GIRLS WHO RIDE MAG #06 (Português)

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GIRLS WHO RIDE #06 I OUT - DEZ 15

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THE cover

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isabela sousa

Madeira Bodyboard Girls Experience Isabela Sousa, brasileira, tri campeã mundial de visita à Madeira para o Bodyboard Girls Experience, depois de competir nas duas etapas do mundial em Portugal, na Praia Grande e na Nazaré. Fotografia: Joana Sousa

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THIS issue #06

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WWA supra wakeboard world championship

MaryHill SheRide

Madeira Bodyboard Girls Experience

Katherine Folsom

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60 66 76 88 Fashion by XS

Photography by Lorrie Palmos

Arts - Inês Ambrósio

Joana Gonçalves


EDIT O Verão já passou, e com ele uma série de eventos importantes que cada vez mais colocam Portugal no panorama mundial dos desportos radicais. Desde o Mundial de wakeboard, onde tivémos a oportunidade de falar com algumas das melhores atletas da actualidade e com a actual campeã do mundo de wakeboard no WWA Supra Wakeboard - Meagan Ethell até ao Europeu de Bodyboard que decorreu juntamente com o evento Madeira Bodyboard Girls Experience, onde atletas como Isabela Sousa, Jessica Becker, Teresa Almeida, e a actual campeã Europeia, Joana Shenker participaram e mostraram o melhor que se faz no bodyboard mundial. Além fronteiras, fomos falar com as Maryhill Ratz, que nos falaram um pouco do conceito por trás do maior evento de downhill longboard no feminino da actualidade. Ainda na Califórnia, Katherine Folsom, uma skater de 34 anos, mostra-nos que a idade não é desculpa e Lorrie Palmos fala-nos sobre a sua paixão pela fotografia de skate. Nas artes, a Inês Ambrósio, mostra-nos o seu trabalho e a forma como o surf equilibra a sua vida. Destacamos também Joana Gonçalves, a única mulher a competir no Campeonato Nacional de Motocross, e cujo amor pelas motas a tem levado a outros vôos e a provas mundiais da modalidade. Estamos empolgadas por ver que as mulheres começam cada vez mais a destacar-se nos desportos radicais e que todos os dias damos um passo para estar mais perto da igualdade dos géneros, embora o caminho a percorrer ainda seja longo.

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WWA SUPRA WAKEBOARD WORLD CHAMPIONSHIPS

© Nuno Riboira GWR MAG 7 |


O WWA Supra Wakeboard World Championships 2015 decorreu entre os dias 16 e 19 no Lago Azul, em Ferreira do Zêzere. O evento mais emblemático da World Wakeboard Association (WWA) reuniu a elite da modalidade, com 151 atletas de 18 nacionalidades diferentes e um nível de audiência muito acima do esperado pela organização. O feedback obtido pelos atletas, visitantes e acompanhantes foi bastante positivo, considerado tanto pela WWA como pelos participantes como o melhor evento deste ano em todo o mundo. Cumprimos a nossa missão: colocar o lago de Castelo do Bode no mapa dos wakeboarders em todo o mundo! Vamos ter os melhores do mundo em Portugal durante três anos consecutivos, o que é claramente um marco histórico para o país e para as modalidades! Este evento foi um sucesso e vamos começar a trabalhar já para que o de 2016 seja ainda melhor!, explica André Matos, Presidente da Associação Portuguesa de Wakeboard e Wakeskate. Esta prova conta também para a pontuação geral da

WBWS – Wakeboard Boat World Series, que passa este ano pelos E.U.A., Brasil, Canada e Japão. Na participação portuguesa destaca-se Joana Leitão, como campeã mundial de wakeskate amador, e Tiago Miguel, campeão mundial de wakeskate amador masculino. Ana Cunha, a actual campeã nacional de Wakeboard venceu na categoria Masters Women amador. Bernardo Branco, o actual campeão nacional de wakeboard, ficou em segundo lugar na categoria Men’s 1. O WWA Supra Wakeboard World Championships faz parte da estratégia de promoção do projecto Wakeboard Portugal, que vai instalar no lago de Castelo do Bode a primeira estância de wakeboard do mundo, com cinco cable systems em cinco municípios diferentes.

© Nuno Riboira GWR MAG 8 |


© Nuno Riboira

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PRO Wakeboard Women: 1ยบ lugar: Meagan Ethell 2ยบ lugar: Raimi Merritt 3ยบ lugar: Dallas Friday

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© Nuno Riboira GWR MAG 11 |


© Nuno Riboira

3º Dallas friday O que achaste do WWA Supra Wakeboard Queres deixar algumas palavras para as World Championships aqui em Portugal? nossas leitoras? Foi incrível, foi maravilhoso vir aqui a esta localização única e fazer aquilo de que mais gosto, wakeboard.

Podemos contar com a tua presença no próximo ano? Definitivamente! As condições foram óptimas, os fãs foram óptimos, uma multidão fantástica, um ride fabuloso que vimos este fim-de-semana, e estou ansiosa para o ano que vem!

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Tem tudo a ver com a diversão e muitas pessoas não têm confiança ou sentem-se intimidadas pelos homens masnão é sobre isso que é o wakeboard. É sobre ir e divertires-te com os teus amigos e fazer aquilo de que adoras. Se é algo que adoras, então deves fazê-lo e fazê-lo com paixão.


Foi a tua primeira visita a Portugal?

Então podemos contar contigo para o ano que vem?

Sim, foi a minha primeira vez aqui e é absolutamente lindo! Vim um dia mais cedo para explorar Sintra, fui Sim, definitivamente. visitar o castelo e o palácio, é tudo lindo. Ainda é mais bonito aqui, fazer wakeboard aqui foi fantástico. Queres deixar algumas palavras para as

nossas leitoras? E o que achaste do WWA Supra Wakeboard World Championships aqui em Portugal? Não se limitem e divirtam-se! Acho que foi fantástico, com um desfecho fantástico, a multidão e os fãs e toda a gente andou muito bem, a água é linda, o wake foi lindo e no geral foi fantástico.

2º Raimee merritt

© Nuno Riboira GWR MAG 13 |


O que achaste do WWA Supra Wakeboard Queres deixar algumas palavras para as World Championships aqui em Portugal? nossas leitoras? Este é um evento muito divertido, estou tão contente por estar aqui e poder fazer wakeboard em Portugal, é realmente lindo e fantástico.

Se gostas de fazer wakeboard, continua e diverte-te. E continuem a apoiar o desporto aqui em Portugal.

Então podemos contar contigo para o ano que vem? Sim, definitivamente.

1º meagan ethell

© Nuno Riboira GWR MAG 14 |


Sobre o Projeto Wakeboard Portugal A missão do projecto Wakeboard Portugal é tornar a prática da modalidade mais acessível, construindo ao mesmo tempo um excelente destino turístico internacional. Um conceito de wakeboard mais acessível, mais ecológico e desafiante. O lago de Castelo do Bode vai implementar a primeira estância do mundo com cable systems, em cinco localizações diferentes, todas elas com caraterísticas únicas, ligadas entre si num espelho de água com cerca de 30km, conectadas por jangadas. O nosso clima e envolvente paisagística tornam o local perfeito para a prática da modalidade e esta região num destino de excelência para praticantes, seguidores e fãs do mundo todo. Os municípios de Abrantes, Ferreira do Zêzere, Sertã,

Tomar e Vila de Rei, a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, a Turismo do Centro e a Associação Portuguesa de Wakeboard e Wakeskate (APWW), em consórcio com a EIPWU (criadores dos projectos 7 Maravilhas), uniram-se na promoção deste novo destino através do wakeboard, um desporto que está em ascensão em todo o mundo, superando o surf em número de praticantes nos E.U.A. As praias fluviais de Aldeia do Mato, Lago Azul, Trízio, Montes e Fernandaires vão ter cable systems implementados, naquela que é a primeira estância de wakeboard do mundo. Esta é uma visão pioneira sobre o potencial do desporto no nosso país. Trata-se de um projecto estratégico para posicionar Portugal como cluster europeu da modalidade e destacar Castelo do Bode no mapa do wakeboard mundial.

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Š Ian Logan | Rider: Carly Bizama GWR MAG 16 |


MARYHILL SHERIDE 2015 GWR MAG 17 |


Quem são os Maryhill Ratz e porquê a localização Maryhill Loops Road? Os Ratz são uma crew de skate que gosta de andar depressa e que adora as agradáveis curvas da Maryhill Loops Road. Já andamos nesta estrada há cerca de 15 anos e com o aumento da popularidade do downhill também cresceu a mística de Maryhill. A estrada ficou completa em 1912 e hoje em dia pertence ao Museu de Arte de Maryhill. Em 1998 foi considerada património histórico, tendo sido repavimentada e fechada ao trânsito, podendo apenas aí circular pessoas, bicicletas e, claro, skates. Esta estrada tornou-se a meca do longboard, não só pela inclinação e curvas perfeitas mas também porque é um sítio seguro para praticar o nosso desporto. O museu abraça os skaters e facilita os dispositivos de segurança na estrada nos eventos organizados.

Como é que surgiu o Maryhill She-Ride? A ideia de fazer um evento só para mulheres de modo a encorajar mais mulheres a praticar o desporto surgiu quando descemos a estrada com algumas meninas. Com o crescimento do desporto uns anos antes houve mulheres suficientes para justificar o esforço e em 2012 finalmente tornou-se uma realidade. Qual é o objectivo do Maryhill SheRide? Divulgar o desporto junto do público feminino e trazer mais mulheres à prática de todas as formas de skate. Antes do evento deste ano ter sido alterado devido às forças da natureza, estavamos com a Skate Like a Girl em Portland, um grupo que trabalha maioritariamente com park e street, para ajudar a mostrar às mulheres diferentes tipos de skate que ainda não conheciam

© Ian Logan GWR MAG 18 |


© Ian Logan

Qual foi a participante mais nova que tiveram? E a mais velha?

Podes descrever um dia no Maryhill Sheride?

Os Freerides e Sherides em Maryhill não são competitivos, não existe uma corrida nem prémios. Oferecemos EMTs, uma equipa de segurança, almoço e boleia até ao topo da colina das 9h às 17h e as riders fazem tantas runs quantas quiserem. É Conta-nos uma história divertida que tenha como uma área de ski para os skaters. Tentamos criar uma atmosfera divertida e os riders têm feito acontecido neste eventos. casamentos falsos, usam máscaras e tiram tudo Montar estes eventos exige a ajuda de muitas para as runs a nu. pessoas que estão dispostas a deslocarem-se até ao meio do nada e a suar ao sol para que as Toda a gente se pode juntar a este evento ou é meninas possam descer a colina. A maioria destas apenas para atletas profissionais? pessoas são homens, ou “man-bitches” como foram mais tarde chamados, por isso deixamo-los descer Este evento não só está aberto a toda a gente, mas a colina depois das 15h como recompensa pelos a todos os veículos movidos com a gravidade – seus esforços. Deixamos que descam uma hora skates, luge, inline, trikes e bicicletas. Oferecemos mais cedo se usarem um vestido. O fotógrafo Jon explicações e permitimos aos riders sairem de Huey, que é um pouco peludo, usou um maravilhoso vários pontos na colina para ajudar as riders menos vestido vermelho, com a sua barba a esvoaçar ao experientes a ganhar confiança e a começarem no vento e criou-se a tradição dos rapazes usarem topo. vestidos quando podem descer como SheRides. Num SheRide, a mais nova tinha 11 anos e, apesar da minha mãe sempre me dizer para não perguntar, a mais velha estava a meio dos 50.

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O que diferencia o downhill longboard dos outros desportos de acção? A maioria dos desportos consiste em indivíduos a competir contra si mesmo. O dowhnill não só desafia os skaters a descerem a grande velocidade como a fazê-lo a centímetros de distância uns dos outros. Cria-se uma ligação, um laço silencioso quando olhas nos olhos da outra pessoa, colada a ti, a 40km por hora. Não existem muitos desportos de acção com uma ligação pessoal tão grande entre participantes. Tiveram a vossa 2ª edição este ano. O que mudou desde a primeira em 2012? Infelizmente, este não pode ser um evento anual, pois é muito dispendioso. Por outro lado, as inscrições têm decrescido devido ao facto de existir outros eventos e de as pessoas não terem disponibilidade para virem a Maryhill. Não mudou muito ao longo dos anos, tentamos seguir a nossa fórmula: permitir às riders que façam as runs que quiserem.

As mulheres têm sido bastante bem aceites na comunidade de longboard. Achas que ainda existe um caminho longo para a igualdade? Acho que a família downhill tem um bom historial no que toca a aceitar mulheres no desporto. Por exemplo, a Nora Manger de 13 anos participou este ano no evento e mora em East Bay, sendo que a sua única parceira de skate é o vizinho de 11 anos. Depois do SheRide, conheceu várias mulheres da zona que andam de skate e teve um grande apoio dos rapazes que lhe indicaram várias localizações seguras perto da casa dela, assim como alguns eventos. Na nossa família quem gosta de andar depressa é um dos nossos, independentemente da anatomia. Dito isto, é difícil encontrar mulheres que adorem a velocidade e que estão dispostas a sacrificar a pele pelo prazer. Acho que ainda existe um longo caminho até á igualdade na nossa família não pela descriminação do género, mas pela falta de mulheres a participar.

© Ian Logan GWR MAG 20 |


CANDICE DUNGAN

© Ian Logan

Há quanto tempo vens ao Maryhill? É o primeiro ano! Como foi participar neste evento? Foi tão divertido! Não sei como descrever, tantas mulheres a andar a todos os níveis e a divertirem-se. Do que gostaste mais? Das vibes :) O que sentes quando praticas downhill? Exitação e adrenalina. Nada mais importa naquele momento. O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? O longboard, assim como o skate são a minha vida. Vivo para o desafio e para a emoção que estes desportos proporcionam e não faço ideia do que faria se não pudesse andar de skate.

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© Ian Logan

MARISA ~ NUNES

Como foi participar neste evento? Foi fantástico ver tantas mulheres e apenas mulheres. É um sentimento totalmente diferente andar de skate com as meninas, porque sabemos dar mais apoio e somos mais gentis umas para com as outras. Adoro sentir a adrenalina das outras raparigas.

ao fim pela primeira vez.. Que sentimento tão louco!

Há quanto tempo vens ao Maryhill? Desde o primeiro ano.

O que sentes quando praticas downhill? Sinto que o meu skate é uma extensão do meu corpo e que estou a pairar. Adoro o estado em que te coloca, ficas tão focada na estrada e no que vem a seguir. Nada mais existe durante aquele momento.

Do que gostaste mais? Do que gostei mais foi ver no final da run a paixão nos olhos de alguém que estava a andar de skate pela primeira vez. Fez-me lembrar a primeira vez que andei de skate em 2010. Era a rapariga mais feliz do mundo quando cheguei

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O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Para mim é o longboard é a mais eficaz forma de escape para tudo.


Do que gostaste mais no Maryhill SheRide? A velocidade. A distância da colina. As curvas. O sentimento de descontração que me invade. Melhorar as minhas capacidades. Foi um fim-de-semana mágico para mim. Não sabia o que esperar. Fiquei intimidada a primeira vez que olhei para a colina. Desde o parque de estacionamento, não conseguia ver o topo. A minha intenção era começar a meio da colina e foi o que fiz. Mas fui tão encorajada que acabei por fazer toda a descida(na verdade,a minha viagem ao topo foi um acidente, porque o condutor não me ouviu a pedir para parar). Do topo vim de butterboard, mas vou voltar assim que for possível. Hei-de conseguir descer de pé desde o topo. E quando estava a entrar no carro com o meu pai para irmos embora, recebi um convite da equipa Maryhill Ratzz. Foi tão inesperado!! Alegria, alegria!. Agora ainda me apetece ir andar mais de skate. E vou! O que sentes quando praticas downhill? Descontraída e nervosa. Adoro descer a colina, é uma sensação óptima. Mas enquanto principiante fico nervosa quando chego às curvas mais marcadas. E quando estou a chegar ao fim da colina

© Ian Logan

sinto um ataque de pânico e penso que não vou conseguir parar. O pensamento de me tornar numa bola humana de bowling e derrubar as pessoas todas à minha volta faz-me ficar ansiosa. Mas estou a melhorar e a ultrapassar estes medos aos poucos. O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Pensa. Sonha. Faz. Repete. Ainda sou principiante, mas tenho o bichinho. Penso no longboard todo o dia, penso no longboard quando vou dormir, sonho com longboard durante a noite. Ando sempre que posso. Depois, faço tudo outra vez. O meu pai é um génio da Ciência e vê as minhas actividades como experiências fora do laboratório. Ele diz que está disposto a gastar tempo e dinheiro em material e viagens (parte da minha edução). Faz-me pesquisar sobre o equipamento e todas as peças antes de fazer uma compra. Ele gosta que eu experimente diferentes rodas, trucks e decks e que aprenda sobre a performance, características e design de cada um. Por isso, estou a aprender e a divertir-me. Nada supera isto!

NORA MANGER GWR MAG 23 |


AMIE SHEPPARD

© Ian Logan

Como foi participar neste evento? Este evento é único e reúne mulheres de toda a América do Norte, algumas até vêm de fora para poder descer a famosa colina de Maryhill Loops Road. Os Maryhill Ratz trabalham arduamente para oferecer freerides épicas durante a temporada de skate. Sem competição, apenas inúmeras runs com os amigos. Cada freeride tem uma grande presença feminina devido ao Sherides, que chama novas mulheres para este desporto/actividade/passatempo incrível. O que quer que seja que lhe queiram chamar… o longboard é fantástico! O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Melhorou a minha vida. Durante a universidade andava super stressada e no terceiro ano tive de fazer uma pausa para me reencontrar. Nem sempre se percebe que o stress afecta a nossa vida e no meu caso estive mesmo doente e bulímica durante um tempo. Toda a minha vida fui atleta e não conseguia perceber o motivo. Quando o meu médico me receitou Xanax e disse que seria como fumar um charro para tirar o stress, resolvi continuar a fumar em vez de tomar comprimidos. Ultrapassei essa fase e comecei a andar mais de longboard. Tirei GWR MAG 24 |

tempo para mim própria e isso permitiu-me voltar a estudar com propósito e paixão. Para a minha tese produzi Spread the Stroke, um documentário sobre o desenvolvimento da comunidade internacional de skate feminino e as longboard girls crew. Graças ao documentário entrei num mundo de amigos maravilhosos, viagens épicas e downhill logboarding, para além de ter recibo o prémio de Melhor Tese do Ano Por mais fantástico que seja, o longboard pode deixar-nos frustradas. Percebi que quando exigo a mim mesma fazer melhor não me divirto. O que é tolo, porque a razão pela qual ando de skate é para me divertir!. O meu mote no primeiro ano foi «diverte-te e não te magoes» e agora na segunda temporada o meu lado competitivo despertou um bocadinho. Era horrível as alturas em que não me divertia e me magoava.. Quando olho para trás e penso momentos em que me diverti percebo que isso fez de mim uma skater melhor. Sou dura comigo própria e apenas quero skatar as mesmas linhas que os rapazes. Mas com tempo e paciência atingirei esse ponto. Não há pressa, desfrutem da viagem. Longboard significa alegria e tem o maior efeito positivo na minha vida.


Há quanto tempo vens ao Maryhill? Tenho muito orgulho de dizer que venho desde o primeiro dia. Este foi um evento de mudança e tive de vir uma e outra vez. Assim como a qualquer freeride que pude vir! Não é só a estrada que me traz de volta todas as vezes, mas também as pessoas.

desenhadas com os meus amigos é um sentimento incrível.

O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Não consigo traduzir em palavras como o longboard mudou a minha vida! Uma lição valiosa é que me Do que gostaste mais? ensinou a lidar com situações desconfortáveis e a A minha lista de coisas que gostei não tem fim, mas ultrapassar os meus medos. A confiança que ganhei a minha parte favorita nestas viagens são o nível de ajuda-me a ultrapassar-me todos os dias. Sem o experiência que ganho de todas as vezes. Toda a skate não seria quem sou hoje. gente está sempre a sorrir e o nível de adrenalina é tão grande que o consegues sentir no ar! Toda Como foi participar neste evento? a gente está pronta para andar de skate e ter bons Comecei a praticar downhill quando ouvi falar deste momentos. evento. Vi um vídeo no youtube da Katie Neilson a andar nesta estrada e desde aí quis experimentar O que sentes quando praticas downhill? longboard. Participar neste evento foi fundamental O sentimento que sinto é o mesmo que um gangster para a minha vida e confiança no skate. Voltei uma sente no seu carro na autoestrada. Subo para o nova skater, e acontece todas as vezes. meu skate e é como se subisse para o meu carro desportivo. Inclinar-me nas curvas perfeitamente

diane hiebert

© Ian Logan GWR MAG 25 |


Colleen Daugherty

© Ian Logan

Como foi participar neste evento? Foi para além de fabuloso! Foi o máximo andar de skate com tantas mulheres e de todo o mundo. Estamos todas ligadas por algo em comum – o skate. As risadas durante e depois de cada run foram do mais divertido que poderiam ser! Do que gostaste mais? Gostei de andar de skate, conhecer e conviver com estas mulheres, com as quais só tinha falado via internet. O que sentes quando praticas downhill? Sinto-me como se estivesse a voar. A adrenalina que sinto quando desço uma run é poderosa e tenho de mastigar pastilha elástica para não perder o fôlego. Não há nada que tenha feito em toda a minha vida que se compare com este sentimento.

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O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? O longboard mostrou-me tanto ao longo dos anos. Adoro envolver-me e ajudar como posso. Sou abençoada, pois o cenário texano proporciona muitas corridas e na minha cidade existe o projecto ‘Longboard For Peace’ , o qual ajudo como instrutora e com a preparação de algumas corridas. Adoro fazer parte da comunidade de skate e estou muito feliz por poder desfrutar de algo que me faz abstrair do mundo quando me meto no meu skate. Longboard significa alegria e tem o efeito mais positivo na minha vida.


O que sentes quando praticas downhill? Sinto-me muito orgulhosa por dizer que invisto o meu tempo nisto! O downhill fez-me ultrapassar medos e surpreendeu-me quando consegui alcançar objectivos pessoais. É um sentimento muito compensador. Mas honestamente, quando estou a fazer downhill sinto-me mesmo super cool (estou a brincar… mais ou menos).

Como foi participar neste evento? Foi fabuloso fazer parte deste evento! Maryhill é uma colina super divertida e a vista é fantástica. É óptimo vir aqui andar de skate, porque Maryhill não tem nada a ver com o que vemos em Vancouver. Quando chegámos a Landyachtz Van na sexta-feira à noite, sentia-me nervosa depois de correr para a colina para apanhar a última run. O vento estava tão forte que estavamos a pairar na colina. Felizmente, as minhas O que significa o longboard para ti e como melhores amigas de skate (vocês sabem quem são) influencia a tua vida? estavam lá para me dar aquele empurrãozinho que Sou professora da primeira classe e não sou a típica precisava para ganhar confiança. Acabou por ser skater. O skate ajuda-me a encontrar o equilíbrio na um fim-de-semana fantástico e mal posso esperar minha vida. Também é um exemplo de como superar para voltar. Foi óptimo apoiar uma boa causa este as conotações negativas e os estereótipos sobre o ano e ajudar a família Wolfe a reconstruir a sua skate.. A minha sala de aula está cheia de posters casa. No geral, as minhas capacidades melhoraram de skate e de boas vibrações. Os meus alunos e percebi que não preciso de ser tão dura comigo ficam surpreendidos por ser uma mulher e andar própria quando ando de skate. O importante é de skate. Se não fosse eu, para eles o skate não passar um bom momento. Maryhill é perfeita tanto era para meninas. O longboard lembra-me o quanto para começar com calma como para descer toda a aprecio os meus amigos de skate e como isso nos estrada até ao fim! aproximou. Se tiveres uma boa crew há sempre boas vibrações e toneladas de sorrisos.

Valerie Miller

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© Ian Logan

Há quanto tempo vens ao Maryhill? Em 2012, vim ao meu primeiro Maryhill SheRide e voltei este ano (2015). Para ser sincera, chequei a pensar não conseguir vir a este. É uma misão para conseguir chegar lá.

Daisy Johannes mulheres que estão num nível de iniciação. E apesar de haver uma corrida muito popular nesta estrada, não é tecnicamente difícil. Por isso, venham andar connosco!

O que sentes quando praticas downhill? Nada, na verdade. Estou tão absorvida que todos os Como foi participar neste evento? Vim numa carrinha cheia com 10 raparigas skaters, minutos que passo no meu skate são minutos bem na sua maioria estreantes em Maryhill, e encontrámo- passados. Humm… e às vezes sinto o vento na pele, nos com outro grupo vindo do – eramos cerca de 20 ou insectos na cara, ou o asfalto na pele. meninas em direcção àquela colina. Para as raparigas americanas, a ligação com as outras foi uma grande O que significa o longboard para ti e como experiência pessoal e esperamos que a nossa energia influencia a tua vida? se espalhe a todo o lado. As lesões foram mínimas O longboard pegou em todos os fragmentos da e estamos prontas para o próximo ano. A atmosfera minha vida e juntou-os, dando-me algo para me no freeride é muito mais descontraída do que numa inspirar, quer esteja feliz ou triste. corrida e por não haver competição é um convite às

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Do que gostaste mais no Maryhill SheRide? A melhor parte do Maryhill SheRide foi estar rodeada de um grupo de mulheres fantásticas de todo o país que se juntaram ali para andar de skate, motivar as outras e elas próprias e, acima de tudo, divertiremse. Outro lado fantástico foi conhecer as pros como a Marisa Nunez e a Cindy Zhou dos filmes das LGC que vimos nas lojas de skate Daddies. O filme inspirou-me profundamente e fez-me ficar emocionada por ser uma rapariga a fazer downhill. Ver estas mulheres dos vídeos e andar na mesma estrada do que elas foi uma experiência realmente óptima! A Emoção é real! Havia tantas raparigas!

O que sentes quando praticas downhill? Sinto uma grande excitação, ir depressa, nunca caí até agora e não consigo fartar-me. Quando estou a fazer downhill sinto-me livre! O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Longboard significa divertir-me, ir depressa, acampar e conhecer pessoas de todo o país! Mudou radicalmente a minha vida em menos de um ano. Agora adoro e passo todo o meu tempo a fazer longboard! As viagens, os acampamentos com os amigos, não me consigo fartar. Faz-me verdadeiramente feliz. Gostava de ter descoberto o longboard mais cedo.

Marissa Kall

© Ian Logan

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© Ian Logan

Lynn Kramer

O que sentes quando praticas downhill? Às vezes, sinto-me assustada ao pensar que o meu skate atinja velocidade terminal e comece a fazer wobbling. Depois de conhecer a velocidade de Como foi participar neste evento? Foi fantástico. Na verdade, já me tinha inscrito colina, começa a passar. antes numa uma freeride antes, mas fiquei mesmo nervosapor andar no meio dos amadores. Quando O que significa o longboard para ti e como apareceu a SheRide inscrevi-me logo! influencia a tua vida? Não gosto da palavra “longboard”, prefiro o termo skate. Ride Everything! Do que gostaste mais? Não havia intimidação. Podias aperfeiçoar as tuas capacidades no teu próprio ritmo.Também foi radical ver 60 raparigas a andar. Há quanto tempo vens ao Maryhill? Desde a primeira edição.

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Kristina Gunder

Como foi participar neste evento? Todas as raparigas eram espantosas! As vibrações que se sente do grupo/atmosfera são como nenhuma outra. Braços abertos e preparadas para muita diversão!

de todo o mundo. São fantásticos!

O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Penso nas pessoas fantásticas e nos amigos. O longboard influenciou a minha vida da tantas Há quanto tempo vens ao Maryhill? formas positivas: posso viajar com os meus amigos, Desde há três anos que participo em eventos, , aprender a andar de skate melhor e a conhecer normalmente com os rapazes. Este é o primeiro pessoas de todo o mundo, literalmente! As pessoas SheRide em que participo. viajam de todo o lado para descerem nesta estrada. É épico! Do que gostaste mais? Não estou nem perto do nível das outras raparigas, O que sentes quando praticas downhill? por isso vou ter de responder que foram as pessoas. Sinto-me livre e depois assustada. E também O skate foi realmente fantástico também, mas gostei “lixada”, porque preciso de praticar o meu foot break, mesmo de ver todos os meus amigos e fans de skate tenho algumas feridas a prová-lo!

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© Ian Logan

Há quanto tempo vens ao Maryhill? Foi a minha primeira vez. Como skater de vert, isto foi totalmente diferente de todo o tipo de skate que já fiz na minha vida. Claro que antigamente também já descíamos colinas, mas nada como estas raparigas fazem! Como foi participar neste evento? Foi tão bem organizado e toda a gente foi muito amável. Desde skaters veteranos que fazem downhill há anos a skaters que estão agora a começar. Quando recebi o convite, pensei em ir, conhecer as raparigas e fazer uma história sobre o Maryhill. Depois de falar algumas vezes com o Dean (organização) e muito motivada por ele, decidi que precisava de experimentar. Do que gostaste mais? Gostei muito de conhecer pessoalmente todas as raparigas, pois já nos conhecíamos via instagram

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cindy whitehead e facebook. Vê-las descer em Maryhill foi fabuloso. Estas raparigas são as melhores naquilo que fazem, mas também são as pessoas mais humildes no mundo do skate. Também gostei de aprender um novo desporto – sim é skate, mas tudo (tábua, equipamento, etc.) é diferente de tudo aquilo a que estou habituada. Foi emocionante aprender tudo. No final de cada dia já estava cansada e feliz e senti-me maravilhosamente bem por estar com novos amigos. O que sentes quando praticas downhill? Excitada. Assustada. Viva. O que significa o longboard para ti e como influencia a tua vida? Acho que tenho “o bichinho” – e vou decididamente experimentar outra vez. E tenho de agradecer ao Maryhill SheRide e todas as pessoas envolvidas (agradecimento especial ao Dean e à Ali)


© Ian Logan | Rider: Jamie Cai

© Ian Logan | Rider: Carly Bizama

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Š Ian Logan GWR MAG 34 |

coisas que apenas um longboarder vai perceber


1. Longboard é relaxante. Começas a acelerar e tudo o resto desaparece. Estás no momento. Tens o vento na cara. És feliz. 2. Set ups para bushing/whells, wedging/dew edging trucks e como usar tudo isto junto. 3.

O risco vale a recompensa

4.

A coisa mais importante é ter estilo

5. Aceitar pedidos de amigos apenas pela foto de perfil com um skate. Ter amigos em diferentes cidades, que apenas conheceste uma vez mas que sentes que já os conheces. Por último as experiências e as portas estão abertas para ti 6. FACE DOWN, ASS UP, THAT’S THE WAY I LIKE TO TUCK. 7.

Bambi legs

8. The bridge is always wet and there’s spiders on the course. 9.

Bridge is wet.

10. Quem me dera que todos os dias fossem de Maryhill 11.

Usar Neosporin como loção

12.

Pucks

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© Joana Sousa GWR MAG 36 |


DIĂ RIO

Madeira Bodyboard Girls Experience

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DIA #01

Também com um ritmo impressionante dentro de água, a brasileira Isabela Sousa, tri-campeã mundial, aproveitou ao máximo as ondas deste primeiro dia e confessa estar contagiada pelo espírito do Bodyboard Girls Experience: Num dia inteiramente dedicado ao Bodyboard, as «Adorei a energia diferente que senti por estar com atletas tiveram a possibilidade de surfar na costa tantas raparigas juntas numa vibração muito positiva. sul, no Lugar de Baixo, e ainda de explorar a onda Esse espírito juntamente com a beleza natural da da Ribeira da Janela, que as brindou com longas ilha está a ser uma grande experiência.» esquerdas e uma paisagem deslumbrante que não deixou ninguém indiferente. Com uma missão pela frente, a actual campeã europeia e líder do circuito europeu, Joana Schenker, Com excelentes performances dentro de água, a aproveitou para desfrutar da ilha da Madeira antes atual bi-campeã mundial Alexanda Rinder, das ilhas da competição europeia, que apenas terá início no Canárias, foi das primeiras a entrar no mar nesta sábado, na praia da Fajã d´Areia. «Não conhecia a Madeira e estou a adorar, a ilha é que foi a sua primeira visita à ilha da Madeira: «Gostei muito da ilha, é muito parecida com a linda e o ambiente vivido entre as atletas é excelente. minha ilha, Tenerife, e creio que este evento é uma Sabe bem poder descontrair um pouco antes da excelente ideia por juntar as atletas que estão a lutar competição e poder treinar antes do campeonato.» pelo título europeu com as melhores do mundo. Espero que continuemos a divertir-nos muito e que seja um evento a repetir.» O primeiro dia do Madeira Bodyboard Girls Experience levou às ondas da ilha 15 atletas provenientes de diversas partes do mundo, incluindo Brasil, Chile, ilhas Canárias e País Basco.

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© Nuno Cardoso / Wave Solutions / Oceanus Imago / PasseioEstrada e Ciclovia

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DIA #02

O Bodyboard Girls Experience continuou com novas experiências de descoberta da ilha da Madeira. O passeio para observação de cetáceos foi um dos pontos altos do dia! A manhã solarenga no Funchal, a água cristalina e o encontro com dezenas de golfinhos fizeram as delícias das bodyboarders. Num passeio de barco organizado pela Rota dos Cetáceos, os golfinhos não foram tímidos e deslumbraram as atletas com a sua graciosidade, permitindo excelentes registos fotográficos. Durante a tarde, a procura pelas melhores ondas continuou e o pico escolhido foi novamente na costa norte da ilha, onde a beleza natural envolvente cria um pano de fundo único… «A água quente, azul cristalina, e a paisagem verdejante fazem um cenário incrível, só quem cá está consegue perceber», comenta Catarina Sousa, ex-campeã nacional, de visita à Madeira pela sétima vez.

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DIA #03

E ao terceiro dia, a Fajã d’ Areia, a onda onde terá a água cristalina foram muito convidativas, numa lugar o campeonato europeu durante o fim-de- surfada que correspondeu às expectativas das semana, ofereceu boas ondas e um excelente treino atletas. de preparação às bodyboarders. Depois das sessões de Bodyboard, um passeio Foi apenas no terceiro dia do Bodyboard Girls por uma das levadas madeirenses de paragem Experience que as condições se apresentaram obrigatória e local de beleza natural ímpar, os favoráveis na praia da Fajã d’Areia, e as atletas não Balcões. hesitaram em fazer o primeiro treino na onda onde se irá definir a Campeã Europeia de Bodyboard. E para terminar este dia recheado de actividades Na parte da tarde, o grupo rumou a sul e teve a desportivas e turísticas, as atletas deslocaram-se oportunidade de surfar numa das ondas mais míticas à cidade do Funchal para um jantar convívio no 29 da ilha, o Paul do Mar, onde as ondas tubulares e Madeira Hostel.

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DIA #04

No último dia reservado para a bodyboard trip, a manhã começou com mais sessão de boas ondas na Fajã d’Areia. Na parte da tarde, o Bodyboard Girls Experience rumou à Alagoa para uma mega aula de bodyboard na praia do Porto da Cruz. O último dia antes do início do campeonato europeu de Bodyboard oferecer mais um dia de boas ondas na Fajã d’ Areia com vento off shore e sets de até metro e meio, onde as atletas demonstraram um excelente nível técnico. «Hoje conseguimos perceber bem o potencial da onda, é uma onda com força e gostei muito de surfar hoje e espero que tenhamos condições semelhantes às de hoje no campeonato», resume Teresa Almeida, campeã mundial ISA 2014 e uma das atletas também em disputa do título europeu.

Durante a tarde decorreu a mega aula de Bodyboard na praia do Porto da Cruz que, apesar do mau tempo sentido na costa sul da ilha, apresentou excelentes ondas para a iniciação à modalidade. Entre as participantes, alunas da Ludens Bodyboard School e algumas estreantes do Centro da Mãe tiveram a oportunidade de aprender com as melhores bodyboarders do mundo num momento de partilha de experiências e de grande convívio e diversão entre atletas e iniciantes. Este foi também um momento solidário de recolha de fundos para o Centro da Mãe, associação de solidariedade social que apoia adolescentes e jovens mães em risco. Amanhã arranca a competição na Fajã d’Areia com check in marcado para as 8h.

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DIA #05

Dia de competição!

a conquista directa do título com o apuramento para as meias-finais da última etapa. Joana Schenker revalida o título de Campeã A atleta madeirense mostrou que conhece bem o Europeia de Bodyboard Feminino na Praia da Fajã pico da Fajã da Areia conseguindo encontrar as duas D’Areia em São Vicente, ao apurar-se para as meias- ondas que lhe dariam acesso à próxima fase do ETB finais da terceira e última etapa do European Tour of juntamente com a campeã mundial de bodyboard Bodyboard (ETB 2015). de 2013, a Brasileira Isabela Sousa, deixando Ana Adão para trás (3º) e Cristina Teixeira (4º). A bodyboarder de 28 anos, natural do Algarve e de origem luso-alemã, era a Campeã Europeia 2014 e As estas semi-finalistas juntam-se mais 6, a Jéssica revalidou esta manhã o título ao apurar-se para as Becker(BR) que venceu a etapa mundial de Sintra em meias-finais da terceira e última etapa do circuito Setembro, Teresa Almeida (PT) que foi campeã dos Europeu de Bodyboard, que decorre pela primeira ISA World Games 2014, Giselle Caseli do Chile e a vez na ilha da Madeira no âmbito do MBBGE 2015. a jovem esperança basca, Maddi Fernandez. Carina Joana Schenker já havia vencido as duas primeiras encontra-se na 1ª meia-final com precisamente as etapas do circuito, respectivamente em abril no atletas campeãs mundiais, Isabela Sousa, Teresa La Salie Pro Bodyboarding Festival, em França, e Almeida e Jessica Becker, pelo que não será fácil sagrou-se Miss Sumol Cup 2015, no passado mês lograr com um lugar na grande final. de setembro em Ílhavo, vitórias que lhe garantiram

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DIA #06

Terminou a terceira e última etapa do European Tour of Bodyboard (ETB 2015), inserida no MBBGE 2015 que decorreu na praia da Fajã da Areia, São Vicente. Jessica Becker, do Brasil foi a grande vencedora, tendo deixado para traz Isabela Sousa (2º), a portuguesa Joana Shecker (3º) e a chilena Giselle Caselle (4º). Joana Shencker foi também hoje coroada na ilha da Madeira Campeã Europeia de Bodyboard 2015, após todo o pódio ter sido galardoado com os prémios do MBBGE 2015. O dia começou bem cedo na Baía dos Juncos com as meias-finais da prova em que Carina Carvalho também competiu mas não conseguiu levar a melhor num heat em que encontrou pela frente a vencedora desta competição, e as melhores atletas do mundo como Isabela Sousa do Brasil e a portuguesa Teresa Almeida, terminando assim com um 7º lugar da geral. Pelas 15h decorreu a Cerimónia Oficial de Entrega de Prémios em que estiveram presentes os representantes dos parceiros institucionais e onde foi feito um pequeno balanço do evento por parte de Carina Carvalho, representante das entidades organizadoras ASRAM, e Ludens Clube Machico

que tornaram possível todo este evento. Após as apresentações e agradecimentos a todos os patrocinadores e atletas, Carina começou por fazer um resumo destes seis dias de evento. Muitas sessões de free-surf procurando os melhores spots da ilha de forma a captar os melhores momentos das excelentes performances das melhores atletas do mundo, actividades turísticas que mostraram a riqueza cultural e gastronómica da ilha, momentos de convívio, a mega aula de bodyboard procurando ser também um momento de recolha de fundos para o Centro da Mãe e a prova europeia fizeram “as hostes da casa” e mostraram as todos o verdadeiro conceito do Bodyboard Girls Experience, um evento promocional, competitivo e solidário num programa completo e que recebeu largos elogios de todas as participantes e dos representantes das diversas entidades institucionais. A nível geral, o feedback foi muito positivo pelo poderemos dizer que o MBBGE poderá ser mesmo um evento que veio para ficar e mostrar a diversidade da “Onda da Madeira” à escala internacional.

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KATHERINE FOLSOM © Todd Fuller GWR MAG 51 |


Nascida em San José, na Califórnia, Katherine Folsom é uma skater radical de 34 anos a viver em Sacramento. Para além do skate, é uma talentosa bailarina de sapateado, ballet e jazz, dando aulas há mais 20 anos. Na sua lista de patrocinadores estão a Embassy Skateboards, a Chivazwear, a Kung Fu Griptape, a Surf and Skate Bikinis, Girl is Not a 4 Letter Word e Baddass Skatemom. Títulos e Competições mais relevantes: 1º lugar Skidmark Skatemag’s Barge the Lake 2012, 2nd place Chilli Bowl 2012, 2º lugar 28 and over division Girls Combi Classic 2013, 1º lugar girls division Hangtown Massacre 2013, Ranked #1 no 28 and over division by The World Cup of Skateboarding for 2013, 5º lugar Pro division Tim Brauch Memorial contest 2015

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© Spencer Hanscom

Sabemos que começaste a praticar skate há dão divertidos e emocionantes, mas não são do que cinco anos. O que te motivou e por que demoraste gosto mais. Andar de skate alivia-me o stress e as tanto a começar a andar de skate? pressões da vida, porque posso libertar a minha agressividade e controlá-la. As visitas diárias ao Vai fazer em Abril 15 anos que sou casada e o skate skate park mantêm-me equilibrada. é a vida do meu marido. Para minha surpresa, acabei por partilhar esta paixão e começei a aprender e a Para além do skate, praticas ou praticaste outros andar de skate. desportos? Costumas andar com os N-Men. Qual é a Adoro yoga, e à medida que vou ficando mais velha, sensação de pertencer a esta lendária crew? mantém-me flexível e isso complementa o skate. É muito bom pertencer a algo que estas pessoas fantásticas mantêm vivo ao longo destes anos. O meu marido faz parte da crew original dos N-Men e em 2013 entrei oficialmente no grupo, tendo recebido o prémio N-Men do ano (marotos!), um momento muito especial para mim. Foi uma honra ter sido a primeria mulher a receber este prémio.

Qual o teu sítio favorito para andar de skate e porquê? A minha casa ou os skate parks de Sacramento e com as crews locais. Sou sobretudo uma skater de vert, mas gosto imenso de andar de skate em todo o lado. E também na nova pool que acabei de construir no quintal, com os meus amigos.

O que sentes quando andas de skate e qual é a Qual o o maior desafio que encontraste neste melhor parte deste desporto? desporto? Adoro aprender truques novos no meu skate e atingir os meus objectivos. Requer muito tempo e Lidar com as lesões, com o medo e às vezes com o dedicação, mas é muito recompensador e para mim pessimismo dos outros. Mas não deixo que isso me é como se fosse uma arte. Os concursos de skate faça parar, continuo a andar de skate. GWR MAG 53 |


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© Todd Fuller GWR MAG 55 |


Que conselho darias às raparigas que se iniciam agora no skate? Façam-no porque gostam e divirtam-se! Não o façam por mais ninguém e quando se sentirem frustradas respirem e continuem a andar. Andem de Skate pela diversão!

a família, mas estamos no processo de construir uma rampa na propriedade, o que é bastante interessante. Como ser mãe influenciou a tua vida?

Quais são as tuas manobras favoritas?

Completamente, pois só comecei a andar de skate quando a minha filha fez sete ou oito anos. Por isso, sou definitivamente uma skate MOM!

Frontside air, sweeper, boneless e todo o tipo de grinds.

Como é que o skate influencia o modo como educas as tuas filhas?

Sabemos que para além do skate, também tens um papel de família activo. Conta-nos um pouco mais sobre a tua família.

Por causa do skate dou-me com gente mais nova e isso faz-me entender melhor os seus problemas. Às vezes, a minha filha passa-se porque a mãe quer estar sempre a ir para o skate park. É uma parte importante das nossas vidas, mas tento fazer outras coisas também e, às vezes, ir de férias sem skate.

O meu marido, a minha filha Sam e eu somos um trio pequeno. Também tenho mais duas filhas que criei. As nossos filhas têm andado de skate connosco ao longo do anos. Acabámos de comprar a nossa primeira casa, o que foi um verdadeiro desafio para

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© Todd Fuller

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© Spencer Hanscom

As tuas filhas também andam de skate? Vais guiá-las pelo “caminho do skate”?

Também construíste o half pipe no teu quintal. Como foi esta experiência?

As nossas filhas sabem andar de skate, mas acho que o skate é mais “nosso”, não é delas. Normalmente, elas querem sempre ir embora muito antes de nós.

Exigiu muito sacrifício e dedicação da nossa parte. Somos pessoas trabalhadoras, modestas e por isso tivemos de planear cuidadosamente. Tivemos muita ajuda de patrocinadores e amigos.

Para além da tua família, tens o teu trabalho. O que fazes e como concilias o teu trabalho com Se pudesses escolher alguém para ridar contigo todas as vertentes da tua vida? quem seria e porquê? Sou professora de dança. Acho que a dança e o skate são compatíveis e até muito semelhantes, são formas de arte muito atléticas. Sou uma sortuda por fazer tanta coisa na minha vida e de me divertir tanto a toda a hora. Mas tanto o skate como a dança e as aulas são muito activos e por vezes é difícil conciliar tudo. Por exemplo, no período das aulas não tenho a mesma disponibilidade de competir como os outros skaters. E já aconteceu lesionar-me no tornozelo a praticar skate e ter de dar aulas de dança de bengala. A vida é mesmo uma aventura. Acima de tudo, tento manter como prioridade a minha família.

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Fácil, com o meu marido! E com o Steve Caballeo, é muito bom andar de skate com ele. E talvez o Rick Blackheart, a Minna Stess, Pat Black, Julz Lynn e Jeff Hedges. Podia continuar a lista, por isso resumindo: andar de skate e divertir-me com os meus bons amigos! Alguma mensagem para as meninas que lêem a nossa revista? Se gostas, não deixes que o que as pessoas dizem ou fazem se intrometa no teu caminho.


be posITIVe, creative, and just skate!

Š Michael Chanrty

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FASHION

SOCKS, SOCKS, SOCKS... By

A XS tem o orgulho de apresentar a nova linha de meias para mulheres. A XS Stocks reflecte uma estética de design única e mantém a autenticidade da marca, focada exclusivamente no mercado de desportos de acção no feminino. A XS é uma marca criada, projectada, testada e usada por mulheres radicais GWR MAG 60 |


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“LIVE LIFE BALLS TO THE WALL. DO EPIC SHIT. TAKE EVERY DARE THAT COMES YOUR WAY. YOU CAN SLEEP WHEN YOU’RE DEAD.”

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GN4LW LONGBOARD 8.75” x 37” | 24.25” Wheelbase The GN4LW board will support Longboarding for peace and give a portion of its proceeds to Poseiden Foundation which supports skaters all over the world. These boards are for girls and guys because we believe in equality in skateboarding.

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fotografia

lorrie palmos

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Rider: Amanda Hays

Lorrie Palmos é uma apaixonada por fotografia. Recebeu a sua primeira câmera com dezoito anos - uma câmera que pertencia ao pai. Nascida em Santa Cruz, onde vive actualmente, começou a sua viagem pela fotografia com algumas sessões de surf e em Abril de 2012 recebeu o seu primeiro convite para uma sessão fotográfica de skate com Scott Foss. Já trabalhou com outros skaters numa variedade de cenários, mas o seu palco favorito são as bowls e o vert. Falámos um pouco com ela, para descobrir mais sobre o seu trabalho fantástico.

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Nome: Lorrie Palmos Local de Nascimento: Santa Cruz, California Idade: A idade é apenas um número :) Lugar de residência: Santa Cruz, California Eventos mais importantes que fotografaste até agora

Quais os eventos mais importantes que fotografaste até agora? Vans Pool Party (Pro’s, Girls, Amateurs), Exposure, Clash at Clairmont, El Gato Classic, Stevie Caballero’s and Eddie Elguera’s 50th Birthday Celebrations at Vans, Bucky’s Boo-BQ Há quanto tempo fotografas desportos de acção? Estou envolvida na fotografia de skate há 3 anos.

Van’s Pool Party (Pro’s, Girls, Amateurs), Exposure, Clash at Clairmont, El Gato Classic, Stevie Porquê esta escolha profissional? Como é que Caballero’s and Eddie Elguera’s 50th Birthday tudo começou? Celebrations at Van’s, Bucky’s Boo-BQ Existem fotógrafos que fazem isto há mais de 30 anos como o William Sharp, James Cassimus, Madison Ray Zimmerman, Grant Britain e Glen Friedman, apenas para enumerar alguns. Eles são verdadeiros profissionais. Eu tenho muitos conhecimentos sobre fotografia de skate e sou uma apaixonada, mas seria faltar ao respeito intitular-me de profissional. Desenvolvi uma paixão pela GWR MAG 68 |


Rider: Amy Treadway

fotografia ao fotografar surf nos finais dos anos 80. O meu namorado, agora marido, era um surfista ávido. Muitas vezes ia surfar em stios demasiado avançados e perigosos para mim. Optava então por ficar nos penhascos e fotografá-lo e aos seus amigos. Apesar de ter a certeza de que teria adorado escolher a fotografia como profissão, escolhi um caminho na áreados cuidados de saúde. Uma carreira nesta área parecia a decisão certa, pois queria começar uma família. Assim, meti a câmera de lado para me focar nos estudos. Trabalho como higienista dentária e tenho um negócio de fotografia à parte. Uma coisa de que nunca desisti foi de surfar. Surfei em todo o lado em Santa Cruz, mas acabei por ficar apaixonada por um sítio na costa. Tornei-me próxima de outros que chamam aquele local a sua casa. Nos dias que as ondas estão demasiado grandes para eu surfar, fico com a minha câmera e tiro fotografias ao grupo. Um dos meus melhores amigos era o Scott Foss. Não soube disto durante

anos e ele nunca o mencionou, mas o Scott era membro da Bones Brigade nos finais dos anos 70 e inícios dos anos 80. Já não andava de skate há 3 décadas quando nos conhecemos. Penso que foi no Verão de 2011, quando ele foi a uma reunião da Bones Brigade, organizada pelo Stevie Caballero. Para tornar a história mais curta, ele começou a andar de skate outra vez. Correcção. Ele começou a rasgar outra vez. No dia 1 de Abril de 2012, o Scott convidou-me para tirar umas fotos dele a andar de skate. Fiquei viciada desde o início. Era emocionante, estimulante e a acção nunca parava. Para além disso, toda a gente me recebia bem. Em apenas uns meses comecei a fotografar competições e sessões privadas. Algumas portas abriram-se para mim, outras tive de arrombar para conseguir entrar. Eram tempos difíceis, mas a minha paixão permitiu-me encontrar formas de estar envolvida.

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Rider: Jordyn Barratt GWR MAG 70 |


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Para além do skate, que outras fotografias A mudança tem de vir da indústria. Por exemplo, no costumas tirar? seu website a Nike tem uma Pro de skate feminino, a Letícia Bufoni, entre 26 riders masculinos. Costumo tirar fotografias de surf, retratos, lifestyle e A Vans tem uma entre 24 – a Lizzie Armanto. É bom estou a aprender a fotografar paisagens. Também saber que tanto a Nike como a Vans apoiam estas adoro as fotografias de longa exposição à noite. skaters, mas seria espectacular ver ainda mais riders femininas apoiadas. Como vês as mulheres no desporto de acção nos dias de hoje? Desde o dia que começaste até hoje que mudanças aconteceram no desporto de acção As mulheres percorreram um longo caminho no feminino? nos desportos de acção, mas ainda têm muito a percorrer. Ainda não são levadas tão a sério como Desde os finais dos anos 70, tenho visto aumentar os homens. Ainda se recorre muito às modelos para bastante o número de mulheres a participar nos vender equipamento como sapatilhas de corrida ou desportos de acção. A reacção às mulheres roupa, em vez de se usar as atletas. envolvidas nos deportos melhorou em alguns

Rider: Kim Contreras GWR MAG 72 |


Rider: Demarcus James

países, mas ainda há muita descriminação. No início dos anos 70, foi aprovada uma lei na América que obrigava as escolas a darem o mesmo nível de treino, equipamento, facilidades, etc., tanto a rapazes como a raparigas. Isto levou a que mais raparigas se envolvessem nos desportos e resultou num maior número de atletas bem treinadas e competitivas. Vi um aumento dos salários. Em 1969, Margo Ober foi a primeira mulher surfista a ganhar um cheque. Era cerca de $150. Aprendi hoje,que, pela primeira vez na História, na World Surf League Samsung Galaxy Championship o prémio da bolsa para as mulheres é igual ao dos homens. Isto são notícias fenomenais! É um grande passo para todas as mulheres nos desportos de acção. Espero que o skate e os outros desportos sigam o exemplo.

Qual é a tua fotografia favorita? A melhor fotografia que já tirei foi de Demarcus James em Buena Vista (em cima). Com que skaters femininas gostas mais de trabalhar?

O meu grupo favorito de raparigas são da minha terra natal. São conhecidas como as Santa Cruz Lady Lurkers. As Lady Lurkers são um grupo de raparigas que não competem mas dedicamse a manter o skate divertido. Atitude positiva e camaradagem são o seu lema. O seu nível de skate varia e não interessa. Tratam-se com respeito mútuo, independentemente de quanto é que cada uma anda de skate. É incrível a rapidez com que as És das poucas fotógrafas que apresentam raparigas evoluem, com a motivação constante dos outros membros. A atitude é o que me motiva trabalhos com mulheres. Qual é a melhor parte de trabalhar com mulheres? na fotografia. Não me interessa com quem estou a trabalhar, desde que toda a gente se esteja a A energia é leve e divertida. Há mais sorrisos e mais divertir e a dar apoio. Espero que as minhas fotos transmitam isso e motivem outras raparigas a ter gargalhadas. Fazem uma sessão sempre uma atitude positiva e de apoio. engraçada. GWR MAG 73 |


Quais são os maiores desafios para uma fotógrafa de skate?

fizeram tudo para me motivar e estarei sempre grata por isso.

A fotografia de skate não é glamorosa. É um trabalho extenuante. Depois de viajar, fotografar, fazer download das fotos e o seu processamento, fico bastante cansada. Também é dispendioso e o que recebes é pouco para ser contado como salário. O meu trabalho como higienista paga o meu vício pela fotografia. O equipamento fica danificado por tábuas a voar. É frequente fazer manutenção e substituição. Para uma fotógrafa, um grande desafio é a arena dominada por homens. Inicialmente, é difícil ser aceite e ser levada a sério. Recebi muitoapoio de alguns fotógrafos atrás das câmeras, mas não tanto em público. Geralmente, os skaters são mais motivadores. Existe um núcleo de rapazes que

O que é para ti a foto perfeita?

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Uma foto que junte tudo: a acção, o ambiente, a emoção de um modo geral dos skaters e dos fãs. Há projectos que estejas envolvida neste momento e que queiras partilhar? Tenho alguns projectos planeados a curto e a longo prazo com as Lady Lurkers, e espero ir a San Diego em Novembro para fotografar o Exposure, a competição feminina organizada pela Amelia Brodka. A par disso, estou ansiosa por fotografar algumas sessões de bowl.


Rider: Melissa Sullivan GWR MAG 75 |


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INeS ´ AMBRoSIO GWR MAG 77 |


ARTES Quando começou o teu interesse pela arte?

Primeiros trabalhos

A arte sempre esteve presente na minha vida, de forma muito natural, desde que me lembro de existir. Fosse por influência da família, pelo meu gosto ou pela necessidade de me exprimir criativamente.

Este último ano estive com um projecto entre mãos de recuperar um espaço, onde neste momento já tenho o meu atelier. Fora isso, como um dos meus maiores interesses é mesmo viajar e surfar, normalmente desenho mais nos meus diários gráficos/de viagem. Para além de desenhar, tiro fotografias e escrevo.

Passei pelas mais diversas formas de arte. Sempre gostei de experimentar tudo e sentir tudo. Desde a pintura, desenho, escultura, à musica e ao teatro que me acompanhou por muitos anos e me marcou bastante. As sensações são a base de tudo. Gosto de contacto, sempre preferi falar com alguém a ler um livro, no entanto a escrita é uma área que também me atrai muito.

Gosto muito de desenhar corpos, sou fascinada por caras e principalmente olhares. A natureza e o mar normalmente estão sempre ligados aos meus trabalhos. Algumas figuras da mitologia, como as sereias, fascinam-me e sempre pertenceram á minha arte. Gosto pouco de rótulos. Ser Artista para mim é ser Os animais e as conchas do mar, que para mim livre. E embora ache que terei que me focar mais simbolizam o caminho da vida, também estão muito numa área do que outra de cada vez, conhecendo- presentes. me como conheço, sei que a Inês tão depressa está a surfar como a desenhar, fotografar ou a escrever.

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O teu traço Tenho fases, por vezes mais solto e descontraído outras mais definido e gráfico. Desenhar é das coisas que me faz mais relaxar, mexe muito com as minhas emoções, por isso o meu traço depende muito da minha disposição e humor. Gosto de usar técnicas mistas, caneta preta, colagens, tinta da china, aguarelas.. entre outros. Ultimamente tenho desenhado bastante com caneta de cor em fundo preto. Influências e inspirações Entre outros, a Kassia Meador é uma grande influência, não só pelo seu estilo de surf, Longboard muito feminino e clássico. Assim como pelo seu estilo de vida, trabalho artístico e fotografia. Sou influenciada principalmente pelas pessoas que me rodeiam, vou captando os traços que mais me atraem de quem passa pela minha vida, seja por uma hora ou por anos. Gosto de conversas profundas e sinceras, gosto de conhecer outros seres humanos e deixar-me levar pelas suas historias e vivências. Para mim não há melhor inspiração que esta. A música está sempre presente no meu dia, não fosse outra das minhas paixões. Um dos artistas que me inspira mais na musica é o Frankie Chavez, um pouco de Blues e de Folk. “The Search” é uma das minhas preferidas para ouvir enquanto desenho. Antes de surfar ouço muito Rudimental, Chet Faker ou Flume. O que significa o surf para ti O surf é a minha vida. É o equilíbrio das minhas paixões. É a coisa mais importante e que me guia. Tenho uma ligação inexplicável com o mar, sinto que tenho mais saudades da água salgada do que poderei algum dia ter de uma pessoa. Quando estou longe do mar, parece que estou longe de mim. Não sou eu, falta-me uma parte do coração.

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Faço surf à cinco ou seis anos e desde pequena que o mar e a arte estiveram ligados. Hoje em dia, é engraçado pegar nos meus trabalhos antigos e ver sempre símbolos do mar, quer sejam as sereias, GWR MAG 81 |


conchas, peixes ou anzóis. Inclusive, há pouco tempo, em arrumações para o meu atelier encontrei a minha primeira Barbie “Mergulhadora”. É muito giro interpretar as minhas escolhas em criança e as de jovem adulta. Sinto que estou no caminho certo, consegui ser fiel a mim própria e àquilo que o meu coração me pediu. O mar é tudo para mim. O teu trabalho favorito As viagens. Gosto de me sentir viva e livre. Pegar numa mochila, enfiar para lá meia dúzia de coisas, a minha maquina fotográfica, a prancha e partir para o desconhecido. É isso que me faz feliz.

para um sitio novo é uma mistura de sentimentos. Por um lado, deixas muita coisa para trás, pessoas, lugares incríveis, memórias para o resto da vida. Por outro, é bom voltar a um sitio onde já tens boas recordações e amizades ou então onde farás novas. Nós, surfistas, nunca encontramos uma onda perfeita, há sempre melhor. As viagens à procura de ondas e a nossa constante insatisfação são uma analogia à vida. Somos um ser insatisfeito, procuramos a perfeição embora saibamos que nunca a vamos alcançar. O mar ensinou-me a olhar para as coisas pequenas e dar-lhes valor.

A vida é uma procura da felicidade e eu gosto muito Viajar, estar na estrada, sozinha ou acompanhada, de o fazer. Quanto mais difícil é o caminho mais me é algo que me faz sentir realizada. Gosto de sair da cativa. O caminho só tem piada se for atribulado, e zona de conforto, daí procurar sempre coisas novas se tivermos que trabalhar para alcançar os nossos objectivos, caso contrario era uma linha recta.. e eu e lugares diferentes. Cada vez que vou viajar, encho a alma de sensações gosto de ondas! novas e gosto de as passar para o papel, seja em Sou uma sonhadora, a minha cabeça tem sempre desenho ou em fotografia, outra grande paixão à um objectivo novo assim que conquista o anterior. A cima de tudo é o mar que me guia. qual me tenho dedicado mais ultimamente. Quem viaja muito é alguém que tem que lidar muito Temos que aprender a amar. Amarmo-nos a nós com a saudade.. Ainda há uns dias falava disso com próprios, só depois podemos amar os outros. E para alguém que conheci na praia. Sempre que partes estarmos em pleno equilíbrio connosco e com a vida

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temos que nos encontrar. E para isso, não há nada melhor do que nos “perdermos” a viajar primeiro. Trabalhos realizados A viagem que me marcou. A minha última viagem foi sozinha para os Açores e durou um mês e meio. Fui convidada por um grande amigo meu e uma inspiração para à vida, David Prescott, para o ajudar com a Escola de Surf. Cheguei lá sem conhecer ninguém (o David não estava), pronta para o que viria a ser uma das minhas primeiras aventuras, desta vez, sozinha. Ao início, estranhei toda aquela calma da Ilha de S. Miguel. Vir dos arredores da capital para para a ilha a principio deveria ser bom, mas para mim foi estranho habituarme a calma e serenidade açoriana, que no entanto, fascinava-me. Sozinha. Eu, a Ilha e um monte de pessoas novas durante um mês. Quem me conhece sabe que eu faço amigos com uma enorme facilidade e adoro comunicar e falar

com pessoas novas. Rapidamente fiz amigos na ilha. No meio do trabalho, das sessões de surf ao por do sol, dos festivais das terrinhas e das jantaradas com amigos, rapidamente me apaixonei por completo por tudo aquilo. Muitas histórias para contar, muitos amigos para a vida, é sem dúvida uma segunda casa da qual tenho muitas saudades. Fui acolhida da melhor maneira que poderia ter sido. Já tenho saudades, de conduzir e só ver verde da natureza ou azul do mar a minha volta. Das termas naturais, as caldeiras de água quente, das surfadas de fato de banho e sem dúvida do sotaque açoriano. Há quem diga que fiquei com algumas expressões, expressões, sinceramente fico feliz. Tudo o que posso querer é voltar lá assim que possível, ver se desta vez não tenho que esperar duas semanas pela minha prancha porque vem de barco, e da próxima vez tentar não ser picada por Águas Vivas. Sonhos Até hoje, posso dizer que praticamente todos os meus sonhos se realizaram. Sou mesmo muito sonhadora, GWR MAG 83 |


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a dormir e principalmente acordada! Sonho tanto que sinto que ter de saber dar prioridade aos sonhos mais importantes, aos que me fazem mais feliz. Há sempre muitas maneiras de chegarmos ao nosso destino, mas o mais importante é mesmo a viagem. Vivo o meu sonho, sim. Mas sou muito ambiciosa, no bom sentido. Ainda tenho muitos sonhos e projectos por realizar, com o tempo lá chegarei. Viajar é um deles. Quero conhecer o mundo, quero encherme de mar, ondas, histórias, memórias e conhecer diferentes culturas. Se me perguntassem onde é que eu me imagino daqui a 5 anos, seria a andar com a minha prancha de baixo do braço por aí, de país em país, continente em continente. Para este ano, já tenho alguns projectos planeados que a seu tempo irão aparecer.

Papel do artista na sociedade actual - o teu papel O meu papel como surfista e artista é trazer cultura ao surf português e inspirar as próximas gerações de surfistas. Mostrar que fazendo aquilo que mais amo sou feliz. Se queremos muito algo conseguimos, eu estou a dar os meus primeiros passos de um longo caminho como longboarder e artista. Quero muito, não só, inspirar as outras pessoas a seguirem os seus sonhos e ouvirem o que o coração diz, como abrir mentalidades fechadas. Todos nascemos artistas, o problema está em mantermo-nos. Somos banhados em preconceitos e ideias prévias. O artista deve despir-se de todos esses conceitos prévios procurando o puro e o genuíno. Eu procuro isso na cultura do surf, daí a minha paixão pelo longboard e pelo clássico. Procuro a essência das coisas boas da vida.

© Filipe Neto GWR MAG 85 |


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“All children are artists. The problem is how to remain an artist once he grows up” Pablo Picasso

© Filipe Neto

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JOANA GONcALVES ,

motocross

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© BFelix

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És a única rapariga a competir no Nacional de Como és recebida?

motocross. O que te motivou a participares sem companhia feminina? Não me posso queixar, sempre fui bem recebida por parte do paddock, as pessoas são simpáticas e Sim, é verdade no nosso país não existem muitas sempre me respeitaram. raparigas no mx, mas o motivo pelo qual participei no campeonato foi por gostar da modalidade É um desporto muito violento, agressivo até. e por gostar de andar de mota. Como te preparas?

Como te sentes?

A preparação é basicamente andar bastante de mota, ou seja apurar a técnica e depois fazer um Sinto me cada vez melhor, porque tenho evoluído a complemento de um treino físico. A parte física é cada época e acabo por ser uma concorrente cada muito importante neste desporto, porque se tivemos vez mais forte. Isto faz com que eles me respeitem bem preparados muitas das vezes evitamos lesões. mais como adversária e dá-me mais confiança quando estou a correr contra eles. De onde veio o teu gosto pelas motas?

Como é o ambiente? O ambiente é óptimo, nunca tive qualquer problema com os meus adversários, posso dizer que é um ambiente tranquilo.

O gosto pelas motos veio por influência do meu pai, uma vez que ele tem uma oficina de motas e sempre gostou de andar de mota. Foi a partir daí que tudo começou.

© Luis Andrade Films

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© Luis Andrade Films

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© Luis Andrade Films

Lembras-te de quando subiste pela primeira vez para uma mota?

Não, os meus pais é que dizem que comecei andar pela primeira vez quando tinha 4 ou 5 anos.

E quando tiveste a tua primeira mota? Devia ter os meus 6 ou 7 anos.

Na altura em que começaste, imaginaste que as

motas seriam o teu futuro?

Nunca tinha imaginado ou pensado tal coisa, porque andava só pelo divertimento e de vez em quando. Só mais tarde percebi que era isto o que queria fazer e comecei a treinar e a levar as coisas mais a sério.

bastante complexa, que exige estarmos muito bem preparados, já que sendo um desporto perigoso o mínimo erro pode acabar numa lesão.

Que idade tinhas quando começaste a competir?

Em que classes competiste e quais foram os teus melhores resultados? Comecei a competir aos 11 anos, na classe iniciados com uma mota de 85cc, Os meus melhores resultados nessa classe foi um terceiro lugar no Campeonato Nacional de supercross e um quinto lugar no Campeonato Nacional de motocross.

Outras

raparigas para quem olhes e que te sirvam de inspiração?

Tenho como referência a Livia Lancelot e a Steffi Laier, que já foram campeãs do mundo, quando era Porquê as motas? O motocross é um desporto mais pequena cheguei a ir ver provas em que elas perigoso. O que te levou a apostar no mx? participavam. Naquela altura eram como ídolos para mim e agora somos adversárias. Antes de mais, porque é um desporto de que gosto realmente e também é uma modalidade GWR MAG 94 |


Experiência

no Mundial: quais as diferenças expectativas, uma vez que era tudo novo para mim, até mesmo competir com mulheres, tanto que fui para o Nacional? fazer o campeonato feminino a Espanha para me A experiência no Mundial foi espetacular, gostei ambientar.

bastante porque tive a oportunidade de andar nas melhores pistas e de partilhá-las com as melhores Balanço desta época e planos para 2016? do mundo. As diferenças para o Nacional… acho que não podemos comparar uma competição O balanço que eu faço desta época é com saldo internacional com uma nacional, o ambiente é positivo porque cumpri com os objetivos que tinha diferente, o número de pessoas também, as pistas estipulado no inicio do ano e por isso fiquei contente e o seu tratamento é diferente, ou seja, tudo é com isso. diferente. Planos para 2016 é tentar conseguir arranjar apoios suficientes para fazer o campeonato completo, o Como se proporcionou? que nao sera fácil. Depois será continuar a trabalhar para conseguir evoluir e com isso fazer melhores Com a ajuda da Federação, da Yamaha e da equipa resultados no Mundial e nos restantes campeonatos. BRC foram as peças essenciais para a concretização Para já só posso adiantar que para o ano vou ter do projecto desta época. como principal apoio Yamaha e a Federação.

Em que provas do Mundial participaste até agora e quais os resultados?

Consegui um top 10 na última prova, foi o meu melhor resultado desta época e superou asminhas

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PRODUCT TESTING

JOBE"SOFIA" WETSUIT

O fato de neoprene é indispensável para todos aqueles que praticam desportos aquáticos todo o ano.Tivemos a oportunidade de testar um dos novos produtos da JOBE - O fato “Sofia”, adequado para uma série de desportos aquáticos. Ao escolher o fato de neoprene devemos ter em atenção vários factores, começando no tamanho e na espessura. No caso do “Sofia” está disponível em vários tamanhos e é um fato curto 2.5 no peito e costas para permitir um maior aquecimento do corpo, e 2.0 nas pernas e braços por forma a permitir maior amplitude de movimentos, adequado para os meses de transição como a Primavera ou o Outono. Quanto à elasticidade este fato é 100% neoprene Nuclear Flex, super confortável e sem travar nenhum movimento preciso. GWR MAG 96 |

De realçar ainda a costura, que nos chamou a atenção pela qualidade e conforto. O fecho é nas costas, tradicional, facilitando vestir e tirar o fato.

recomendado


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Billabong Gravitate Top 40,99€

must have

Gorro NEW ERA Leo Khit LOSRED Ericeira Surf & Skate Summer 2015 - Top Eclipse - 24,99€

Casaco Billabong HAPPY VIBES 84,99€

Ericeira Surf & Skate Summer 2015 - T-shirt Tiny - 34,99€

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Ericeira Surf & Skate - Top Vintage Flower - 23,99€


GWR Limited Edition (Black/Pink) disponível por encomenda em gwrmag@gmail.com 25€

Surf Sup 10,6” Jobe Package O pack inclui prancha , bomba , saco de transporte estanque , shop , remo ajustavél flutuante 650€ disponível em www.skiworld.pt

JOBE EVO disponível em: www.jobewakepark.com/evo

XS Socks - Available at http://www.xshelmets.com/ GWR MAG 99 |


breves 5ª travessia do rio tejo em sup by Alcochete Extreme

© Isabel Freitas

No passado dia 27 de Setembro decorreu a 5ª Travessia do Rio Tejo em Stand Up Paddle. Este ano a forte adesão ao evento quase duplicou o número de inscritos em relação ao ano anterior. Mais de 170 participantes percorreram os 14 kms, ao largo da ponte Vasco da Gama, com início na marina do Parque das Nações e acabando na Paia dos Moinhos, em Alcochete. A participação feminina teve um peso considerável no número de participantes com 1/3 das inscrições. Este ano a atleta Isa Sebastião, já conhecida por ser a maior embaixadora da modalidade em Portugal, foi homenageada durante o evento pelo seu recorde mundial em maior distância percorrida em Stand Up Paddle sem paragens.

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No local de chegada esteve instalada a recepção aos participantes com muita animação, ambiente descontraído, uma tenda de massagens de relaxamento e alongamentos, dados pelo Ginásio Quinta do Valbom, e lanche para todos. Após este momento de convívio, foi feito um sorteio de 2 câmaras de filmar cedidas pela AEE MagiCam e sapatos Paez. O evento contou com o apoio de AEE MagiCam, RRD, Sapatos Paez, El Corte Inglês, Águas Vimeiro, Ginásio Quinta do Valbom, Câmara Municipal de Alcochete, Marina Parque das Nações, Bombeiros Voluntários de Alcochete, RedBull, PlaceGar, Transportes Luisa Todi e Stand 100 Entrada.


© Isabel Freitas

© Jose Carlos Bernardo

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gwr.mag staff Oriana Brás Catarina Faustino Cindy Whitehead edições anteriores like us on Facebook

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