DADOS TÉCNICOS
ÍNDICE
APRESENTAÇÃO
04
ATIVIDADE 1
05
ATIVIDADE 2
06
ATIVIDADE 3
07
ATIVIDADE 4
08
ATIVIDADE 5
11
ATIVIDADE 6
15
ATIVIDADE 7
17
ATIVIDADE 8
18
ATIVIDADE 9
20
ATIVIDADE 10
25
PRÓXIMOS PASSOS
27
4
APRESENTAÇÃO O tema mudanças climá cas tem ocupado um espaço cada vez maior nas grandes discussões mundiais, mas poucas são as informações sobre os impactos em escala local e sobre medidas de adaptação a serem adotadas para minimizar as perdas associadas a estas mudanças.
Buscando conhecer os impactos em escala local, o Projeto A tude Água e Clima contribui para o efe vo envolvimento e par cipação das comunidades na gestão da Bacia Hidrográfica, através da iden ficação das vulnerabilidades do território em escala local e na construção par cipa va do Plano de Adaptação às mudanças climá cas.
AS PRINCIPAIS INOVAÇÕES DO PROJETO SÃO: Abordagem educa va e em linguagem popular, sobre os impactos concretos da mudança do clima no dia a dia das comunidades e seus territórios de residência e trabalho; Iden ficação par cipa va de caracterís ca do território que apontam o nível de vulnerabilidade da microbacia; Mapeamento das vulnerabilidades da microbacia realizado pelos moradores do território; Realização de oficinas para legi mar o mapeamento realizado em campo; U lização de técnicas de geoprocessamento para apontar as áreas prioritárias à intervenções na microbacia; Realização de oficina de planejamento par cipa vo para definir as ações de adaptação necessárias para garan r o equilíbrio ambiental da microbacia frente aos extremos climá cos, de acordo com as vulnerabilidades iden ficadas.
O Projeto A tude Água e Clima é uma inicia va do Consórcio Intermunicipal Lagos São João e do WWF‐Brasil, executado como piloto na microbacia do Rio Lontra, no município de Casimiro de Abreu, estado do Rio de Janeiro, com apoio do Ins tuto HSBC Solidariedade.
O Caderno Metodológico é resultado de mais de um ano de experimentação e vivência junto à comunidade da microbacia, concebido com o obje vo de oferecer um guia para a realização das a vidades que compõe o Projeto A tude Água e Clima, auxiliando o trabalho com as comunidades, contribuindo para a definição e implementação de medidas de adaptação às mudanças climá cas.
ATIVIDADE 1
RECONHECENDO O TERRITÓRIO E OS LIMITES DA MICROBACIA
Objetivo Conhecer o território e os limites da microbacia, visando delimitar a área de atuação do projeto e as principais caracterís cas da microbacia.
5
Materiais GPS Máquina fotográfica Bloco de anotações Imagem de satélite da microbacia
Metodologia Utilizada O primeiro passo do projeto consiste no reconhecimento pela equipe técnica do
território a ser trabalhado, ou seja, a microbacia. Esta etapa é realizada em dois momentos.
No primeiro momento, com o auxílio de uma imagem de satélite são observados os limites
da microbacia e iden ficadas as principais caracterís cas do território (relevo, vegetação,
hidrografia, residências). Também são definidos pontos de interesse a serem levantados em campo, e
iden ficadas algumas vulnerabilidades, que são a base para o planejamento da próxima
etapa. O passo seguinte é o trabalho de campo. Nesta etapa é importante a par cipação de
membros da comunidade que conheçam o território da microbacia e ajudem a iden ficar
os pontos observados na imagem, que podem ser marcados com o auxílio do GPS. As informações coletadas no campo são sistema zadas em um documento
contento relatos, dados e fotografias. As informações ob das com o GPS são u lizadas
para refinar os limites da microbacia e acrescentar informações ao mapa.
6
ATIVIDADE 2
MOBILIZANDO PARCEIROS PARA O PROJETO
Objetivo Iden ficar os possíveis parceiros e apresentar o Projeto A tude Água e Clima.
Materiais Computador Data show Lanche (coffee break)
Metodologia Utilizada É fundamental para o Projeto levantar e conhecer as ins tuições e trabalhos que
são desenvolvidos no território da microbacia, para que as a vidades previstas se integrem
aos esforços que já estão sendo realizados, evitando sobreposição ou retrabalho. As
ins tuições podem ser secretarias municipais, associações de moradores e de produtores
rurais, empresas de abastecimento de água e tratamento de esgoto, órgãos ambientais,
coopera vas de assessoria técnica, entre outras. Elaborada a lista dos parceiros com os respec vos contatos, é feito um contato
inicial por telefone e quando possível contato pessoal, para conversar sobre o projeto.
Depois desta etapa, agenda‐se uma reunião convidando‐os. São feitos convites individuais
através de e‐mail e contato telefônico. Nas reuniões é apresentado o escopo do projeto, buscando sensibilizar os parceiros a par ciparem a vamente das a vidades, ouvir suas impressões, sugestões e relatos dos trabalhos que desenvolvem na microbacia, que podem ser potencializados e potencializadores na realização do projeto.
Dicas É importante enviar os convites em papel mbrado ou oficial da ins tuição, iden ficando nominalmente todos os contatos. Os convites para as reuniões são enviados com no mínimo uma semana de antecedência, para garan r a par cipação. Nunca é demais entrar em contato por telefone para lembrar a agenda da reunião e confirmar a presença de todos.
ATIVIDADE 3
APRESENTANDO O PROJETO ATITUDE ÁGUA E CLIMA PARA A COMUNIDADE DA MICROBACIA
Objetivo Apresentar os obje vos, a vidades e etapas do Projeto A tude Água e Clima para a comunidade da microbacia.
7
Materiais Computador Data show Lanche (coffee break)
Metodologia Utilizada O segundo passo do Projeto A tude Água e Clima é a realização de reuniões de
apresentação do projeto na comunidade, para sensibilizar e iden ficar os atores que serão
envolvidos diretamente no projeto. É realizada no mínimo uma reunião, mobilizando o
máximo de membros da comunidade ou das comunidades da microbacia. Nas reuniões, após a apresentação do escopo do projeto, é importante ouvir as
impressões e sugestões dos par cipantes, validando os obje vos, a vidades e produtos
previstos.
Dicas Caso a microbacia apresente mais de uma localidade pode‐se realizar quantas
reuniões forem necessárias para alcançar todas as localidades. É importante que os convites para as reuniões sejam entregues com no mínimo
uma semana de antecedência, e de preferência de casa em casa, para garan r a par cipação da comunidade.
OFICINA DE CAPACITAÇÃO PERCEBENDO AS MUDANÇAS DO CLIMA NA BACIA HIDROGRÁFICA
ATIVIDADE 4
8
Objetivo Capacitar os moradores da microbacia e técnicos das ins tuições parceiras envolvidos no Projeto para o entendimento dos conceitos hidrológicos e percepção das vulnerabilidades do território aos estresses climá cos e não climá cos.
Materiais E queta adesiva Marcadores adesivos (de preferência de duas cores) Imagem de satélite da microbacia impresso (em lona ou papel) Duas bacias de 20 l Uma garrafa pet com água Caixa de erosão Maquete da bacia hidrográfica Cartaz com calendário anual e pilots hidrocor Lanche (coffee break)
Metodologia Utilizada Nesta oficina são apresentados e discu dos os conceitos referentes à dinâmica e
gestão das águas e do território, explicando o que é uma bacia hidrográfica, o Comitê de
Bacia e o seu papel e apresentando as caracterís cas da microbacia alvo do projeto e o seu
limite. O tema das mudanças climá cas também é apresentado, buscando ques onar os
par cipantes quanto à percepção sobre as alterações já em curso. A metodologia desta oficina baseou‐se no 'Guia Metodológico para a oficina Testemunhas do Clima', desenvolvida pelo WWF‐Brasil.
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA DESCRIÇÃO
DURAÇÃO ESTIMADA
Momento 1 ‐ Apresentação dos par cipantes
15'
Momento 2 ‐ Onde eu moro?
15'
Momento 3 ‐ Todo mundo no mundo mora em uma bacia hidrográfica
30'
Momento 4 – Quem cuida da bacia?
45'
Momento 5 ‐ O que está acontecendo com o clima?
1h
Momento 6 ‐ Calendário de eventos da comunidade
30'
Momento 7 ‐ Encaminhamentos
15'
Tempo máximo es mado para a realização desta oficina: 3h30'
OFICINA DE CAPACITAÇÃO PERCEBENDO AS MUDANÇAS DO CLIMA NA BACIA HIDROGRÁFICA
9
Passo a Passo 1) Apresentação dos participantes Este é o primeiro momento da oficina. Os par cipantes da oficina são es mulados a dizerem seu nome, profissão e tempo de residência na microbacia. As informações são anotadas em e quetas adesivas e coladas nas camisetas dos respec vos par cipantes, para facilitar a iden ficação durante a oficina. 2) Onde eu moro? Na segunda a vidade da oficina, os par cipantes são es mulados a iden ficar com marcador adesivo o local de sua residência ou propriedade rural na imagem de satélite da microbacia. Essa a vidade é o primeiro contato dos moradores da microbacia com a imagem de satélite, e serve para es mulá‐los a explorar o território em que residem. 3) Todo mundo no mundo mora em uma bacia hidrográfica! Meu endereço ecológico Essa a vidade apresenta os conceitos de bacia hidrográfica, microbacia e divisores de água, através da u lização de duas bacias de 20 L e uma garrafa pet com água com furos na tampa. Essa metodologia mostra o efeito das chuvas nos divisores de água, e o comportamento da água no relevo da bacia. Nesse momento, é provocado nos par cipantes o entendimento de que a bacia hidrográfica é seu endereço ecológico, onde as consequências das ações do homem e da natureza são comuns a todos. Caixa de Erosão A caixa de erosão representa a calha de um rio e suas duas margens, uma sem vegetação ciliar e com construções e outra com vegetação ciliar, es mulando os par cipantes a observar as consequências do desmatamento e ocupação das beiras dos rios, possibilitando uma análise dos problemas ambientais que podem ser gerados pela ausência de mata ciliar. Preparando a “caixa de erosão” Uma caixa retangular (forrada com um plás co grosso), uma canaleta, que é feita com um pote de sorvete cortado e sem tampa, terra preta e sementes de alpiste (ou um pequeno tapete de grama). A terra é colocada dentro da caixa e a canaleta no meio, simulando um rio. Modela‐se a terra preta fazendo uma inclinação das duas laterais da borda da caixa em direção a canaleta e planta‐se o alpiste (ou coloca‐se o pequeno tapete de grama) em um dos lados. Caso seja plantado o alpiste, este deve ser regado por dez dias (o tempo que leva para o alpiste germinar), expondo‐o ao sol.
10
OFICINA DE CAPACITAÇÃO PERCEBENDO AS MUDANÇAS DO CLIMA NA BACIA HIDROGRÁFICA
4) Quem cuida da bacia? Nesse momento é explicado o que é Comitê de Bacias Hidrográficas, colegiado responsável pela gestão de bacias hidrográficas – criação, atribuições, ins tuições par cipantes, a vidades realizadas na bacia. Para explicar a área de atuação do Comitê é u lizada uma imagem de satélite ou maquete da bacia alvo do projeto. 5) O que está acontecendo com o clima? Dinâmica de grupo com os par cipantes com o obje vo de responder: “O clima da microbacia mudou? Se posi vo, o que mudou?”. Dividir os par cipantes em grupos e ao final da discussão, eleger um relator que apresenta as impressões do grupo em plenária. Caso não haja número suficiente de par cipantes a discussão pode ser feita em conjunto. 6) Calendário dos eventos – clima influenciando nas atividades da comunidade Iden ficar eventos econômicos e ambientais da comunidade, como os períodos de seca, de chuvas, defeso e plantações, através do registro da fala dos presentes em um cartaz. 7) Encaminhamentos Ao final da oficina é importante ouvir as impressões e sugestões dos par cipantes e apresentar a programação da próxima etapa.
ATIVIDADE 5
OFICINA DE CAPACITAÇÃO IDENTIFICANDO VULNERABILIDADES E CAPACITANDO A COMUNIDADE EM FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO
11
Objetivo Capacitar os moradores e técnicos das ins tuições envolvidos no Projeto para iden ficar e registrar as vulnerabilidades da microbacia com o auxílio do GPS.
Materiais Imagem de satélite da microbacia impressa (em lona ou papel) Imagens de satélite da microbacia impressa em papel (por trecho a ser mapeado) Canetas Lápis e borracha Prancheta GPS Flip chart Pilot hidrocor Folhas de papel A4 Lanche (coffee break)
Metodologia Utilizada U lizando uma imagem de satélite da microbacia, os moradores visualizaram o
território e foram es mulados a iden ficar as vulnerabilidades da microbacia. A presente
proposta metodológica foi construída baseando‐se em metodologias que envolvem o
trabalho de mapeamento com comunidades, sendo elas: Caderno de Sugestões do Projeto Comunidade em Ação nas Microbacias –
Conhecendo e Mapeando Nosso Endereço Ecológico, concebido pelo Grupo de Trabalho do Projeto Integrado da Rede de Educação Ambiental da Bacia do Rio São João e Rio das Ostras – REAJO; Guia Metodológico para Oficinas Testemunhas do Clima do WWF‐Brasil e do Ins tuto de Pesquisa Ambiental da Amazônia – IPAM; Car lha Mapa como Ferramenta para Gerenciar os Recursos Naturais – Um guia passo a passo para populações tradicionais fazerem mapas usando imagem de satélite; Car lha e Aprenda a se localizar, produzir mapas e calcular áreas usando dados do GPS – Tecnologia simplificada para ajudar na u lização dos recursos naturais em comunidades extra vistas e rurais na Amazônia, do Setor de Estudo do Uso da Terra e Mudanças Globais – SETEM da Universidade Federal do Acre.
OFICINA DE CAPACITAÇÃO IDENTIFICANDO VULNERABILIDADES E CAPACITANDO A COMUNIDADE EM FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO
12 PROGRAMAÇÃO DA OFICINA
DESCRIÇÃO
DURAÇÃO ESTIMADA
Momento 1 ‐ Abertura
20'
Momento 2 ‐ Conhecer para cuidar
10'
Momento 3 ‐ Iden ficando as vulnerabilidades (o que vamos mapear?)
20'
Momento 4 ‐ Entendo as ferramentas de mapeamento
30'
Momento 5 ‐ Manuseio do GPS
40'
Momento 6 ‐ Preparando para a saída de campo
20'
Tempo máximo es mado para a realização desta oficina: 2h20'
Passo a Passo 1) Início da conversa Sempre ao iniciar a oficina é importante lembrar aos par cipantes os obje vos do Projeto e as a vidades realizadas até o momento. Após este primeiro momento os par cipantes são convidados a se apresentar, e em seguida, a equipe do projeto apresenta o resumo dos trabalhos a serem realizados no dia. 2) Conhecer para cuidar Para que a comunidade possa entender o conceito de vulnerabilidade é feita uma analogia entre os cuidados de uma pessoa doente com a microbacia. Para se cuidar de um doente é preciso conhecer a doença, seus sintomas. E da mesma forma para cuidar da microbacia é preciso conhecê‐la e iden ficar suas vulnerabilidades. Portanto, cada par cipante é es mulado a conhecer e entender o território onde mora, através da observação da imagem de satélite da microbacia. 3) Identificando as vulnerabilidades – o que vamos mapear? Os par cipantes são incen vados a pensar o que será mapeado no trabalho de campo, de acordo com a indagação: “O que são as vulnerabilidades?” “Quais são os sintomas/sinais importantes?”. A par r da percepção dos par cipantes é elaborada a lista das vulnerabilidades da microbacia, buscando responder a pergunta “Quais são as vulnerabilidades do meu território?”. Com a lista elaborada pela comunidade, a equipe do projeto es mula a inclusão de outras vulnerabilidades, de acordo com análise realizada no reconhecimento da microbacia. Abaixo seguem alguns exemplos de vulnerabilidades que podem ser mapeadas: Beira do rio sem mata
Captação de água
Extração de barro e areia
Curral (despejo de efluentes)
Assoreamento
Canalização de rio
Despejo de esgoto
Barramentos
Cruzamento de dutos e tubulações que atravessam cursos d'água
Poluição (lixo)
Pontes (principalmente as que impedem a passagem do rio)
Pontos de incêndio
Desbarrancamento, sulcos, grotas e voçorocas
Pontos de alagamento (onde alaga quanto chove ou a água acumula)
OFICINA DE CAPACITAÇÃO IDENTIFICANDO VULNERABILIDADES E CAPACITANDO A COMUNIDADE EM FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO
13
4) Entendo as ferramentas de mapeamento - Introduzindo conceitos O que é um mapa? O que é uma imagem de satélite? Para facilitar o entendimento da comunidade sobre estes conceitos é feita uma analogia entre a foto rada por um fotógrafo e uma foto rada de um avião. A foto rada do avião cobre uma área muito maior que a foto rada pelo fotógrafo – quanto mais próximo o fotógrafo es ver do objeto fotografado, menor será a área coberta pela fotografia e quanto mais longe o fotógrafo es ver maior será a área da fotografia. A imagem de satélite é uma foto rada por uma máquina (Sensor) que está a muitos quilômetros da super cie da Terra, e “ ra” uma foto que corresponde a uma área muito grande. O sensor fica acoplado em um satélite que gira 24 horas ao redor da Terra, rando “fotos”, que são as imagens de satélite. É importante que os par cipantes compreendam como as imagens de satélites podem gerar mapas. Para isso pode‐se u lizar a seguinte a vidade: a microbacia pode ser dividida em porções de território e cada porção em quadrantes, que são ampliados e impressos. Os par cipantes são divididos em grupos, de preferência com pessoas que tenham casas vizinhas. A par r desse ponto, u lizando o papel vegetal os grupos farão o exercício de mapear a área representada em seu quadrante. A equipe do projeto auxilia os par cipantes na construção das legendas dos mapas.
5) Manuseio do GPS – mapeando as vulnerabilidades Com os par cipantes sobre a imagem de satélite da microbacia, é ques onado como localizar um ponto qualquer no mapa, de maneira que qualquer pessoa do mundo saiba onde fica este ponto, usando a seguinte indagação: “Qual é o endereço do ponto?”. É dito que existe um aparelho que indica este endereço, e esse aparelho se chama GPS. Explica‐se que o endereço indicado pelo GPS é formato por dois conjuntos de números, as coordenadas. Neste momento, é explicado o que são as coordenadas. Para esta explicação u lizar uma laranja, que representa o Planeta Terra e os seus gomos, que representam as divisões do Planeta Terra em Fusos. O aparelho calcula uma medida que representa a “distância ver cal” do pólo Norte do Planeta Terra até o ponto, chamada longitude, e a “distância horizontal” da divisa entre os Fusos até o ponto, chamada la tude. Após a explicação do que é o GPS, são formados grupo com os par cipantes para que estes possam aprender a manusear o aparelho. Os par cipantes aprendem a configurar o sistema de coordenadas e de referência, a marcar pontos, visualizá‐lo no mapa no GPS e nomeá‐los.
14
OFICINA DE CAPACITAÇÃO IDENTIFICANDO VULNERABILIDADES E CAPACITANDO A COMUNIDADE EM FERRAMENTAS DE MAPEAMENTO
6) Preparando para a saída de campo A equipe do projeto apresenta o material a ser u lizado nas a vidades de coleta de dados em campo: planilha de registro dos pontos mapeados em campo, prancheta, lápis, GPS, máquina fotográfica, lanche, água, trena, e o kit de primeiros socorros. Neste momento a equipe do projeto informa aos par cipantes do trabalho de campo sobre a necessidade do uso de vestuário apropriado para estas a vidades (calça comprida, tênis/bota/perneira, boné, protetor solar e bolsa). No final da oficina são divididos os grupos de trabalho para a realização das visitas de campo e elaborado o calendário das a vidades. Para isso, a par r da imagem de satélite, a microbacia é dividida em regiões, chamadas quadrantes, e cada grupo é responsável pelo mapeamento de um quadrante. A divisão dos quadrantes vai depender do tamanho da microbacia a ser trabalhada, bem como, do número e da disponibilidade dos par cipantes e da facilidade de acesso aos locais a serem mapeados.
Dicas O número de GPS da ins tuição vai determinar o número de grupos. É importante que os aparelhos sejam do mesmo modelo. A equipe deve assegurar que todos os par cipantes da oficina tenham a oportunidade de manusear o GPS. O GPS é um aparelho com muitas funções. Os par cipantes devem ser capacitados apenas nas funções que vão ser u lizadas no trabalho de campo. Preparando o kit de primeiros socorros – os itens necessários são: Tesoura
Esparadrapo
Solução iodada
An alérgicos
Pinça
Micropore
Analgésicos
Termômetro
Algodão
An inflamatórios
Luvas cirúrgicas
Cura vo adesivo
An térmicos
Remédios para náusea e vômitos Bolsa de água quente/fria Repelente de insetos
Gazes
Soro fisiológico
(Band‐Aid)
No caso da par cipação de menores de idade deve ser solicitado um pedido de autorização a ser preenchido pelos responsáveis, a fim de viabilizar a par cipação nas a vidades de campo. É importante ressaltar que só par ciparão das a vidades os menores que apresentarem a autorização assinada pelo responsável. O ideal é que cada grupo formado durante a oficina fique responsável por um dos quadrantes. No entanto, pode ser necessário que um grupo mapeie mais de um quadrante.
ATIVIDADE 6
ATIVIDADES DE CAMPO MAPEANDO AS VULNERABILIDADES
15
Objetivo Mapear em conjunto com a comunidade e parceiros os pontos de vulnerabilidades da microbacia.
Materiais Mapas da microbacia por quadrantes Tabela com as categorias de vulnerabilidades Formulários para registro dos pontos GPS Máquina fotográfica Pranchetas Canetas Sacos para lixo Lanche (kit individual com biscoito, suco, sanduiche e uma fruta) Água Bolsa Kit de primeiros socorros
Metodologia Utilizada O mapeamento é realizado pelos grupos, cada dia em uma porção (quadrante) da microbacia e sempre com o acompanhamento de um técnico do projeto. A par r da lista de vulnerabilidades ob das com os moradores, as categorias são numeradas para orientar o preenchimento dos formulários. Grotas desprotegidas
NOME
14
1
Margem do rio sem mata
15
Assoreamento
2
Nascentes e nascentes que secam
16
Curral (despejo de efluentes)
3
Áreas úmidas (brejos)
17
Chiqueiros (despejo de efluentes)
4
Captação de água
18
Despejo de esgoto
5
Pontes e manilhas (principalmente as que impedem a passagem do rio)
19
Poluição (lixo)
6
Pontos de alagamento
20
Cruzamento de dutos e tubulações com cursos d'água
7
Barramentos
21
Pontos de incêndio
8
Canalização de rio
22
Pontos de risco de incêndio
9
Re ficação de curso d'água
23
Pontos da estrada que dão problema
10
Drenagem
24
Aplicação de agrotóxico (lavagem e descarte)
11
Desbarrancamento
25
Contaminação do rio
12
Voçorocas
26
Extração de barro e areia
13
Sulcos
27
Outros
CATEGORIA
16
ATIVIDADES DE CAMPO MAPEANDO AS VULNERABILIDADES Os membros dos grupos marcam os pontos das vulnerabilidades com o GPS, fazem o registro
fotográfico e preenchem a planilha de campo que contém as seguintes informações: Membros do grupo, Técnico, Nº do grupo, Data, Nº da foto, Categoria de vulnerabilidade e Observações. No final de cada dia, os pontos coletados com o GPS são descarregados em um computador u lizando o programa específico do GPS. Cada grupo realiza o número suficiente de visitas necessárias para percorrer a área do quadrante. As saídas de campo tem duração aproximada de três a cinco horas, com intervalo para o lanche.
Dicas Levar sacolas de lixo durante as a vidades de campo, pois assim os par cipantes e a equipe do projeto aproveitam para coletar o lixo encontrado no caminho. Durante a etapa do trabalho de campo é importante anotar os nomes dos par cipantes e o total de horas de trabalho, para que no final da a vidade seja elaborado um cer ficado de par cipação. Ao final desta etapa é também importante realizar uma reunião com todos que par ciparam das a vidades de campo para avaliação do trabalho, discussões sobre os problemas encontrados e entrega dos cer ficados de par cipação.
ATIVIDADE 7
PROCESSANDO OS DADOS COLETADOS NAS ATIVIDADES DE CAMPO
17
Objetivo Gerar os mapas dos pontos coletados nas a vidades de campo.
Materiais Computador Programa de elaboração de mapas (so ware de sistema de informações geográficas)
Metodologia Utilizada Esta etapa do projeto é realizada pela equipe técnica que deve contar com um profissional especializado em geoprocessamento. Os pontos coletados em campo são u lizados para gerar os mapas das vulnerabilidades da microbacia por categoria, onde se torna possível observar a distribuição espacial de cada categoria de vulnerabilidade. Após esta etapa é possível também analisar em conjunto todos os mapas das categorias de vulnerabilidades, e iden ficar as áreas mais desequilibradas da microbacia. Exemplos de mapas que podem ser gerados no projeto: Pontos de Vulnerabilidades Mapeados – mapa com todos os pontos mapeados
pelos grupos; Pontos Mapeados por Categorias – são elaborados mapas por categoria,
seguindo a tabela gerada na A vidade de campo; Pontos Mapeados por quadrante – neste mapa os pontos mapeados são
apresentados por quadrante, que depende da divisão da microbacia.
OFICINA DE VALIDAÇÃO LEGITIMANDO O MAPEAMENTO DAS VULNERABILIDADES DA MICROBACIA
ATIVIDADE 8
18
Objetivo Apresentar a comunidade da microbacia e aos representantes das ins tuições parceiras o mapeamento das vulnerabilidades realizado pelo projeto, visando à validação dos resultados.
Materiais Computador Data show Apresentação em Power Point Conjuntos de mapas (Mapa Pontos de Vulnerabilidades Mapeados, os Mapas Pontos Mapeados por Categorias e os Mapas Pontos Mapeados por quadrante)
Metodologia Utilizada
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA
Nesta oficina são apresentados os mapas com os pontos de vulnerabilidades da microbacia gerados a par r da a vidade de mapeamento. Estes mapas são analisados pelos par cipantes, que fazem suas colocações, validando ou não as informações e sugerindo alterações, quando for o caso.
DESCRIÇÃO
DURAÇÃO ESTIMADA
Momento 1 ‐ Abertura
25'
Momento 2 ‐ Apresentação da organização da a vidade de campo e mapeamento das vulnerabilidades
20'
Momento 3 ‐ Apresentação do Mapa Pontos de Vulnerabilidades Mapeados e entrega do conjunto de mapas
25'
Momento 4: Análise das vulnerabilidades mapeadas
1h
Momento 5: Encaminhamentos
25'
Tempo máximo es mado para a realização desta oficina: 3h20'
Passo a Passo 1) Abertura A oficina se inicia com a apresentação dos par cipantes, e uma breve apresentação do projeto A tude Água e Clima. Depois é feita a contextualização do projeto com os informes sobre o andamento das a vidades realizadas. E por fim, é explicada a metodologia de trabalho da oficina de validação.
OFICINA DE VALIDAÇÃO LEGITIMANDO O MAPEAMENTO DAS VULNERABILIDADES DA MICROBACIA
19
2) Apresentação da atividade de campo para o mapeamento das vulnerabilidades É apresentado aos par cipantes da oficina como foi realizado o mapeamento das vulnerabilidades, na seguinte sequência: 1‐ Divisão da microbacia em quadrantes; 2‐ Organização dos grupos de mapeamento; 3‐ Saída de campo e mapeamento das vulnerabilidades com o uso do GPS. 3) Apresentação dos Mapas das Vulnerabilidades Após a apresentação inicial, é explicado aos par cipantes como foi feita a análise dos dados do mapeamento em campo. Em seguida, como auxílio do data show é apresentado aos par cipantes o mapa com todas as categorias de vulnerabilidades mapeadas. Neste momento, os par cipantes são es mulados a analisar os mapas e contribuir com sugestões. É feita a entrega de um conjunto de mapas para os par cipantes. Este conjunto contém o Mapa Pontos de Vulnerabilidades Mapeados, os Mapas Pontos Mapeados por Categorias e os Mapas Pontos Mapeados por quadrante. Os par cipantes têm um tempo para observar os mapas e ques onar, caso tenham dúvidas ou sugestões. 4) Análise das vulnerabilidades mapeadas Na plenária, os par cipantes são es mulados pelos técnicos do projeto a analisar os mapas das vulnerabilidades mapeadas e apresentar sugestões de medidas de adaptação, levando em consideração cenários de eventos extremos (fortes chuvas e períodos de seca), no âmbito das mudanças climá cas. As categorias são trabalhadas seguindo o agrupamento abaixo: 1. Margem do rio sem mata; 2. Pontes e manilhas (principalmente as que impedem a passagem do rio), Pontos de alagamento, Re ficação de curso d'água e Drenagem; 3. Desbarrancamento, Voçorocas e Sulcos, Grotas desprotegidas e Assoreamento; 4. Pontos de queimada e de risco de queimada; 5. Curral, Chiqueiros, Despejo de esgoto e Poluição; 6. Cruzamento de dutos com cursos d'água; 7. Áreas úmidas, Nascentes e Captação de água; 8. Pontos da estrada que dão problema. Para esta a vidade os mapas são projetados u lizando o data show e as anotações são feitas em um outro computador.
ELABORANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA MICROBACIA
ATIVIDADE 9
20
Objetivo Sistema zar o conteúdo do Plano de Adaptação da Microbacia levantando as informações sobre a história, valores socioambientais da comunidade, vulnerabilidades iden ficadas e possíveis medidas de adaptação às mudanças climá cas a serem implementadas na microbacia.
Materiais Tarjetas de cores diferentes para anotar eventos da Linha do Tempo Fita adesiva Mural de papel pardo com tulo da a vidade (Linha do Tempo) fixado na parede Pincéis atômicos de quatro cores diferentes Canetas esferográficas Painel em papel pardo com tulo “O que queremos? Meu endereço ecológico ideal”. Quatro painéis, cada um contendo um grupo de vulnerabilidades mapeadas e espaço para inserção de ações e das ins tuições responsáveis pela ação. Suporte para os quatro painéis.
Metodologia Utilizada A metodologia desta oficina baseou‐se no “Guia Metodológico para a oficina Testemunhas do Clima”, desenvolvida pelo WWF‐Brasil e na metodologia chamada “Carrossel” u lizada no II Seminário de Educação Ambiental de Silva Jardim/RJ.
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA
ELABORANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA MICROBACIA
DESCRIÇÃO
21
DURAÇÃO ESTIMADA
Momento 1 ‐ Abertura (apresentação e metodologia de trabalho)
20'
Momento 2 ‐ Linha do tempo socioambiental da comunidade
1h
Momento 3 ‐ Visões socioambientais da comunidade
40'
Momento 4: Dinâmica do Carrossel Momento 5: Encaminhamentos
1h30' 30'
Tempo máximo es mado para a realização desta oficina: 3h20'
Passo a Passo 1) Abertura A oficina se inicia com a apresentação dos par cipantes, uma breve contextualização do projeto A tude Água e Clima e a explicação da metodologia a ser trabalhada.
2) Linha do tempo - resgatando a história da comunidade Iniciar o trabalho com o grupo todo, escrevendo os marcos históricos e datas das principais cheias e secas nas tarjetas que irão compor a linha do tempo, servindo como orientação da forma de trabalho em grupos. A equipe pergunta ao grupo o ano em que a comunidade foi criada e por quem. Anotar nas tarjetas. Seguir o mesmo procedimento com outros elementos: ‐ Quando foi formado o primeiro grupo para organização da comunidade? ‐ Quais foram os anos de cheia grande? Assinalar a maior cheia. ‐ Quais foram os anos de seca grande? Assinalar a maior seca. Nesse momento o grupo é dividido em três grupos menores, com gente de diferentes idades, usando as listas por tema. Os grupos trabalham relembrando os marcos históricos, de acordo com a tabela que se segue. Orientar o pessoal a ir preparando tarjetas e guardando para colocar no painel durante a apresentação. Finalizada a discussão, cada grupo apresenta seus resultados, colocando no painel suas tarjetas. Verificar com o grupo se tem algo mais naquele tema que deve ser incluído e/ou ajustado. Terminar a a vidade dizendo que, ao longo da oficina, quem lembrar de alguma coisa que deve ser incluída, deve usar tarjetas de outra cor para colocar e o conteúdo será revisado com o grupo todo mais tarde.
22
ELABORANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA MICROBACIA
Pesca: pos de espécies, preço no mercado, profissionalização, compra de barcos pelos comunitários, conflitos importantes, suas resoluções, dentre outros aspectos; Pecuária: quando começou;
ATIVIDADES ECONÔMICAS
Plan o: período em que se nha cul vo e o que era cul vado, mudanças no período de chuvas etc; Quando apareceram mudanças na temperatura (calor) durante o dia e a noite? Outras a vidades na comunidade para se viver , hoje em dia e no passado (por exemplo, re rada de madeira, plan o de laranja); Eventos relacionados às grandes secas e cheias.
Organização social: da comunidade, da associação, futebol; Educação: quando construíram as escolas, colocaram ensino fundamental completo, criaram o Conselho Escolar, colocaram transporte escolar, etc;
EVENTOS SOCIAIS, CULTURAIS E POLÍTICOS
Saúde: quando construíram o posto de saúde, quando veio auxiliar de enfermagem, quando começou a trabalhar o primeiro agente de saúde, campanhas de vacinação; Outra infra‐estrutura: quando o cemitério foi criado, quando apareceu o primeiro telefone fixo e quando os moradores passaram a ter telefones, quando foi a instalação do posto policial; Religião: eventos referentes às igrejas da comunidade; Eventos relacionados às grandes cheias e secas. Eventos importantes sobre o rio, os campos, a mata, as espécies de peixe, animais etc;
FAUNA, FLORA E PAISAGEM
Eventos relacionados às grandes cheias;
Eventos que mudaram a paisagem da comunidade;
Espécies da fauna (animais) que apareceram (ou desapareceram) da paisagem.
ELABORANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA MICROBACIA
23
3) Valores socioambientais da comunidade Pedir que cada par cipante feche os olhos e pense em três valores socioambientais que considere essenciais para a vida da comunidade. Este valor pode ser sobre o território ou sobre a comunidade. Em seguida, orientar que conversem com a pessoa ao seu lado. Cada um apresenta seus valores e jus fica vas para o outro. A tarefa é escolher apenas três valores para o par. Juntar dois pares, cada par apresentando seus três valores. Cada quadra deverá definir apenas três valores e anotá‐los. Proceder da mesma forma até que todos estejam num grupo só, decidindo três valores cole vos da comunidade. Pedir ao grupo que apresente os resultados e jus fica vas. Registrar no painel “Valores Socioambientais da Comunidade”. No grupão, discu r como foi fazer a a vidade. Houve valores que apareceram em mais de um de seus grupos e que foram rejeitados no final. 4) Dinâmica do Carrossel - definição das ações de adaptação Antes desta oficina, a equipe técnica faz um agrupamento das categorias de vulnerabilidades mapeadas de acordo com suas caracterís cas, impactos ou processos gerados (por exemplo, processos erosivos). PAINÉS
GRUPO DE CATEGORIAS
1
Margem do rio sem mata Mudança de leito de rio Nascentes e nascentes que secam Áreas úmidas (brejos) Captação de água Pontes e manilhas (principalmente as que impedem a passagem do rio) Pontos de alagamento Re ficação de curso d'água Drenagem Cruzamento de dutos e tubulações com cursos d'água Cruzamento de estrada com rio Contaminação do rio
2
Desbarrancamento Voçorocas e Sulcos Grotas desprotegidas Assoreamento Pontos da estrada que dão problema
3
Curral (despejo de efluentes) Chiqueiros (despejo de efluentes) Despejo de esgoto Poluição (lixo)
4
Pontos de queimada Pontos de risco de queimada
24
ELABORANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS DA MICROBACIA A equipe técnica deverá criar 4 painéis contendo o conjunto de vulnerabilidades, espaço para
proposição de ações e espaço para proposição de ins tuições que poderão par cipar das ações propostas. Cada painel terá um facilitador que se localizará em um espaço do local onde se realiza a oficina. Dividir os par cipantes em quatro grupos. Cada grupo passará pelos locais onde estará um facilitador com um painel e levara uma caneta pilot que será u lizada pelo facilitador para anotar no painel as sugestões de ações daquele grupo. Todos os grupos rodarão por todos os painéis. Na primeira rodada os par cipantes terão 20 min. para dar sugestões; na segunda rodada terão 15 min. e nas duas rodadas seguintes terão 10 min. Encerrada as quatro rodadas, os facilitadores farão uma síntese dos painéis e apresentarão a plenária para validação das informações. O facilitador pedirá aos par cipantes que indiquem pessoas da comunidade para acompanhar as ações dos quatro grupos de vulnerabilidades.
25
ATIVIDADE 10
REUNIÃO DE TRABALHO APRESENTANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO À COMUNIDADE
Objetivo Discu r junto à comunidade e as ins tuições parceiras o Plano de Adaptação da Microbacia e estabelecer compromissos entre as partes para execução de ações de adaptação na microbacia.
Materiais Banners ins tucionais Caixa de som Microfones Canetas Barbante Tesoura Prancheta Data show
Tela de projeção Computador Máquina fotográfica Gravador Lista de presença Programação do evento Planos de Adaptação da Microbacia Protocolo de Intenções
Metodologia Utilizada Esta a vidade é realizada em forma de assembleia comunitária com a par cipação de representantes das ins tuições citadas no Plano de Adaptação que deverão ser formalmente convidadas. Para a realização desta etapa os prepara vos do evento devem incluir: a) a impressão de várias cópias do plano de adaptação, que serão distribuídos aos parceiros e a comunidade; b) a elaboração da programação do evento, com a ordem das apresentações e os tempos necessários para cada momento; c) a preparação das apresentações a serem expostas; e d) convite formal às ins tuições citadas no Plano de Adaptação e à comunidade.
PROGRAMAÇÃO DA OFICINA
DESCRIÇÃO
DURAÇÃO ESTIMADA
Momento 1: Abertura – Boas vindas
10'
Momento 2: Apresentação dos representantes de ins tuições parceiras presentes
30'
Momento 3: Apresentação do histórico do Projeto A tude Água e Clima
20'
Momento 4: Apresentação do Plano de Adaptação as Mudanças Climá cas da Microbacia
40'
Momento 5: Considerações dos par cipantes das a vidades de campo
15'
Momento 6: Considerações dos representantes das ins tuições parceiras
10'
Momento 7: Apresentação e assinatura do Protocolo de Intenções
30'
Momento 8: Encerramento – Agradecimentos
10'
Momento 9: Lanche
30' Tempo máximo es mado para a realização desta oficina: 3h15'
26
REUNIÃO DE TRABALHO APRESENTANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO À COMUNIDADE
Passo a Passo 1) Abertura – boas vindas Para iniciar a reunião todos os par cipantes são convidados a se reunir, e a equipe do projeto dá as boas vindas a todos os presentes. Neste momento é explicado aos par cipantes como será conduzida a reunião. 2) Apresentação dos representantes de instituições presentes Após a abertura os representantes das ins tuições presentes são convidados a se apresentar, e neste momento explicam para comunidade sobre suas atribuições e expecta vas em relação ao projeto. Este momento é importante, pois a comunidade tem a oportunidade de conhecer e entender a função das ins tuições. 3) Apresentação do histórico do Projeto Atitude Água e Clima Após a rodada de apresentações é feita uma breve apresentação do projeto A tude Água e Clima, obje vos, a vidades e realizações até o momento. Este momento é fundamental para nivelar o conhecimento dos par cipantes sobre o projeto e do que foi realizado até o momento. 4) Apresentação do Plano de Adaptação as Mudanças Climáticas da Microbacia A equipe do projeto (técnicos e moradores) faz a apresentação do Plano de Adaptação às Mudanças Climá cas da microbacia para os presentes, buscando destacar as principais vulnerabilidades encontradas durante o projeto. Outro ponto de destaque na apresentação são valores socioambientais da comunidade, construídos cole vamente pelos par cipantes da Oficina de Construção “Elaborando o Plano de Adaptação as Mudanças Climá cas da Microbacia”. Caso seja possível, e algum membro da comunidade se sinta a vontade, é interessante que o Plano seja apresentado por ele. 5) Considerações dos participantes das atividades de campo Os representantes da comunidade que par ciparam das a vidades de campo são convidados a falar sobre como foi par cipar do projeto e quais suas expecta vas em relação ao Plano. A indicação dos representantes deve ser feita pela comunidade antes da reunião. 6) Considerações das instituições parceiras Neste momento os representantes das ins tuições citadas no Plano falam de suas impressões sobre o que foi apresentado e como poderão contribuir para rar as ações propostas do papel. Nesta etapa da reunião a comunidade pode rar suas dúvidas e discu r soluções para os problemas apresentados no Plano. 7) Apresentação e assinatura do Protocolo de Intenções O Protocolo de Intenções é um documento elaborado pela equipe do projeto baseado no Plano de Adaptação, que contém as considerações e intenções dos parceiros e da comunidade a serem firmados para efe var as ações do Plano de Adaptação. É um documento de redação simples, como uma carta de apoio e compromissos conjuntos entre os envolvidos. Neste momento o Protocolo é apresentado aos par cipantes. Ao final, as ins tuições parceiras presentes na reunião, e os representantes da comunidade assinam o Protocolo de Intenções.
REUNIÃO DE TRABALHO APRESENTANDO O PLANO DE ADAPTAÇÃO À COMUNIDADE
27
Dicas Para que este encontro aconteça com êxito é importante garan r a par cipação das pessoas chaves – membros da comunidade e representantes das ins tuições que desenvolvem a vidades na microbacia. Para tanto, os convites são entregues com antecedência com a confirmação da par cipação dos convidados; É necessário informar, antes do evento, aos par cipantes das a vidades de campo que eles
PRÓXIMOS PASSOS
irão expor suas considerações sobre o projeto e suas expecta vas para com o plano de adaptação.
Executando o Plano de Adaptação Depois de tanto esforço e trabalho o Plano de Adaptação às Mudanças Climá cas estará pronto e a situação da microbacia será conhecida, tudo estará mapeado e documentado!
Os estudos, discussões e definições terão sido feitas em conjuntos com a comunidade e apontarão o que é preciso ser feito para adaptar a microbacia e a comunidade para enfrentar as mudanças climá cas, que já estão em curso. O que vem pela frente agora? Certamente os próximos passos serão conquistar os recursos que faltam para rar as ações planejadas do papel!
A comunidade tem a vontade de fazer e a força da união, que são recursos muito importantes! Sem eles nada será feito. Mas ainda faltarão outras coisas para fazer acontecer tudo o que a microbacia precisa para se preparar para as mudanças do clima! O que faltar estará disponível em outros lugares e sob a guarda de outras organizações!
Este é o desafio! Conquistar a par cipação de outras organizações que tem recursos técnicos e recursos financeiros para contribuir na execução do Plano!
O legal é que a comunidade e as ins tuições parceiras não irão de mãos vazias, terão o Plano de Adaptação que é um documento que apontará os problemas e o que deve ser feito para resolvê‐los, mostrando tudo o que a comunidade acha importante para manter a microbacia resistente e equilibrada. Será necessário muita conversa e determinação para apresentar aos parceiros o Plano e definir juntos os projetos para efe var as ações necessárias! Os Conselhos Municipais de Meio Ambiente e o Comitê de Bacia são exemplos de grupos que podem receber o Plano da Adaptação e colaborar para a realização das ações. O trabalho con nua...