GIRLS WHO RIDE #04 I ABR - JUN.15
THE cover
Jessica Fulford-Dobs Skate Girls of Kabul
Jessica Fulford-Dobson é uma fotógrafa inglesa de topo. O seu trabalho pode ser encontrado em colecções privadas em território britânico e foi exposto em Londres, Nova York e Praga. A sua abordagem é simultaneamente clássica e intemporal, num trabalho com luz natural. Robin Herefor, director de avaliações na Bonhams, destacou-a como sendo “uma fotógrafa a acompanhar de perto” http://www.jessicafd.com
THIS issue #04
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EDIT O calor está aí à porta, e convida à pratica de vários desportos, como o skate, o wake e o surf. Por isso nesta edição de Primavera, fazemos uma aposta grande no wakeboard com uma flash interview da Amber Wing, uma das melhores riders de wakeboard do mundo. Falámos também com aWIB(WomeninBoard&ActionSports) para conhecer um pouco melhor este projectoquevisa promover as mulheres no mundo dos desportos mais radicais e mudar a visão da indústria sobre o sexo feminino. Aproveitámos ainda o calor, para apanhar uma onda mais solidária, com uma crónica
da
Carolina
Pereira
e
o
seu
projecto
My
Destiny
e,
na
capa,
uma
fotógra-
fa de renome - Jessica Fulford-Dobs - com o seu mais recente trabalho sobre o Skateistan. Ainda no skate, falámos com Cindy Whitehead, uma pioneira no skate feminino desde dos anos 70, e que ainda hoje continua a lutar pelos direitos das mulheres nos desportos de acção, para além de apoiar vários projectos solidários com a sua marca “Girl is Not a 4 Letter Word”. Nas artes, resolvemos apostar numa antiga arte portuguesa , que segundo consta, é “ a alma lusitana”. Ana Câmara Pereira, fala-nos um pouco do fado, das suas origens e de como surgiu na sua vida. Surfámos ainda umas ondas com a SenhoRita Tours - um projecto que organiza vários camps de surf, com direito a visita guiada por alguns locais icónicos do nosso país. Rita Semak fala-nos um pouco sobre como tudo começou e leva-nos até ao seu mais recente evento através das maravilhosas fotografias da Rita Neves.
flash interview
amber wing Amber Wing, é uma rider australiana, nascida a 2 de Janeiro de 1983. Lidera actualmente o WWA Wakeboard World Ranking – Women’s, e gentilmente cedeu-nos 5 minutos para uma conversa rápida. Patrocinada pela Rockstar Energy, Malibu Boats, Ronix Wake e Wing Wetsuits, divide o seu tempo entre os 6 meses de ride na Austrália, e os 6 meses na Flórida.
Em que ano começaste a praticar wakeboard? 1998 Quais as motivações para te iniciares no wakeboard? Era o que os meus amigos faziam, e eu gostava de andar com eles no barco e de ir fazer wakeboard. Todas as vezes que estava atrás do barco com uma prancha me faziam sorrir. Praticaste ou praticas outros desportos? Sim, pratiquei ginástica durante 15 anos. Quais os sentimentos que tens enquanto praticas e o que gostas mais neste desporto? Adoro o lado social do wakeboard, foi o maior chamariz quando comecei. Os sentimentos incluem realização, felicidade, alegria e descontração. Qual o maior desafio que encontraste?
Como vês o panorama feminino profissional wakeboard neste momento e no futuro?
no
A igualdade do género. Nos últimos 13 anos, competi contra os homens no Australian Pro Tour, lutei para o número de competições de mulheres no US Pro Tour, lutei para o aumento dos prémios monetários e também para implementar uma bolsa mínima para as atletas profissionais. Para não mencionar a luta para ganhar o respeito da indústria e dos riders masculinos relativamente ao wakeboard feminino e para aumentar a exposição mediática das atletas.
Este ano, tem havido dinheiro e oportunidades a nascer para as atletas profissionais É um passo gigante com a WWA World Series, Malibu Evolution Tour and Nautique Wake Series. Existe dinheiro a fazer, o que é fantástico!
Que conselho darias ás raparigas que estão agora a iniciar o Wakeboard?
Quais são as tuas melhores manobras e as favoritas?
Sejam fortes, acreditem em vocês e deixem o vosso ride dizer o resto.
Qual o teu local favorito para ridar? Adoro ridar em Orlando atrás do meu Malibu 22MXZ roxo. Descer a doca até ao meu barco roxo, faz-me sempre sorrir!
As minhas manobras favoritas são o indy tantrum to blind, melon toe 7, adoro a sensação de consegui-los. As melhores manobras que aterrei são o mute double half cab roll e toe 9.
Como seria o teu dia perfeito? Acordar, cereais e uma chávena de chá, yoga, wakeboard e algum golfe. Se pudesses escolher alguém para ridar, quem seria e porquê? Dean Smith, adoro estar no barco com ele e divertir-me, para não falar no vê-lo a ridar. Se tivesses um super poder qual seria,e porquê? Queria poder saltar para a frente e para trás, da Austrália para os US, num piscar de olhos. Projectos em que estejas envolvida neste momento? Não tenho nenhum projecto neste momento, estou ansiosa por começar a filmar em Outubro ;) Planos e sonhos para o futuro? Planos para o futuro, vou casar no início do próximo ano, e quero lançar uma secção de filme para arrasar, que vamos começar a filmar em Outubro. Queres deixar algumas palavras de motivação para as nossas leitoras? Façam o que adoram, adorem o que fazem. Acreditem em vocês próprias e sigam os vossos sonhos
photo by Rodrigo Donoso
WIB - Women in Board & Action Sports é uma organização dedicada ao suporte, educação e inspiração das mulheres na indústria dos desportos de acção. Todos os anos a WIB mulheres na indústria, e bém a campanha “Unifying alterar a imagem feminina
organiza um encontro de este ano lançaram tamValues” com o intuito de nos desportos de acção.
Falámos um pouco com a Coco Tãche, uma das envolvidas no projecto para conhecer um pouco mais sobre esta iniciativa que já conta com 8 anos de experiência.
Como surgiu o projecto WIB? O projecto WIB surgiu porque não havia NADA para as mulheres na altura. As mulheres no mundo dos desportos de acção eram completamente subestimadas há 8 anos atrás. O mundo dos desportos de acção precisava de ter uma plataforma onde as raparigas se pudessem encontrar, inspirar, ganhar visibilidade e sentir que não estavam sozinhas.
Quem são as pessoas envolvidas neste projecto?
Quais são os principais valores e ideias defendidas pela WIB? Unidade,Igualdade e Paixão. Uma plataforma onde as raparigas se podem encontrar, interligar-se, ganhar inspiração e força.
Todos os anos, a WIB promove um encontro anual. Qual é o tema deste ano e onde vai ter lugar o evento? Este ano, o tema é “Stepping out of your Confort Zone”. Depois de 5 anos de evento em Saas-Fee, na Suiça, o próximo encontro será em Bidbard, perto de Biarritz, pela segunda vez. Vai decorrer convenientemente ao mesmo tempo que o ASP Women Worldsurfingtour em Hossegor.
As fundadoras são a Carmela Fleury, que na altura do lançamento tinha a sua marca de perfume feminino, Les Ettes! A nossa outra fundadora é a Daniela Meyer, que na altura apresentava o conhecido Popcorn and Dome em SaasPorquê este tema? Fee. Hoje somos uma equipa de 8. Marika Borg (fundadora do Girly Camps), Mel Cheng, Marlene NiemeiPorque se queremos realmente ter sucesso na vida, preer, Nina Nordling (High Heaven), Emma Shoesmith cisamos de sair da nossa zona de conforto, sabendo que (Board of Media) e eu, Coco Tâche (7sky Magazine).
é este o lugar onde a magia acontece. Um grande tópico para as mulheres, que encoraja a serem e a fazerem aquilo que lhes apetece, sem terem medo de serem julgadas.
Como é que as mulheres se podem juntar ao vosso evento? Através da nossa página (http://www.womeninboardsports.com/) e do nosso facebook (https://www.facebook.com/WomenInBoardandActionSports) . Todos os detalhes serão comunicados dentro dos próximos meses.
Para além das conferências e eventos que organizam, sabemos que acabaram de lançar a campanha “Unifying Values”. Qual é o conceito por trás desta campanha e o qual é o principal objectivo? O nosso objectivo é que toda a indústria se torne consciente da carta que foi escrita por algumas mulheres muito influentes no cenário dos desportos de acção. O modo como a indústria comunica as mulheres não reflecte a realidade neste momento. As mulheres ainda são retratadas como modelos e sex symbols em vez de serem retratadas como atletas. Chegou a altura das mulheres ganharem o seu lugar e deixarem o seu legado nos desportos de acção.
board Girls Crew com a Valeria Kechichian, a Inspire Initiative com a Cori Schumacher, High Heaven com Nina Nordlinger, Board of Media com Emma Shoesmith e todos os movimentos femininos como o Chixxsonboard, estão a potenciar o efeito borboleta que ajuda a impulsionar as mulheres. Acreditamos que o potencial da indústria se encontra nas mulheres neste momento. O que irá atrair homens também em reverso.
Como te sentes por saber que fazes parte desta mudança? Esperamos ser uma inspiração para as mulheres e decididamente parte desta mudança que está a ocorrer. Aquelas que batalharam sozinhas no passado, de repente encontram mulheres com as mesmas ideias, colaboram e são ouvidas. Somos um grupo gigante de mulheres a espalhar a mensagem, já não podemos ficar paradas. Nós estamos a fazer isto acontecer.
Tens algum outro projecto neste momento, que queiras partilhar? Num nível mais pessoal, sim. A 7sky.life… Amor em acção. Um movimento que junta todas as iniciativas inspiradoras, pessoas, companhias e histórias debaixo do mesmo chapéu, porque apenas juntas podemos fazer as coisas acontecerem, e fazer a diferença no nosso mundo.
Como acham que a indústria tem aceite esta campanha?
Por último, mas não menos importante, queres deixar algumas palavras de motivação para as Por incrível que pareça, muito bem. Tivemos muitos co- nossas leitoras? mentários de raparigas, a dizer que se tornou muito mais fácil para elas conseguirem patrocinadores, e que receberam um feedback muito positivo dos mesmos, admitindo que estavam cientes da falha de comunicação e que estavam abertos à aprendizagem. A carta já chegou a muitas mesas de marketing, e o nosso objectivo é que chegue a toda a indústria no decorrer deste ano. Um grande obrigado á Cori Schumacher,e a todas as mulheres que nos ajudaram a escrevê-la. Ajudámos a criar uma plataforma, a partir da qual se torna mais fácil para as mulheres serem ouvidas. A indústria hoje entende que está a perder um enorme potencial, se não começarem a falar a nossa língua.
Achas que o panorama mulheres vs homens nos desportos de acção está a mudar? Absolutamente! Está a mudar significativamente! As Long-
Obrigado por colocarem esta questão! Com muito prazer! Não há mais ninguem senão vocês próprias, acreditem em vocês, apontem alto e vão atingir tudo o que sempre sonharam! O mundo é vosso, e podemos fazer dele um paraíso se trabalharmos no mesmo sentido. Poder feminino, gentileza, generosidade são necessários agora mais que nunca. Vocês têm tudo.. São vocês!
my destiny by Carolina Pereira
my destiny
impacto positivo antes, durante e depois da viagem. Comecei a desenhar o projecto, chamado MY Destiny. Entre amigos e conversas sobre o projecto que estava a ser construído devagarinho na gaveta, conheci a Rachel e a Lizzie que tinham a Liquid Future, um projecto nas Mentawai que facilitava aulas de inglês, de natação e surf para as comunidades locais gratuitamente. Fiquei completamente apaixonada pelo que estavam a tentar fazer desde a primeira vez que falámos no skype. Aprendi muito com os SOS Salvem O Surf, Comecei então a ajudar no que conseguia, mesmo à por exemplo, desde que me lembro da surf- distância, e o MY Destiny começava a ganhar outras cores. trip a São Torpes em 2011, e sempre fiquei com as Reuni tudo aquilo que eu mais gostava: o surf, a arte, palavras “proteger, preservar, potenciar” na cabeça. cultura e viagens, para num projecto ter impacto positivo. Desde cedo que sempre me identifiquei mais com o surf soul, retro, hipster, soul… essa vertente que teima em ter vários nomes e que para mim, nunca foi mais uma vertente mas sim a essência do surf, a verdadeira base. Desde que me conheço no surf que procurei (inconscientemente) formas de o usar como ferramenta de um impacto positivo, seja a nível social como ecológico.
Entretanto o percurso foi-se fazendo não diria de ‘altos e baixos’ mas sim de passos em várias direcções sem grandes certezas (como seria normal numa miúda de 16 anos), desde a competição em alguns regionais ao voluntariado e empreendedorismo, às surftrips, aos eventos com que me identificava, ao jornalismo e escrita de crónicas, a publicação do meu primeiro livro de crónicas ligadas ao surf e às viagens… o surf sempre foi o pano de fundo para uma exploração maior, a minha janela para ver o mundo. Sempre tive o sonho de viajar para a Indonésia e ter
Decidi que a viagem à Indonésia teria de resultar numa pequena curta-metragem ‘Stuck In Paradise – the indonesian odyssey’, para que o que viesse monetariamente das exibições fosse o meu ‘payback’à comunidade nas Mentawai e o meu contributo ‘depois da viagem’. O Francisco Melim, da Ways Of Mine, mostrou-se desde cedo disponível para a edição e começaram a reunir-se vários parceiros. O impacto, assim que o projecto foi divulgado, foi muito maior do que eu esperava. Mais tarde, quando começou a tomar outras proporções, convidei alguns dos meus amigos mais
próximos a juntarem-se e fazem hoje parte da equipa do projecto. O MY Destiny é agora uma organização sem fins luLá fiz as malas e arranquei para a In- crativos que pretende aumentar a sustentabilidade donésia sozinha no Setembro passado. das comunidades costeiras através de surf e viagens. Dizemos que queremos mudar o mundo através Lembro-me perfeitamente de, antes de partir, sentir “se eu do surf, costa a costa, comunidade a comunidade. não for agora ninguém vai reparar, o conceito já se tornou mais importante que a viagem em si”. Mas, sem dúvida que a Neste momento trabalhamos em três áreas principais. viagem foi um marco tanto para mim como para o MY Destiny. As surftrips eco-sociais provavelmente para Portugal, Indonésia e Panamá - em que os viajantes podem usufruir de altas Durante esse ano tinha sido mentora de surf no Projec- ondas, como também de uma aventura diferente, bem como do to Transformers, um programa de voluntariado com o contacto com a comunidade, um dia de ‘hands on’ e partilha de objectivo de mobilizar mentores de todos os desportos experiências com os miúdos integrados no nosso programa, para orientar outros jovens a encontrarem nesse desporto sem desconsiderar o devido conforto de umas boas férias. uma forma de se exprimirem e intervirem positivamente na comunidade. Depois, ao replicar e sentir o poder do Surf A Learning Journey, como chamamos ao nosso como ferramenta de mudança numa realidade tão oposta, programa de acção comunitária, onde com aulas, foi determinante. A viagem acabou por servir de role-model através dos valores do surf, potenciamos os miúdos da em alguns sites internacionais, pelas histórias que aconte- comunidade local de forma a terem um papel activo. ceram, por ter ido sozinha, pela aventura, pelas pessoas… Estamos essencialmente focados neste programa neste
momento, a trabalhar a medição de impacto e reforçar ao máximo. E também a consciencialização, que está inerente a tudo o que fazemos, ou eventos e acções pontuais, bem como a curta-metragem, produtos, entre outras iniciativas. Estive este Fevereiro na India, com a Mafalda e a Lisa, ambas também do MY Destiny. Fui convidada para liderar a iniciativa Girls Power mas depois percebemos que, através do projecto e não só a nível pessoal, se poderia fazer muito mais e o impacto iria ser muito maior.
Indonésia, onde, em Maio — e a convite das Nações Unidas, da surfista Easkey Britton e da Lizzie (da Liquid Future) – vou participar na conferência “Let’s Make Waves”, que reunirá “os principais change-makers” na área do surf. É a primeira conferência mundial com esse propósito, e pertence ao programa Surf+SocialGood, onde estou a trabalhar juntamente com esses mesmos change-makers.
Por lá, vou dar workshops aos convidados e participantes, participar no Action Day ‘Girls Make Waves’, receber inputs e trabalhar para um futuro melhor para o surf sustentável com Na praia de Ramchandi, na zona de Odisha, tivemos um grupo que – até agora – se tem mostrado formidável. oportunidade de trabalhar com crianças vindas do orfanato Um workshop será sobre Turismo Sustentável de Surf, em Asha Kiran, com um grupo de mulheres indianas e ainda um conjunto com o Dave, fundador do Waves for Development dia durante o Índia Surf Festival aberto a toda a comunidade. (no Peru) e só as boas discussões que têm surgido deste A Mafalda, em comunicado chegou a dizer “A trabalho em equipa têm sido muito construtivas para mim. experiência com as crianças do orfanato foi das experiências mais gratificantes da minha vida, a felicidade delas Assim que o nosso programa (do MY Destiny) estiver quando simplesmente molharam os pés no mar, quando pronto para o terreno, terei todo o gosto em vestir o fato e agarraram aminha mão e mostravam-me sorrisos enormes, aplicar cá em Portugal. Talvez venha a sair um segundo livfoi mágico!” e eu subscrevo as palavras dela na integra. ro, e gostei muito de trabalhar com a curta-metragem, por isso também está em hipótese continuar a reportar e talvez Entretanto tenho ajudado em várias organizações ligadas levar um pouco mais a sério essa vertente nas viagens. ao surf como chave de mudança, de diferentes formas. Sinto que encontrei a minha forma de deixar um O próximo passo, por enquanto, é voltar a fazer as malas bom contributo para esta minha paixão que é o Surf. e enfiá-las num avião que aterrará em Bali, de novo na
escrito a ouvir: Edward Sharpe & the Magnetic Zeros - That’s What’s Up
my destiny
Surfing is attitude
dancing!
- Gerry Lopez -
PHOTOGRAPHY
Jessica Fulford-Dobson: Skate Girls of Kabul Saatchi Gallery, London 15-28 April 2015
“She first caught my eye because she was wearing such a beautiful colour. She’s just immaculate. From the way she has tied her headscarf so beautifully and so naturally, you see that she has an innate sense of grace. Her little hennaed hand rests gently – yet possessively – on the skateboard, and how small she seems beside it! I love her assurance: her firm, steady gaze. One feels a sense of depth in her eyes, even though she is just 7 years of age.” Jessica Fulford-Dobson.
A fotógrafa Jessica Fulford-Dobson apresentou a sua série de retratos – Skate Girls of Kabul, numa grande exposição apresentada pela Roshan de 15 a 28 de Abril de 2015, na Londons Saatchi Gallery. Jessica Hulford-Dobson ganhou o segundo prémio no 2014 Taylo Wessing Photographic Portrait Prize com Skate Girl, 2014, apenas uma de uma série de trabalhos feitos no local em Kabul, onde jovem raparigas provenientes de famílias pobres e deslocadas estão a ser ensinadas a andar de skate como um gancho para as fazer retomar a educação a tempo inteiro. Depois de apenas um ano a frequentar o programa Back to School , a rapariga na fotografia vencedora do prémio (página anterior) passou as 3 primeiras classes de educação e está agora envolvida no sistema nacional de educação. Ainda continua a frequentar o Skateistan no seu tempo livre. Com o intuito de mostrar a história maravilhosa das jovens skaters do Afeganistão, Jessica abordou o Skateistan em 2012 para pedir-lhes para visitar o seu espaço em Kabul. Skateistan é uma ONG fundada em 2007 por um entusiasta de skate Australiano, Oliver Percovich. Tem mais de 60 pessoas na equipa em vários países. Percovich ficou entusiasmado com a ideia de Jessica e concordou em dar-lhe acesso às escolas em Kabul e Mazar-e-Sharif. As meninas rapidamente aceitaram a presença de Jessica, especialmente devido ao seu trabalho simples, sem luz artificial e apenas ela própria. Fotografar com luz natural, limitou as localizações dentro do skate park relativamente escuro, mas na realidade acabou por ajudar a fazer brilhar a personalidade de cada uma das raparigas. Jesica diz-nos “Conheci tantas mulheres e raparigas
impressionantes no Afeganistão: uma professora tão determinada como os homens, jovens afegãs na casa dos 20 que fazem voluntariado num orfanato e são determinadas em parecer fortes e dispostas a lutar por elas próprias, em vez de serem vítimas das circunstâncias, e raparigas que estão a ser educadas para ser líderes nas suas comunidades, e que já estão a pensar cuidadosamente no seu futuro e no do seu país. E claro, existem as skaters mais novas, que são tão divertidas. Sinto-me uma sortuda por as ter conhecido. Espero que esta colecção consiga captar algo no seu espírito: a sua alegria de viver, a sua individualidade e a sua comunidade”.
Morland Tate vai publicar Skate Girls of Kabul, um livro que coincide com a exposição, para contar a extraordinária história das meninas afegãs que começaram
a skatar, graças ao Skateistan. De cores vivas, fluídas e cheias de vida, estas raparigas afegãs trazem uma nova dimensão à cultura do skate. Skate Girls of Kabul, inclui algumas palavras do lendário Tony Hawk e vai estar disponível por 29,99 £ (www.morlandtate.com) SOBRE Jessica Fulford-Dobson é uma fotógrafa inglesa de topo. O seu trabalho pode ser encontrado em colecções privadas em todo o território inglês, e já teve exposições em Londres, Nova York e Praga. A sua abordagem é simultaneamente clássica e intemporal, trabalhando com luz natural. Robin Hereford, director de avaliações na Bohams, destacou-a como sendo “uma fotógrafa a acompanhar de perto” http://www.jessicafd.com A Skateistan começou quando o Australiano Oliver Percovich chegou a Kabul, Afeganistão com três tábuas de skate e começou a skatar as ruas com crianças e jovens. Percovich percebeu a falta de oportunidades para os jovens Afegãos , especialmente raparigas e crianças que trabalhavam, e tomou consciência que o skate era um meio de os envolver e de construir a comunidade. Skateistan começou a tomar forma nos anos seguintes com a ajuda de doadores internacionais e parceiros da indústria de skate. Foi oficialmete tornada uma ONG Afegã em Julho de 2009 e agora oferece programas educacionais de skate para crianças em Phnom Penh e Johannesburg. http://skateistan.org Roshan, a companhia de telecomunicações líder afegã, lançou esta operação em 2003, quando apenas 100,000 pessoas no Afeganistão tinham acesso a um telefone. Após uma década, a Roshan já ligou mais de 6,5 milhoes de clientes para ter um impacto positivo no Afeganistão. Esta foi a primeira vez que uma empresa afegã partrocionou uma exposição numa das maiores galerias contemporaneas do mundo. http://www.roshan.af Morland Tate é uma nova editora de arte, que produz trabalho exepcional para artistas exepcionais. Sâo eles que vão lançar o primeiro título, Skate Girls of Kabul, da fotógrafa vencedora do prémio, Jessica Fford-Dobson http://www.morlandtate.com/
CINDY WHITEHEAD
Cindy Whitehead é uma das pioneiras no panorama do skate feminino, e fundadora do Girl is NOT a 4 Letter Word. Começou a skatar com 14 anos, e ainda hoje continua a lutar para uma igualdade de géneros no mundo do skate.
Como é que te envolveste no skate, e como foi o teu ínicio neste desporto? A primeira vez que peguei numa tábua de skate, tinha 8 anos. Mas só comecei a sério aos 14. Cresci numa comunidade junto á praia, onde o surf e o skate eram muito aceites – apesar de não serem muitas as raparigas que optavam por este desporto na altura. Comecei com freestyle e algumas rampas “caseiras” junto à praia com os meus amigos e mais tarde passava a maior parte do meu tempo no Skatepark Skateboard World em Torrance, até fazer 16 anos, altura em que abriram mais skateparks em todos os Estados Unidos. Foi difícil começar a skatar entre os rapazes? Olhavam para ti como uma skater ou como apenas “uma rapariga”? Como é que lidavas com esta situação? Ao início foi diferente e a maior parte das vezes eu era a única rapariga no park, mas penso que como tudo, se tentares e fizeres aquilo que queres, os rapazes vão te respeitar, e
os que não o fizerem, bem, eles não interessam mesmo, pois não? Também usava grandes headphones para poder ouvir música enquanto estava a ridar, mas também me ajudou a bloquear o que as pessoas que estavam a ver diziam, por isso penso que ficar no meu próprio mundo às vezes permitiu-me focar-me no que estava a fazer e não no que as pessoas diziam. Começaste a skatar num mundo que praticamente não existia para as mulheres. Como te sentes ao saber que foste uma das primeiras mulheres a conseguir o status de PRO no skate? Foi uma altura divertida – gosto de ser diferente. Não sou uma pessoa que “siga o rebanho” por isso para mim foi perfeitamente normal. Também não me importo muito com o que as pessoas dizem sobre mim, por isso mesmo sabendo que não havia muitas raparigas, nunca me senti como se não pertencesse ali. Assumi sempre que era igual aos rapazes, andava e skatava com eles, e tinha tanto direito a estar ali como eles. Acho que deve ter tido a ver com a minha avó, que incutia isso em mim pois eu tinha um irmão mais velho. Estou orgulhosa de fazer parte do pequeno grupo de raparigas que skatava vert na altura. É uma irmandade única. Achas que nos dias que correm, é mais fácil uma rapariga ser patrocinada, fazer dinheiro e tornar-se profissional? Acho que cada vez as oportunidades são mais para as raparigas – o que é óptimo! Mas não acho que a maior parte das raparigas possam fazer uma vida decente a viver apenas como pro skaters, como os rapazes... ainda. Apenas uma ou duas raparigas como a Leticia Bufoni estão realmente a desafiar a desigualdade no que toca a fazer dinheiro com este desporto. Gostava de ver todas as profissionais de skate a fazerem vida através das competições, vídeos e patrocínios. E espero que seja para onde estamos a caminhar. Achas que os tempos estão a mudar para as mulheres no skate? Como vês o panorama mundial e a evolução do desporto no que toca ás mulheres nos nossos dias? Sim, absolutamente. O longboard tem sido muito aceite para as mulheres, há muito mais competições de vert apenas para as mulheres do que havia na minha altura e muitas mulheres a skatar na generalidade o que é óptimo. As mulheres estão a receber mais cobertura mediática e até já vi algumas capas com mulheres a skatar este ano! Há quatro anos atrás nunca teria sido capaz de criar um site como o Girl is NOT a 4 Letter Word e ser capaz de postar todos os dias sobre uma skater – agora
Pensei no nome há alguns anos e criei um deck único para uma organização sem fins lucrativos chamada Board Rescue, foi leiloada para conseguir fundos para crianças Achas que a indústria já reconhece o valor das desfavorecidas conseguirem ter um skate e equipamenmulheres no desporto e que a cobertura mediáti- to. Quando a Dusters California concordou em fazer uma ca se está a igualar para homens e mulheres? tábua comigo e a Longboarding for Peace, pensei que era o nome perfeito para usar e felizmente eles concordaram! que deviamos Acho que não é igual AINDA! Se pode ser? Absolutamente. Michael Brooke, da LB4P pensou Pessoas como vocês, ao criar esta revista radical para desta- anexar o projecto a uma organização sem fins lucrativos e car as mulheres nos desportos de acção estão a ajudar para juntar fundos para que outras raparigas pudessem skatar, tornar esse sonho realidade – por isso obrigado! Quanto mais por isso fizémos uma parceria com a GRO (Girls Rider Oras mulheres mostrarem que sabem ridar, mais as raparigas ganization) para a primeira tábua GN4LW e agora estamos se vão aperceber que não são as únicas e vão começar a a juntar dinheiro para a Poseidon a 501c3, uma organiacreditar que também podem. Isso cria uma mudança positiva. zação sem fins lucrativos com a nossa segunda e terceira tábuas em linha. Também vamos ter um capacete em conComo surgiu o Girl is NOT a 4 Letter Word? Quais foram junto com a XS Helmets e retribuir através da colaboração. as motivações por trás deste projecto? posso! Por isso, para mim, isso mostra-me que as mulheres no skate estão a ganhar uma imensa popularidade global.
Como te sentiste ao skatar na autoestrada 405 fechada em Los Angeles? Qual e a história por trás desta aventura? Toda a minha vida vivi e viajei naquela auto-estrada, por isso quando disseram que a iam fechar por 3 dias para fazer uma construção, soube que tinha de arranjar uma forma de ir andar nela. Pedi a alguns amigos meus do skate, mas ninguém se queria arriscar a ser preso, por isso eu e o meu marido Ian Logan – que é um fotógrafo profissional – analisámos a auto-estrada e fizémos um plano para entrar sem sermos detectados e onde eu pudesse skatar. Demorámos cerca de duas horas e meia a tentar e quase fomos apanhados inúmeras vezes (havia carros e helicópetros da polícia em todo o lado) antes de conseguirmos aceder à auto-estrada para que eu pudesse skatar um bocado. Foi uma das coisas mais radicais que fiz em toda a minha vida. Nem acredito que consegui escapar, tirar fotografias e ter uma diversão para a vida. Também já me livrou de duas multas – quando contei à polícia a história e que era eu (pedem sempre para ver uma fotografia no meu telemóvel), apenas abanaram a cabeça e deixaram-me ir. É como um cartão “está livre da prisão” radical! Ha! O que significa skatar para ti? Como te sentes quando skatas e o que adoras mais no desporto? É liberdade. É amigos e família. É o meu primeiro amor. E é parte da minha vida e sempre será. Essencialmente
é parte de quem tu és, não se pode negar. Uma vez skater, sempre skater! Também é aquela conecção imediata que tens com as pessoas que conheces – dizes que és skater e se eles são também é como amizade instantânea – em qualquer parte do mundo. Para mim isso é fabuloso! Tu és uma bem sucedida Sports Stylist. Como começaste a tua carreira nesta área e que projectos tens neste momento a decorrer? Quando o skate começou a morrer, decidi ir á TV e filmar para me sustentar, mas quando surgiu a oportunidade para trabalhar como estilista, soube que era onde queria estar. Mais tarde conheci um fotógrafo que fotografava apenas desporto e criou um nicho para uma Sports Stylist. Adoro o que faço, e muitas vezes os meus dois amores juntam-se e posso trabalhar com muitos skaters. Neste momento terminei um anúncio para a Old Navy, estou a começar um para a Wrangler Commercial com um jogador da NFL, e um anúncio para a Orly Beauty, onde destacam uma skater e que sai este mês! Estou ocupada 24/7 e adoro! Continuas a ser uma inspiração para as raparigas em todo o mundo. Gostarias de deixar algumas palavras de motivação para as nossas leitoras? Obrigado pelas palavras tão simpáticas! Se pudesse dar um conselho ás raparigas, seria para sairem todos os dias e viverem ao máximo. Façam coisas épicas. Aproveitem todos os dias que vierem ao vosso encontro. Podem dormir quando morrerem. XX
moda
A marca Girls is NOT a 4 Letter Word, tem por trĂĄs a skater profissional e sports stylist Cindy Whitehead. DisponĂvel em: http://girlisnota4letterword.bigcartel.com/
photo by Rui Graรงa
photo by Rui Graรงa
artes
ana camara pereira ^
Nasceu em Lisboa, tem 38 anos e para além da paixão por uma já antiga tradição portuguesa - o fado - tem também uma paixão pela aventura e pelos desportos radicais. Ana Câmara Pereira, partilha connosco a sua visão do fado e mostra-nos de que forma o mesmo se alia aos desportos de acção.
Como e quando começou a paixão pelo fado?
O teu fado favorito? Porquê?
Não me lembro de não haver fado à minha volta, por isso penso que já nasceu comigo, não tem hora nem data.
Não tenho um só favorito, dificilmente terei, cantar um fado é como ler um livro, se eu cantar agora terá um significado, se cantar o mesmo fado daqui a dois anos, terá para mim uma interpretação diferente, um significado diferente, devido à vivência, à maturidade.
O que significa para ti “ser fadista”?
De uma forma generalizada, um fadista é a voz de um povo, mas pessoalmente e individualmente para mim, O teu fadista favorito e porquê? ser fadista é conseguir exteriorizar o que me vai na alma, ao som de uma guitarra portuguesa para não me sen- Ahahaha! Fácil, o meu pai em primeiro lugar porque contir sozinha, e de uma viola de fado para nos acompanhar. segue com que o público fique colado e também pela capacidade de interpretar os poemas em fado, como se fosEspectáculos que mais significaram para ti? sem todos a sua história. Adoro ouvir Tereza Tarouca pela voz e elegância, a verdadeira diva e a Raquel Tavares pela Já tive momentos inesquecíveis, já cantei em grandes garra e forma genuína com que ela interpreta um fado. salas, como o Coliseu, Centro Cultural de Belém, Aula Magna, mas lembro-me especialmente de uma noite de fados Desportos que praticas? na escadaria da Igreja de Santa Isabel, em que a ligação e cumplicidade entre mim e o público foi tão forte que aca- Gosto de praticar desportos que me divirtam, surf, skate e bámos todos a dançar sem vontade nenhuma de acabar. principalmente snowboard.
photo by Rui Graça
photo by Ricardo Bravo
O que sentes quando praticas desportos radicais vs o que sentes quando cantas? Em comum, momentos de verdadeira paz interior, em que não há interferências externas. É só para “aquilo” que estou ali, abstraio-me de tudo o resto.
fado está na “moda” muito pelo que transmite. Projectos para o futuro? Mais espetáculos, e finalmente a gravação do primeiro álbum.
O fado é uma tradição portuguesa que tem vindo a evoluir, numa forma talvez não tão tradicional. Como vês esta evolução?
Quando estás a cantar fado, qual é a tua maior inspiração?
Dizem que o fado é “a alma dos portugueses”, achas que se tem vindo a perder esta tradição?
Penso que temos um papel importante sobretudo a nível cultural, somos de certa forma embaixadores da cultura portuguesa, das nossas tradições e valores que se estão a perder e é uma pena.
A minha pátria, o meu país, e é mesmo verdade, o fado é o Penso que há espaço para tudo, a evolução é boa e a in- que mais exprime a nossa alma lusitana, sinto um orgulho trodução de novas formas “menos tradicionais” de apresen- enorme a cantar. tar o fado fez com que chamasse a atenção a mais gente, um público mais novo, mais moderno, mas também vejo Qual pensas ser o papel do fadista na sociedade actuque há a curiosidade do genuíno, das origens, do puro. al?
Não, pelo contrário, vejo a procura por essa mesma alma. O
seNHORITA
TOURS artigo by Rita Semak photos by Rita Neves
Porque é que continuo a organizar Surf Camps, em vez de ir em surftrips sozinham ou com amigos mais próximos? Porque adoro conhecer pessoas novas e partilhar a minha paixão com elas. A minha história como organizadora destes eventos começa em Latvia, durante o Inverno de 2006, quando organizei o primeiro snowboard camp para rapargias, patrocinado pela Nikita Clothing. No mesmo ano, no verão, tentei organizar camps de surf, kite, e wakeboard, mas como não havia ondas constantes no meupaís, tive de procurar uma localização mais adequada. Em 2009, mudei-me para Portugal, onde em conjunto com o meu ex-parceiro tive a experiência de dirigir uma escola de surf e organizar surf camps para raparigas, patrocinados pela Femi Pleasure. Depois de uma ruptura com o meu ex-parceiro, surgiu a SenhoRita Tours em 2013. Queria continuar o meu estilo de vida, queria surfar as ondas e desfrutar a vida na praia, assim como organizar surf camps direcionados ao público feminino. Na SenhoRita Tours surf & yoga camps, organizamos viagens em Portugal, com visitas a locais extraordinários e o surf em
várias praias diferentes. Até à data estivemos na Ericeira e Arrifana, mas os próximos destinos incluem Porto, Peniche e Lagos. As participantes nos nossos camps, estão a voltar e a tornar-se nossas amigas, e a certo ponto, começámos a planear novos camps e a escolher destinos em conjunto. Esta Páscoa, passámos bastante tempo na praia épica da Arrifana, na costa do Algarve. Uma rapariga que tinha estado no primeiro camp em 2006, voltou! Esta é a maior motivação para organizar mais e mais camps e fazer as pessoas mais felizes. Por falar na aventura da Páscoa, que foi patrocinada pela Lightning Bolt, pela primeira vez introduzimos aulas de fitness ao nosso surf & yoga camp, foi demais! As ondas na Arrifana estava tão boas, que surfámos durante horas e horas. Até mesmo as iniciadas estavam a tentar apanhar ondas mais pequenas. Foi tão divertido que não queriamos gastar energia em qualquer outro tipo de actividade! As aulas de yoga pelo contrário foram muito relaxantes e mesmo a tempo de recarregar a energia dos nossos corpos.
Para além do surf, yoga e fitness visitámos o Cabo de S.Vicente em Sagres e a Ponta da Piedade em Lagos. Que mais? BBQ e música ao vivo, fazer novas amizades, experimentar coisas novas, provar a deliciosa comida e bebida Portuguesa, ficar viciada no “galão” e sonhar com o regresso em Setembro. Até agora a SenhoRita Tours tem organizado camps apenas para raparigas, mas como temos tido muitos pedidos para que os namorados também possam vir, estamos a abrir as portas aos rapazes também!
F A S H I O N
must have TÉNIS Vans ZukFiu Hero
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BREVES Ericeira Surf & Skate abre portas na baixa do Porto
A nova localização na Rua de Santa Catarina vem trazer o legado do surf e do skate para uma zona nevrálgica da baixa do Porto. Fica assim consolidada a presença da cadeia nesta zona, que incluiu também a renovação do seu conceito em Matosinhos. As melhores marcas, uma enorme variedade de calçado, uma parede de calças bastante diversificada e uma grande panóplia de tábuas de skate tornam esta loja bastante apetecível. “A nossa ligação ao Porto não é de hoje, seja no apoio a eventos de surf (ex. etapas do Circuito Pro Junior) ou apoio a surfistas e skaters locais (ex. João Guedes e Bernardo Lemos
Morada - Rua Santa Catarina nº269 - Porto
da Costa), seja na proposta comercial. É uma zona com um grande crescimento nos desportos de prancha e percebemos que era fundamental estar bem no centro da cidade”, afirma
Artur Durval Fernandes, Director de Retalho da Ericeira Surf & Skate. “Temos como objectivo principal identificar boas
oportunidades e, quando assim acontece, não hesitamos em propor o nosso conceito de uma forma séria, humilde e de valor acrescentado para a comunidade local”, conclui.
A abertura da Ericeira Surf & Skate, no centro histórico do Porto e numa zona com bastante impacto, vem assim reforçar a vivência do sonho para a comunidade portuense do surf e skate.
Os municípios de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Mação, Sertã e Vila de Rei, a Turismo do Centro e a Associação Portuguesa de Wakeboard e Wakeskate (APWW) em consórcio com a EIPWU unem-se na promoção conjunta da região Centro de Portugal através do wakeboard, um desporto que está em ascensão em todo o mundo, superando o surf em número de praticantes nos E.U.A.
Portugal, na Barragem do Castelo do Bode, em Setembro.
Esta é uma visão pioneira sobre o potencial do desporto no nosso país. Trata-se de um projecto estratégico para posicionar Portugal como cluster europeu da modalidade e promover o interior do país como local de excelência para a prática de wakeboard.
ritorial e um dos responsáveis pela organização do evento.
O Presidente da World Wakeboard Association, Shannon Starling, apelidou Portugal de “Florida da Europa”, por se assemelhar nas condições fantásticas para a prática de wakeboard. Pela primeira vez a prova rainha da modalidade é realizada fora dos Estados Unidos e vai ter lugar em
“Vamos acolher um mega evento desportivo, o Campeonato Mundial de Wakeboard, inserido numa acção de promoção de Portugal e do interior do país. O grande objetivo é criar um novo destino de wakeboard, construindo a primeira estância do mundo em Castelo do Bode. A promoção do destino é alavancada através do campeonato mundial”, explica Luís Segadães, especialista em Marketing Ter-
O calendário do projeto inclui o Campeonato Nacional de Wakeboard em Junho e o Campeonato Mundial em Setembro, prova que vai trazer para Portugal as maiores estrelas do desporto a nível internacional. Estão ainda a ser desenvolvidos projetos de implementação de cable parks em torno da barragem de Castelo do Bode. Uma autêntica estância, que une desporto e turismo, alavancando a região Centro.
Primeira estancia de Wakeboard do mundo instalada em Portugal
BREVES programa Jobe Beta Trooper
A Jobe lançou recentemente o programa JOBE Béta Trooper, onde vai dar a oportunidade aos consumidores de testarem em primeira mão as novidades da marca e, de terem uma voz no processo de produção dos mais recentes e secretos projectos a decorrer. Quem se inscrever no programa através da plataforma online, pode testar toda uma variedade de produtos, e darem feedback sobre os mesmos. Desta forma a Jobe pode melhorar a qualidade e mostrar ao mundo que os produtos estão aprovados pelos consumidores. Se quiserem ser as primeiras a experimentar as versões beta dos produtos Jobe já se podem inscrever em: http://www.jobesports.com/beta-troopers
gwr.mag staff oriana brás catarina faustino edições anteriores like us on Facebook e-mail
colaboradores Carolina Pereira Girl is NOT a 4 Letter Word Rita Semak Rita Neves
big thanks Jessica Fulford -Dobs Amber Wing Coco Tãche (WIB) Cindy Whitehead Ana Câmara Pereira Retrosailor Cume CC board center Black Veins Colectivo 71.86 Ganesh
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