EDITORIAL
Qualé a boa ?
A BOA é uma revista sobre artes visuais e coletividade. Isso implica numa abordagem diferenciada que não busca meramente relatar as artes visuais, mas a maneira com que ela afeta seus participantes, o coletivo formado entre artistas, adimiradores e aspirantes das artes. Nesta primeira edição você verá como Kako, enquanto um ilustrador iniciante, em sua busca por conhecer seus semelhantes não só os encontrou como no processo inspirou milhares de ilustradores a se reunirem mensalmente em todo o país; Como o artista plástico Arthur D’Araujo transformou uma brincadeira em pretexto para reunir artistas e não-artistas para desenharem juntos; o desenho casual dos sketchbooks, que você e outros leitores podem nos enviar e tê-los publicados. A BOA é uma experiência na qual você e muitos outros artistas podem colaborar e se inspirar a cada nova edição.
SUMÁRIO
Nesta edição 04 Kako
Em entrevista, o premiado ilustrador comenta sobre sua carreira e nos revela a criação e bastidores do Bistecão Ilustrado.
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Soraya Hossain & Gabrielle Souza Saudade é o tema desta edição e as colaboradoras selecionadas mostram seu talento na obra “Muri”.
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Arthur D’Araujo
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Guia cultural
Arthur nos fala como consegue, repetidas vezes, colocar numa mesma mesa artistas e não-artistas para desenhar juntos.
Saiba onde ocorrem os principais encontros dos artistas de São Paulo
Boêmia
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Cláudio Gil
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Sempre tem...
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Expediente
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Os encontros lúdicos dos artístas se fazem presentes na história desde a Belle Époque em Paris à atualidade paulista.
Os ensaios e estudos do famoso calígrafo brasileiro se transformam na fonte digital “Saudade Script”, exclusivamente nesta edição.
As caras e os tipos que figuram na noite dos encontros de artes visuais.
Conheça os colaboradores responsáveis pela revista. Seu nome pode estar aqui também!
TA
ENTREVIS
Companhia das Letras . O Processo. Ilustração para campanha de livros de bolso da Companhia das Letras que teve o livro O Processo, de Franz Kafka, como tema. A ilustração foi publicada nos principais anuários da área, foi vencedora de diversos prêmios, como ouro nos festivais de Cannes.
Kako
O premiado ilustrador nos conta sua trajetória
“Você realmente devia vê-lo, foi ele quem começou tudo isso aqui” orienta Hiro, um dos atuais organizadores do encontro mensal de ilustradores Bistecão Ilustrado, quanto ao “patrono” do evento, Kako. Informações de contato são repassadas, e-mails trocados e o encontro está marcado. Em entrevista, o premiado ilustrador nos conta sua trajetória, e a criação do fenômeno de escala nacional que é o encontro casual de ilustradores. Você poderia se apresentar aos nossos leitores? Eu sou Kako, sou um ilustrador daqui de São Paulo, trabalho com ilustração publicitária e editorial, seja em revista ou livros. Eu também faço quadrinhos e muito mais. Como você começou a trabalhar com ilustração? Eu sempre fiz ilustração mas, a princípio, não diretamente. Eu pegava alguns trabalhos em revistas e jornais, na Folha de São Paulo principalmente. Quando eu tinha lá meus 16 p. 4
ou 17 anos eu havia começado a trabalhar com cinema. E do cinema eu acabei indo para as artes plásticas, das artes plásticas para o design gráfico, do design gráfico para o web design. Nesta época eu trabalhava num portal de internet, naquele boom da internet que teve. Estava trabalhando como web designer e ilustrador. A empresa faliu, claro, como todas as outras. Então a equipe de criação e tecnologia foi vendida para esta empresa de TI onde não havia a necessidade de um ilustrador dentro dela. Foi então meu irmão, Bruno, que na época trabalhava como diretor de arte na Editora Abril, pediu para eu dar uma passada lá. Ele me apresentou para vários diretores de arte, principalmente o pessoal da Capricho, que eram bem bacanas, e o Alceu da Super Interessante. Com o pessoal da Super Interessante eu acabei conhecendo o pessoal da Aventuras na História e da Revista das Religiões, que me propunham temas que eu gostava de ilustrar. Foi ai que eu comecei a trabalhar [exclusivamente] com a Ilustração oficialmente.
Mas naquele tempo eu estava começando do zero e não conhecia ninguém, digo, eu já trabalhei em várias áreas e com isso acabei conhecendo uma gama de pessoas que no futuro consegui usar a meu favor. Mas quando estava dentro da Abril, onde todo mundo se conhece e a informação passa muito rápido de pessoa a pessoa, não dá nem para nomear as pessoas que me ajudaram. E eu não saia da Abril, eu não conhecia mais ninguém, não conhecia ninguém de agência de publicidade, nenhuma pessoa de outra editora. Então, basicamente, nesta época que eu fui atrás de trabalhos para viver só da ilustração, eu vivia na Abril. Eu pegava um ônibus, baixava lá, passava o dia lá, pegava um trabalho ou dois e voltava para casa. Para a publicidade foi diferente, eu já tinha o trabalho publicado e as pessoas foram conhecendo. Não teve uma pessoa que me levou à alguma agência. Mas uma vez que você conhece o pessoal da publicidade, esta área tem uma coisa legal em que as pessoas frequentemente passam de uma agência para a outra muito rapidamente. Eu comecei trabalhando para a F/Nazca e então o pessoal de lá acabou indo para outras agências e “polinizou” o meu trabalho. Mas eu só fui conhecer outros ilustradores depois, bem depois ainda, de virar ilustrador. E ainda assim fiquei meio isolado com este trabalho que eu desenvolvo aqui quieto e sem contato. Foi ai que o Bistecão surgiu desta minha necessidade de conhecer outras pessoas. Eu entrei na Sociedade dos Ilustradores do Brasil em 2004 e eles tem este evento chamado Ilustra Brasil. E eu apareci lá, e não conhecia absolutamente ninguém, no máximo umas 2 ou 3 pessoas. Depois da “O Bisteção abertura do evento, todo surgiu da minha mundo foi para este bar necessidade de que eu propus e ficava do conhecer outras lado de casa, o Sujinho. pessoas.” E foi bacana. Foi quando eu comecei a conhecer pessoalmente os caras. Porque antes era só em listas, em fóruns de internet como o Ilustrasite e a lista da SIB em que a gente conversava. Foi nesta época que eu comecei a conhecer os ilustradores, assim, mesmo. E foi esta a semente do Bistecão. Isso
ocorreu em meados de 2005 em julho ou agosto, não lembro ao certo. O que veio a ser o Bistecão? O Bistecão é um encontro mensal de ilustradores e simpatizantes, onde as pessoas se encontram de maneira muito tranquila, muito informal, em todo final de mês para conversar, trocar informação, desenhar junto, para ser amigos. Algo além da convivência virtual que a maioria das pessoas tem. E acho que é uma coisa que é precisada. É uma necessidade que as pessoas tem de encontrar o outro. Para o cara que fica trabalhando o mês inteiro no computador, na prancheta e que não tem outro contato senão o online, este contato físico é muito importante. Eu sempre digo que o Bistecão e outros eventos do gênero juntam, apagam esta fronteira que existe entre o profissional e o amigo. Vira tudo a mesma coisa. Então é assim: Você não é, nós dois não somos mais, ilustradores. Somos amigos. E é muito legal isso porque você percebe uma mudança que há em alguns grupos, não vou dizer todos mas, na maneira como estes lidam com os problemas dos outros. Porque antes, o cara vinha e te falava assim, por exemplo, “Cliente X me passou um contrato assim, ruim.”,“Cliente X me enganou” ou “Cliente X está querendo isto. Alguém já trabalhou com este?” para citar alguns exemplos bastante comuns. Ai você lia e respondia o e-mail, friamente. Alguns levam mais para frente mas, depois que vocês se tornam amigos, é outra história. Você vai mais afundo nos problemas e mais longe na hora de ajudar. É como um trincheira numa guerra. O cara que está do seu lado, se você não o ajudar, se o cara morrer aqui, vai ser você sozinho na trincheira. É a mesma coisa. Então cria-se esta união, que é muito mais forte do que a profissional. Você estar ajudando o seu amigo à arranjar um trabalho, a formar um orçamento, em vez de uma cara que você desconhece, que nunca viu na sua frente senão pelo nome de usuário. Uma coisa engraçada que acontece no Bistecão é você conseguir juntar o nome ao rosto do ilustrador. Algo que você não teria ideia antes. E depois que todos começam a ir este relacionamento fica muito mais fácil, mais legal, mais juntinho. Fica família. Mas uma coisa que acho sensacional do Bistecão é poder encontrar seus ídolos. Acho p. 5
que é algo que transforma o Bistecão, e acho Qual o público que mais se beneficia com o que outros eventos também, em algo mais além Bistecão? Eu acho que os que mais se beneficiam de um encontro de ilustradores. Teve esta uma noite em que o Negreiros foi. E foi sensacional são os estudantes, sem dúvida. Porque os porque o Negreiros tinha sumido para então um profissionais vão lá, tomam cerveja, dão risada dia aparecer lá. E ele é uma pessoa maravilhosa, e vão embora. Como eles sempre faziam antes. uma pessoa sorridente, super vivida. E eu lembro Mas os estudantes vão lá e conversam com que o Bistecão parou para todos sentarem em os caras que trabalham. As vezes quem nem é torno dele para ouvir suas histórias e vê-lo estudante, como o indeciso, o aspirante. Em um desenhar. São coisas assim que acontecem no Bistecão veio um cara que era mecânico, que Bistecão. Não é só sentar para conversar sobre trabalhava em chão de fábrica. Ele tinha ouvido contratos. É muito mais. As vezes você dava uma do Bistecão e veio com o portfólio dele, para sorte dessas de uma noite com o Negreiros, ou mostrar para a gente, conversar, tirar dúvidas. como na noite em que o Benicio foi e o lugar “Como eu começo?”, “Como que eu faço?”, explodiu de gente. Tinha gente para todo lado “Devo estudar?”,”Devo fazer isto?”. Então, para querendo arrancar um pedaço do Benicio. Você o cara que está começando, para o cara que é sentar do lado do seu ídolo, sentar do lado do estudante, para aquele que quer saber mais, o Marc, o Marc que é obsessivo e desenha a toda Bistecão, o Pupunha, o Baião ou o que for, são hora, e você sentar e poder ver o cara produzindo. os lugares onde você vai encontrar os caras para A gente até chegou a fazer uns videozinhos. tirar estas dúvidas. Lógico, você pode tirar na Neste dia do Negreiros, eu me lembro, estava internet mas, você estar de frente a frente com todo mundo com uma câmera em volta dele e o cara, ele vai abrir o teu portfólio e te dar dica ele mandando ver. Isso é bacana cara, são coisas na hora, in loco. Isso é o que eu acho mais legal. que você não vê no seu dia-a-dia. O Bistecão Quando eu comecei, não tinha isso. Você e outros eventos servem para isso, não é só um aprendizado. Poder ver o cara que você só fica com vergonha de perguntar certas coisas, é vê o trabalho publicado na revista é, por si só, difícil quando você não tem contato, um evento onde está todo mundo lá para falar sobre isto. simplesmente sensacional. Quando você queria mostrar o portfólio para 1.
2. 1. O Futuro das Gravadoras Ilustração para matéria da Revista Bizz que explica o impacto que as novas tecnologias de produção e de troca de informação tem sobre a sociedade e consequentemente sobre o mercado de música mundial 2. Revista Colectiva . Insetos Minha colaboração entomológica para a edição Insetos da Revista Colectiva, de 2006.
03 Whaleless . Osso Rosso A poluição e a prática indevida de pesca estão seriamente colocando a sobreviência de todos os grandes mamíferos marinhos em perigo. Whaleless é um projeto dedicado à todos que desejam expressar raiva, indignação, vergonha, descrença ou preocupação com um toque artístico.
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alguém, tinha de ser em algum evento em que o cara vai para analisar portfólio e olhe lá, eu não me lembro de ter tido algo disto. Eu não tinha para quem perguntar, não tinha este contato com as pessoas. Lógico, os outros ilustradores já se encontravam, mas ai estes já tinham mais tempo de casa, uma carreira muito mais longa. Hoje em dia você sendo estudante ou iniciante na profissão, é só você bater lá e estão todos ali para conversar contigo.
“Poder ver o cara E não me refiro que você só vê o apenas a ilustradores, trabalho publicado vão muitos estudantes na revista é, por si de design gráfico lá só, simplesmente também. O que é sensacional.” muito interessante
porque eles podem vir a se tornar futuros clientes. Dali eles podem sair para uma agência, para uma revista. E eu acho importante você ter este contato cedo na sua carreira, na sua vida, com pessoas que já vivenciaram o que provavelmente você vai fazer. Algo que eu tive muito tardiamente.
Eu acho sensacional. Eu acho que demonstra que isso era algo que estava se precisando, e ainda se precisa. Porque se você considerar os lugares e números de encontros que tem, com hoje em dia eles ocorrendo, em geral, nas cidades capitais de cada estado, e o número de profissionais e estudantes, aspirantes à Ilustrador - e não só ilustrador, também designer gráfico, web designer, e sei lá, acho que tem até mais - tendo este contato vendo estes eventos crescerem, aparecendo a cada mês mais gente promovendo um evento novo. E é uma coisa sem segredo, você chama dois neguinhos para tomar uma cerveja e começa assim. É muito fácil crescer onde tem este vácuo de eventos de Ilustração, e a gente tem muito poucos eventos. Por exemplo, eu acho ótimo o que está acontecendo com os eventos de quadrinhos, onde está aparecendo cada vez mais este formato da ComiCon, da convenção de quadrinhos. Mas para a ilustração é difícil, porque não há o trabalho autoral. O Ilustrador é um cara que trabalha na prestação de serviços. Então não tem um evento dedicado à “mostrar ilustrações”. Uma vez que isso não existe é ótimo que tenha o Pupunha, o Bistecão, o Baião para juntar este núcleo profissional. E no final cada cidade acaba gerando o evento que precisa, porque não tem regras. Não existem regras. E se houver uma regra é: Vai lá e se diverte. O Feijão é diferente do Cobal, que é diferente do Baião, que é diferente do Queijão, que é diferente do Bistecão. Cada um tem ideias sensacionais.
E eu vou te falar que tem moleque de 7 a 10 anos que aparece lá com os pais. Isto é muito legal. O filho do Montalvo vai, o filho do Rosso, e você vê esta molecada desenhando. A gente tinha até o “Bistekids”, um horário antes do Bistecão para trazer a molecada. Mas também tinha moleque que ficava até a meia noite desenhando. Então, você tendo este contato muito cedo num ambiente criativo como este, você ganha muito. Não digo assim “Vou sair daqui sabendo desenhar” ou “Vou sair daqui Tem também um negócio que é muito legal fazendo todos os contatos”, não. É uma coisa que tem nos Estados Unidos em que as pessoal que constrói a sua base. Você estar junto de contrata um modelo vivo, e que já teve aqui, e profissionais que estão vivendo esta rotina de passam o dia desenhando o modelo. Tem o trabalho. Você não precisa nem conversar, você Sketch Crawl também, que tem outro formato e atentando as conversas que estão rolando, aos ocorre internacionalmente, em São Paulo inclusive, traços que você vê, você já está construindo este e aqui chegou a bater recorde de participantes. ilustrador dentro de você. Isso que eu acho que Tanto no primeiro quanto no segundo evento é o mais importante. Você não consegue isso organizado foram mais de 100 pessoas andar online, esta vivência. Por isso que eu acho que pela cidade de São Paulo e desenhar. Tem o são os estes, os estudantes, que ganham mais. Sketch Jazz, que é incrível porque ele vai além E o dono do Sujinho também. do evento. Os caras montaram um site onde eles vendem o que o artista produz, e tudo voltado O que você acha do Baião Ilustrado, para a música, é bem bacana. Bauru Ilustrado, entre outros eventos que se espelharam no Bistecão? E tem um pessoal forte que apoia estes eventos. A FANOR, a Opa: Escola de Design, por exemplo, dão apoio ao Baião. Então quando
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tem esta necessidade de juntar as pessoas, elas formato que for, se encontrando no bar, na praça, mesmas tem que se juntar e fazer. O Bistecão, ou na casa de alguém para desenhar modelo vivo. toda esta ideia de se encontrar para desenhar, Todo tipo de encontro é válido. não tem que esperar ninguém fazer. Se você quiser fazer, vai e faz! Não importa se tem 2 Para encerrar, quais as suas pretensões ilustradores na sua cidade. E as vezes tem para o futuro? neguinho que vem para mim e fala “Pô, mas o Ano passado, 2011, foi horrível para o mercado Pupunha é igualzinho ao Bistecão”. Então que de ilustração. Não só para mim, para todo mundo. seja! Não estamos aqui para competir. Quanto Este ano, por exemplo, no mercado americano mais eventos, melhor. não tem ilustração nenhuma, está horrível lá. Isso faz você pensar um pouco. No meu caso, eu Quando o Bistecão surgiu, em que foi exposta havia começado com o cinema e o quadrinho, esta necessidade, todo mundo queria colaborar e dai eu fui para outras coisas. O design gráfico, de alguma maneira. Mas não só criando um o web design, que é uma coisa mais funcional evento como o Bistecão, não só parecendo o do que conceitual. Você mais atende do que Bistecão. Exemplo disto é o Ricardo Antunes conta sua história, e eu gosto de contar histórias. em que, à partir desta energia potencial que se Depois que você passa por uma crise dessas, criou, nasceu na cabeça dele a ideia de uma isso abala muito sua estrutura como profissional criação colaborativa. E assim nasceu a Revista autônomo. O Hiro sempre fala no famoso “Plano Ilustrar. Estávamos aqui em casa, eu, Montalvo, B”, ele tem os planos dele, eu tenho o meu. Fernanda Guedes, Ricardo Antunes, Hiro, e acho que o Gil também conversando sobre Como eu gosto de escrever e tenho uma como a gente poderia unificar tudo para que facilidade para contar histórias, não que eu conte todos começassem a caminhar juntos. Tudo isso histórias agora, mas como sempre me ajuda surgiu deste movimento entre 2005 à 2008, tudo ilustrar livros ter uma narrativa desenvolvida, surgiu nesta época. Foi nesta época que surgiu eu fiquei pensando que este poderia ser um a Cobal, o Pupunha, a Revista Ilustrar, o Sketch caminho para mim no futuro. Não só fazer as Crawl, o Sketch Jazz. ilustrações que eu costumo fazer, mas fazer esta transição onde eu poderia não apenas receber O pessoal sempre fala que o legal é Nova pela prestação de serviços mas também como York, onde tem um monte de coisas, o legal é um autor. Porque basicamente, a ilustração Los Angeles, mas aqui em São Paulo dá para você vende, cede o direito de uso e reprodução fazer tudo isso. Tem gente para isso. Isso seja no e isso morre ali. Sai numa revista, você ganha seus X reais e fim. Isso à não ser que ocorra a reutilização, mas é muito raro. Isso ocorre em p. 8
Da esquerda para a direita: Revista Colectiva . Jogos Faça um “rewind” e divida com a Revista Colectiva anedotas, desenhos, histórias, ilustrando as facetas dos jogos tradicionais de criança que nos deram tanta alegria, risadas e satisfação, de forma simples e natural.
Mulher . Originalmente este desenho era um sticker preto e branco que colávamos por aí nas ruas de São Paulo, mas depois eu resolvi colorí-lo e mandá-lo para a edição Mulher da revista online Ideafixa. Rolou.
Vektor Karma . Colaboração para a revista digital Vektorika, da Indonésia. O projeto se chamava Vektor Karma e faria parte da edição Asiana. Os convidados deveriam fazer um remix de uma ilustração vetorial já pronta, no caso desta, uma imagem de Buda.
geral quando você produz um material para publicidade que vai sair, por exemplo, numa revista e depois eles querem reutilizar para TV. Ai você pode ganhar um pouco mais lá na frente. Mas não é como quando você tem uma autoria, quando você tem os Royalties.
de paleta de cor, um tipo de sensibilidade. Ai vem um cara que quer que você faça um negócio assim, quadrado, com uma cor que você não gosta de usar. E, se você faz isso por muito tempo, você definha. E se você definha, a cada tempo a mais que você passa distante de fazer aquilo que você gosta, fica tedioso, fica duro, Então este seria mais ou menos o meu plano você deixa de ter uma elasticidade criativa. E B. Que eu quero muito que seja meu plano A, na passado muito tempo, então é quando você verdade. Queria um dia entra em crise. A minha crise já veio, já está em que eu realizasse “O Hiro sempre aqui me rondando. Pô, ano passado não veio totalmente esta fala no famoso trabalho, veio muito pouco, eu gastei mais da transição do ilustrador ‘Plano B’, ele metade da minha poupança. Ai fui comentar isso para o autor. Seja em tem os planos com um amigo e ele me devolve “O mercado de livros ilustrados ou não, dele, eu tenho publicidade, hoje, só quer 3D”. 3D é muito legal, seja trabalhando com o meu.” mais não é minha praia. Se eu fosse parar tudo, o cinema, que seria porque precisando de dinheiro isso lhe passa pela bem legal, voltar para cabeça, para fazer 3D eu estaria para deixar tudo o cinema. É lógico que este é um grande passo o que eu criei, conquistei, de lado para embarcar e vai me exigir muito planejamento, mas eu não num mercado ultra competitivo onde garotos de descarto nada. A única coisa que sei é que, hoje, 18 e 20 anos já sabem muito mais que eu, um o mercado está muito tedioso para mim. Está mercado dominado por estúdios e eu sendo só muito difícil de se competir, por causa dos valores um. Vou querer aprender 3D para ser empregado que estão cada vez mais baixos. E eu não sou num destes estúdios? Ou então, vou ainda querer uma pessoa que gosta de alterar a qualidade do investir em publicidade? Vou atrás de um negócio meu trabalho. Toda vez que isso acontece eu que não quer mais o meu trabalho? Mas então o fico muito mal. Realmente, se eu tenho que fazer menos do que eu sou capaz, o que geralmente que eu posso fazer para manter o meu trabalho acontece quando se trabalha com publicidade vivo? Virar um autor. Se vai dar certo eu não sei, pela velocidade, o tipo de trabalho exigido pelo é apenas uma vontade, uma das portas a qual mercado. A pressão para você fazer um tipo de posso seguir. Cada um que passa por uma crise, desenho que por vezes você fica de saco cheio uma dificuldade, acaba encontrando uma rota de de fazer. Você tem um tipo próprio de desenho, fuga. Esta é a minha. Espero que daqui à cinco um modo de pensar, uma maneira de criação. anos esteja tenha ao menos metade da minha Até mesmo na parte técnica você tem um tipo produção voltada a isto. p. 9
SAUDADE
Desenho por Soraya Hossain com cores por Gabrielle Souza p. 10
“O colorido sempre presente - Hoje o tempo me contou segredos deste pequeno, imenso e inconstante lugar� Soraya Hossain p. 11
TA
ENTREVIS
Arthur D’Araújo O criador do Pupunha Ink Visitamos o encontro mensal e conseguimos trocar uma ideia com seu criador. Arthur nos mostra o potencial da aproximação lúdica que torna capaz integrar artistas e aspirantes para desenhar juntos. Você poderia se apresentar? Meu nome é Arthur D’araujo e organizo o Pupunha Ink. Eu sou artista plástico, me formei em artes plásticas, e atualmente também trabalho com ilustração - trabalho com ilustração desde 2001, 2003, por ai - e ultimamente trabalho com publicidade também, trabalho como diretor de arte. Como se deu seu contato com o Pupunha Ink? Então, na verdade, eu que criei o Pupunha Ink. Eu o comecei o em 2006, mais ou menos, com um amigo que cursava a faculdade comigo, Fellipe Martins. A gente sentava sempre num bar depois da aula e ficávamos desenhando. Então começamos a criar uns jogos tipo desenhar no mesmo caderno, um completava o desenho do outro... Gostávamos disso, e virou um hábito, um “evento”, só que com duas pessoas. Começamos a fazer isso num pub, convidávamos amigos e dava certo, era divertido. Depois de um tempo pensamos: “Precisamos dar um nome a isto”. E ai acabamos dando o nome de Pupunha Ink... Nem sei como o nome veio. Depois disso, em p. 12
2009, estava com a vontade de fazer isto de novo, de trazer para mais gente, que fosse uma coisa mais aberta para outras pessoas. Então chamei vários amigos ilustradores e a gente se encontrou num bar, trocamos cadernos... O formato era bem diferente, tinha 12 pessoas na época, era um formato bem diferente. Um ano depois, já com a Marina [Grando], a gente resolveu fazer o Pupunha Ink num formato bem parecido com o que é agora. Foi meio que de última hora, fiz um logo, fiz um pôster, peguei um bar do lado de casa - na época, na Fradique Coutinho - e chamei um monte de gente pela internet, tinha umas 30 pessoas. Eles gostaram então fizemos no outro mês, e no outro, e a gente nunca parou. Ai foi crescendo e trocando de lugar. Quais jogos vocês desenvolveram? Os jogos começaram lá pelo quarto evento. Na época a maior parte dos frequentadores eram amigos - normalmente um pessoal da ilustração- e tinha as namoradas, que não desenhavam e ficavam meio de fora. Ai a gente pensou em como trazer estas pessoas que ficavam meio de fora, desconfortáveis, conversando num grupinho. Ai Nina [Marina Grando] trouxe isto: Fez um jogo meio aleatório de desenhar numa revista, disto veio o Figurativo/Abstrato, depois o Quem Mata Quem. Desde então, quando conseguimos, sempre desenvolvemos um jogo novo.
Quais foram as principais diferenças no formato do Pupunha depois que você passou a organizar o Pupunha com a Nina?
Na difusão do Pupunha Ink para outras cidades, como vocês pretendem manter a identidade do evento?
A primeira coisa que a gente decidiu foi tirar o foco dos sketchbooks (cadernos de esboços de desenho). Ainda os temos, o pessoal continua trazendo, mas os jogos são o diferencial em relação aos outros eventos de desenho, os quais a gente descobriu e entrou em contato. A gente decidiu focar naquilo que a gente fazia, dos jogos com as namoradas e o pessoal que não desenha. Também procuramos lugares que fossem melhor iluminados, que tivessem mesas para todos desenhar.
Tendo em vista como era começo, que era uma coisa mais underground, que rolava num lugar mais sujo, que o pessoal bebia de pé e desenhava no caderno mesmo. Esta estrutura que acabamos deixando de lado, não totalmente mas, com um foco em favor de uma coisa mais social, de interação, dos jogos. Uma coisa em que uma pessoa que nunca desenhou joga e começa a desenhar à partir daqui. Que integra um público que não são só ilustradores. Embora aqui tenhamos muitos ilustradores, também tem gente que não tem nada a ver com isto, administradores, empresários, todo tipo pessoa. Os jogos trazem o desenho como uma experiência mais lúdica e menos profissional. Também, já fomos procurados por muitas empresas que ofereceram distribuir brindes, mas nós não fazemos sorteios ou distribuímos brindes. Nosso processo envolve muito mais o aspecto lúdico, de interação espontânea, do que a pessoa vir aqui para ganhar um livro ou uma coisa assim.
O que você prevê para o desenvolvimento do Pupunha Ink? Um caminho que a gente está tomando, em primeiro lugar, é do Pupunha funcionar mais independentemente de mim e da Nina. Porque, por exemplo, tivemos um mês em que estive viajando e não teve o Pupunha. Então estamos criando situações em que as pessoas que frequentam possam gerir sozinhos. Nós também iremos lançar uma revista em janeiro. Tem muita gente que produz um material muito interessante aqui, mas que acaba não servindo para nada. Também recebemos muitos pedidos de pessoas que querem levar o Pupunha para outras cidades. Recebemos muitos pedidos do gênero do Rio, do Pará, de Florianópolis, até da Zona Leste daqui de São Paulo mesmo.
Abaixo: Mesa com os ilustradores gêmeos Magno e
Como o Pupunha Ink agrega à seus frequentadores? Conheço muita gente que veio aqui e fez amizades que perduram, eu inclusive. Também quando preciso de mais gente num projeto, chamo pessoas do Pupunha. Também é bom para aqueles que tem de perder a timidez na marra, pois tem que dividir mesa, a bebida, os jogos. Esse é um tipo de coisa que não é só gratificante, mas te enriquece como pessoa.
Marcelo Costa, convidados para o desenho do cartaz de divulgação da edição de setembro de 2012 do Pupunha Ink.
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EVENTOS
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Guia cultural Os desenhos vistos e feitos de uma maneira diferente
Pupunha Ink
Em São Paulo podemos encontrar lugares para todos os gêneros de pessoas, não seria diferente com os ilustradores. O Pupunha Ink é um encontro para todos esses ilustradores, seja um profissional, um amador ou apenas alguém apaixonado por rabiscos. Acontece uma vez ao mês, entrada gratuita, pagando apenas o que se consome afinal, além de um lugar para deixar a imaginação fluir, é como um bar, com bebidas e petiscos. O evento segue o princípio de “drink and draw” (beber e desenhar), sendo assim um p. 14
lugar ideal para desenhar, beber, dar risada, conversar sobre todos os assuntos em comum, principalmente sobre arte, trocar experiências, fazer amigos e se divertir. Para aqueles mais tímidos, ocorrem alguns jogos para interação, todos relacionados ao desenho. A divulgação acontece por meio das redes sociais e, além de indicar datas e horários, divulga as obras das edições anteriores, incluindo o cartaz que é criado por um artista diferente a cada mês. http://pupunhaink.blogspot.com
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Bistecão Ilustrado
No mesmo gênero, o evento Bistecão Ilustrado reuni dezenas de ilustradores e amadores para conversar, desenhar e beber. Não é um negócio que visa lucro, mas é cobrada uma taxa de 5,00 (cinco) reais na entrada, servem para o pagamento dos brindes que são distribuídos durante a noite, produção do evento e a recepcionista. Um atrativo deste evento é o papel kraft colocado sobre todas as mesas, junto à alguns gizes de cera. Em toda edição acontecem alguns sorteios, desde pequenos cadernos e canetas à cursos livres referentes à desenho. Um lugar para todos se conhecerem e criarem amizades e após às 22h começa a lotar, o ambiente muda um pouco, pois começam a ficar apenas as pessoas mais alegres e sociáveis. http://www.bistecaoilustrado.wordpress.com
SketchJazz
Este evento reuni esses mesmo ilustradores, porém com uma ideia diferente. Além de conversar e trocar experiências, há a música ao vivo, uma banda que só toca Jazz e Blues, a proposta é praticar desenhos de observação com a música como expiração, encontramos desenhos do ambiente, das pessoas presentes e da banda se apresentando. O artista aprende a lidar com as dificuldades do ambiente, por não ser as mesma condições de um estúdio e os modelos não estarem parados, o que torna a experiência ainda mais incrível e única. Esses desenhos criados durante o evento são expostos no site oficial, e alguns são vendidos no mesmo. São cobrados apenas consumo e couvert artístico. http://www.sketchjazz.org
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CULTURA
Boêmia
Um conceito alterado com o tempo
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A boêmia foi considerada um estilo de vida que designou de um movimento artístico e literário, o qual buscava um ideal artístico de recusa à dominação burguesa, em relação a bens materiais, a grandes projetos e às normas. Originou-se no século XIX e teve uma grande ascensão na França dos séculos 30 e 40.
Essa popularização chegou ao Brasil ainda no século XIX, vinculada às experiências em Paris. Cariocas (Rio de Janeiro – Brasil) viam a boemia como uma vida intelectual de artistas sem fortuna vivendo em um contexto histórico de grandes transformações.
O termo se tornou popular depois do lançamento de livros sobre o assunto. Henri Murger, autor de Scènes de la vie de bohème, descreveu algumas de suas experiências em Paris no século XIX, a legítima boemia, não como uma farra de fim de semana, mas como uma dura equação feita de pobreza, utopia, espírito libertário e desregramento e esta influenciou jovens burgueses a seguirem esse estilo de vida.
Hoje esse termo é pouco usado, porém o estilo de vida ainda existe, só não com as mesmas características de desregramento. Na cidade de São Paulo, maior centro metropolitano do Brasil, encontramos muitos desses artistas e com a repercussão nas redes sociais encontramos muitas reuniões entre eles, encontros onde se agrupam para que haja uma maior troca de experiências e compartilhamento de ideias.
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Cláudio Gil
Do esboço caligráfico à tipografia digital
Não faltam incentivos atualmente, por parte dos profissionais e educadores das artes gráficas, para o hábito da prática do desenho no caderno de esboços, ou como também é conhecido, o sketchbook. “O sketchbook é a universidade do ilustrador” - já disse Hiro Kawahara, ilustrador famoso por seus trabalhos comissionados pelo Mc Donald’s para as toalhas de suas bandejas. Muito do desenvolvimento técnico e criativo do artista vem sendo atribuído aos esboços aqueles feitos meramente para a prática descompromissada do desenho e suas experimentações. Isto não é de interesse apenas dos iniciantes que, por através do caderno, buscam consolidar sua base como futuros artistas profissionais, tdos os portadores dos cadernos ou mesmo blocos de papel jornal se aplicam. Abordamos como exemplo os experimentos realizados pelo famoso calígrafo brasileiro Cláudio Gil, em particular os esboços dos ensaios intitulados Saudade. Tomando como base letras esboçadas livremente, mesmo na ausência de estrutura delimitadora torna-se possível por através de um processo de revisão e racionalização do desenho a transformação desta escrita em uma fonte digital diferenciada e adequada para a reprodução em diversas aplicações gráficas. Não é o intuito desta matéria prolongar-se quanto a prática ou aplicações da caligrafia, para este feitio, aliás, não restam livros atualizados e de qualidade sobre o tema; Mas demonstrar através da descrição passo por passo ao lado este processo na construção da fonte digital Saudade Script.
O processo, explicado:
ade ade
ade ade ade apg apg the quick brown fox jumped over the lazy dog. 1234567890?!
O processo de transição da caligrafia à fonte digital inicia-se com a digitalização da escrita manuscrita. Em seguida, analisa-se o desenho da letra e é elaborada uma métrica correspondente. Neste caso, a medida é feita baseando-se na largura da pena utilizada no desenho. Os traços dos caracteres são um a um percorridos, refinados e modificados respeitando a métrica.
Transpondo os caracteres para um software de composição de fontes, é determinado o espaçamento entre os caracteres. Como característica desta escrita, estes espaçamentos são breves
Alguns pares de caracteres exigem um ajuste de espaçamento específico, invadindo o espaço negativo da letra precedente. Tal como ocorre entre os despojados “p” e “g”.
Finalmente a fonte é exportada em formato .ttf, de fácil acessibilidade para diferentes sistemas operacionais.
p. 17
EVENTOS
Sempre tem...
Tim infinity: Liga pra toda a sua lista telefônica, principalmente para quem não devia, sem fronteiras.
O momento em que você está com os amigos e, depois de beber algumas doses, todos se transformam em personagens com perfis diferentes. Todos esses personagens são capazes de conviver em plena harmonia em um ambiente descontraído, mesmo com perfis peculiares e diferentes, antes e depois dessa transformação.
High School Musical: Se sente o cantor, o mundo dele se torna um constante musical.
Sanfona: Não para de chorar e desabafar sobre a vida. “Chora feito uma sanfona”.
220: Parece uma pilha, não para um segundo. Push pop: Quer ser o pop, quer que a mulherada push o seu pop.
Mr M: Some no momento certo. Picasso: Todo desconfigurado. p. 18
Língua solta: Sai falando de tudo e de todos.
Língua solta: Sai falando de tudo e de todos.
Mãe: Cuida de todo mundo.
Clima tempo: Faz previsões do futuro, lamenta o passado e nunca está no presente.
Disney: Quando bebe tudo fica lindo.
Iê-iê: O palhaço da roda, não economiza nas piadas e graças. Megafone: Fala alto e sem parar.
Horário fixo (4:20): Só pensa na erva, mais conhecida como maconha.
BOA: Quer curtir o momento e ter inspirações. Dorflex: Alivia as dores do companheiro.
Adormecido: Dorme no meio da festa.
Devassa: Aparenta ser quieta, mas quando bebe lança olhares fatais para todos os lados.
Bob Esponja: Simplesmente suga a bebida.
p. 19
TE
EXPEDIEN
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