Guta Campos

Filha de Iansã, de Xangô, de Iemajá Meio mamulengo, meio requenguela Movida pela fé, sou que nem bambu: envergo, mas não quebro Maria Brasileira Eu sou Maria, sou guerreira sou Bonita e descobri que a minha sina é procurar meu Lampião. Eu sou Maria, sou valente, independente, aquela que não se arrepende, mas aprende a lição. Eu sou Maria, com mais duas sou estrela, sou da noite, sou poema e brilho na constelação. Eu sou Maria, que não vai com outra Maria, sou vivida e me garanto, porque tenho opinião. Eu sou Maria, eu sou flor, sou sem-vergonha sou cheirosa, assanhada sou a batida do baião Sou Três Marias, sou mineira, sou do Chico, sou a terra que a barragem fez virar mar no sertão. Eu sou Maria, sou Joana, sou a cura, sou a erva, sou fumaça, sou a brasa do carvão. Eu sou Maria, sou Augusta, sou arteira, sou mais uma entre tantas Marias brasileiras.