Revista -CHORUS +REVERB

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Nº 2 - 11/10/2017

Formada por brasileiros na Inglaterra, banda realiza primeira turnê nacional de forma totalmente “Faça Você Mesmo”!

MÚSICA INDEPENDENTE - ENTREVISTA - RESENHAS EVENTOS - SELOS MUSICAIS - N OVIDADES - P UNK METAL - EMO - HARDCORE E MUITO MAIS!


TRATORE

A distribuidora das independentes, há 15 anos!

R. João Moura, 624 São Paulo / SP 05412-001 Tel: (11) 3085-1246 tratore.com.br


EDITORIAL

Bruno Wormann Maffazzioli 19 anos, estudante de Produção Multimídia e aspirante a músico de projetos blackgaze/post black-metal.

E D I T O R E S

Gustavo de Souza Anceski 23 anos, estudante de Design Gráfico, baterista da banda punk Deu Ruim, fotógrafo amador de shows locais e editor do Zine Parede na Mito Records.

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sta revista elaborada para disciplina de Editoração Eletrônica do segundo semestre de dois mil e dezessete da UniFtec Caxias do Sul tem a finalidade de apresentar ao leitor algumas das mais recentes novidades da música alternativa independente nacional e internacional, com destaque, mas não exclusividade, para o hardcore, punk rock e metal, se aprofundando em seus variados subgêneros, além de demonstrar que a produção musical no meio underground vai além do som, incentivando também a diversidade. Diversas bandas e artistas sobre os quais falamos nas páginas a seguir não seguem o padrão que a mídia de massa usa quando tenta vender música para entretenimento e consumo em capas de revistas com jovens adolescentes brancos, bonitinhos para garotas pré-adolescentes, ou música pesada feita só por homens tatuados e másculos. A –C+R, inspirada nas zines (publicações impressas independentes) vem da forma mais profissional possível mostrar que existem músicos LGBTs, negros, mulheres, entre outros diversos exemplos de diversidade, fazendo a própria música do jeito que acha melhor, organizando os próprios shows e eventos e gravando seus EP e álbuns sem precisar vender-se para gravadoras. Música rápida e pesada pode ser feita por qualquer um que tenha dentro de si a vontade de gritar contra tudo que acha errado no mundo que o oprime. Gustavo de Souza Anceski

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ÍNDICE SELOS pg. 5 Como os selos independentes brasileiros sobrevivem na era da música digital?

RESENHAS pg. 6 20 álbuns lançados em 2017

POSTERS pg. 11 Capas de álbuns resenhandos, Cabramacabra “TRUCO” e 10 bandas com shows incríveis.

LISTA pg. 15 10 melhores shows!

ENTREVISTA pg. 16 Cabramacabra organiza primeira turne nacional com Dowsing.

RIP pg. 20 Yonlu, filme em exibição essa semana no Festival do Rio.

AGENDA pg. 22 Próximos eventos!

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SELOS COMO OS SELOS INDEPENDENTES BRASILEIROS SOBREVIVEM NA ERA DA MÚSICA DIGITAL?

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m 2015 os lucros com música digital superaram pela primeira vez os de produtos físicos, de acordo com os dados da IFPI. Não é nenhuma surpresa que o digital tomou conta do mercado mundial. Novas músicas são disponibilizadas em questão de cliques em todo o mundo. Mas o que acontece no mundo dos selos independentes brasileiros? Gente que se dedica a lançar bandas pequenas e médias em popularidade, em um universo onde uma prensa de mil CDs já era um volume alto há alguns anos, quando este era o formato preferido? CDS AINDA VENDEM “Nossa principal fonte de renda segue com a venda de álbuns em formatos físicos, seguido da venda de merchandise”, conta Antônio Augusto, fundador da Hearts Bleed Blue. Criado em 2011 e atualmente com 7 pessoas no equipe, o selo tem como uma de suas propostas oferecer “música para colecionar”, e mesmo que tenham deixado de ser o principal formato de lucros para o mercado, os CDs seguem em primeiro plano para o selo, “principalmente por ter um valor final mais adequado para o orçamento brasileiro.” SHOWS E DISTRIBUIÇÃO Eventos ainda são uma parte importante do trabalho dos selos, seja para CDs ou merchandise Para Mozine, fundador da Laja Records em 1997, o público sabe que pode encontrar material quando vai aos seus shows – ele é integrante de uma longa lista de bandas, incluindo Mukeka di Rato e Merda. “Costuma vender bem, a galera já vai preparada. O site também mantém uma regularidade boa de vendas mensal,” analisa. Ainda existem outros distribuidores que pegam material da Laja, porém é uma fonte menos estável. Mozine diz preferir seguir com um negócio

pequeno e trabalhar de casa. O selo é comandado por ele e sua esposa, Laura Paste. “Me recuso a crescer. Recebo todo tipo de convite: licenciamento de bandas gigantes, para ser tour manager de bandas gringas, abrir casa de show, para fazer festivais gigantes, mas prefiro continuar do mesmo tamanho,” garante. ALÉM DA MÚSICA: Crackinho é hoje o maior sucesso da Laja Entre as bandas que mais populares no catálogo da Laja são Merda, Mukeka di Rato, Bode Preto, RDP, DFC, Figueroas e Water Rats. Entretanto os produtos mais populares estão entre os do Crackinho. O personagem criado em 2009 retrata de forma caricata uma pedra de crack que pede para não ser fumada e começou como uma brincadeira. Hoje, o Crackinho está retratado em produtos como camisetas, bonés e recentemente ganhou um talk show no YouTube e seu livro de colorir. Mozine sabe que o Crackinho é aberto a muitas interpretações. “Tenho muito medo de como as pessoas entendem, porque tem gente burra, tem gente do mal. É óbvio que é um pouco polêmico, quando sai da bolha dos amigos, do hardcore. Tudo é muito subjetivo e na verdade é uma bosta ter que explicar piada, arte e ironia,” resume Mozine. Matéria publicada originalmente no site tenhomaisdiscosqueamigos.com por Gustavo Pelogia em 31/10/2016.

Muitos outros selos se destacam no cenário nacional, como a Honey Bomb Records (Caxias do Sul/RS), Guadalupe Records (Rio de Janeiro/RJ), Share This Breath (Brasília/DF), Sinewave (São Paulo/SP) e Transtorninho Records (Recife/PE).

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RESENHAS

2017 ATÉ AGORA!

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essa edição trazemos um pouco (apesar de já parecer muito) do que foi lançado até agora durante o ano de 2017, com dez materiais nacionais e dez internacionais entre EPs e álbuns que achamos essenciais que o leitor escute com atenção, passando por diferentes estilos e gêneros, desde o calmo e instrospectivo post-rock, o interessante e complicado math rock, o simples e rápido hardcore punk e até o mais pesado e caótico grindcore e death metal, além ainda de lo-fi, shoegaze, dreampop, post-hardcore, screamo e black metal. Ao final a matéria traz ainda um poster com todas as artes do álbuns comentados. Todo material que não tiver creditos do site onde foi originalmente resenhado é de autoria de Gustavo Anceski.

1 - Melies “Ephemeris”

Em seu álbum de estreia, o duo instrumental Melies leva o ouvinte para uma viagem espacial por nove faixas, transmitindo sensações diversas em cada música, desde calma e serenidade, até o desespero de se estar perdido em meio ao desconhecido. A dupla é composta por Danna, de Panambi, RS, e Giovanni, de São Paulo, SP, tendo produzido a distância e totalmente de forma virtual esse belo trabalho que lembra bandas de post-rock como Maybeshewill, Explosions in the Sky e Sleepmakeswaves.

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2 - Bike “Em Busca da Viagem Eterna”

A viagem continua. Dois anos após o lançamento do primeiro álbum de estúdio, 1943 (2015), os integrantes da banda paulista BIKE estão de volta com um novo registro de inéditas. Intitulado Em Busca da Viagem Eterna (2017, Independente), o lisérgico trabalho de nove faixas mostra o esforço de Julito Cavalcante (guitarra e voz), Diego Xavier (guitarra e voz), Rafa Bulleto (baixo e voz) e Daniel Fumega (bateria) em se reinventar dentro de estúdio. Melodias etéreas, distorções e vozes ecoadas que fazem a mente do ouvinte flutuar. Autor(a): Cleber Facchi, Site: Miojo Indie


3 - Change Your Life “Change Your Life”

EP póstumo do grupo punk/hardcore/powerviolence que conta com membros de diversas cidades, Porto Alegre, Canoas, Campo Bom e de Santo Antônio da Patrulha. Gravado por Diego Poloni, responsável pelo material de diversas bandas de capital gaúcha. Rápido, cru e direto, com música de menos de dois minutos retratando sua insatisfação com a cena musical, as tradições e as mazelas da sociedade, o CYL cita como influencias Napalm Death, ACxDC, Spazz e Drop Dead e certamente será um álbum apreciado por quem gosta de sujeira, do contrário serão menos de dez minutos perdidos em nove faixas inéditas.

4 - Manger Cadavre? “Revide”

Formada em 2013 na cidade de São José dos Campos, o Manger Cadavre? toca Crust/Hardcore Punk e tem em seu vocal a incrível Nata de Lima, uma mulher com uma voz gutural grave que nada deve à bandas com vocal masculino da cena extrema abordando em suas letras majoritariamente de protesto temas referentes ao feminismo, politica, sexualidade, desigualdade social, etc... A sonoridade do EP é densa e pesada, a maioria das faixas são rápidas e de curta duração, mas o destaque fica para o fechamento do álbum, a música “Bruxas da Noite” é inspirada nas “Nachthexen”, como foram apelidadas pelos alemães as mulheres aviadores soviéticas do 46º Regimento de Bombardeio Noturno Taman na Segunda Guerra Mundial.

5 - Enema Noise “Eventos Inevitáveis”

Diretamente de Brasília, terra de certas bandas que ninguém mais aguenta ouvir falar, o Enema Noise traz uma proposta totalmente diferente de toda cena Rock and Roll pela qual a capital do país ficou famosa. Nesse novo álbum apresentam uma sonoridade mais simples e suja do que os anteriores, soando mal gravado propositalmente, mostrando mais a cara das influencias de noise e música experimental do que o post-hardcore e punk rock dos outros álbuns.

RESENHAS

6 - Boogarins “Lá Vem A Morte”

Não existem regras para a banda goiana Boogarins. Se por um lado o embrionário As Plantas Que Curam (2013) parecia se apropriar da obra de veteranos e novatos da música psicodélica, com a chegada de Manual ou Guia Livre de Dissolução dos Sonhos (2015), finalizado dois anos mais tarde, experimentos contidos e ambientações etéreas serviram de estímulo para a construção de uma fina identidade musical. Um som debochado, enérgico e torto na mesma proporção, como se o permanente exercício de descoberta fosse a base para o trabalho produzido pelo grupo. Prova disso está nas composições do experimental Lá Vem a Morte (2017, OAR). Terceiro e mais recente álbum de inéditas do grupo formado por Fernando “Dinho” Almeida Filho (voz, guitarra), Benke Ferraz (guitarra e sintetizadores), Raphael Vaz Costa (baixo) e Ynaiã Benthroldo (bateria), o trabalho de apenas oito faixas e pouco menos de 30 minutos de duração mostra o esforço do quarteto em se reinventar mesmo em um resumido espaço de tempo. Um “longo EP / curto LP”, como a própria banda apontou em sua página no Facebook. Autor(a): Cleber Facchi, Site: Miojo Indie

7 - Far From Alaska “Unlikely”

Se existe uma coisa que os integrantes do Far From Alaska sabem melhor do que qualquer outro artista nacional é como se apropriar de uma série de referências estrangeiras e fazer disso o princípio para uma obra autoral. Basta voltar os ouvidos para o último registro de inéditas da banda, o excelente modeHuman (2014), e perceber como ecos de veteranos do rock alternativo se transformam no principal componente criativo para o quinteto vindo de Natal, Rio Grande do Norte A mesma explosão referencial acaba se refletindo na composição do segundo e mais recente álbum de inéditas do grupo formado por Emmily Barreto (voz), Cris Botarelli (sintetizadores, voz), Rafael Brasil (guitarra), Edu Filgueira (baixo) e Lauro Kisch (bateria), o intenso Unlikely (2017). Uma seleção precisa com 12 composições inéditas — quase todas batizadas com o nomes de animais —, em que a banda potiguar parece testar os próprios limites dentro de estúdio. Autor(a): Cleber Facchi, Site: Miojo Indie

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RESENHAS

8 - Gorduratrans “Paroxismos”

Segundo álbum da dupla de lo-fi/ noise do Rio de Janeiro, em Paroxismos o Gorduratrans se mostra mais denso, obscuro e sombrio, flertando ainda mais com influencias do shoegaze por nove faixas muito mais extensas que seu antecessor. Nesse lançamento a dupla demonstra sua evolução, sendo um trabalho muito mais pensado, trabalhado e conceitual, funcionando como uma faca de dois gumes que pode levar um ouvinte menos acostumado com esse tipo de ideia e com menos paciência a achar cansativo, chato ou maçante pela ambientação e semelhança entre as faixas.

9 - Caffeine Lullabies “The Closest Thing To Death”

Goiás tem se tornado o berço de toda uma nova safra de artistas roqueiros que estão chacoalhando as estruturas e muitas cabeças por aí. Seja um som mais pesado, como o de Macaco Bong ou Black Drawing Chalks, ou mesmo algo mais Psicodélico, como Boogarins e Carne Doce, o estado tem revelado ótimos nomes que se destacaram e formaram uma boa cena representante do nosso bom e velho Rock & Roll. Mesmo tendo o estandarte do estilo a brandir, os goianos da Caffeine Lullabies tem referências bem diferentes das bandas citadas até agora. O grupo tem como proposta um amálgama de sonoridades noventistas, que vão do Emo ao Rock Alternativo, passando ainda pelo Hardcore e Punk. Há uma nostalgia interessante no som da banda, um emaranhado de referências que, misturado ao talento dos músicos, cria músicas que rejuvenescem todas essas referências do passado. O single Ozymandias, mais recente faixa do grupo, consegue sintetizar bastante de sua sonoridade e servir como um ótimo cartão de visitas. Caffeine Lullabies tem uma sonoridade indicada para quem gosta de bandas como Hot Water Music, Dinosaur Jr. e Pavement, porém com punch que parece vir direto da cena Stoner da região - um incremento que agrega certo peso ao Rock Alternativo que outras bandas brasileiras criam ou já criaram. Autor(a): Nik Silva, Site: Monkeybuzz,

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10 - My Magical Glowing Lens “Cosmos”

Experimentos controlados que pervertem uma série de conceitos melódicos há muito consolidadas no cenário musical brasileiro. Ruídos, vozes e ambientações etéreas que perturbam qualquer traço de previsão ou mínimo contato com a realidade ao longo do registro. Artesanal, produto da forte interferência e produção de Gabriela Deptulski, responsável pelo projeto, o trabalho de 11 faixas e distribuição pelos selos Honey Bomb Records, Subtrópico e PWR Records muda de direção a cada nova faixa. Fragmentos vindos de diferentes épocas e tendências, como se a base lisérgica de veteranos como Pink Floyd e Os Mutantes se encontrasse com a obra de novatos aos moldes de Tame Impala e Melody’s Echo Chamber. Bases eletrônica e arranjos etéreos que costuram o trabalho do primeiro ao último acorde. Autor(a): Cleber Facchi, Site: Miojo Indie

11 - Slowdive “Slowdive”

O retorno do Slowdive nos remete a algo que nos faz pensar sobre a indústria da música hoje em dia. Um álbum com 8 faixas que argumentam sobre o que é perdido e o que é superado, é um conceito tão simples mas tão expressivo quanto. Certamente a história da banda estaria tão segura quanto antes com ou sem uma volta atual, mas nos faz pensar em como um gênero tão pautado no que era destoante a 20 anos atrás pode nos trazer tanto hoje, e o título do álbum faz total sentido ao que lhe é apresentado. Apesar disso, coisas mais minimalistas e no mínimo ousadas de trabalho anteriores como o Pygmalion nos fazem falta no disco. Ao mesmo tempo em que a banda volta como ato de resistência ao que fez parte no passado, a falta de dar parte a uma corrente que tinham deixado antes de terminar a anos atrás parece ter se fechado por medo de ousar ao experimental. Por fim, a banda deixa seu objetivo mais claro do que nunca: Se unir ao que nunca deu continuidade de uma maneira bem paternal e num sentido passivo como ‘’se adapte, seja como eles, junte-se a eles.’’ Site: Sentaaicast, Autora: Clarissa


12 - At The Drive-In “in•ter a•li•a”

Após dezesete anos sem um álbum de inéditas o consagrado grupo de post-hardcore At the Drive-In retorna com in•ter a•li•a, apesar de ser um álbum muito esperado a crítica considerou que não difere muito dos antigos trabalhos da banda, claro, devido as exageradas expectativas criadas em cima dele. Nesse lançamento o At The Drive-In peca na energia e empolgação mas demonstra uma evolução técnica adquirida nos diversos projetos desenvolvidos pelos membros durante esses dezessete anos de hiato, apresentando influencias mais experimentais e psicodélicas da mesma fonte de onde bebeu o The Mars Volta.

13 - ZAT “ZAT”

A mídia especializada em música, além de ignorar a existência de muitos artistas independentes as vezes vai além e esquece de retratar a cena de países inteiros, focando-se na produção Norte Americana e Europeia, a América Latina muitas vezes passa desapercebida ou só é lembrada por artistas pops, apesar de diversos países como Peru, Argentina e Chile (este último, terra do trio ZAT”) terem uma cena independente fortíssima. A banda toca um ótimo post-hardcore, cheio de melodias e ritmos quebrados, cantado em espanhol além de já ter participado de um Split juntamente com os porto alegrenses da Campbell Trio. Com nove faixas e quarenta e cinco minutos, o álbum não fica devendo nada para bandas mais hypadas como Fugazi, La Dispute e Saetia. Com certeza é um ótimo álbum para se começar a conhecer o restante da cena punk latina que conta com bandas como Invierno, Vientos, Beautifull Sundays, Tenemos Explosivos, Fieste Bizarra, entre diversas outras.

14 - Turnover “Good Nature”

“Este disco é sobre aprender. Abrir os olhos para coisas novas e sair da zona de conforto”. Segundo o vocalista do Turnover, Austin Getz, esta é a essência do Good Nature, terceiro álbum de estúdio dos americanos. Mais do que um álbum para se ouvir despretensiosamente,

RESENHAS

o disco é uma viagem pela versão mais sonhadora, doce e tranquila da banda. Enquanto o álbum anterior, Peripheral Vision (2015), ganhou elogios da crítica especializada e do público por exibir um lado sentimental, vazio, e deliciosamente sincero, além do som carregado; o Good Nature abriu espaço para melodias mais claras e amenas. Seria muito fácil tentar repetir o sucesso do disco anterior no novo trabalho, mas a banda decidiu dar um passo à frente. A banda abriu mão do seu desejo de ficar na segurança de sua zona de conforto e decidiu inovar. Desta vez, o Turnover passou um tempo no estúdio, dedicando-se exaustivamente à escrever boas melodias e fazendo ajustes em trechos das músicas. Autor(a): Danielle Cameira, Site: Atribuna

15 - Heretoir “The Circle”

Esse lançamento compila com uma música após outra de um resplendor destilado com partes de post-rock para criar um álbum de beleza mágica. As guitarras são exuberantes, viajando através de progressões edificantes. Com base em vozes mais duras e ainda inteligíveis que trocam lugares com uma capacidade limpa e capaz de entregar melodias com direção, o álbum sai do seu ritmo vagaroso poucas vezes. Geralmente, proporciona um clímax ao movimento atual e serve para preencher o fosso entre suas passagens etéreas. Mais um clássico imediato do blackgaze/post-black metal, gêneros que vem crescendo nos últimos anos e se consolidando no mundo do metal. Autor(a): Piedra de Luna, Site: Sputnikmusic

16 - Wear Your Wounds “WYW”

No primeiro lançamento desse projeto, Jacob Bannon, responsável pelos vocais desesperados de uma das mais conceituadas e primeiras bandas a unir elementos do metal e hardcore punk, o Converge, apresenta o seu lado mais intimista e introspectivo, unindo elementos de post-rock, música experimental, psicodélica e folk, muito mais calmo do que sua banda principal. O álbum mistura sintetizadores e teclados, explorando a parte vocal mais melódica de Bannon, enquanto a bateria segue alternando em faixas entre ritmos de metal com pedais duplos

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RESENHAS

em momentos mais intensos e em outras seguindo algo mais tribal que lembra Neurosis. A guitarra exagera em loops e mostra muitas influências de cowntry.

17 - Les Discrets “Prédateurs”

As guitarras rápidas e massacrantes do disco Ariettes Oubliées (2012) tinham muito a ver com a cena metal da França, em especial com uma técnica de mão direita rápida também bastante empregada pela banda Alcest. Mas dessa vez, os franceses do Les Discrets encaram uma mudança sonora que deixa Prédateurs mais reflexivo e menos agressivo, menos convencional e muito mais art rock. A icônica banda Ulver surge na mente como uma grande referência ao longo de todo o álbum, em cada riff, pausa e escolha de efeito vocal. A própria banda admite a mudança em favor de um som que consiga evoluir artisticamente e explorar novos territórios. Saíram assim do shoegaze, dos laivos de metal e de post-rock de álbuns passados para se encontrar maravilhosamente bem no que chamam de “dark indie rock com pegada eletrônica, incorporando inspirações do trip hop e de trilhas sonoras dos anos 70”. Autor(a): Lucas Scaliza, Site: Escutaessareview

tem elementos de música eletrônica experimental, se contrapondo aos antigos materiais da banda onde raramente as músicas tinham mais de um minuto e tinham uma sonoridade totalmente powerviolence e com letras quase incompreensíveis.

20 - CHON “Homey”

Segundo álbum full da banda, aperfeiçoa e aprofunda o progressivo math rock de seus trabalhos anteriores, com um clima descontraido e alegre que faz o ouvinte sentir-se em um belo dia quente de sol, praia e diversão com os amigos, que combina com a seleção da paleta de cores vivas, vibrantes e claras da capa do álbum que poderia muito bem ser de uma banda pop, e não de uma das mais jovens e virtuosas bandas da atualidade, que conquistou espaço em grandes turnês ao lado dos maiores nomes do metal instrumental progressivo, como Animals As Leaders.

MENÇÕES HONROSAS Nacional:

18 - I Hate Sex “World of Grief” Animal Heart “Whispers”

Formada em 2015, após um EP e três Splits o quarteto canadense finalmente lança seu esperado primeiro álbum, se consagrando como uma das principais bandas da nova geração do screamo. Tratando de temas como perdas, auto depreciação, autodescoberta, a obscuridade da consciência e o amor, neste trabalho o instrumental se mostra mais trabalhado e melódico enquanto os vocais de Nicole continuam caóticos, sofridos e gritados, lembrando alguma vezes bandas embrionárias do gênero como Anomie.

19 - Limp Wrist “Facades”

Após nove anos em hiato o Limp Wrist se reúne novamente pra mais um álbum. Totalmente diferente de tudo que já fizeram, a primeira metade desse trabalho traz o mesmo queercore (hardcore punk feito por/e com temática homossexual) rápido e simples, enquanto o final

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BlackJaw “Anticlimax” Cora “Não Vai Ter Cora” Desgraça “Ladrão” Desventura “Sonhos Tangenciais” Dois Pés “Chove Sílabas” Floating Kid “Dust In Time” Fujinaga “Guitarras, Video Games e TV” In Venus “Ruína” Internacional: Aye Nako “Silver Haze” Brand New “Science Ficton” Circa Survive “The Amulet” Citizen “As You Please” Code Orange “Forever” Full Of Hell “Trumpeting Ecstasy” Paramore “After Laughter” Tigers Jaw “Spin” TWIABP&IANLAFTD “Always Foreign”






10 MELHORES SHOWS

LISTA

por Gustavo Anceski

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esde meus quatorze anos tenho frequentado shows, o que considero essencial pra quem realmente gosta de música, principalmente hoje em dia onde para se ouvir qualquer coisa é muito fácil procurar no Google e ouvir no Youtube ou Spotify, ou até mesmo encontrar o download gratuito, tanto autorizado pelo artista como não. Ir a shows, principalmente de artistas independentes e bandas locais, que muitas vezes organizam os próprios eventos é a principal forma de se apoiar os músicos que você gosta. A seguir falo um pouco de alguns shows que considero os melhores que já vi, cinco de bandas nacionais e mais cinco internacionais. E A TERRA NUNCA ME PARECEU TÃO DISTANTE: Unica banda instrumental na lista mas que tem um show lindo, explorando diversas texturas e sensações em sua música e que pode fazer o ouvinte viajar apenas ouvindo, de olhos fechados. CAMPBELL TRIO: Apesar de fazer poucos shows a Campbell Trio é uma das bandas mais conceituadas de punk e post-hardcore do sul do país, quando os seus três integrantes se reúnem no palco pode-se esperar um show totalmente intenso e instrospectivo em que a plateia canta e vibra junto. RAÇA: Além de ser um dos shows mais legais que já vi foi um dos primeiros que ajudei a organizar. O Raça começa seus shows de uma forma calma, que a cada música ganha mais energia terminando numa grande explosão de emoção. PARTE CINZA: Punk, emocional, simples e niilista, com suas letras extremamentes pessoais e músicas diretas e rápidas o Parte Cinza faz o pessoal dançar e refletir sobre as saudades e nosso dia-a-dia. DESCARTES: Banda local com um show incrível e intenso, com set de músicas próprias. Post-hardcore com elementos de jazz, bossa-nova, samba e música brasileira e experimental. WINTER: Banda dreampop de Los Angeles que tem no vocal a curitibana Samira Winter, já tocou duas vezes em Caxias do Sul, lotando a Paralela em ambas. LA DISPUTE: Em meio a histórias cantadas em forma de poesia o vocal Jordan Dreyer consegue expressar toda a dor, angústia e emoção das letras do La Dispute em um show cheio de energia. TITLE FIGHT: Mesmo na tunê do último álbum, Hyperview, tido como o mais calmo, com influências shoegaze e menos hardcore/pop-punk, o Title Fight consegue fazer o público agitar durante o show inteiro. THE WORLD IS A BEAUTIFUL PLACE & I AM NO LONGER AFRAID TO DIE: A maior banda da lista, em número de membros e de tamanho de nome, vieram pela primeira vez ao Brasil este ano e são um dos maiores nomes do emo atual. TOUCHÉ AMORÉ: Provavelmente uma das bandas mais importantes do punk atual, tem um show totalmente insano, a presença de palco de todos os membros é notavel, interagindo com o público todo o tempo.

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ENTREVISTA

CABRAMACABRA O

trio Cabramacabra surgiu no começo de 2017, formado por Marcelo, vocal e guitarra, e Marcela, baixo e vocal, ambos brasileiros que há algum tempo moram em Londres, o grupo tem ainda a multinstrumentista Laura na bateria. Em março lançaram sua primeira música, e pouco menos de um mês depois já soltaram na internet o primeiro EP, TRUCO, de graça no site bandcamp para todo mundo ouvir ou fazer o download. Em seu primeiro material a banda apresenta uma sonoridade que pode ser definida como punk, noise, emo, post-hardcore e lo-fi, que com certeza pode agradar fãs de Fugazi, Teen Suicide, Tigers Jaw, Pity Sex, Elvis Depressedly, Joyce Manor, Parte Cinza, Enema Noise e claro, Doppelgangers!, a qual Marcelo fazia parte quando vivia no Brasil e que também fez alguns shows nas últimas semanas para aproveitar a estadia do integrante. Ainda mesmo antes do lançamento Marcela já se movimentava num grupo do Facebook para viabilizar a primeira turnê no Brasil da banda que começou dia 4 em São Paulo, tocou em Porto Alegre última segunda, dia 9, e termina dia 14 em Osasco, trazendo também a Dowsing de Chigado, USA tendo em sua rota ainda Curitiba, Rio de Janeiro e Florianópolis. A seguir você confere o papo que batemos com a Marcela:

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-C+R:Como vocês começaram a banda Cabramacabra?

Eu e o Marcelo namorávamos há algum tempo atrás e nós dois tocávamos em outras bandas de estilos bem diferentes. Eu acho o Marcelo um excelente compositor e eu sempre quis tentar uma banda com ele, mas ele sempre me enrolava! Haha Então quando a gente decidiu se mudar pra Londres, eu fiz uma pressãozinha e a gente começou a tocar juntos. A gente conhecia a Laura há um tempinho e ela se ofereceu pra tocar bateria. E assim nasceu a banda!

ENTREVISTA

lour Me Wednesday aqui em Londres, mas não sou membro oficial da banda. A Laura e o Marcelo tem uma outra banda juntos, a Sugar Rush! A Laura também toca guitarra na Colour Me Wednesday, entre outras. Ela é multi-instrumentista e apaixonada por tocar. Da última vez que eu contei, ela estava em 13 bandas (risos)!

-C+R:Como vocês definem o som de vocês? Essa pergunta é muito difícil pra gente. Temos usado o post-emocore/metalpunk pra tentar descrever mas é bem difícil dizer.

-C+R:Por que vocês se mudaram pra Londres? -C+R:E como vocês conheceram a Laura e A ideia de se mudar pra Londres foi minha. Quando chamaram ela pra banda? eu e o Marcelo namorávamos, ele fazia parte de um projeto onde ficaria 1 ano viajando de bicicleta, do Brasil ao México. Então eu decidi que queria viajar também e que ficaria esse tempo em Londres, que eu sempre quis conhecer e tinha alguns amigos morando lá. Comecei a me planejar enquanto o Marcelo iniciava a viagem, mas ele acabou voltando depois de 3 meses e decidiu que queria ir comigo. A gente se casou, juntou uma grana e se jogou pra Londres sem praticamente nada, na loucura.

A gente a conheceu em shows, por intermedio de amigos em comum. Quando comentamos que estávamos precisando de baterista, ela se ofereceu e a gente começou a tocar juntos.

-C+R:Nas partes em que o Marcelo canta fica bem evidente alguma semelhança com a Doppelgangers!, quais as principais influencias musicais de vocês pra esse projeto? E fora isso tem algo mais diferente, que -C+R:Como surgiu a ideia da Tour com o não tenha relação com o punk mas que vocês curtam mesmo assim? Dowsing? Por incrível que pareça, a ideia surgiu porque eu queria uma desculpa pra ir pro Brasil só pra comer! Haha Como o Marcelo ainda não tinha voltado ao Brasil desde que nos mudamos pra Londres há três anos atrás e a Laura não visitou o país ainda, eu dei a idéia pra eles e eles toparam. A princípio seríamos apenas a gente mas em uma conversa minha com o Erik do Dowsing, a gente acabou falando sobre o Brasil e eles também nunca tinham tocado por aí. Eu os convidei pra se juntar com a gente nessa turnê e eles toparam. Foi tudo idéia minha mesmo, acidentalmente.

Eu acho o vocal do Marcelo muito específico, ele tem esse estilo desafinado à la Tim Kinsella que eu acho que é uma característica que seria identificada em qualquer banda em que ele cantasse; Cap’n Jazz é uma das nossas influências, Fugazi também. A gente ouve muita coisa, muitos estilos diferentes de música, nós somos muito ecléticos e acho que isso acaba de alguma forma estimulando a gente a compôr de forma mais orgânica.

-C+R:Eu acompanhei no grupo “Real Emo (SDDS ORKUT)” do Facebook quando você começou a se movimentar pra organizar a tour, que é tanto de você como do Dowsing -C+R:Quais outras bandas que vocês tocam a primeira no Brasil, sendo uma grande resou tocaram antes aqui no Brasil, ou por ai? ponsabilidade. Quem mais tá apoiando voO Marcelo é guitarrista e vocalista na Doppelgan- cês a organizarem tudo e quais as maiores gers! e tocou baixo na EATNMPTD, ambas da ca- dificuldades que vocês enfrentaram? pital de São Paulo. Eu fui vocalista da Give Me A Break! de Mogi das Cruzes e toquei na High Low Nurse, de Suzano. Eu tenho tocado baixo na Co-

Essa está sendo uma turnê totalmente DIY, eu tou organizando com a ajuda de alguns promoters que sem prontificaram lá pelo grupo quando pedi ajuda

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ENTREVISTA

pra fazer isso acontecer. Não tem ninguém patrocinando isso, toda a grana tá saindo do meu bolso e sem visão de lucro com a tour, essa é sem dúvida a maior dificuldade até agora. Somos nós das bandas quem estamos organizando e resolvendo tudo mas tá sendo super massa perceber que ainda tem uma galera com paixão por fazer a cena underground permanecer ativa, a gente tá super ansiosos pra sentir essa relação de perto em cada show.

-C+R:Que bandas, tanto brasileiras como aí de Londres tu pode indicar pro pessoal? A gente tem um circuito de bandas amigas em Londres muito legal. Entre elas a gente destaca: Colour Me Wednesday, Charmpit e Fresh que são três bandas que a gente curte muito. No Brasil a gente também conhece muita banda boa como Charlotte Matou Um Cara, Maquiladora e Ema Stoned!

-C+R:Você percebe alguma diferença da cena brasileira pra daí? Como são os shows? Tem mais espaço e receptividade do público?

Pra mim são sim bastante diferente essas cenas musicais a quais estamos relacionados aqui em Londres, em comparação ao Brasil. Aqui em Londres a galera tem formação musical nas escolas, a disseminação da arte aqui é muito mais valorizada e tem muito mais incentivo. De forma que as pessoas investem mais em estrutura e acaba sendo

muito mais fácil organizar shows independentes por aqui. Tem suas semelhanças, de certa forma, mas minha impressão é que aqui em Londres as coisas acontecem com muito mais facilidade e suporte do que no Brasil. Acaba sendo, pelo menos pra mim, mais prazeroso. Mas é uma comparação complicada, são culturas muito diferentes.

-C+R:Várias bandas tem se posicionado contra “rodinha” e mosh em show, mais recentemente o joyce manor, até a E a terra nunca me pareceu tão distante, e alguma a mais tempo como o At the Drive-in e o Bikini Kill, que nos shows pedia pras meninas irem pra frente... Londres é um dos berços do punk rock, que no mainstream é mais (mal) visto como violento e rebelde, o que pode ser um dos motivos pra afastar o potencial publico, mas pra quem realmente organiza shows e toca no underground tem sido cada vez mais importante (tentar) criar espaços seguros e acolhedores. O que tu tem a dizer sobre isso?

A cena underground em Londres tem crescido significativamente em relação a criação de espaços seguros e inclusivos. Mas também tem suas problemáticas, acho que em todos os lugares. Ainda tem muita evolução pela frente mas, de certa forma, a gente tá contente com a maneira como nossa cena local tem sido construtiva. As mulheres tem ganhado mais voz dentro da cena underground e essa é uma das nossas lutas também. Nosso posicionamento em relação à comportamento em shows é clara: pra se divertir, você não precisa agredir e/ou invadir o espaço de niguém. A desculpa do “é cultural” não cola com a gente.

-C+R:Vocês tem planos de gravar material novo?

No começo do ano que vem a gente pretende gravar mais um EP com as outras músicas que já temos e provavelmente compôr algumas outras pra um álbum mais pro fim do ano. Escute e baixe o EP “TRUCO” em: cabramacabra.bandcamp.com

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ENTREVISTA

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RIP

YONLU

Filme sobre o jovem músico porto-alegrense Vinícius Gageiro Marques estreia essa semana no Festival do Rio, abrindo espaço para se refletir sobre a depressão, a internet e o suicidio.

Ú

ltima quinta-feira, dia 05 de Outubro o Festival do Rio fez a primeira exibição do filme Yonlu, de Hique Montanari, produzido pela Container Filmes e Prana Filmes terá seu lançamento ofical no início de 2018, pela Lança Filmes no elenco estão Thalles Cabral, Nelson Diniz, Liana Venturella e Leonardo Machado, entre outros.

Yonlu teve dois CDs póstumos lançados, sendo um internacionalmente pelo Selo Luaka Bop, de David Byrne, ex-Talking Heads As sessões de exibição do filme foram em 9 de outubro (segunda-feira), às 21h40m, no Estação Net Ipanema; 10 de outubro (terça-feira), às 14h, no Kinoplex São Luiz e amanhã, 12 de outubro (quinta-feira) ocorre sua última exibição no Festival, às 13h40m, no Estação Net Rio. O Festival ocorre no Rio de Janeiro, na Reserva Cultural Niterói, Av. Visconde do Rio Branco, Bairro São Domingos, Tel.: (21) 3604–1545.

“ Yonlu, nome artistico utilizado por Vinícius Gagiero Marques, foi um menino prodigio, fluente em cinco idiomas, interessado em música, literatura, ilustração e fotografia, que através da internet difundiu seu trabalho através de fóruns. Nascido em 01 de Setembro de 1989, em Porto Alegre, na adolescencia sofria de uma profunda depressão, evidente em suas músicas, vindo a tirar sua vida aos dezesseis anos de idade em julho de 2006, com o uso também de um fórum composto por pessoas suícidas de todo mundo. Vínicius começou a tocar bateria com quatro anos de idade, aprendendo mais tarde também violão e piano; deixou aproximadamente sessenta músicas que podem ser definidas como lo-fi, folk e experimental, gravadas totalmente sozinho em seu quarto de maneira amadora, mas que expressam um incrível talento.

Yonlu” é um filme baseado na história real de um garoto de 16 anos que, com a ajuda da internet, conquistou o mundo com seu talento para a música e para a arte. Fluente em cinco idiomas, Yonlu tinha uma rede de amigos virtuais em todos os continentes. Ninguém desconfiava, contudo, que também participava de um fórum de potenciais suicidas. O filme usa as linguagens da animação, do musical e do videoclipe para representar a trajetória de um menino extremamente criativo nos caminhos da internet, que pareciam brilhantes e acolhedores, mas que no final, também, acabaram se revelando esquinas sombrias e perigosas.

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14/10 - Chegueden #6 - Cuscobayo no Zero54 Rua Augusto Pestana, 154, Caxias do Sul., Abertura 18:30, shows 22:00, ingressos a partir de R$ 20,00 nos pontos de venda Hip Muito além do Skate, Paralela. Chalé Pub e Bar Jaconero ou online no Sympla.

21/10 - PENSE em Porto Alegre

no Bar Preto Zé CB, Rua João Alfredo, 486, Cidade Baixa 18:00, abertura com Inimigo Eu e Tripwire, ingressos a partir de R$20,00 em maisshows.com ou Estúdio Musitek, Bruno Mattos Barbeiro, Get Back Rock Wear, Estúdio AudioCore, Cranio Tattoo e Origen Tattoo Studio.

28/10 - Grandfúria Apresenta:

Baby Budas (POA) + Sound Bullet (RJ)

no Attilio’s 86, Rua Vinte de Setembro, 1522, Caxias do Sul Ingressos a partir de R$ 15,00 no Sympla

FESTIVAL ENXAME 04/11 - 12:00 no Cheiro de Mato Eco Camping BR 116, Km 132 - Parada Cristal, Caxias do Sul

Shows com Jaloo, Catavento, Cuscobayo, SU PERVÃO, Salve Jurema, Mari Martinez & The Soulmates, Cora, Supervibe, Não Alimente os Animais, Natural Dread, Musa Híbrida, Des cartes e Nevoar. CARNAVAL FORA DE ÉPOCA com Bloco da Ovelha e Maracatu Baque dos Bugres. DJs sets com Brazil in Sound e The Miguelitos Live set com Seneris. Ingressos a partir de R$ 55,00 em Paralela, Hip Muito além do Skate e Loja Dullius ou online em maisshows.com ou ticketmais.com.br

05/11 - TIGERS JAW EM PORTO ALEGRE

no Bar Preto Zé CB, Rua João Alfredo, 486, Cidade Baixa 20:00, abertura com Medialunas Ingressos a partir de R$ 90,00 em Loja Beatnik, Santa Madre tattoo ou online em maisshows.com

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