PPP2014

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PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO


APRESENTAÇÃO 5 CAPÍTULO I » IDENTIDADE 9 1 » A COMPANHIA DE JESUS E OS COLÉGIOS 11

3 » ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 76 4 » FUNCIONAMENTO GERAL DO COLÉGIO 80

1.1 Jesuítas no Brasil 1.2 Rede Jesuítas 1.3 O IHS 16

4.1 Calendário Escolar 80 4.2 Horários 80 4.3 Horários de Funcionamento dos diversos setores no Colégio 81

3.1 Infraestrutura 76

2 » A PRÁTICA PEDAGÓGICA 17

5 » AVALIAÇÃO 84

2.1 Pressupostos da Pedagogia Inaciana 17 2.2 Paradigma Pedagógico Inaciano 19

5.1 Nas Unidades de Ensino Fundamental I (3º ao 5º ano), Fundamental II (6º ao 9º Ano) e Ensino Médio 85 5.2 Dependência 88

3 » PROJETO EDUCATIVO COMUM DA COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA DO SUL (PEC) 22 4 » COLÉGIO CATARINENSE 24 4.1 História do Colégio Catarinense 24 4.2 Missão e Visão 26 4.3 Objetivo Geral 26 4.4 Princípios: 27 4.5 Espaço Físico 28 5 » PROJETOS INSTITUCIONAIS 30 5.1 Trabalho em Rede 31 5.2 Projeto de Inclusão Social: Ensino Médio 32 5.3 “Lixo Zero” 33 5.4 Projeto Relações Interpessoais e Combate ao Bullyng e ao Consumo de Drogas 35 5.5 Técnologia Educacional 36 5.6 Fundação Fé e Alegria 36 5.7 Planejamento Estratégico 38 5.8 Sistema de Qualidade da Flasci 39

CAPÍTULO 2 » ORGANIZAÇÃO GERAL 42 1 » COMUNIDADE EDUCATIVA 42 1.1 Comunidade Religiosa 42 1.2 Formação Continuada 43 2 » NÍVEIS DE ENSINO 45 2.1 Educação Infantil 45 2.2 Ensino Fundamental (1º ao 5º Ano) 53 2.3 Ensino Fundamental II (6º ao 9º Ano) 61 2.4 Ensino Médio 64

CAPÍTULO 3 » ORGANOGRAMA E MANUAL DE FUNÇÕES 92 1 » NATUREZA E OBJETIVO DO COLÉGIO 94 2 » MANTENEDORA 94 3 » ORGANOGRAMA GERAL DO COLÉGIO 95 3.1 − Unidade de Direção-geral 95 3.2 − Direção Financeira 95 3.3 Direção Acadêmica 97 4 » CONFIGURAÇÃO DAS UNIDADES 100 4.1 Unidades de Assistência e Acessoramento 100 4.2 Serviço de Apoio ao Ensino e às Famílias 101

5 » OUTROS SERVIÇOS DISPONÍVEIS NO COLÉGIO CATARINENSE 104 5.1 – Biblioteca 104 5.2 – Teatro 106 5.3 − Museu do Homem do Sambaqui − Pe. João Alfredo Rohr, SJ 107 5.4 − Atividades Esportivas 111 5.5 − Atividades Complementares 114 5.6 − Pinheiral 116 5.7 – Casa de Retiros Vila Fátima – Morro das Pedras 117 5.8 − Igreja Santa Catarina de Alexandria − Centro Pastoral 118 5.9 − Grupo Escoteiro Anchieta − GEA 119 5.10 – Associação de Pais e Professores − APP/CC 120 5.11 – Associação dos Antigos Alunos da Companhia de Jesus − ÁSIA 120 6 » DOCUMENTOS COMPLEMENTARES AO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO 121


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APRESENTAÇÃO O Colégio Catarinense, é um centro educativo da Companhia de Jesus e, participa de um legado de mais de quatro séculos dedicados à educação. O primeiro Colégio Jesuíta, fundado em Messina, na Itália, em 1548, foi composto por um corpo docente qualificado e multicultural, e desde então, os Jesuítas têm prezado por uma formação acadêmica consistente, almejando a excelência no processo educativo. O êxito dessa experiência fundante resultou em contínuas solicitações para a abertura de novos colégios, e estes se multiplicaram. Atualmente, os Jesuítas têm centros educativos, em todos os continentes, e atendem crianças e jovens desde o ensino infantil ao universitário. O rápido crescimento exigiu consistente organização a fim de se manter a unidade e a excelência no ato de educar em diferentes tempos e espaços. Após décadas de estudos e experiências, continuamente avaliadas e ressignificadas, num amplo trabalho em rede , foram definidas as características da Educação Jesuíta. Das socializações de experiências e das problematizações teóricas surgiu um documento intitulado Ratio Studiorum, publicado em 1599. Ele passou a ser o referencial teórico e prático da educação Jesuíta e marcou decisivamente toda a história da educação do Ocidente. O Colégio Catarinense beneficia-se dessa sólida tradição, e, como obra da Companhia de Jesus, participa desse legado de mais de quatro séculos de serviço à educação. Para isso, conta com um corpo docente qualificado e em contínua atualização. Esse trabalho em rede é continuamente atualizado ao longo dos séculos, e hoje, por meio de educadores especializados e com o uso de diversos recursos tecnológicos, os Colégios Jesuítas mantém uma educação de excelência. Atualmente norteiam o ensino das centenas de Colégios Jesuítas, as características da educação da Companhia de Jesus (1987), Pedagogia Inaciana 1 O termo “rede” se refere ao trabalho disseminado pelos colégios da Companhia de Jesus espalhados pela Europa.

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uma Proposta Prática (1993), e o Projeto Educativo Comum (2005). Atualmente, existem cerca de 200 centros Jesuítas de ensino superior no mundo. Na América Latina, são 94 Colégios Jesuítas, que atendem a mais de 130 mil estudantes, dos quais em torno de 3000 estudam no Colégio Catarinense. No intuito de proporcionar aos alunos e alunas uma educação de excelência e para toda vida, a proposta formativa do Colégio Catarinense transcende o mero aprender a ler, a escrever e a calcular e vai além do passar de ano ou ser aprovado no vestibular. Contribui para que os alunos alarguem seus horizontes, encontrem formas criativas e consistentes de enfrentar os vestibulares da vida. Isso requer uma educação ampla e integral, com o pressuposto de que os indivíduos, mais que pessoas de sucesso, sejam homens e mulheres de valores, capazes de enfrentar os desafios atuais, imprimindo marcas positivas por onde passarem. Uma educação preocupada em desenvolver valores prepara o aluno para enfrentar os desafios inerentes a uma sociedade marcada pela competição, autossuficiência, consumismo e, muitas vezes, desprovida de elementos éticos e evangélicos. Isto requer espaços especiais de ensino e aprendizagem, que vão além da sala de aula, tais como: Casa da Juventude de Pinheiral, Olimpíadas, Dias de Integração, Jogos Interséries, Encontros de Formação, Jornadas na Lagoa do Peri, Feira Científico-cultural, Feira do Livro, grupos de teatro, atividades esportivas, viagens culturais, para citar alguns dos muitos projetos e atividades promovidas pelo Catarinense. Para fazer jus à identidade cristã também são oferecidos atendimento e cultivo espiritual, possibilidade de preparação sacramental, vivências de voluntariado e celebrações eucarísticas. Ou seja, múltiplas atividades formativas que deixam lembranças positivas que ficam para toda vida. Num cenário complexo como o atual, muitos desafios permeiam os processos educativos. Dentre eles, deve ser destacado o desafio ecológico ao qual o Colégio Catarinense responde de forma transversal apostando no Projeto “Lixo

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Zero”. Ciente de que o cuidado com o ambiente escolar e, consequentemente, sensibilizando para os problemas planetários, fica evidente que o cuidado com a mãe terra, o uso de energias renováveis, a captação de água e energia solar, são caminhos possíveis e necessários para viabilizar a vida na Terra. O projeto também contribui para avaliar e examinar os hábitos e costumes, além de questionar a lógica do consumismo, que mais escraviza do que liberta as pessoas. Ele é impregnado de valores, repleto de possibilidades formativas e diversificado nas formas de abordagem, questiona e educa alunos, professores, funcionários e pais tendo no horizonte um mundo melhor. O Colégio Catarinense abre as portas para que todos possam encontrar formas criativas, alegres, lúdicas, responsáveis e organizadas de educação, que promovam e construam um mundo mais justo, fraterno e solidário. Para muitos professores, funcionários e alunos, o Colégio Catarinense assemelha-se à segunda casa, um lugar de convívio e partilha, de encontros e aprendizagens, afetos, organização e autonomia, de liberdade e compromisso. Na trajetória de mais de 100 anos de existência, muitos foram aqueles que contribuíram e construíram o Colégio e eles merecem um justo louvor e gratidão. No entanto, também é justo agradecer os que ainda hoje dão vida e sentido ao Colégio Catarinense. Com os educadores de hoje, o Catarinense celebra o dom de uma educação de qualidade, a oportunidade de construir um mundo mais justo e fraterno, o convite a educar os alunos para que estejam aptos a enfrentar os desafios atuais e se comprometam com a construção de uma sociedade mais justa. Trata-se de educar para toda a vida e isto só é possível quando se contempla todas as dimensões da pessoa – aspectos somáticos, psíquicos e espirituais. O Colégio Catarinense mantém seu compromisso com a sociedade em geral. Está atento ao contexto do mundo em que vivem os seus alunos, mapeando os principais desafios e buscando saídas criativas para os mesmos. Diante desse cenário, assumir a missão de educar os alunos para que

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sejam líderes competentes, conscientes, compassivos e comprometidos com um mundo melhor é aproximar a escola da vida. Por fim, acreditar que a ação educativa tem deixado significativas lembranças e marcas nos alunos do CC: as marcas de uma educação integral, manifestada na excelência humana e acadêmica, que são para toda a vida. Padre Mário Sündermann, SJ Diretor Geral do Colégio Catarinense

PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO » INTRODUÇÃO Projeto Político-Pedagógico é o documento que norteia e define nossas ações, nossas estratégias e metodologias pedagógicas e pastorais. É o documento articulador entre o saber escolar e a formação do cidadão que desejamos: competente, consciente, comprometido e compassivo. É o documento que permite aos professores e colaboradores visualizarem de forma clara e didática nossas concepções de educação, nossos princípios filosóficos e teológicos. São estes princípios que balizam nossas atividades, iniciativas, ações e serviços. Também explicita nossa identidade cristã católica, nossa organização curricular, nossa concepção pedagógica nos diversos níveis de ensino e áreas do conhecimento e nosso plano curricular. Como afirma Paulo Roberto Padilha, Diretor do Instituto Paulo Freire, em São Paulo, “o PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo”.

CAPÍTULO I » IDENTIDADE

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1 » A COMPANHIA DE JESUS E OS COLÉGIOS 1.1. Jesuítas no Brasil Data de 1549 a chegada dos primeiros sacerdotes Jesuítas no Brasil. Enviados por Santo Inácio de Loyola, Fundador da Companhia de Jesus, desembarcaram na Bahia junto com o primeiro Governador Geral, Tomé de Souza. Os religiosos eram liderados pelo Pe. Manuel da Nóbrega. Desde o início encarregaram-se da educação e da pregação da fé cristã. Os historiadores creditam aos Jesuítas a implantação de um sistema formal de educação. Ao chegarem ao Brasil, os jesuítas logo perceberam que só seria possível alguma ação missionária após os índios dominarem conhecimentos básicos de leitura e escrita. Mas, para que isso ocorresse, também foi preciso que alguns jesuítas dominassem o idioma dos nativos. Nesta empreitada, destacou-se José de Anchieta, que veio em 1553 com o segundo Governador Geral, Duarte da Costa. José de Anchieta escreveu um dicionário, uma gramática e um catecismo na língua tupi-guarani. Também escreveu peças de teatro e as utiliza bastante fazendo os indígenas participarem ativamente da montagem das peças. Anchieta foi o Jesuíta que mais se destacou neste primeiro momento, ajudando, inclusive, na fundação do Colégio Piratininga, origem da cidade de São Paulo. Contribuiu na mediação dos conflitos entre os brancos e os indígenas. Outro grande Jesuíta a se destacar aqui no Brasil foi o Padre Antônio Vieira, como religioso, filósofo, escritor e notável orador sacro. Nesta qualidade, defendeu, infatigavelmente, os direitos dos povos indígenas, combatendo a sua exploração e escravização e fazendo a sua evangelização. Era por eles chamado de “Paiaçu” (Grande Padre/Pai, em tupi). Na literatura, seus “sermões” possuem considerável importância na literatura do barroco brasileiro e português. As universidades frequentemente exigem a sua leitura. Do séc. XVI ao séc. XVIII, os Jesuítas tiveram uma atividade educativa muito intensa chegando a ter mais de 670 núcleos

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de evangelização entre colégios, aldeias, missões e comunidades religiosas até sua expulsão em 1751 pelo Marquês de Pombal. A Ordem dos Jesuítas foi supressa pelo Papa Clemente XIV, a 8 de junho de 1773 e restaurada quarenta e um anos depois pelo Papa Pio VII a 7 de agosto de 1814 (Bangert, 1985). Interessante destacarmos que, no século XVIII, Paranaguá (PR) tornou-se o centro das atividades sacerdotais e pedagógicas através de uma residência e um colégio criados em 1708 pelos Jesuítas. Na Ilha de Santa Catarina abriram uma residência e um colégio. Descendo para o sul, sua presença foi marcante nas reduções jesuíticas, onde moravam com os índios, procurando sempre salvaguardar as culturas indígenas e acrescentar a cultura barroca europeia cristã. Em 1814, puderam voltar a se instalar na Ilha de Santa Catarina, pois a perseguição cessou e foi restaurada a ordem “Companhia de Jesus” pelo papa Pio VII. Mesmo sem reaver as propriedades que haviam sido confiscadas, retomaram as práticas educativas e missionárias, espalhando-se pelo Brasil. Na atualidade, destaca-se o Papa Francisco, nascido Jorge Mario Bergoglio. É o 266º Papa da Igreja Católica e atual chefe de estado do Vaticano, sucedendo o Papa Bento XVI, que abdicou ao papado em 28 de fevereiro de 2013. Papa Francisco é natural da Argentina, Buenos Aires onde nasceu em 17 de dezembro de 1936. Para nós, há dois destaques a serem feitos: primeiro por ser o primeiro Jesuíta a assumir um papado e segundo, o primeiro Papa não europeu e nascido na América do Sul.

No Brasil, a Companhia de Jesus continua sua missão educadora em 5 universidades e 14 colégios. 1.2. Rede Jesuíta O Colégio Catarinense faz parte de uma grande rede de Colégios da Companhia de Jesus. Sua história a serviço de uma educação de excelência humana e acadêmica reflete as opções fundamentais da Companhia de Jesus. Atualmente, essa rede reúne, aproximadamente 950 unidades de ensino em mais de 60 países. Já em 1548, poucos anos após a fundação da Ordem, por Santo Inácio de Loyola, os Jesuítas abriram o primeiro colégio em Messina, na Itália. Santo Inácio, um homem sereno, reflexivo, atento às necessidades de seu tempo e às inspirações do Espírito, percebeu que não bastava formar bons religiosos, mas era importante, no contexto social e cultural de sua época, formar crianças e jovens a partir dos valores cristãos. Nesse sentido, compreendeu na educação um espaço privilegiado para formar cidadãos preparados para assumirem, em sua vida e ação, os valores evangélicos que desejava construir. As instituições educativas da Companhia de Jesus, portanto, têm como objetivo construir e fortalecer o desenvolvimento harmônico e integral de seus alunos, em vista do bem comum. Santo Inácio deixou, nos “Exercícios Espirituais”, um método de oração que visa a contribuir para que a pessoa encontre seu lugar no mundo, percebendo-se como um ser de relações com Deus, com os outros e com o mundo. Na metodologia dos Exercícios Espirituais, há vários aspectos inerentes ao desejo da formação integral. Além disso, o fundador deixou um texto inspirador dos objetivos e finalidades educativas: a parte IV das Constituições da Companhia de Jesus. O objetivo era unir a aprendizagem e o ensino das letras humanas com os bons hábitos e virtudes. Este constituiu o princípio orientador dos Jesuítas, nos primeiros dois séculos de existência da Ordem: a elaboração de um documento que

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detalhasse as técnicas, as formas de organização, o programa e a metodologia escolar, considerando o fim para o qual se destinavam. Esse documento deveria reunir as orientações de cunho metodológico, que caracterizavam a tradição e o modo Jesuíta de educar. Em 1599, após décadas de estudos e experiências, foi publicado o documento “Ratio Studiorium,” que inspirou a tradição pedagógica de todo o Ocidente. O Ratio Studiorum foi sendo aplicado e recebendo as adaptações necessárias, de acordo, inclusive, com o que já preconizava: que a pedagogia e as estratégias deveriam ser adaptadas e aplicar-se-ia as mais eficazes para cada momento, situação, cultura, região, povo, comunidade e indivíduo, desta maneira destacando o modo jesuíta de educar. O Ratio abordou a organização das aulas, o modo de ser e de proceder dos alunos, a importância em participar ativamente dos exercícios, a fim de atribuir aos estudantes responsabilidade ativa à sua formação e ao seu desenvolvimento intelectual. Retratou também o papel do professor, a preocupação com a formação de cada mestre que iria lecionar nos colégios da Companhia e formar a juventude. Também contemplou a organização administrativa dos colégios, a função de cada membro desses Colégios Jesuítas, a distribuição das aulas, entre outros. No século XX e com a renovação da Igreja, surgida com o Concílio Vaticano II, percebe-se a necessidade de nova sistematização conceitual. Pe. Pedro Arrupe, SJ, então Superior Geral da Companhia de Jesus, lançou um desafio a todos os superiores e participantes do Simpósio sobre Ensino Médio, ocorrido em Roma, em 23 de setembro de 1980, ao proferir sua alocução Nossos Colégios Hoje e Amanhã. Nesse documento, faz algumas considerações gerais, mas ressalta claramente o aspecto apostólico dos centros educativos. Pe. Arrupe afirma que “O Colégio é um grande instrumento de apostolado que a Companhia confia a uma comunidade ou a um grupo definido de homens dentro de uma comunidade com um fim que não pode ser senão apostólico. Esta entrega

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a tais homens para tal fim é um autêntico ato de ‘missão’. O Colégio é primordial meio de apostolado para esta comunidade” (NOSSOS, 1980, p. 9) Pe. Arrupe disserta sobre a necessidade de todos viverem essa convicção, alertando sobre o aluno que a Companhia pretende formar. A partir dessa alocução, a Companhia de Jesus sentiu a necessidade de elaboração de um documento mais detalhado, que servisse de orientação a todos os profissionais que passassem a integrar o corpo docente dos colégios, não mais restrito ao trabalho exclusivo dos Jesuítas. É produzido, então, um novo documento orientador da Pedagogia Inaciana: Características da Educação da Companhia de Jesus (1986), que passa a ser o norteador da ação educativa que permeia as instituições espalhadas pelo mundo, responsáveis por uma grande variedade de tipos e níveis de ensino, tendo, em seu escopo, como destaque: 1. Respostas às exigências dos tempos; 2. A formação profundamente humanista; 3. O caráter integrador entre a fé e o humanismo, a fé e a cultura, a fé e a justiça; 4. O otimismo pedagógico, como consequência da sua confiança na pessoa; 5. O sentido da liberdade e do serviço; 6. A relação entre a socialização e a qualidade da intervenção cívica; 7. O compromisso com a vida – a fé se torna justiça; 8. O contato e respeito com o meio em que está inserida; 9. A implicação da interdisciplinaridade na formação integral; 10. O cuidado com o meio ambiente. “O objetivo da Educação Jesuíta é ajudar o desenvolvimento mais completo possível de todos os talentos dados por Deus a cada indivíduo como membro da comunidade humana”. (CARACTERÍSTICAS, 1986, p.25).

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1.3. O IHS

2 - A PRÁTICA PEDAGÓGICA 2.1 Pressupostos da Pedagogia Inaciana Pressupostos Teológicos

O símbolo IHS, usado pelos Jesuítas, é um modo artístico de escrever o nome de Jesus, com duas alusões complementares: Ele é a luz do mundo e, ao mesmo tempo, o Salvador crucificado. As letras são os três primeiros caracteres, latinizados, do nome grego de Jesus: iota, eta, sigma. Existe uma pequena variante: no lugar do I, aparece o J, uma letra introduzida tardiamente no alfabeto latino para substituir o I inicial. De um modo mais simples, podemos ler, no IHS, “Jesus, Homem Salvador”. Desde os tempos de Santo Inácio de Loyola, que já o inscreveu no seu selo pessoal, os Jesuítas usam esse símbolo como uma espécie de “marca registrada”, em alusão ao nome oficial da Ordem: Companhia de Jesus. Santo Inácio, mesmo com a forte oposição daqueles que o acusavam de soberba, por usar o nome do Salvador e não o de algum santo para designar o grupo que liderava, fez questão de mantê-lo como característica que correspondia a sua própria trajetória espiritual. Ele desejava que o grupo de seguidores fosse reconhecido como amigos do Senhor e encontrasse em Cristo o modelo de vida humana. São Jesuítas porque se reúnem em torno de Jesus, desejosos de, com Ele, levar avante sua missão salvadora.

Os centros educativos da Companhia de Jesus espalhados pelo mundo têm por objetivo:” Formar homens e mulheres de seu tempo, comprometidos com a promoção da justiça e do bem comum, pessoas orientadas em seus princípios e em seus valores para o serviço aos outros, segundo o exemplo de Jesus Cristo. Desejamos “formar líderes” – aptos a construir uma nova sociedade, no serviço do Reino de Deus. Em outras palavras, “formar agentes multiplicadores”, capazes de se distinguirem por sua iniciativa de trabalhar juntos, sendo sensíveis, conscientes e comprometidos com os que mais precisam.”(CARACTERÍSTICAS, 1986, p. 38). Para a concretização desse objetivo, a ação educativa requer formação total e profunda da pessoa humana, em um processo educativo que aspire à excelência e que inclua um esforço de superação no desenvolvimento das próprias potencialidades. Nosso processo educativo objetiva exercer influência ética na sociedade, fazendo com que a educação ocorra tanto no plano moral como no intelectual . Pressupostos Filosóficos A Educação Jesuíta visa à promoção do diálogo entre fé e cultura, o que inclui o diálogo entre fé e ciência. Pressupõe um estudo rigoroso e perspicaz dos problemas e das preocupações cruciais do ser humano. Por essa razão, a educação do Colégio Catarinense é algo que se distancia do mundo das facilidades e superficialidades, dos slogans ou das ideologias consumistas, das relações puramente emotivas e egoístas e, também, das soluções momentâneas e simplistas. O ensino, a pesquisa e

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tudo o que faz parte do processo educativo têm enorme importância para o Colégio, que refuta toda visão parcial ou deformada da pessoa humana. Com isso, reforçamos o conceito de educação universal, não fragmentada, mas integral. Pressupostos Pedagógicos Educar é abrir o caminho para a liberdade e responsabilidade, é ensinar a caminhar por essa via, com serenidade e maturidade, tendo no horizonte o desenvolvimento integral dos dons e talentos inerentes a cada ser humano. No entanto, não há caminhos sem direções. Assim sendo, por trás de toda proposta de educação, existe uma cultura, concepção de pessoa humana e estratégias políticas que exigem análise, tendo como pano de fundo o modelo de sociedade a que aspiramos e o homem que pretendemos formar, movidos pelo trabalho colaborativo e pela esperança de viver e deixar, para as futuras gerações, uma sociedade mais humana e mais justa. Compreendemos, portanto, que as relações de aprendizagem dos indivíduos ocorrem em múltiplos planos, nos contextos: familiar, social, político, econômico, religioso, cultural e histórico. Nossa pedagogia está centrada na certeza de que precisamos nos ocupar da excelência humana integral, ou seja, unir excelência humana à excelência acadêmica de tal maneira que nossos educandos possam participar integralmente do contexto no qual estão inseridos. Para tanto, consideramos nossos alunos sujeitos de sua aprendizagem, devendo desenvolver-se como pessoas autônomas, críticas e comprometidas com a justiça social. O processo de ensino-aprendizagem, no Colégio Catarinense, ocorre por meio da interação dialética entre educador, educando e objeto de conhecimento. A escola é, por excelência, o espaço para o diálogo, a dúvida, a criatividade, as contradições, a solidariedade e a colaboração mútua.

2.2. Paradigma Pedagógico Inaciano Na década de 1980, a Comissão Internacional do Apostolado Educacional da Companhia iniciou um. Supõe relações maduras consigo, com o outro, com Deus e com a natureza. estudo com o objetivo de oferecer subsídios que instrumentalizassem os educadores em face das novas demandas e desafios contemporâneos, imputados à educação. O documento, intitulado Características da Educação da Companhia de Jesus (1986), traçava os objetivos do trabalho educativo, sem, no entanto, detalhá-los. Buscando responder, de forma coerente e prática, às diversas Comunidades Educativas, oferecendolhes referencial fiel ao modo de proceder inaciano, em 1993, o Superior Geral encaminhou a todos os colégios o documento “Pedagogia Inaciana: uma proposta prática”. Este documento articula o fazer pedagógico em sala de aula, segue uma dinâmica similar à dos Exercícios Espirituais propostos por Santo Inácio, que conjuga a vida do indivíduo com a do outro, em contínua relação com o transcendente e comprometida com o bem comum. “A educação da Companhia hoje não constitui nem pode constituir o ‘sistema’ unificado do século XVII. Embora alguns princípios do Ratio Studiorum ainda conservem sua validez, o currículo e a estrutura uniforme impostos a todos os centros educativos do mundo foram substituídos pelas diferentes necessidades das culturas e confissões religiosas e pelo aperfeiçoamento dos métodos pedagógicos que variam de uma cultura para outra. [...] Foram o espírito comum e a visão de Inácio que permitiram aos Colégios Jesuítas desenvolver princípios e métodos comuns. [...] Este mesmo espírito comum, juntamente com as finalidades básicas, os objetivos e as linhas de ação que dele derivam, pode ser uma realidade em todas as escolas da Companhia hoje, em todos os países do mundo, mesmo quando as aplicações mais concretas sejam muito diferentes e muitos detalhes da vida escolar venham determinados por fatores culturais diversos e por outras instâncias exteriores.” (CARACTERÍSTICAS, 1986, p. 65-66).

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A metodologia comum é fundamentada nos princípios do “aprender a aprender” e no “repensar criticamente”, com o desenvolvimento gradativo das capacidades de descobrir, investigar, pesquisar e avaliar, para que o aluno possa, a partir disso, intervir na realidade presente e participar da construção da sociedade atual e futura. “Aprender a aprender” é apropriarse e produzir conhecimento em uma assimilação crítica de informações, desenvolvendo, no aluno, competências que lhe possibilitem a compreensão e a intervenção na realidade. Privilegiar o “aprender a pensar” e o “aprender a fazer” pressupõe o respeito ao desenvolvimento cognitivo, afetivo e espiritual do educando, assim como obriga o professor a ser o desafiador da pesquisa, por parte do aluno, orientando-o e animando-o. A escola se constitui novo espaço, por excelência, para o diálogo, a dúvida, a criatividade, o questionamento, as contradições, a solidariedade, a colaboração mútua e, por isso, possibilita também ao educando desenvolver a capacidade de “aprender a conviver”, respeitando os demais em suas potencialidades e limites. O paradigma da Pedagogia Inaciana contempla cinco dimensões: contexto, experiência, reflexão, ação e avaliação. Essas dimensões são uma espécie de “mapa” que facilita a organização dos seguintes aspectos do processo de ensino e aprendizagem: a) a organização e o desenvolvimento dos conteúdos de cada disciplina; b) a seleção dos recursos didáticos; (c) a relação professor-aluno; e d) a construção da cultura institucional da escola. “A pedagogia, arte e ciência de ensinar, não pode ser reduzida a mera metodologia: ela inclui uma perspectiva do mundo e uma visão de pessoa humana ideal que se pretende formar” (Pedagogia Inaciana, 1993) Esse paradigma expressa as condições para que a aprendizagem ocorra de maneira significativa: a) CONTEXTO: a contextualização consiste em situar, nas suas circunstâncias, o sujeito e aquele aspecto da realidade que se quer experimentar, conhecer, aproveitar e transformar. Para

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Santo Inácio, este é o ponto de partida: situar-se na “verdadeira história”, enfrentar a realidade. Esta situação supõe considerar os condicionamentos sociais, econômicos, políticos e culturais, que podem distorcer a percepção e compreensão da realidade, o dinamismo da fé e a situação pessoal do indivíduo. b) EXPERIÊNCIA: a tarefa educativa fundamental, nesse nível, consiste em desenvolver, na pessoa, a capacidade de atender, estar pronta a perceber a realidade e os fenômenos que estão ocorrendo, não da maneira intelectualizada, mas de uma forma vivencial, percebendo que sentimentos ou reações são despertados, preparando, embora de forma primária, a ação que será desencadeada. Essa dimensão do paradigma possibilita que o aluno se perceba como ser histórico e que passe a “saborear as coisas internamente”. c) REFLEXÃO: consiste em perceber qual o significado, que relações existem entre cada uma das dimensões de sua vida e do próprio contexto daquilo que foi experimentado. Trata-se de um ponto de chegada para as perguntas que surgiram na experiência; é também um ponto de partida para buscar a sua compreensão, a fim de verificar a adequação entre o entendido e o experimentado, entre a hipótese formulada e o que foi apresentado pelos sentidos. A partir disso, então, será possível, conscientemente, optar por sua forma de participação. d) AÇÃO: todo o processo não se completaria se ficasse apenas no aspecto de formulação e comprovação de hipóteses, ou da emissão de juízos críticos sobre o que foi estudado. Mais que isso, deve desafiar o educando a assumir uma postura pessoal frente à verdade descoberta, revelada ou construída, e atuar de maneira coerente com esta postura. Assim, a ação é entendida como a manifestação operativa de uma decisão livremente assumida para a transformação da pessoa e da realidade institucional e social em que vive. e) AVALIAÇÃO: é a revisão da totalidade do processo pedagógico, considerando as etapas anteriormente descritas, para verificar e ponderar em que medidas se realizaram eficazmente e se os objetivos propostos foram atingidos, em

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termos de mudanças pessoais, institucionais e sociais. Mais do que olhar para trás, trata-se de rever o processo, perceber onde o avanço poderia ter sido melhor e, visualizando o horizonte possível, projetar o futuro. Faz-se com o objetivo de recolher o que foi realizado e relançar o processo. Os meios e instrumentos utilizados devem permitir que professor e aluno apreciem o progresso, o domínio dos conhecimentos e as capacidades adquiridas pelo estudante. Também consiste em uma revisão do processo pedagógico vivido ao longo de cada uma das dimensões do paradigma, para verificar e ponderar em que medida tal processo foi realizado eficazmente e em que grau os objetivos pretendidos foram alcançados. Em vista disso, o Colégio Catarinense investe na formação integral de seus alunos, no estudo das humanidades e da filosofia. Além disso, está atento às novas perspectivas teológicas, às questões sociais, éticas e relacionais. Desse cuidado, advém a necessidade de formação constante de seu corpo docente. A liberdade humana é respeitada e acolhida, a partir de princípios, regras e normas comuns que regem a Instituição. O Colégio também oportuniza a exploração da realidade, estimulando a Comunidade Educativa constantemente à crítica e à justiça social.

3 » PROJETO EDUCATIVO COMUM DA COMPANHIA DE JESUS NA AMÉRICA DO SUL (PEC)

Outro documento importante para os colégios da Companhia de Jesus é o Projeto Educativo Comum (PEC), que dá orientações e diretrizes para os 95 Colégios Jesuítas da América Latina e do Caribe que atendem aproximadamente 130.000 alunos, favorecendo uma contínua atualização dos Centros Educativos Jesuítas. O documento foi elaborado em 2005, como resultado de vários encontros e consultas realizadas aos diversos representantes dos colégios, da CPAL (Conferência dos Provinciais da América Latina), da AUSJAL (Associação das Universidades Jesuítas da América Latina), FLACSI (Federação Latino-americana de Colégios Jesuítas)

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e Federação Internacional de Fé e Alegria. Esse documento contém valores e princípios a serem partilhados por todos aqueles que trabalham nos Centros Educativos da Companhia de Jesus, sejam Jesuítas, leigos, colaboradores ou voluntários. Além disso, é um instrumento corporativo de referência obrigatória para as políticas e orientações, com vistas à ação e avaliação das instituições educativas de inspiração Inaciana, com um novo enfoque comum, visando a revitalizar sua identidade e compromisso no âmbito da educação. Para tal, procura definir os princípios educativos que dão prioridade à dignidade da pessoa e todas as suas dimensões, reconhecendo, no Evangelho, a sua fonte de inspiração, e, nos exercícios Espirituais de Santo Inácio, o modelo de sua dinâmica pedagógica. O documento ressalta que a Educação Jesuíta promove prioritariamente os seguintes valores: a) Amor, em um mundo egoísta e indiferente; b) Justiça, frente a tantas formas de injustiça e exclusão; c) Paz, em oposição à violência; d) Honestidade, frente à corrupção; e) Solidariedade, em oposição ao individualismo e à competição.

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4 - COLÉGIO CATARINENSE 4.1 História O Colégio Catarinense, com sede na Rua Esteves Júnior, em Florianópolis, Estado de Santa Catarina, mantido pela Associação Antônio Vieira (ASAV) e integrado ao Sistema Estadual de Ensino, foi planejado em meados de 1905, pela Companhia de Jesus, a pedido do então Excelentíssimo Senhor Governador do Estado de Santa Catarina, Vidal Ramos. Em 30 de agosto de 1905, foi criado, pela Lei Estadual nº 669, o Ginásio Santa Catarina, que, por contrato firmado em 04 de novembro de 1905, entre o Governador do Estado e a Companhia de Jesus (Sociedade Literária Pe. Antônio Vieira), iniciou as suas atividades letivas em 15 de março de 1906. Em 22 de outubro do mesmo ano, através do Decreto nº 6.187,

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foi equiparado ao Ginásio Nacional (Colégio Dom Pedro IIRJ), na época considerado colégio de referência no Brasil, para reconhecimento dos estudos realizados. Anos depois, em 06 de janeiro de 1943, foi autorizado o funcionamento do Ciclo Colegial, por meio do Decreto nº 11.235. Já pelo Ato nº 03, em 18 de fevereiro de 1970, da Inspetoria de Seccional de Ensino Secundário de Santa Catarina, foi aprovada a mudança de frequência, antes exclusivamente masculina, para mista. Em 1972, o Colégio foi integrado ao Sistema Estadual de Ensino, pela Lei 4.394/64 e pela Lei Federal (LDB) nº 5.692/71, sendo que o Plano Curricular do 1º Grau foi aprovado pelo Parecer nº 165/72, do Conselho Estadual de Educação, e o Plano Curricular do 2º Grau foi aprovado pelo Parecer nº 138/72, do mesmo colegiado. Em 1998, começou a funcionar o Ensino Médio Noturno, destinado a jovens economicamente desfavorecidos da Grande Florianópolis. No ano de 1999, o Colégio abriu as portas às crianças de 6 a 10 anos, com a criação da Classe de Iniciação à Alfabetização (Pré-escolar) e o primeiro ciclo do Ensino Fundamental (1ª a 4ª Série). Em 2000, houve a introdução do Ensino Infantil destinado à crianças de 4 e 5 anos. Atendendo à determinação da Legislação Federal, em 2007, o Ensino Fundamental foi ampliado para nove anos. Em virtude dessa mudança, o Ensino Infantil passou a receber crianças de 3 anos de idade. Por norma da Lei 9.394/96, o Colégio Catarinense, para fins de inspeção, orientação pedagógica e assistência técnicofinanceira, está vinculado ao Sistema Estadual e Municipal de Ensino e Educação. No ano de 2013 foram implementadas mudanças importantes. O Ensino Médio Noturno passou a funcionar no período Vespertino tendo sua carga horária aumentada para 30 horas semanais, na 1ª e 2ª séries, e 32 horas na 3ª série. Para os pequenos do Ensino Infantil e Fundamental I, novos espaços foram criados a partir da antiga residência dos Jesuítas que

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foi totalmente reformada proporcionando as melhorias a que faz jus uma educação integral preocupada com a excelência humana e acadêmica. 4.2 Missão O Colégio Catarinense, como Centro Educativo da Companhia de Jesus, é um instrumento apostólico voltado à formação integral da pessoa, a serviço da fé que promove a justiça. Visão Ser reconhecido como Colégio referência em Santa Catarina, pela qualidade humana e acadêmica dos serviços prestados e o compromisso com a construção de uma sociedade justa e solidária.

5. Educar a partir de currículos contextualizados, abertos, flexíveis, dinâmicos e interdisciplinares, com propostas acadêmicas de qualidade e comprometidas com a formação de valores; 6. Educar em consonância com a visão Inaciana de Deus, da pessoa e do mundo; 7. Fomentar trabalhos em rede na Comunidade Educativa, nas instituições da Companhia de Jesus e em outros organismos da sociedade; 8. Fortalecer conexões com o contexto e a realidade da comunidade social na qual está inserida; 9. Gerenciar e otimizar recursos e processos, de forma a criar e aperfeiçoar ações de sustentabilidade ambiental; 10. Promover e oferecer experiências e vivências religiosas à Comunidade Educativa. 4.4 Princípios:

4.3 Objetivo Geral: Tem como objetivo educar para a excelência humana e acadêmica, num processo corresponsável e participativo, que possibilite a formação de pessoas criativas e comprometidas com o serviço da fé e com a promoção da justiça, em vista do bem comum. 4.3.1 Objetivos Específicos: 1. Construir uma Comunidade Educativa integrada por jesuítas e leigos que se formam e trabalham juntos, partilhando uma mesma missão; 2. Criar novos ambientes de aprendizagem a partir de tecnologias adequadas e de distintas formas de comunicação; 3. Desenvolver ações e programas que fortaleçam a ética , a cidadania e a religiosidade da comunidade educativa; 4. Desenvolver competências que permitam continuar aprendendo ao longo da vida;

1. Acolhida da vontade de Deus à luz do discernimento; 2. Fidelidade criativa à Igreja Católica e à Companhia de Jesus; 3. Formação integral do ser humano; 4. Promoção da educação por meio de valores cristãos; 5. Serviço da fé e promoção da justiça; 6. Valorização do diálogo cultural e inter-religioso; 7. Trabalho em rede cooperativa com as instituições da Companhia de Jesus; 8. Respeito à dignidade da pessoa; 9. Competência, profissionalismo e transparência institucional; 10. Gestão e planejamento corresponsável de Jesuítas e leigos; 11. Compromisso com a sustentabilidade ambiental; 12. Ética como princípio permanente de ação; 13. Opção de vida e discernimento vocacional e profissional.


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4.5 Espaço Físico • Prédio principal; • Prédio, parques e áreas verdes da Educação Infantil e Séries Iniciais 1º e 2º ano; • Prédio e parques da Educação Fundamental do 3º ao 6º ano; • Igreja Santa Catarina de Alexandria; • Ginásio Ivo Silveira; • Campo de Futebol e Atletismo; • Quadras Poliesportivas; • Ginásio Multiuso Padre Nunes; • Prédio para os Encontros de Formação; • Ambulatório Médico; • Recanto Padre João Alfred Rohr; • Estacionamentos; • Sede do Grupo Escoteiro; • Casa de Eventos; e • Museu.

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5 » PROJETOS INSTITUCIONAIS Com o crescente desenvolvimento da informação e comunicação, o mundo se transformou em uma “aldeia global”. Preparar o aluno para a autonomia e responsabilidade, então, tornou-se exigência básica para uma vida plena nessa sociedade globalizada, que tem como premissas o individualismo, o consumismo, a exclusão, o lucro a todo custo e o viver apenas o presente. Fazemos parte desse mundo que atrai, muitas vezes, para o individualismo e o egoísmo, por isso, temos a responsabilidade de educar cada vez mais para a solidariedade e o respeito ao outro. Valores morais e sociais fundamentais precisam ser estendidos a todos, pois são indispensáveis para alcançar a consciência crítica, tão necessária em um mundo onde a dignidade humana e a vida do planeta estão ameaçadas. Temas transversais, como respeito às diferenças, diálogo interreligioso, responsabilidade pessoal, coletiva, ambiental e ética, tecnologias educacionais, novas formas de ensinar e aprender, cidadania e justiça social, entre outros, pela relevância de que se revestem, são intensamente explorados em nosso currículo, nas diversas ações e no desenvolvimento de projetos específicos, bem como abordados com contornos diferenciados no âmbito das diversas disciplinas. São temas que permitem posicionamentos em questões vividas pela humanidade hodierna e que auxiliam os alunos a se posicionarem e intervirem na realidade. Trata-se de respeitar os semelhantes, a natureza, o próprio corpo, a vida e a comunidade em geral. A complexidade desses temas requer que as diferentes áreas do conhecimento os abordem com frequência e profundidade. Tendo em vista essas premissas, o Colégio Catarinense traçou algumas metas e temas para os próximos anos, objetivando que sejam trabalhados junto aos seus alunos: o uso de novas tecnologias, o despertar de uma nova consciência solidária e planetária, e o consequente emprego de novas metodologias que respondam a esses desafios de maneira a buscar o Magis Inaciano e o trabalho em rede. A educação, fundamentada

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em um Humanismo Cristão, enfatiza, de modo particular, a responsabilidade ética e moral do cuidado pessoal para com o universo como um todo em que tudo se torna interdependente. 5.1 Trabalho em Rede A Companhia de Jesus vem desenvolvendo um trabalho de conscientização sobre a necessidade de engajamento das obras e Colégios num compromisso Inaciano de serviço à sociedade, desenvolvendo um trabalho apostólico em rede. O avanço das comunicações e informações nos habilita a acompanhar de perto o processo pelo qual o mundo se transforma numa única aldeia, sem fronteiras. O Colégio Catarinense está ligado em Rede junto com as demais obras da Província do Brasil Meridional, que integram a Associação Antônio Vieira (ASAV) , cuja sede está localizada em Porto Alegre. A ASAV é formada por diversas obras apostólicas, desde o Mato Grosso até o Rio Grande do Sul, presente em diferentes áreas: social, espiritual, paroquial e educacional. Em sua área de ensino é regionalmente articulada pela Comissão de Educação da Província (CEP), que aproxima e fortalece o trabalho educacional dos Colégios Medianeira, de Curitiba; Anchieta, de Porto Alegre; Catarinense, de Florianópolis; além da Escola Agrícola São Pedro Canísio ( Técnica em agropecuária), de Itapiranga; e da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos , RS. As demais obras apostólicas e colégios da Companhia de Jesus em todo o Brasil também têm sua organização e sinergia orientada pela Associação dos Colégios Jesuítas do 2 Magis: “o mais”, é um conceito utilizado por Santo Inácio de Loyola, pois a “[...] sua preocupação constante era com o maior serviço de Deus através do seguimento mais próximo de Cristo, e esta preocupação passou por todo o trabalho apostólico dos primeiros companheiros. A resposta concreta a Deus deve ser ‘maior valor’.” (CARACTERÍSTICAS, 1986, p. 37). 3 http://www.jesuita.org.br/tag/asav/ 4 http://www.colegiomedianeira.g12.br/ 5 http://www.colegioanchieta.g12.br/ 6 http://www.colegiocatarinense.g12.br/ 7 http://www.unisinos.br/portal/

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Brasil (ABCJ). Sua responsabilidade é articular os 15 colégios e escolas Jesuítas do Brasil, possibilitando o compartilhar de experiências e a implementação de projetos comuns, como cursos, seminários e congressos. A Companhia de Jesus tem consciência de que a integração é, hoje, elemento imprescindível. Hoje em dia os Jesuítas formam a maior ordem religiosa da Igreja Católica. Conta com 19.216 membros espalhados por 112 países em 6 continentes. Estimula, por isso, a inserção de novas tecnologias na educação, no encurtamento de distâncias e no aproveitamento do que cada instituição tem de melhor, socializando-o em vistas do bem comum. Trata-se de atualizar permanentemente a vasta e rica tradição educativa dos Jesuítas, ressignificando métodos e conteúdos, a serviço de uma educação integral e de qualidade, para toda vida. Há, ainda, um terceiro fórum de construção do conhecimento. Trata-se da Federação Latino-americana de Colégios Jesuítas (FLACSI), na qual se articulam projetos formativos, solidários, seminários, cursos e intercâmbio entre os Colégios Jesuítas da América Latina e do Caribe. Isso potencializa a ação dos espaços de articulação, comunicação e troca de experiências entre as obras educacionais da Companhia de Jesus presentes em todo o mundo. Em 2012 e 2013 dois grupos de jovens acompanhados de professores participaram do Seminário de Formação de Líderes promovido pela Flasci, na Colômbia. Os depoimentos dos jovens participantes no Forum da Juventude, não deixam dúvida quanto à importância dessa experiência que inclui um trabalho de campo junto às comunidades empobrecidas daquele país.

em outras áreas, para que possa sentir-se em condições de igualdade com os demais educandos do Colégio, participando de todas as atividades que são propostas. O Projeto tem por objetivo formar o cidadão para o espírito comunitário,

5.2 Projeto de Inclusão Social: Ensino Médio

O Colégio Catarinense, ciente de sua responsabilidade perante a comunidade, priorizou, com seus alunos, professores e funcionários um trabalho mais consistente quanto a ações relativas à sustentabilidade e cuidados com o planeta. A ação, dimensão integrante do Paradigma Pedagógico Inaciano, encontra aqui, sua possibilidade concreta de manifestação. Através desse projeto, queremos que a Comunidade Educativa

No intuito de oferecer sua parcela de contribuição à sociedade, especialmente àqueles menos favorecidos, o Colégio Catarinense mantém o curso de Ensino Médio voltado para esse segmento da população. O educando, selecionado para frequentar os estudos, recebe bolsa integral, além de subsídios

cristão, crítico, consciente e comprometido com os valores humanos, fundamentados nos princípios morais e éticos. Em mais de uma década de existência, tem oferecido à jovens das camadas menos favorecidas da região da Grande Florianópolis uma educação de qualidade, voltada à melhoria das condições de vida, ao desenvolvimento amplo de todas as dimensões da pessoa. Os jovens são conscientizados para a partilhar todas as conquistas alcançadas e servindo de exemplo e inspiração aos demais. Além disso, são incentivados a conhecer e buscar as oportunidades apresentadas pela sociedade para o seu desenvolvimento e para a vivência de uma cidadania responsável. Alinhando-se às orientações advindas do Serviço Social da ASAV, a partir de 2011, o Projeto passou a atender exclusivamente jovens domiciliados no município de Florianópolis. 5.3 Ecologia e Lixo Zero

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perceba que uma relação de equilíbrio com o meio ambiente começa pelo respeito aos seus processos e pela consciência de que todos são parte integrante de uma realidade maior. A preocupação com a sustentabilidade é a tônica central de todas as suas proposições. Busca-se assessorias que auxiliem nas medidas que reduzem a quantidade de dejetos conduzidos a aterros sanitários e priorizam a reciclagem, reaproveitamento e reutilização de resíduos, evitando o uso indiscriminado dos recursos naturais e a degradação ambiental. Para a efetivação de tal projeto, há um longo processo a ser trilhado junto a toda comunidade, que necessita conscientizarse de que pode reduzir drasticamente a produção de resíduos consumindo menos, reutilizando e encaminhando adequadamente os resíduos para reciclagem/reuso. Todos nós somos responsáveis pelo descarte apropriado de tudo aquilo que produzimos. O papel do projeto “Lixo Zero” é contribuir para a avaliação e exame de nossos hábitos e costumes, questionando a lógica do consumismo, que mais escraviza do que liberta. Assim, trata-se de um projeto impregnado de valores, repleto de possibilidades formativas e diversificado quanto às suas formas de abordagem, considerando que uma Escola Jesuíta deve trabalhar com vistas a contrapor os valores da solidariedade aos do individualismo; o consumo ético solidário e responsável ao consumismo do supérfluo e seus danos à saúde e meio ambiente (o que torna as pessoas dependentes de propagandas); e, por último, contrapor os valores da dignidade humana aos valores de exploração e negação dos direitos. Diversas ações já foram desenvolvidas pelo Grupo de Trabalho nomeado para pensar ações que abranjam toda a comunidade: diagnóstico das necessidades, palestras, oficinas, pesquisas, produções de jogos, de brinquedos, documentários, cartazes. Sabemos ser necessário um longo trabalho de conscientização, de sensibilidade pessoal para depois chegar ao coletivo e às ações efetivas. É um trabalho que não se esgota e deve ser “pra

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toda vida”. No ano de 2013, inauguramos o Residuário Central que servirá tanto para a Instituição atender às exigências legais de separar e dar destino correto aos resíduos como também será usado de forma pedagógica, a fim de que toda a Comunidade Educativa participe das ações e se sintam corresponsáveis no descarte correto dos resíduos. Em 2014, novas ações se concretizarão. Merece destaque a produção e a entrega à Comunidade Educativa do Manual de Procedimentos Lixo Zero, a constituição do GT Sustentabilidade e Currículo para estudar formas de inserção das demandas do projeto nas ações curriculares, a capacitação dos docentes no Curso de Estudos do Meio, a qualificação da matriz curricular com projetos específicos de Educação Ambiental, a participação de todas as turmas em vivências no Residuário Central e a elaboração de um projeto de criação de um Centro de Educação Ambiental ao ar livre. 5.4 Projeto Relações interpessoais e combate ao Bullying e ao consumo de drogas A prática do Bullying e o uso de quaisquer drogas, lícitas ou ilícitas, são formas doentias de viver as relações interpessoais e intrapessoais. Visando ao combate a esses males, procuramos desafiar nossos alunos na prática de bons hábitos, na aceitação de si e dos outros, na construção saudável das relações fraternas, no exercício do cuidado pelo outro e na formação da própria autoestima. O Colégio Catarinense, em sua prática pedagógica, em seu currículo e metodologia procura considerar de forma permanente as questões do combate às drogas e ao Bullying. As manhãs e tardes de formação, com a participação do SOE e parceria de todos os professores e colaboradores, proporcionam aos alunos momentos de aprofundamento e reflexão sobre esses temas, além de possibilitarem partilhas e trocas de experiências, conscientizando-os sobre a prática de bons hábitos como forma direta de combater maus hábitos.

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5.5 Tecnologia Educacional O Colégio Catarinense, em sua missão de educar, mostra-se atento às necessidades surgidas a partir do avanço dos processos de comunicação e inclusão digital. Para isso, compreende que a educação presencial é sua base fundamental de atuação, mas busca incrementar sua oferta a partir da criação de espaços e ambientes de aprendizagens cada vez mais democráticos, valendo-se de ferramentas potencializadas pela Internet, com o objetivo de facilitar a troca de informações, o feedback entre alunos e professores e o grau de interatividade alcançado. Para isso, implantará, a partir de 2014, junto ao corpo docente do Colégio Catarinense, a plataforma Moodle, ambiente que dispõe de um conjunto de recursos tecnológicos que permite disponibilizar conteúdos e estabelecer relações de aprendizagem num espaço virtual na web. O projeto visa a construir, nos sujeitos envolvidos, o sentimento de apropriação e familiarização com as ferramentas que compõem a Plataforma Moodle, de forma que possam, autonomamente, realizar incursões no espaço virtual de aprendizagem, possibilitando incremento de sua capacidade de mediação e ampliando a interatividade na relação com os alunos. O foco do Projeto Moodle é disponibilizar aos educadores ferramentas para gerenciar e promover a aprendizagem. O Projeto pretende atingir, de forma direta, aos gestores, educadores, alunos do Colégio Catarinense e, de forma indireta, a seus familiares. Além da Plataforma Moodle, outras plataformas estarão disponíveis aos alunos em conformidade com o material didático adotado no ano ou série. 5.6 Fundação Fé e Alegria Fé e Alegria é um movimento internacional de educação

popular integral e de promoção social, ligado à Companhia de Jesus, baseado nos valores de justiça, liberdade, participação, fraternidade, respeito à diversidade e à solidariedade, dirigido à população empobrecida e excluída, objetivando contribuir para a transformação da sociedade. Nasceu na Venezuela, no ano de 1955, como uma entidade não governamental de solidariedade social e, desde então, soma esforços com a sociedade e o Estado na criação e manutenção de serviços educativos e sociais, nas periferias das grandes cidades e na realidade rural da América Latina e Caribe. O jesuíta José Maria Vélaz, visionário audaz, foi o fundador desse movimento, há 50 anos, quando coordenou algumas organizações sociais na Venezuela. De Caracas, estendeu-se ao Equador (1964), Panamá (1965), Peru (1966), Bolívia (1966), El Salvador (1969), Colômbia (1971), Nicarágua (1974), Guatemala (1976), Brasil (1981), República Dominicana (1990), Paraguai (1992), Argentina (1995), Honduras (2000), Chile (2004), Haiti (2006) e, em 2009, chegou também ao Uruguai. Em 1985, estabeleceu-se na Espanha com uma plataforma de apoio aos países latino-americanos e para a divulgação dos trabalhos do movimento na Europa. Desde 1999, o movimento redefiniu sua missão para assumir novos caminhos no campo da cooperação e do desenvolvimento, com o nome de Fundación Entreculturas – Fe y Alegría. Recentemente, também passou a atuar na Itália, através da equipe de Fé e Alegria Equador. Fundação Fé e Alegria em Santa Catarina Presente em Santa Catarina desde 1993, a Fundação Fé e 8 http://www.colegiocatarinense.g12.br/projetos/projeto-lixo-zero/ 9 http://www.colegiocatarinense.g12.br/colegio-catarinense-avanca-na-campanha-inacianos-pelo-haiti-2/ 10 http://www.museudohomemdosambaqui.com.br/ 11 http://www.colegiocatarinense.g12.br/colegio-catarinense-em-360%C2%BA/ 12 http://www.fealegria.org.br// 13 Rua Américo Vespúcio, s/nº, Barra do Aririú, Palhoça.

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Alegria promove a atenção à crianças, jovens e adultos, através de programas, de contraturno como: educação popular de rua, educação comunitária, desenvolvimento de ações junto às famílias em Palhoça , alimentação complementária diária; e grupo de convivência familiar. O Colégio Catarinense participa através de ações desenvolvidas pela Igreja Santa Catarina de Alexandria em parceria com os fiéis e alunos. 5.7 Planejamento Estratégico Planejar estrategicamente significa pensar a escola de modo integral em sua relação com o ambiente, em uma perspectiva de futuro, a partir da sua missão (razão de existência da organização). Trata-se de ver o todo antes das partes, criando uma visão de futuro e dos meios de alcançá-lo. Por isso, há a importância de se analisar o ambiente para responder a partir da missão e escolher estratégias de ação – em uma palavra: posicionar-se. Significa, ainda, rever os projetos em que a escola está engajada, avaliar se seus objetivos e metodologias contribuem para os objetivos estratégicos escolhidos, assim como criar novos projetos. Em vista disso, em 2012, o Colégio Catarinense iniciou a caminhada de Planejamento Estratégico, assessorado pela Professora Sônia Magalhães, Delegada para Educação Básica dos Colégios Jesuítas da Província do Brasil e Doutora em Gestão em Inovação Curricular, pela Universidade do Boston College. A comissão responsável pelo andamento do Planejamento Estratégico é composta por nove pessoas das diferentes áreas: administrativa, acadê¬mica e pastoral. Colaboradores, alunos, pais e jesuítas estão integrados, participando de pesquisas de opinião e de grupos de opinião. O projeto deverá encerrarse no primeiro semestre de 2014 e apontar a caminhada do Colégio Catarinense até o ano de 2020.

5.8 Sistema de Qualidade da Flacsi A proposta do Sistema de Qualidade da FLACSI se mostra como um caminho de confirmação da proposta educativa da Companhia de Jesus na formação integral dos nossos alunos. • O sentido da missão, no qual as obras contribuem na missão evangelizadora; • A qualidade contextualizada, que busca atender os contextos individuais; • O compromisso com a formação integral, que preconiza que uma instituição escolar da Companhia não pode renunciar uma educação que põe o ser humano no centro dos seus trabalhos; • A busca da excelência, no qual mobiliza as pessoas para que ponha em ação o máximo de suas capacidades pessoais e profissionais. Este contexto, que primordialmente, trata a ideia do Magis Inaciano, conecta-se fortemente com a noção de qualidade.


CAPÍTULO 2 » ORGANIZAÇÃO GERAL


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CAPÍTULO 2 » ORGANIZAÇÃO GERAL

1.2 − Formação Continuada

1 » COMUNIDADE EDUCATIVA

A formação permanente de seu corpo de colaboradores é um dos princípios angulares do Colégio Catarinense. Acompanhando as mudanças dos tempos e procurando estimular a eficácia de seus colaboradores, é oferecido um leque de oportunidades para que todos possam ampliar suas competências profissionais, o que requer abertura para um constante aperfeiçoamento. Para a formação de profissionais críticos, reflexivos, competentes, investigadores e compassivos, a instituição oferece: • Uma hora de orientação pedagógica semanal aos docentes; • Orientação religiosa e possibilidade de realizar os Exercícios Espirituais; • Cursos e reuniões para novos colaboradores e professores; • Intercâmbio e integração com profissionais e instituições Jesuítas do Brasil, em especial da Província do Brasil Meridional, da qual são integrantes a Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS); Colégio Anchieta, de Porto Alegre; Medianeira, de Curitiba; a Escola Agrícola São Pedro Canísio, de Itapiranga (IAESC) e o Colégio Catarinense, de Florianópolis; • Jornadas de cursos e especializações para professores e colaboradores; • Participação em Congressos, Seminários e Simpósios; • Auxílio em cursos de Especialização. Em 2013, mais de 40 colaboradores, tanto da área acadêmica como administrativa, participaram do curso Especialização em Pedagogia Inaciana e a formação integral do sujeito na contemporaneidade especialmente montado para o Colégio Catarinense pela coirmã, Universidade do Vale dos Sinos, em prol do fortalecimento da identidade inaciana da instituição. Incentivos para que todos continuem estudando seja através de cursos de pós-graduação, Mestrado ou Doutorado.

O Colégio Catarinense é uma instituição de ensino que tem como principal meta a formação integral dos alunos a ele confiados e que procura agregar o esforço e a capacidade de toda a Comunidade Educativa: pais, alunos, educadores, antigos alunos e Comunidade Religiosa. Todos têm o compromisso de colaborar ativamente nas respostas aos desafios cotidianos suscitados pela educação de qualidade a que se propõe o Colégio. Desejamos que o processo de ensino-aprendizagem se prolongue ao longo da vida de nossos alunos, pois sabemos que muitas competências e habilidades vão sendo construídas ao longo de toda nossa existência. Almejamos formar pessoas a serviço do Evangelho de Jesus Cristo, conscientes, críticas, competentes, generosas, solidárias, compassivas, abertas a seu tempo e participando ativamente da construção de um mundo mais solidário, mais humano e justo. 1.1 − Comunidade Religiosa Formada pelos Jesuítas que vivem sob a orientação do Superior Religioso local, a Comunidade Religiosa tem como competência, dar sentido, validar e garantir a orientação do Colégio na missão evangelizadora que lhe é confiada. Essa ação traduz-se na ajuda para vivência na missão Inaciana numa obra educativa, que objetiva melhorar a visão de mundo, de homem, de Deus. Requer reconhecer o valor de cada pessoa, da liberdade responsável que se manifesta na preocupação com o outro e com o testemunho da dimensão religiosa de vida. Para que isso seja possível, a comunidade Jesuíta deve servir de inspiração e estímulo aos demais membros do Colégio, através do exemplo de sua vida e trabalho.


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magis aparecerá nas atitudes coerentes e eficácia do trabalho educativo. Para que isso ocorra há necessidade cada vez maior de se trabalhar constantemente com os colaboradores e, em especial, com os professores para que se escolha material didático, métodos pedagógicos, atitudes e ações pedagógicas que garantam uma eficácia apostólica. 2 NÍVEIS DE ENSINO O Colégio Catarinense dispõe de Ensino Regular de toda Educação Básica , além de uma parceria de graduação a distância com a Universidade do Vale do Rio do Sinos (UNISINOS), de São Leopoldo, RS, que oferece cursos de pós-graduação a distância para professores, funcionários e comunidade em geral. Nossa diferença enquanto colégio da Companhia de Jesus é a busca constante pela excelência e a inacianidade. No início, a atenção de um colégio estava centrada nos alunos. mas com Pe. Arrupe a atenção passa a se estender a toda comunidade educativa: pais,alunos,professores, funcionários, ex-alunos e benfeitores. Seu desejo era que cada colégio se entendesse como parte de uma grande rede e também às instituições profissionais, sindicais, apostólicas para que realmente se percebesse a razão da sua missão: necessidade de aprender e a obrigação de partilhar. Já em 1981, Pe. Arrupe alertava que todos os colégios da companhia deveriam se distinguir em dois aspectos: excelência e inacianidade. Quando falamos em excelência estamos nos referindo ao “Magis”, termo muito usado por Santo Inácio, fundamental na espiritualidade inaciana e na pedagogia dos jesuítas, dela decorrente. Surge da ideia da melhor resposta que cada ser humano se sente estimulado a dar ao amor gratuito proposto por Deus. Segundo Arzubialdi (1991, p. 80) o “mais é da docilidade à vontade divina, assim como o mais da relação positiva do homem com as coisas é o horizonte inesgotável de liberdade, é o chamado à comunhão com um Deus sempre Maior.” O

2.1 EDUCAÇÃO INFANTIL O objetivo da Educação Infantil oferecida pelo Colégio Catarinense é permitir que as crianças ampliem e acessem novos conhecimentos sobre o mundo que as cerca e, ao mesmo tempo, desenvolvam integralmente suas identidades. A educação num Colégio Jesuíta respeita as características essenciais da infância e busca desenvolver valores humanos e cristãos que acompanharão seus alunos para toda a vida. Além disso, o Colégio Catarinense considera que a Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e deve incorporar às atividades educativas, os cuidados essenciais das crianças e atenção às suas brincadeiras. PRIORIDADES 1. Adaptação ao espaço escolar e organização de rotinas que assegurem pleno desenvolvimento das capacidades infantis; 2. Conhecimento do mundo natural e exploração do universo simbólico, das relações interpessoais e das brincadeiras;


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3. Estímulo ao desenvolvimento da oralidade e do grafismo; 4. Construção da identidade pessoal e social; 5. Participação em situações comunicativas; 6. Desenvolvimento ético e em valores; 7. Atividades no turno inverso, (optativas); 8. Turno estendido e turno integral (optativos).

TURNO INTEGRAL O Colégio Catarinense, nos últimos anos, inovou e qualificou o processo de ensino-aprendizagem e a sua proposta pedagógica através de ações, como: o aumento da carga horária diária de 5 para 6 aulas e do Projeto Magis, que oferece oficinas no contraturno, proporcionando inúmeras atividades científicas, artísticas, culturais e esportivas. A partir de 2014, oferecerá às famílias que apostam numa educação de qualidade e que mantêm a força na Tradição, que é própria da Rede Jesuíta de Educação, o Turno Integral. A efetivação do Projeto – Turno Integral, do Colégio Catarinense, tem como base a Pedagogia Inaciana, que visa à “promoção do desenvolvimento intelectual de cada aluno,

para desenvolver os talentos recebidos de Deus, e continua sendo, com razão, um objetivo de destaque na educação da Companhia. [...] O objetivo supremo da Educação Jesuíta é, antes, o desenvolvimento global da pessoa, que conduz à ação inspirada pelo Espírito e a presença de Jesus Cristo, filho de Deus e ‘homem para os outros’”. (PEDAGOGIA INACIANA, 1993, p. 23). Para alcançarmos esse objetivo, serão desenvolvidas atividades que possibilitem o crescimento pessoal, espiritual e intelectual, fortalecendo a formação integral do aluno. Desde o início, Santo Inácio tinha grande preocupação com a formação integral de crianças e jovens. • A proposta educativa do Turno Integral contempla oficinas ministradas por profissionais capacitados, que buscam inserir práticas diferenciadas no cotidiano da criança. • O Turno Integral oferece orientação quanto ao lazer, estudos, descanso e refeições. • Contamos com supervisão pedagógica nas atividades desenvolvidas. • Há uma estrutura física qualificada e diferenciada, que possibilita o bem-estar e a qualificação do processo educativo. • As atividades realizadas contarão com uma rotina organizada com orientação para a realização das tarefas escolares, oficinas, brincadeiras no pátio, expressão corporal, hora do descanso, jogos e atividades variadas. ESPAÇO FÍSICO O Colégio Catarinense dispõe de estrutura física completa e segura, especialmente dimensionada para acolher as crianças em suas necessidades de exploração e descoberta do mundo. Para isso, o projeto conta com ateliês de arte, salas de musicalização, laboratórios de informática, parquinhos, biblioteca infantil, brinquedoteca, bosque, mobiliário ergonômico, salas amplas e arejadas, bem como o contato com material diversificado e desafiador. A partir do segundo semestre de 2013, novos


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COLÉGIO CATARINENSE

espaços foram criados para melhor atender a Educação Infantil e o 1º e 2º ano do Ensino Fundamental. DESCOBRIR BRINCANDO A brincadeira é fonte de aprendizagem. Além do prazer, o brincar tem outras importantes funções no desenvolvimento infantil, pois é durante a brincadeira que a criança se apropria da realidade, desenvolve a imaginação, resolve conflitos e aprende a observar as regras. À medida que vivencia novos e diferentes papéis em uma brincadeira em grupo ou fantasiando situações, ela troca afetos, experimenta sentimentos, reelabora a realidade e passa a conhecer melhor a si própria, os outros e o mundo.

CONTEÚDOS Os conteúdos, na Educação Infantil, são os meios através dos quais as crianças desenvolvem suas capacidades e exercitam sua maneira própria de ser, agir e pensar, ampliando suas hipóteses acerca do mundo ao qual pertencem. Assim, os conteúdos são importantes instrumentos na compreensão da realidade. Nessa etapa de escolarização, as diferentes aprendizagens se dão por meio de sucessivas reorganizações do conhecimento, protagonizado por crianças que vivenciam experiências a partir de conteúdos apresentados de forma não simplificada, mas associados à realidade. FORMAÇÃO HUMANA E CRISTÃ

CRESCER APRENDENDO No Colégio Catarinense, as aprendizagens se constroem através do trabalho com projetos e pela resolução de situações-problema. Os projetos ampliam as possibilidades de trabalho, pois facilitam a articulação das diferentes áreas de conhecimento e as interações entre os pares. A elaboração coletiva e a aproximação do universo lúdico da criança são os maiores valores desse tipo de abordagem metodológica.

Na escola, a criança multiplica seu repertório cultural e social. Por se tratar de uma escola jesuíta, o aluno é levado a construir sólidos valores associados ao convívio social, à partilha, à espiritualidade e ao respeito aos demais e à natureza. Aprende a conviver com o diferente, a respeitar o limite dos demais.


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COLÉGIO CATARINENSE

AVALIAÇÃO A avaliação deve contribuir para que a criança se sinta capaz, valorizada pelo professor e pelo grupo e, além disso, desafiada a aprender cada vez mais. O processo de avaliação da criança pré-escolar, consiste na observação atenta, na análise contínua, na comparação de resultados obtidos ao longo de seu desenvolvimento. Essa avaliação é expressa através de um parecer descritivo e comporta a observação criteriosa e pormenorizada das atividades da criança, registrando seus avanços. HORÁRIO DE AULAS Educação Infantil Período Matutino Aula Horário 1ª aula

7h30min 8h18min

8h18min 2ª aula 09h06min

3ª aula

09h06min 9h54min

Período VESPERTINO Aula Horário 1ª aula 13h30min 14h18min 2ª aula 14h18min 15h06min 15h06min

3ª aula

15h54min

Intervalo 9h54min

Intervalo

15h54min

1º sinal

10h15min

1º sinal

16h15min

2º sinal

10h17min

2º sinal

10h17min

4ª aula

11h05min

5ª aula

11h05min 11h53min

16h17min

16h17min

4ª aula

17h05min 17h05min

5ª aula

17h53min

GRADE CURRICULAR INFANTIL I Disciplina Arte, Musicalização e Teatro

2

Conhecimento do Mundo

15

Formação Humana e Cristã

2

Inglês

2

Iniciação à Robótica

1

Movimento

3

Educação Digital Arte, Musicalização e Teatro

Integra todas as disciplinas 2

Conhecimento do Mundo

15

Formação Humana e Cristã

2

Inglês

2

Iniciação à Robótica

1

Movimento

3

Educação Digital

Integra todas as disciplinas


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COLÉGIO CATARINENSE

GRADE CURRICULAR INFANTIL Il Disciplina Arte, Musicalização e Teatro

2

Conhecimento do Mundo

15

Formação Humana e Cristã

2

Inglês

2

Iniciação à Robótica

1

Movimento

3

Educação Digital

Integra todas as disciplinas

GRADE CURRICULAR INFANTIL Ill Disciplina Arte, Musicalização e Teatro

2

Conhecimento do Mundo

16

Formação Humana e Cristã

2

Inglês

2

Iniciação à Robótica

1

Movimento

2

Educação Digital

Integra todas as disciplinas

2.2 Ensino Fundamental I (1º ao 5º Ano) Propõe-se a ampliar a socialização e o conhecimento do mundo por parte da criança através de estratégias que contemplem seus aspectos emocionais, sociais, espirituais, cognitivos e biológicos. 1º ANO As crianças matriculadas no 1º ano do Ensino Fundamental entram em contato com um rico ambiente alfabetizador, pois o Colégio Catarinense dispõe de salas de aula que respeitam a curiosidade infantil, o acesso privilegiado a diversos portadores de texto, além de livros adequados a cada faixa etária e que oferecem desafio à leitura. A inserção no mundo letrado se faz através da participação em projetos, discussões coletivas, hipóteses de escrita e reflexão sobre a língua.


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COLÉGIO CATARINENSE

Conhecimento Lógico-Matemático

6

Formação Humana e Cristã

2

Iniciação à Robótica

2

Língua Inglesa

3

Movimento

2

Sistematização da Língua Escrita

7

As crianças, ao participarem intensamente de vivências relacionadas à cultura escrita, aprendem não só a ler e escrever, mas compreendem que a escrita e a leitura são mediadoras de valores e de variadas formas de conhecimento. E esse é precisamente o maior desafio da escola: inserir a criança no mundo do letramento – o que significa viver no mundo da escrita, dominar os discursos da escrita, ter condições de operar com modos de pensar e produzir cultura escrita. A alfabetização exige muito esforço e representa uma grande conquista cognitiva e de socialização. O estímulo e o acompanhamento da família são fundamentais para valorizar o empenho da criança e respeitar seu ritmo próprio.

Sociedade , Natureza e Filosofia

5

2º ANO

Arte , Musicalização e Teatro

3

As crianças matriculadas no 2° ano têm ao seu alcance uma multiplicidade de experiências que contextualizam os conhecimentos, os quais, nessa fase, são mais sistematizados. Essa sistematização dos conteúdos inclui tanto os domínios do saber, tradicionalmente presentes no trabalho escolar, quanto as preocupações contemporâneas com o meio ambiente, com a saúde, com a afetividade e com as questões éticas relativas à igualdade de direitos, à dignidade do ser humano e à solidariedade. Projetos de trabalhos trimestrais, que se baseiam nas mais variadas temáticas, Saídas de Campo, Estudos do Meio e uma infinidade de atividades lúdicas caracterizam o trabalho nesse ciclo. A criança deve desenvolver sua autonomia em relação à administração de suas tarefas, aprendendo a expressar suas dificuldades e a superar obstáculos. A família a acompanha bem de perto, mas evitando “fazer pela criança”. É importante observar os aspectos globais de sua relação escolar e de seu desenvolvimento, interagindo com as diferentes instâncias pedagógicas da escola.

GRADE CURRICULAR 1º ANO Disciplina

Educação Digital

Integra todas as disciplinas

ALFABETIZAÇÃO No Colégio Catarinense, a alfabetização é entendida como um processo que garante o domínio das correspondências fonográficas e busca inserir a criança num universo de experiências de comunicação concretas e significativas. A proposta incorpora elementos teóricos advindos de estudos das áreas da Psicologia Cognitiva, da Psicolinguística e da Psicogênese da Língua Escrita. O Colégio também optou, em seu Projeto Pedagógico, pela inserção de práticas relacionadas à ampliação da consciência fonológica de crianças na fase pré-escolar que visam a oportunizar a tomada de consciência dos elementos sonoros da palavra e o desenvolvimento da consciência dos sons. Esse estímulo ocorre através de jogos e brincadeiras que se iniciam com unidades maiores, como rimas e sílabas, e evoluem até o nível do fonema.


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COLÉGIO CATARINENSE

GRADE CURRICULAR 2º ANO Disciplina Ciências Naturais

2

Educação Física

2

Formação Humana e Cristã

2

Geografia História e Filosofia

4

Iniciação à Robótica

GRADE CURRICULAR 3º ANO Disciplina Ciências Naturais

2

2

Educação Física

2

Língua Inglesa

3

Formação Humana e Cristã

2

Matemática

6

Geografia

2

Arte , Musicalização e Teatro

3

História

2

Língua Portuguesa

6

Língua Inglesa e Produção Textual

3

Língua Portuguesa e Produção Textual

7

Matemática

6

Arte, Musicalização e Teatro

3

Filosofia

1

Educação Digital

Integra todas as disciplinas

3º / 4º e 5º ANO O aluno, a partir do 3º ano, é orientado por uma equipe de professores específicos para cada área do conhecimento. Há, também, a preocupação em desenvolver processos em que a autonomia seja o elemento primordial, com destaque para o Projeto Aprendendo a Organizar os Seus Estudos. Através da mediação dos professores e orientadores que exercem acompanhamento permanente, os alunos aprendem formas de se organizar e gerir seu tempo, a fim de criar hábitos de estudos eficazes, aprendendo a serem autônomos e capazes de resolverem problemas que certamente surgirão ao longo das suas vidas. Há preocupação também em criar um ambiente estimulante e investigativo na sala de aula, promovendo mudanças significativas na forma de ensinar e na aprendizagem dos alunos.

Educação digital

Integra todas as disciplinas


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COLÉGIO CATARINENSE

Avaliação na Unidade de Educação Infantil e Ensino Fundamental I – Anos Iniciais

GRADE CURRICULAR 4º ANO Disciplina Ciências Naturais

2

Arte, Música e Teatro

3

Educação Física

2

Formação Humana e Cristã

2

Geografia

2

História

2

Filosofia

1

Língua Inglesa e Produçaõ Textual

3

Língua Portuguesa e Produção Textual

7

Matemática e Educação Financeira

6

Educação digital

Integra todas as disciplinas GRADE CURRICULAR 5º ANO

Disciplina Ciências Naturais

2

Arte, Música e Teatro

3

Educação Física

2

Formação Humana e Cristã

2

Geografia

2

História

2

Filosofia

1

Língua Inglesa e Produçaõ Textual

3

Língua Portuguesa e Produção Textual

7

Matemática e Educação Financeira

6

Educação digital

Integra todas as disciplinas

Segundo os pressupostos da Educação Jesuíta, resumidos no Paradigma Pedagógico Inaciano, a avaliação faz parte de um processo de formação, que se preocupa em entender os progressos nas atitudes, prioridades e no modo de proceder dos alunos, de acordo com o objetivo de ser “pessoas para os outros”. (PEDAGOGIA INACIANA, 1996: 62-65). Neste sentido, a avaliação leva em consideração necessariamente dois aspectos: 1. Revisão de processos; 2. Ponderação e pertinência dos resultados. Revisar os processos é voltar a fixar a atenção e focalizar o pensamento nos próprios processos em que se está envolvido, como também nos conteúdos trabalhados, nas atividades realizadas e nos meios utilizados em cada um dos passos do Paradigma: a) Situar a realidade em seu contexto; b) Experimentar vivencialmente; c) Refletir sobre essa experiência; d) Agir consequentemente; e) Avaliar a ação e o processo desenvolvido. Desta forma, podemos constatar sua idoneidade, sua articulação e sua eficiência, a fim de reforça-los, melhorá-los ou modificá-los. A avaliação realizada ao longo do processo de desenvolvimento do aluno, reassume três aspectos fundamentas: - Processo de diagnóstico: assume a dinâmica de identificar, esclarecer, definir e concretizar o ponto de partida do sujeito. Esse aspecto pode contribuir com muitos dos elementos a ser contemplados e levados em consideração atualizando a contextualização;


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COLÉGIO CATARINENSE

- Processo de melhoramento: o processo formativo está em permanente adaptação para responder às necessidades pessoais de cada um, melhorando qualitativamente toda a dinâmica com os ajustes adequados; - Processo de ajuda pessoal: o acompanhamento do diagnóstico das potencialidades de cada sujeito pode adequar o processo do paradigma a cada necessidade específica, convertendo em uma dinâmica constante de ajuda pessoal. (SUBSÍDIOS PARA A PEDAGOGIA INACIANA p. 27 e 28). Considerando as características da faixa etária e do processo de aprendizagem na Educação Infantil e no Ensino Fundamental I, os componentes curriculares utilizam o sistema de avaliação por conceitos em todas as áreas de conhecimento. O Parecer Descritivo apresenta-se por meio de critérios específicos de cada área de conhecimento com atribuição de conceitos e de tabela de conversão para notas numéricas, o desenvolvimento apresentado pelo aluno nos aspectos das habilidades e competências trabalhadas e o seu desempenho escolar que o responsável terá acesso. Do Infantil ao 2º ano a) Parecer Descritivo: É o documento que registra, através da avaliação de objetivos, a caminhada do aluno rumo ao conhecimento, ao crescimento individual e ao desenvolvimento da autonomia e competências. Os objetivos são traçados por trimestres e/ou áreas do conhecimento e disponibilizados no portal do Colégio com as avaliações individuais de cada aluno. O colégio também encaminha um resumo, via boletim escolar, aos pais, após cada trimestre, além de realizar uma reunião com os pais para esclarecimentos sobre as avaliações efetivadas.

Conceito

Aproveitamento em %

Nota numérica

Excelente

Aproveitamento entre 90% e 100%

Entre 9,0 e 100

Muito Bom

Aproveitamento entre 80% e 89%

Entre 8,0 e 8,9

Bom

Aproveitamento entre 70% e 79%

Entre 7,0 e 7,9

Suficiente

Aproveitamento entre 60% e 69%

Entre 6,0 e 6,9

Regular

Aproveitamento entre 50% e 59%

Entre 5,0 e 5,9

Insuficiente

Aproveitamento entre 0% e 49%

Entre 0 e 4,9

b) A partir do 3º ano, o aluno além de receber uma avaliação descritiva nos aspectos atitudinais e procedimentais, passará a receber o boletim com avaliação cognitiva traduzidas em notas de zero a dez, seguindo a mesma dinâmica aplicada para o Fundamental II e o Ensino Médio do Colégio Catarinense, conforme descrito às páginas 84 a 90 neste documento. c) Recuperação de conteúdos: É o processo de reaprendizagem, realizado de forma paralela e contínua, no Laboratório de Ensino e Aprendizagem (LEA), a partir do 1º ano, em vista do crescimento acadêmico e humano do aluno. d) Reavaliação trimestral: Nova oportunidade dada aos alunos para melhorarem as notas trimestrais. Aplicada após o 3º ano do Ensino Fundamental até a 3ª série do Ensino Médio, porém somente poderá participar o aluno que tenha participado das avaliações ao longo de todo o processo trimestral. 2.3 Ensino Fundamental II (6º ao 9º Ano) No Ensino Fundamental II, o Colégio Catarinense atua em função do desenvolvimento intelectual, emocional, físico e espiritual do educando, por meio de atividades significativas e desafiadoras que ampliam as experiências e práticas


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COLÉGIO CATARINENSE

socioculturais, com respeito às especificidades de cada um. Neste período da vida, as crianças e jovens estão desejosos pelo saber, curiosos e conectados às novas tecnologias, mas também passam por momentos de rebeldia, de afirmação, de mudança na relação com os adultos. Ao longo dos quatro anos do Ensino Fundamental II, elas descobrirão um mundo novo, repleto de mudanças físicas, psicológicas e relacionais. Assim, crescerão e se transformarão em cidadãos comprometidos com o mundo e com as pessoas. O papel do educador nesse período é oferecer suporte e acompanhar seus alunos na passagem da infância à adolescência, com grande sensibilidade e capacidade de escuta, avançar na formação em valores e ultrapassando, assim, a esfera meramente cognitiva. Com projetos, estudos do meio, campanhas solidárias, exposições e apresentações, os saberes são socializados interdisciplinarmente, realizando-se a partir de leituras, exibição de filmes, saídas de campo, aulas expositivas, entre outros, que possibilitam a reflexão sobre as proposições levantadas pelos educadores e pelos alunos. Todas essas ações ocorrem com o objetivo de informar e conscientizar os alunos sobre os problemas e desafios de nossa realidade, buscando transformá-la. PROJETOS DE FORMAÇÃO Ao longo do ano letivo, com vistas à formação integral do aluno, serão trabalhados temas como: • Hábitos de Estudo; • Atitudes de respeito ao outro e reconhecimento da coletividade; • Aceitação das diferenças, não ao Bullying e limites do culto à beleza; • Corpo saudável, alimentação adequada e prática de exercícios físicos;

• Valorização da vida para que saibam dizer não às drogas lícitas e ilícitas. PROJETOS ACADÊMICOS Os projetos possibilitam o desenvolvimento de diferentes habilidades e competências e fazem da aprendizagem um espaço vivo de interações e de construção de conhecimentos. Eles permitem a construção de uma visão ampla da realidade em seus múltiplos espaços e privilegiam a integração de todas as dimensões humanas no processo educativo, visando a uma formação a partir da qual o indivíduo realize uma leitura crítica do mundo e seja capaz de formar, reformar e transformar a si mesmo, a sociedade e o mundo, em uma perspectiva de construção de conhecimentos teóricos, práticos e atitudinais. O currículo é enriquecido por meio de: Aulas de reforço, Jogos Interséries;Laboratórios de Ciências e de Informática, Lousa interativa. Além disso diversas saídas de campo como visita as Cavernas de Botuverá e ao Eco do Avencal em Urubici, espaços de grande riqueza tanto no aspecto físico quanto no ambiental. Viagens especiais como a ida à ilha do Anhatomirim e, outras mais distantes como as cidades históricas de Ouro Preto, Mariana, Sabará em MG. Merece destaque os Encontros de Formação, as Jornadas e as Olimpíadas. Eco do Avencal O Projeto proporciona uma vivência diferenciada: realizamse atividades envolvendo vários aspectos relacionados aos conteúdos vistos em sala de aula, como conservação da natureza, diversidade biológica, ciclo da cana-de-açúcar, colonização, relevo, hidrografia e inscrições rupestres. Assim, refletir, pesquisar, selecionar, registrar, argumentar, respeitar a opinião dos colegas e trabalhar em conjunto, são habilidades desenvolvidas no caminho percorrido ao longo da realização


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COLÉGIO CATARINENSE

do Projeto e, pouco a pouco, assimiladas pelos alunos.

Projeto Fortalezas de Anhatomirim e Ratones O Projeto oportuniza o conhecimento e o reconhecimento da importância das fortalezas construídas em torno da Ilha de Santa Catarina durante o período colonial, bem como uma orientação acerca dos esforços do povo catarinense na preservação deste rico patrimônio histórico. Além disso, as atividades previstas contemplam aspectos da convivência em sociedade, também problematizados em sala, quais sejam o cuidado com o descarte de resíduos e o compromisso com os valores e as ações promovidas no Colégio Catarinense. ESPAÇOS E ATIVIDADES QUE QUALIFICAM NOSSO FAZER PEDAGÓGICO O Colégio Catarinense, além de contar com uma sólida estrutura interna, como salas com lousas digitais interativas, laboratórios de informática e ciências, quadras poliesportivas, campo de futebol e vasta biblioteca, oferece uma série de atividades extraclasse: jornadas formativas na lagoa do Peri e final de semana na Casa de Juventude de Pinheiral (Major Gercino), Pelo Projeto Magis, existe a possibilidade de diversificar as aprendizagens, contemplando aptidões e interesses específicos. Há diversas oficinas para o contraturno. Visite nosso site: www.colegiocatarinense.g12.br 2.4 ENSINO MÉDIO O Ensino Médio é composto por três séries e visa à preparação do educando para a sua inserção na sociedade como cidadão

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capaz de atuar na realidade local, nacional e mundial, desenvolvendo maneiras para que esse contexto se torne cada vez mais justo, fraterno e cristão. A formação do aluno do Ensino Médio tem como objetivo a preparação científica, a capacidade de utilizar diferentes tecnologias, desenvolver competências de pesquisa, aprender, criar e formular novos conhecimentos, necessários ao seu ingresso no mundo universitário e do trabalho. A educação, no Ensino Médio, deve formar para o desenvolvimento de competências, como a capacidade de abstração, o desenvolvimento do pensamento sistêmico, da criatividade e da curiosidade, além da agilidade em equacionar alternativas para a solução de situações-problema, de trabalhos em equipe, disposição para aceitar críticas, desenvolvimento do pensamento reflexivo, características fundamentais para o exercício da cidadania, habilitando os estudantes para o exercício profissional futuro. É no Ensino Médio que os alunos são preparados para os desafios da vida adulta e para os estudos universitários de forma mais abrangente, através da consolidação e do aprofundamento das competências, habilidades e atitudes, construídas ao longo de sua trajetória escolar, buscando níveis cada vez mais sólidos de autonomia moral, intelectual e espiritual. O aluno do Ensino Médio do Colégio conviverá e trabalhará com as tecnologias modernas, como suporte didático-pedagógico em seu processo de ensino-aprendizagem.


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COLÉGIO CATARINENSE

PROJETOS INTERDISCIPLINARES

GRADE CURRICULAR – ENSINO MÉDIO DIURNO ÁREAS DE ENSINO Linguagens e Códigos

Ciências Humanas e Sociais

Ciências da Natureza e da Matemática

Parte Diversificada

1ª SÉRIE

2ª SÉRIE

3ª SÉRIE

Língua Portuguesa l Literatura Brasileira

X

X

X

Educação Física

X

X

X

Arte

X

Língua Estrangeira Moderna (inglês)

X

X

X

História

X

X

X

Geografia

X

X

X

Sociologia

X

X

X

Filosofia

X

X

X

Matemática

X

X

X

Física

X

X

X

Química

X

X

X

Biologia

X

X

X

Língua Estrangeira Moderna (Espanhol/Alemão)

X

X

X

Encontro de Formação Humana e Cristã

X

X

X

Laboratório de Física

X

Laboratório de Biologia

X

Laboratório de Química

X

Aulas de Reforço

X

X

X

Produção de Texto / Redação

X

X

X

Revisão

X

Outros (simulados, visitas e viagens) Aprofundamento Física, Química, Matemática

X X

X

A participação dos alunos em projetos interdisciplinares é muito significativa nessa Unidade de ensino, em um esforço de se unir teoria à prática. Os conhecimentos científicos, históricos, sociológicos e filosóficos permitem uma leitura de mundo com características humanistas, críticas e abrangentes. Essa interação permite que o jovem desenvolva uma aprendizagem como prática social, fundamental na compreensão e transformação da realidade em que vive. A abordagem interdisciplinar permite que diferentes pontos de vista concorram para a explicação e o entendimento de problemáticas reais, relacionadas ao cotidiano dos alunos. PROJETO NAUFRAGADOS − SUL DA ILHA DE SANTA CATARINA Almeja-se sensibilizar os alunos, por meio de uma saída de campo, sobre a importância da relação harmônica entre os seres que compõem os ecossistemas, valorizando a vida em todas as suas dimensões. Permite aprofundar o conhecimento das características históricas, geográficas e naturais do sul da Ilha de Santa Catarina, por meio do estudo de elementos naturais e antrópicos em Naufragados e, ao mesmo tempo, aprimorando o convívio e as relações de amizade entre os alunos.

X

PROJETO MINIEMPRESA O Colégio Catarinense, em parceria com a empresa Junior Achievement, agrega à educação formal uma vivência prática de organização e operação de uma empresa, promovendo a troca de experiências e o desenvolvimento de lideranças. Através do método “aprender fazendo”, os alunos, durante 15 (quinze) encontros semanais, escolhem um produto a ser


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68 COLÉGIO CATARINENSE

produzido e comercializado, levantam o capital necessário com acionistas, iniciam o empreendimento, organizam a administração, elegem um Presidente e seus Diretores, compram matérias-primas, pagam salários e comissões e recolhem encargos e impostos. Ao final de 15 jornadas, a empresa é encerrada, e seu resultado financeiro é dividido entre os acionistas. Os encargos e impostos são doados a uma instituição beneficente, à escolha da miniempresa. Em diversas ocasiões, o Colégio já foi destaque, mas, no ano de 2013, em especial, a equipe do Colégio Catarinense foi destaque em todas as áreas: criatividade, vendas, lucro e marketing. PROJETO MUNICÍPIOS CATARINENSES: PLURALIDADE CULTURAL, CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE CIDADÃ E ESTUDOS DE POLÍTICAS PÚBLICAS Através desse projeto, os alunos da 2ª série do Ensino Médio são levados a conhecer e avaliar criticamente a realidade cultural, ambiental, social, política e econômica de Santa Catarina, do Brasil e do mundo, desenvolvendo atividades que possibilitem a construção, aplicação, análise e ressignificação de conceitos e valores construídos ao longo de sua trajetória acadêmica. Isso acontece por meio do estudo nas áreas de cultura, educação, saúde e meio ambiente, familiarizando-se com questões fundamentais para o bem-estar das coletividades envolvidas, para a sustentabilidade ambiental, propondo e repensando ações que possam subsidiar políticas públicas e privadas que tenham o homem como

centro de suas ações e que respeitem a natureza e o meio ambiente. Os alunos interam-se das políticas públicas que influenciam a vida do município em estudo e entram em contato com a realidade do planejamento urbano, em seus aspectos sociais, educacionais, econômicos e políticos. PROJETO TECENDO IDEIAS, PROJETANDO O FUTURO Escrever é um percurso extremamente pessoal que exige prática, reflexão e leitura. É uma competência que pode ser desenvolvida e que depende, em grande parte, de motivação íntima e da adoção de novas atitudes em relação à escrita, tais como: escrever todos os dias, acreditar que se está melhorando, deixar o comodismo de lado e se esforçar, considerar a escrita como uma habilidade importante para o sucesso profissional e reconhecer que por meio dela participamos ativamente do mundo. Oportunizando a realização de uma leitura crítica do mundo e a paixão pelo ato de escrever, o Projeto reúne a produção textual dos alunos do Ensino Médio no livro que leva o mesmo nome do projeto. PROJETO VALORIZAÇÃO DA VIDA Para dar respostas aos desafios advindos da realidade atual, sobretudo, a necessidade de trazer à tona um debate sério e direto com os adolescentes sobre a problemática das drogas lícitas e ilícitas, desenvolve-se o Projeto de Valorização da Vida, objetivando fazer um


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» Projeto Político-Pedagógico 71

trabalho de sensibilização e conscientização que resulte em atitudes formativas de prevenção integral, levando o adolescente a se posicionar claramente a favor da vida, dom maior que recebemos de Deus. Essa busca por um conhecimento crítico da realidade deve favorecer o exercício do protagonismo dos jovens, sendo esses chamados a se tornarem líderes na promoção na valorização da vida. Nesse sentido, Santo Inácio insiste em que: “o ensino do jovem deve ajudá-lo a levar para o outro o que ele recebeu. Nossos colégios devem ser multiplicadores. Parte de nossa formação consiste em semear a inquietude no coração da juventude, fazendo-a difusora da mensagem.” (Jornada LatinoAmericana sobre as CECJ, p. 46). Além do trabalho de pesquisa e seminários sobre as drogas, os alunos realizam Encontros de Formação no Lar Recanto da Esperança, comunidade terapêutica com a qual o Colégio desenvolve parceria. Esse projeto reforça a dimensão social, de comprometimento com a instituição através de doações de alimentos, agasalhos e itens de higiene e limpeza. Nos demais anos do Ensino Médio, outras iniciativas são desenvolvidas com o intuito de continuar o trabalho de prevenção ao uso de drogas. Os alunos participam de Encontros de Formação, que incluem o debate e a vivência de valores, bem como palestras formativas. Os pais participam de encontros no Colégio com a presença de assessores do Lar Recanto da Esperança. Percebe-se, assim, que escola e família são convidadas a trabalhar unidas na promoção e valorização da vida.

crítica e cidadã de nossos estudantes. É desenvolvido com a participação de todos os alunos da Unidade II, culminando em um encontro de confraternização no qual se apresenta à toda a comunidade escolar o resultado das arrecadações e das ações desenvolvidas pelas turmas promovendo apresentações artísticas, brincadeiras e jogos coletivos.

PROJETO DIA DE INTEGRAÇÃO E AÇÃO SOCIAL

PROJETO ESTILOS DE APRENDIZAGEM (SOE)

O principal objetivo desse Projeto é promover a integração entre a Comunidade Educativa do Colégio Catarinense, através de atividades esportivas, culturais e sociais, promovendo o respeito, a amizade e, acima de tudo, a parceria entre escola/ família, em prol de uma educação que estimule a consciência

Contribuir para o aprimoramento do processo de ensinoaprendizagem, instrumentalizando o aluno com técnicas de estudos para o melhor entendimento, para a compreensão e o domínio dos conteúdos, é o objetivo desse Projeto. Partindo da premissa de que cada um tem um estilo diferente

PROJETO ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL (SOE) O trabalho de orientação profissional e vocacional, no Colégio Catarinense, visa orientar os educandos para a realização de uma escolha consciente e alinhada ao seu projeto de vida. Essas iniciativas têm início a partir do 9° Ano do Ensino Fundamental II e se intensificam na Terceira Série do Ensino Médio. Assim sendo, o jovem, tem a possibilidade de se confrontar com alguns aspectos da vida profissional e acadêmica. Para tanto, parte-se do pressuposto levantado por Levenfus (1997) de que, no trabalho da escolha da profissão, a sensibilização para o momento vivido pelo adolescente dentro desse contexto social mais amplo tem de ser levada em consideração. A escolha profissional faz parte do projeto de vida da pessoa, principalmente dos que estão em fase de transição entre a escola e a universidade. Trata-se do início de uma longa caminhada, que implica um processo de maturação do sujeito, em que a definição de sua carreira envolve responsabilidade pelas escolhas realizadas e investimentos de energia para uma vida de dedicação à profissão escolhida.


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para apreender informação e transformá-la em conhecimento, o projeto desenvolve competências para a metacognição, ou seja, a capacidade de compreender como acontece a sua própria aprendizagem. Conhecer a si mesmo é o passo inicial para desenvolver uma ampla capacidade para aprender. Ao descobrir seu estilo de aprendizagem, o aluno encontra a chave que aciona sua capacidade de gerar mais conhecimento. Por meio desse projeto, é possível construir mapas que representam os diferentes estilos de aprendizagem dos alunos, permitindo aos professores elaborar, de forma mais eficaz, atividades e motivações focadas no perfil da turma. PROJETO REPRESENTANTES DE TURMA (SOE) Entre os objetivos da Educação da Companhia de Jesus está a formação de líderes “homens e mulheres que assumem posições de responsabilidade na sociedade, através das quais exerçam uma influência positiva sobre os outros.” (CARACTERÍSTICAS, p. 38, 1986). Busca-se formar lideranças que sejam competentes e conscientes com a própria existência, com a dos outros e a do planeta. A sociedade democrática se torna possível por meio da participação efetiva de seus cidadãos, exercendo, construindo e lutando por seus direitos, com tolerância e respeito à diversidade. A experiência de eleger representantes dentre os educandos tem o objetivo de educar para a prática do espírito democrático e da solidariedade. Ser escolhido entre os seus pares significa estar disponível para servir.

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ENCONTROS DE FORMAÇÃO São desenvolvidos ao longo de um período de aulas, e são abordados, estudados e aprofundados temas de interesse da faixa etária e em valores, conforme orientação da equipe responsável, tais como: orientação vocacional e profissional, sexualidade, relações interpessoais, aceitação ao diferente, combate ao uso de drogas, dentre outros. Esses encontros são animados pelo Serviço de Orientação Religiosa, Pastoral e Espiritual do Colégio.


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Terceira Série O 3º ano do Ensino Médio é uma série bastante distinta pelas exigências próprias dos vestibulares, pela organização de estudos diferenciada, e pela necessidade de tomarem importantes decisões sobre seu futuro. Esse ambiente força um amadurecimento ainda maior entre os jovens. O aluno será desafiado a concentrar seu esforço e atenção numa meta de conquista, devendo aprender a assumir os sacrifícios exigidos pela situação. Isso não se dá sem esforço e sem que se pague um preço, como noites de sono, momentos de convívio e lazer. No entanto, isso é compensado pela conquista que se aproxima e pelos fortes laços que se formam com a turma em seu último ano no Colégio. O Colégio Catarinense dedica à 3ª série do Ensino Médio um cuidado especial, com ampliação da carga horária, que permite a revisão dos conteúdos de todo o Ensino Médio, além do desenvolvimento dos conteúdos específicos da 3ª série. O atendimento personalizado (com aulas especiais, em salas e horários extras, além de revisões e simulados) garante melhor preparo para o aluno, habilitando-o a enfrentar as diversas avaliações externas, como vestibulares e ENEM. Embora haja um investimento acadêmico significativo, o cuidado com a formação humana, cristã e cidadã permanece como base para a excelência, priorizada pelo Colégio, que prepara os educandos para os contínuos “vestibulares da vida”, a fim de que se tornem pessoas capazes de enfrentar os desafios cotidianos. Para atingir esses objetivos, a TERCEIRA SÉRIE oferece: 1. Conteúdos programáticos da 3ª série e a revisão dos conteúdos da 1ª e da 2ª série; 2. Material didático específico e atualizado (o material inclui apostilas, cadernos especiais de revisão e produção de textos, encartes com temas atualizados); 3. Apoio pedagógico virtual;

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4. Portal de ensino com banco de questões, tira-dúvidas, usados on-line, links e exercícios suplementares; 5. Salas climatizadas; 6. Acompanhamento e trabalhos específicos de orientação profissional; 7. Manhãs de formação e projetos solidários; 8. Aulas de revisão durante todo o ano letivo; 9. Simulados presenciais e on-line; 10. Aulas específicas de produção textual; 11. Preparação especial para os vestibulares da UFSC, UDESC e para o ENEM; 12. Oficina de estudo de fixação e aprofundamento dos conteúdos (MTM/BIOL/FSC/QMC);


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3 » ORGANIZAÇÃO PEDAGÓGICA 3.1 Infraestrutura Cada Unidade de Ensino dispõe de estrutura adequada para a manutenção e desenvolvimento de suas atividades educativas. O Colégio Catarinense ocupa uma área de aproximadamente 6 hectares no coração da cidade, sendo uma das maiores áreas verdes do centro da capital. Infraestrutura: • Salas de aula; • Salas de Educação Visual; • Salas de Artes • Salas de Musicalização; • Laboratórios de Biologia, Física, Química, Informática e Ciências; • Salas dos professores; • Salas de reuniões; • 2 Auditórios; • Teatro; • Biblioteca (duas); • Parque Infantil; • Cantinas; • Museu do Homem do Sambaqui; • Capela Santo Inácio de Loyola; • Capela Sagrada Família ; • Sala de Monitoramento Eletrônico; • Parques multifuncionais especiais para Educação Infantil e ANOS Iniciais. Além disso, dispõe também de espaços como a casa de Juventude de Pinheiral, Recanto Santo Inácio no Ribeirão da Ilha, Recanto dos Escoteiros na Lagoa do Peri, Casa de retiro Vila de Fátima no Morro das Pedras.


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REDE WI FI O Colégio Catarinense conta com rede wireless, de 35 MB, disponível a todos, sem restrições a redes sociais, abrangendo toda a área interna, de uso comum do colégio na sede principal. Atento às necessidades do mundo atual, o Catarinense considera que um dos seus maiores desafios é formar verdadeiros líderes, de alto desempenho acadêmico, espiritual e ético, em uma sociedade cada vez mais exigente em conhecimento e tecnologias. Nesse contexto, o uso da web permite que o processo de aprendizagem se torne mais rico e próximo das novas gerações, educando-os, também, para o uso consciente e responsável desse novo instrumento. Para que o aluno possa acessar a rede, os pais assinam o Termo de Autorização e Responsabilidade. Nesse Termo, consta a adesão à política de uso e a disponibilidade dos recursos de Tecnologia da Informação e Comunicação. Os pais e/ou responsáveis são convidados a dialogar com seus filhos sobre a responsabilidade de cada um diante desse novo recurso. Cada jovem deverá perceber claramente quais são seus direitos, seus deveres e responsabilidades, e que o uso da web nas dependências do Colégio está sujeito à adesão às regras. Devido à importância e à responsabilidade do serviço disponibilizado, o Colégio monitora os acessos e agirá com rigor em caso de atitudes impróprias na rede.

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4 » FUNCIONAMENTO GERAL DO COLÉGIO 4.1 Calendário Escolar No ato da matrícula, os pais ou responsáveis recebem um calendário anual em que são especificadas as datas de acordo com as normas legais e atividades prioritárias que ocorrem ao longo do ano em cada Unidade do Colégio, as quais são relembradas em comunicados próprios, entregues aos alunos e disponibilizados no site. 4.2 Horários Horário das Aulas do Fundamental e Ensino Médio Período MATUTINO Aula 1ª aula 2ª aula 3ª aula

Horário 7h25min 8h13min 8h13min 9h01min 9h01min 9h49min

Período VESPERTINO Aula 1ª aula 2ª aula 3ª aula

Horário 14h18min 14h18min 15h06min 15h06min

Intervalo

1° sinal

10h14min

1° sinal

16h14min

2° sinal

10h16min

2° sinal

16h16min

5ª aula 6ª aula

10h16min 11h04min 11h52min 11h52min 12h40min

4ª aula 5ª aula 6ª aula

15h54min

16h16min 17h04min 17h04min 17h52min 17h52min 18h40min

1° sinal

18h49min

2° sinal

18h51min 18h51min 19h39min

8ª aula

As CANTINAS funcionam nos horários normais de aula, sendo que a cantina central e a do Ginásio de Esportes oferecem almoço. Na Unidade I, a cantina funciona até às 18h15min. A BIBLIOTECA central funciona das 7h30min às 19h50min, e a Biblioteca Infantil, no período normal das aulas. A Biblioteca Central atende, também, de segunda a quarta-feira, os alunos da EAD (Ensino a Distância Unisinos), das 18h às 22h. Dispõe de registro on-line de todas as obras disponíveis para os alunos .

18h40min

Interval

7ª aula

A RECEPÇÃO da Unidade de Ensino Infantil e Fundamental I e dos demais Serviços das Unidades Escolares funcionam no período normal de aulas. É o setor encarregado de receber e encaminhar os pais e alunos aos locais e pessoas responsáveis ao atendimento.

15h54min

9h49min

11h04min

O PROTOCOLO é o setor do Colégio responsável pela recepção aos pais em relação à entrega e ao recebimento de documentos, registro e movimentação dos mesmos. Efetua matrículas e assessora na utilização e informações sobre o site. Inicia as suas atividades às 7h e fecha suas portas às 19h. No mês de janeiro, período de férias coletivas, funciona em horário especial, das 8h às 12h e das 13h às 17h. (Telefone: 32511515 e e-mail: protocolo@colegiocatarinense.g12.br)

13h30min

Intervalo

4ª aula

4.3 – Horários de Funcionamento dos diversos setores no Colégio

19h39min 20h27min

O AMBULATÓRIO MÉDICO funciona das 7h30min às 19h45min para atendimento de intercorrências. Quando necessário, será acionado o atendimento de emergência da Unimed. Todos os alunos do colégio, regularmente matriculados e em dia com seus compromissos contratuais, estão cobertos por seguro, em caso de acidente. É de responsabilidade dos


82 COLÉGIO CATARINENSE

pais e/ou responsáveis manter a ficha médica atualizada, encaminhando, por escrito, orientações e necessidades de uso de medicamentos. O Colégio não permite ao aluno ingerir remédios por conta própria. Por isso, é preciso que o estudante traga o remédio de casa e o guarde no ambulatório, só podendo fazer uso do mesmo com acompanhamento da enfermeira. Os medicamentos deverão estar sempre acompanhados de receita médica que os prescreva, inclusive os necessários para nebulizações. Uniforme O uso do uniforme escolar é obrigatório para todos os alunos, em todas as atividades programadas, incluindo atividades extraclasse, saídas, viagens de estudo e pesquisas na biblioteca. Além de evitar o uso de roupas inadequadas ao ambiente escolar, serve para garantir a segurança interna. Em ocasiões especiais poderão ser liberados o uso de uniformes específicos ou comemorativos. MODO DE TRAJAR:

» Projeto Político-Pedagógico 83

Para todos os anos e todas as séries: 1. Camiseta do Colégio; 2. Moletom branco ou azul-marinho com manga comprida do Colégio; 3. Calça jeans ou bermuda jeans – azul até o joelho; 4. Jaqueta jeans azul-escura; 5. Meias e sapatos ou tênis; 6. Agasalho do Colégio – pode ser de moletom ou de tactel; 7. Jaqueta de frio – sobre o moletom – azul-marinho ou branco. Educação Física: 1. Calção azul – masculino; 2. Bermuda ou corsário azul de lycra, cotton ou suplex – feminino; 3. Camiseta do Colégio; 4. Meias brancas e tênis amarrado; 5. Agasalhos: somente o do Colégio. Mais detalhes estão especificados no Manual de Convivência Escolar. Chamamos especial atenção aos itens não permitidos no Colégio, como uso de shorts e outros constantes no Manual de Convivência Escolar. A bermuda deve ser até o joelho.


84 COLÉGIO CATARINENSE

5 » AVALIAÇÃO A avaliação no Colégio Catarinense, como parte fundamental do processo de ensino-aprendizagem, caracteriza-se como diagnóstica, diversificada, permanente e cumulativa, permitindo disponibilizar aos professores, pais e/ou responsáveis dados importantes sobre o desenvolvimento do aluno, facilitando não só o acompanhamento, mas oportunizando ajuda no sentido de reorientar o processo. Para os alunos, a avaliação traz as informações necessárias para analisarem e reorganizarem seu processo de aprendizagem, enfatizando os aspectos mais deficientes. A avaliação qualitativa prevalece sobre a quantitativa. O processo de ensino-aprendizagem, trabalho que trata do conhecimento e de aspectos formativos, orienta-se por métodos, estratégias e trajetórias pessoais e coletivas. O desenvolvimento é pessoal e segue interesse e ritmos diferentes. Procurando atender todos, individual e coletivamente, o Colégio Catarinense oferece, aos alunos com dificuldades na aprendizagem, aulas e programas de reforço, com o objetivo de superar tais carências. Uma vez que as dificuldades dos alunos são confirmadas pelos professores e pela Equipe de Coordenação, são oferecidos horários de reforço no contraturno, conforme calendário encaminhado às famílias e disponibilizado no site do Colégio. É de responsabilidade dos pais e/ou responsáveis incentivar a participação e frequência dos filhos, quando necessário, nos programas de recuperação (aulas e trabalhos), uma vez que estes programas, além de obrigatórios pela legislação vigente, são muito importantes para o desenvolvimento dos estudantes. Sem auxílio, dificilmente os alunos conseguirão superar suas dificuldades de aprendizagem. Aos pais e/ou responsáveis cabe, em primeiro lugar, dar ao discente o incentivo necessário para a efetivação de um bom processo de ensino-aprendizagem e, em segundo lugar, zelar pelas condições e pelo encaminhamento dos filhos a esses programas. O Colégio Catarinense adota o sistema de Avaliação Trimestral em todas as Unidades, sendo as provas e os

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trabalhos a expressão dos resultados da avaliação adequados a cada faixa etária e área de conhecimento. Chamamos especial atenção para a avaliação, pois ela ocorre ao longo de todo o trimestre.Por isso, ao aluno que, sem razões de saúde, não tiver participado dos processos de avaliação trimestral, será negada sua participação na reavaliação trimestral (oportunidade de melhorar sua nota trimestral). Alinhado às orientações da Pedagogia Inacianas o Conselho de Classe indica os alunos “destaques” escolhendo aqueles que vão além da excelência acadêmica apresentando relevante progresso nas atitudes e vivências pessoais comprometidas com a formação humana e com uma atuação social na perspectiva de pessoas para os demais. 5.1 Nas Unidades de Ensino Fundamental I (3º ao 5º ano), Fundamental II (6º ao 9º Ano) e Ensino Médio Os procedimentos utilizados para avaliação do aluno, que podem expressar aprovação, aprovação parcial, recuperação e reprovação, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394, em vigor a partir do dia 20 de dezembro de 1996, são os seguintes: No Trimestre 1. A média do trimestre é a expressão do resultado de todas as avaliações realizadas durante esse período, conforme orientações gerais estabelecidas pela Direção Geral e explicitadas pelo Serviço de Orientação Pedagógica do Colégio, para cada disciplina, mediante diversos instrumentos, como observação, deveres, trabalhos práticos escritos e orais, produções textuais e artísticas, pesquisas, provas, trabalhos em grupos ou outros meios, envolvendo conhecimentos (conteúdos) e habilidades e responsabilidade; 2. O cálculo para a obtenção da média trimestral será a média aritmética de todas as notas das avaliações realizadas no


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decorrer do trimestre e explicitadas pelo professor;

Exemplo: (7,6 + 6,5 + 9,8 + 3,4 + 5,7) : 5 = 6,6

3. Após a devolução de cada prova, o professor, em seu horário de aula, fará uma revisão dos conteúdos da avaliação, retomando a correção com os alunos; 4. A todos os educandos que não atingirem a nota suficiente, o Colégio oferece aulas de recuperação ou reforço no contraturno. A presença às aulas de reforço será obrigatória para os educandos com nota abaixo de 7,0 (sete). Porém, é de responsabilidade dos pais o encaminhamento dos alunos. As datas e os horários das aulas de reforço serão informados, no início de cada trimestre, em circulares próprias e disponibilizados no site/portal do Colégio; 5. A reavaliação da média trimestral acontecerá após a entrega do resultado de cada trimestre, através de uma prova, envolvendo o conteúdo de todo o trimestre, a ser realizada em horário e data previamente determinados e encaminhados aos pais em comunicado próprio. Ao aluno que, sem razões de saúde, não tiver participado dos processos de avaliação trimestral, será negada sua participação na reavaliação trimestral. Os alunos com nota trimestral inferior a 7,0 (sete) estão convocados a realizar esta avaliação. Os alunos com nota trimestral superior a 7,0 (sete) que desejarem melhorar seu rendimento também poderão participar desta avaliação, desde que comunicando previamente à Coordenação da Unidade de Ensino; 6. Será registrado como média trimestral o resultado maior entre a nota trimestral e a prova de reavaliação. Para aprovação, ao final do ano letivo (em consonância com o Decreto 2.114 de 18/02/2009):

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1. Estará aprovado o aluno que, seguidos todos os processos trimestrais, obtiver média 7,0 (sete), no mínimo, segundo a fórmula: (1T x 2 + 2T x 2 + 3T x 3) / 7 = 7,0 (sete), no mínimo. Exemplo: (6x2+8x2+8x3)/7 (12 + 16 + 24) / 7 52 /7 = 7,4 2. O aluno que não atingir média 7,0 (sete) deverá prestar exame final na(s) disciplina(s) na(s) qual(is) seu rendimento foi insuficiente. Após prestar exame final, será considerado aprovado na disciplina o aluno que atingir a soma de 14 (quatorze) pontos, no mínimo, segundo a fórmula: Média Anual x 1,7 + Nota do Exame x 1,3 = 14 (quatorze), no mínimo. Exemplo: 5 x 1,7 + 4,8 x 1,3 = 14,7 (Aprovado) 5 x 1,7 + 4 x 1,3 = 13,7 (Reprovado) 3. O aluno do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio que, após prestar exame final, não atingir a soma de 14 pontos, em duas disciplinas, estará parcialmente aprovado para a série seguinte, devendo cursar a(s) disciplina(s) na(s) qual(quais) reprovou em regime de dependência no ano seguinte, de acordo com as normas internas fixadas no início do ano letivo; 4. O aluno com média anual inferior a 3,0 (três) estará reprovado nesta disciplina e perde o direito a prestar exames na(s) disciplina(s) com este rendimento; 5. Será considerado reprovado o aluno que não obtiver pontuação para aprovação em mais de duas disciplinas, (alunos do 8º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio), bem como o aluno que não atingir a frequência mínima exigida pela Legislação, ou seja, 75% do total das aulas;


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6. O Conselho de Classe é soberano para resolver os casos limítrofes e/ou discrepantes, tanto antes do Exame Final, quanto após a sua realização. 5.2 Dependência 1. Conforme o estabelecido no Decreto 2.114 de 18/02/09, o Colégio adota o sistema de progressão parcial para os alunos que não obtiverem aprovação em até duas disciplinas e que estiverem cursando os dois últimos anos do Ensino Fundamental e o Ensino Médio. 2. Os alunos promovidos parcialmente deverão submeter-se ao Regime de Dependência na(s) disciplina(s) em que não obtiveram a aprovação. 3. A progressão parcial não se aplica aos alunos reprovados em razão de frequência inferior a 75% do total das horas letivas. 4. A Dependência será desenvolvida no período inverso ao de estudos regulares do aluno, durante o primeiro semestre, de acordo com as normas internas fixadas no início do ano letivo. Em caso de reprovação em alguma disciplina cursada no regime de Dependência, o aluno deverá repeti-la, no segundo semestre, de acordo com as normas fixadas para este fim. 5. A aprovação na(s) disciplina(s) cursada(s) em Regime de Dependência se dará quando a média aritmética das avaliações realizadas ao longo do semestre for igual ou maior do que 7,0 (sete). 6. O aluno que não lograr êxito na(s) dependência(s) cursada(s) no segundo semestre será compulsoriamente transferido do Colégio. 7. Os alunos em Regime de Dependência do 9º Ano do Ensino Fundamental ou da 3ª Série do Ensino Médio não fazem jus ao certificado de conclusão do Ensino Fundamental ou Médio enquanto não satisfizerem os requisitos da Dependência, de acordo com as normas estabelecidas.

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8. Os alunos em Regime de Dependência que solicitarem sua matrícula no Colégio durante o decorrer do ano letivo serão tratados da seguinte forma: a) Alunos que solicitarem sua matrícula até o mês de Março, inclusive, ingressarão nas turmas de Dependência oferecidas pelo Colégio no primeiro semestre; b) Alunos que solicitarem sua matrícula nos meses de abril a agosto, inclusive, ingressarão nas turmas de Dependência do segundo semestre, de acordo com as normas previstas para a Dependência nesse período. Porém, se tais alunos não obtiverem rendimento suficiente para sua aprovação, serão compulsoriamente transferidos do Colégio; c) Após o término do mês de Agosto, o Colégio não aceitará mais alunos que estejam em regime de Dependência. 9. Os estudos no regime de dependência serão cobrados à parte, sendo que seus valores e número de parcelas estarão previstos no Contrato de Prestação de Serviços Educacionais.


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CAPÍTULO III » ORGANOGRAMA E MANUAL DE FUNÇÕES


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1. NATUREZA E OBJETIVO DO COLÉGIO O Colégio Catarinense se rege pelas normas e pelos princípios dos Colégios da Companhia de Jesus, da Província do Brasil Meridional, a quem compete: • Nomear o Diretor-geral e os Diretores Acadêmicos e Administrativos; • Aprovar o orçamento e os balanços anuais dos Colégios; • Responder pela correta aplicação dos subsídios concedidos; • Prestar as informações às autoridades Federais. A Associação Antônio Vieira (ASAV), originariamente chamada “Sociedade Literária Padre Antônio Vieira”, fundada em São Leopoldo, Rio Grande do Sul, no ano de 1899, é uma Sociedade Civil sem fins lucrativos, com sede e foro atualmente na cidade de Porto Alegre – RS, registrada no Cartório de Registro Especial sob o n. 8.157, no Livro “A” n.11, fls. 96 do “Registro de Pessoas Jurídicas”, em 10/09/1975, com Declaração de Utilidade Pública Federal pelo Decreto n. 64.471/69 e Certificado de Filantropia do Conselho Nacional do Serviço Social – Processo n. 60.421/66 e renovado pela Resolução 03, de 23 de janeiro de 2009, Conselho Nacional de Assistência Social. Denominou-se Sociedade Antônio Vieira até 9 de outubro de 2003, quando, para atender aos ditames da legislação, passou a ter a designação atual, Associação Antônio Vieira. 2. MANTENEDORA O Colégio Catarinense teve seu registro de funcionamento autorizado em 1905, pela Lei Estadual nº 669. Após contrato firmado em 04 de novembro de 1905, entre o Governador do Estado e a Companhia de Jesus (Sociedade Literária Pe. Antônio Vieira), o Colégio iniciou as suas atividades letivas em 15 de março de 1906.


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Atualmente, é mantido pela Associação Antônio Vieira (ASAV), identificada com princípios educacionais que privilegiam a dignidade humana em todas as suas dimensões, tendo Cristo como inspiração e as dinâmicas dos Exercícios Espirituais de Santo Inácio, que ressaltam: disponibilidade para servir; atitude de discernimento orientado para a ação, em uma constante escuta da realidade e revisão das posições; escolha de trabalho o mais eficaz possível, mais necessário e mais urgente. A Mantenedora é representada, no Colégio, pelo seu Diretor Geral e pelo Superior da Comunidade Religiosa. O Superior da Comunidade Religiosa é o último responsável local pelo Colégio Catarinense, diante da Mantenedora. O Diretor-geral do Colégio é o líder apostólico do grupo de Jesuítas e leigos que trabalham no Colégio, a quem compete coordenar e animar. A ele, compete, também, entre outras funções, a elaboração, modificação e aplicação dos regulamentos internos, de acordo com as orientações gerais da Companhia de Jesus e o Projeto Político-Pedagógico do Colégio. É assessorado pelos diretores Acadêmico e Administrativo. Assim, juntos, os três formam a Direção-geral do Colégio, que tem o apoio imediato dos Coordenadores das Unidades de Ensino, dos Coordenadores Adjuntos, Assessorias, do Reitor da Igreja, da Secretária do Colégio e do Supervisor das Atividades Complementares. 3. ORGANOGRAMA GERAL DO COLÉGIO A Estrutura Organizacional Básica do Colégio Catarinense, mantida pela Associação Antônio Vieira, compreende: 3.1. Unidade de Direção-geral • Diretor-geral; • Diretor Administrativo; • Diretor Acadêmico.

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O Diretor Geral dirige a ação apostólica e educativa do Colégio e é responsável por ele perante o Provincial e os organismos civis e eclesiásticos. Compete, dentre outras atribuições, ao Diretor-geral: 1. Manter o dinamismo e a Unidade do Colégio de acordo com os princípios da Companhia de Jesus, bem como os da Igreja Católica; 2. Observar e fazer cumprir a Legislação pertinente em vigor, garantindo a sua aplicação no Colégio; 3. Representar o Colégio ou fazer-se representar perante as autoridades federais, estaduais e municipais e da Igreja e, quando indicado, a Associação Antônio Vieira; 4. Garantir, no âmbito de todo o Colégio, através da cooperação, participação e da autonomia, a vivência dos objetivos da ação pastoral, dos princípios de convivência escolar e da Proposta Pedagógica, de acordo com o Projeto Educativo Comum; 5. Garantir a implementação do Projeto Pedagógico e a sustentabilidade do Colégio. 3.2. Direção Financeira O Diretor Administrativo é o responsável operacional pela política financeira, econômica, laboral e jurídica do colégio. Compete ao Diretor Administrativo, entre outras atribuições: 1. Assessorar o Diretor Geral em todas as suas atribuições e substituí-lo na sua ausência ou em caso de impedimento, mediante designação; 2. Supervisionar e orientar as equipes técnicas e as atividades da Área Administrativa, conforme as diretrizes e os objetivos institucionais; 3. Supervisionar o cumprimento da legislação (trabalhista, fiscal, comercial e as demais) pertinente;


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97 COLÉGIO CATARINENSE

4. Coordenar o Conselho Administrativo; 5. Acompanhar o processo de concessão de bolsas de estudo, filantrópicas ou não, e participar da definição do percentual a ser concedido; 6. Avaliar necessidades, estabelecer e fazer cumprir diretrizes voltadas à melhoria no atendimento dos clientes internos e externos e à utilização adequada dos recursos disponibilizados; 7. Orientar a elaboração de programas e projetos na área administrativo-financeira; 8. Auxiliar o Diretor-geral nos encaminhamentos relativos ao valor das anuidades, dos reajustes e outros encaminhamentos necessários à área financeira.

4. Unidades de Assistência e Assessoramento 1. Conselho Diretor; 2. Conselho Técnico Administrativo; 3. Conselho Acadêmico; 4. Centro de Pastoral; 5. Assessorias; 6. Diretor Administrativo; 7. Diretor Acadêmico. A Direção-geral é auxiliada, em suas funções: a) Assessores de Comunicação, Acadêmico, Jurídico e outras áreas que julgar necessárias.

3.3. Direção Acadêmica Assessoria de Comunicação Compete ao Diretor Acadêmico, entre outras atribuições: 1. Assegurar o funcionamento e a consecução dos objetivos dos órgãos cooperadores da Instituição atinentes à Área Acadêmica; 2. Assessorar o Diretor-geral em todas as suas atribuições e substituí-lo, na sua ausência ou em caso de impedimento, mediante designação; 3. Coordenar o Conselho Acadêmico; 4. Planejar, supervisionar e orientar as atividades da Área Acadêmica (Serviços e Equipes Administrativas), conforme as diretrizes estabelecidas pela Direção-geral, compatibilizandoas com os demais setores do Colégio; 5. Garantir, através da cooperação, da participação e da autonomia, a vivência dos objetivos, dos princípios de convivência escolar e da proposta pedagógica de acordo com o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Catarinense.

O objetivo final do cargo é assessorar o Colégio nas suas relações com as comunidades educativa e geral. Dentre suas tarefas, destacam-se: • Responder, junto aos veículos de comunicação, às demandas por eles solicitadas, encaminhando sínteses e boletins informativos; • Produzir textos e matérias sobre as ações sociais e/ou atividades e projetos do Colégio para divulgação nos meios digitais; • Sugerir, organizar, agendar e acompanhar entrevistas com a mídia em geral, orientando e organizando previamente o pessoal interno; • Analisar situações especiais que exigem decisão da Diretoria, reunir informações, avaliar implicações e emitir parecer sugerindo posicionamento; Consolidar relatório anual da instituição;


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Assessoria Acadêmica O objetivo final do cargo é assessorar a Direção Acadêmica na ação pedagógica. Dentre suas responsabilidades, destacam-se: • Assessorar a Direção Acadêmica nos processos de inovação das tecnologias educacionais; • Assessorar a Direção e o SOP na formação continuada dos professores; • Elaborar e encaminhar relatórios de suas atividades à Direção Acadêmica mensalmente e anualmente; • Participar de reuniões Pedagógicas e Acadêmicas e outras solicitadas pela Direção; • Participar do processo de seleção e contratação dos professores; • Propor cursos, oficinas, palestras e seminários na área de Educação; • Propor projetos de cunho pedagógico que atendam aos objetivos do Colégio; • Acompanhar a legislação pertinente à Educação b) pelo Coordenador da Pastoral, encarregado de assegurar a identidade Cristã e Inaciana da Instituição, apoiando as Coordenações, os Serviços, o corpo docente e todas as iniciativas de formação e vivência dos valores evangélicos cristãos em sintonia com as diretrizes e orientações da Igreja local. Pensar a escola em Pastoral é refletir sobre o que toca o íntimo da própria instituição, a sua identidade e a sua missão, que deriva do mandato de ir e ensinar, dado por Jesus Cristo aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e ensinai”. O Coordenador da Pastoral integra o Conselho Acadêmico e o Conselho de Direção Ampliada; c)

pelo

Conselho

Acadêmico,

que

é

formado

pelos

Coordenadores da Unidade I e II e seus adjuntos, Supervisor das Atividades Complementares Esportivas e Culturais, representantes dos Serviços de apoio ao Ensino e Assessoria Acadêmica, coordenado pela Direção Acadêmica; d) pelo Conselho da Direção Ampliada, formado pelos Diretores, Assessorias, Coordenadores das Unidades, pelo Coordenador da Pastoral , Supervisor das Atividades Complementares Esportivas e Culturais e pela Secretária da Escola; coordenado pela Diretor Geral; e) pelo Conselho Administrativo, formado pelos representantes dos diversos setores administrativos, coordenado pela Direção Administrativa. 4 » CONFIGURAÇÃO DAS UNIDADES Cada Unidade de Ensino do Colégio Catarinense é administrada por um Coordenador, o qual é o encarregado de dirigir, administrar e coordenar as atividades educativas de sua Unidade de Ensino. Também deve acompanhar e supervisionar os docentes, integrantes dos Serviços de Apoio e todas as atividades curriculares e extracurriculares planejadas em sua Unidade de Ensino. É responsável pelo andamento geral do ciclo de estudos e responde, perante a Direção, pelo desenvolvimento geral e pelas ocorrências da sua Unidade. A ele, cabe resolver os conflitos, depois de esgotadas as instâncias junto aos Coordenadores Adjuntos, Serviços de Apoio ao Ensino e principalmente, o SOCE. O Coordenador é auxiliado diretamente pelo(s) Coordenador(es) Adjunto(s) em sua missão, além dos Serviços abaixo descritos. 4.1. Serviços de Apoio ao Coordenador: a) Os monitores de pátio, que são os responsáveis pelo acompanhamento dos alunos nos corredores e pátios do

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colégio, acolhendo e encaminhando os visitantes que se apresentam nos portões de acesso do Colégio aos respectivos setores; b) Os assistentes de coordenação, os quais são os responsáveis por receber e acolher os alunos e os pais, encaminhando-os ao Coordenador ou aos Serviços de Apoio ao Ensino, recebendo comunicações , registrando-as e responsabilizando-se pelos arquivamentos. 4.2. Serviços de Apoio ao Ensino e às famílias 4.2.1 Serviços de Orientação Pedagógica (SOP), que auxilia o Coordenador perante os professores; acompanha o trabalho dos educadores para garantir a qualidade e o compromisso com o Projeto Pedagógico, por meio do aperfeiçoamento constante das práticas pedagógicas. No Colégio Catarinense, esse serviço é responsável pelo planejamento, pelo acompanhamento e pela orientação do trabalho escolar, realizado nas Unidades de Ensino, visando à qualificação do processo de ensinoaprendizagem. Além disso, o SOP gerencia a formação permanente dos docentes e garante que as ações pedagógicas estejam em consonância com o Projeto Político-Pedagógico. 4.2.2 Serviço de Orientação de Convivência Escolar (SOCE): Auxilia o Coordenador para que haja harmonia nas relações humanas da Unidade, é o primeiro a mediar a relação entre o Colégio, professores, alunos e famílias. O SOCE tem como objetivo primordial garantir a disciplina necessária para o processo de ensino-aprendizagem, procurando desencadear a reflexão individual e coletiva e a vivência de valores e atitudes entre os educandos. O diálogo com os alunos é peça fundamental no trabalho diário do Orientador de Convivência Escolar. Manter os pais informados sobre as ocorrências é uma prática que auxilia o processo educativo. A convivência diária, o estar junto dos alunos, seja nos intervalos (recreios), no início e final das aulas ou nas atividades extraclasse ajuda a criar um clima de alteridade, cooperação e respeito mútuo. Cabe a ele ser o primeiro articulador das demandas da Unidade antes de ser encaminhadas ao Coordenador.

» Projeto Político-Pedagógico

4.2.3 Serviço de Orientação Educacional (SOE): auxilia o Coordenador nas necessidades dos alunos relacionadas ao seu desenvolvimento pessoal e de aprendizagem, destacandose os Projetos que contribuam nos estudos dos alunos, como: hábitos de estudo, afetividade, prevenção ao Bullying e às drogas. Realiza acompanhamento sistêmico com os pais e responsáveis que necessitam de aconselhamento e orientação e procura manter contato com profissionais especializados que atendem os alunos. Cabe, também, ao SOE, realizar ações de formação junto às famílias e equipe da Unidade. No Ensino Médio, destaca-se junto aos alunos, promovendo ações e reflexões sobre a importância da escolha profissional adequada ao perfil do aluno. 4.2.4 Serviço de Orientação Religiosa, Pastoral e Espiritual (SOREP): auxilia o Coordenador na formação integral dos alunos, proporcionando espaços e vivências que buscam tornar visível a educação em valores cristãos. A Educação Inaciana oferece aos alunos em especial, e à Comunidade Educativa a oportunidade de conhecer, celebrar e vivenciar a própria fé por meio de programas de formação que resgatem a identidade cristã. Ressalta, também, a necessidade de aprofundar o conhecimento na dimensão da reflexão teológica, o que inclui encontros ,estudo , pesquisa e retiros . Cabe ao SOREP estimular a vivência de experiências em que os desafios da fé, que promove e se compromete com a justiça, possam ser concretizados. Assim, poderá ser construída “uma cultura da solidariedade”. 4.2.5 Professor: auxilia o Coordenador atuando nas áreas acadêmicas do Ensino, elaborando estratégias de auxílio ao desenvolvimento cognitivo, psicomotor, social, afetivo e espiritual do aluno. Cabe ao professor estimular a aprendizagem e o desenvolvimento integral dos alunos através da ação pedagógica transformadora: o saber conhecer, o saber fazer, o saber ser, o saber agir e o saber transformar. Em cada fase da vida de nossos alunos, alguns princípios são privilegiados.

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No Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, procura-se desenvolver o respeito pelo outro, a autonomia, a responsabilidade, autoconfiança e o aprendizado, em sentido mais amplo, vivenciando formas de participação na vida do Colégio, desenvolvendo-se uma consciência coletiva. No Fundamental, trabalham-se vivências relativas a direitos, deveres e liberdades, exercitando-se o aprendizado pela experimentação, pelas formas de participar na vida do Colégio e pelo respeito às regras básicas de organização e atuação nos grupos e na Comunidade Educativa. No Ensino Médio, reflete-se sobre direitos, deveres e liberdades. Busca-se aprender mediante a participação na Comunidade Educativa, compreendendo, também, seu Estado e país democrático como garantia do respeito aos direitos, deveres e dignidade humana. No Ensino Médio, reforçam-se práticas que ajudam a promover a coparticipação na construção de uma sociedade livre, justa e solidária. Dentre as diversas vivências, destacamos: 1. Encontros de Formação Humana e Cristã; 2. Reflexões a partir das necessidades interpessoais como uso adequado das redes sociais, Bullying, respeito inter-religioso; 3. Reflexão e Ação a partir da Campanha da Fraternidade; 4. Vivências Solidárias em todos os Segmentos; 5. Jornadas de Formação e Dia da Amizade; 6. Campanhas e Ações Solidárias; 7. Celebrações Eucarísticas em momentos especiais; 8. Estudos bíblicos e Teológicos; 9. Atendimento Personalizado; 10. Projeto “Cantando o Natal”: visitas a hospitais e a asilos da cidade. Integra esse serviço um Orientador Espiritual, que auxilia o Coordenador na formação e nos esclarecimentos aos alunos e professores na área da espiritualidade, zelando para que os princípios inacianos se façam presentes.

5 » OUTROS SERVIÇOS CATARINENSE

DISPONÍVEIS

NO

COLÉGIO

5.1 Biblioteca BIBLIOTECA CENTRAL

Atende os alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental II e da 1ª a 3ª série do Ensino Médio. Oferece computadores para acesso à internet, um amplo espaço para leitura e pesquisa, uma sala destinada aos periódicos com cabines para estudo individual, além de espaços descontraídos e aconchegantes, propícios para momentos prazerosos de leitura. A Biblioteca Central do Colégio Catarinense desenvolve vários projetos de incentivo à leitura, integrando os processos de ensino-aprendizagem que favorecem a consolidação da formação do aluno.


» Projeto Político-Pedagógico

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De forma participativa e cativante no meio escolar, a Biblioteca proporciona aos seus usuários múltiplas possibilidades de leitura, contribuindo para o despertar da criatividade e do espírito crítico, ampliando os seus conhecimentos e suas ideias sobre o mundo. Todos os projetos educativos (inclusive a Feira do Livro, que acontece anualmente) e demais atividades realizadas são divulgados através do blog da Biblioteca, que oferece informações sobre seu funcionamento e regulamento, além de novidades sobre o mundo literário e links com conteúdo relevante para pesquisa. O horário de atendimento da Biblioteca Central é de segunda a sexta-feira, das 7h30min às 19h50min. Através do seguinte link, mais informações sobre a Biblioteca Central podem ser acessadas: www.catarinensebiblioteca.blogspot.com.

Assim como a Biblioteca Central, a Biblioteca Infantil também possui um blog com conteúdo diverso, acessível pelo endereço eletrônico www.bibliotecainfantilcatarinense.blogspot.com.

BIBLIOTECA INFANTIL É um espaço lúdico, lugar de brincar com os livros e com as palavras, do faz de conta, do contar e ouvir histórias, de viajar com a imaginação. Atende os alunos da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. As turmas visitam a Biblioteca Infantil semanalmente, em horários preestabelecidos, para efetuarem empréstimos e vivenciarem as atividades de incentivo à leitura, desenvolvidas pela equipe. Entre as atividades, destacam-se: 1. Hora do Conto; 2. Projeto Hospital do Livro; 3. Semana Nacional do Livro Infantil e de Monteiro Lobato; 4. Troca-troca de livros; 5. Exposições de livros novos e de trabalhos desenvolvidos pelos alunos em sala de aula. O horário de atendimento da Biblioteca Infantil é de segunda a sexta-feira, no horário regular das aulas curriculares.

5.2 Teatro NUCCA – Núcleo Cênico do Colégio Catarinense O Curso de Teatro do Colégio Catarinense voltou a ser oferecido a partir de 1995, por ocasião das comemorações do 90º Aniversário do Colégio. Já passaram pelo curso cerca de dois mil alunos. O Curso de Teatro do Colégio Catarinense se fundamenta, aos olhos da Pedagogia Inaciana, através do papel protagônico e da formação integral de seus alunos, mediante uma percepção de mundo mais humanística e de uma educação para uma nova sensibilidade, colaborando com o todo que o acolhe. Toda a aula de teatro é, essencialmente, prática, na qual se aprende de forma vivencial, mas, também, a partir de reflexões. As aulas do Curso de Teatro são repletas de discussões e avaliações críticas, elaboradas com os próprios estudantes sobre o que se faz/fez.

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Trata-se de um museu que guarda cuidadosamente o material histórico-educativo e acadêmico, do qual cuida com carinho. Tudo o que é exposto no Museu se torna um instrumento mediador de educação, aprendizagem e conhecimento, tanto para os que iniciam seus estudos, como para as crianças, os jovens, ou mesmo os que se encontram em etapas mais avançadas de estudo, como os graduandos, professores e pesquisadores. Todos os que visitam o Museu aprendem, conhecem um pouco sobre o Homem do Sambaqui, sobre o modo como ele vivia, convivia e sobrevivia naqueles remotos tempos. Tudo isso teve início com um Jesuíta que fez muita diferença: João Alfredo Rohr, SJ, o qual enfrentou com firmeza inúmeras adversidades, seja as do meio natural, como as condições climáticas para seus estudos, seja as do meio social, como os parcos recursos para adentrar na pesquisa arqueológica. Site: www.museudohomemdosambaqui.com.br Pe. João Alfredo Rohr, SJ O Grupo possui um nome que o identifica, NUCCA (Núcleo Cênico do Colégio Catarinense), e as aulas acontecem no Teatro Pe. João Alfredo Rohr. Podem participar do NUCCA os alunos a partir do 8º ano do Ensino Fundamental. 5.3 Museu do Homem do Sambaqui − Pe. João Alfredo Rohr, SJ O museu está localizado no prédio principal do Colégio Catarinense e foi organizado a partir de 1964, quando o Pe. João Alfredo Rohr, SJ, começou a organizar o acervo contido no Colégio Catarinense, o qual foi crescendo a partir, inclusive, de seu próprio trabalho de escavação arqueológica. O Museu do Homem do Sambaqui é um lugar que nos proporciona uma viagem aos longínquos tempos, há mais de quatro mil anos, e nos causa admiração ver todas as descobertas realizadas pelo padre e pesquisador Jesuíta João Alfredo Rohr, SJ.

O Pe. João Alfredo Rohr, SJ, nasceu em Arroio do Meio, RS, no dia 18 de setembro de 1908. Aos doze anos, ingressou no Seminário Menor dos Jesuítas em Pareci Novo, RS; após os anos de estudos iniciais, entrou para a Companhia de Jesus, em Pareci Novo, no dia 28 de fevereiro de 1927. Após terminar o noviciado, fez os primeiros votos, também em Pareci Novo, no dia 3 de março de 1929 e, durante esse ano, fez estudos de retórica na mesma cidade. Iniciou os estudos filosóficos no Seminário Provincial em São Leopoldo, onde fez também o Magistério, dedicando-se aos seminaristas menores, de 1933 a 1936. Já durante o período de 1937 a 1940, estudou Teologia no Seminário Central, em São Leopoldo. Foi ordenado presbítero, na catedral de Porto Alegre, aos 30 dias de novembro de 1939. As atividades principais do Pe. João Alfredo no Colégio Catarinense foram: professor de química e biologia, de 1942 a julho de 1946; diretor e reitor do Catarinense, de agosto de 1946 a fevereiro de 1953 (no decorrer do seu governo, construiu uma das alas do Colégio); novamente foi professor

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do Catarinense, de 1953 a 1964; fez pesquisas arqueológicas, de 1957 a 1984; foi diretor do Museu do Homem do Sambaqui, no Colégio Catarinense, de 1965 a 1984. Pe. Alfredo se notabilizou, sobretudo, por suas escavações de sambaquis: depósitos de conchas, restos de cozinha e de esqueletos deixados pelos indígenas. Chegou à conclusão de que os maiores sambaquis existentes estão em Santa Catarina e, por causa de suas pesquisas, viajou a outros Estados do Brasil. O Jesuíta manteve contatos e trocou correspondências com cientistas de todo o mundo e, durante sua vida de pesquisador, foi reunindo milhares de peças encontradas em suas escavações. Já antes de cuidar dos sambaquis, Pe. Alfredo cultivava um grande orquidário. Durante muitos anos, foi pesquisador-chefe pelo Conselho Nacional de Pesquisas. Suas descobertas arqueológicas tornaram seu nome conhecido nos meios científicos de todo o mundo. Lutou muito pela preservação dos sambaquis de Santa Catarina. Em julho de 1968, fez diversas escavações arqueológicas em Itapiranga e, também, desenvolveu sua atividade de pesquisa em outros lugares do Estado, como Camboriú, Urussanga, Jaguaruna e outros lugares. As pesquisas do padre cobriram a arqueologia de todo o Estado de Santa Catarina, sendo a maior parte sua própria criação. Aprendeu a ser arqueólogo estudando e participando de Simpósios que falavam sobre o assunto. Como passava grande parte do seu tempo em campo, fazendo

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levantamento de sítios arqueológicos ou escavando, às vezes, contratava trabalhadores braçais; outras, contava com a ajuda de estudantes de arqueologia, especialmente do Rio de Janeiro, da Universidade Estácio de Sá. Mantinha-se com poucos recursos. Pe. Rohr escreveu diversos artigos em revistas sobre suas pesquisas. Por outro lado, revistas de divulgação (Pesquisas, Estudos Leopoldenses, O Eco, Notícias para os Nossos Amigos, Livro da Família, entre outras) publicaram diversos artigos sobre os trabalhos do Pe. João Alfredo. Nos últimos anos de sua vida, fez aproximações com a UFSC, publicando quatro artigos nos Anais do Museu de Arqueologia. Da vida e obra do Pe. João Alfredo Rohr, SJ, também merecem destaque: além de atividades acadêmicas e científicas, exercia o Ministério Sacerdotal. Por longos anos, foi capelão da antiga chácara do Colégio Catarinense, na Trindade, e atendia, também, em outros lugares, como no Córrego Grande. Também acompanhou, na Congregação Mariana da Escola Industrial, muito movimentada e esperançosa, a cura das almas na chácara e a assistência aos pobres. Pastoralmente, esteve sempre atento às necessidades dos mais sofridos; basta recordar que, durante bom tempo, foi Capelão do Orfanato, da Chácara do Puríssimo Coração de Maria; foi catequista por quase quarenta anos e, além disso, dirigiu a Congregação Mariana no Povoado do Córrego Grande e foi assistente espiritual na Congregação Mariana da Escola Industrial. Merece menção o fato de o Pe. João Alfredo ter sido o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Santa Catarina. Foi o Pe. Rohr que encontrou o precioso lugar no sul da ilha onde foi construída A Casa de Retiro Vila Fátima, localizada no Morro das Pedras, que favorece a oração e o recolhimento, o descanso e o estudo. Passou os 42 anos de sua vida de Jesuíta formado em Florianópolis, de onde nunca foi transferido. Era um Jesuíta de

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seu tempo: estudioso, pesquisador e atento às necessidades religiosas das pessoas. Seu acervo se encontra preservado no Museu do Homem de Sambaqui, localizado no Colégio Catarinense, abrigando peças com mais de 8 mil anos e um acervo em 5 áreas. Pe. Alfredo faleceu de câncer em Florianópolis, no dia 21 de julho de 1984; tinha 75 anos de idade, 57 de Jesuíta e 44 de sacerdócio. 5.4 Atividades Esportivas O Colégio Catarinense incentiva o esporte e acredita que se trata de um poderoso instrumento na formação integral do aluno. As atividades esportivas têm por finalidade desenvolver, entre os alunos, o interesse pelo esporte, estimulando o cultivo da saúde física (corporal), o aprimoramento técnico e, ao mesmo tempo, fortalecendo os laços de amizade e coleguismo. São fundamentais no processo educativo e buscam aprimorar as competências pessoais, sociais, produtivas e cognitivas dos alunos. Várias modalidades são contempladas: basquetebol, futsal, futebol de campo, handebol, tênis de mesa, voleibol, voleibol em duplas, xadrez e atletismo e ginástica. A prática esportiva enfatiza e educa para a formação de valores como a participação, a solidariedade, a disciplina, a criatividade, a autonomia e, também, ensina a lidar com vitórias e derrotas, ganhos e perdas, a encontrar o equilíbrio em momentos de tensão, esforço e avaliação. OLIMPÍADAS Temos registros que elas ocorrem desde 1968. No entanto, pode ser que já tenha ocorrido também em anos anteriores. As Olimpíadas acontecem em duas etapas: em julho, com a participação dos alunos do 6º ano do Ensino Fundamental à 3ª

» Projeto Político-Pedagógico

série do Ensino Médio e, em outubro, o evento é direcionado aos alunos da Educação Infantil e 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental. Os momentos de socialização, lazer e partilha, que envolvem as atividades esportivas e culturais, são, em especial, o grande destaque e o maior objetivo do evento. Para os alunos a partir do 6º ano, há ênfase em atividades e práticas que permitam aos alunos aprenderem a se organizar, a respeitar as decisões do grupo e a competir de maneira sadia, respeitando os colegas que os representam e os rivais no momento de um jogo. Nossa Olimpíada inspira-se na paz e tranquilidade; incentiva a solidariedade e o coleguismo, a alegria, o entusiasmo e o cuidado de cada participante em acolher seu colega como irmão. Ao longo do primeiro semestre, há uma esmerada preparação nas aulas de Educação Física e nos Jogos Interséries. Na escolha dos atletas que representarão a turma, essas atividades são levadas em consideração, e os professores de Educação Física e o regente são os encarregados de participarem da seleção. Ainda no mês de março, é distribuído o Regimento das Olimpíadas com todas as normas, a fim de que todos tomem ciência. O calendário de todas as atividades é distribuído nos meses de junho quando também todas as turmas já devem ter entregue o tema musical com letra e tradução, se estrangeira, no setor de áudio visual, para avaliação e preparação para o desfile. Existe, também, a opção por atividades culturais, das quais todos os alunos são convidados a participar ao longo da semana. O objetivo maior da Semana Olímpica é desenvolver entre os jovens o interesse pelo esporte, permitindo o congraçamento de toda a Comunidade Educativa do Colégio Catarinense. Todos são sempre alertados que continuamos sendo um colégio e que, portanto, o trajar, as posturas e comportamentos devem condizer com o ambiente.

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113 COLÉGIO CATARINENSE

COLEGIAL Fundada em 25 de março de 1944, a Associação Desportiva Colegial se constituiu numa sociedade sem fins lucrativos e tem por objetivo formar homens e mulheres para a vida e que, através do esporte, geram atitudes e comportamentos saudáveis que ajudam no desenvolvimento psicomotor e os integram ao meio social. As atividades esportivas da ADC, tais como escolinhas e treinamento de competição, representam o Colégio Catarinense nos Jogos Escolares e disputam os campeonatos regionais e estaduais, envolvendo, aproximadamente, 900 alunos/atletas, nas modalidades de atletismo, basquetebol, futsal, futebol de campo, ginástica rítmica e acrobática, handebol, hóquei, teatro, tênis de mesa, tênis de campo, voleibol e xadrez.

5.5 Atividades Complementares Nossa proposta pedagógica não se limita às aulas curriculares, ela se estende a um grande número de vivências e espaços que enriquecem as vivências na Comunidade Educativa: 1. OFICINAS (ALEMÃO/Reforço Pedagógico/Olimpíadas de Matemática/Olimpíadas de Física de Biologia e Química); 2. AULAS DE LABORATÓRIOS (Física/Química/Informática/ Ciências/Biologia); 3. Intensivão para os vestibulares e ENEM; 4. LABORATÓRIO DE ENSINO-APRENDIZAGEM − LEA; 5. CASA DA JUVENTUDE PINHEIRAL; 6. ENCONTROS DE FORMAÇÃO; 7. RECANTO SANTO INÁCIO − RIBEIRÃO DA ILHA; 8. JORNADAS; 9. CASA DE RETIROS VILA FÁTIMA − MORRO DAS PEDRAS; 10. CASA DE ESCOTEIROS NA LAGOA DO PERI; 11. INTERSÉRIES/OLIMPÍADAS; 12. BIBLIOTECAS; 13. CURSOS EXTRACURRICULARES; 14. MUSEU DO HOMEM DO SAMBAQUI; 15. FÉ E ALEGRIA DO BRASIL; 16. CURSO PERMANENTE DE TEATRO – NUCCA; 17. GRUPO DE ESCOTEIROS ANCHIETA – GEA; 18. GRÊMIO ESTUDANTIL TEOTÔNIO VILELLA; 19. IGREJA SANTA CATARINA DE ALEXANDRIA; 20. COMUNIDADE DE VIDA CRISTÃ – CVX; 21. PASTORAL/1ª Eucaristia/Crisma; 22. ASSOCIAÇÃO DE PROFESSORES E DE FUNCIONÁRIOS; 23. ASSOCIAÇÃO DE PAIS E PROFESSORES − APP/CC; 24. COLEGIAL.


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Projeto Magis

Grêmio Estudantil “Teotônio Vilela” – GETV

Magis é um termo em latim que significa o mais, o maior, o melhor e que foi muito utilizado por Santo Inácio de Loyola, fundador dos Jesuítas, para exprimir tudo aquilo que podemos fazer em busca de nossa superação, experimentando um avanço em relação àquilo que fazemos ou vivemos. O Projeto Magis tem por objetivo a ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas. Dessa forma, os alunos do Colégio Catarinense e suas famílias poderão ter acesso a uma extensa gama de atividades integradas ao Currículo Escolar, que oportunizarão aprendizagens significativas visando à formação integral. As atividades complementares curriculares em contraturno estão organizadas nas áreas de conhecimento, articuladas por componentes: aprofundamento da aprendizagem, arte e cultura, esporte e lazer e robótica.

O Grêmio Estudantil “Teotônio Vilela” é a entidade de representação dos estudantes. Tem como objetivo promover eventos na área social, cultural, esportiva e comunitária, procurando congregar e integrar todo o corpo discente com a equipe de formadores do Colégio Catarinense. O GETV foi fundado em 1946, com a denominação de Grêmio Cultural Padre Schrader, sendo reorganizado a partir de novembro de 1985 com a denominação atual. O Grêmio Estudantil Teotônio Vilela trabalha sempre em prol dos alunos, e todos são convidados a participar das atividades e dos eventos promovidos pelo GETV. A Renovação dos membros da Diretoria ocorre a cada dois anos, de acordo com a alteração regimental ocorrida em 2013 em Assembleia Geral.

Oficina de Alemão

Uma tradição do Colégio Catarinense

O Colégio Catarinense oferece “Oficinas de Alemão” através do projeto “MAGIS”. O objetivo é despertar o interesse pela língua e cultura alemã, preparando o aluno para os desafios da modernidade e da globalização. O projeto PASCH – Escolas Parceiras para o Futuro –, presente em 1.500 escolas em diferentes continentes, desde sua implantação, em 2008, oportuniza a seus alunos a experiência de vivenciar a Alemanha por três semanas. Os cursos gratuitos são oferecidos em diferentes cidades alemãs, a jovens entre 15 e 18 anos que demonstram interesse pela Alemanha de hoje, que estudam com afinco a língua e sua cultura, têm boas notas e estão engajados em algum projeto social. Além disso, também é oferecido intercâmbio pago aos alunos que assim o desejarem.

A Casa da Juventude na vila de Pinheiral, município de Major Gercino, foi construída em 1941 para abrigar um seminário menor, contribuindo com a formação de futuros padres e irmãos Jesuítas. Tempos depois, o seminário foi desativado e, em 1959, a primeira turma de alunos visitou a casa nas férias de janeiro. Desde então, com breves interrupções, Pinheiral, como ficou conhecida, é a casa de encontros, formação e férias dos alunos do Colégio. O modelo inicial era semelhante a uma colônia de férias: aproximadamente um mês de estadia entre dezembro e fevereiro. O modelo atual de turmas, durante o final de semana, foi se impondo pela grande procura e pela necessidade de partilhar essa experiência com um maior número de alunos. Praticamente em todos os finais de semana, durante o ano letivo, há grupos organizados que desfrutam da natureza

5.6 Pinheiral


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que rodeia a casa. A partir de 2009, os grupos passaram a ser formados por alunos de uma ou mais séries, na mesma faixa etária. Ir a Pinheiral significa vivenciar uma experiência única de amizade, colaboração e de espírito de grupo. A casa não oferece luxo, mas agrada por outros motivos. Lá, desde o primeiro momento, as pessoas vivem a simplicidade da vida, o desafio de vencer seus próprios limites e resgatar o que é mais importante: Deus, os amigos, os verdadeiros valores da verdade, justiça e solidariedade, além de possibilitar o contato direto com a natureza e a cultura de uma comunidade do interior. 5.7 Casa de Retiros Vila Fátima – MORRO DAS PEDRAS De um lado, o mar, e, de outro, a Lagoa do Peri. Muito verde, um clima de paz e tranquilidade orquestrado, simultaneamente, pelo gorjeio dos pássaros e pelo marulhar das ondas compõem o cenário para dias de muita paz, confraternização e descanso. A CASA DE RETIROS VILA FÁTIMA foi inaugurada em janeiro de 1956 e, há mais de cinquenta anos, vem servindo à comunidade ininterruptamente. Por ela, passaram milhares de pessoas em busca de energia para o espírito, de descanso para o corpo e enriquecimento para a mente. Na Casa de Retiros Vila Fátima, é possível encontrar: 1. Retiros personalizados com atendimento individual; 2. Retiro e hospedagem para descanso individual; 3. Atendimento às escolas – espaço para eventos de formação; 4. Atendimento a empresas e instituições diversas para

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reuniões, palestras e seminários de formação; 5. Retiros e encontros para grupos religiosos e para filosofias diversas; 6. Day-use – passar o dia sem pernoite, para estudos, oração ou descanso; 7. Confraternização de Natal e de Final de Ano, com finalidade de reflexão, com almoço ou jantar festivo. Saiba mais sobre a programação dos retiros, sobre os serviços oferecidos e as instalações acessando o site www.casaderetiros. com.br. 5.8 Igreja Santa Catarina de Alexandria − Centro Pastoral A Igreja Santa Catarina de Alexandria está em comunhão com as diretrizes pastorais da Arquidiocese de Florianópolis e, atenta à realidade, busca viver o carisma Inaciano. Tem por missão “Evangelizar na força do Espírito, comunicando e testemunhado na Comunidade Educativa Jesus Cristo como mestre e modelo de vida, promovendo a fé e a justiça, no serviço aos demais”. A Pastoral Escolar é a ação evangelizadora desenvolvida na Comunidade Educativa que envolve alunos, professores, funcionários, pais e comunidade. Através dessa ação, a Igreja testemunha e anuncia a Boa-Nova do Reino de Deus, atua na formação e transformação da consciência e contribui para a construção de uma sociedade alicerçada na justiça social, no bem comum e em uma cultura de paz. Pensar a escola em Pastoral é refletir sobre o que toca o íntimo da própria instituição, a sua identidade, e que diz respeito à sua missão, que deriva do mandato para ir e ensinar dado por Jesus Cristo aos seus discípulos: “Ide por todo o mundo e ensinai”.


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119 COLÉGIO CATARINENSE

ATIVIDADES E SERVIÇOS PASTORAIS 1. CELEBRAÇÕES: missas com a comunidade, jornadas com alunos, missas catequéticas, celebração da confissão, festas litúrgicas, adoração ao Santíssimo Sacramento; 2. CATEQUESE: Crisma e Eucaristia; 3. MINISTÉRIOS: Ministros Extraordinários da Comunhão, músicos, coroinhas, coral (com participação em eventos), CVX; 4. JUVENTUDE: grupos GA e GVX – Grupos de Perseverança; 5. FAMÍLIA: visita às Capelinhas da Sagrada Família/Santa Catarina de Alexandria; oração e reflexão; 6. SACRAMENTOS: Batismo, Eucaristia, Crisma, Matrimônio; 7. SACRAMENTAIS: bênçãos, Exéquias; 8. PASTORAL SOCIAL: parceria com o Movimento Fé e Alegria (campanhas de arrecadação de material escolar, alimentos, roupas); Vivências Solidárias; 9. PROJETO CANTANDO O NATAL: visitas a asilos e hospitais da região da Grande Florianópolis, no período que antecede o Natal. 5.9 Grupo Escoteiro Anchieta – GEA O Grupo Escoteiro Anchieta – 12/SC – é filiado a União dos Escoteiros do Brasil. Foi fundado em 22 de outubro de 1978, pelo Ir. Oscar Jorge Knorst, SJ. O escotismo é um movimento de crianças e jovens que conta com a colaboração de adultos, unidos por um compromisso livre e voluntário. Trata-se de um movimento de educação não formal, que complementa o trabalho da família, da escola e da religião, interessado em contribuir para que o jovem assuma seu próprio processo de desenvolvimento, estimulando a formação de atitudes, mais do que a aquisição de conhecimentos ou habilidades específicas. Seu lema: SEMPRE ALERTA!

Grupo Escoteiro Anchieta Colégio Catarinense Telefone: 3224-4025 Atividades: sábados − 09h às 11h30min ESCOTISMO UMA AVENTURA RUMO À FELICIDADE. “O ESCOTEIRO CAMINHA COM AS PRÓPRIAS PERNAS”! PROCURA TORNAR O MUNDO MELHOR. 5.10 Associação de Pais e Professores − APP/CC Tem por finalidade precípua promover a integração entre a escola e a família através de diversas ações culturais, sociais e esportivas. Desenvolve várias atividades que ajudam a atender seus objetivos, inclusive oferecendo uma gama de oficinas pedagógicas complementares para os alunos. É de suma importância a participação das famílias para que haja engajamento dos pais associados ao cotidiano da escola. Mais informação no site: www.appcc.com.br 5.11 Associação dos Antigos Alunos da Companhia de Jesus − ASIA A associação é privada, sem fins lucrativos, e visa a promover a integração entre seus membros através atividades sociais, recreativas, culturais, desportivas e religiosas. É constituída por ex-alunos que frequentaram o Colégio Catarinense e que estão admitidos na Associação, em conformidade com o respectivo estatuto. No mundo inteiro, os ex-alunos das instituições educacionais da Companhia de Jesus são convidados a permanecerem ligados a essa associação na luta por um mundo melhor, mais justo e solidário, em que cada um aproveita ao máximo suas


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121 COLÉGIO CATARINENSE

capacidades intelectuais, psíquicas, humanas, religiosas e materiais, colocando-as à disposição do bem comum. Trata-se de fortalecê-los na identidade Inaciana aprendida e assimilada no período em que foram alunos dos Jesuítas e, de maneira objetiva e efetiva, serem “homens e mulheres para os demais”. 6. DOCUMENTOS COMPLEMENTARES POLÍTICO-PEDAGÓGICO

AO

PROJETO

Completam este Projeto os seguintes documentos: 1- Regimento Interno: o Colégio Catarinense trabalha para que haja um ambiente de convivência harmoniosa e de respeito aos valores de solidariedade, alteridade, responsabilidade, respeito às diferenças, aos compromissos de cidadania, respeito às normas internas, coletivas e individuais. Não trabalhamos a disciplina como um fim em si mesma, mas como necessária para que se criem autonomia e hábitos de estudo diários. 2- Manual de Convivência Escolar: no início do ano letivo, é entregue aos pais e alunos o Manual de Convivência Escolar do Colégio Catarinense, no qual consta, de forma mais detalhada, nosso Regimento Interno. Insistimos para que a família se reúna, leia e reflita sobre o seu conteúdo. 3- Manual de Procedimentos do Professor; 4- Programação Anual; 5- Agenda Escolar: além de servir para a comunicação diária entre escola e família, a agenda escolar é um instrumento que favorece o aprendizado da organização do estudo. É entregue aos alunos no primeiro dia de aula. 6- Comunicados; 7- Regulamento da Biblioteca; 8- Estatuto do Grêmio Estudantil; 9- Regulamento da Olimpíada; 10- Documentos da Companhia de Jesus.

REFERÊNCIAS e/ ou documentos complementares: CARACTERÍSTICAS da Educação da Companhia de Jesus. São Paulo: Loyola, 1986. (Documenta SJ; 4). CONFERÊNCIA DE PROVINCIAIS JESUÍTAS DA AMÉRICA LATINA. Projeto educativo comum da Companhia de Jesus na América Latina. Rio de Janeiro: Daugraf, 2005. LEVENFUS, R. S. Orientação vocacional ocupacional: à luz da psicanálise. Psicodinâmica da escolha profissional. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997. NOSSOS Colégios: hoje e amanhã. São Paulo: Loyola, 1998. (Ignatiana). PEDAGOGIA INACIANA: uma proposta prática. São Paulo: Loyola, 1993. (Coleção Documenta SJ). PLANEJAMENTO apostólico: plataforma estratégica. [S.l.]: Província Meridional Companhia de Jesus, [19--?]. RHODEN, João Claudio (Coord.); ANELE, Rogério; DE MIRANDA, Claudia Furtado; DUTRA, Sílvia; FÁVERO, Adalberto; RENNER, Roberto; SCHRÖTER, Louisa Carla Farina; SÜNDERMANN, Mário; TREMARIN, Isabel Cristina. Estrutura Organizacional dos Colégios da BRM. Porto Alegre: Radial, 2011. SUBSÍDIOS para a Pedagogia Inaciana. São Paulo: Loyola, 1997. (Ignatiana 39).



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