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Índice
1. Apresentação ...................................................................................................................... 07
2. Análise e Problematização .................................................................................................. 09 I - O Perfil dos/as Jovens Entrevistados/as .................................................................... 09 II – Situação socioeconômica do Brasil no início do século XXI ..................................... 11 1 – Economia em crescimento ............................................................................ 11 2 – Desafios sociais ............................................................................................ 12
3. A Importância da Juventude Trabalhadora ......................................................................... 18
4. Agradecimentos .................................................................................................................. 19
5. Anexos Anexo I – Resultados da Tabulação .............................................................................. 20 Anexo II - Questionário Nacional ................................................................................. 35 Anexo III - Questionário aplicado na Região Sul ............................................................ 39
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“Um Jovem Trabalhador Vale Mais Que Todo O Ouro Do Mundo” (Joseph Cardijn)
Apresentação
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realidade da juventude trabalhadora se transforma com grande rapidez. Muitas vezes, é difícil compreender fenômenos que ocorrem com este público e que, em um curto espaço de tempo, adquirem valores diferentes. Um olhar superficial não é suficiente para entender estes fenômenos, principalmente se tratando de sua percepção ao longo do tempo.
Para contribuir com este papel, a Juventude Operária Católica Brasileira apresenta a pesquisa sobre a juventude trabalhadora: Apontando Bandeiras de Luta. Esta pesquisa foi desenvolvida entre 2009 e 2010 em 14 cidades onde a JOC desenvolve suas ações e teve abrangência nacional, com destaque em três regiões: Sudeste, Sul e Nordeste do País. O produto aqui apresentado é resultado do trabalho que atingiu cerca de 3 mil jovens trabalhadores/as e que foi desenvolvido pelos militantes e jovens contatos da JOC, os quais utilizaram a pesquisa como meio para compreender melhor as realidades vivenciadas pela juventude trabalhadora no período dos últimos dois anos (2009/2010). A tabulação e o resultado final apresentam um quantitativo menor, devido às dificuldades de logística para o retorno dos questionários, mas as sínteses foram enviadas pelas equipes militantes onde a pesquisa foi desenvolvida. Esta pesquisa teve como objetivo perceber as maiores problemáticas vivenciadas pela juventude, como o desemprego, precariedade das condições de vida e trabalho, violência, desvalorização da jovem trabalhadora, gravidez na adolescência, entre outras. Com estas situações devidamente identificadas, é possível apontar quais devem ser as bandeiras de luta da JOC Brasileira para os próximos três anos. O processo foi desenvolvido em quatro etapas: coleta de dados, tabulação de dados, analise da pesquisa e divulgação do resultado. Cada etapa teve, em média, um semestre para se desenvolvida. Em cada uma delas, os jovens trabalhadores/as que têm contato com a JOC foram envolvidos. Diversas formas de organização foram utilizadas: espaços de lazer, reuniões de grupos, visitas a instituições, nos bairros, nas escolas e ONGs. Alem disso, trabalhou-se também através do contato direto com jovens, através de conversas individuais com amigos, vizinhos e familiares etc. É importante ressaltar que a pesquisa possibilitou um maior número de outros jovens em torno das ações e atividades promovidas pela JOC Brasileira no período de execução da pesquisa. Alguns destes jovens envolvidos se identificaram com a proposta da JOC e passaram a fazer parte de grupos de base da JOC, construíram laços de amizade com as equipes militantes e participaram de encontros locais sobre direitos trabalhistas e políticas públicas. Este trabalho propiciou, ainda, o contato com outras instituições e suas bandeiras de lutas, e com os jovens que fazem parte destas. Entre as organizações envolvidas, estão o Grupo Mulher Maravilha/PE, Movimento de Trabalhadores Cristãos (MTC)/PE, Associação dos Trapeiros de Emaús/PE, Centro das Mulheres de Vitória de Santo Antão/PE, Escolas estaduais de Fortaleza e Maracanaú/CE e de Caxias do Sul/RS, Associação Comunitária Girassol/SP, ONG Amazona/PB, Associação Cultural Odum Orixás/MG, Centro de Ação Comunitária (CEDAC)/RJ, entre outras . Antes de qualquer coisa, a pesquisa tinha que ser um meio para as ações locais. Por isso, foi garantida a autonomia dos movimentos locais da JOC Brasileira. Ainda que, contando com um questionário padronizado, houve abertura para que
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as bases o adaptassem de acordo com a realidade da juventude em seu entorno. Como exemplo, temos a JOC da região Sul, que focalizou as questões em torno da problemática da saúde dos/as trabalhadores/as da educação. Mesmo com todas estas estratégias, houve limitações. As condições de vida e trabalho dificultaram um maior acesso a juventude trabalhadora. Isto impossibilitou um maior número de jovens entrevistados. Ademais, verificamos que o fato da pesquisa ser volumosa gerou certa lentidão na sua execução, culminando no atraso no repasse dos resultados da pesquisa junto à juventude trabalhadora. Deste modo, um dos desafios para a JOC Brasileira para o ano de 2011 é trabalhar o repasse para os jovens e instituições, apresentando os resultados e qualificando as bandeiras de luta. O fato de o Brasil caracterizar-se por sua dimensão continental leva a que as regiões, estados e municípios tenham aspectos muito diversificados em sua economia, em sua cultura e na condição social. Estes fatores se traduzem na realidade da juventude trabalhadora e nos desafia a encontrar aspectos centrais da realidade dos jovens para que possamos indicar bandeiras de luta comum a todos os jovens trabalhadores/as visando a transformação desta realidade. Desta sistematização e resultados, podemos identificar algumas bandeiras de luta: “Proteção social para a juventude trabalhadora”; “Não a violência contra a juventude trabalhadora”; “Igualdade de gênero em todos os aspectos da vida”; “Emprego digno e não subempregos e nem desemprego”; “Educação e formação profissional de qualidade” Dando seguimento e passos frente a esta sistematização, estaremos construindo um planejamento estratégico para desenvolver ações frente a esta bandeira de luta e levando as reivindicações da juventude trabalhadora para o poder público, instituições e sociedade organizada.
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Análise e Problematização O perfil dos jovens entrevistados
A
juventude trabalhadora encontra-se no olho de um furacão. Uma série de mudanças estruturais ocorre no país e no planeta, afetando diretamente suas vidas. A partir do fim do século passado e inicio deste novo milênio ocorre uma reestruturação produtiva e em diversos setores da economia que colocam na ordem do ida o
imperativo de uma concorrência acerbada e a necessidade de constantemente atualizar conhecimentos. Neste cenário, a mão de obra juvenil ganha relevância por sua capacidade de adaptação e por seu vigor físico e intelectual. Intensifica-se o ritmo de produtividade e os novos meios de comunicação e as novas tecnologias passam a considerar a velocidade como primordial no trabalho e mesmo na vida social. Competição e velocidade os novos paradigmas dos “novos tempos modernos”. Esta situação obriga os jovens trabalhadores/as a tomar iniciativas visando superar impasses de sua sobrevivência e o colocam em uma condição extenuante de uma jornada trabalho/escola que, muitas vezes, inicia-se as cinco da manhã e termina as onze ou doze horas da noite.
“Meu nome é C. tenho 21 anos. Moro com meus pais. Sou estudante de Direito em uma universidade particular e trabalho como promotor numa rede de mercado atacadista. Ao longo destes 21 anos de vida, tive grandes conquistas e várias perdas, profundas lições, bonitos sonhos e que todos esses de alguma forma me auxiliam nas questões do dia da dia.. Porém, em determinados assuntos, me sinto despreparado. Por exemplo: os fins justificam os meios? Quais os valores da sociedade atual? Qual é o princípio da vida? dentre outros. Algumas questões, embora mais simples ou mais complexas, creio ser o que aflige grande parte dos jovens trabalhadores, tendo como base a reflexão da minha vida. Há momentos que me vejo como um privilegiado, por ter condições de fazer uma faculdade, ter uma casa (mesmo sendo dos meus pais), não passar necessidades de uma forma geral, mas privilegio não é uma palavra que cabe bem neste caso. Não somente eu como outros jovens que vão levantar as cinco horas da manhã para estudar e trabalhar e somente retornam ao “seu lar” as vinte e três horas, e no final do mês o seu salario dá apenas para pagar a mensalidade da faculdade. E, no final das contas, você não tem certeza de um futuro promissor. Então me pergunto: os fins justificam os meios? Quando converso com um colega de trabalho que está próximo de completar 21 anos vejo que os valores atuais são bem diferentes e ao mesmo tempo tão iguais dos que foram antigamente." No setor de serviços, que absorve uma grande parcela da mão de obra juvenil, em algumas áreas a jornada de trabalho é menor (seis horas). Entretanto, a intensidade, a cobrança por metas e o disciplinamento rigoroso no cumprimento dos “manuais de procedimento”, colocam os jovens em uma situação de esgotamento mental e emocional, de forma que seu tempo de lazer constitui em poder dormir. Esta situação afeta suas relações familiares e afetivas onde as jovens mães passam perder a relação com seus filhos que ficam em creches e aos cuidados dos avós ou de outros familiares.
“Meu nome é M. Tenho 23 anos e sou mãe de uma filha de 3 anos. Não convivo com o pai de minha filha e vivo na casa de minha mãe. Trabalho e estudo o segundo grau. Saio de manhã, levo minha filha para a creche e depois vou trabalhar em uma loja no comércio. Depois do trabalho corro para comer alguma coisa e vou para a escola. Minha mãe também trabalha, mas tem mais tempo livre. É ela quem vai à creche pegar minha filha e fica com ela até a noite. Muitas vezes chego em casa e minha filha já está dormindo. Só tenho folga aos domingo e, mesmo em alguns feriados, o patrão exige que a gente
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trabalhe, porque a clientela também aproveita a folga para fazer compras. Tenho pouco tempo para ficar com minha filha e cuidar de outros afazeres. Mesmo para namorar é difícil. Tenho que me desdobrar pras coisas saírem direitinho.” Ademais, o mercado de trabalho passa a exigir maior escolaridade (segundo grau) e domínio de novos conhecimentos técnicos e de outros idiomas. Estas exigências passam a ser de responsabilidade individual, colocando os jovens trabalhadores/as em uma condição obrigatória de buscar um melhor preparo visando algum tipo de ascensão profissional que não está de antemão garantido. Verifica-se também uma contradição destas exigências em relação à escolaridade da população economicamente ativa (PEA), uma vez que 42% desta população possuí baixa escolaridade, com até 10 anos de estudo. Esta situação ocorre muitas vezes porque os jovens trabalhadores, forçados pela necessidade de sobrevivência, abandonam a escola para poder trabalhar e assim ajudar na subsistência familiar. A exigência da qualificação profissional passa a ser um paradigma para os jovens, criando a sensação de que estão despreparados e acabam culpando a si mesmos. Sentem-se incompetentes e incapazes de superar esta situação, sem compreender os novos mecanismos do mercado formal e também não percebendo que é baixa a oferta de cursos profissionalizantes gratuitos. Neste contexto, dois fatores afetam fortemente os jovens trabalhadores: a alta rotatividade de mão de obra e o desemprego. A instabilidade laboral e o fantasma do desemprego atingem profundamente os jovens, impossibilitando-os de constituir projetos de médio e longo prazo. Mesmo aqueles que, com muito esforço, conseguem fazer uma faculdade, normalmente particular, não têm garantido a conclusão do curso, por motivo financeiro gerado pelos baixos salários e o desemprego. Esta situação afeta outros aspectos da vida social dos jovens, como é o caso da relação familiar, relacionamento com os amigos e mesmo no namoro. Esta condição leva o jovem desempregado a se isolar, caracterizando um tipo de morte, uma vez que encontrar-se excluído das relações sociais é a pior morte para um ser humano. O desemprego gera uma sensação de inutilidade, dificultando as relações sociais, devido á “cobrança social”. Isto leva os jovens, muitas vezes, a buscar “alivio” para sua angustia no uso de entorpecentes ou se isolando totalmente do convívio social. Expor-se a situações de risco, colocando a própria vida em perigo, passa a ser objetivo para alguns jovens que, assim, buscam na aventura de algum momento encontrar algum sentido para sua vida. Diante destes dilemas, muitos jovens buscam reagir, normalmente de maneira individual. Buscam compreender a situação que vivem e, com a astúcia de sua inteligência, buscam alternativas frente aos desafios que enfrentam. Ademais os próprios meios de comunicação, como a Internet, passam a ser utilizado pelos jovens pra a troca de informações e aquisição de conhecimento. Muitos destes jovens conseguem ter uma percepção clara da realidade em que vivem, questionando os preconceitos e buscando se articular em organizações ou mesmo compreendendo a importância de atuar coletivamente em organizações, como partidos e sindicatos, visando superar os limites de sua realidade. A família passa a ser um espaço de integração e reserva para os jovens trabalhadores/as poderem suportar os embates do dia a dia. Esta importância do espaço familiar ganha relevância principalmente nos grandes centros urbanos, onde a impessoalidade das relações é muito forte. Os grupos juvenis, muitas vezes, não conseguem ter uma leitura clara de sua relevância social na vida e destino dos jovens. Esta contribuição social realiza-se normalmente de forma despretensiosa, porém constitui, com seus limites, um espaço de formação, aprendizado e estimulo para os jovens prosseguirem na sua caminhada.
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Situação socioeconômica do Brasil no início do século XXI
ECONOMIA EM CRESCIMENTO
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Brasil é hoje a 8ª potência econômica do planeta. Com uma população de 190 milhões de pessoas e com uma economia diversificada em diferentes setores, recentemente o País vem se caracterizando por significativas taxas de crescimento econômico.
Mesmo com a recente crise mundial, entre os anos de 2008 e 2009, a economia do país manteve-se estável, graças ao seu forte mercado interno, que tem obtido um ritmo de consumo crescente. Em 2010 foram gerados mais de 2,5 milhões de empregos. A indústria, o comércio, serviços e o sistema bancário obtiveram altas taxas de lucro, caracterizando assim uma superação da crise. A partir de dados do censo demográfico realizado pelo IBGE, em 2010, a População Economicamente Ativa – PEA – está assim caracterizada:
PEA (Censo 2010) = 10 a 65 anos = 91.551,7 (milhões de pessoas) PEA por Gênero = Quantidade = %=
Masculino 49.437,9 54,0
Feminino 42.113,8 46,0
Total 91.551,7 100,0
PEA - Faixa Etária 10 a 14 anos = 15 a 17 anos = 18 a 24 anos = 25 a 49 anos= + de 50 anos = total =
População (x 1000 hab.) 205,7 1.688,7 15.064,2 56.507,4 18.085,7 91.551,7
% 0,23 1,85 16,45 61,72 19,75 100,0
População (x 1000 hab.) 22.577,1 16.344,8 52.629,8 91.551,7
% 24,66 17,85 57,49 100,0
Escolaridade = anos de estudo menos de 8 anos = 8 a 10 anos = mais de 11 anos = total =
As recentes descobertas de novas reservas de petróleo, com o chamado pré-sal, colocam o país como capaz de alavancar sua economia em uma perspectiva duradoura. Estão previstos investimentos na ordem de 200 bilhões de dólares e a geração de 700 mil empregos. Segundo expectativas, a participação da indústria do petróleo na composição do PIB nacional passará de 10% em 2008 para uma taxa de 20% em 2020.
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Fonte importante de recursos naturais e humanos, o Brasil passa a ter um papel relevante no cenário latino americano e internacional. Junto a Rússia, Índia e China constitui o bloco denominado BRIC, que são países em fase de desenvolvimento que têm apresentado um forte crescimento econômico nos últimos anos, constituindo-se em potências emergentes. Estes fatores tornam o País alvo de significativos investimentos internacionais. Com a realização da Copa Mundial de Futebol, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no Brasil, inicia-se uma série de obras de infraestrutura e logística, como rodovias, trens de alta velocidade, hotéis, estádios, aeroportos, etc. A manter os atuais índices de crescimento, o Brasil poderá, em 2020, tornar-se a 5ª potência econômica mundial.
Desafios Sociais
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aralelo a esta pujança econômica, o Brasil caracteriza-se ainda por sua histórica e gritante desigualdade social. 11 milhões de família sobrevivem hoje graças às políticas de transferência de renda do Governo Federal. Esta e outras políticas públicas têm possibilitado a redução dos índices de miserabilidade do país. Entretanto, o Brasil caracteriza-se
por ser um dos países de maior desigualdade do mundo, onde a riqueza é densamente concentrada. Estima-se que 45% de toda a riqueza esteja nas mãos de 5 mil famílias. Esta situação gera o empobrecimento generalizado. De acordo com dados divulgados pelo jornal Folha de São Paulo em 07/04/10, a classe D e E reúnem 67 milhões de pessoas, que têm uma renda per capita diária de R$ 8,14. A classe C, com 93 milhões de pessoas possuem uma renda per capita diária de R$ 14,18. O crescimento econômico de um país não se pode efetivar sem que também permita uma melhora social e a elevação na qualidade de vida da população, assegurando direitos básicos e com uma real mobilidade social. Deve se também assegurar um crescimento sustentável, de modo que haja uma redução do comprometimento ecológico. Hoje, este fator é apresentado como preocupante até mesmo para o futuro da humanidade. Assim, a busca de novas alternativas de energia e ao padrão de consumo instituído colocam-se na ordem do dia.
MORADIA O déficit habitacional do Brasil é estimado em 7 milhões de residências. Milhões de famílias ainda vivem em condições subumanas. Casas em alagados, marés e zonas de risco em encostas e próximo a áreas ribeirinhas são as alternativas que as famílias encontram. Em Campinas, cidade com 1,1 milhões de habitantes, localizada no interior do estado de São Paulo, existe 209 áreas de ocupação irregular. No Parque Oziel, uma destas ocupações, residem cinco mil famílias. Em Paraisópolis, região da cidade de São Paulo que também se caracteriza por ocupação irregular, somente uma de cada cinco residências possuí rede de esgoto; 50% das ruas não possuem asfalto e 60% da rede de energia elétrica é clandestina.
MERCADO DE TRABALHO E DESEMPREGO Embora os índices de desemprego tenham se reduzido nos últimos anos devido ao crescimento econômico, existe uma grande rotatividade de mão de obra. A baixa escolaridade e a falta de qualificação profissional dificultam que uma grande parcela dos trabalhadores/as seja absorvida pelo mercado de trabalho. De acordo com dados do Instituto
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Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em oito anos, o emprego no país cresceu mais entre pessoas com maior nível de escolaridade. O número de trabalhadores com 11 anos ou mais de estudo atingiu 13,5 milhões de contratações em dezembro de 2010, correspondendo a uma alta de 59,8% em relação a dezembro de 2002 e a maior alta em relação às faixas de escolaridade. Ao mesmo tempo, caiu o número de pessoas com pouca ou nenhuma escolaridade. A população contratada com nenhuma instrução ou com um ano de escolaridade representa 352 mil pessoas em dezembro de 2010, com uma redução de 35,9% em relação a dezembro de 2002. Um estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais- INEP – constata que 15% dos jovens entre 18 a 24 anos encontram-se desocupados. São cerca de 3,4 milhões de jovens que não estudam e nem trabalham. Deste total, 1,2 milhão concluíram o segundo grau, estão fora do mercado de trabalho e nem conseguiram fazer um curso universitário. Deste total, 75% são mulheres, uma de cada quatro tinha filhos e 43.5% estão casadas. Em dezembro de 2010, ainda de acordo com o IBGE, 6% da População Economicamente Ativa (PEA), encontra-se desempregada. Ademais, segundo dados do Governo Federal, estima-se que 11 milhões de pessoas exercem alguma atividade econômica de maneira informal. Tal fenômeno caracteriza a iniciativa das pessoas em agirem para assegurar sua subsistência. Porém, nesses casos não há nenhum amparo legal, sobretudo da previdência social, no caso de um infortúnio ou mesmo para uma futura aposentadoria.
SALÁRIO MÍNIMO Em um acordo inédito com as Centrais Sindicais, o governo Federal adotou uma política de valorização do salário mínimo, com reajustes acima da inflação. No entanto, este ainda é insuficiente para suprir as necessidades básicas de uma família. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), em dezembro de 2010, seu valor deveria ser de R$ 2227,73. Desta forma o valor atual de R$ 545,00 representa somente 25% da real necessidade de um trabalhador/a brasileiro/a. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em relação a outros países da América Latina, o salário mínimo brasileiro, calculado em dólares, ocupa a 16ª posição no que se refere a seu poder de compra. Este é mais um contraste para se comparar o grau da concentração de renda e da desigualdade socioeconômica do país, uma vez que o Brasil é a principal potência econômica do continente.
VIOLÊNCIA E SEGURANÇA Em recente pesquisa realizada pelo Ministério da Justiça, intitulada Mapa da Violência 2011: Os Jovens do Brasil, verificamos as seguintes informações: “A taxa global de mortalidade da população brasileira caiu de 633 em 100 mil habitantes, em 1980 para 568, em 2004, fato bem evidente no aumento da expectativa de vida da população, um dos índices cuja progressiva melhora possibilitou significativos avanços no Índice de Desenvolvimento Humano – IDH dos últimos anos. Apesar desses ganhos gerais, a taxa de mortalidade juvenil manteve-se praticamente inalterada ao longo do período e só teve leve aumento, passando de 128, em 1980, para 133 a cada 100 mil jovens, em 2008. Estudos históricos realizados em São Paulo e no Rio de Janeiro mostram que as epidemias e doenças infecciosas – as principais causas de morte entre os jovens há cinco ou seis décadas –, foram progressivamente substituídas pelas denominadas “causas externas” de mortalidade, principalmente acidentes de trânsito e homicídios.
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Na população não-jovem, só 9,9% do total de óbitos são atribuíveis a causas externas. Já entre os jovens, as causas externas são responsáveis por 73,6% das mortes. Se, na população não- jovem só 1,8% dos óbitos é causado por homicídios, entre os jovens, os homicídios são responsáveis por 39,7% das mortes. Mas essas são as médias nacionais. Em alguns estados, mais da metade das mortes de jovens foi provocada por homicídio. Além dessas mortes, acidentes de transporte são responsáveis por mais 19,3% dos óbitos juvenis, e suicídios adicionam ainda 3,9%. Em conjunto, essas três causas são responsáveis por quase 2/3 (62,8%) das mortes dos jovens brasileiros.
A violência é sem dúvidas um dos principais aspectos que afeta a vida dos jovens neste início de milênio. Os jovens trabalhadores, carentes de informação sobre seus direitos e com poucos recursos para recorrer à justiça ou mesmo contratar um advogado, tornam-se o principal alvo deste ambiente hostil e repressor. Em São Paulo, maior cidade da América Latina, o crack tomou contas das ruas. Em um trabalho realizado pela secretaria de saúde do município, desde julho 2009, 124 mil pessoas foram abordadas e, destas, somente 1219 foram internados. A ação policial desenvolvida para “limpar” a crackolândia, instalada no centro da cidade, tem feito com que o tráfico e usuários mudem seu local de ação. A migração para outros bairros afetou o cotidiano de áreas residenciais sem solucionar o problema. Estima-se que 1/3 dos moradores de rua são usuários de entorpecentes e que 27% utilizam crack. A violência vem se espalhando com força nos grandes centros urbanos. Mesmo em cidades consideradas de pequeno e médio porte há um aumento nos índices de criminalidade, que envolvem principalmente os jovens. No estado de São Paulo existem 6,5 mil jovens aprisionados na Fundação Casa, que é a instituição responsável pela internação dos infratores menores de 18 anos. A maior parte destes adolescentes, com idade entre 15 e 17 anos, foi apreendida por envolvimento com o tráfico de entorpecentes. O professor Fabrizio Rosa, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUCCamp) considera que “a maior parte destes jovens se depara com problemas socioeconômicos em suas famílias e, para obter os bens materiais que desejam, partem para o tráfico, onde conseguem obter recursos para isto”. Filho de uma faxineira e pai mecânico, um destes jovens, preso há 10 meses, conforme relata ao jornal Correio Popular de 30/01/11, “tinha dificuldades em casa, mas não queria trabalhar. Era muito cansativo e demorava muito para o dinheiro chegar. Então comecei a roubar. Vi que era mais fácil e fui por este caminho. Mentia para minha mãe, que não sabia o que eu estava fazendo nas ruas. Depois que fiquei preso, sem poder fazer o eu quero, com saudades de casa e vendo o sofrimento de minha mãe, quero mudar. Quero trabalhar e ser engenheiro.” A juventude é também alvo de repressão policial. Diversos centros de direitos humanos no País têm questionado a tipificação de marginal elaborado pelas Policias Militares e Guardas Municipais: jovens, sobretudo negros, e de periferia. Estes são alvos prediletos das frequentes batidas e incursões repressivas destas polícias.
SAÚDE O sistema de saúde foi alvo de intensos debates no último pleito eleitoral de 2010. Ao longo dos últimos anos, houve uma forte mercantilização da saúde, na qual quem pode pagar e ter um convênio médio obterá um tratamento diferenciado em relação àqueles que, por não ter renda, submetem-se ao sistema público de saúde. Este se caracteriza por sua precariedade, tanto em níveis municipal, estadual como federal. É frequente, na imprensa nacional, relatos de grandes filas nos postos de saúde, mortes nas portas de hospitais por falta de atendimento, e a espera de meses para se conseguir uma cirurgia ou tratamento de doenças crônicas como o câncer.
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EDUCAÇÃO A educação, também fonte de forte mercantilização, igualmente caracteriza-se pela precariedade do sistema público, destinado a crianças e jovens das classes populares. Enquanto que segmentos da elite brasileira, inclusive, mandam seus filhos estudares em escola de outros países. A rede pública de educação de São Paulo é um emblema da precariedade nacional: atualmente 115 910 professores são efetivados por concurso público. 73 927 tem estabilidade e não são concursados e 28 700 professores são temporários sem estabilidade. A condição de temporário cria um grande desânimo entre os professores que veem sua condição de trabalho precária e sem nenhuma garantia de até quando continuarão a exercer suas atividades profissionais. Ademais, mesmo com os temporários, o sindicato dos professores do estado, a APEOESP, reclama que ainda faltam professores na rede, o que traz uma sobrecarga para os demais. Salas de aula lotadas com excesso de alunos, insegurança, escolas precárias necessitando de reforma e baixos salários tornam-se o cotidiano destes profissionais. No Rio Grande do Sul a situação da educação tem sido denunciada como uma área de descaso governamental. É o que nos relata este pequeno trecho de uma manifesto de profissionais da educação: A saúde dos educadores em estado de alerta! A educação formal no Brasil avançou muito nas últimas décadas do século XX, se comparada ao seu início, em todos os só tinha acesso à cultura letrada. Através de lutas dos trabalhadores em educação, conquistou-se, inclusive a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (LDB), n°9394/96, e mais recentemente o Plano Nacional de Desenvolvimento da Educação que agrega o Piso Salarial Nacional, mas que falta ser colocado na prática. Com a LDB, avançamos no acesso e permanência dos alunos na escola, garantindo transporte, merenda, livro didático, proposta pedagógica que leva em conta as características e culturas regionais, e outros avanços. No entanto, o mesmo não se pode dizer em relação às estruturas físicas das escolas, recursos materiais, humanos e em relação ao plano de carreira que não avançaram em igual proporção. Muitas escolas, especialmente as públicas, funcionam de forma precária e no improviso. As salas de aula são pequenas, com pouca ventilação, com iluminação inadequada para quantidade de alunos que frequentam o espaço, já que não se respeita nem a metragem que estabelece a quantidade de alunos por metro quadrado, que dirá o tamanho e a altura dos mesmos. As bibliotecas, quando existem salas disponíveis para tal uso, não conseguem cumprir seu papel, porque não dispõem de um profissional de educação responsável pela função e com conhecimento do funcionamento desse espaço. Na sua ausência, é ensinado o funcionamento aos que desejam usar, isso também é educação, precisa-se trabalhar, em especial a consciência de que é de todos e todos são responsáveis por todos os livros, suas entradas e saídas. Na prática tal atitude não está acontecendo e o material fica fora de lugar e/ou não retorna. Faz-se necessário um profissional que coordene o trabalho funcional e de educação para o uso coletivo em todos os turnos de funcionamento das escolas. A mesma situação vivencia-se com os laboratórios de informática (LI). Muitas escolas que contam com este espaço, com equipamentos novos, embora poucos em relação ao número de alunos por turma, não dispõem de um profissional responsável pelo espaço. Mesmo que todos os professores tenham conhecimento de como utilizar a ferramenta tecnológica, o que não é a realidade, o profissional do LI é indispensável para ajudar, dar suporte, qualificar o planejamento e a execução da aula, junto com o educador da área específica do conhecimento. A deficiência também é notável nas quadras esportivas ou espaços para atividades físicas, pois nem todas as escolas dispõem de ginásio. As verbas disponíveis não dão conta da demanda e a burocracia dos setores também não contribui para que sejam apresentadas soluções de forma rápida. Hoje, muita coisa acontece em tempo real. Mas não
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nas demandas da educação. O processo burocrático é muito grande, produz-se muito papel explicando e solicitando de um setor para outro, se gasta muito tempo convencendo politicamente aquilo que deveria ser consenso e muitos projetos emperram pela demora. No final das contas, numa sala pequena, com muitos alunos, com precário espaço para atividades fora da sala, os educadores devem dar conta de desenvolver as habilidades de seus alunos, oportunizando momentos de construção do conhecimento de diferentes formas, com quadro negro (ou verde), giz, mimeógrafo e ar pulmonar! Não bastasse a estrutura física estar em estado de calamidade, o plano de carreira não é cumprido. Os salários estão defasados, a alta carga horária (a sua maioria trabalha 40horas), as licenças não são concedidas (apenas a licença gestante e saúde em determinados casos) e muito menos as promoções. O plano de saúde, embora descontado em folha com regularidade, na prática possui poucos profissionais credenciados e em poucas especialidades. Não avançou conforme a necessidade de seu tempo, por exemplo, não cobre tratamentos psicológicos, terapêuticos e psiquiátricos, importantes para atender a demanda atual. Porque, se houve um dia em que os educadores cuidaram só da construção do conhecimento, hoje os alunos trazem as problemáticas para o ambiente escolar e os professores se sobrecarregam, mesmo não querendo, com o encaminhamento das questões familiares, emocionais, psicológicas que eram próprias da família. Este contexto tem preocupado muito os educadores da rede pública de ensino, pois cada vez mais aumenta o número de profissionais afastados do trabalho por motivos de saúde. Os educadores têm assumido uma carga de responsabilidade, desde a da educação não oferecida em casa, até a precária formação que não responde as características dos alunos, que hoje são perguntadores, dinâmicos e multimídia. A sociedade e a família empurram para dentro da escola aquilo que não estão conseguindo dar conta. E os professores, assim como a escola, não são responsáveis pelo papel nem da sociedade, nem da família, apenas colaboram. Diante disso, constatando-se que muitos profissionais estão adoecendo, foi realizada uma pesquisa em cinco escolas da rede estadual de Caxias do Sul (RS), no segundo semestre de 2008, com quarenta e sete (47) profissionais da educação, das diferentes áreas do conhecimento, diretamente envolvidos com alunos em sala de aula. O objetivo é levantar dados, de forma experimental, e iniciar um trabalho de alerta da realidade entre os próprios colegas de profissão e as autoridades ligadas à saúde e a educação. Dos entrevistados, 40,4% estão com mais de quarenta anos de idade e, 27,6% estão na profissão entre seis a dez anos de tempo de serviço. No entanto, 47% atuam na educação a mais de 10 anos.
TRANSPORTE Em pesquisa sobre a questão da mobilidade urbana, divulgada em janeiro de 2011, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), constatou que 44.3% da população utilizam transporte público para realizar seus deslocamentos e que 69% sofrem com os congestionamentos, principalmente nos grandes centros urbanos. Em média um trabalhador dispende 20% de seu salário com o transporte, percentual idêntico ao seu gasto com alimentação. 32% das pessoas sentem-se inseguras em seus deslocamentos.
LAZER E CULTURA A falta de uma política pública de lazer e cultura que esteja efetivamente enraizada no cotidiano das pessoas é também visível na maioria das cidades brasileiras. Desta forma, a televisão, os grandes eventos culturais e esportivos e programas de reality show, que estimulam a competição e o individualismo exacerbado, são as alternativas possíveis
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para a maioria da população. Passear em shopping centers passa a ser diversão. A indústria do entretenimento tem se ampliado continuamente, aproveitando-se do crescimento econômico e da absorção de novos segmentos sociais que hoje podem consumir. Os segmentos desprovidos de recursos econômicos buscam ainda alternativas culturais e de lazer. Na periferia das grandes cidades um terreno vazio transforma-se em campo de futebol. Lagoas, que muitas vezes estão contaminadas tornam se “a piscina” de jovens e crianças, o que tem ocasionado a transmissão doenças e mesmo mortes por afogamento.
17
A importância da juventude trabalhadora
N
este cenário de oportunidades e desafios para a nação brasileira, a juventude trabalhadora constitui-se em uma força significativa. Constituindo cerca de 30 % da população brasileira, os jovens trabalhadores/as são protagonistas no cotidiano do mundo do trabalho em diferentes setores econômicos. Os serviços de
telemarketing empregam principalmente os jovens, devido a seu dinamismo e capacidade de adaptação aos novos mecanismos tecnológicos. Normalmente a jornada de trabalho neste setor é de seis horas. A intensidade do ritmo de trabalho, a pressão para atingir metas, a desgastante relação com os clientes, além dos baixos salários, colocam os trabalhadores em alto nível de stress. Muitos jovens têm aí sua primeira experiência profissional. Mas, não resistindo a todo este impacto, assim que encontram outra oportunidade de trabalho pedem demissão. Na indústria ocorre situação semelhante. Em 2009, devido à crise econômica, muitas empresas iniciaram processo de
demissão e, ao mesmo tempo, fizeram novas contratações com salários menores. Em 2010, devido a retomada do crescimento econômico, as empresas passaram a intensificar o ritmo de trabalho e determinar horas extras de maneira abrupta e continuada, estabelecendo maior produtividade e mesmo cumprimento de tarefas e metas que exigiam um sobretrabalho de seus funcionários, afetando as relações familiares e outros compromissos dos trabalhadores. Em relação ao consumo, a publicidade das empresas dirige-se especialmente aos jovens. Nesta estratégia, utilizam-se principalmente dos artistas famosos da televisão e do cinema. Vedetes dos esportes são contratadas a peso de ouro para “vender” produtos como roupas, tênis, mp3/4, celulares, iphone, smartphone, computadores, notebooks, televisores, câmeras, motos e carros, produtos de beleza, serviços bancários, cursos em faculdades privadas, shoppings, redes de fast food, cervejas e outras bebidas alcoólicas, etc. Tais produtos são difundidos de maneira indiscriminada pelos meios de comunicação, apresentados como necessidades para fazer parte do que a sociedade deseja. Este bombardeio diário leva a que os jovens adquiram produtos que muitas vezes compromete sua renda, levando ao uso do sistema de crédito e ao endividamento permanente. Os partidos e outras organizações políticas e também religiosas têm os jovens em seu foco de ação. Verifica-se, porém nos últimos anos, um distanciamento da juventude na participação nestas agremiações em relação a gerações passadas. Uma série de denúncias em relação á corrupção e outras práticas que afetam os interesses coletivos pode ser um dos motivos deste distanciamento. Ademais, nem sempre as ações destas organizações visam o real interesse dos jovens, constituindo-se mais em “um manifesto aos jovens” ou mesmo “falar” em nome dos jovens trabalhadores/as sem ao menos os ouvir e sem uma efetiva valorização de sua participação protagonista. Uma parcela significativa dos jovens trabalhadores/as está mais atenta a novas tendências mundiais e incorporam em sua cultura novas práticas: questionamento as injustiças sociais; ações de solidariedade ao povo do Haiti e em outras situações de tragédias que afetam povos e pessoas, não uso do cigarro e bebidas alcoólicas; preocupação com o meio ambiente e ações ecológicas; visão menos preconceituosa em relação a questões como opção sexual, religiosa, racial e gênero, etc. Esta preocupação e interesse pela novidade é uma contribuição efetiva dos jovens trabalhadores/as para com a sociedade. A busca de uma sociedade mais justa, democrática e plena não se concretiza sem a participação da juventude trabalhadora. Efetivamente, qualquer mudança não se fará apenas para os jovens e pelos jovens trabalhadores, mas deve-se reconhecer sua densidade histórica enquanto segmento capaz de constituir-se em uma força social. Sua energia, voluntarismo, abertura as novidades e outros atributos pessoais e coletivos são como uma força que renova a sociedade e deve ser considerada como fundamental para uma realização plena de toda a humanidade.
18
Agradecimentos Agradecemos a todos os militantes, coordenadores, jovens, assessores e colaboradores da JOC Brasil, que se lançaram, junto com o movimento, neste desafio de construção e desenvolvimento de uma pesquisa com tamanha amplitude. Em especial a Ivanildes Paixão de Santana e Luciano Moura Beserra de Sousa, que recentemente finalizaram a sua missão como Coordenadores Nacionais da JOC Brasileira.
Agradecemos aos jovens entrevistados, que possibilitaram termos dados destas diversas realidades. Agradecemos as diversas instituições, que abriram suas portas para receber nossa equipe e possibilitaram o acesso a juventude destes espaços.
Agradecemos as equipes de tabulação e editoração da pesquisa, por sua dedicação a este projeto.
Agradecemos a WSM, instituição parceira que muito nos apoiou e possibilitou o financiamento deste trabalho.
Deste modo, agradecemos a todos aqueles/as que, junto com a JOC Brasileira, conseguiram garantir a concretização deste trabalho.
19
ANEXO I Resultados da Tabulação Pesquisa Nacional entre Jovens Trabalhadores/as – Juventude Operária Católica
1) Atualmente você:
Total
%
Está Trabalhando
59
35,00%
Nunca Trabalhou nem procurou emprego
10
6,00%
Já Trabalhou e está procurando emprego
45
26,00%
Já trabalhou e está procurando emprego
45
26,00%
Não sabe ou não respondeu
11
7,00%
2) Se trabalha, fale sobre a sua Profissão. No seu trabalho, você é: Total
%
Assalariado/a com carteira assinada
26
15,00%
Assalariado/a sem registro
21
12,00%
Conta própria
17
11,00%
Outro Tipo*
23
13,00%
Não sabe ou não respondeu
83
49,00%
* - Dentro do item “outro tipo”, foram citadas uma vez as funções de Empresário, Agricultor e Garçom; foram citads duas vezes as funções de Diarista, Bolsista e Estagio; foram citados três vezes o termo informal e a função de Vendedor; e foi citada sete vezes a função de Dona de Casa. 3) Normalmente, quantas horas você trabalha por dia?
Total
%
Menos de 5 Horas
14
9,00%
5 a 7 Horas
23
13,00%
8 a 10 Horas
21
12,00%
11 a 12 Horas
9
5,00%
Mais de 12 Horas
11
7,00%
Não sabe ou não respondeu
92
54,00%
4) Se você trabalha, costuma gastar a maior parte do seu dinheiro Total com:
%
Roupas e Calçados
30
18,00%
Diversão
8
5,00%
Viagens
3
2,00%
Despesas de casa
55
32,00%
Outros*
10
6,00%
Não sabe ou não respondeu
64
37,00%
20
* - Dentro do item “outros”, foram citados uma vez os itens Débitos de Lojas, Faculdades, Familiares, Guardar o Dinheiro e Produtos de Limpeza; foi citado duas vezes o item investimento; e foi citado três vezes o item estudos. 5) Indique dois problemas em relação ao trabalho:
Total
%
Ganha muito pouco
101
59,00%
A relação entre patrão e empregado
15
9,00%
A relação entre os colegas de trabalho
5
3,00%
A Jornada de trabalho muito intensa
30
18,00%
O tipo de trabalho realizado
9
5,00%
Distancia entre moradia e trabalho
31
18,00%
Conciliar trabalho e estudo
79
46,00%
Não sabe ou não respondeu
70
42,00%
6) O seu salário:
Total
%
Menos de um salário mínimo (R$ 465,00)
43
25,00%
1 salario mínimo
24
14,00%
Entre 2 e 3 salários mínimos
12
7,00%
Entre 3 e 5 salários mínimos
0
0,00%
Mais de 5 salários mínimos
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
90
53,00%
7) Direitos trabalhistas:
Total
%
Conhece bem todos os direitos trabalhistas
9
5,00%
Conhece mais ou menos os direitos trabalhistas
59
35,00%
Conhece muito pouco os direitos trabalhistas
51
30,00%
Não conhece os direitos trabalhistas
29
17,00%
Não sabe ou não respondeu
22
13,00%
8) Você conhece algum direito trabalhista que é especifico do Total jovem?
%
Sim – Qual?*
38
22,00%
Não
108
64,00%
Não sabe ou não respondeu
23
14,00%
* - Na resposta sim, os direitos citados foram: uma vez os direitos a licença-maternidade, direito ao emprego, igualdade e respeito e acesso as aulas particulares na área em que trabalha; foi citado três vezes o direito a horário reduzido de trabalho; foram citados quatro vezes os direitos a férias e do trabalho não interferir no estudo; foi citado cinco vezes o direito ao primeiro trabalho; foi citado seis vezes o direito ao estágio e foi citado doze vezes o direito do trabalho com a carteira assinada. 9) Você conhece algum direito trabalhista que é especifico da Total mulher?
%
Sim – Qual?*
42,00%
71
21
Não
77
45,00%
Não sabe ou não respondeu
22
13,00%
* - Na resposta sim, os direitos citados foram: uma vez o direito a chance de emprego; quatro vezes o direito ao salário mínimo; oito vezes o direito a igualdade de salários e cinquenta e oito vezes o direito a licença-maternidade. 10) Cite um direito trabalhista que você acha muito importante:
Total
%
Férias
18
10,00%
Carteira Assinada
17
10,00%
Respeito no ambiente de trabalho
12
7,00%
Aposentadoria, FGTS, PIS e outros direitos quando demitido
9
5,00%
13º Salário
8
5,00%
Redução da Carga Horaria
5
3,00%
Seguro-desemprego
7
4,00%
Salário Mínimo
5
3,00%
Licença-maternidade
5
3,00%
Receber em dia
3
2,00%
Plano de Saúde
2
1,00%
Cotas para menores de idade em empresas grandes
1
1,00%
Direito a greve
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
77
45,00%
11) A jornada de trabalho no Brasil é de 44 Horas. Para você esta Total jornada é:
%
Muito intensa
36
21,00%
Intensa
53
31,00%
Mais ou menos intensa
49
29,00%
Pouco intensa
12
7,00%
Não sabe ou não respondeu
20
12,00%
12) Tipo de Moradia:
Total
%
Casa própria
119
70,00%
Alugada
24
14,00%
Mora de favor
11
6,00%
Outros
16
9,00%
Não sabe ou não respondeu
0
0,00%
13) Cite uma coisa legal na sua família:
Total
%
É Unida
64
38,00%
Possui felicidade
10
6,00%
Meus Familiares
10
6,00%
22
Respeito
8
5,00%
É Alegre
7
4,00%
Companheirismo
7
4,00%
Amizade
5
3,00%
Amor
4
2,00%
Cumplicidade
3
2,00%
Harmonia
3
2,00%
Cooperação
2
1,00%
Convívio
2
1,00%
A fé
2
1,00%
Força de vontade
1
1,00%
Compreensão
1
1,00%
Cada um tem seu espaço
1
1,00%
Bons índices na escola
1
1,00%
As Brigas
1
1,00%
È divertida
1
1,00%
Possui trabalho próprio
1
1,00%
Todos são Cristas
1
1,00%
Responsabilidade
1
1,00%
A preocupação
1
1,00%
Ajuda Financeiramente
1
1,00%
Não tem Brigas
1
1,00%
Não tem nada legal
1
1,00%
Modo de educar
1
1,00%
Todos trabalha
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
28
16,00%
14) Cite uma coisa que não é legal em sua família:
Total
%
Brigas e discussões
25
15,00%
Desunião
15
9,00%
Problemas com familiares
10
6,00%
Distancia entre parentes
9
5,00%
Problemas com religião
9
5,00%
Problemas com drogas e álcool
5
3,00%
Desemprego
5
3,00%
Dificuldades financeiras
5
3,00%
Doenças
2
1,00%
Pais Separados
2
1,00%
Falta de dialogo
2
1,00%
Preconceito
2
1,00%
Organização
1
1,00% 23
Autoritarismo
1
1,00%
Desapego a tradição familiar
1
1,00%
Comodismo
1
1,00%
Inveja
1
1,00%
Problema da vida
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
73
43,00%
15) Você estuda?
Total
%
Ensino Fundamental
25
15,00%
Ensino Médio
51
30,00%
Ensino Superior
27
16,00%
Não estuda
40
24,00%
Não sabe ou não respondeu
27
16,00%
16) Cite uma coisa legal em sua escola:
Total
%
Amizade
29
17,00%
Professores
24
14,00%
Ensino
9
5,00%
Cursos extracurriculares
4
2,00%
As Possibilidades que a escola oferece
3
2,00%
Refeitório
3
2,00%
Estrutura
3
2,00%
Não é violenta
2
1,00%
Reforma
1
1,00%
Vegetação
1
1,00%
Segurança
1
1,00%
Mensalidade
1
1,00%
Brigas entre alunos
1
1,00%
Conceituada
1
1,00%
Interatividade
1
1,00%
Informática
1
1,00%
Intervalo
1
1,00%
Datas comemorativas
1
1,00%
Desempenho
1
1,00%
Diretor
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
81
48,00%
17) Cite uma coisa que não é legal em sua escola:
Total
%
Bagunça e desinteresse dos alunos
30
18,00%
Mal Organização
24
14,00%
24
Falta de estrutura
22
13,00%
Professores mal qualificados
7
4,00%
Greves
6
4,00%
Não sabe ou não respondeu
81
48,00%
18) Cite uma coisa boa do seu bairro:
Total
%
Infraestrutura
42
25,00%
Convivência boa com os vizinhos
34
20,00%
Bairro tranquilo
19
11,00%
Localização
17
10,00%
Não sabe ou não respondeu
70
41,00%
19) Cite uma coisa que falta no seu bairro:
Total
%
Segurança
35
21,00%
Maior cooperação entre os moradores
26
15,00%
Areá de lazer
18
11,00%
Saneamento Básico
14
8,00%
Ruas asfaltadas e iluminação
13
8,00%
Melhoria na saúde
12
7,00%
Escolas
6
4,00%
Melhora no transporte publico
2
1,00%
Não sabe ou não respondeu
42
25,00%
20) Quem sofrem mais preconceito, discriminação e violência:
Total
0,00%
A – Pobres
140
82,00%
A – Ricos
1
1,00%
A – Os dois, na mesma proporção
9
5,00%
A – Não sabe ou não respondeu
20
12,00%
B – As mulheres
94
55,00%
B – Os homens
4
2,00%
B – Os dois, na mesma proporção
39
23,00%
B – Não sabe ou não respondeu
33
19,00%
C – As crianças
8
5,00%
C – Os jovens
24
14,00%
C – Os idosos
68
40,00%
C – Os três, na mesma proporção
45
26,00%
C – Não sabe ou não respondeu
33
19,00%
D – Os negros
123
72,00%
D – Os brancos
0
0,00%
D – Os índios
3
2,00% 25
D – Os ciganos
2
1,00%
D – Todos, na mesma proporção
28
16,00%
D – Não sabe ou não respondeu
14
8,00%
E – Católicos
5
3,00%
E – Protestantes
7
4,00%
E – Espiritas
30
18,00%
E – Praticantes de religiões afro-descendentes
41
24,00%
E – Todos, na mesma proporção
52
31,00%
E – Não sabe ou não respondeu
35
21,00%
21) Politica pra você é uma coisa:
Total
%
Boa e importante
71
42,00%
Ruim e sem importância
64
38,00%
Não sabe ou não respondeu
35
21,00%
22) O Governo Lula é:
Total
%
Excelente
19
11,00%
Ótimo
18
11,00%
Muito Bom
12
7,00%
Bom
91
54,00%
Ruim
11
6,00%
Não sabe ou não respondeu
19
11,00%
23) Você se filiaria a um partido politico?
Total
0,00%
Sim
25
15,00%
Não
133
78,00%
Não sabe ou não respondeu
12
7,00%
24) Se você tivesse que se filiar a algum partido politico, qual seria Total ele?
%
PT
39
23,00%
PSOL
4
2,00%
PV
3
2,00%
PC do B
2
1,00%
DEM
1
1,00%
PT do B
1
1,00%
PMDB
1
1,00%
PRB
1
1,00%
Não filiaria
27
16,00%
Não sabe ou não respondeu
91
54,00%
26
25) Você participaria de um grupo onde pudesse discutir sobre os Total assuntos dessa entrevista?
%
Sim
110
65,00%
Não
40
24,00%
Não sabe ou não respondeu
20
12,00%
26) Você faz parte ou participa das atividades de algum grupo de Total jovens, seja no seu bairro ou em qualquer parte da cidade?
%
Sim*
48
28,00%
Não
110
65,00%
Não sabe ou não respondeu
12
7,00%
* - Na resposta sim, foram citados os seguintes grupos: foram citados uma vez os grupos diretório acadêmico da UFBA, de fanfarra, seara vermelha, D.A, lavar-te, rede de jovens, legião de Maria, Pro jovem, arte, na escola e força jovem; foram citados três vezes os grupos CMV e Centro de Mulheres de Vitoria; foi citado quatro vezes o grupo pontinho de cultura; foi citado cinco vezes o grupo de dança; foi citado dez vezes o grupo JOC; e foi citado doze vezes o grupo de Igreja. 27) O que você lê no dia a dia?
Total
%
Revistas
27
16,00%
Livros
46
27,00%
Jornais
27
16,00%
Bíblia
13
8,00%
Não Lê
31
18,00%
Não sabe ou não respondeu
26
15,00%
28) Seu Programa favorito de televisão:
Total
0,00%
Novelas
23
14,00%
Jornais
12
7,00%
Esportes
2
1,00%
Seriados e Filmes
22
13,00%
Atualidades
11
7,00%
Religiosos
4
2,00%
Reality-show
4
2,00%
Qualquer Programa
31
18,00%
Não sabe ou não respondeu
61
36,00%
29) Prefere Musicas
Total
0,00%
Nacionais
62
36,00% 27
Estrangeiras
92
54,00%
Ambas
12
7,00%
Não sabe ou não respondeu
4
2,00%
30) Quais são os gêneros ou tipos de musica que você mais gosta?
Total
0,00%
1 a 5 estilos das opções
105
62,00%
6 a 10 estilos das opções
36
21,00%
Mais de 11 estilos das opções
13
8,00%
Não sabe ou não respondeu
16
9,00%
31) Grupos ou cantores (a) favoritos?
Total
%
4 por 1
1
1,00%
Aline Barros
6
4,00%
Amado Batista
3
2,00%
Avril Lavigne
2
1,00%
Ana Carolina
4
2,00%
Aviões do Forro
4
2,00%
Alceu Valença
1
1,00%
Belo
3
2,00%
Beyonce
4
2,00%
Banda Eva
1
1,00%
Bruno e Marrone
1
1,00%
Banda Calypso
1
1,00%
Belchior
1
1,00%
Catedral
2
1,00%
Calcinha Preta
7
4,00%
Cavaleiros do Forro
1
1,00%
Chiclete com Banana
1
1,00%
Cláudia Leite
1
1,00%
Cristine Mel
1
1,00%
Diante do Trono
3
2,00%
D'Black
1
1,00%
Daniel
2
1,00%
Desejo de Menina
1
1,00%
Djavan
2
1,00%
Exalta samba
6
4,00%
Elton John
1
1,00%
Fabio Jr
1
1,00%
Falamansa
1
1,00%
Forro do Miúdo
1
1,00%
Fernandinho
1
1,00%
28
Harmonia do Samba
3
2,00%
Jorge Vercilio
1
1,00%
John Mayer
1
1,00%
Limão com mel
1
1,00%
Legião Urbana
2
1,00%
Leandro e Leonardo
2
1,00%
Marisa Monte
1
1,00%
Mailon e Maicon
1
1,00%
Michael Jackson
1
1,00%
Metallica
1
1,00%
Nx Zero
1
1,00%
Natiruts
1
1,00%
Nani Azevedo
1
1,00%
Padre Fábio
2
1,00%
Para more
1
1,00%
Rosa de Saron
2
1,00%
Racionais Mc's
2
1,00%
Roberto Carlos
1
1,00%
Raça Negra
1
1,00%
RBD
2
1,00%
Roupa Nova
2
1,00%
Sorriso Maroto
8
5,00%
Sandy e Junior
1
1,00%
Sampa Crew
1
1,00%
Victor e Léo
2
1,00%
Voz da Verdade
1
1,00%
Zé Ramalho
1
1,00%
Não sabe ou não respondeu
61
36,00%
32) Prefere filmes?
Total
0,00%
Nacionais
32
19,00%
Estrangeiras
29
17,00%
Ambas
92
54,00%
Não sabe ou não respondeu
17
10,00%
33) Se preocupa em andar na moda?
Total
0,00%
Sim
68
40,00%
Não
85
50,00%
Não sabe ou não respondeu
17
10,00%
29
34) Você tem algum medo?
Total
0,00%
Não
39
23,00%
Sim – Qual?*
115
68,00%
Não sabe ou não respondeu
16
9,00%
* - Na resposta sim, foram citados os seguintes respostas: sete vezes que possui medo de morrer; doze vezes que possui medo de animais e insetos; dezenove vezes que possui medo da violência diária; vinte vezes que possui medo por causa de alguma fobia; vinte e oito vezes que possui medo de perder algum ente querido ou familiar e vinte e nove vezes que possui medo das incertezas do futuro; 35) Entre ir a igreja, acampar, visitar um amigo doente e ir ao Total shopping center, qual seria a sua opção?
0,00%
Igreja
48
28,00%
Acampar
9
5,00%
Amigo
81
48,00%
Shopping Center
8
5,00%
Não sabe ou não respondeu
24
14,00%
36) Você ajuda nos afazeres domésticos?
Total
0,00%
Sim
132
78,00%
Não
21
12,00%
Não sabe ou não respondeu
17
10,00%
37) Você tem mais confiança:
Total
0,00%
Na Polícia
29
17,00%
No Padre/Pastor
57
34,00%
No Professor
46
27,00%
No Politico
0
0,00%
Não sabe ou não respondeu
38
22,00%
38) Destes acima, qual você tem menos confiança:
Total
0,00%
Na Polícia
19
11,00%
No Padre/Pastor
6
4,00%
No Professor
2
1,00%
No Politico
112
66,00%
Não sabe ou não respondeu
31
18,00%
39) Dos locais/instituições abaixo, qual você acha mais Total importantes para o seu desenvolvimento/amadurecimento pessoal?
0,00%
Família
100
59,00%
Igreja
10
6,00%
30
Trabalho
20
12,00%
Grupo que participa
5
3,00%
Rua
7
4,00%
Escola
16
9,00%
Outro
0
0,00%
Não sabe ou não respondeu
12
7,00%
40) Destes acima, qual você acha que ajuda menos para o seu Total desenvolvimento/amadurecimento pessoal?
0,00%
Família
2
1,00%
Igreja
10
6,00%
Trabalho
4
2,00%
Grupo que participa
0
0,00%
Rua
117
69,00%
Escola
2
1,00%
Outro
0
0,00%
Não sabe ou não respondeu
35
21,00%
41) Com que frequência você vai a estes lugares?
Total
%
A – Pelo menos uma vez por semana
15
9,00%
A – Pelo menos uma vez por mês
11
6,00%
A – Raramente
47
28,00%
A – Não tenho interesse
26
15,00%
A – Não tenho acesso
54
32,00%
A – Não sabe ou não respondeu
17
10,00%
B – Pelo menos uma vez por semana
2
1,00%
B – Pelo menos uma vez por mês
29
17,00%
B – Raramente
55
32,00%
B – Não tenho interesse
23
14,00%
B – Não tenho acesso
46
27,00%
B – Não sabe ou não respondeu
15
9,00%
C – Pelo menos uma vez por semana
2
1,00%
C – Pelo menos uma vez por mês
29
17,00%
C – Raramente
55
32,00%
C – Não tenho interesse
23
14,00%
C – Não tenho acesso
46
27,00%
C – Não sabe ou não respondeu
15
9,00%
A - Teatro
B – Cinema
C – Cinema
D – Shopping 31
D – Pelo menos uma vez por semana
23
14,00%
D – Pelo menos uma vez por mês
40
24,00%
D – Raramente
48
28,00%
D – Não tenho interesse
20
12,00%
D – Não tenho acesso
22
13,00%
D – Não sabe ou não respondeu
17
10,00%
E – Pelo menos uma vez por semana
2
1,00%
E – Pelo menos uma vez por mês
4
2,00%
E – Raramente
23
14,00%
E – Não tenho interesse
71
42,00%
E – Não tenho acesso
46
27,00%
E – Não sabe ou não respondeu
24
14,00%
F – Pelo menos uma vez por semana
58
34,00%
F – Pelo menos uma vez por mês
13
8,00%
F – Raramente
42
25,00%
F – Não tenho interesse
25
15,00%
F – Não tenho acesso
18
11,00%
F – Não sabe ou não respondeu
14
8,00%
G – Pelo menos uma vez por semana
37
22,00%
G – Pelo menos uma vez por mês
20
12,00%
G – Raramente
64
38,00%
G – Não tenho interesse
29
17,00%
G – Não tenho acesso
11
7,00%
G – Não sabe ou não respondeu
9
5,00%
E – Estadio de Futebol
F – Lan House
G – Praças
42) Com que frequência você se dedica a estas atividades?
Total
%
A – Todo dia
55
33,00%
A – De vez em quando
60
35,00%
A – Não tem interesse
17
10,00%
A – Não tem acesso
17
10,00%
A – Não sabe ou não respondeu
21
12,00%
B – Todo dia
48
28,00%
B – De vez em quando
92
54,00%
B – Não tem interesse
10
6,00%
B – Não tem acesso
4
2,00%
B – Não sabe ou não respondeu
16
9,00%
A – Estudar (Fora da Escola)
B – Ler Revistas ou Jornal
32
C – Ler algum Livro (sem ser para a Escola) C – Todo dia
42
25,00%
C – De vez em quando
84
49,00%
C – Não tem interesse
17
10,00%
C – Não tem acesso
5
3,00%
C – Não sabe ou não respondeu
22
13,00%
D – Todo dia
130
76,00%
D – De vez em quando
23
14,00%
D – Não tem interesse
5
3,00%
D – Não tem acesso
2
1,00%
D – Não sabe ou não respondeu
10
6,00%
E – Todo dia
112
66,00%
E – De vez em quando
36
21,00%
E – Não tem interesse
6
4,00%
E – Não tem acesso
3
2,00%
E – Não sabe ou não respondeu
13
8,00%
F – Todo dia
23
14,00%
F – De vez em quando
42
28,00%
F – Não tem interesse
36
21,00%
F – Não tem acesso
45
26,00%
F – Não sabe ou não respondeu
24
14,00%
G – Todo dia
23
14,00%
G – De vez em quando
59
35,00%
G – Não tem interesse
31
18,00%
G – Não tem acesso
35
21,00%
G – Não sabe ou não respondeu
22
13,00%
H – Todo dia
58
34,00%
H – De vez em quando
65
38,00%
H – Não tem interesse
9
5,00%
H – Não tem acesso
15
9,00%
H – Não sabe ou não respondeu
23
14,00%
I – Todo dia
87
51,00%
I – De vez em quando
64
38,00%
I – Não tem interesse
2
1,00%
I – Não tem acesso
2
1,00%
I – Não sabe ou não respondeu
15
9,00%
D – Assistir à TV
E – Ouvir Rádio
F – Tocar instrumentos ou cantar
G – Praticar Esportes
H – Namorar
I – Encontrar Amigos/As
33
J – Ajudar nas tarefas de casa J – Todo dia
119
70,00%
J – De vez em quando
24
14,00%
J – Não tem interesse
9
5,00%
J – Não tem acesso
3
2,00%
J – Não sabe ou não respondeu
15
9,00%
Idade dos participantes da pesquisa:
Total
%
10 a 15 anos de idade
15
9,00%
16 a 20 anos de idade
76
45,00%
21 a 25 anos de idade
55
32,00%
26 a 30 anos de idade
18
11,00%
Mais de 30 anos de idade
6
4,00%
Solteiro
148
87,00%
Casado
18
11,00%
Não respondeu
4
2,00%
Outros Dados
Estado Civil:
34
ANEXO II
PESQUISA NACIONAL ENTRE JOVENS TRABALHADORES/AS -JUVENTUDE OPERÁRIA CATÓLICA BRASILEIRA-
Nome:_________________________________________________________________ Idade: ____________ Escolaridade: ______________ Profissão:________________ Profissão desejada: ________________ Cor: ___________ Estado civil:________ Filhos: ( ) não ( ) sim. Quantos?_______ Religião________________________ Endereço: Rua_____________________________________nº_________Bairro______________ Cidade/UF:_________________________Telefone de contato:____________________ E-mail:__________________________ 1) Atualmente você: ( ) está trabalhando. ( ) nunca trabalhou nem procurou emprego. ( ) nunca trabalhou, mas está procurando trabalho. ( ) já trabalhou e está desempregado/a. 2) Se você trabalha, fale sobre sua profissão. No seu trabalho você é: ( ) assalariado/a com carteira assinada. ( ) assalariado/a sem registro. ( ) conta própria (bico, free lance, camelô, etc.). ( ) outro tipo. Que tipo _______________________________ 3) Normalmente, quantas horas você trabalha por dia?__________ horas. 4) Se você trabalha, costuma gastar a maior parte do seu dinheiro com: ( ) roupas e calçados. ( ) diversão, CDs ( ) viagens ( ) despesas da casa (água, luz, telefone, alimentação) ( ) outros. Quais? _____________________________ 5) Indique, por ordem de importância, dois problemas principais em relação ao trabalho: ( ( ( ( ( ( ( (
) ganha muito pouco ) a relação entre patrão e empregado ) a relação entre os colegas de trabalho ) a jornada de trabalho muito intensa ) o tipo de trabalho realizado ) distância entre moradia e trabalho ) conciliar trabalho e estudo ) outros Qual? ______________________________
35
6) O seu salário ( ) menos de um salário mínimo (R$465,00) ( ) 1 salário mínimo ( ) entre 2 e 3 salários mínimos ( ) entre 3 e 5 salários mínimos ( ) mais de 5 salários mínimos 7) Direitos trabalhistas ( ) conhece bem todos os direitos trabalhistas ( ) conhece mais ou menos os direitos trabalhistas ( ) conhece muito pouco os direitos trabalhistas ( ) não conhece os direitos trabalhistas 8) Você conhece algum direito trabalhista que é específico do jovem? ( ) sim ( ) não Qual?___________________________________ 9) Você conhece algum direito trabalhista específico da mulher? ( ) sim ( ) não Qual?____________________________________ 10) Cite um direito trabalhista que você acha muito importante ________________________________________________________________ 11) A jornada de trabalho no Brasil é de 44 h. semanais. Para você esta jornada é: ( ) muito intensa ( ) intensa ( ) mais ou menos intensa ( ) pouco intensa 12) Tipo de moradia: ( ) casa própria ( ) alugada ( ) mora de favor ( ) outros. 13) Cite uma coisa legal na sua família:________________________________ 14) Cite uma coisa que não é legal em sua família:_______________________ 15) Você estuda? ( ) Ensino Fundamental ( ) Ensino Médio ( ) Ensino Superior ( ) Não Estuda 16) Cite uma coisa legal em sua escola:_________________________________ 17) Cite uma coisa que não é legal em sua escola:________________________ 18) Cite uma coisa boa do seu bairro:__________________________________ 19) Cite uma coisa que falta no seu bairro:______________________________ 20) Na sociedade, sofrem mais preconceito, discriminação e violência: (em cada letra, escolha uma opção) a- ( ) pobres ( ) ricos ( ) os dois, na mesma proporção b- ( ) as mulheres ( ) os homens ( ) os dois, na mesma proporção c- ( ) as crianças ( ) os jovens ( ) os idosos ( ) os três, na mesma proporção d- ( ) negros ( ) brancos ( ) índios ( ) ciganos ( ) todos, na mesma proporção e- ( ) católicos ( ) protestantes ( ) espíritas ( ) praticastes de religiões afro-descendentes ( ) todos, na mesma proporção 21) Política para você é uma coisa: ___________________________________ 22) O Governo Lula é: ( ) excelente ( ) ótimo ( ) muito bom ( ) bom ( ) ruim 36
23) Você se filiaria a um partido político? ( ) sim ( ) não 24) Se você tivesse que se filiar a ______________________________________
um
partido
político
qual
seria
a
sua
opção?
25) Você participaria de um grupo onde pudesse discutir sobre os assuntos desta entrevista? ( ) sim ( ) não 26) Você faz parte ou participa das atividades de algum grupo de jovens, seja no seu bairro ou em qualquer parte da cidade? ( ) sim ( ) não Qual?__________________________________ 27) O que você lê no dia-a-dia? _________________________________ 28) Seu programa preferido na televisão: 29) Prefere músicas: ( ) nacionais ( ) estrangeiras ( )ambas 30) Quais são os gêneros ou tipos de música que você mais gosta? ( ) pagode ( ) pop ( ) gospel ( ) rock ( ) rap ( ) alternativa ( ) MPB ( ) hip-hop ( ) samba. ( ) clássica ( ) sertaneja ( ) eletrônica ( ) axé ( ) dance ( ) forró ( ) outros. Qual(is)?___________ 31) Grupos ou cantores(a) preferidos(a) _______________________________ 32) Prefere filmes: ( ) nacionais ( ) estrangeiros ( ) Ambos 33) Se preocupa em andar na moda? ( ) sim 34) Você tem algum medo? ( ) não ( ) sim
( ) não De que? __________________
35) Entre ir à igreja, acampar, visitar um amigo doente e ir ao shopping center, qual seria a sua opção? ______________________________ 36) Você ajuda nos afazeres domésticos? ( ) sim 37) Você tem mais confiança: ( ) na polícia ( ) no padre/pastor
( ) não
( ) no professor
( ) no político
38) Destes acima você tem menos confiança: ______________________ 39) Dos locais/instituições abaixo, qual desenvolvimento/amadurecimento pessoal? ( ) família ( ) igreja ( ) ogrupo do qual você participa ( ) rua ( ) outro. Qual?____________________________
você
acha
mais
importantes
para
o
seu
( ) trabalho ( ) escola
40) Destes acima, qual você acha que ajuda menos para o seu desenvolvimento/amadurecimento pessoal? ________________________
37
41) Com que freqüência você vai a estes lugares? Pelo menos Pelo menos uma vez por uma vez por Raramente semana mês Teatro Cinema Shows Shopping Estadio de futebol Lan house Praças
Não tenho interesse
Não tenho acesso
42) Com que freqüência você se dedica a estas atividades? Todo dia Estudar (fora da escola) Ler revistas ou jornal Ler algum livro (sem ser para a escola) Assistir à TV Ouvir rádio Tocar instrumento ou cantar. Praticar esportes Namorar Encontrar amigos/as Ajudar nas tarefas de casa.
38
De vez em quando
Não tem interesse
Não tem acesso
ANEXO III Grupo de educação pesquisa A saúde dos trabalhadores em educação Objetivo: Identificar como anda a saúde dos colegas de trabalho na escola em que atuamos. Alertar os colegas em relação à sua saúde. Cobrar providências dos órgãos competentes.
Questionário: a) Idade: ( ) menos de 20 anos. ( ) de 20 a 30 anos. ( ) de 30 a 40 anos. ( ) mais de 40 anos. b) Sexo: ( ) Feminino.
( ) Masculino.
c) Como candidatou-se ao emprego? ( ) contrato. d) Há quanto tempo atua nesta profissão? ( ) Menos de 05 anos. ( ) de 5 a 10 anos.
( ) concurso.
( ) de 11 a 20 anos. ( ) Mais de 20 anos.
e) Quais os principais males (doenças) que afetam você e estão relacionados à profissão? Relacione cinco doenças de acordo com a seriedade que você considera: 1.___________________________2. __________________________ 3. __________________________4. __________________________ 5. __________________________ f) Aponte as prováveis causas dos males relacionados na questão “e”: 1.___________________________2. __________________________ 3. __________________________4. __________________________ 5. __________________________ g) Você faz algum tratamento específico de saúde? ( ) Sim.
( ) Não.
Se você respondeu sim na questão g, responda as questões h até j, senão pule para a questão l. h) Qual (is) a (s) especialidade (s) do (s) profissional (is) que faz (em) seu acompanhamento? __________________________________ i) Há quanto tempo você faz o tratamento? __________________________ j) Você realiza o tratamento por qual plano? ( ) IPE. l) Você toma alguma medicação? ( ) Sim.
( ) SUS.
(
) Particular.
( ) Não. Qual? __________________
m) Há quanto tempo você toma essa medicação? _________________________ n) O que você acha que deveria ser feito para resolver a situação ou, pelo menos, amenizar o problema da saúde dos profissionais em educação? _________________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________________ Sua opinião e informações são muito importantes para nós. Obrigada pelo seu precioso tempo dispensado para responder nossa pesquisa.
39
SECRETARIADO NACIONAL Rua Condessa de São Joaquim, 215 – Bela Vista – São Paulo – SP – CEP 01320-000 Telefone: (11) 3105-5146 – Fax: (11) 3106-8351 – Skype: jocbra Web: http://www.jocbrasil.com.br – e-mail: jocbrasileira@gmail.com / jocbrasil@jocbrasil.com.br 40