AMEIzing 10

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EDIÇÃO 10 ANO 3 | 2014

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W W W . A M E I Z I N G . C O M

JOHN

BLANCH


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SUMÁRIO

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EDIÇÃO 10 | ANO 3 | 2014 | R$ 12

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TENDÊNCIA

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TIPS

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CAPA

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} Conheça o product placement, a nova estratégia de marketing que está revolucionando o merchandising. } O restaurante vegetariano mais antigo do mundo fica em Zurique e atende 3 mil clientes ao dia. } O jovem pianista John Blanch é um daqueles fenômenos que intrigam e ao mesmo tempo encantam.

PEOPLE

} Thierry Marx, chef do hotel M. O. de Paris: “O segredo do bom cozinheiro é permanecer curioso”.

CONNECTIONS

} Nova Iorque: 10 pontos e programas incríveis e fora do lugar comum para curtir a Big Apple.

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ESPECIAL

DETALHE EM FOCO } Os tijolos à vista não são propositais: descubra qual é o edifício dono dessa curiosa fachada.

EDITOR

Gustavo Curcio REDAÇÃO Domenico Zecchin, Maíra Roman e Priscilla Kanda (texto) Violeta Kramer (revisão) DEPARTAMENTO COMERCIAL Marília Muylaert (diretora)

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FASHION TIPS

} Luxo e popular, juntos: aí está o sucesso das principais ruas de compras em São Paulo, Paris, Nova Iorque e Santiago.

EDITORA

Marília Muylaert

ADMINISTRAÇÃO César Luiz Pereira

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} Wanderley Nunes aposta no estilo hippie e revive o visual do Festival de Woodstock.

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PLACE TO BE

} Descobrimos um novo critério para escolher um bom hotel: antes de fazer a reserva, pergunte sobre as amenities.

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giovanna nahhat

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EXPEDIENTE

Rua Deputado Lacerda Franco, 300 Cj. 154| CEP 05418-000 — São Paulo, SP Telefone (11) 2925 2901 / 2903 Pré-impressão: Magu Comunicação Integrada Impressão: Duograf Gráfica e Editora Ltda. AMEIZING 10 é uma publicação da MAGU Comunicação Integrada Ltda. Não é permitida a reprodução parcial ou total das matérias sem autorização dos editores. AMEIZING não se responsabiliza pelos conceitos emitidos em artigos assinados.

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EDITORIAL

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AMAZING PEOPLE

primeira vez que entrevistei John Blanch, a capa da nossa atual edição, faz quase três anos. Na época estava fazendo um especial para a revista Ronnie Von sobre Paris e ele era um dos personagens da matéria (já que mora lá desde de 2009). Ainda estudante de piano do Conservatório Nacional de Música de Paris, John supreendeu pela finesse, juventude e talento. Fico feliz em apresentar, mais uma vez, uma pessoa tão surpreendente e tão simples ao mesmo tempo. Hoje, já formado, John está fazendo seu mestrado na mesma instituição e já brilha em concertos pela Europa tal qual o de Genebra no último dia 14 de outubro em que tocou no Victoria Hall junto com a Orquestra Suisse Romande, uma das mais conceituadas da Europa. Sua vida é sem dúvida bem agitada. Blanch acaba de lançar na internet com muito êxito (quase 30 mil views em uma semana) o Diary of The Artist, produção independente de um vídeo que conta a história de uma dançarina. Tudo que ele faz é amazing. Tenho certeza que você vai se surpreender com a história do primogênito do Otávio Mesquita. E como Ameizing tem em seu DNA tudo o que surpreende ou que faz vibrar positivamente, as novidades não param por aí. Espero que curta também a mais nova forma de fazer marketing, o mais antigo restaurante vegetariano do mundo e o chef francês zen do Mandarin Oriental de Paris, entre outros temas. Boa leitura! ¯

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AS PESSOAS PASSAM

az dez anos. Cheguei à pequena estação no meio da tarde, duas malas na mão. O céu já anunciava o fim adiantado do dia frio de janeiro. Não nasci ali, mas sempre me senti parte daquele lugar. As curvas da estrada ganham cor emolduradas pelas folhas das oliveiras ainda carregadas. Cheguei ao topo da colina. O cheiro da lenha queimada, brasa de quercia, se misturava ao perfume do cabrito que saia do forno. Tenro. Foi um tempo bom que, (ao contrário do que costumam ser os dias felizes), demorou a passar. Enquanto eles ainda estavam lá, parecia que podia ter volta. Era como se, de alguma forma, tivesse a segurança de poder viver tudo aquilo de novo. De certa forma, a distância dá a impressão de que ali tudo continua como era antes. Mas sei que agora acabou. Os olhos se fecharam e, com eles, o ciclo chegou ao fim. As memórias são uma espécie de combustível para a vida. Sem elas, não há motivo para continuar. Cada fase deixa uma herança eterna, uma marca. Por isso vale a pena viver cada momento — bom ou ruim — intensamente. Não deixe para amanhã o que se pode fazer hoje. E não antecipe para hoje o que se deve fazer amanhã. Só assim será possível extrair a lição reservada a cada dia. As pessoas passam, as lembraças ficam e de certo modo agem como sinais da eternidade de cada uma delas no outro que continua por aqui. Zio Angelo virou anjo. Saudades. ¯

Marília Muylaert

Gustavo Curcio

marilia@magucomunicacao.com

gustavo@magucomunicacao.com

editora

editor

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TENDÊNCIA

PRODUCT PLA

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A nova moda do marketing

POR GUSTAVO CURCIO

ssim que os DVRs (Digital Video Recorders) se espalharam pelo mundo, o mercado publicitário teve de repensar as suas estratégias de marketing. Rapidamente, perceberam que os potenciais clientes gravavam o que queriam da TV e depois assistiam quando fosse mais conveniente para eles, pulando os comerciais com o fast-forward (conceito válido também para os filmes). Colocar o produto antes e depois do conteúdo não era

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mais um grande negócio. Aí veio a revolução: era preciso fazer parte dele para influenciar o público. O chamado Product Placement, a forma mais orgânica de introduzir o produto dentro de um conteúdo, surgiu nesse contexto. Segundo Sandi Adamiu, sócio da Propaganda GEM — braço brasileiro de uma das mais importantes empresas internacionais do ramo —, fundada há 20 anos na Suíça, o placement bem feito é aquele que não é notado por 100% da audiência. “Na verdade, o que faze-


PROPAGANDA GEM

Site: www.propagandagem.com.br

| missão impossível Cena do filme com Tom Cruise e a BMW Vision Efficient Dynamics

CEMENT mos é marketing de entretenimento”, explica. Na opinião de seu sócio, Lorenzo Correa, essa é uma tendência sem volta. Mas para ter êxito, é preciso saber fazer bem feito. “Muitos dos estúdios de Hollywood vêm até nós com o roteiro ainda inacabado para que possamos trabalhar o product placement de maneira natural. Por isso que a nossa união com o Sandi (também sócio da Paris Filmes) é muito positiva”, conta. “Product placement é mais sofisticado do que o merchandising que vemos por aqui”, finaliza.

Quem não se lembra de Tom Cruise ou de Ethan Hunt pilotando um BMW Vision Efficient Dynamics no filme Missão Impossível, Protocolo Fantasma de 2011? O modelo do carro já tinha naquela época preocupação com a baixa emissão de CO2 e era dotado da tecnologia avançada do Connected Drive, dispositivo que quando surge um pedestre no caminho, freia o veículo automaticamente. Dentro do roteiro do filme, parecia mais coadjuvante de Tom Cruise do que uma propaganda de carro.¯ EDIÇÃO 10 | 2014 |

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TIPS

NATUREBA DESCOLADO Datado de 1898, o Hiltl é o restaurante vegetariano mais antigo do mundo. Ele fica em Zurique, na Suíça, e recebe mais de 3 mil clientes por dia.

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POR MARÍLIA MUYLAERT

ambém não é para menos. A comida, — ao contrário do que a maioria das pessoas pensa —, não tem nada de insossa. É super saborosa, variada e de valor acessível. Por lá, o sistema é self service, o cliente escolhe o que desejar do buffet e pesa (ele mesmo) o seu prato, pagando, ao final, pelo o que consumiu. Se preferir, pode pagar o preço fixo de CHF 57 (cerca de US$ 57) e comer à vontade. É possível escolher também pelo cardápio. Há um sem fim de entradas tais quais sopa do dia, saladas, massas (como o divertido spaguetti carbonara, que, ao invés de levar bacon na receita, tem como ingredientes tofu defumado, ovos orgânicos e peras), burgers e pratos com influência asiática (temperos). As sobremesas e sucos são uma atração à parte. Tudo que é servido por ali passa por um rigoroso critério de avaliação. Só se cozinha com azeite extra virgem ou óleo de girassol. Os produtos escolhidos têm procedência da Suíça ou de países vizinhos da Europa. Laticínios, ovos, tofu e queijos são orgânicos. Não há adição de conservantes e nem de produtos que foram modificados geneticamente. Pratos vegan, sem lactose e sem glútem são encontrados por lá. De noite, no

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mesmo local, a partir das 23h00, o restaurante se transforma numa badalada casa noturna. Muito descolado. Ambrosius Hiltl (1877-1969), membro da primeira geração do restaurante, sofria de artrite reumatoide (doença inflamatória crônica). Seu prognóstico era cruel: caso não alterasse imediatamente sua dieta para uma sem o consumo de carne, morreria cedo. Naquela época não era fácil e nem comum preparar pratos saborosos sem carne. Mas ele ficou impressionado com os resultados da dieta vegetariana e com a rápida melhora de sua saúde. Na época conheceu o Vegetarian Home and Abstinence Cafe, fundado por sua futura mulher, a cozinheira Martha Gneupel. Juntos levaram o negócio a um patamar mais ambicioso. Na mesma época, simultaneamente, Dr. Max Bircher-Benner, o inventor do müesli, abria uma clínica onde pregava a cura de problemas físicos e psíquicos por meio da alimentação natural. O Hiltl foi, já na segunda geração, o primeiro restaurante em Zurique a ter uma cozinha elétrica. As novidades não pararam por aí, a mulher do filho de Ambrosius, Margrith Hiltl, se encantou pelos temperos e pratos indianos ao frequentar um congresso sobre comida vegetariana em Nova Déli e introduziu várias iguarias ao cardápio, ainda hoje em voga.¯


} a campanha publicitária do Hiltl tem como apelo o uso de alimentos saudáveis no lugar da língua das pessoas. Uma referência clara de que alimentos naturais podem ser saborosos.

HILTL

Endereço: Sihlstrasse 28, Zurique | Telefone: 41 (0) 44 227 70 00 | Site: www.hiltl.ch

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PEOPLE

~ Concerto em Auvergne, França Bach, Prokifiev, Beethoven, Wienawski e Saint Saens foram alguns dos compositores escolhidos para o programa apresentado em conjunto com o violinista David Petrlik na Basilique Notre-Dame d’Orcival, em Auvergne.

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JOVEM MATURIDADE

Se você ainda não conhece John Blanch Mesquita, guarde bem este nome. Ele é um daqueles fenômenos que intrigam e ao mesmo tempo encantam. POR MARÍLIA MUYLAERT

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ilho do apresentador Otávio Mesquita, o menino, desde a mais tenra idade sonhava em ser músico. Sua mãe, Elisabeth Blanch, catalã de Figueras (cidade onde nasceu Salvador Dalí), era questionada com frequência pelo filho de apenas dois anos sobre quando poderia começar a fazer aulas de música. Quando completou três, Beth (como é chamada pela família) colocou John em uma escolinha de musicalização. Segundo John, aquela história de bater em panelinhas não tinha nenhum apelo para ele. “De cara me deparei com um violino e quis tocá-lo”, relembra. O professor advertiu que aquele instrumento era complexo demais e inadequado para a idade dele à época. John insistiu que era violino mesmo o que queria aprender e, — após três aulas —, conseguiu tocar sua primeira música, para espanto de todos. Aos seis anos iniciou para valer seus estudos não só em violino, mas também no piano. “Foi John quem decidiu aprender os dois instrumentos simultaneamente”, conta Beth, contrariando os conselhos do professor. Segundo ela, a descoberta de que o filho era diferente das outras crianças foi rápida. “O professor havia me dito que iria demorar um tempo para ele tocar e que eu não deveria criar muitas expectativas. Na época tinha dado um CD do André Rieu (que hoje John não teria gostado) e o deixei ouvindo a música. Fui ao mercado e, quando voltei, qual não foi a minha surpresa ao vê-lo, aos seis anos, acompanhando o CD com seu violino. Mal pude acreditar. De fato ele tinha e tem até hoje um ouvido muito especial”. A partir dos 10 anos, John começou a participar de masterclasses na Europa. Segundo Otávio Mesquita, o filho sempre teve o apoio incondicional da mãe que o incentivou a prosseguir nos estudos e não poupou esforços para encorajá-lo. “Tínhamos a convicção de que John era um talento, mas não éramos da área e também tínhamos dúvidas se, na qualidade de seus pais, só nós o achávamos o máximo”, relembra. Para acabar de vez com a dúvida, Otávio pediu que o amigo João Carlos Martins (maestro e pianista especializado em Bach) ouvisse o menino tocar. “João me confidenciou mais tarde que foi à minha casa com uma certa má vontade. Achou que veria ali a cena de mais um pai babão com o filho tocando o bife”. No entanto, ao deparar-se com tamanho talento, Otávio conta que para João, John tinha mesmo algo a mais e indicou uma professora mais adequada para o seu desenvolvimento. Após frequentar a École Normale de Musique de Paris Alfred Cortot, dedicou-se ao piano sob a orientação de Marisa Lacorte (ex-aluna de Magda Tagliaferro). ¯ EDIÇÃO 10 | 2014 |

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PEOPLE

SOLISTA DA OSESP AOS 13 ANOS Em 2006, com apenas 13 anos, foi aceito pela Academia de Música da OSESP (Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo) e, ao ganhar o 1º lugar no VIII Concurso Nacional Villa Lobos, foi convidado pelo então diretor artístico e maestro John Neschling (atual diretor artístico do Theatro Municipal de São Paulo) para atuar como solista à frente da OSESP e da OSRP (Orquestra Sinfônica de Ribeirão Preto). Foi Michel Dalberto, um dos professores dele na OSESP, que o incentivou a mudarse para a Europa. Aos 17 anos, assim que terminou o ensino médico no Colégio Nossa Senhora do Morumbi, mudouse para Paris com as malas embaixo do braço. “Fiquei por alguns dias na casa de um amigo do meu pai. Foi um período difícil. Não falava francês e cada vez que tentava alugar um apartamento, tinha uma dificuldade louca”, conta. John lembra que as imobiliárias viam de cara, pelo seu sotaque, que ele não era de lá. E, ao questionarem sua idade e saberem que era músico, os entraves só aumentavam. “O pior de tudo era quando perguntavam onde estavam meus pais. Ao responder que no Brasil, ficavam mais cabreiros ainda”. Assim que conseguiu resolver as questões de sua estadia na cidade luz (hoje mora no descolado bairro do Marais), John concentrou todos os seus esforços para prestar o exame que o levaria a estudar no Conservatório Nacional de Música de Paris, um dos mais concorridos do planeta. “Ao longo de um mês, passei por quatro etapas eliminatórias”. Ele, que àquela altura já não era mais nenhum espanto para ninguém, conseguiu em sua última prova arrancar um bravo de seus sisudos professores de banca e passou a ocupar uma das duas únicas vagas oferecidas pelo Conservatório para cerca de 200 candidatos (do mais alto nível) do mundo inteiro.

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Hoje, aos 22 anos e já formado, John conta que até entrar no conservatório, nunca tinha imaginado que houvesse tantos exímios pianistas no mundo, como os que encontrou por lá. “Tinha que me superar a cada dia, pois todos eram excelentes. Estudava em média nove horas por dia, sete dias por semana, até porque eu — e todos os outros alunos — tínhamos de passar por rigorosos exames a cada seis meses para conservarmos as nossas vagas”, diz. Segundo Beth, John passou por momentos difíceis, como é comum na carreira de músicos clássicos. Várias vezes questionou a validade de tamanho esforço. “Acho que as pessoas que não são do meio não têm noção do quão exigente era a rotina dele. Às vezes me deparo com gente que acredita que pelo John ser filho do Otávio tinha a vida ganha, era mimado. Mas não é bem assim”, define.

~ Chopin, Brahms e Beethoven “Necessito tocar diversos compositores para me sentir pleno. Estou enamorado por Chopin, mas também gosto muito de Brahms e Beethoven.”


Aos 6 anos, treinando piano e violino. Com Ana Elisa, a irmã caçula. O sangue espanhol veio da mãe. Elisabeth, a mãe, sempre o incentivou. Recém nascido, no colo de Otávio.

fotos arquivo pessoal

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GENTLEMAN Para quem conhece o músico, percebe nele uma educação primorosa, que nem de longe lembra um menino mimado. O libriano que no dia 10 de outubro completou 22 anos, é um jovem de estatura mediana, olhos claros (sempre sorridentes), esguio e muito elegante que tem, definitivamente, um ar europeu no seu modo de vestir e se comportar. Mesmo sendo brasileiro (filho de mãe europeia), após muitos anos na França, carrega no sotaque. O português é impecável, mas a embocadura, esta já é de gringo. Sempre cheio de energia, John, um entusiasta nato, vai contando seus planos para o futuro. “Tenho duas paixões: a música e a produção de vídeos”, resume ele. Enquanto frequentava o conservatório de Paris, nas (raríssimas) horas vagas dedicava-se a um projeto muito interessante e criativo. Tratava-se do “Diário do Pianista”, vlogs (ou blogs filmados) que ele mesmo produziu sobre as agruras de ser um pianista, sozinho, em Paris. A ideia deste projeto, que chegou a

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reprodução youtube

Diário do Pianista Assista aos vlogs (frame abaixo) em www.ameizing.com aos 7 episódios das agruras de um pianista sozinho em Paris.

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ter sete episódios (que serão reproduzidos no site www.ameizing.com), era de aproximar o artista do cidadão comum. “Eu mesmo fazia o roteiro, filmava e editava a série”, conta. “Minha intenção era mostrar que somos pessoas normais e que a vida de concertista não é fácil. Queria, no fundo, era dividir com os outros músicos as agruras pelas quais passei e mostrar que tudo era possível de superar”, explica. O vídeo é sensacional para os poucos recursos que tinha em mãos. Só que os anos se passaram e ele foi se aprimorando na arte produzir. Hoje, dono da J.Blanch Productions, uniu-se a uma cineasta polonesa (Agnieszka Biolik), e está às voltas com um projeto mais interessante ainda. Diary of the Artist ou o Diário De Um Artista é uma extensão do seu primeiro projeto. Mas a história que ele conta agora não é mais dele e sim dos artistas com quem convive. O primeiro episódio (piloto) tem cerca de quatro minutos e conta a história de uma bailarina francesa chamada Alice Cocagne. A produção, de tão primorosa que é, fez com que Otávio Mesquita caísse no choro de emoção quando John enviou o link para ele. “Juro, mal pude acreditar no material que ele tinha me mandado”, diz o apresentador. “Perguntei: John quem fez isso? É sensacional! E para meu espanto tinha sido ele. Tudo na surdina, sem me contar nada. Haja coração”, brinca. Pois é, o menino prodígio tornou-se um jovem rapaz que não para de surpreender. Como pode alguém ter dois talentos tão diversos e ser tão bom nos dois? Só pode ser coisa de gênio. E John, sem sombra de dúvida, se encontra nesse patamar. Mas podem ter certeza, com toda a sua modéstia, não vai concordar com isso. 20

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Em ação Durante a filmagem do Diário de um Arrtista, no Musée de l’Orangerie, com Ninfea, de Monet, ao fundo.


| Comoção Ao final do concerto foi ovacionado e pela primeira vez na carreira não conteve as lágrimas.

OVACIONADO No início de agosto, John fez um concerto cheio de significado na Basílica de Santa Maria Castelló D’Empúries, na região onde sua mãe mora na Espanha. Era ali que ele e sua família tinham na figura do pároco Narciso Costabella (falecido há dois anos), mais do que um confidente. “Para mim, Costabella era um mecenas”, conta John. Beth diz que sempre que o filho passava por momentos de questionamento sobre o seu dom e a continuidade de sua carreira, tinha nas palavras sábias do padre não só um conforto, mas um incentivo para seguir em frente. “Apesar de nossa cidade ser pequenininha, tem uma escola de música maravilhosa dentro do convento da Basílica. Quando John vinha da França para cá, Costabella emprestava a chave da escola (fechada durante as férias e feriados escolares) para ele ensaiar. E lá ia ele com aquela chave medieval enorme”, relembra.

O padre sempre dizia a John que ele não estava sozinho. Pedia diversas vezes para que ele não desistisse da carreira, pois havia muitas pessoas que torciam por ele. Apesar das adversidades, muitos o apoiavam. O sonho do religioso era ver John tocando na Basílica. A prefeitura da comarca, conhecendo o desejo do pároco, durante os festejos deste ano, convidou John para ser a grande atração local. “A basílica lotou. Mais de mil pessoas assistiram ao concerto em que toquei obras de Chopin (compositor preferido de Costabella), Brahms e Ginastera (compositor argentino). Muita gente ficou de pé. Ao final do concerto, fui ovacionado e, pela primeira vez em minha carreira, não contive as lágrimas. Me emocionei verdadeiramente e senti a presença do meu mecenas a quem não pude me despedir porque morreu subitamente de pancreatite, mas a quem serei eternamente grato”, finaliza.

Para saber mais: www.john-blanch.com

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em paris, desde os 17 ”A cidade é maravilhosa. Ela respira arte. Mas não me vejo morando aqui para sempre. Para ser músico clássico, é necessário muita paz interior. Um lugar mais calmo. Tenho vontade de estudar piano das 22h às 3h da manhã. Mas, infelizmente não dá por causa dos imóveis muito antigos, que não têm isolamento acústico”.

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DIAMANTE BRUTO DEPOIMENTO DE MARISA LACORTE

Quando John chegou até mim, já era uma promessa. O maestro João Carlos Martins já havia percebido nele um algo a mais. Um talento nato. Todavia, — como não poderia deixar de ser —, era um menino de 13 anos. Tinha qualidades impressionantes (como um ouvido e uma mecânica apuradíssimos), mas tocava de ouvido. Não lia de fato as partituras, não sabia ainda dividir musicalmente. Não dominava a harmonia. Havia muito talento, assim como muita coisa para melhorar. Tive de iniciar um trabalho de base e percebi que por ele ter tanta facilidade, não poderia passar a mão na sua cabeça. Conversei muito com ele para que entendesse que as nossas facilidades são justamente as nossas prisões. E ele, que é um menino que tinha tudo para ser mimado, sempre foi muito compreensivo e esforçado. Junto com as minhas aulas, John também frequentava as aulas da minha xará Marisa Ramires que dava toda a parte teórica e estruturação musical. Aprendeu a ler música e a dar nome às coisas que fazia intuitivamente. Fizemos, em conjunto, um trabalho gradativo e ele foi descobrindo a sonoridade. John era um diamante bruto que precisava ser lapidado para poder brilhar. Meu grande receio em relação a ele era que se perdesse, que deixasse o ego tomar conta. O pai trabalha em televisão, meio onde há muita bajulação. Muita ilusão. A música clássica exige mais sobriedade. É necessário não deixar que a fama ou os bons resultados subam à cabeça. Quanto maior o talento, maior a cruz. John entrou na Sala São Paulo (Fundação OSESP) como aluno ouvinte. Logo foi percebido pelo maestro Neschling. Ele achava que o jovem rapaz, além de ser muito bom, tinha cara de pianista. E foi nessa época que John mergulhou fundo num trabalho de música de câmara. Seu crescimento foi notório e lá pelos quinze anos levantou a plateia da Sala São Paulo ao tocar uma sonata de Beethoven. Foi aplaudido em pé.

O tempo em que ele esteve comigo foi um tempo de construção. John sabia o que queria desde o começo. Sempre foi muito determinado. A primeira prova que teve de fazer para entrar no conservatório de Paris era de solfejo. Tinha de saber ouvir música. Como ele tinha feito um trabalho muito bom com a Ramires, foi classificado entre os primeiros e já, de cara, eliminou a maioria dos concorrentes. A segunda fase, talvez, tenha sido a mais fácil para ele. Tocou algo que ele escolheu. E a última, a mais complicada, tinha de tocar algo que ele não conhecia com o prazo de uma semana para estudar. Foi nesse momento que bateu uma certa insegurança. Pediram para que ele tocasse uma obra de Schumann (variações ABEGG). Ele estava em Paris, sozinho. Me pediu ajuda. Mas eu aqui e ele lá. Os pais dele armaram uma conference call via Skype e ele tocava a música de lá e eu ia apontando onde poderia melhorar daqui. Para quem não é do meio, é difícil entender o quão exigente é esse nosso ofício. John é um vencedor. Já demonstrou isso em sua história. Com apenas 22 anos (praticamente saindo do cueiro, como brinco com ele) já realiza vários concertos pela Europa (acabou de brilhar na Espanha ena Suíça) e já tem 14 alunos. Assim como eu, gosta de ensinar. Hoje está às voltas com o mestrado dele em Paris. Mas ele é muito moço, insisto. Deve rodar o planeta. Tem talento e meios. A música é algo que deve ser feita com o coração. Ela é o meio, não o fim.

marisa rosana lacorte é professora de piano desde a juventude e contribuiu de forma determinante para a formação de diversos jovens pianistas brasileiros que atualmente se destacam aqui e no exterior. Teve a base de sua formação pianística junto a Magdalena Tagliaferro, Nair de Lima Tabet e Beatriz Balzi. Bacharel em piano, pós graduada em Metodologia do Ensino Superior (UNIFIAM-FAAM) e mestre em Música pela UNESP/SP, Lacorte defendeu a tese “A Música como portadora de valores humanos essenciais”. EDIÇÃO 10 | 2014 |

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THIERRY MARX, O CHEF ZEN Segundo o Guia Michelin, Thierry Marx é um chefe artesão, milimétrico, “sob medida”*. Tem o talento de quem faz bem feito. Cada prato seu revela o gesto de quem jamais deixou de se esmerar nas pesquisas. Malicioso às vezes, exato sempre. Sua comida é uma experiência por si só. E a decoração do restaurante, grande contribuição para o encantamento do cliente.

I

(*) UMA CLARA REFERÊNCIA AO SEU RESTAURANTE SUR MESURE NO MANDARIN ORIENTAL DE PARIS.

POR MARÍLIA MUYLAERT

mpressiona o elogio do guia culinário mais respeitado do mundo. Mas também não é para menos, o chefe de cozinha de 52 anos é uma dessas pessoas que magnetizam pela gentileza e simplicidade que só os mestres têm. Thierry, apesar da pouca idade, tem uma história de muito trabalho e dedicação. No passado, trabalhou em renomados restaurantes como o Ledoyen, Taillevent e Robuchon. Aos 26 anos, ganhou sua primeira estrela Michelin quando trabalhava no Roc en Val em Tours. Aos 29, conquistou a sua segunda estrela no Cheval Blanc em Nimes. Em 2000, ganhou o título de chefe do ano pelo guia Gault Millau. Após dez anos trabalhando para o Châteaux Cordeillan Bages, — onde ganhou, pelo restaurante, duas estrelas Michelin —, foi para a Paris e abriu, no Mandarim Oriental, o primeiro empreendimento que leva o seu nome: Sur Mesure par Thierry Marx (2 estrelas Michelin). Por lá. além desse restaurante, Thierry supervisiona o Camélia, o Cake Shop e o serviço de catering do hotel. Nascido e criado em Paris, Thierry pensou em ser padeiro, mas se formou na Compagnons du Devoir como chef pâtissier, chocolatier e sorveteiro. Aos 18, entrou para o exército como paraquedista da Marinha e em 1980 tornou-se um casque-bleu (militar que compõe as forças armadas da ONU) durante a guerra civil libanesa. Ao retornar para a França, trabalhou como segurança, mas, para a sorte de seus atuais clientes, voltou para a cozinha. Como chefe assistente, trabalhou no Ledoyen, Taillevent e Robuchon. Depois disso, tornou-se chef no Regency Hotel em Sydney, de onde partiu para Singapura, Hong Kong e Tóquio. Desde 2010 é membro do júri do programa de culinária Top Chef na versão francesa. Sua especialidade é gastronomia molecular. Ameizing esteve com ele no Brasil e divide com você trechos do simpático bate-papo onde ele demonstra preocupação com o coletivo, herança de sua estadia no oriente. ¯ EDIÇÃO 10 | 2014 |

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A LIBÉLULA JAMAIS VOA PARA TRÁS É A SUA PRIMEIRA VEZ NO BRASIL? Não. Já estive aqui há uns 20 anos. Viajei como mochileiro pelo Rio e subi um pouco para o norte. Mas para um evento gastronômico sim. QUAIS AS MUDANÇAS QUE PERCEBEU POR AQUI? Sinto que o país se renovou desde de 85. Está emergindo. Gosto da dinâmica que encontro por aqui. Tem uma energia extremamente forte. Apesar dos altos e baixos, é sem dúvida um país energético. COMO ESTA ENERGIA SE TRADUZ NA CULINÁRIA BRASILEIRA? Acho que ela se traduz no espírito aberto do país. O Brasil não se fecha para ninguém. Tem uma vocação para dividir, para receber bem. Não há demonstração de conflito de culturas, elas se misturam por aqui com mais facilidade. Além disso, a natureza é extremamente generosa no Brasil. Os japoneses são totalmente adaptados à cultura do país. Eles trouxeram um certo estilo para a culinária regional deles, mas, quando chegaram aqui, os brasileiros apresentaram outros produtos, como as frutas, por exemplo. Acho que o Brasil recebe todo o mundo de braços abertos. E esse é o princípio da boa cozinha: o de reunir todo mundo. A mágica reside na comunhão. VOCÊ LEVA EM CONSIDERAÇÃO INGREDIENTES BRASILEIROS EM SUAS CRIAÇÕES? Sim, sobretudo as frutas. Para onde vou, levo a minha técnica, mas uso ingredientes locais. No Brasil percebo a cultura da fritura, do assado e isso me encanta. São os produtos que dão a graça de cada local. Acho que o segredo de ser um bom cozinheiro reside em permanecer curioso, sempre. Viajar leve, com uma maleta e três facas e transportar sua inteligência. Esta sim, deve se adaptar às condições locais. O que mais me chama a atenção por aqui é a diversidade de ingredientes, principalmente das frutas. Para vocês é natural morar num lugar de dimensões continentais e daí sua variedade de produtos regionais. Para nós, da Europa, não é. O QUE É UM RESTAURANTE COM POSTURA AMBIENTAL? É estarmos ligados nas atitudes que vão beneficiar o meio ambiente. É comprar produtos que sejam

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“o segredo de ser um bom cozinheiro reside em permanecer curioso, sempre. Viajar leve, com uma maleta e três facas e transportar sua inteligência. Esta sim, deve se adaptar às condições locais.”


~ Semi-pris de coquillages, longuet caviar EDIÇÃO 10 | 2014 |

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PEOPLE

produzidos a no máximo três horas do seu local de trabalho. É estar comprometido com a economia da água. É produzir os temperos no próprio restaurante. É orientar o agricultor a adotar posturas mais conscientes e com isso produzir da forma mais natural possível. QUAL É O PRINCIPAL ATIVO QUE UM RESTAURANTE DEVE TER? O prazer! Com certeza, no mínimo para os 50 próximos anos o maior ativo que um restaurante deve ter é a capacidade de dar prazer aos seus clientes. Hoje todo o mundo vive mais e com certeza terá problemas de saúde. Hoje há a necessidade do chefe pensar sob esta ótica. Tem de dar prazer com consciência. E aí a escolha dos ingredientes dos pratos é algo muito sério. VOCÊ PRATICA TAI-CHI-CHUAN COM A SUA EQUIPE? NOS CONTE UM POUCO SOBRE ESSA ATIVIDADE. Sou professor de judô e sempre li muito sobre a cultura do Japão. Resolvi introduzir a prática do taichi junto à minha equipe porque acredito que ajuda a nos tornar mais unidos, aceitar melhor as diferenças e entender melhor conceitos de hierarquia. A ideia básica é sermos uns com os outros e jamais uns contra os outros, muito comum nos dias de hoje. Tai-chi nos ajuda a acabar com a cultura ou a sociedade do medo. É um instrumento que nos mostra a necessidade de perdermos o medo. Medo do outro. Medo da diferença. Medo de não alcançar o sucesso, medo da mudança, da modernidade. Trabalhei com um mestre no Japão que me questionou sobre o meu animal preferido. Pensei no tigre e ele me disse que o dele era a libélula porque ela voa para frente, para a direita, para a esquerda, mas jamais para trás. Se não lutarmos para vencer o medo dentro das corporações, as pessoas acabam por dissimular. É preciso exercitar a cultura do respeito, da cortesia. O tai-chi reúne a moça recém-chegada da recepção com o chefe do restaurante. E ela vê, na prática, que todo o mundo tem acesso a todo o mundo. Treinamos duas vezes por semana no Jardin de Tuileries. Treinamos a repetição dos movimentos. A paciência. A aceitação. Tem gente que consegue fazer 20 repetições. Há outras que fazem 200. A ideia é mostrar na prática que há lugar para todos. Não devemos competir. Competição envolve sempre um grau enorme de frustração. O ideal é trazermos à tona o valor da educação. Do respeito.

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Se não lutarmos para vencer o medo dentro das corporações, as pessoas acabam por dissimular. É preciso exercitar a cultura do respeito, da cortesia. O tai-chi reúne a moça recém-chegada da recepção com o chefe do restaurante.

CAKE SHOP

HORÁRIO: Das 11h às 20h TELEFONE: + 33(0)1 7098 7400

MANDARIN ORIENTAL PARIS

Endereço: Rua Saint-Honoré, 251, 75001 Paris, França Telefone: +33(0)1 7098 7888 Site: www.mandarinorientalbrazil.com/paris

SUR MESURE PAR THIERRY MARX

ALMOÇo: Das 12h às 14h (de terça-feira a sábado) JANTAR: Das 7h30 às 21h30 (de terça-feira a sábado) TELEFONE: +33(0)1 7098 7300

CAMÉLIA

HORÁRIO: 7h às 23h TELEFONE: + 33(0)1 7098 7400


Turbot mûre et betterave avec émulsion de raifort

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CONNECTIONS

} Vista do gramado do Bryant Park, atrás da Biblioteca Pública de Nova Iorque. A partir das 11h, jogos de tabuleiro tomam conta do espaço, com disputas entre jovens e crianças.

INSIDE NYC Nossa correspondente em Nova Iorque reuniu 10 pontos ou programas incríveis da big apple fora do lugar comum. POR MAÍRA ROMAN

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Conhecida como “mercado de pulgas de comida”, a feira Smorgasburg reúne barracas com comidas inusitadas, como a Ramem Burguer que substitui pão por miojo. Só funciona no verão!

SMORGASBURG

Aos sábados: Williamsburg at East River State Park Aos domingos: Brooklyn Bridge Park Pier 5

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No charmoso bairro de Greenwich Village, fica a casa que oferece massas e saladas e tem ares de cantina italiana. O nome homenageia a mãe do proprietário, natural da região da Toscana.

A Levain Bakery oferece o melhor Chocolate Chip Cookie da cidade. Os doces vêm em quatro sabores e saem quentinhos do forno. A dica é fugir dos horários de pico para escapar das filas!

04

A decoração rústica, elementos de caça, retratos a óleo e muitas velas dão um toque de bar colonial ao Freemans. Dica do menu: Truta ao alho e limão e cocktail da casa.

Lá é possível experimentar queijos de todos os tipos. Com atendimento personalizado, a charmosa loja traz produtos de fazendas especializadas e com ingredientes de primeira.

ROSEMARY’S NYC

LEVAIN BAKERY

FREEMANS

BEDFORD CHEESE SHOP

Endereço: 18 Greenwich Ave. New York, NY 10011 Telefone: 212.647.1818 Site: www.rosemarysnyc.com

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Endereço: 167 West 74th St. NY 10023 Telefone: 212.874.6080 Site: www.levainbakery.com

Endereço: Rivington St. entre a Bowery e Chrystie Sts. | Site: freemansrestaurant.com

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Endereço: 67 Irving Place New York, NY 10003 Telefone: 718.599.7588 | Site: www.bedfordcheeseshop.com


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CONNECTIONS

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O Fabiane’s é de uma brasileira e oferece além do tradicional Waffle americano, delícias como açaí com granola e tapioca. Para quem está com saudades de casa, a parada é obrigatória.

O Brant Park é conhecido por suas deslumbrantes tulipas coloridas. Entre abril e outubro, acontece ali o Bryant Park Games, que empresta os mais diversos jogos de tabuleiro aos visitantes.

A Reminiscent Art oferece uma seleção incrível de pôsteres antigos e novos talentos da popart, além de fotografias com temas variados para emoldurar. Dá para se perder com tantas opções.

O Miss Favela, é o afiliado oficial do time do Brasil em NYC e tem um cardápio bem especial, repleto de comidas com gostinho brasileiro. Para os torcedores, ainda é possível ver jogos no local.

Story é uma loja bastante incomum que muda todo o seu estoque mensalmente de acordo com um tema. Gadgets, presentes e produtos criativos seguem temas diversos como amor, amarelo e parque.

FABIANE’S CAFE & PASTRY SHOP

BRYANT PARK

REMINISCENT ART

MISS FAVELA, BRAZILIAN BOTEQUIM

STORY

Endereço: 142 North 5h St, Brooklyn NY 11211 Telefone: 718.218.9632 Site: www. fabianes cafeandpastry.com

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Endereço: Atrás da New York Public Library, entre a 40th e 42nd Streets e 5th e 6th Ave. Telefone: 212.768.4242 Site: www.bryantpark.org

Endereço: 175 Bleecker Street, New York, NY 10012 Greenwich Village Telefone: 212.533.3945

Endereço: 57 South 5th St Brooklyn NY 11211 Telefone: 718.230.4040 Site: www.missfavela.com

Endereço: 144 10th Avenue at 19th Street NY 10011 Telefone: 212.242.4853 Site: www.thisisstory.com Email: hello@thisisstory.com


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TUDO O QUE SURPREENDE VOCÊ, NUM SÓ LUGAR WWW.FACEBOOK.COM/ PORTALAMEIZING

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PLACE TO BE

ADORÁVEIS AMENITIES

Se sobram ofertas de locais requintados para se hospedar, faça das amenities um diferencial para sua escolha. E deixe a nécessaire em casa.

F

oi em 1916 que nasceu a primeira genuína água de colônia italiana. Criada na cidade de Parma, a valiosa marca que leva o nome da cidade, Acqua di Parma, tem lojas próprias nos mais estrelados centros de compra do mundo — incluise aqui a da Via Gesù, em Milão, e a da região de Place des Voges, na Rue Francs Bourgeois de Paris. A singularidade dos produtos da marca, envolvida pela embalagem art déco, — amarelo inconfundível —, é parte fundamental da composição com o mármore de carrara das suítes do icônico Principe di Savoia, na capital italiana da moda. Hóspedes do The Alpina Gstaad, na Suíça, também são mimados com a fragrância italiana. Habitués de hotéis boutiques esperam amenities de alta qualidade. O badalado The Peninsula Paris, recém reformado e aberto em 1918 no mais haussmaniano dos estilos, ostenta produtos Oscar de la Renta. O suíço Grand Hôtel du Lac e o mexicano Casa Velas — o primeiro Relais Chateaux e o segundo Leading Hotel e Four Diamond — oferecem amenities provençais L’Occitane. Ainda na Suíça, o Mandarin Oriental de Genebra coloca à disposição dos hóspedes produtos da britânica Molton Brown. A unidade M.O. de Hong Kong, por sua vez, traz toiletries Hermés, também desfrutadas pelos visitantes do londrino The Westbury. Conheça nossas sugestões de hospedagem de acordo com os produtos disponíveis nas suítes.¯

fotos divulgação

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POR GUSTAVO CURCIO

| FEVEREIRO DE 2013


ORMONDE JAYNE

MANDARIN ORIENTAL HYDE PARK — LONDRES Endereço: 66 Knightsbridge, Londres SW1X 7LA Telefone: 44 0 20 7235 2000 Site: www.mandarinoriental.com/london

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PLACE TO BE

MOLTON BROWN

MANDARIN ORIENTAL — GENEBRA

Endereço: Quai Turrettini 1, 1201 Geneva, Suíça | Telefone: 41 22 909 00 00 | Site: www.mandarinoriental.com/geneva/

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| FEVEREIRO DE 2013


ACQUA DI PARMA

MITCHELL AND PEACH

Endereço: Piazza della Repubblica, 17, Milão | Telefone: 39 02 6230 1 | Site: www.hotelprincipedisavoia.com | Reservas: reservations.hps@ dorchestercollection.com

Endereço: 20 East 76th Street, 10021 | Telefone: 1 212 288 3700 | Site: www.thesurrey.com

PRINCIPE DI SAVOIA — MILÃO

THE SURREY — LONDRES

Endereço: 19 Avenue Kléber Paris, França, 75116 | Telefone: 33 1 5812 2888 | Site: www.peninsula.com

Endereço: The Westbury Hotel Bond Street, Mayfair, Londres, W1S 2YF | Telefone: 44 20 7629 7755 | Site: www.westburymayfair.com Endereço: 5 Connaught Road Central, Hong Kong | Telefone: 852 2522 0111 | Site: www.mandarinoriental.com/hongkong/

Endereço: Alpinastrasse 23, 3780 Gstaad, Suíça | Telefone: 41 33 888 9888 | Site: www.theaplinagstaad.ch

THE PENINSULA — PARIS

THE WESTBURY — LONDRES

MANDARIN ORIENTAL — HONG KONG

THE ALPINA — GSTAAD

OSCAR DE LA RENTA

HERMÉS PARIS

SANTA PELE PENHALIGON’S SÃO PAULO — BRASIL

Endereço: Rua Oscar Freire 384, São Paulo, Brasil | Telefone: 55 11 3069 4369 | Site: www.emiliano.com.br |

LE MEURICE — PARIS

Endereço: 228 Rue de Rivoli, 75001, Paris, França | Telefone: 33 1 4458 1055 | Site: www.dorchestercollection.com/paris/


FASHION TIPS

ESTILO WOODSTOCK

O estilo hippie voltou. É tendência e merece atenção. Wanderley Nunes comparou looks do Festival de Woodstock, em 1969, com a versão do século XXI do desleixado que é bola da vez.

H

POR PRISCILLA KANDA

á 45 anos acontecia o memorável Festival de Woodstock. O evento que ocorreu entre os dias 15 e 17 de agosto de 1969 atravessou gerações e deixou, entre os pleitos de liberade da juventude à época, a marca do estilo hippie. Pouco se fala das influências do movimento para o universo da moda e beleza. O estilo sujo e desleixado que tomou conta do fim dos anos 60 e reinou nos anos 70 renasceu numa versão hippie-chique. Para Wanderley Nunes, hairstylist do Studio W, de São Paulo, o hippie está com tudo. O especialista comparou fotos da época do Woodstock com o visual de estrelas nacionais e internacionais, e comprovou a influência do movimento nos dias de hoje. Esse visual realça a beleza natural e é despretensioso. Impressiona como simplicidade e luxo venceram as barreiras do design e se tornaram sinônimo também na aparência. ¯

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FESTIVAL FURAÇÃO O Festival de Woodstock foi um festival de música que ocorreu no fim da década de 1960 nos Estados Unidos. Inicialmente, discutiu a criação de um estúdio de gravação na cidade de Woodstock. A ideia evoluiu para a organização de um evento que teve anúncio no jornal The New York Times e vendeu cerca de 186 mil ingressos. Para a surpresa dos organizadores, o evento reuniu cerca de meio milhão de pessoas, que derrubaram barreiras e transformaram o festival numa grande manifestação pública. A cidade de Betel, onde ocorreu o evento, ficou tomada por um clima de “calamidade pública”, conforme manchetes da época. Símbolo dos ideais da juventude rebelde dos anos 60, Woodstock foi marcado por música de qualidade excepcional, mas teve como marca a manifestação de comportamental do imenso público.

fotos Reprodução

} Solto natural Simples mas não menos estiloso, o importante aqui é ressaltar a beleza natural dos fios. No look da atriz Kate Bosworth (à direita), o cabelo está totalmente natural e não muito alinhado. Já a atriz Lindsay Lohan resolveu valorizar os fios ruivos com ondas largas para dar mais movimento. As duas opções estão lindas e são super práticas.

STUDIO W IGUATEMI

Site: www.studiow.com.br Endereço: Avenida Brigadeiro Faria Lima 2232, 9º andar Telefone: 3094-2640 EDIÇÃO 10 | 2014 |

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FASHION TIPS

fotos Reprodução

~| Solto com amarração de fitas O visual pode ser utilizado com uma simples fita, bandana ou tiara ou pode ser incrementado, como fez a cantora Vanessa Hudgens, que usou uma coroa de flores.

} Acessório que valoriza O chapéu traz refinamento ao look e protege o rosto. Alessandra Ambrósio trouxe as influências do estilo hippie e boho. Para usar chapéu, o cabelo pode estar solto ou trançado.

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ESPECIAL

O RESGATE DAS RUAS 42

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~ Arte na rua Instalação na Galeria Melissa, agosto de 2011, com 350 mil post-its. A iniciativa gerou 30 mil mensagens espontâneas de fãs da marca e marcou o pioneirismo paulistano em misturar arte e moda na Oscar Freire.


Em meio a protestos contra a chegada da periferia ao MIS, no Jardim Europa, a Oscar Freire, a exemplo da Quinta avenida, mistura grife e popular na mesma calçada.

B

POR GUSTAVO CURCIO E PRISCILLA KANDA

rasileiro é um bicho esquisito. O que funciona lá fora, nem sempre funciona por aqui. E vice-versa. Três fatos recentes comprovam essa tese: contra as ciclovias em São Paulo — à parte as discussões sobre a falta de planejamento e a arbitrariedade na implementação das faixas —, a crítica foi implacável. Nem o esforço da grande mídia, como a TV Globo, venceu o movimento contra. O sucesso da exposição do infantil Castelo Rá-tim-bum no Museu da Imagem e do Som e a migração, mesmo temporária, de uma massa da periferia rumo à zona oeste, revoltou os moradores do Jardim Europa. O resultado? Churrasco de gato na porta das mansões. Por último, não menos importante (e, para alguns, revoltante!) foi a repercussão da abertura da loja-conceito da popular Riachuelo — lá ela chama Rchlo, assim mesmo, sem as vogais — em plena rua Oscar Freire, corredor paulistano das grifes. O que espanta é a falta de referência quando a meta é criticar a capital paulista. Se usar o metrô de Nova Iorque não é degradante, o que diria o usuário dos trens sujos de Manhattan ao desembarcar em frente à Biblioteca Pública da cidade, em plena 5th avenue? Ameizing! Certamente, num giro de 360 graus pelo jardim da bela praça, passaria despercebida a gigantesca e popular “Pernambucanas” dos europeus, H&M, à esquina com a 42nd street. Vivemos uma revolução urbana de usos, um caos na mobilidade, uma inversão de paradigmas. Num contexto onde a “praia de paulista” é sinônimo de shopping center, legítimo seria o resgate da rua. Rua que serve de vitrine, abastece e desperta aspirações. Faça valer o exemplo das nações desenvolvidas, no que realmente merece ser copiado. Os corredores de serviços, com usos variados, bancos, restaurantes, lojas, são o segreEDIÇÃO 10 | 2014 |

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ESPECIAL

OSCAR FREIRE SÃO PAULO, BRASIL

do da cidade viva e dinâmica. Jane Jacobs, jornalista norte-americana autora do livro Morte e Vida das Grandes Cidades, há tempos alertou: “O espaço fundamental onde a diversidade e intensidade de usos ocorre é a rua, com ênfase nas calçadas”. Ameizing reuniu alguns dos principais corredores de serviço no mundo e listou as principais lojas que compõem cada uma dessas passarelas das vitrines. Aqui, você descobre o que vai encontrar nas calçadas de Nova Iorque, Paris, Santiago e, é claro, São Paulo. Na capital paulista, a Oscar Freire, adaptação tupiniquim, encanta pela atmosfera peculiar: ali respira-se, em meio às vitrines de luxo, arte urbana. É brasilidade à flor da pele. Quem visita a Galeria Melissa — entre as ruas Bela Cintra e Haddock Lobo, é surpreendido por instalações de artistas plásticos e designers que enchem os olhos. Post-its viram uma fachada pixelizada ou cataventos sobrepostos criam uma nuvem sobre a cabeça do observador. A cada visita, tem uma surpresa. Igualmente fashion, com projeto do arquiteto Isay Weinfield, a loja das Havaianas — queridinha dos gringos — vende as famosas sandálias numa banca de feira sob a cobertura clean. Recentemente, a região ganhou a maior sorveteria Ben&Jerry’s do mundo, também na Bela Cintra. Com impressionantes 318 m2 de área e capacidade para acomodar 80 pessoas sentadas, a casa também tem toque brasileiro, único no mundo: serve cafezinho. Sem ele, a marca provavelmente não teria desembarcado no Brasil. Resta saber qual será a reação da elite quatrocentona após a inauguração da estação Oscar Freire do metrô, na esquina da famosa rua com a Avenida Rebouças. Mas como por aqui prazo de entrega é uma questão utópica, quem sabe quando (e se) isso vai acontecer? ¯ 44

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CASA BRANCA Bacio di Latte Cheers Nail Club Espaço Árabe

Zena Caffe Oma Tees O M. Bolo de Chocolate

Urban Arts La Cocotte Bistrot

Paper House

M. ROCHA AZEVEDO Pão de Açúcar

Dedo de Moça

Emiliano Hotel Italy

Sto. Grão A. Apparel

PADRE JOÃO MANUEL

BARÃO DE CAPANEMA

PEIXOTO GOMIDE

P.J. Clark’s Pop Up Store Zucchi Q. D. Berenice?

Almanara Regent Park Hotel Side Walk

Rodeio

The Jeans Boutique Arezzo Lita Mortari BELA CINTRA Copenhagen Capodarte Tufi Duek Schutz 284 Ellus Luz da Lua CONSOLAÇÃO

Timberland Asics Espaço Havaianas Chez Oscar Levi’s Salomon

Riachuelo Blow Up Hope Pandora Shoulder Gal. Melissa Siberian Valisère Dumond

Telefone:3063-0916 | Site: www.oscarfreiresp.com.br

Dior Brasil Nespresso Corello Amir Slama Top Internacional | M.A.C. Carmen Steffens Canal Triton Citroën Oscar Freire My Shoes Bo.Bô Santa Lolla Addidas Le Lis Blanc Mara Mac

ESTADOS UNIDOS

HADDOCK LOBO

PARA SABER MAIS

VITORIO FASANO

Montblanc

Marie Antoinette Tip Top Crawford

SARANDI

ALAMEDA LORENA

H Stern

OSCAR FREIRE

AUGUSTA

DIVERSIDADE Encanta na região da Oscar Freire a diversidade de atividades. Na própria rua, restaurantes comportados como o árabe Almanara e a hamburgueria P.J. Clark’s dividem espaço com o refinado Italy. Está ali, entre as lojas de marcas famosas o Hotel Emiliano, um dos mais badalados da cidade. EDIÇÃO 10 | 2014 |

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ESPECIAL

CENTRAL PARK

5TH AVENUE

Apple Store

NOVA IORQUE, ESTADOS UNIDOS

UM MODELO PARA A OSCAR FREIRE A grandiosa 5th Avenue é prova de que grifes e marcas populares podem conviver em harmonia, no mesmo espaço. Se em Nova Iorque H&M e Rolex dividem a mesma calçada, em São Paulo Riachuelo e MontBlanc habitam esquinas opostas. A diversidade de usos e público garante a longevidade econômica da via em questão, garantem os urbanistas.

58TH STREET Bergdorf Goodman Van Cleef & Arpels Moncler

Louis Vuitton

57TH STREET Trump Tower Joon New York Prada Boutique

Ermenegildo Zegna Prada Abercrombie & Fitch 56TH STREET

Tiffany&Co. Emilio Pucci Boutique Hugo Boss Marcraft

Harry Winston

PARA SABER MAIS

Site: www.visit5thavenue.com

Disney Store 55TH STREET

De Beers The Peninsula Spa Wempe Jewelers

Takashimaya Zara

54TH STREET

Sergio Rossi Gap Fortunoff Fendi Blanc De Chine

Baby Gap 53TH STREET

Rolex Store Lidt Salvatore Ferragamo

52TH STREET Mexx USA Godiva Chocolatier H&M 51TH STREET Banana Republic Façonnable 50TH STREET Cole Haan ROCKFELLER CENTER Metropolitan Store 49TH STREET

The Lego Store Michael Kors

Wedding Rings Original

5TH AVENUE

Brooks Brothers

Cartier Versace GANT

H Stern

ST. PATRICKS CATHEDRAL

Luis Vuitton Saks M.A.C Cosmetics American Girl Sunglass Hut Aldo U. Colors of Benetton

48TH STREET NBA Store

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Liori Diamonds


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ESPECIAL

AVENUE MONTAIGNE PARIS, FRANÇA

FRANKLIN ROOSVELT Gucci S. T. Dupond Blumarine R. Lauren Bain & Cie. Cherqurs Loewe France

Café Acturial Jil Sander Montagne Market Roberto Cavalli Yves Saint L.

PARA SABER MAIS

Site: www.avenuemontaigneguide.com

Nina Ricci

Max Mara RUE CHAMBIGES

RUE CLEMÉNT MAROT

AVENUE MONTAIGNE

Vogel Fleurs Salvattore Ferragamo RUE FRANÇOIS 1ER

Hôtel Plaza Athénée

D AR AY EB RU

Fasual Fendi Dolce & Gabbana Versace

Chanel NeoFocus Strategy Chanel Joaillerie Eres Louis Vuitton Emilio Pucci Jimmy Choo Fouquet

Louis Vuitton Auto Prestige Chrome Heart Bottega Veneta Prada

RUE JEA NG OU JON

AVENUE DES CHAMPS ELYSÉES

NAN MARIG RUE DE

a mais emblemática Sem dúvida, a Avenue Montagne, no coração de Paris, é o mais glamuroso dos corredores de luxo. Ali, nasceram algumas das mais famosas grifes do mundo, como Dior e Yves Saint Laurent. A mesma calçada abriga o icônico Hotel Plaza Athénée, recém reformado e ampliado, onde fica o Spa Dior.

Paul et Joe

RUE DU BOCCADOR Valentino Michel Dyens & Co THÉÂTRE CHAMPS-ELYSÉES

Zapatera

Restaurant Maison Blanche Perron Elisa Chez Francis AVENUE GEORGE V

VOIE GEORGES POMPIDOU

RIO SENA

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ALONSO DE CÓRDOVA SANTIAGO CHILE

AV. BICENTENARIO

Banco de Chile

AURELIO CONZÁLEZ Emporio Armani Ermenegildo Zegna

Ama

Passeio agradável Embora a maioria dos habitués visitem a Alonso de Córdova de carro, vale fazer um passeio a pé pela região, que além de grifes como Louis Vuitton e Hermés é rica em galerias de arte, design e espaços para estilistas chilenos.

PARA SABER MAIS

Site: www.barrioalonsodecordova.cl

Maria Teresa Cervero Flores Paula Rivas Sun Planet Ars Divendin St. Honoré Chile FRANCISCO DE AGUIRRE

VIT AC UR A PARROQUIA DE LA INMACULADA CONCEPCIÓN

Hermés Louis Vuitton Concha Y Toro

ALONSO DE CÓRDOVA

Sur Diseño AV. NUEVA COSTANERA

Salvatore Ferragamo Coquinaria Adolfo Dominguez

Viel

Alto Madero

EL LITRE EL COIHUE LAS NIEVES

Alfombras Larraín Zapatera Hohos Luzco Line

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reprodução

DETALHE EM FOCO

} Escultura, edifício, obra de arte, objeto de design. A cada edição, lançaremos o desafio aos leitores de, a partir de um recorte da obra, decifrar a origem do nosso Detalhe em Foco. Mande suas sugestões para contato@magucomunicacao.com.br! No próximo número revelaremos onde fica a construção afrancesada.

reprodução

NA EDIÇÃO PASSADA: inaugurada em 1963 em comemoração ao IV centenário de Santo Amaro, zona sul de São Paulo, a controversa estátua de Borba Gato agrada a poucos e chegou a ser eleita o monumento mais feio da cidade. Obra do artista plástico Júlio Guerra, a escultura tem estrutura de concreto e revestimento de pedras coloridas em forma de mosaico. Localizada à altura 5700 da Avenida Santo Amaro, em confluência com a Avenida Adolfo Pinheiro, tem dez metros de altura e pesa cerca de vinte toneladas. ESTÁTUA DO BORBA GATO | Avenida Santo Amaro, altura do número 5700

ERA PARA SER À VISTA?

Os nichos na parede eram o apoio para as travessas dos andaimes. Essa construção grandiosa abriga valiosa coleção de obras de arte e, ao contrário do que muitos pensam, não exibe o visual imaginado por quem a projetou. Os tijolos, hoje à vista, estariam escondidos.

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La Viuda de JosĂŠ Ignacio La Viuda del Diablo Terrazas de la Viuda

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O BTG Pactual agradece aos investidores por elegerem sua equipe de Research e Distribuição a melhor no Brasil e na América Latina (2014 Institutional Investor magazine survey)

#1 em Research na América Latina (Resultados Ponderados)

#1 em Sales na América Latina #1 em Trading na América Latina #1 em Research no Brasil #1 em Sales no Brasil #1 em Trading no Brasil

BRASIL | CHILE | COLÔMBIA | PERU | MÉXICO | NOVA IORQUE | LONDRES | HONG KONG


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