erva Daninha Vão BOLSA AMÉLIA REY-COLAÇO EDUARDO MOLINA, JOÃO PEDRO LEAL E MARCO MENDONÇA Parlamento Elefante
MAI — AGO / 135
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS
BOLSAS DE CRIAÇÃO
22 ABR A 5 MAI DEMO Armadilha
BOLSA AMÉLIA REY-COLAÇO
6 A 17 MAI ERVA DANINHA Vão 20 A 31 MAI PACT - Bárbara Fonseca 19 A 22 MAI CLÁUDIA ANDRADE Para Vós 1 A 7 JUN MIGUEL CASTRO CALDAS A Paisagem não Responde 1 A 14 JUL ROPE SERIES Quarto
Bolsa de criação anual para autores/encenadores emergentes na área do teatro, lançada pelo Teatro Nacional D. Maria II em parceria com o CCVF e O Espaço do Tempo, aos quais se junta em 2019 o Teatro Viriato. Parlamento Elefante EDUARDO MOLINA, JOÃO PEDRO LEAL E MARCO MENDONÇA
BOLSA 5 SENTIDOS
1 A 14 JUL PACT - Zacarias Gomes
Bolsa de criação bienal para autores de artes performativas, lançada pela rede 5 Sentidos.
16 A 31 JUL Tânia Carvalho
Vão
26 AGO A 6 SET Diogo Freitas
Erva Daninha
MAI — AGO / 136
PACT PLANO DE APOIO
À CRIAÇÃO TERRITORIAL PACT COM O GANGUE DE GUIMARÃES Os 76! artistas do Gangue de Guimarães foram desafiados a pensar e apresentar os seus projetos para três níveis de envolvimento possível: desde a Residência Artística em Candoso que permite o trabalho experimental, a Bolsa de Criação para novas criações e um mais ambicioso Artista no Centro que escolhe artistas que se irão associar à Oficina durante três anos (2019-21). 17 dos artistas responderam a este primeiro PACT e eis que surgem já distribuídos os primeiros projetos em 2019.
Artista no Centro 2019-21 APRESENTAÇÃO 15 JUNHO NOS FESTIVAIS GIL VICENTE Residências Artísticas 2019 BÁRBARA FONSECA ZACARIAS GOMES TIAGO PORTEIRO EVA SOFIA RIBEIRO Bolsas de Criação 2019 DO AVESSO Visita Encenada ao CCVF [Manuela Ferreira] ARQUIVO PÚBLICO [Manuela Ferreira] LINHA DE MONTAGEM [Pedro Bastos, Tânia Dinis e Sara Costa] Bolsas de Criação 2020 RITA MORAIS GIL MAC MANUELA FERREIRA TÂNIA DINIS
MAI — AGO / 137
PACT COM OS AMADORES DE TEATRO
PACT COM O TEATRO NAS ESCOLAS
ORIENTAÇÃO DE GONÇALO FONSECA E NUNO PRETO
ORIENTAÇÃO DE GONÇALO FONSECA E NUNO PRETO
Depois de dois anos de uma nova MAT - Mostra de Amadores de Teatro mais inclusiva, o Teatro Oficina apostou em torná-la um programa formativo para atores, encenadores e criativos dos grupos de amadores: voz, movimento, encenação foram temas abordados nas sucessivas formações até à estreia dos espetáculos em 2019, no final de maio (regressando a Mostra aos Festivais Gil Vicente).
A pedido de várias escolas do território, em 2019 surgiu um programa de acompanhamento do trabalho nas escolas, centrada na formação criativa dos professores.
GRUPOS ESCOLHIDOS EM 2019: OSMUSIKE, ATRAMA, GT CIT NIA – BRITEIROS, GT CAMPELOS, CETE – CONVÍVIO E TEATRO EXPERIMENTAL, ARCAP – PONTE
EM 2019: TABE - Teatro Amador de Briteiros Escolar Agrupamento de Escolas de Briteiros TEX - Teatro Experimental da Xico Escola Secundária Francisco de Holanda “O Ator das Palavras” - Clube de Teatro Escolar Agrupamento de Escolas Abel Salazar - Ronfe Oficinas de Teatro 5º e 7ºano EB 2/3 João de Meira Oficina de Teatro em Inglês Agrupamento de Escolas de Pevidém
MAI — AGO / 138
LAB'UM LABORATÓRIOS DA LIC. EM TEATRO DA UNIVERSIDADE DO MINHO
5 A 9 MAI 5 E 12 JUN [NOS FGV’S]
ESPAÇO OFICINA / CIAJG / BLACK BOX
ESTUDOS EM INTERPRETAÇÃO 4 - 3º ANO TIAGO MORA PORTEIRO
DOM 5, SEG 6 E DOM 26 MAI 21H30 / ESPAÇO OFICINA
QUA 5 JUN, 21H30
QUI 9 MAI ESCOLA SECUNDÁRIA FRANCISCO DE HOLANDA
NO FUTURO, NÃO FUTURO
QUI 9 MAI, 15H30 SEX 10 MAI, 10H30
SEG 3 A SEX 7 JUN
HABITAT: NUM MUNDO QUE NÃO ESTE POR SERES QUE NÃO HUMANOS
ALGURES DEPOIS DO ARCO-ÍRIS
CAAA
QUA 12 JUN, 21H30
HELENA RODRIGUES, SÓNIA SENRA E ALESSANDRA GOMES
QUI 9 MAI, 18H30 CAAA
QUA 12 JUN, 21H30 [NOS FGV’S]
CIAJG / BLACK BOX
CIAJG / BLACK BOX
SOBRE LETRAS
TEMOS TEMPO
ANA SANDRINA
BEATRIZ BIZARRO
QUA 8 E QUI 9 MAIO, 21H30
20 A 23 MAI ESPAÇO OFICINA
QUA 5 JUN, 21H30 [NOS FGV’S]
EXERCÍCIOS PARA MUDAR O MUNDO
EGO
LAB 4 - 2º ANO ANDRÉ AMÁLIO
ESPAÇO OFICINA
CIAJG / BLACK BOX
ANDRÉ PINTO
LAB 6 - 3º ANO PATRÍCIA PORTELA
+ SEX 14 JUN, 17H00 [NOS FGV’S]
FRATERNA
TER 7 MAI, 21H30 QUA 8 MAI, 18H30
ESPAÇO OFICINA
MARIANA RODRIGUES E VALÉRIO FERNANDES
CIAJG / BLACK BOX
LUIS PEIXOTO VILAR
27, 30 E 31 MAI TER 11 A SEX 14 JUN
+ QUI 23 MAI, 17H00
APRESENTAÇÃO FINAL
APRESENTAÇÃO FINAL ESPAÇO OFICINA
LUGAR DE CONTACTOS LAB 2 - 1º ANO JOANA PROVIDÊNCIA
+ SEX 7 JUN, 17H00 [NOS FGV’S]
APRESENTAÇÃO FINAL JUN ESPAÇO OFICINA
TEATRO E MÚSICA - 3º ANO PEDRO TELLES
MAI â&#x20AC;&#x201D; AGO / 139
REDES
S
NETWORKS
MAI — AGO / 142
UNIVERSIDADE DO MINHO O protocolo em vigor com a UM tem epicentro no polo de Teatro do ILCH-UM e foi sendo intensificado no terreno, sobretudo a partir da utilização intensiva do Espaço Oficina pelos laboratórios e alunos da Licenciatura (projeto LAB’UM). A Oficina iniciou ainda parcerias com dois grupos recentemente criados dentro da UM, apoiando as suas atividades: o GIEP-Grupo de Investigação em Estudos da Performance e o NELTUM - Núcleo de Estudantes da Lic. em Teatro da UM. Noutra área artística, o CIAJG começou uma colaboração permanente com o novo curso de Artes Visuais da Escola de Arquitectura da UM, através de uma parceria inovadora e singular em Portugal. A colaboração será extensa e abrangerá partilha de espaços, a criação de um seminário comum, a utilização dos espaços expositivos, sala de conferências e Blackbox para aulas e momentos de investigação e projeto de várias disciplinas do Curso.
QUADRILÁTERO CULTURAL em parceria com: / Barcelos, Braga e Famalicão Rede criada entre os quatro bons vizinhos, quer tornar-se também um instrumento de programação conjunta dos espaços culturais e de fixação e/ou maior permanência dos artistas locais, nacionais e internacionais em interação com as comunidades e os projetos de mediação cultural de cada concelho.
PERFORMART A PERFORMART – Associação para as Artes Performativas em Portugal visa a promoção do setor das artes do espetáculo e dos seus profissionais, a nível nacional e internacional e pretende promover as múltiplas formas de manifestação cultural e artística no âmbito das artes performativas, quer a nível nacional quer a nível internacional.
alguns membros da associação: / Teatro do Bolhão / EGEAC / Fundação Casa da Música / Fundação Centro Cultural de Belém / Fundação Serralves / Instituto Politécnico do Porto / OPART / Teatro Experimental do Porto / Companhia de Teatro de Almada / Teatro Nacional D. Maria II / Teatro Nacional São João / Centro de Artes de Espetáculos de Viseu / Teatro Meridional; Teatro da Didascália / Nome Próprio – Associação Cultural / Teatro e Marionetas de Mandrágora / Ao Cabo Teatro / Teatro da Garagem / Teatro Académico de Gil Vicente / Associação Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras / Companhia de Teatro de Braga, entre muitas outras / entre muitos outros
REDE PORTUGUESA DE MUSEUS A Rede Portuguesa de Museus (RPM) é um sistema organizado de museus, atualmente composto por 149 museus, incluindo os museus e palácios nacionais tutelados pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC), os museus tutelados pelas Direções Regionais da Cultura do Continente, dos Açores e da Madeira, os palácios nacionais geridos pela empresa Parques de Sintra-Monte da Lua e mais 93 museus que passaram a integrar a RPM por candidatura. O universo dos 149 museus integrados na RPM caracteriza-se pela diversidade de tutelas, de coleções, de espaços, de atividades educativas, de modelos de relação com as comunidades e de sistemas de gestão. Um sistema organizado de museus, baseado na adesão voluntária, configurado de forma progressiva e que visa a descentralização, a mediação, a qualificação e a cooperação entre museus. O CIAJG foi credenciado na Rede Portuguesa de Museus este ano.
MAI — AGO / 143
AEROWAVES
EM TRÂNSITO
I.N.E.S.
em parceria com: / Albania Dance Meeting Festival (AL) / D. ID Dance Identity (AT) / Stuk (BE), Derida Dance (BG) / San Vicente Festival (HR) / Street Art Festival (HR) / Dance House Lemesos (CY) / Tanec Praha (CZ), Bora Bora (DK) / Dansehallerne (DK) / Kanuti Gildi Saal (EE) / Annantalo (FI) / La Briqueterie (FR) / Pact Zollverein - Choreographisches Zentrum NRW (DE) / Arc for Dance (GR) / Freelance (GR) / Workshop Foudation (HU) / Freelance (IS) / Operaestate Festival Veneto Bassano Del Grappa (IT) / Romaeuropa (IT) / Dance Limerick (IE) / Lithuanian Dance Information Centre (LT) / Centre de Criation Choregraphic Luxembourgeois (Trois C-L) (LU) / Dansens Hus (NO), Dervish&co (NO) / Art Stations Foundation 5050 (PL) / Lubelski Teatr Tanca (PL) / O Espaço do Tempo (PT) / National Centre for Dance (RO) / International Dance and Performance Center Tsekh (RU) / Institution Student Cultural Centre in Novi Sad (RS) / Bratislava in Movement Association (SK) / EN-KNAP/Spanski Borci (SK), Mercat de les Flors (ES) / Paso a 2 Plataforma Coreográfica A.C. / Certamen Coreográfico de Madrid (ES) / Dansstationen (SE) / Dansens Hus (SE) / Théâtre Sévelin 36/CIE Philippe Saire (CH) / Tanzhaus Zurich (CH) / Dansmakers Amsterdam (NL) / National Kaohsiung Centre For the Arts (Weiwuying) (TW) / The Place (GB) ]
em parceria com: / Estúdios Victor Córdon, Lisboa
em parceria com: / GigMit (DE) / Monkey Week (ES) / Live at Heart (SW) / Sonic Visions (L], MENT (SLV) / Waves (AT), Spring Break (PL) / Liverpool Sound City (UK)]
[Dança]
A mais importante rede europeia de apoio à dança contemporânea emergente, onde se inclui o Centro Cultural Vila Flor como presenting partner.
[Dança Contemporânea]
Programa de colaboração para residências artísticas no âmbito do GUIdance. Ao abrigo deste protocolo, os Estúdios Victor Córdon acolherão 3 residências de criação por ano, indicadas pela direção artística do festival de dança contemporânea, GUIdance.
REDE 5 SENTIDOS [Artes Performativas]
em parceria com: / Teatro Micaelense (Ponta Delgada) / Teatro Nacional São João (Porto) / Teatro Municipal da Guarda (Guarda) / Teatro Académico Gil Vicente (Coimbra) / Teatro Viriato (Viseu) / São Luiz Teatro Municipal / Teatro Municipal do Porto - Rivoli e Campo Alegre (Porto) / Cine-Teatro Louletano (Loulé)] Pensada para promover a programação cultural e a produção artística em rede no âmbito das artes performativas, a 5 Sentidos foi criada em 2009 por cinco estruturas culturais do país, sendo atualmente constituída por 10 membros.
PARTIS em parceria com:
/ Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa / Câmara Municipal de Loulé / Casa da Música, Porto / EGEAC, Lisboa / Teatro Municipal Baltazar Dias, Funchal / Teatro Nacional D. Maria II, Lisboa / Teatro Viriato, Viseu A partir da experiência do seu projeto de "Práticas Artísticas para Inclusão Social" - PARTIS, o Programa Gulbenkian Coesão e Integração Social (PGCIS) convidou uma série de parceiros a trabalhar numa uma agenda de “arte e comunidade”.
[Música]
Projeto europeu de cooperação financiado pela Europa Criativa, onde se integra o Westway LAB enquanto membro fundador, para promover a circulação e capacitação dos artistas e profissionais no setor da música.
CIRCUSNEXT
[Circo Contemporâneo]
em parceria com: / La Brèche (FR) / La Grainerie (FR) / La Cascade (FR) / Circuscentrum (BE) / Espace Catastrophe (BE) / Latitude 50 (BE) / Subtopia (SE) / Cirko (FI) / Room 100 (HR) / Cirkorama (HR) / Circusfera (RS) / Festival Perspectives (DE) / Sarabanda (IT) / Festival Circolo (NL) / STAMP Festival (DE) / Circus Futures (UK) / Cirqueon (CZ)] Plataforma europeia de promoção das artes do circo para artistas emergentes com a participação do Centro Cultural Vila Flor.
READ ING SL O WLY
READING ——— SLOWLY ———
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Dawn, between 7 and 8 June, 1502. Queen Dª. Maria had just given birth to her first son - who later became King D. João III - when a man dressed as a cowboy entered her room, to present a performance. It was Gil Vicente and the text he recited became known as the “The Act of the Cowboy” (Auto do Vaqueiro) or “Monologue of the Visitation” (Monólogo da Visitação). This story is perhaps apocryphal, but is nonetheless associated to a founding moment in Portuguese theatre. In the following years, Gil Vicente, of whom very little is known, wrote the first stage plays in the Portuguese language and continues to be hailed as the father of Portugal’s theatrical tradition. This story is also of interest because of what happened 62 years ago - in May 1957. The then Mayor of Guimarães, José Maria Castro Ferreira, presented an idea to the council meeting to create "Gil Vicente Festivals in the month of June”. He went on to explain why Guimarães should celebrate the playwright: "Gil Vicente was born in Guimarães between 1460 and 1470. He subsequently moved to Lisbon, where he worked as a goldsmith, and created the famous Ostensorium of Belem (Custódia de Belém)". The Mayor’s speech was recorded in the minutes of that municipal meeting (Rocha, 2011). We can’t be sure that Gil Vicente was born in Guimarães - nor can we be sure that the playwright and goldsmith are one and the same person. However, local tradition and a certain provincial pride have been sufficient for the city to pay tribute to Gil Vicente. The festivals were initially planned to start on June 8 - the date of Gil Vicente’s mythical first performance, which following a decision taken by the City Council in 1912 had been celebrated for decades as a municipal holiday. The festival has been held at other times over the years, but the Gil Vicente Festivals (Festivais Gil Vicente) normally take place in early June for this reason. A commission was appointed to organise the first edition of the festivals. In addition to the Mayor, the members of the commission included Duarte Freitas do Amaral, chairman of the municipal commission of the National Union, the only official party in the Estado Novo regime. Freitas do Amaral was already an MP in the National Assembly – and continued as an MP until the end of the Dictatorship.
of press clippings ranging from the city’s local newspapers to the national newspapers, Diário de Notícias and Diário Popular. In 1957, "Culture had a municipal programme for the first time in Guimarães", suggests Raul Rocha in the second volume of Guimarães no século XX (Guimarães in the 20th century), published in 2011. José Maria Castro Ferreira served as mayor of Guimarães from 1955 to 1963 - at a time when the city had been chosen directly by the Government of the Estado Novo regime. In light of the success of the first edition of the Gil Vicente Festivals, the Council decided that it should be held annually. The commission in charge of organising the event in 1958 was renewed. The only individuals from the 1957 edition to remain in the group were José Craveiro and Manuel Alves de Oliveira. The Council was represented by councillor Catanas Diogo and António Simões and Joaquim Santos Simões were also invited as members. Joaquim Santos Simões became a central figure in Guimarães’ cultural activity and the Gil Vicente Festivals themselves. He was a Mathematics teacher, who had moved to Guimarães in late 1957 – the festival’s inaugural year - to teach at the Industrial and Commercial School. According to Raul Rocha (2011), he had been invited by José Cordeiro, who had met him in Coimbra when they studied together in the technical school. Santos Simões was born and studied in Coimbra and had been an actor in the University of Coimbra’s Student Theatre group. This experience played a vital role, not only for his participation in programming of the Gil Vicente Festivals, but also the transformation that he implemented in the local theatre group over the following decades. In December 1957, he was invited to direct two stage plays with the theatre group of the musical group, "Ritmo Louco" (Cunha, 2013). At his suggestion the theatre group was renamed, two years later, as the Raul Brandão Experimental Theatre Group (TERB) – integrated within the Círculo de Arte e Recreio (Art and Leisure Circuit) that, at his suggestion, also included the "Ritmo Louco" group. Renaming of the theatre group corresponded to a genuine refounding, that was also visible in the group’s repertoire, which passed from national stage plays derived from a rather staid, old-fashioned tradition (e.g. O Senhor Ventura, by Arnaldo Leite and Campos Monteiro, O Tio Pedro, by Marcelino
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The other members of the commission were the journalist and writer, AL de Carvalho; Father Joaquim de Oliveira Bragança, member of the municipal commission of Art and Archaeology; José Craveiro, professor of the Industrial and Commercial School; and Manuel Alves de Oliveira, director of the Revista Gil Vicente magazine, created in 1928. The first edition was held entirely in the Ducal Palace (Paço dos Duques de Bragança), whose reconstruction works were soon to be completed. The monument was only inaugurated two years later, in 1959, but it "was opened to the city’s cultural elites for the first time on the occasion of the Gil Vicente Festivals", explains Raul Rocha, in an article published in 2008 in the former weekly newspaper, O Povo de Guimarães. The 1957 edition of the festival was a great success, according to the Council minutes, which lavished praise on the event: "On last Saturday evening, the first performance of the Gil Vicente Festivals was held in the courtyard of the Ducal Palace, framed by the scenery of its lateral arch, in honour and glory of the master, artist and playwright, Gil Vicente, who Guimarães is traditionally proud to include among its children". The minutes added that the first performance "will persist in the memories of those who had the opportunity and spiritual pleasure to appreciate it, in all its nuances of colour and art". The "masterful" performances included those by the Porto University Theatre and the Choral Group of the Monks of Singeverga, which received a prize from the Council. In addition to these two groups, the programme of the 1957 Gil Vicente Festivals included the Students Theatre Group of the University of Coimbra (TEUC) and a local group from Guimarães, the Teatro dos Caixeiros, at the time managed by the council worker, Xavier de Carvalho, as well as a choral group from Aveiro. The programme also included concerts and conferences – which we will discuss later. In the council meeting, held after the festival’s inaugural edition, the Council decided that a book should be launched to celebrate the festival. The publication was launched one year later, and underlined the "memorable cultural event", in a volume that included the festival’s full programme, with photographs and cast lists, excerpts from the plays that had been performed, full texts of the conferences held and a collection
READI NG SL OWL Y
GIL VICENTE FESTIVALS
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Mesquita, or Cavalheiro Respeitável by André Brun) to modern approaches by Raul Brandão (O Doido e a Morte and O Rei Imaginário were staged in 1959), and plays by Molière, Anton Chekhov, William Shakespeare and Gil Vicente. Santos Simões recalled these achievements in his book, Breve História do TERB (26 anos a lutar contra moinhos de vento) (Short History of the TERB (26 years fighting against windmills)), which he published in 1995, when he left the theatre group’s management. Recognition of his knowledge of the theatre meant that, in 1959, the festivals were already exclusively coordinated by Santos Simões, in liaison with councillor Pinto de Almeida (Rocha, 2008). Joaquim Santos Simões continued to be involved in the organisation of the festivals until 1960, as he reveals in his notes about his early years in Guimarães, included in his BioBibliography, published in 2003, shortly before his death. In 1965, through the TERB, the festival was reconnected with the Gil Vicente celebrations, in a year marked by the commemoration of the fifth centenary of the playwright’s birth. By that time, the people of Guimarães were convinced that he had been born in the city, precisely in 1465. Between 1960 and 1965, there are only references to the Gil Vicente Festivals in 1961, when "the main event was the performance by the Lopes da Vega theatre company, from Lisbon." (Rocha, 2008). TERB also participated and closed the festivals with a performance in the Largo da Oliveira (idem). The last known reference to the first period in the life of the Gil Vicente Festivals was in 1965, the year of the 5th Centenary of the playwright’s birth. On the night of June 7, in the Largo da Oliveira, TERB presented a series of plays by Gil Vicente – “Monologue of the Cowboy” (Monólogo do Vaqueiro), “The Soul’s Journey” (Auto da Alma), “Act of the Ship of Hell” (Auto da Barca do Inferno), and the “Farce of the Judge of Beira” (Farsa do Juiz da Beira). The 1965 edition, however, was marked by the fact that most of the conference programme was banned by the "Civil Governor of Braga", as Santo Simões described Francisco Pessoa Monteiro, in an article published in the local newspaper, O Povo de Guimarães, in June 1978, in which he recalled the efforts to celebrate the 5th Centenary of the birth of Gil Vicente. Armando Castro, Vitorino Magalhães Godinho, Óscar Lopes and Manuel Deniz-Jacinto were banned and only Rebelo Bonito
and Father Domingos Silva Araújo were allowed to speak. The Festivals terminated that year and were only resumed a decade after the birth of the new democratic regime in Portugal. The event was re-launched by a tripartite initiative of the Guimarães Regional Conservatory, Coelima Sports Cultural Centre and the Banking Trade Union of the North - Guimarães Delegation. The festivals’ programme was marked by the collaboration of Guimarães Municipal Council, the Alberto Sampaio Museum, the Ducal Palace (Paço dos Duques de Bragança), the Teatro Jordão and the Northern Delegation of the Secretary of State for Culture. In 1987, the programme was mainly constituted by concerts, and only two stage plays were performed: “A chalice from Porto” (Um cálice de Porto) by the theatre company, Seiva Trupe, and “The Sky of my Street” (O céu da minha rua) by Romeu Correia for the Teatro Coelima, presented in two parishes outside the city: S. Martinho de Candoso and Infias (that today pertains to the municipality of Vizela). The following year, the Festivals returned to their original date. In 1987, they began in late June, and extended throughout the month of July. Guimarães Municipal Council assumed full responsibility for organisation of the event. Seiva Troupe once again featured in the programme (it presented Teatro Vivo), together with the Teatro Experimental do Porto (Molière's The Doctor in Spite of Himself ) and the Companhia de Teatro de Braga, which presented Com a Arma de Bogart, based on the homonymous novel by Renato Solnado, whose cast included the young actors, Ana Bustorff, André Gago and António Durães. TERB also returned to the Gil Vicente Festivals. Santos Simões created a performance based on a selection of texts by Fernando Pessoa, presented at the Pátio da Misericórdia on the 5th centenary of the poet’s birth. Guimarães already had a long-standing relationship with Gil Vicente. The city had named one of its streets after him in 1880 (it continues to bear his name ´today) as well as one of its theatres, two years later (although it no longer exists, the theatre was located at the beginning of the Alameda de S. Dâmaso, next to the Largo República do Brasil). In 1902 the Sociedade Martins Sarmento coordinated the commemorations of the 4th Centenary of the creation of Portuguese theatre. The city also discussed, on several occasions, the idea of building a public
monument in tribute to Gil Vicente. In 1937, "the first stone was solemnly cast" of a monument in honour of the founder of Portuguese theatre (Carvalho, 1958), but this endeavour proved to be unsuccessful. In 1950, the City Council once again discussed this idea, but it only finally came to fruition in the twenty-first century. The monument to 500 years of Portuguese theatre and to Gil Vicente was inaugurated in 2003. It is composed of eight masks, created by the sculptor, Irene Vilar, and is currently located in the northern section of the Alameda de S. Dâmaso. The term “Festivals” - in the plural – was used, due to the attention paid to several arts, not only to the theatre. In its first edition, in 1957, the programme included a classical music performance, directed by Mário Sampaio Ribeiro, and a concert by the Porto Symphony Orchestra, conducted by António Almeida Santos (broadcast by the national broadcaster, the Emissora Nacional), as well as conferences by Luís de Pina and Porfírio Bonito. In 1958, the Festivals ended with an opera (“The Barber of Seville”, presented by the Choir of São Carlos National Theatre and the Symphony Orchestra of the Porto Conservatory) and also included dance performances. There was a concert by the Sociedad Coral Polifonica de Pontevedra, directed by António Iglesias Vilarellle, which was repeated in 1960, and a choral concert based on poems from the 13th and 16th centuries. Even following the revival of the event, more than a decade after the fall of the dictatorship, the Gil Vicente Festivals included much more than theatre. In the first revived edition, in 1987, the programme essentially consisted of music, with six concerts – in particular by RDP’s Symphony Orchestra, conducted by Silva Pereira - and a conference (Music in Gil Vicente, by Filipe de Sousa). In 1988, the event included a performance by the popular music group of the Ateneu de Coimbra Diabinho da Mão Furada and there was also a guitar concert. As is clear from the above, the Gil Vicente Festivals have had various configurations over time. In the 1990s, for example, they combined performances by professional theatre groups and amateur theatre groups - in a tradition that will be recovered this year with the Showcase of Amateur Theatre to be held one week before the start of the Festivals. The programme has also been held in venues outside the city
Bibliography:
Carvalho, AL (org.) (1958), Guimarães e Gil Vicente, Guimarães: Guimarães Municipal Council. Cunha, Paulo (2013), Santos Simões, Guimarães: Guimarães 2012/Sociedade Martins Sarmento. Rocha, Raul (2008), 50 anos dos Festivais Gil Vicente, do TERB, e da chegada de Santos Simões a Guimarães, in O Povo de Guimarães, 13 June 2008. Rocha, Raul (2011), Guimarães no século XX – Volume II (1940-1970), Guimarães: Editorial O Povo de Guimarães. Simões, Joaquim Santos (1978), Gil Vicente e o seu centenário – Evocação de 1965, in O Povo de Guimarães, 8 June 1978. Simões, Joaquim Santos (1995), Breve História do TERB (26 anos a lutar contra moinhos de vento), Guimarães: Author’s publication. Other documents that were consulted – courtesy of Torcato Ribeiro: Programme of the Vicentine Festivals (Festivais Vicentinos) (1960) Programme of the 5th Centenary of the Birth of Gil Vicente (1965) Programme of the Gil Vicente Festivals (Festivais Gil Vicente) (1987) Programme of the Gil Vicente Festivals (1988) Programme of the Gil Vicente Festivals (1996)
Production of pottery in Guimarães used to be an almost exclusively male territory. The various workshops laround the city, located in particular in the western zone, were all operated by men, including most of their apprentices. But that is no longer the case. The Cantarinha dos Namorados (Lover’s Jar), Guimarães’ most emblematic pottery item, is now crafted by three women. One of them - Bela Alves – is solely dedicated to producing this item. She is one of the oldest employees of A Oficina, which she joined in 2000. She produces handmade Cantarinhas every day, to be sold in the cooperative’s shop, in the city’s historical centre, or offered by the city council to guests. The Cantarinha dos Namorados is produced in red clay and consists of four elements: the jar itself, which has a distinctive handle that begins near the edge and makes an arch with sufficient space to insert one’s arm; the plate, a small clay pot called a púcara, and the lid. The lid contains a bird with open wings, accompanied by three smaller birds. The item is "difficult to produce at the potter’s wheel" explains Bela Alves. A kind of "click" occurs when it is being made, that the potter cannot quite explain. Nobody can. It's something that "comes from within." For more than 30 years Guimarães has been trying to train new potters. But the difficulties associated to this process have hindered transmission of this knowledge. Pottery is one of A Oficina’s founding goals. A Oficina – the Centre of Traditional Arts and Crafts of Guimarães was originally set up precisely to preserve the Cantarinha dos Namorados and other items of local handicrafts, in particular embroidery. This objective is still expressed today in A Oficina’s statutes, and in its logo which, since the end of the 1990s, has incorporated an image of the Cantarinha dos Namorados. At that time, the city agreed that it was necessary to preserve this item of pottery, since it was threatened with extinction. Like almost every city, Guimarães used to have several potters. Production of pottery was utilitarian and an indispensable part of social life: in order to produce water pitchers, cooking or eating utensils, etc. That was the situation until the nineteenth century when industrialisation began to affect potters’ livelihood. This was further accentuated in the early twentieth century, with the appearance of plastics, metal alloys and other materials, and modern plumbing networks. As a result, the city evolved from having 12 pottery workshops and 30 workers in 1890, to the last remaining pottery firm, the Workshop of Artur Alves Machado, known locally as the Olaria da Cruz de Pedra, which closed its doors in 1974. It was in this context that the Cantarinha dos Namorados became the centrepiece of Guimarães’ pottery production. As requests for utilitarian items began to diminish, master potters began to concentrate their energies on this highly decorated item, which is made from mica powder and reliefs. Although there are archaeological vestiges that suggest that the Cantarinha dos Namorados dates back to the sixteenth century, the version that has
been handed down to us today was finalised between the late nineteenth century and early twentieth century. The Cantarinha dos Namorados was originally a utilitarian item for carrying liquids. It was a luxury item, but functional nonetheless. In the context of the economic crisis of the pottery industry, however, it has come to be associated to a tradition that a young man should offer the jar to the girl with whom he intends to marry, which will then be used to store the couple’s valuable possessions - such as gold or other articles of value . It was this tradition, that enabled the Cantarinha dos Namorados to withstand economic crises and to this day become a well-known handicraft item. Production of this item was institutionalized after 1984, when a veteran potter, Joaquim de Oliveira, received support from Guimarães City Council to reopen the Olaria da Cruz de Pedra and resume production. The workshop remained in operation until 2008 and is expected to undergo rehabilitation works later this year. A Oficina, which was set up in 1989, with support from the Institute of Employment and Professional Training (IEFP), began to organize training courses with support from Guimarães City Council to teach people how to make the Cantarinha dos Namorados. The three women who today master this craft learned their skills in these courses. A similar process took place with embroidery. The effort to save the Cantarinha dos Namorados from disappearance implied transferring knowledge to these three women, that had previously been a male preserve. The young pottery apprentices involved in the training process ended up, due to the circumstance of their work, dedicating themselves to other items. The process of recovering the tradition of Bordado de Guimarães (Embroidery of Guimarães), the other centrepiece of Guimarães’ handicrafts - whose preservation is also overseen by A Oficina - involved another unconventional solution: one of the artisans, who is today the exclusive certified producer of these works, is not from Guimarães. Isabel Oliveira was born in Porto, but moved to Guimarães after marrying a man from the city. Soon after her move, she enrolled in the embroidery professional training course. She says that before that, "I had never heard of Bordado de Guimarães." At the age of 38, Isabel Oliveira was a housewife, whose main task was looking after her children. During her spare time she produced some decorative arts. "Picking up the needle and embroidering was not my favourite hobby," she confesses. But the contact with Bordado de Guimarães made her change her mind. She liked it so much that she left all her other manual activities and began to dedicate herself "100% to this work". Because it's a professional activity. The embroiderers who produce Bordado de Guimarães are all professionals. They are not employees of A Oficina. They are certified freelancers, having completed their apprenticeship. Although they sell most of their work to A Oficina, they also have many private clients. The connection with A Oficina is, however, intense, to the point that they can work,
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ARTS AND CRAFTS
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centre - the Ducal Palace continued to be a reference point, as well as the Largo da Oliveira. From 1987 onwards, the Teatro Jordão became a mandatory venue for the programme – complemented by other locations in the municipality. In 1996, for example, sessions were held in Taipas, Pevidém and Vizela, which at the time was part of the municipality of Guimarães. In the transition to the 21st century, the Gil Vicente Festivals began to assume their current configuration, with a programme based on professional theatre companies. In 2001 the event was organised by A Oficina, and continued to be held in the auditorium of the University of Minho. In 2006, after the inauguration of the Centro Cultural Vila Flor, contemporary theatre definitively assumed a central place in the event, which it continues to hold today.
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whenever they want - in A Oficina’s Shop, which reopened last November in the Rua D. Maria II. "I'm here every day, except Saturday and Sunday," says Isabel Oliveira. She is usually accompanied by Adélia Faria and Conceição Ferreira, who prepare their works in full view of passers-by or anyone who enters the shop. "There is a link with tourists. People love seeing us work and even want to join in. Especially foreigners. Brazilians are big fans", explains Conceição Ferreira. She was one of Isabel Oliveira’s colleagues in the intensive embroidery course, in 1997. They studied eight hours a day, five days a week, during a 1-year period, and today they continue to embroider together. Conceição Ferreira was 51 at the time. She was also a full-time housewife until her two children grew up and left home. "I was lonely." One day, while at home with the radio on, she heard an ad for the Bordado de Guimarães course. Curiously, she had already been told about the course by one of her friends a few days earlier, so she decided to go and find out for herself. "The funny thing is that the course was held in the Palácio Vila Flor, and I live right next door. I was amazed", she recalls. "A true local resident from Guimarães", born and bred in the city, she had never produced any item of Bordado de Guimarães, although she had "always liked" handicrafts and regularly produced crochet and cross stitch. The tradition of Bordado de Guimarães has two main roots. On the one hand, it descends from so-called "fine embroidery", white embroidery, with a complex set of stitches and major technical precision, which was developed from the mid-sixteenth century onwards. On the other hand, it also has roots in the popular tradition of embroidery from the Minho, which uses colour, motifs, and is inspired by nature and geometric designs, such as those found in the region’s traditional costumes, e.g. of folk groups. Over the centuries, the technique of sewing the points and the composition of the design has evolved and the characteristics that we now associate to Bordado de Guimarães began to be set from the mid-twentieth century onwards. This was significantly influenced by the Women’s Training Course, instituted in 1958 at the Guimarães Industrial and Commercial School - now the Francisco de Holanda Secondary School - which institutionalised the art of embroidering, as well as a design course, that helped improve the embroidery’s aesthetic quality. There are several characteristics that distinguish Bordado de Guimarães. The pieces are all monochromatic. Six colours can be used in the embroidery work: red and blue, probably the most popular ones, and also beige, grey, white and black - which became part of the colour palette in the early 2000s due to the discovery of antique items embroidered in black. The embroidery primarily uses industrial linen. Cotton and silk are also used, but more rarely. A certification process, completed in 2010, made it possible to specify these rules, as well as the 21 different points that are now used by embroiderers. The designs are a crucial part of the works. The compositions are generally
symmetrical and organised in a harmonious way, based on vegetalist and geometric motifs, such as flowers and hearts. "We produce the drawings," says Conceição Ferreira. The embroiderers have a notebook of motifs, which they use to guide their compositions. "There are certain rules", she continues, "but when we are inspired, sometimes a whole new design is produced". "When I'm working, every now and then a new idea pops up and I'm going to make a little model there, to remind me," she explains. The original design is made on vegetable paper, and then traced onto the fabric with chemical paper, in order to guide the points. When the embroidered item is washed, the traced line disappears. Before it is finished, the item must also be ironed. Conceição Ferreira is embroidering a sweetbox cover. Motifs made with a red line begin to appear on the round and white fabric. The entire item will take about eight hours to make. It’s not the most complicated work. A tablecloth may take a few months to make. A bookmark or bottleneck hanger is much simpler. "We do everything," she explains. The conversation lasted over 30 minutes. At no time did the artisans stop embroidering. They also never lost their concentration. "It's a job that makes us happy," explains Conceição Ferreira. "And we are also preserving the heritage of our city."
ASK TIME A QUESTION "Start again ... If you can / Free from anxiety / And in no rush". Mascotelos Primary School placed these verses, borrowed from Miguel Torga, at the bottom of the stairway that leads to the classrooms. The pupils from Year 4 are sitting on the stairs, waiting for their lessons to start again, after the lunch break. It’s just before 2:00 p.m. "Let’s go," says the teacher, Márcia Santos. The children race up into the classroom. As we enter the doorway, they are all sitting quietly in their seats, as if nothing had happened in the previous seconds. These are 26 of over 300 students who this school year are participating in the educational project, Pergunta ao Tempo (Ask Time a Question), developed by A Oficina. Over the year, fourth graders from various schools in the municipality will study heritage, in its multiple aspects: material and immaterial; movable and immovable. The works are based on the permanent exhibition in the Casa da Memória de Guimarães (CMG). As in the museum, the educational programme is divided into 14 units and therefore 14 classes are involved in the project, in each edition. This is the third academic year in which the programme is being implemented. Students must choose between several topics - Industrialization of the Ave Valley, Foundation of Portugal as a Nation, Maps and Territory of Guimarães, or Utopia and Dystopia. After being assigned one of these themes, each teacher will be able to decide on the content that he or she considers most appropriate, while bearing in mind the key issue that underpins the project - heritage – that of Guimarães and the parishes in which each school is located. In Mascotelos primary school, the teacher Márcia Santos was given the topic. “Contemporaneity”. She asked her 26 students to produce works about their school, by studying the history of the school building, built in the 1960s, and then comparing it with the space they know today. "The school used to be different," explains Matilde Lourenço. "There was one door for teachers and another for students." This idea left a strong impression on the students. They clearly feel perfectly relaxed with the teacher. And they find it strange that it used to be obligatory to address the teacher as "Senhor Professor" (Sir). However, what most impressed the students while collecting information over the past few months was a story about break time. "During break time, boys would play outside the school grounds", explains Iris Almeida. “I think the students had a different responsibility and could play outside the school”, adds Vicente Ferreira. After they had finished playing and before they returned to the classroom, a school caretaker would be waiting for them. "At the door, the caretaker would hit their shoes with a stick, to remove the mud" Iris continues. The students were told this story by a former employee at the Mascotelos primary school. In fact, almost everything they learned about the school came from talking to people. The teacher suggested that the best way to find
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involved rather reluctantly" she admits. But after her first meeting with the project coordination team, she thought, "Either they're wolves in sheep’s clothing or this is quite different from what I imagined". Today, she is "extremely satisfied" with the way that the Ask Time a Question project has been developing. The "biggest challenge", says Liliana Freitas, a teacher at Souto Santa Maria primary school "is the time constraints". "We always have a lot of work in the primary school curriculum. I try to include the Ask Time a Question activities in the space of the complementary school offer" she explains. But her experience has shown her that such an educational project also "provides an immense contribution to the curriculum": "For example, I use this material in various subjects of the Environment Study lessons". "The great advantage" of the programme is for the students themselves, argues Liliana Freitas. "Many of them never knew their grandparents" and the conversations with their family members to rescue old photographs were "great" for the students. "Then they come with a burning desire to show other people who they are".
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Who are they? "This is my great-grandmother, when she was very little," explains Inês. She is the youngest child in the picture. The woman in the photograph is her greatgrandmother’s mother. All the other people belong to her family - "but I've forgotten who they are," she says. The students of the Souto Santa Maria school managed to collect an impressive volume of photographs from their families. There are dozens of photos. And, apparently, there could be many more, as Simão Vieira explains: "I have two suitcases filled with old photographs. So I had to choose". "On top of that, they are very heavy and they are on top of the dressers." Now, it’s necessary to make sense of this entire archive. The final result of the one-year research conducted by the participants in the Ask Time a Question project will be on display, in May and June, in a group exhibition in the Casa da Memória. Each class has to prepare its own installation. According to Liliana Freitas, the teacher at the Souto Santa Maria school, the final presentation began to be envisaged during the first steps of the process. "When we placed the photos on a table, we realised that we were producing something extremely well-made". There is a father "who is the spitting image of his daughter". A grandson who is photographed in the same place where his grandfather had been filmed before. The Re-photography exercise is complete. In other cases, the final object is a bit less obvious. "I had thought about producing a scale-model of the school, but then I decided to discuss this idea with the parents," explains Márcia Santos, a teacher at Mascotelos primary school. The father of one of the students suggested the solution we ended up using: a wooden box, in which the drawers will be placed, containing the various archive materials constructed by the students during the research process. The Ask Time a Question project involved everyone associated to Mascotelos primary school. The families "collaborated immensely", as did the other teachers, who had no relationship with the group directly participating in the project. Before getting the students to race up the stairs to the classroom, Márcia Santos talked to another teacher at the school, Magda Santos, who explained that she had already obtained the pin boards that will be used to construct the final installation. Before that, in one of the first exercises in the project - in which she asked the students to produce a drawing of how they see their school - the teacher made use of a teaching material that belonged to another colleague: "I saw it and used it for the project ". This is the first academic year in which Márcia Santos is participating in the Ask Time a Question project. "I was already aware of the project" from previous years, but I didn’t have a very positive opinion." My colleagues didn’t give me very positive feedback, it seemed to be relatively uninteresting." The school curriculum "is already so extensive" and the school "already has so many projects" that the teacher felt that if she did something else "in which she had no freedom of choice" she would not like it. "I got
information was through interviews. They spoke to their parents and grandparents. The students explained that they even talked with people who had been to Sunday school and the chairman of the parish council. "They produced scripts, took work sheets, everything to make them feel like genuine researchers" explains Márcia Santos. Any students who hadn’t been born in the parish - and therefore had no one to ask about their memories - did a documentary search, which led them to consult the Municipal Archive. "They researched everywhere" explains the teacher. Ask Time a Question literally travels around Guimarães. And while the students of Mascotelos primary school are very close to the city centre - just over a kilometre from the Multipurpose Pavilion – the students at the Vinha primary school, in Atães, live in a clearly rural context, six kilometres from the city centre. The project explores these different contexts. There is, however, great continuity in the methodologies used by the different teachers. The students from Atães also interviewed many people to prepare their work for the Ask Time a Question project. The nucleus they’re exploring in the Casa da Memória is the Atlas of Curiosities, which has a sufficiently broad scope to allow them to explore the parish in which they live. They have focused on rural traditions, meeting other inhabitants of Atães, such as Bininha, a distant relative of one of the students in the class. "She produces some home remedies, which she learned from some ladies who worked in the Municipal Market and we went to meet her," explains the teacher, Marisa Sousa. Francisca Carvalho was her "guinea pig" - says the teacher. "She made me a home remedy that protects against insects", recalls the student. The colleagues filmed the process and also interviewed Bininha. "In the past there weren’t any doctors or pills, and people had to use home remedies", explains Mariana Pereira. The class will return to Bininha's house before completing their research for the Ask Time a Question project. In the next trip, Simão Novais will produce the “talha da rana” - a traditional home remedy, that aims to cure foot-and-mouth disease. At the Souto Santa Maria primary school, the students are developing a Rephotography project – inspired by the work of contemporary photographer Tito Mouraz, which can be seen in the Casa da Memória. They searched for photographic archives kept by their families. Which of you has the oldest photograph?, they were asked. "Inês", they all replied in chorus, including students from Year 2 to Year 4. "I was impressed with this photograph", says the teacher, Liliana Freitas. The image that she is talking about is more than 100 years old and dates back four generations in the family history of Inês Antunes. It’s a portrait, in the middle of which we can see a woman, with her hair in a bun and a black dress. She is surrounded by her four children. At her feet, two girls, clearly young children, are dressed in white. There is another girl, perhaps a teenager, who puts her hand on her shoulder. And also a boy, wearing a suit.
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ARTISTIC RESIDENCIES / CANDOSO CREATION CENTRE There is a moment when João Costa Espinho and Joana Castro kneel down, in the front of the stage, stripped to the waist, staring at each other in silence. They remain practically motionless, face to face. Only a simple facial movement interrupts the stillness – as they grin and then start screaming. Je t'Aime is based on this dichotomy between minimalist gestures and a violent impulse that is about to erupt. They developed the play in early March, in the Centro de Criação de Candoso (Candoso Creation Centre). The play was performed a few days later in the Teatro Campo Alegre, in Porto, in the context of the cycle, Palcos Instáveis (Unstable Stage). Je t'Aime had already been premiered in its first version in Paris in 2016. The basic structure of the play’s initial life was upheld, but the version created after the artistic residency in Guimarães reflects the specific moment in which the two performers meet and the relationship established between them over time. The play is driven by this intimacy. The artistic residency was important in order to "create intimacy between these two bodies", explains João Costa Espinho, the show’s creator, who performs alongside Joana Castro. "We cook and eat together. There is a lot of sharing, that allows you to focus, to be more precise". This idea is echoed by other artists who have taken part in this kind of experience – as we shall see below. During an artistic residency, a group of artists almost lives like a family. In that sense, Je t'Aime is the perfect performance to see how far this relationship can go. Here the family is very small, a nuclear unit. There are two performers on stage, who happen to be a man and a woman - but gender is virtually irrelevant in this case. The main thing is the relationship between the two people and the way that their bodies move, which may signify love. As João Costa Espinho and Joana Castro dance, there is a gap between the black curtains on the right-hand side of the stage, which let in the natural sunlight from the early spring. They occupy the main studio of the Candoso Creation Centre, which was founded in 2014 in the premises of the former canteen of the primary school in S. Martinho de Candoso - a parish with fewer than 1500 inhabitants, about six kilometres from the centre of Guimarães. The kitchen - which is used by the artists who live and work here - is right next door. This artistic residency space was inaugurated in 2012, during Guimarães European Capital of Culture, but the working conditions continued were improved in the following years. The creation of the new studio, in the old canteen, was crucial to make the Candoso Creation Centre a more interesting place for visiting artists, suggests Victor Hugo Pontes. He is probably the space’s most frequent tenant. Over the last few years almost all his creations have had artistic residencies in the centre. But this wasn’t always the case. "At
first it was a bit inhospitable" he says. The Candoso Creation Centre is not exactly in the middle of nowhere. It’s right next to a motorway that connects Guimarães to Porto and is surrounded by residential buildings, a school and even the headquarters of a recreational group. The city is a ten-minute drive away. The Centre continues to be a little cold, but "has gained a lot of memories and history", suggests the choreographer and director, Victor Hugo Pontes, who is now able to call it home. When he works at the Candoso Creation Centre, he always stays in the same room: "My team already knows". He can almost "walk blindfolded from the bedroom to the bathroom without falling over". Victor Hugo Pontes worked here for the first time in 2013, when he created Ocidente (West), a theatrical performance based on the play by Rémi De Vos. But his relationship with Candoso only began to intensify after Fall, a dance performance that premiered in 2014. "That's when I realised that I have the possibility to develop my work in the North of Portugal with all the necessary technical conditions. And I started to come here more often." Before that, the artistic residencies for his creations were held primarily in the Espaço do Tempo, the artistic residency centre in Montemor-o-Novo, with which he still continues to work. The Candoso Creation Centre has another advantage for Victor Hugo Pontes: it works in articulation with the Black Box of the ASA Factory - another space that was activated during Guimarães 2012 and which is managed by A Oficina. In a setting that is very similar to that which can be found in most theatres, artists have "an early chance to begin to test what they are going to do" in the show, not only in terms of lighting, but also set design and movement. Over these five years in which he has undertaken various residencies in the Candoso Creation Centre, Pontes recalls a particularly remarkable experience. It was with the show, Margem, that recently won an award from the Portuguese Society of Authors for the best choreography of last year, inspired by Jorge Amado's novel, Capitães da Areia – that wasn’t presented in Guimarães. The artist lived in the centre "24 hours together" with most of his cast, that almost exclusively consisted of teenagers. "Since they can’t drive, they had no way to leave. We lived with each other, which was important for the performance" he recalls. We return to the idea of creating a family, which João Costa Espinho mentioned in relation to Je t'Aime. Victor Hugo Pontes agrees: "The fact that we are all living together brings the team closer together. Theatre and dance are collective art forms. " Victor Hugo Pontes’ most recent experience in Candoso was for the preparation of Drama. He carried out two residencies in the Centre, the first one, quite exploratory, last summer, followed by another longer residency just before the play’s premiere in the opening ceremony of the GUIdance festival in February, where he was the featured choreographer. The 2019 programme of the contemporary dance festival, GUIdance, included six world premieres which had previously conducted
residencies in the Candoso Creation Centre. A similar phenomenon is expected for 2020. For example, Joana Castro, who is a performer in Je t'Aime, will return to the Centre in a few months time, as a creator, to prepare a new show, which will have its world premiere in GUIdance in 2020. GUIdance is the main expression of A Oficina’s support for artistic creation, investing not only in co-productions, but also opening its artistic residency space for the creation of Portuguese performing arts shows. Throughout each year, there are about 20 residencies in this former primary school, which lead to as many shows. In mid-October, Autocarro para Sonhos (Dream Bus) - a co-production between A Oficina and the Casa da Música - will be premiered in Guimarães. Seven and a half months earlier, the show’s entire creative team spent time at the Candoso Creation Centre. Before that, there had been a "homebased residency," in the words of the project’s author and coordinator, Rita Canario: "During three days, we got together in one of our own houses. It was the way that we met and worked on creating our imaginary of utopia. " "First let's get to know each other, to establish bonds" says Rita Canario. "Being isolated allows us to think about the work full time. It's completely different in terms of brainstorming and creativity", she says of the advantages of going on an artistic residency. Dream Bus is inspired by a real fact - a bus from the Greater Porto area whose route ends in a place called Sonhos (Dreams). It aims to reflect about the place of dreams in life. In this play, written for children, adults don’t dream. The text, written by Eduardo Brito, is part of the materials generated in workshops about the concept of utopia, organised in two schools - one in Porto and the other in Guimarães - that involved primary school students, from Year 1 to Year 6. "Impossible doesn’t exist," was repeated many times to the children, says Rita Canário. The phrase is repeated several times in the play. In the outdoor area of the Candido Creation Centre, between the old canteen building and the school building itself, there are chairs, placed in a circle, that are occupied by eight people. Rita Canário is accompanied by the director, Marta Freitas, technicians, actors and musicians. Eduardo Brito, who wrote the text, is reading it aloud for the first time to his creative colleagues. The residency of the Dream Bus in the Candido Creation Centre was mainly aimed at the musicians who were working on the project and who, on the eve of the performance and the following days, experimented with some of the material used in the show. But that was a morning meeting with a broad remit, in which the participants discussed options for set design, lighting and music during their first contact with the text. Unlike Dream Bus, but like Je t'Aime, by João Costa Espinho, or Margem, by Victor Hugo Pontes, not all the works have been presented in Guimarães. This was the case with, Actors, that Marco Martins premiered in January last year, and which was one of the most impactful shows from the last theatrical season in Portugal, not only because of his cast of well-known public figures, such as
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Bruno Nogueira, Miguel Guilherme and Nuno Lopes, and also Rita Cabaço and Carolina Amaral - but also by the methodology used during the artistic process. Martins used the memories of his performers to conjure up a fictional construction about what it means to be an actor. The artistic residency at the Candido Creation Centre was the first step in the entire project, recalls Marco Martins, who besides being the stage director, also wrote Actors: "It was very valuable. It was here that we had our first contact with the group of actors, and it was here that we conducted the first improvisations and research". It was also in the Candido Creation Centre that the team behind Actors outlined the dramaturgical guidelines that were to be followed during the rest of the creative process. Sometimes the first artistic residencies of a new work primarily serve to eliminate possible trajectories. "Not in this case. We left with a clear idea of what we were going to do", added Marco Martins. During their first days together, the director asked the actors to remember processes that underpin the performances, roles and characters that had marked them over time. He quickly realised that they had no memory of most of the characters that they had previously portrayed. "It was very surprising for me" he says. These processes are immersive and sometimes even traumatic for the performers, who will touch aspects of their personal lives to get in touch with the character. The director therefore hoped to find a much more concrete memory of these processes. "I have reached the conclusion that forgetfulness is an inherent part of the profession. It's a self-defense mechanism. " In addition to being a theatre director, Marco Martins is also a film and TV director – working in cinema, TV and also advertising. He is an artist with multiple lives, with all the personal and creative impact that this presupposes. Artistic residences therefore play an instrumental role in his creative processes, "not only to compartmentalise" the various universes in which he works, but also to "be able to achieve total immersion in different projects." The residencies also have a creative goal in Marco Martins’ working approach, since he favours longer periods of work "because they enable experimentation, to follow a more laboratorial path": "It wouldn’t be the same if we started to rehearse two months before the premiere. We couldn’t explore. There would be no time".
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