PasquiM dOS BANCÁRIOS
INFORMATIVO BIMENSAL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE PASSO FUNDO E REGIÃO -
Nelson Antônio Fazenda Coordenador de Imprensa e Divulgação
O
UM ANO DIFÍCIL PARA OS TRABALHADORES
primeiro quadrimestre 2004 a 2010, o país teve um crescide 2015, que já está ter- mento médio de 4%, que caiu para minando, mostrou, cla- 1,6% no período 2011-2014. ramente, que a classe No bojo das medidas baixadas trabalhadora brasileira terá um ano pelo Governo Federal, vieram as medifícil pela frente por, pelo menos didas provisórias 664 e 665 que resdois motivos. Um, é a tendência da tringem o acesso dos trabalhadores e economia à estagnação, sentindo, trabalhadoras ao seguro-desemprego agora sim, com mais força, os efei- e às pensões. As MPs representam tos da grande crise um ataque direto à capitalista mundial. classe trabalhadora O outro motivo é Se o PL 4330 se tornar sob a justificativa a composição atual lei da forma como já foi de combate de irdo Congresso Naregularidades, que cional, altamente aprovado na Câmara, realmente existem, o futuro nos reserva na concessão desses conservadora e, digamos, hostil às debenefícios. o fim dos direitos mandas populares É de lembrartrabalhistas no Brasil e dos trabalhadomos que, conforme res. O contingente o economista Guide deputados e senadores que tem lherme Delgado, o problema fiscal compromisso com o empresariado, do governo federal é originário, prinrural e urbano, e somente com ele, cipalmente, de “um conjunto de facilidaampliou-se bastante. des ao sistema empresarial: desonerações da folha patronal, redução de tarifa elétrica e TRABALHADORES TÊM de preços de combustíveis, redução tributáALTERNATIVAS À AUSTERIDADE A tendência à estagnação ou a ria (IPI) para automóveis e eletrodomésum crescimento muito pequeno da ticos; complementados com alívios nos paeconomia brasileira, que era sentida gamentos de estados e 1municípios nas suas ainda em meados do ano passado, já dívidas com a União”. Já os trabalhadores apontam ouprenunciava um ano de 2015 difícil tras alternativas para o governo compara os trabalhadores. Isto se conbater seu problema fiscal e o endivifirmou, quando o governo Dilma damento público. Uma alternativa Roussef, reeleito em outubro, retomou, equivocadamente, o caminho viável seria a cobrança de impostos da chamada austeridade. Ou seja, sobre as grandes fortunas. ConforDilma implementou medidas que di- me pesquisa do Inesc “a tributação minuem os gastos públicos afetando sobre o patrimônio é quase irrelevante no Brasil (...) representando apenas 3,7% da diretamente os investimentos. É preciso frisar que foram justa- arrecadação tributária de 2011”. Ainda mente os investimentos públicos os conforme o Inesc, em alguns países principais responsáveis pelo cresci- desenvolvidos este percentual é muimento econômico que o país expe- to maior: 10% no Canadá, 10,3% rimentou a partir de 2003 e até 2014, no Japão, 11,8% na Coreia do Sul, quando a desaceleração da economia 11,9% na Grã-Bretanha e 12,15% se tornou mais pronunciada. De nos Estados Unidos.2
EDITORIAL Não havia uma predisposição para tanto. Mas, a leitura do número 6 do Pasquim dos Bancários vai revelar a existência de um fio condutor a perpassar todos os textos. São os direitos de cidadão. O revolucionário italiano, Antônio Gramsci, lutava por uma sociedade mais justa e igualitária em que os direitos fossem respeitados e a cidadania estivesse firmada plenamente. Aí incluídos o direito à saúde e ao bem-estar físico, mental e emocional, que a Biodanza busca devolver ao ser humano, e os direitos trabalhistas que o Congresso Nacional tenta, via PL 4330, subtrair à classe trabalhadora brasileira, com o objetivo único de garantir lucros maiores ao grande empresariado.
CONGRESSO MAIS CONSERVADOR
O maior conservadorismo do Congresso Nacional ficou patente na aceleração dada à tramitação do PL 4330 e na sua votação, de resultado contrário aos trabalhadores. Se o PL 4330 se tornar lei da forma como já foi aprovado na Câmara, o futuro nos reserva o fim dos direitos trabalhistas no Brasil. Outra mostra do caráter anti-popular da composição atual do Congresso Nacional é a tentativa de aprovar, com pouco ou quase nenhum debate público, a proposta, nefasta para a sociedade, de redução da maioridade penal. CAMPANHA NACIONAL COMPLICADA
A política de austeridade do governo federal e a crise capitalista mundial, entre outros elementos conjunturais, nos arremetem a uma Campanha Nacional dos Bancários de 2015 bastante complicada. Por isso, precisamos, desde já, iniciar o debate para estarmos prontos para uma luta árdua em setembro/outubro. ■ Notas: 1 - http://goo.gl/ytDmJJ - Correio da Cidadania - Crise econômica, programa anticíclico e ‘ajuste fiscal’: fatos e manipulações; 2 - http://goo.gl/G4g7yA - INESC - As implicações do sistema tributário nas desigualdades de renda.
NEI ALBERTO PIES Professor e Ativista dos Direitos Humanos
A
CIDADANIA NÃO SE FAZ SOZINHA
“Não é no silêncio que os homens se fazem, mas na palavra, no trabalho, na ação-reflexão.” (Paulo Freire)
cidadania não é vazia. Ela reveste-se de conteúdos e práticas que traduzem necessariamente atitudes, vivências e oportunidades que todos realizamos em sociedade. Cidadania é a possibilidade concreta de todos e todas usufruírem das condições materiais, culturais eA científicas produzidas por uma nação e pelo mundo. Para alguns poucos, talvez, cidadania não signifique mais do que reconhecimento. Para a maioria, no entanto, cidadania representa a possibilidade de participar do mundo, a partir de condições de uma vida na dignidade. A dignidade humana envolve questões elementares como educação, habitação, alimentação, saúde, lazer, trabalho, consideração e respeito.
A decadência do poder da cidadania leva as pessoas a apostarem na sorte O Brasil promoveu, nos últimos anos, importantes avanços para combater a pobreza e as desigualdades sociais, mas ainda vivemos sob a regência de uma “cidadania de papel”. Gilberto Dimenstein, autor do livro “O cidadão de papel”, afirma que “cidadão de verdade é aquele que é respeitado e pode se sentir digno ao pagar impostos”. Ainda vivemos situações onde a cidadania não acontece por conta da própria burocracia estatal que se encarrega de dificultar o acesso aos bens e serviços básicos. A burocracia, o papel, atrapalha e dificulta muito a cidadania. A legislação brasileira, uma das mais avançadas do mundo, não garante cidadania. Para tirá-la do papel, é preciso exigir e cobrar permanentemente a sua efetividade no cotidiano de nossas comunidades. Mas como cobrá-la se nem sempre temos pleno conhecimento de nossos direitos ou se não temos
disponibilidade pessoal ou coletiva para cobrá-la? A decadência do poder da cidadania leva as pessoas a apostarem na sorte. Os direitos passam a ser vistos como possibilidades sujeitas a trocas ou favores e não como elementos de exigibilidade. Muitos brasileiros, infelizmente, são induzidos a crer que a sua vida sempre depende da bondade, conhecimento ou influência de alguém. Desta forma, vivem passivamente à espera de dias melhores, sem tomar as suas iniciativas. Para vivermos uma cidadania ativa, precisamos construir condições de “empoderamento” através da informação, conhecimento, orientação e organização das pessoas em suas comunidades. Quem conhece seus direitos, participa de sindicatos, grupos ou associações, passa da apatia cidadã para uma postura de sujeito de direitos, tornando-se capaz de reclamar e atuar na defesa e promoção dos direitos, sem pestanejar. Ao perceber os limites de sua atuação individual, passa a ser também um sujeito social, capaz de buscar soluções de forma coletiva e organizada. A organização coletiva, para a conquista dos direitos, é a melhor forma de transformar “letra morta” (lei) em realidade.
PROVOCAÇÕES: CLÓVIS FILHO
(8:31) “Elites são patrimonialistas e conservadoras, a classe média é meritocrática e o povo não é nada.” Participação de Clóvis de Barros Filho, filósofo, no programa Provocações da TV Cultura.
http://goo.gl/MiDTNY
MAIORIDADE PENAL
(2:37) O Dr. Dráuzio Varela se posiciona contrário a diminuição da maioridade penal. Com sua experiência no sistema carcério ele expõe as consequências para o jovem e para a sociedade.
http://goo.gl/KFVaWD
INTERVENÇÃO MILITAR
(0:51) Coisas incompatíveis. O cidadão pede que os militares assumam o poder, estabeleçam, provavelmente, uma nova ditadura, ao mesmo tempo que quer manter o seu direito e liberdade de protestar.
.http://goo.gl/HpU77B INFORMATIVO N.º 6 - MAR-ABR/2015
Ao contrário dos valores individualistas e egoístas, a luta por direitos humanos se faz na cooperação, no amor e na solidariedade. Lutar por direitos é acreditar nas potencialidades humanas e na liberdade de cada um e cada uma realizar as suas escolhas. ■
CONTATO, DÚVIDAS, IDEIAS, OPINIÕES: SECRETARIA@BANCARIOSPASSOFUNDO.ORG.BR CONSELHO EDITORIAL: André Ricardo Mendes Madruga, Gustavo Marques, Nelson Antônio Fazenda e Setembrino Dal Bosco. CONSELHO POLÍTICO: Setembrino Dal Bosco, Carlos José Marcos, Dalva Neide Soccol, Júlio César Montenegro, Vânia Márcia Ceolin Argenta, Jacqueline Cordeiro de Almeida. Dário Sidnei Delavy, Idília Ribeiro da Costa, Carlos Dall Agnol, Marco Aurélio Moretto, Gustavo Marques, Antônio Carlos Nunes Maciel, Marlon Roberto Monteiro de Andrade, Rúbia Moraes dos Santos, Carlos Henrique Niederauer, Guilherme Matias Dalla Lana, Katia Cristina Pereira Barreto, Laura Soares Sobucki, Nelson Antônio Fazenda, Cátia Britto, Adriane Aparecida Franklin da Silva, Antônio Amarildo Dalbosco, André Ricardo Mendes Madruga, Diego Francisco Pulga, Luiz Carlos Della Méa, Iloci Silvia Doebber, Evelise Regina Bertoni Vieira, Vlademir Batistella, João Carlos de Oliveira, Jorge Cival Baptista Nunes, Elisabeth Bonenberger da Silva e Paulo César Kunzler. DIAGRAMAÇÃO: Gustavo Marques.
PESQUISA QUALITATIVA
■ Em parceria com o
SETEMBRINO DALBOSCO Coordenador de Saúde
ANTÔNIO GRAMSCI: OS DIAS DO CÁRCERE
“Eu não quero fazer-me nem de mártir, nem de herói. Creio ser um simples homem comum, que tem suas convicções profundas, e que não as renega por nada ao mundo [...]” (Gramsci)
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a segunda metade do século 19 e nos primeiros anos do século 20, a Europa viu surgir, se formar e se desenvolver, de forma unificada, sem precedentes históricos, grandes organizações operárias. Esse processo teve seu ápice na Revolução de Outubro na ex URSS (1917) e nas grandes crises revolucionárias da Alemanha, Hungria, Itália, Áustria e polônia (1914-1918).
A Itália foi um palco privilegiado desses acontecimentos. A liderança vacilante dos socialistas italianos durante a grande greve de 1920 levou os operários industriais - que haviam ocupado as fábricas e conduzido a produção sem os patrões - a uma enorme derrota. Estava aberto o caminho para uma solução fascista como alternativa a burguesia italiana, responsável pela crise econômica que assolava o país, se manter no poder. Nessa conjuntura, Antônio Gramsci (22/01/1891 – 27/04/1937), militante socialista e dirigente co-fundador do nascente Partido Socialista Italiano (PSI) aparece como um marco. Nascido na Sardenha, desde cedo teve que enfrentar dificuldades para estudar e sobreviver. O estudo, o esforço intelectual, a dedicação à causa operária absorvem totalmente o jovem sardo. Frente às dificuldades de toda sorte, pessoais, políticas, ideológicas, que muitas vezes pareciam insuperáveis, Gramsci se manteve firme em suas convicções políticas orientadoras de sua ação prática. Coube a Antônio Gramsci, o antigo menino de saúde frágil e corpo deforme, homem de
estatura pequena, simpático, tímido, introvertido e desleixado no vestir, o papel sintetizador da expressão e dos anseios da Classe Operária italiana. Um papel histórico que jamais perseguira ou sonhara sua materialização. O filme retrata os anos em que Gramsci esteve preso (1926-1937) nos porões do fascismo italiano. Reproduz a relação de Gramsci com os demais presos políticos, sua posição crítica aos rumos que Stálin deu a Revolução de Outubro, o rompimento com Palmiro Togliatti, do partido comunista italiano, e, principalmente, a elaboração dos Cadernos do Cárcere, sua mais importante obra de ciência política, que analisa nos aspcetos sociaisculturais-econômicos a relação entre o Estado e a sociedade civil. Aos interessados(as) não deixem de assistir um retrato da vida e obra Antônio Gramsci, um comunista revolucionário. ■
SindBancários de Porto Alegre, a Faculdade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre e a Faculdade IMED de Passo Fundo, realizaremos, durante os próximos meses, a etapa de grupos da pesquisa “Relação entre Trabalho e Saúde Mental dos bancários do Rio Grande do Sul”.
■ Esta pesquisa tem como
objetivo investigar aspectos da organização/contexto de trabalho e relacioná-los com aspectos de saúde mental dos trabalhadores. Este estudo está sendo realizado para subsidiar intervenções voltadas para a prevenção e promoção de saúde mental na organização do trabalho bancário.
INTERVENÇÃO: BIODANZA
■ Neste ano de 2015 estamos organizando um grupo de intervenção com o Sistema Biodanza que estará aberto a todos os bancários. Veja na próxima página.
Gustavo Marques Diretor de Saúde e Políticas Sociais
DICAS CULTURAIS
Livro: Conviver, educar e participar: nos palcos da vida Autor: Nei Alberto Pies Coleção: Independente Editora: Ifibe Formato: 16x23cm Páginas: 183 Valor: R$25,00 Adquirir: ifibe.edu.br/editora ou na secretaria do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo e Região - CUT
Filme: Antonio Gramsci – I Giorni del Carcere País e Ano de produção: Itália / 1977 Gênero: Drama Direção: Lino Del Fra Elenco: Riccardo Cucciolla, Paolo Bonacelli, Andrea Aureli, Pino Ammendola, Lea Massari, Mimsy Farmer. Idioma: Italiano Duração: 122 min Disponível gratuitamente em: http://goo.gl/Uxau2T
Edemilson Meazza Estagiário de Psicologia do SEEB-PF e Professor Didata de Biodanza pela International Biocentric Foundation-IBF.
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BIODANZA: GRUPOTERAPIA VIVENCIAL PARA PROMOÇÃO DA SAÚDE
ivemos num constante movimento frenético, que nos faz perder a direção, tomar rumos diversos e diferentes, procurando sair de uma, ou de outra sensação desconfortável, que toma conta de nosso corpo, possivelmente reações desencadeadas de um ambiente estressante. Ficamos à espera de respostas e estagnamos. Por um longo tempo permanecemos na espera, nos perguntando onde estão essas respostas que não vêm e nem são ditas por ninguém. O tempo passa, e dia após dia, ao longo desse processo, se iniciam alguns sintomas de ordem psicológica, física e emocional. Algo errado começa acometer em nosso corpo e sentimos desconforto. Sentimentos antes não vividos dão espaço a preocupações e medos e, a partir desse momento, o sofrimento gerado por esses e por outros fatores nos dissocia do que é saudável. Esse é um importante sinal de alerta que deve fazer com que percebamos que está na hora de fazermos alguma coisa. Algo que possa ir ao encontro da saúde e do bem-estar físico, mental e emocional. Cabe considerar também que algumas or-
ganizações ainda estão impregnadas de posturas autoritárias e de ambiente hostil, normalmente conhecido como “um ambiente frio”. Este também é considerado um dos responsáveis diretos pelo abalo emocional e estresse. Assim, através da Secretaria de Saúde do Sindicato dos Bancários de Passo Fundo, apresentamos uma
A Biodanza é um Sistema Biocêntrico que vai ao encontro do ser humano na sua naturalidade única, devolvendo seu espaço, seus desejos e valores proposta que valoriza a saúde do trabalhador no ambiente de trabalho e nas relações interpessoais. Esta proposta consiste na constituição de um grupo que possibilitará o desenvolvimento dos recursos pessoais, ambiente e clima saudável, com vivências e experiências compartilhadas e, principalmente, desenvolvimento coletivo das relações de bem-estar e harmonia com o trabalho.
“Mudar o mundo, meu amigo Sancho, não é loucura, não é utopia, é justiça!” Dom Quixote, personagem de Miguel de Cervantes.
Para Carvalho e Viotti (1997), quando desenvolvemos nossos recursos pessoais fortalecemos nossa identidade. E isto resulta no resgate, pelo trabalhador, do seu nome, do seu rosto e do seu corpo, fazendo-o identificar que ele não é apenas um fragmento na engrenagem organizacional e institucional. Assim, a Biodanza é um Sistema Biocêntrico que vai ao encontro do ser humano na sua naturalidade única, devolvendo seu espaço, seus desejos e valores. Segundo Toro (2005), a música e a dança são essenciais para a vivência acontecer. A Biodanza é eficaz dentro de um grupo afetivamente integrado, sendo um dos caminhos que favorecem uma melhora do grau de saúde e de vitalidade. Na participação desta grupoterapia vivencial é notável a redução do estresse, melhora da saúde, da auto-estima e do bem-estar. Desta forma, o Sindicatos dos Bancários está iniciando a formação desta atividade para os bancários e bancárias, baseado na Biodanza. Em breve faremos o convite. Para mais informações contatar o email gustavomarquesac@gmail.com. ■
“Com o tempo, uma imprensa cínica, mercenária, demagógica e corrupta formará um público tão vil como ela mesma.” Joseph Pulitzer, estadunidense, jornalista e editor.
“A pior ditadura é do Poder Judiciário. Contra ela não há a quem recorrer.”
“Você sabe que encontrou a felicidade quando vive um momento que não quer que acabe.”
Rui Barbosa, brasileiro, polímata.
Clóvis de Barros Filho, brasileiro, filósofo.
“Existem dois tipos de políticos: os que lutam pela consolidação da distância entre governantes e governados e os que lutam pela superação dessa distância. Antônio Gramsci, italiano, filósofo e político.