Olhar Editorial Urbano

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Gustavo Fernandes

OLHAR

EDITORIAL

2011


Design e texto de Gustavo Fernandes Fotografia original de Gustavo Fernandes Capa: Gustavo Fernandes Supervisão editoral: Gustavo Fernandes Fotógrafos colaboradores: Isabela França (páginas 22e57) e Ricardo Lobato (página 54) Reservados todos os direitos de publicação à Gustavo Fernandes. Editora: Centro Design Editora ISBN 987-2-484746-73-0 É permitida a duplicação ou reprodução deste volume sob quaisquer formas ou meios.

FERNANDES, Gustavo

Olhar editorial urbano, Gustavo Fernandes, Prática Projetual III, 2011, Centro Design Editora

Belo Horizonte.


O meio urbano se configura com uma diversidade de formas, tipografias, expressões e cores. “Olhar editorial urbando” apresenta fotografias de elementos presentes na cidade que são de fundamental importância tanto em caráter funcional quanto estético. As fotografias foram relacionadas com terias do design editorial. Utilizando as definições dos conceitos e ferramentas usadas no editorial foram feitas analogias formais com diversos elementos presentes no meio urbano. O livro não tem a intenção de mostrar as imagens para exemplificar os conceitos editoriais, ele mostra um olhar voltado para o meio urbando baseado nas definições do design editorial.


O CONTEÚDO EDITORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .6 8

Conceito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Formas de Conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Tipografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Cor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20

Diferentes formas de conteúdo: Diferencial no Jornal . . . . . . 24

Outras formas de conteúdo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

LEITURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

Entrelinhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Alinhamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Hierarquia da informação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42

Sumário

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Sumário

CONSTRUÇÃO DO EDITORIAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

Grid . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Grid modular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

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Grid de colunas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52

Palavra e figura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

RESENHA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58


O CONTEÚDO EDITORIAL


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Todo projeto editorial começa em uma idéia, ou um assundo que possui uma certa função. O que muda é a forma como ela é apresentada, destilando seu conteúdo bruto em partes reconhecíveis e envolvendo seu público alvo começando pelo conceito e logo em seguida entra cor tipografia imagens ou ilustações específicas. As fotografias presentes neste capítulo apresentam analogias entre o planejamento do conteúdo editorial com elementos presentes no meio urbano.


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CONCEITO

Pode-se atribur qualquer forma visual a uma idéia, cabe ao designer determinar qual será a melhor forma. Examinando o conteúdo é possível já começar a pensar em sua aparência e sensações, em relação às suas mensagens


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AS FORMAS DE CONTEÚDO

O conteúdo de um projeto editorial não se limita apenas à texto. Imagens, ilustrações, cor e grafismos aparecem de diversas maneiras, que fazem parte do conteúdo. O que também ocorre no conteúdo presente no meio urbano, podemos encontrar uma diversidade de formas, grafittes, pictogramas, grafismos e é claro tipografias. Tudo, de uma certa forma, interagindo com a população.


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TIPOGRAFIA

A tipografia é um dos elementos de maior foco em um projeto editorial, pode ser usada em nível essencialmente funcional mas também pode aparecer como um suporte ao conceito, influênciando profundamente o caráter de uma publicação. As diversas tipografias existentes no editorial podem gerar diversas sensações e cabe ao designer escolher a que melhor se relaciona ao conceito trabalhado. No ambiente urbando acontece algo semelhante, vemos inúmeras tipografias ao logo da cidade que subjetivamente ou não despertam diferentes tipos de sensações.


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COR

A cor é um poderoso estímulo visual, está intimamente ligada ao mundo natural, o que faz dela uma essencial ferramenta de comunicação. As cores podem agir subjetivamente no cérebro gerando diferentes estímulos e sensações. No meio urbando a cor não se apresenta diferente, certas cores são aplicadas a determinados elementos e cumprem com eficiência a sua função.


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DIFERENTES FORMAS DE PUBLICAÇÃO DO CONTEÚDO

O diferencial no Jornal.


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As características que diferenciam o jornal são: o uso de “papel de imprensa” - mais barato e de menor qualidade que os utilizados por outros materiais impressos; a linguagem própria - dentro daquilo que se entende por linguagem jornalística; e é um meio de comunicação de massas - um bem cultural que é consumido pelas massas. Pode - se então fazer uma analogia do jornal com o meio urbano, que, de certo modo, é um bem cultural consumido pelas pessoas.


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OUTRAS FORMAS DE PUBLICAÇÕES

O editorial se apresenta em diversas outras formas de publicações, temos incontáveis revistas, livros, catálogos, manuais, que podem ser encontrados em qualquer banca de jornal e revistas dentro do espaço urbano


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LEITURA


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Cabe ao designer deixar o texto confortável para uma leitura ininterrupta, por isso é dada uma atenção especial a tipografia, espacejamento, alinhamento, tamanho e outros detalhes tipográficos. Já, no meio urbano esse conforto é convertido em um planejamento para gerar uma leitura rápida, clara e objetiva. As fotografias tiradas da cidade a partir de conceitos editoriais utilizados para trabalhar uma boa leitura no projeto editorial.


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E|N|T|R|E|LINHAS

Assim como nos trilhos do transporte ferrovíario, o espacejamento uniforme ao entre eles é fundamental para o deslocamento seguro do metrô. No planejamento editorial deve sempre levar em consideração o espacejamento das letras e palavras, para criar tons de cinza uniformes, minizando distrações e desconforto na leitura. Em relação ao parágrafo, o espacejamento correto gera uma melhor legibilidade e consequentemente mais conforto na leitura. O mal planejamento destes espacejamentos pode gerar ruídos e um certa confusão visual na publicação, que pode ser comparada às linhas geradas pelos fios dos postes da cidade.


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ALINHAMENTO

O alinhamento refere-se à posição da tipografia em um bloco de texto, imagens ou outros elementos gráficos na pagina tanto nos planos horizontais como nos verticais. OS alinhamentos podem aparecer à direita, esquerda, no topo, no centro, na base, justificados ou não. No contexto urbano podemos ver os diferentes tipos de alinhamentos em placas de sinalização, onde o alinhamento pode servir de suporte para a função da placa, que pode ser observado na fotografia das placas com texto alinhado à direita onde a função da placa é orientar os veículos a entrarem à direita.


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HIERARQUIA DA INFORMAÇÃO

A hierarquia é a variedade de estilos gráficos que diferenciam o texto em diferentes graus de importância. No nosso meio urbano as placas de sinaliação de perigo são um exemplo claro de hierarquia, onde a messagem de perigo tem como suporte cor e grafismos para chamar mais atenção.


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CONSTRUÇÃO DO EDITORIAL Para construir um projeto editorial é necessário primeiramente planejamento, que está entrelaçado com os aspectos conceituais do conteúdo, saber estruturar e organizar elementos como tipografia, grid, cor, fotos, ilustrações e texto em um espaço determinado pelo formato. Assim como a construção de um edifício o editorial é uma união de vários elementos , pode ser estruturado de diversas maneiras gerando diferentes tipos de projetos que se assemelha a projetos arquitetônicos, que geram difrentes tipos de edificações no meio urbano.


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GRID

Todo projeto editorial envolve soluções de problemas de organização visual no espaço. O sistema de grid surgiu para facilitar esta organização. Ele pode gerar uma organização sistemática para o layout do projeto, facilitar a navegação ajudando a solucionar problemas mais complexos na organização do espaço.


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GRID MODULAR

Os módulos são unidades individuais de espaço separados por intervalos regulares que, quando repetidas ao logo do formato da página criam colunas e linhas. Cada módulo pode ter um papel específico na exibição das informações. O grid deste livro é um exemplo de grid modular baseado no grid gerado pelo portão da fotografia ao lado.


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GRID DE COLUNAS

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Uma coluna é uma área, ou campo, que o texto fui para que ele seja apresentado de modo organizado. A largura da coluna pode ter um efeito significativo na apresentação do texto. Embora colunas possam auxiliar na organização, elas também podem resultar em um design estático se houver pouca variação no texto ou apresentação nos blocos de texto. Na cidade vemos colunas em edifícios que servem de pilares na sua estrutura ou em acabamentos nas portas da casas, essencialmente para um caráter estético. Grid com duas ou três colunas são os mais recorrentes em projetos editoriais. Assim como no editorial as colunas presentes no meio urbano têm de ser bem planejadas para não comprometer toda edificação.


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PÚBLICO ALVO

Definir um público alvo é estabelecer subconjuntos de pessoas a partir de conjuntos maiores. Conjuntos comuns - subconjuntos compostos e pessoas que fazem parte de conjuntos - oferecem a oportunidade de expandir a menssagem para além do segmento demográfico básico, aumentando o público em potencial.


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RESENHA

Livros não são definidos apenas pelo conteúdo escrito pelo autor, mas seu design também o define. O seu formato ou sua tipografia podem gerar vários estímulos ao leitor. Existem dois caminhos no qual o designer pode escolher, os que optam por julgar que o design do livro não deveria refletir uma época ou um local específico e há aqueles que acham que deveria refletir o estilo contemporâneo, onde essas duas escolhas tem seus prós e seus problemas, por exemplo, ao se usar um tipografia inesperada, que não fosse apropriada para a época poderia tornar o leitor mais consciente da aparência das letras do que aquilo que elas estão dizendo, mas usar tipografias que não estão relacioanadas a época pode dar ao leitor a oportunidade de verem as palavras em um contexto inesperado, podendo força-lo a pensar sobre o conteúdo do livro. Entre as muitas maneiras de fazer o desgin de um livro, existem três abordagens principais: usar um tipografia tão neutra quanto possível, que não sugira época nem lugar; usar uma tipografia alusiva, que dê propositadamente o visual de um tempo passado ou uma tipografia nova, que apresente texto de uma forma única. Em muitos casos a


alusão tipográfica pode ficar invisível ao leitor e cabe ao desginer escolher se vai usar de forma mais sutil ou não, nos casos de tipografias, pode parecer ser fácil escolher, mas é importante levar em consideração que cada tipografia foi criada em época diferente e carrega junto com ela os gestos e os traços de quem a criou. Cada livro possui uma série de compromissos com seu design, tem de levar em conta os piores extremos, desde o título de um capítulo com duas palavras ou títulos com dez ou mais palavras, páginas com texto corrido ou páginas que contem apenas citações ou vários subtítulos. Não é comum comprar um livro somente porque ele é bonito, geralmente se compra um livro para ler o seu conteúdo, contudo um bom design pode trazer sensações e estímulos (mesmo que subjectivos )ao leitor e com isso deixar o livro mais atraente. Mas pode-se concluir que a base para um design de livros é saber compreender as tradições de uma boa tipografia.


Gustavo Fernandes

OLHAR

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