Revista AgroRevenda

Page 1

set/out 2010 . nº 34 . ano VI

gestão da revenda agropecuária

PARCERIAS À VISTA

EXPO AGROREVENDA CONECTA INDÚSTRIA E VAREJO, PROMOVENDO ALIANçAS NA DISTRIBUIçÃO DE INSUMOS AGRíCOLAS E PECUÁRIOS leia também: como a pesquisa de mercado auxilia na tomada de decisões em marketing




editorial

Varejo digital Está no ar o novo site da AgroRevenda. Com moderno layout e diferentes seções, o portal é a primeira referência na internet dirigida exclusivamente ao varejo agropecuário. As últimas edições da revista AgroRevenda serão digitalizadas e você poderá consultá-las integralmente. O site contará também com conteúdo exclusivo para a internet e publicará informações oriundas do varejo de bens de consumo e que podem ser viáveis para o mercado agropecuário. Em breve, você poderá seguir a AgroRevenda no Twitter e acompanhar novidades do mercado de agrorevendas no Facebook. Nesta edição, leia o encarte Profissional de Vendas, oferecido pela Tortuga. Veja a cobertura completa da Semana Saúde Animal, promovida pela empresa em setembro, e orientações para a venda de produtos veterinários para o mercado de equinos. Para quem não visitou a terceira edição da Expo AgroRevenda, publicamos os melhores momentos da feira e a cobertura completa do Workshop de Vendas para o Varejo Agropecuário. Leia também o artigo do PENSA que dá dicas valiosas

DIRETOR EXECUTIVO Oswaldo K. Nakamura DIRETORA DE publicação e eventos Flávia Nakamura Cesário MTb 34.546 editorA Adriana Crosariol gerente EXECUTIVA Cristiane S. Nogueira assistenteS administrativOS Alessandra Nogueira Felipe Vieira Vanessa Correa REPRESENTAÇÃO COMERCIAL Campo Dourado Representações RAR Rozenbaum Publicidades EDIÇÃO DE ARTE E EDITORAÇÃO Acará Gráficos & Editores www.acara.com.br Diagramação: Agatha Cristini Sanvidor IMPRESSÃO Van Moorsel Andrade & Cia Ltda. TIRAGEM 7 mil exemplares CIRCULAÇÃO set/out 2010 DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA A revista AgroRevenda é uma publicação da Global Pecus Comunicações Ltda., dirigida a proprietários e gerentes de revendas agropecuárias.

para garantir o crescimento sustentável das pequenas e

ISSN 1808-4869

médias revendas. Na seção do Markestrat, conheça alguns

A revista AgroRevenda está matriculada sob nº 497629 no 4º Registro de Títulos e Documentos e Civil de Pessoa Jurídica, conforme a Lei de Imprensa e Lei de Registros Públicos.

aspectos importantes sobre a pesquisa de mercado no varejo agropecuário. Com os dois pés no mundo digital, aguardamos sua visita na internet. Acesse www.agrorevenda.com.br

Boa leitura

ADMINISTRAÇÃO, COMERCIAL E REDAÇÃO Rua Deputado Martinho Rodrigues 240 São Paulo/SP • 04646-020 Tel./Fax: (11) 5683-2717 www.agrorevenda.com.br CAPA David Carvalho em fotos de Fábio Franci e Ricardo Luca

Filiada à

Flávia Nakamura Cesário diretora de publicação e eventos flavia@agrorevenda.com.br

4 AgroRevenda

set/out 2010



nesta edição

12

32

36

40

notícias 8 Informações atualizadas do agronegócio

fornecedores 12 Indústria destaca suas ações

eventos 22 Expo AgroRevenda faz a conexão entre indústria e varejo

treinamento 32 Workshop inédito foca a atividade de vendas nas lojas

gestão 14 Lucratividade e satisfação do cliente ponto de venda 15 Dinamismo com o planejamento semanal

recursos humanos 16 Realização, afiliação ou poder: qual é a sua base motivacional?

pensa 18 Estratégias para o crescimento de sua revenda

entrevista 36 Fernando Barbano fala sobre o projeto Inteligência HF

markestrat 40 A função da pesquisa de mercado no apoio à tomada de decisão

prateleira 46 Novidades nas prateleiras das revendas

fotolegenda 50 Durante a feira, lojistas investem

22 índice de anunciantes 49 13 11 5 17 4ª capa 39 29 35 31 7 37 47 45 9 3ª capa 41 25 19 2ª capa 21 26 e 27 43

AgriPoint Agristar Agrotis AZ Brasil EPI Bayer Saúde Ambiental Bayer Saúde Animal Bequisa ControlSoft Dinagro Dominus Guabi Isla JP Piracicaba Labgard Ourofino Prime Action Progado Siagri Soesp Syngenta Tortuga Vallée Vonder

em networking

6 AgroRevenda

set/out 2010



notícias

ENTREVISTA Antônio Carlos Guimarães, presidente do Conselho Diretor da CropLife América Latina

A

CropLife América Latina é uma or-

regiões aptas para a agricultura. Para

ganização sem fins lucrativos, in-

superar os problemas de resistência de

tegrada por uma rede de companhias

pragas, as companhias de pesquisa e

e associações em 18 países. Repre-

desenvolvimento trabalham constante-

sentam a indústria da ciência dos

mente em novos defensivos agrícolas,

cultivos que pesquisa, inventa, desen-

que combinam eficácia com um bom

volve, fabrica e comercializa produtos

perfil ambiental. Existe, a cada ano, um

agroquímicos de biotecnologia e servi-

investimento de mais de 5 bilhões de

ços, contribuindo, deste modo, ao me-

dólares em pesquisa e desenvolvimento

lhoramento da produtividade agrícola

nessa área.

na região.

da Syngenta para a América Latina,

Guimarães O Brasil é uma potência

engenheiro civil pela Universidade de

agrícola mundial, com um desenvolvi-

São Paulo e pós-graduado em finanças

mento extraordinário neste setor. Segun-

pela Fundação Getúlio Vargas. Nesta

do a FAO, o país liderará o crescimen-

propriedade intelectual. Entretanto, é

entrevista, divulgada pela Associação

to agrícola a nível mundial na próxima

necessário que a América Latina tenha

Nacional de Defesa Vegetal (Andef), o

década. O campo tem crescido e se

mais consciência sobre a importância de

presidente fala sobre como o país se

modernizado com o uso de ferramen-

proteger este direito. Atualmente, exis-

prepara tecnologicamente para liderar

tas tecnológicas como sementes, de-

tem avanços em países como México

a agricultura mundial.

fensivos agrícolas, máquinas e irrigação.

e outros que começam a ver o tema,

Quanto à aplicação de defensivos, é ne-

como a Guatemala.

8 AgroRevenda

Rafael Fragoso

tônio Carlos Guimarães, é diretor geral

Há alguma preocupação por conta da quantidade de defensivos agrícolas usada no Brasil? Qual é a situação exatamente?

O novo presidente do Conselho Diretor da CropLife América Latina, An-

Como a indústria de defensivos trabalha para responder a demanda mundial de alimentos?

cessário considerar o clima do Brasil.

Antônio Carlos Guimarães Trabalha-

e as aplicações são diferentes de outras

mos em vários espaços para produzir

regiões do mundo. O fato de outros agri-

No Brasil se recolhe 90% das embalagens vazias, o melhor índice mundial. Como esta experiência pode ser multiplicada em outros países?

mais em um menor espaço de terra, au-

cultores brasileiros confiarem nos de-

Guimarães O segredo está na respon-

mentar a produtividade em meio às mu-

fensivos agrícolas indica que o país se

sabilidade compartilhada. Temos que

danças climáticas e suas consequências

prepara tecnologicamente para liderar a

somar compromissos. No Brasil, os agri-

de secas, enchentes e novas pragas, re-

agricultura mundial. As cifras evidenciam

cultores, distribuidores, transportadores,

duzir a resistência de pragas, diminuir a

o alto grau de competitividade do Brasil.

autoridades, comerciantes e fabricantes

marca ambiental da agricultura e garantir

Na colheita de 1974/1975, o país culti-

de produtos trabalham com um objetivo

os recursos naturais para as futuras ge-

vou em 46 milhões de hectares e colheu

em comum: o manejo responsável das

rações. Os desafios são grandes, mas

48 milhões de toneladas; na colheita de

embalagens vazias. Além disso, temos

trabalhamos para superá-los. Estão em

2009/2010, serão 143 milhões de tonela-

a forte liderança do Instituto Nacional de

fase de testes, por exemplo, sementes

das, na mesma área de 36 anos atrás.

Processamento de Embalagens Vazias

resistentes a secas e enchentes, a fim

O desenvolvimento científico requer da

(inpEV), que executa o programa com

de transformar as terras improdutivas em

motivação que ofereçam os direitos de

bastante eficácia.

Por ser predominantemente tropical – quente e úmido – os tipos de produtos

set/out 2010



notícias

NOVA DIRETORIA ABRASEM Fortalecer o setor de sementes. Essa

ção dos Produtores e Comerciantes de

tura brasileira, por meio de práticas mo-

é a proposta da nova diretoria da Asso-

Sementes e Mudas do Rio grande do

dernas, sustentáveis e da adoção das

ciação Brasileira de Sementes e Mudas

Sul (Apassul).

tecnologias disponíveis, além de cola-

(Abrasem), que tomou posse recente-

Segundo Barison, a Abrasem continu-

borar com a revisão da normatização

mente na sede da entidade, em Brasí-

ará auxiliando na fiscalização do mer-

vigente. “O Brasil tem potencial para

lia. O presidente eleito para comandar

cado, defendendo os interesses dos

produzir muito mais utilizando as ferra-

a entidade até 2013 é Narciso Barison

produtores de sementes e mudas, e es-

mentas e tecnologias disponíveis hoje”,

Neto, que também preside a Associa-

timulando o desenvolvimento da agricul-

defende o presidente da entidade.

SAFRA VERÃO 2010/11 A terceira estimativa de produção

área para o cultivo de soja quanto

de da soja e do milho verão chegou

para a safra 2010/11 da consultoria

pela diminuição na produtividade,

perto de níveis recordes com uma

AgraFNP é de 67,2 milhões de to-

em razão do clima esperado para o

distribuição de chuvas mais homo-

neladas para soja, 28,7 milhões de

próximo verão. Já para as lavouras

gêneas. Na temporada atual, o fe-

toneladas para milho verão e 1,6

de algodão, o ganho de área será

nômeno La Niña continuará influen-

milhão de toneladas para o algodão

responsável pela elevação da pro-

ciando o clima do Brasil durante a

em pluma. Para a AgraFNP, o Brasil

dução nacional, patrocinado pelos

primavera. Embora a produção de

deverá produzir um volume de soja

altos preços pagos na pluma.

algodão seja de alto risco, alguns

Por outro lado, a situação observa-

produtores que semearão a cultura

temporada, embora deva ocorrer

da no ciclo anterior é muito distinta

a partir de janeiro de 2011 poderão

um pequeno aumento da área se-

dos prognósticos que vem se dese-

ser beneficiados, uma vez que o La

meada. A produção de milho verão,

nhando para nova temporada. Na

Niña tende a promover precipitações

por sua vez, deverá ser reduzida em

safra 2009/10, o Brasil estava sob a

mais regulares durante o primeiro tri-

16%, tanto em função da perda de

influência do El Niño e a produtivida-

mestre de cada ano.

luiZ balTaR

2% abaixo do registrado na última

10 AgroRevenda

set/out 2010


CLIMA BENEFICIA CEVADA ços até 20% abaixo da cotação do milho. Nesta safra, o clima está trazendo

dade estão favorecendo as lavouras de

bons resultados na colheita paulista. O

cevada no Brasil. No total, o país conta

rendimento da cevada irrigada com a

com cerca de 80 mil hectares semeados,

cultivar BRS Sampa está com média de

com a expectativa de altos rendimentos

5 mil kg/ha. O rendimento e a qualidade

na cultura, informa a Embrapa Trigo.

surpreenderam produtores de São Paulo

A colheita já começou em São Paulo e

que devem dobrar a área de 2 mil hecta-

deve iniciar em meados de outubro na

res para o próximo ano. Na Região Sul,

Região Sul, onde está 97% da área.

a colheita da cevada começa em mea-

A cevada, como os demais cereais de

dos de outubro e a expectativa é colher

inverno, é dependente das condições

média de pelo menos 3 mil kg/ha. No

climáticas, sendo a chuva, na época da

Paraná, que conta com 45 mil hectares,

colheita, o maior problema. Nas últimas

a seca que atingiu a cevada em agosto,

três safras, a cevada brasileira atingiu

fase de formação do potencial de produ-

bom rendimento, mas baixa qualidade.

ção, e pode comprometer o rendimento,

Boa parte da safra não atingiu os padrões

além de problemas com doenças como

exigidos na indústria cervejeira. Em 2009,

ferrugem da folha e oídio, que exigiram,

metade das 150 mil toneladas colhidas foi

em alguns casos, três aplicações de fun-

destinada à alimentação animal, com pre-

gicidas para o controle.

David Thomson

O inverno relativamente seco e a primavera com baixa umidade e boa luminosi-


fornecedores

SEMANA SAÚDE O encerramento da campanha foi

A ação nacional da Tortuga per-

a 4ª Semana Saúde Animal promo-

marcado por cavalgadas em dife-

correu 40 revendas agropecuárias,

veu a integração entre a Tortuga,

rentes cidades pelo país. Durante

possibilitando a troca de experiên-

revendas agropecuárias e criadores

esta atividade, os participantes re-

cias, novos contatos e atualizações

de todo o Brasil. Neste ano, o tema

gistraram imagens e a fotografia

de mercado. Não deixe de ler a edi-

central O Ano do Cavalo para a Saú-

mais votada no portal do evento

ção nº 7 do encarte Profissional de

de Animal possibilitou a troca de in-

(www.tortuga.com.br/semanasaude),

Vendas, que traz a cobertura desta

formações sobre sanidade equina,

com 731 votos, pertence a Paulo

campanha, além de informações

soluções e lançamentos em produ-

Giovani Santos de Oliveira, do Rio

técnicas e produtos para o abaste-

tos para o mercado.

Grande do Sul.

cimento das prateleiras.

fotos: fábio franci

Entre os dias 13 e 18 de setembro,

4ª Semana Saúde Animal percorreu 40 revendas agropecuárias por todo o Brasil, entre elas a Agrodino (Tatuí, SP). O encerramento da campanha foi marcado por cavalgadas em diferentes cidades

NOVA FILIAL Empresa do segmento de pesagem, a Toledo do Brasil inaugurou, no início de

12 AgroRevenda

ros de aves, indústria química e estabele-

outras marcas”, destaca o gerente de

cimentos comerciais.

Assistência Técnica da Toledo, Luiz Antonio Morato Conceição.

setembro, sua 22ª filial. A nova unidade,

“Nossa equipe está capacitada para

em Araçatuba (SP), prestará, de acordo

apresentar e instalar as melhores solu-

Os 250 metros quadrados da filial

com informações divulgadas, serviços

ções. Fazemos também revisões de har-

abrigam, por exemplo, um laboratório

de assistência técnica no menor prazo

dware e software em balanças já existen-

para conserto de balanças e um almo-

entre as fornecedoras de balança para

tes, além de manutenções preventivas e

xarifado para estocar peças. Os clientes

os clientes da região. A filial conta com

corretivas. As calibrações são efetuadas

de Araçatuba e região contam também

20 funcionários treinados para atender

de acordo com as normas ISO 9000 e

com uma Unidade Móvel de Calibração

empresas que utilizam soluções de pe-

da Rede Brasileira de Calibração. Tudo

Toledo, veículo adaptado para realizar

sagem, como fazendas, cooperativas,

é feito de forma bastante ágil, tanto para

ajustes em balanças de caminhão com

empresas do setor alimentício, abatedou-

os nossos equipamentos quanto para

capacidade até 10 toneladas.

set/out 2010


UNIDADE PRODUTIVA A Minerthal, fabricante de suplementos minerais para bovinocultura de corte e leite, inaugurou no dia 23 de setembro sua terceira unidade produtiva, localizada na cidade de Paraíso do Tocantins (TO). A inauguração contou com a presença de autoridades municipais e estaduais, pecuaristas e pardivulgação

ceiros da empresa. A nova fábrica, que inicia as atividades com a produção de 15 mil sacos de sal mineral por mês, com perspectivas de aumento para

dos produtos e facilitarão a atuação a

como casca de soja, farelo de arroz e

22 mil sacos/mês, permitirá uma me-

campo da nossa equipe com os pecu-

outros, que podem ser utilizados na for-

lhor logística da entrega de produtos a

aristas da região, uma característica da

mulação dos suplementos. Isso viabili-

mercados crescentes para a empresa

empresa”, afirma o diretor da Minerthal,

zará a produção na unidade de Paraíso

nos Estados de Tocantins, Pará, parte

Sergio Carlo Franco Morgulis.

do Tocantins de suplementos protéicos

da Bahia e do Mato Grosso. “Os ga-

A escolha da Minerthal pela região

energéticos, que potencializam os resul-

nhos em logística que teremos com a

deve-se ao grande potencial da pecuária

tados da ingestão de pastagem, em uma

nova fábrica no Tocantins nos permiti-

no local e à disponibilidade regional de

pecuária essencialmente a pasto, como

rão melhorar a eficiência da entrega

grãos e subprodutos da agroindústria,

a praticada na região.


gestão Arnaldo Brazil é diretor da Prime Action Consulting, consultoria em canais de marketing e vendas.

GESTÃO DE VENDAS

Contato: marketing@primeaction.com

Uma venda de qualidade inclui lucratividade e satisfação do cliente Arnaldo Brazil

A

força de vendas representa um

mente a eficiência, eficácia e satisfação

custo importante na atividade

Uma força de vendas é bem-sucedi-

de distribuição. O desafio do

da quando seu retorno por unidade for

gerente é obter o resultado máximo da

elevado e os níveis de atividade esti-

Estes quatro fatores precisam ser con-

equipe, transformando investimento em

verem altos em relação aos custos. O

siderados continuamente e não podem

lucratividade. Este desempenho, por

gerente precisa estar atento à produti-

se modificar a cada safra, uma vez que

sua vez, envolve pessoas e a cultura

vidade porque ela afeta os resultados

o distribuidor perderá o histórico que

da empresa. Em geral, colaboradores

da empresa e a satisfação do cliente.

permite identificar quais fatores neces-

competentes e motivados em uma cul-

A medida de resultado de vendas que

sitam mais atenção. Outro aspecto im-

tura de sucesso conseguem melhor re-

considera somente venda por vende-

portante considera o pós-venda como

sultado. Para tanto, precisamos avaliar a

dor é limitada, pois não leva em conta

parte da venda. Muitos distribuidores

força de vendas em atuação nos fatores

a qualidade. Uma venda de qualidade

não aproveitam todo o potencial de

que aumentem sua produtividade.

inclui a lucratividade e a satisfação do

novas receitas que o pós-venda pode

Avaliação

cliente, resultando em venda continua-

trazer. A realidade é que, além de trazer

Um modelo útil para avaliar a força de

da, ou seja, a fidelização.

oportunidades de novas receitas, tem a

vendas se desdobra em cinco compo-

profissional dos vendedores, portanto, afetam indiretamente os clientes.

Motores da produtividade

função de dar tranquilidade ao cliente

nentes, acompanhado de um conjunto

Os motores de produtividade da força

por oferecer suporte durante o uso do

de perguntas, desenvolvido pelo espe-

de vendas são decisões básicas toma-

produto e, se bem executado, é fonte

cialista Andris A. Zoltners:

das pelos gerentes, além dos proces-

de lealdade do cliente.

• Investimento na força de vendas: Nos-

sos que adotam, afetando diretamente

O gerente de vendas do distribuidor,

sos custos são altos demais? A força

todos os componentes da organização

considerando os aspectos descritos

de vendas tem o tamanho certo?

de vendas. Podem ser divididos em

acima e utilizando as ferramentas de

quatro categorias:

gestão de compradores com a cultu-

boas? A rotatividade de empregados

• Pesquisa de vendas: Compreende

ra de foco no cliente, amplia sua área

é alta? Baixa? A empresa tem uma

os processos de levantamento e

de atuação e se torna um gerente de

cultura de sucesso?

análise de dados, os quais fornecem

clientes. Sua força de vendas se torna

• Atividade da força de vendas: A co-

o entendimento do padrão de com-

fornecedora de soluções, pois ao olhar

bertura dos clientes é adequada? A

pra que levam ao gerenciamento da

o cliente total pode oferecer outros pro-

força de vendas contata as pessoas

carteira de clientes.

dutos do distribuidor. Os vendedores

• Pessoas e cultura: As pessoas são

certas? A força de vendas usa pro-

• Investimento e organização da for-

se tornam consultores de soluções de

cesso mais adequado de atração e

ça de vendas: Envolve as decisões

produção agrícola. Na sequência, ha-

retenção de cliente?

quanto ao tamanho mais adequado

verá uma mudança cultural importante

da força de vendas.

que resultará em aproveitamento de

• Cliente: A força de vendas atende às necessidades do cliente? Os clientes continuam comprando da empresa? • Resultado para a empresa: A empresa consegue aumentar suas vendas, sua

14 AgroRevenda

temente grande de novos negócios?

• Pessoas: Inclui o processo de sele-

todo potencial da força de vendas com

ção, treinamento, desenvolvimento

forte crescimento sustentável do distri-

de competências, remuneração e

buidor. Pense sobre isso, pratique. Sei

progresso pessoal.

que dará trabalho, mas o único lugar

fatia de mercado ou seus lucros? A for-

• Sistemas de vendas: Envolve as deci-

ça de vendas gera um número suficien-

sões administrativas que afetam direta-

que sucesso vem antes do trabalho é no dicionário.

set/out 2010


ponto de venda Luciano Bonetti é coordenador do curso de Comunicação Mercadológica da Universidade Metodista de São Paulo.

MÃOS À OBRA

Contato: lucianobonetti@yahoo.com.br

O planejamento semanal é capaz de manter a loja dinâmica e em movimento o ano inteiro Luciano Bonetti

N

a última edição, abordamos um

forma, os investimentos que teremos

investir em cada ação. Sabemos que

importante processo para o pla-

em cada ação durante o ano.

no agrovarejo não podemos nunca

nejamento de comunicação: o

O agrovarejista deve pensar em diver-

deixar de anunciar e de estar em con-

posicionamento. Apenas para resgatar-

sas ações que são mais pertinentes ao

tato com nosso consumidor, mas, na

mos as definições da edição anterior,

seu tipo de negócio e mais: quais as

maioria das vezes, nossa verba não é

posicionamento é como que eu quero

principais datas dentro do seu calen-

tão grande assim. Com isso, algumas

que minha marca seja percebida pelo

dário promocional, levando em conta a

ações serão divulgadas apenas no

consumidor. E, quando estabelecemos

sazonalidade, perfil dos produtos que

PDV, utilizando técnicas de merchan-

este posicionamento, traçamos tam-

comercializa e perfil dos compradores,

dising, de forma eficiente e com um

bém quais valores queremos agregar à

desenvolvendo estas ações de acordo

investimento menor se compararmos

nossa marca.

com a própria demanda do mercado.

com as mídias tradicionais.

Com o posicionamento definido, co-

Quando o varejista pensa nestas

Por falar em mídias tradicionais e efi-

meçamos a estabelecer as ações táticas

ações, não pode ficar esperando ape-

cazes, uma boa saída é fechar um con-

de comunicação e o objetivo para cada

trato de um ano com o principal veículo

uma delas. Mas para que possamos ter

do segmento, pois sua marca estará

um planejamento eficiente e para que estas ações tenham maior êxito mercadológico, a dica que eu deixo é: faça o

Busque fazer o planejamento das ações para 2011

presente na mente dos consumidores. Ao fazer uma negociação anual, o valor unitário cai consideravelmente, permitindo que todas as suas ações tenham um

planejamento semanal. Veja, pensando semana por semana, as 52 semanas do

nas iniciativas promovidas pelos fabri-

kit básico e mínimo de mídia, pois não

ano, e isso não quer dizer executar de

cantes. Ao desenvolver o seu calendá-

adianta pensar em ações e não informá-

forma semanal. Como assim?

rio promocional, o revendedor terá um

las ao seu público.

Posso planejar uma ação/campanha

melhor desempenho na compra, feita

A ideia do planejamento semanal é

de quinze dias como, por exemplo, “A

de acordo com a campanha que estará

manter a loja dinâmica e em movimento

quinzena dos vermífugos”, ou seja, no

sendo veiculada. Além disso, compra-

o ano inteiro, sempre promovendo os

período de quinze dias a loja toda esta-

rá com antecedência, podendo, assim,

produtos mais adequados para cada

rá com uma mega promoção diferencia-

garantir uma melhor margem e, prin-

época. Com boa previsão de demanda

da no setor de vermífugos para a linha

cipalmente, poderá buscar com estes

e aumento de vendas na média anual,

pecuária. Olhando para o planejamento

fornecedores subsídios para as ações

o agrovarejista pode crescer muito e in-

semanal, ocupamos duas semanas do

de comunicação e marketing. Com esta

vestir em outros setores, melhorando a

nosso planejamento estratégico de co-

ajuda, podemos fazer diversas campa-

relação com os fabricantes.

municação. Com isso, conseguimos

nhas cooperadas, o que permitirá maior

definir com maior facilidade quais ações

verba para a ação.

Então, mãos à obra. Busque fazer o planejamento das ações para 2011. Va-

táticas, como promoção de vendas,

Quando olhamos para o planejamen-

mos dividir as semanas do ano, pensar

merchandising, publicidade, entre ou-

to de 52 semanas, temos ampla no-

no calendário promocional, datas im-

tras, eu utilizarei para cada campanha

ção do todo e de toda a estratégia de

portantes, e ter como foco aumentar as

ou ação, visualizando também, desta

comunicação, entendendo o quanto

vendas. Sucesso a todos!

15 AgroRevenda

set/out 2010


recursos humanos

BASE MOTIVACIONAL

Tom Coelho é autor de Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional, (Editora Saraiva). Contato: tomcoelho@tomcoelho.com.br

Conheça as três necessidades adquiridas socialmente e responda à pergunta: onde me encaixo? Tom Coelho

V

amos colocar de lado o con-

destas necessidades, mas uma delas

vam resultados. Encontrei empresas

ceito equivocado de que moti-

sempre predomina denotando um pa-

lucrativas que definhavam devido à in-

vação, no mundo corporativo,

drão de comportamento. Pessoas mo-

compatibilidade entre seus sócios. Ob-

significa bônus salariais, promoções,

tivadas por realização são orientadas

servei executivos talentosos, porém sem

eventos festivos, palestras-show e ta-

para tarefas, procuram continuamente

brilho nos olhos.

pinhas nas costas. Embora importan-

a excelência, apreciam desafios signifi-

Hoje, à luz da Teoria de McClelland,

tes e desejáveis, profissionais respon-

cativos e satisfazem-se ao completá-los,

passei a ter a visão menos turva. Consi-

sáveis sabem que estes são aspectos

determinam metas realistas e monito-

go compreender que para uma empre-

apenas estimuladores de um compor-

ram seu progresso em direção a elas.

sa lograr êxito é preciso a praticidade e

tamento proativo.

o foco de pessoas motivadas pela reali-

Motivação é um processo endógeno,

sejam estabelecer e desenvolver relacio-

zação, a liderança e a firmeza de indiví-

responsável pela intensidade, direção e

namentos pessoais próximos e pertencer

duos motivados pelo poder, a sinergia e

persistência dos esforços de uma pes-

a grupos. Cultivam a cordialidade e o

empatia daqueles motivados por afilia-

soa para atingir uma determinada meta.

afeto em suas relações e estimam o tra-

ção. Quando as empresas perceberem

A intensidade está relacionada à quanti-

balho em equipe mais do que o individu-

isso, será possível encontrarmos pes-

dade de esforço empregado – muito ou

al. Finalmente, aqueles motivados pelo

soas mais felizes trabalhando pelo sim-

pouco. A direção refere-se a uma esco-

poder apreciam exercer influência sobre

ples fato de estarem posicionadas nos

lha qualitativa e quantitativa em face de

as decisões e comportamentos dos ou-

lugares corretos. Passarão a gostar do

alternativas diversas. E a persistência

tros, fazendo com que as pessoas atuem

que fazem, pois poderão exercer suas

reflete o tempo direcionado à prática da

de uma maneira diferente do convencio-

habilidades com plenitude.

ação, indicando se a pessoa desiste ou

nal, utilizando-se da dominação (poder

Quando os empreendedores perce-

insiste no cumprimento da tarefa.

institucional) ou do carisma (poder pes-

berem isso, será possível construir so-

soal). Gostam de competir e vencer e de

ciedades mais estáveis formadas por

estar no controle das situações.

pessoas que se complementam mais

Muitos são os estudos acadêmicos envolvendo teorias comportamentais. Há

16 AgroRevenda

Indivíduos motivados por afiliação de-

uma série de autores dignos de menção,

Meu convite é para que você reflita:

por suas habilidades e anseios e me-

mas meu intuito aqui não é fazer um tra-

onde me encaixo? É provável que você

nos por cultivarem apenas relações de

tado acadêmico. Aliás, falar de teoria no

goste de ter o controle, deseje realizar

amizade. Teremos negócios mais sóli-

mundo corporativo é falar de fumaça.

coisas, tenha prazer em competir, estime

dos, gerando mais empregos, sendo

Gostaria de apresentar um nome que

cultivar relações pessoais. Mas observe

mais autossustentáveis.

tem grande contribuição prática para ser

como há um padrão dominante. Você tem

apreciada: David McClelland, psicólogo

uma base motivacional preponderante.

Quando as pessoas perceberem isso, será possível que passem a abrir mão

da Universidade de Harvard, com a Teo-

Teoria aplicada à prática

da necessidade de estarem certas – ou

ria das Necessidades.

Em minha carreira como empreende-

de alguém estar errado – sem abdicar de

McClelland identificou três necessida-

dor e consultor, muitas vezes questionei-

suas próprias verdades filosóficas ou opi-

des secundárias adquiridas socialmen-

me por qual razão certas organizações

niões mais sensíveis. E passem, a partir

te: realização, afiliação e poder. Cada

fracassavam. Deparei-me com modelos

deste autoconhecimento, a fazer o que

indivíduo apresenta níveis diferentes

de negócios fantásticos que não gera-

podem, com o que têm, onde estiverem.

set/out 2010



pensa centro de conhecimento em agronegócios

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL Conheça três fatores que podem ser úteis para a tomada de decisões Tiago Fischer Ferreira*

U

m assunto frequente na discussão da profissionalização das revendas agropecuárias no

Brasil é o potencial de crescimento que o setor vem apresentando em diferentes segmentos. Esse tema fez (e ainda faz) com que os principais representantes do elo da distribuição agrícola, as revendas, tivessem que rapidamente se adaptar a novos paradigmas profissionais para se manter no mercado. Este desenvolvimento tornou diferentes revendas do Brasil não apenas mais profissionais, mas também estrusxc.hu

turalmente muito maiores. Podemos verificar vários exemplos de revendas que há menos de dez anos possuíam estru-

18 AgroRevenda

deste porte não podem correr.

na venda de sementes de hortaliças,

turas bastante modestas, com apenas

Contudo, nos mesmos mercados

revendas especializadas em irriga-

uma loja, equipe de vendas de no má-

agropecuários onde há grandes reven-

ção agrícola, revendas de sêmen

ximo três vendedores e departamentos

das, existem também empresas com

administrativos contando com apenas

portes muito menores e estruturas de

3. Por possuírem um portfólio reduzido

uma ou duas pessoas.

gestão bastante reduzidas. A maioria

de fornecedores, o que faz com que

para pecuária, etc.).

Esse contexto desenvolveu no merca-

das empresas de menor porte do siste-

sua linha de produtos seja também

do agropecuário revendas de diferentes

ma de distribuição agropecuário possui

reduzida (revendas que trabalham

proporções, algumas com faturamentos

esta estrutura por diferentes motivos:

exclusivamente com marcas peque-

anuais que alcançam quantias maiores

1. Por estarem em um estágio de desen-

do que os faturamentos de seus forne-

volvimento ainda recente (por exem-

O que deve chamar a atenção em ter-

cedores, algo impensável poucos anos

plo, empresas que distribuem em mer-

mos de desenvolvimento organizacio-

atrás. Estas revendas atingiram um de-

cados de alto volume, mas ainda têm

nal e estratégico para revendas desse

senvolvimento profissional em que seu

de 2 a 3 anos no máximo no mercado)

porte é que, diferentemente das reven-

alinhamento estratégico com os acon-

2. Por estarem posicionadas em mer-

das maiores e estruturalmente mais de-

tecimentos no mercado, principalmente

cados tradicionalmente de baixo giro

senvolvidas, as revendas menores pre-

no aspecto de crescimento, é indispen-

ou altamente específicos (como re-

cisam trabalhar constantemente com

sável para evitar riscos que empresas

vendas que possuem exclusividade

uma decisão dicotômica:

nas de genéricos, entre outras).

set/out 2010


• Necessidade de crescer e acompanhar as demandas do mercado

Fator 1 | Análises de ambiente como estratégia de diminuição de riscos

porcionar mudanças rápidas “de rota” quando necessário.

Apesar de parecerem estratégias de

Esta premissa de análise do ambien-

empresas enormes, as análises de mer-

te como fator primordial para mudanças

cado podem ser feitas de maneira orga-

ágeis tem como principal fator a criação

principalmente

nizada por empresas de diferentes portes,

de vantagem competitiva para as reven-

em um ambiente de constantes mu-

mesmo aquelas com estruturas mínimas.

das menores, já que por princípio empre-

danças como a distribuição agrope-

Análises de mercado podem ser reali-

sas com menores estruturas tomam deci-

cuária e que demanda constantes

zadas com desenvolvimento de estraté-

sões de mudanças com maior agilidade

mudanças de cursos estratégicos

gias mais robustas, como implementa-

que empresas maiores, além de propor-

para que a revenda se sustente em

ção de um processo de inteligência de

cionar a estas empresas maior poder de

seu crescimento previsto.

versus poucos recursos disponíveis para esse crescimento. Trabalhar com essa dúvida é algo bastante

complexo,

mercado, que permitirá a análise das

mitigação de riscos inerentes às possíveis

Com esse desafio em mente, surge

mudanças ambientais, comportamento

repentinas mudanças no mercado.

a pergunta: Como promover um cres-

dos consumidores e, principalmente, a

cimento sustentável para revendas pe-

movimentação da concorrência. É pos-

As margens obtidas nas transações,

quenas e médias em um ambiente tão

sível também realizá-las através de es-

ou na realização do negócio como um

incerto? Para auxiliar gestores de re-

tratégias menos complexas de captura

todo, e o giro necessário para que a

vendas com esta realidade, apresenta-

de informações do mercado.

empresa tenha resultados minimamen-

Fator 2 | Giro X margem

mos três fatores de considerações es-

É extremamente necessário que em-

te satisfatórios que possibilitem seu de-

tratégicas que podem ser úteis para a

presas desse porte tenham sempre

senvolvimento é premissa básica para

formação das decisões de crescimento

informações atualizadas do compor-

empresas de todos os portes. Contu-

futuro de sua organização:

tamento mercadológico a fim de pro-

do, para empresas de menor porte,


pensa centro de conhecimento em agronegócios essa decisão pode ser vital não apenas

fim de possibilitar um fluxo “ótimo” de

Cada uma das métricas deve ter aná-

para o crescimento sustentável, mas

estoque, que represente giro e retorno

lise individual ou relacionada (quando

também como balizadora da própria

alinhados às necessidades de fluxo de

uma influenciar em outra), assim, a

sobrevivência da revenda.

caixa da empresa.

revenda terá a oportunidade de de-

A definição de parceiros fornecedores considerando o posicionamento de

de crescimento

senvolver estratégias em diferentes direções a fim de proporcionar o crescimento necessário, de maneira plane-

mercado dessas empresas, o potencial

Qualquer estratégia de crescimento ne-

de vendas de seu portfólio de produtos

cessita de um planejamento estratégico

e sua estratégia mercadológica pode

para se sustentar. Na maioria dos casos,

É importante salientar que os fatores

ser ponto fundamental na tomada de

revendas de pequeno e médio portes

apresentados podem ser implementados

decisão estratégica da revenda.

não possuem recursos para desenvolver

em sinergia ou individualmente, depen-

um planejamento estratégico próprio de

dendo do contexto ao qual a revenda

maneira robusta, como seria o ideal.

está inserida e a capacidade profissional

Revendas de pequeno e médio portes, salvo casos especiais, são altamente

20 AgroRevenda

Fator 3 | Planejamento estratégico

jada e controlada.

dependentes de giro, ou seja, precisam

Sendo assim, indicamos que a re-

da empresa. Contudo, o aspecto mais

ter em seu portfólio de produtos uma

venda faça um esforço concentrado in-

importante para o crescimento susten-

gama relativamente interessante de

ternamente, com seus colaboradores,

tável de revendas de pequeno e médio

produtos (em torno de 60% do volume

parceiros e com seus interessados para

portes é a formulação de estratégias de

total) com características de giro rápido.

mapear todos os aspectos inerentes à

crescimento por meio de análises e pla-

Esse paradigma de giro rápido tem

empresa e que importam para seu cres-

nejamentos estruturados, fazendo com

como fatores estratégicos principais a

cimento (vendas históricas, posiciona-

que a empresa se distancie dos riscos

necessidade de minimizar os custos de

mento de mercado, parceiros, mercado,

inerentes ao próprio crescimento.

estocagem da revenda e, principalmen-

relacionamento com clientes, etc.), colo-

te, proporcionar capital de giro para a

cá-los em debate de possíveis melhorias

*Tiago Fischer Ferreira é pesquisador

empresa, premissas básicas de uma

e mudanças necessárias, em que cada

do Centro de Conhecimento em Agrone-

gestão saudável.

aspecto seja analisado individualmente.

gócios (PENSA/USP) e gestor da área de

ar

projetos aplicados

Para se obter uma estratégica como

Após as discussões individuais os gru-

essa, é necessário que a revenda tenha

pos devem definir premissas de cresci-

um bom conhecimento do mercado em

mento em três cenários possíveis: realis-

relação às suas demandas e expec-

ta, pessimista e otimista. Estes cenários

tativas. Dessa maneira, estruturará to-

devem ser comparados a premissas de

madas de decisão para compras (pla-

desenvolvimento mercadológico da re-

nejamento de compras) e geração de

gião da revenda para análise de viabili-

parcerias (fornecedores) mais adequa-

dade (esse procedimento pode ser feito

das ao giro necessário de sua empresa.

via websites de empresas de pesquisa

Contudo, um aspecto é bastante cla-

e universidades como fontes secundá-

ro para o mercado de revendas agro-

rias, que, apesar de não serem os mais

Centro de Conhecimento em

pecuárias. A presença das chamadas

indicados, geram informações importan-

Agronegócios

“grandes bandeiras”, ou seja, marcas

tes para este tipo de análise). Então, a

líderes do mercado como fornecedoras

empresa deve definir ações para alcan-

“Nossa visão é criar um espaço

muitas vezes é desejável, ou mesmo

çar os objetivos de crescimento.

interativo entre pesquisadores,

necessária, como alavancadoras de

As premissas estratégicas extraídas

professores e lideranças do agro-

vendas. E essas marcas, em sua maio-

das análises devem contemplar dife-

negócio nacional, viabilizando a

ria, trabalham portfólios concentrados

rentes métricas possíveis de cresci-

excelência em pesquisa acadê-

em margem, não em giro.

mento como, por exemplo, desenvolvi-

mica, ensino e extensão”

Dessa forma, a revenda que pretende

mento de participação de mercado nas

crescer de maneira sustentável precisa

áreas de atuação, crescimento de par-

E-mail: pensa@pensa.org.br

gerir de forma eficiente a negociação

ticipação nos clientes atuais, aberturas

Tel.: (11) 3818-4005

com seus parceiros fornecedores, a

de novas áreas de atuação e outros.

set/out 2010



eventos

CONEXÃO DE NOVOS NEGÓCIOS NO VAREJO Feira de produtos e serviços para revendas agropecuárias chega à terceira edição, unindo interesses empresarias para o fechamento de novas parcerias Adriana Crosariol Fotos Fábio Franci e Ricardo Luca

C 22 AgroRevenda

omodoro, cidade a mais de 600

Sul, empresa com mais de 20 anos de

produtos e serviços para revendas

km da capital, Cuiabá (MT), é

atuação em agricultura e pecuária, en-

agropecuárias

responsável pela promoção de

controu na Expo AgroRevenda a opor-

alianças entre lojistas e fornecedores.

um festival de pesca, conhecido como

tunidade de explorar a pescaria, espor-

Além da possibilidade de criação de

Fepscom. A organização de um evento

te tão valorizado no município, em seu

parcerias, antigos elos foram fortaleci-

com este perfil demonstra a importân-

mix de produtos.

dos, uma vez que os varejistas pude-

estabeleceu

novas

cia desta prática para a economia da

Realizada nos dias 13 e 14 de se-

ram ter acesso às equipes de marcas

região. No varejo agropecuário, a Agro-

tembro, em Limeira (SP), a feira de

consagradas, esclarecendo dúvidas

set/out 2010


relacionamento com os canais de

técnicas e comerciais. Isabel Signor, responsável pelo depar-

venda. “Estamos há 35 anos no mer-

tamento de compras, é exemplo des-

cado e possuímos um extenso mix de

ta busca por negócios em comum. “A

produtos. A Nautika, no passado, era

Expo AgroRevenda foi uma ótima opor-

conhecida como uma fornecedora de

tunidade para o estreitamento de laços

itens para camping. Hoje, esta ideia

entre a Agro-Sul e a indústria, seja com

mudou, passamos a trabalhar nossa

antigos parceiros ou possíveis fornece-

imagem como uma empresa no seg-

dores”, afirma.

mento de lazer”, conta. “Não vende-

“Como buscamos aumentar o nos-

mos ao consumidor final e, desta for-

so portfólio de produtos, o contato

ma, o principal público é a revenda.

com empresas novas é fundamen-

Oferecemos uma assistência técnica

tal. Em nossa região, por exemplo,

permanente”, ressalta.

a pesca é muito forte e tivemos a oportunidade, durante a Expo Agro-

Foco em produtos

Revenda, de conhecermos os pro-

A Expo AgroRevenda, com seu per-

dutos Nautika, marca que agregaria

fil de feira de negócios, é vitrine para

valor ao nosso negócio”, comenta.

o lançamento de produtos e serviços.

Com matriz em Comodoro, a Agro-

A Jacto, empresa de equipamentos

Sul possui filiais em outras três cida-

para agricultura e jardinagem, des-

des mato-grossenses: Campos de

tacou no evento sua nova linha de

Julio, Sapezal e Conquista D’Oeste,

costais manuais, desenvolvida para

somando 45 funcionários.

atender ao usuário que busca con-

A pesca esportiva traz ao estabe-

forto, bom rendimento e leveza a um

possibilidades

preço acessível. Estes atributos cha-

mal, visitaram o estande e puderam

para atrair um novo perfil de cliente, o

maram a atenção de profissionais

obter mais informações sobre os no-

consumidor de itens de lazer. A Nauti-

da Coopercitrus (Cooperativa dos

vos produtos da marca.

ka, pela primeira vez na Expo AgroRe-

Cafeicultores e Citricultores de São

Fundada em 1976, a Coopercitrus

venda, aproximou esta categoria dos

Paulo). Reinaldo Giovanni, gerente

atua no Estado de São Paulo e no Tri-

lojistas. Edilma Martins, gerente re-

de compras, Maria Pandini, compra-

ângulo Mineiro, totalizando 35 lojas.

gional de vendas , explica que a pró-

dora, e Jeferson Ferreira, comprador

“Nosso sistema, hoje, é caracterizado

pria trajetória da marca justifica este

das linhas de saúde e nutrição ani-

pela venda de balcão. Estamos pas-

lecimento

comercial

Isabel Signor, da Agro-Sul, destaca a participação da Nautika set/out 2010

AgroRevenda 23


eventos

sando a estrutura de comercialização para o autoatendimento. Inicialmente, uma loja será adotada como projeto piloto. Nesta fase de implantação, visitamos a Expo AgroRevenda para identificarmos possíveis fornecedores que possam se encaixar neste novo sistema”, explica Giovanni. “Esta visitação foi interessante, pois a Coopercitrus realiza sua feira de agronegócio anualmente, no mês de agosto, e buscamos referências em relação à estrutura. Notamos a limpeza e a boa receptividade do atendimento ao visitante, fatores que se destacam neste

Profissionais da Coopercitrus visitam o estande da Jacto e conhecem a nova linha de produtos

evento”, observa Ferreira.

Plantão Jurídico Para esclarecer as principais dúvidas jurídicas dos lojistas, a Expo AgroRevenda teve como uma de suas atrações o Plantão Jurídico, formado por especialistas do escritório Raeffray, Brugioni & Alcântara, Agostinho. De acordo com o advogado Franco Mauro Russo Brugioni, duas orientações, em especial, estavam entre os assuntos mais citados pelos revendedores: inadimplência e contratação de representantes comerciais. Reproduzimos, na entrevista abaixo, orientações para estes questionamentos.

Francisco Adaias (acima, à direita), da Agroplan Veterinária, e Juan José Perrier (abaixo, à esquerda), da Progado, são exemplos da troca de informações entre expositores e visitantes 24 AgroRevenda

set/out 2010


AgroRevenda Como evitar riscos com

cia; efetuar a confirmação de dados

a inadimplência?

do cliente por telefone; consulta ao

Plantão Jurídico A inadimplência dos

Serviço de Proteção ao Crédito e/ou

consumidores finais é, atualmente, o

ao Serasa; e, principalmente, trabalhar

maior inimigo de grandes, médias, pe-

com cartões de crédito e de débito,

quenas e microempresas. Infelizmente,

pois, mesmo com as altas taxas cobra-

não existe um procedimento ou medi-

das pelas administradoras, a garantia

da que seja capaz de abolir a inadim-

de recebimento é certa.

plência no ponto de venda. Estudos feitos pelo Sebrae sugerem algumas

AR Como contratar um representante

precauções que devem ser tomadas

comercial?

pelo empresário antes de realizar

PJ A contratação de uma empresa de

a concessão do crédito ao cliente,

representação comercial tem sido a op-

como: encurtar, sempre que possível,

ção de diversos lojistas como forma de

os prazos de pagamento dos clientes;

trabalhar legalmente, sem a obrigação

identificar o grau de comprometimen-

de pagamentos de verbas trabalhistas e

to da renda do consumidor; verificar

encargos sociais. Ocorre que, na contra-

comportamentos passados do con-

tação de representação comercial, não

sumidor; fazer cadastro dos clientes;

existe vínculo empregatício entre as em-

exigir a apresentação de documentos

presas e, assim, o custo final dessa con-

pessoais e comprovante de residên-

tratação se limitará ao pagamento das




eventos

comissões incidentes sobre os negócios intermediados pelo representante. Para que a contratação ocorra de acordo com a legislação, é preciso observar alguns fatores: • A contratação deve ocorrer por contrato de representação comercial escrito, em conformidade com as com as Leis n.º 4.886/65 e 8.420/92, que regulamentam esta atividade. • O representante comercial deve ser uma pessoa jurídica devidamente constituída, possuindo inscrição regular no CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas) e com o registro junto ao conselho regional de representação comercial do Estado onde estiver localizado. Estes dados devem constar expressamente no contrato a ser firmado. • Não pode existir qualquer previsão de exclusividade no contrato de representação comercial a ser estabelecido. Isto significa que a empresa de representação comercial pode ter vários clientes, sem qualquer tipo de subordinação entre os contratantes. A empresa representada não poderá exigir da representação comercial o cumprimento de metas de vendas, não podendo também definir itinerários e/ou

Realizada nos dias 13 e 14 de setembro, em Limeira (SP), a feira de produtos e serviços para revendas agropecuárias, Expo AgroRevenda, estabeleceu novas alianças entre lojistas e fornecedores 28 AgroRevenda

set/out 2010


agenda de visitas dessa empresa

teve início com foco em pecuária, há

para os seus clientes, sendo lícito

18 anos, seguindo para a agricultura.

apenas indicar e orientar parâme-

“Com a entrada deste novo setor, o

tros e diretrizes na negociação com

perfil da revenda também mudou. Pas-

os clientes da loja representada.

samos a trabalhar um número maior

Link de informações A Agroplan Veterinária (Vilhena, RO),

de itens e solidificamos nosso nome, fortalecendo o relacionamento com os clientes”, relata.

atua nos segmentos de representa-

O gerente comercial visitou a Expo

ção e varejo. Como explica Francis-

AgroRevenda, pela primeira vez, em

co Adaias, gerente comercial, a loja

2008. “O conceito deste evento é


eventos

ótimo. Até então, não contávamos

promoção de 10% de desconto nos

com uma feira com foco em nosso

pedidos efetuados nos dois dias de

segmento”, destaca. “Estas informa-

evento. Sinal de que está atuando

ções, obtidas na feira e na própria

em parceria com o varejo agropecu-

revista AgroRevenda, fortalecem o

ário e em sintonia com o objetivo da

mercado. Recentemente, contrata-

Expo AgroRevenda, na promoção de

mos uma consultoria para padronizar

bons negócios.

nosso negócio. Com as três últimas

A empresa teve como destaque no

edições em mãos, o consultor iden-

evento o Irondel Plus Benzidamina,

tificou um rico material de trabalho”,

que apresenta formulação 3 em 1,

diz Adaias.

com equilibrada associação de an-

Além do Workshop de Vendas para

tibiótico de largo espectro, antiinfla-

o Varejo Agropecuário (saiba mais so-

matório de síntese (AINEs de pode-

bre este treinamento na página 32),

rosa ação antipirética e analgésica)

realizado no dia 13 de setembro, os

e anestésico local (aplicação sem

visitantes puderam acompanhar, no

dor). “Este produto veio ocupar uma

dia 14, duas palestras gratuitas ofere-

lacuna no mercado que ainda estava

cidas pela Siagri Sistemas de Gestão.

vaga”, afirma Juan José Perrier, ge-

A primeira, com foco na nota fiscal

rente técnico-comercial.

eletrônica, foi ministrada pelo instrutor

Novos produtos, serviços, informa-

Eduardo Sousa Purcena. Em segui-

ções, alianças. Em sua terceira edi-

da, Lucas Sciencia do Prado e Paulo

ção, a Expo AgroRevenda solidifica

Sérgio Lima Caldana, consultores do

seu compromisso com a moderniza-

Markestrat, abordaram o tema Como

ção do setor, aproximando empresá-

a utilização de sistemas de informação

rios dispostos a fortalecer a cadeia.

pode melhorar os processos gerenciais

A troca de contatos faz com que os

nas revendas.

negócios se estabeleçam durante o

A conexão entre indústria e varejo

ano, sem prazo de validade. Nos dias

também foi identificada nas ações

13 e 14 de setembro, com patrocínio

da Progado, empresa de produtos

do Ourocard e FMC, e apoio da Siagri

veterinários. Durante a Expo Agro-

e Prefeitura Municipal de Limeira (Se-

Revenda, a marca apresentou sua

cretaria Municipal de Turismo e Even-

linha de antiinflamatório, xampu e

tos), a pluralidade do agronegócio

condicionador para animais. Antes

encontrou um denominador comum,

da realização da feira, anunciou a

a parceria.

Credito da imagem

ar

Novos produtos, serviços, informações, alianças. Em sua terceira edição, a Expo AgroRevenda solidifica seu compromisso com a modernização do varejo agropecuário, aproximando empresários dispostos a fortalecer a cadeia

30 AgroRevenda

set/out 2010



treinamento

SOLUÇÕES À VENDA NA Dinâmica de vendas voltada à equipe comercial das agrorevendas aproxima teoria e prática, visando o oxigênio do negócio, o lucro Adriana Crosariol Fotos Fábio Franci e Ricardo Luca

O

dinamismo da atividade co-

32 AgroRevenda

Sciencia do Prado.

mercial de lojas que revendem

Em aproximadamente quatro horas,

de de vendas, buscando aprimorar as habilidades comerciais das equipes.

insumos agrícolas e pecuários

a revenda agropecuária transformou-

Neste momento, surge a importân-

foi o ponto central de um evento inédi-

se em objeto de estudos: quais são

cia do planejamento que, de acordo

to para o setor, o Workshop de Vendas

as características de um bom vende-

com o Cônsoli, requer um bom co-

para o Varejo Agropecuário, realizado

dor? O que, efetivamente, a revenda

nhecimento do processo que envolve

paralelamente à Expo AgroRevenda.

oferece ao cliente? De que forma o

a venda. “É importante os gestores e

No dia 13 de setembro, profissionais

conhecimento sobre o próprio negócio

profissionais das equipes comerciais

de venda, gestores e representantes

beneficia o entendimento de uma nova

entendam que a comercialização de

da indústria puderam refletir e partici-

dinâmica de vendas?

um produto tem início na prospecção

par de uma dinâmica orientada pelos

Durante este treinamento, profissio-

e captação de clientes, exigindo que

profissionais da consultoria Markes-

nais de estabelecimentos espalhados

toda a empresa esteja estruturada

trat, Matheus Alberto Cônsoli e Lucas

por todo o Brasil debateram a ativida-

para facilitar o processo de buscar

set/out 2010


LOJA AGROPECUÁRIA novos compradores e qualificá-los”, orienta o consultor. Além de apontar soluções, o workshop resgatou alguns temas polêmicos que integram o dia-a-dia das revendas, como a utilização do preço baixo como a principal ferramenta de retenção de clientes. “Em alguns casos, as revendas ficam presas na questão do preço e o cliente, por sua vez, foca somente no valor. É importante que os vendedores saibam argumentar de maneira diferente, ressaltando que a negociação não está relacionada somente ao preço, valorizando os benefícios e vantagens do produto”, afirma Prado.

Opiniões Geni Ferreira Feldner, gerente de loja da filial Calu em Tupaciguara (MG), trouxe a experiência da cooperativa

set/out 2010

AgroRevenda 33


treinamento

para agregar valores ao Workshop de Vendas para o Varejo Agropecuário. Em resposta, acompanhou uma programação que atendeu às expectativas de seu negócio, apresentada em linguagem clara e dinâmica. “Este tipo de treinamento expande o nosso conhecimento, na forma de uma reciclagem. O relacionamento entre diferentes profissionais e as opiniões diversas enriquecem este debate sobre o processo de vendas”, comenta a gerente. Para que a teoria se aplique à prática da loja, Geni destaca as reuniões periódicas no ambiente de trabalho, buscando retransmitir o conhecimento adquirido. Um ponto do treinamento, em especial, chamou a atenção da gerente. “Temos a experiência do dia-a-dia e, quando chegamos ao workshop, fazemos a ligação entre os conceitos apresentados e a realidade. É o caminho inverso da escola: primei-

Momentos do Workshop de Vendas: dinâmicas reproduziram o atendimento na loja, utilizando iscas formicidas e equipamentos de proteção. À esquerda, o consultor Matheus Alberto Cônsoli

ro, levamos a experiência e, depois, absorvemos a teoria. Um exemplo é a classificação dos clientes. Passaremos aos outros profissionais como atender cada grupo, de acordo com as suas exigências”, ressalta. Da opinião mineira, passamos à avaliação do empresário baiano Marcelo Campos, da Granja Berimbau. “Neste workshop, pudemos debater o tema central com profundidade”, analisa. Localizada em uma fazenda entre Salvador e Feira de Santana, a revenda está intensificando, desde o ano passado, treinamentos técnicos constantes com a equipe de vendas. “Mas esta dinâmica conseguiu despertar a atenção para a necessidade de treinamentos também em técnicas de vendas, não

“Esta dinâmica conseguiu despertar a atenção para a necessidade de treinamentos também em técnicas de vendas, não apenas conhecimentos técnicos”, conta Marcelo Campos, da Granja Berimbau (BA) 34 AgroRevenda

“Temos a experiência do diaa-dia e, quando chegamos ao workshop, fazemos a ligação entre os conceitos apresentados e a realidade”, afirma Geni Ferreira Feldner, da Calu (Tupaciguara, MG)

apenas conhecimentos em produtos”, completa Campos. Ao final do Workshop de Vendas para o Varejo Agropecuário, os profissionais participaram de dinâmicas orientadas pelos consultores, envolvendo produtos das marcas Dinagro e AZ Brasil EPI.

ar

set/out 2010


Argumentos de venda

Planejamento

No Workshop, os participantes aprenderam que as

Foi-se o tempo em que vender era um ato de im-

objeções são bem vindas: “quando um cliente não

proviso. A falta de planejamento foi o desafio mais

quer comprar, ele agradece e vai embora. Quando

indicado pelos participantes do Workshop de Vendas

ele quer comprar, ele faz objeções”.

em seu processo de vendas. Durante a apresenta-

Além de ouvir e compreender o cliente, é importan-

ção, ficou claro que é possível estabelecer um plano

te saber lidar e resolver o questionamento, numa ati-

para que a atuação comercial seja eficiente. No en-

tude positiva. Segundo os instrutores, três aspectos

tanto, para sua execução e sucesso, é necessário ter

ajudam a superar objeções:

disciplina e treino.

1 Mostrar tudo o que o cliente ganha: garantias,

Ao delinear uma estratégia de vendas, por exem-

durabilidade e diferenciais ajudam a aumentar o

plo, os instrutores apresentaram os tópicos que

valor percebido.

devem ser contemplados: desenvolver o perfil dos

2. Fazer com que a discussão fique centrada em

clientes, estabelecer os objetivos no cliente de for-

outros valores, como tempo, facilidade, economia

ma mensurável e realista, e montar a proposta com

futura, etc., e não só no preço.

benefícios para o cliente. Com isso, o profissional

3. Recorrer a testemunhais e exemplos de pessoas

construirá um plano de visita que valorizará ainda

que consideravam o produto caro e agora estão

mais seu produto e fará com que o cliente entenda

muito satisfeitas.

o preço sugerido.


entrevista

COMO SEMEAR VALOR A fabricante de defensivos agrícolas Ihara cria programa para fortalecer o setor de HF, ampliando o conhecimento de lojistas e produtores

sxc.hu

Diego Meneghetti

N

36 AgroRevenda

o setor agrícola, como em ou-

a reestruturação da área conta com o

participantes sobre boas práticas na

tras áreas, é cada vez mais evi-

compromisso de todos.

abordagem e condução do trabalho e formalização de negócios junto aos

dente que a união do elo pro-

Com o objetivo de colaborar com

dutivo é um requisito para a qualidade

este fortalecimento do mercado, a Iha-

final dos produtos e consequente su-

ra, fabricante de defensivos agrícolas

A iniciativa busca atuar em conjunto

cesso de vendas. Preocupações com

com sede em Sorocaba (SP), está em

com os clientes que são referências em

rastreabilidade, por exemplo, estão na

contato, desde o início do ano, com

cada região, ampliando, assim, o conhe-

pauta de ação dos principais merca-

um grupo de lojas representantes que

cimento do mercado de HF em todo o elo

dos consumidores. Na hortifruticultura

busca discutir o setor de HF no Brasil.

produtivo. O objetivo principal é levar sus-

(HF), não é diferente. Após um período

O projeto, denominado Inteligência HF,

tentabilidade e longevidade aos agriculto-

de crise internacional que afetou todos

realizou reuniões com os agrorevende-

res, com foco na produção de alimentos

os cenários econômicos desde 2008,

dores, com palestras para orientar os

seguros, com qualidade e baixo custo.

produtores.

set/out 2010


“A tarefa é desafiante, mas acreditamos que unindo os elos da cadeia produtiva e realizando o intercâmbio das informações podemos alcançar nosso objetivo”, diz Fernando Barbano, engenheiro agrônomo e consultor técnico de cultura da Ihara e coordenador do Inteligência HF.

AgroRevenda

“Na reunião criamos oportunidades de intercâmbio regional, com o objetivo de trocar experiências e criar alternativas para solução de problemas na agricultura a partir da apresentação de exemplos”, afirma Barbano.

conversou com ele

para entender melhor o projeto.

am são assistência técnica com foco

defensivos para agricultura, o setor hortifuti brasileiro é um dos mais tecnificados. Ainda há espaço para crescer? Quais os caminhos para isso?

no planejamento e condução das

Barbano Sem dúvida, ainda há es-

áreas de produção, conscientização

paço para crescimento. O manejo

de vista, o mercado de HF está re-

na produção de alimentos seguros e

fitossanitário com foco na produção

tomando a importância que teve no

de qualidade e a comercialização da

de alimentos seguros e na educação

passado, pois os hábitos dos consu-

produção final.

dos agricultores para melhor utiliza-

AgroRevenda Qual a avaliação

mudanças e se destacar por isso. Os principais gargalos desse segmento

da Ihara quanto à atual situação do mercado de HF no Brasil? Quais os gargalos deste segmento?

para que os negócios, de fato, evolu-

Fernando Barbano No nosso ponto

midores estão mudando e este segmento começa a acompanhar estas

ção dos defensivos são caminhos

AR Em relação a todo o mercado de

para este crescimento.


entrevista

AR De que forma a Ihara identifica as

intuito encontrarmos soluções para os

AR Quantas lojas estão envolvidas

responsabilidades de produtores, lojistas e fornecedores no setor de HF? Qual é o papel do lojista na prestação de assistência técnica e suporte ao agricultor?

problemas do agricultor.

atualmente com o projeto? Há alguma região do Brasil que se destaca mais em termos de participação no projeto ou em relação ao perfil produtor?

sustentabilidade da cadeia produtiva

AR Desde o lançamento do projeto, no início do ano, quais os avanços que o Inteligência HF conseguiu junto ao setor de hortifurti? Quantas reuniões foram promovidas?

de HF. Um deles é o lojista, que é dis-

Barbano Até o momento, promove-

participando do grupo. Grande parte do

tribuidor dos nossos defensivos. Por

mos duas reuniões (janeiro e agosto

País está representada, porém, a região

trabalhar regionalmente, o lojista tem a

de 2010) e percebemos que o grupo

Nordeste é a que tem maior quantida-

oportunidade de estar próximo ao agri-

ganhou corpo e espírito de união.

de de participantes devido ao grande

cultor. Diante disso, nosso objetivo é

Além disso, tivemos a oportunidade

número de culturas plantadas e o perfil

que os técnicos das revendas possam

de discutir sobre problemas que são

desses produtores e lojistas.

multiplicar nossos trabalhos de cons-

importantes e presentes no setor de

cientização no campo e também nos

HF. Ações de treinamento e troca de

AR A partir do contato com as revendas,

trazer questionamentos e ideias para

experiências entre os envolvidos estão

a condução de novos trabalhos com o

acontecendo neste momento.

quais os problemas identificados pelo Inteligência HF que têm sido trabalhados junto aos lojistas?

Barbano Todos são responsáveis pela

Barbano No momento, 15 clientes distribuidores de nossos defensivos estão

Barbano Treinamento e capacitação nas questões técnicas, mercadológicas e estratégicas. Todo o segmento precisa avançar nestes pontos e, nós da Ihara, como fornecedores de defensivos, não ficamos de fora. Por isso, um dos objetivos com a criação do Inteligência HF foi fornecer ferramentas para treinamento e capacitação.

AR E quais os pontos precisam ser desenvolvidos junto aos produtores? Barbano O agricultor brasileiro é um ótimo produtor, mas existem pontos a serem melhorados no planejamento e controle de custo de suas ações para o ano safra.

AR Como têm sido realizados os treinamentos da Ihara para as revendas? Barbano Nossa equipe comercial de agrônomos está no dia a dia, atualizando os conhecimentos e levando novas informações para os clientes. Com o grupo, esperamos identificar e Divulgação Ihara

suprir necessidades de treinamento das equipes técnicas presentes nas lojas.

AR Quais as próximas etapas previstas O coordenador do grupo Inteligência HF, Fernando Barbano, acredita que o compromisso de todo o setor de hortifruticultura é chave para fortalecer o mercado

38 AgroRevenda

para o projeto? Barbano Realizaremos reuniões e visi-

set/out 2010


conhecimento entre os participantes do

sxc.hu

tas técnicas para troca de experiência e grupo e a equipe da empresa.

AR A Ihara foi elencada pela revista Você S/A como uma das 150 melhores empresas para se trabalhar, o que reflete compromisso dos gestores e identificação dos colaboradores. Este perfil comprometido pode ser um indicativo para a cadeia de HF, em relação às responsabilidades e ao elo do setor? Barbano Sem dúvida, este é o nosso espírito. Como coordenador do grupo Inteligência HF, sou instruído pela minha liderança a trabalhar e conduzir as atividades sempre pensando em contribuir com o progresso e a competitividade de todos os envolvidos de maneira simples e transparente.

ar

Preocupações com rastreabilidade, por exemplo, estão na pauta de ação dos principais mercados consumidores. Na hortifruticultura (HF), não é diferente


markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia

PESQUISA DE MERCADO Informações para a tomada de decisões em marketing Leandro Angotti Guissoni, Lucas Sciencia do Prado e Roberto Fava Scare*

N

este artigo, o tema em foco envolve a função da pesquisa de mercado no apoio à tomada de

decisão. Antes, porém, é interessante contextualizar a pesquisa de mercado como parte de um amplo sistema de informação de marketing (SIM), orientado a fornecer dados relevantes para que os agentes tomadores de decisão possam, nas revendas, estar mais orientados para novas realizações de maneira consistente. Por sua vez, o sistema de informação de marketing é formado pelos seguintes elementos: Sistema de registros internos: referência aos dados das atividades operacionais da revenda. Por exemplo, registro histórico das vendas gerais e por produto, faturamento e margem de contribuição, entre outras informações disponíveis internamente na loja. Sistema de inteligência de mersxc.hu

cado: envolve as informações obtidas por meio de dados ocasionais e não estruturados, sendo essa a maior diferença em relação às pesquisas

Sistema de pesquisa de merca-

processos para transformar os dados

de mercado. Esses dados tratam do

do: envolve a busca pela solução de

armazenados, classificados e comu-

ambiente externo da revenda, poden-

um problema específico, realizada de

nicados em informações de mercado

do estar relacionados, por exemplo,

maneira estruturada. É a elaboração,

facilmente analisadas pelos tomadores

com o ambiente político, econômico,

coleta, análise e apresentação de des-

de decisão nas revendas.

social e tecnológico no qual a reven-

cobertas relevantes sobre uma situação

Ao analisarmos o papel da pesquisa

da atua e que impacta seu negócio,

específica de mercado envolvendo, por

de mercado no contexto de um amplo

além de informações sobre a movi-

exemplo, uma revenda. Este tópico cor-

sistema de informações de mercado

mentação da concorrência. Muitos

responde ao tema principal deste artigo.

para as revendas, apresentamos, a

conhecem esse elemento como um

Sistema de apoio às decisões de

seguir, as etapas para a realização de

sistema de espionagem.

40 AgroRevenda

marketing: abrange as ferramentas e

pesquisas de marketing.

set/out 2010


ETAPAS PARA REALIZAçÃO DA PESQUISA DE MERCADO

Definição do problema e objetivos da pesquisa

Desenvolvimento do plano de pesquisa

Coleta de informações

Análise das informações

Etapa nº 1 – Definição do proble-

venda estão em dúvida quanto ao lan-

ma e objetivos da pesquisa: a defi-

çamento de um produto oferecido por

nição do problema a ser investigado,

uma determinada indústria de insumos,

assim como os objetivos da pesquisa

o problema de pesquisa de mercado

de mercado, é o passo mais impor-

poderia ser: quais as preferências dos

tante para que o esforço da pesquisa

clientes e intenções de compra para o

seja realmente válido. Para isso, é im-

novo produto?

portante que haja clareza para avançar

Etapa nº 2 – Desenvolvimento do

em outras etapas do processo. Por

plano de pesquisa: nessa etapa,

exemplo, se os gestores de uma re-

deve ser desenvolvido o plano de pes-

Apresentação dos resultados e tomada de decisão

A pesquisa de marketing pode auxiliar a revenda a entender e descobrir informações importantes para seu dia a dia

balcão de negócios

set/out 2010

AgroRevenda 41


markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia quisa mais apropriado para a coleta das informações necessárias, alcançando, assim, o objetivo da pesquisa. Para este fim, o profissional responsável pela pesquisa precisará definir: (i) a fonte de dados, podendo aproveitar informações já existentes que foram coletadas para outras finalidades em informativos sobre o mercado de insumos, por exemplo, ou primários, quando são dados novos que serão coletados para cumprir a finalidade da pesquisa; (ii) o tipo de pesquisa, ou seja, imagine a pesquisa com o objetivo de descobrir ideias (exploratória), descrever as características e funções do mercado (descritiva) ou, ainda, determinar relações de causa e efeito (causal). A pesquisa exploratória, por exemplo, pode ser feita por meio de entrevistas com fornecedores e produtores. A revenda também pode realizar pesquisas descritivas a partir de uma amostra de clientes relevante; (iii) instrumento de pesquisa, envolvendo a determinação dos conjuntos de perguntas que são feitas aos entrevistados em um questionário de pesquisa ou em um roteiro de entrevista; (iv) plano de amostra, com a decisão sobre quem será pesquisado e o tamanho da amostra; (v) método de contato, ou seja, de que maneira o pesquisador deverá entrar em contato com a amostra determinada (telefone, internet, e-mail, sxc.hu

contato pessoal). Etapa nº 3 – Coleta de informações: a fase de coleta de dados é

É importante que a loja tente compor a amostra da pesquisa com produtores de diferentes perfis, como os grandes compradores e clientes que pararam de comprar do estabelecimento

42 AgroRevenda

importante e deverá ser realizada buscando minimizar a possibilidade de erros, como ocorre quando o pesquisador induz o pesquisado a certos tipos de respostas. Isso ocorreria facilmente se uma revenda colocasse seus vendedores para realizarem a

set/out 2010



markestrat centro de pesquisa e projetos em marketing e estratégia • Pesquisa promocional

pesquisa de satisfação de clientes,

cias do mercado de insumo, além

por exemplo. Atualmente, com as

de realizar análises de participação

Avaliação dos resultados provenien-

possibilidades de utilização da inter-

de mercado. Outra possibilidade é a

tes dos esforços de comunicação da

net, muitos dados podem ser coleta-

realização de estudos internos com

revenda com os produtos em determi-

dos em questionários on-line, tornan-

funcionários para entender suas ne-

nadas regiões, utilizando-se de mate-

do essa etapa menos dispendiosa do

cessidades e, assim, elaborar eventos

riais específicos, internet e mídia.

que tradicionalmente ocorria, quando

corporativos direcionados, como trei-

havia necessidade de realizar liga-

namentos aos vendedores.

sistente pesquisa de mercado, que

ções telefônicas ou viagens para o

• Pesquisa de comportamento de

siga todas as etapas anteriores, é

contato pessoal entre o entrevistado

compra

Por fim, a realização de uma con-

relevante, uma vez que as revendas

Analisa os critérios de decisão de

estão inseridas em um ambiente com

Etapa nº 4 – Análise das informa-

compra dos clientes em relação aos

inúmeros dados disponíveis e poucas

ções: a partir dos dados coletados,

produtos oferecidos pela revenda e

informações realmente organizadas.

deverá ocorrer a tabulação dos mes-

pesquisa as intenções de compra. Na

Realizar uma pesquisa com base em

mos, ou seja, organização dos resul-

primeira situação, auxilia a revenda

critérios auxilia as revendas a tomarem

tados verificados no campo para que

a entender o que seus clientes valo-

suas decisões de maneira consistente,

sejam tiradas conclusões relevantes

rizam na relação com a empresa. É

deixando de lado as ações por meio

para a pesquisa.

importante que a loja tente compor a

da intuição. Bom trabalho, boa pesqui-

Etapa nº 5 – Apresentação dos

amostra da pesquisa com produtores

sa e sucesso a todos!

resultados e tomada de decisão: a

de diferentes perfis, como os grandes

última etapa consiste na organização

compradores, clientes que pararam de

* Os autores são consultores da Ma-

das conclusões e realização de apre-

comprar do estabelecimento, produto-

rkestrat e atuam em projetos em agro-

sentações dos resultados obtidos com

res formadores de opinião na região,

negócios e distribuição de insumos

a pesquisa, de maneira que a toma-

entre outros. A segunda pesquisa

agropecuários

da de decisão fomente o senso críti-

exemplificada, intenção de compra,

co desses agentes responsáveis pelo

pode ajudar a revenda a planejar seus

planejamento do negócio na revenda,

pedidos com fornecedores, melhoran-

por exemplo.

do seu controle de estoques e otimiza-

e entrevistador.

ar

ção de recursos financeiros.

Aplicação da pesquisa A pesquisa de marketing pode auxi-

Estudo para identificar grupos de

liar a revenda a entender e descobrir

clientes com perfil e características se-

informações que são muito importan-

melhantes e que possam ser atendidos

Centro de Pesquisa e Proje-

tes para seu dia a dia. Entre as prin-

com as mesmas estratégias, oferta de

tos em Marketing e Estratégia

cipais aplicações, está a identificação

serviços, vendas dos produtos, comu-

de tendências de consumo, novas cul-

nicações e preços, podendo, inclusive,

“Missão de gerar valor para pes-

turas na região, satisfação dos clien-

contribuir com o sistema de gestão de

soas e organizações, desenvol-

tes, critérios de escolha para a tomada

clientes (CRM) da revenda.

vendo e aplicando conhecimento

de decisão, entre outras. Os tópicos

• Pesquisa de produto e preço

em administração, com a visão

abaixo mostram de maneira detalha-

Pesquisa sobre a aceitação de de-

de ser referência internacional no

da como cada revenda pode aplicar

terminados produtos para a lavoura,

planejamento e gestão de estra-

a metodologia proposta para realizar

realização de testes para avaliar os be-

tégias integradas e sustentáveis

suas pesquisas.

nefícios provenientes da aplicação de

com orientação para o mercado”

• Pesquisa econômica, de negó-

determinados insumos, pesquisa das

cios ou corporativa Por meio das pesquisas, a revenda pode obter características e tendên-

44 AgroRevenda

• Pesquisa de segmentação

reações à variação dos preços e pes-

E-mail: markestrat@markestrat.org

quisa de preços dos produtos similares

Tel.: (16) 3456-5555

encontrados no mercado.

set/out 2010



prateleira

COSTAL ELÉTRICO A SuperAgri disponibiliza ao mercadivulgação

do o SuperHerb Costal Elétrico

Flávia Milanesi, gerente administrativa da empresa. Entre as dicas comerciais aos lojistas

Recarregável que reúne, de acordo com a empresa, características

como

proteção acolchoada nas costas e até 8 horas de trabalho contínuo. “Com pressão constante de até 60 psi,

ASSISTÊNCIA TÉCNICA TOTAL É UM DOS ARGUMENTOS DE VENDA DO PRODUTO

garante uma cobertura mais uniforme com melhores resultados. São evitadas aproximadamente 30 bombeadas por minuto”, afirma

para a venda deste artigo, a SuperAgri destaca o excelente custo-benefício, maior

rendimento

em razão da menor fadiga do operador, preço baixo em compa-

ração aos costais manuais comuns e assistência técnica total. SuperAgri • www.superagri.com.br

PLANTAS DANINHAS A Ihara, fabricante de defensivos agrí-

Alegrete, Capivari do Sul, Uruguaiana e

ção da velocidade de disseminação e

colas, promoveu durante os meses de

Cachoeira do Sul, que reuniram mais de

aspectos gerais de prejuízos diretos à

julho e agosto eventos abertos aos

500 pessoas, entre produtores, técnicos

lavoura do arroz, gerando prejuízos na

produtores do Rio Grande do Sul para

e engenheiros agrônomos.

colheita e aumento de impurezas. O

o lançamento do herbicida Grassmax,

Nos últimos anos, segundo a empre-

Grassmax é lançado no mercado como

nova ferramenta no combate das plan-

sa, cresce a presença de plantas dani-

uma ferramenta para o manejo das gra-

tas daninhas de difícil controle na cultu-

nhas resistentes no arroz. Hoje, elas são

míneas de difícil controle na cultura do

ra do arroz. No total, foram realizados

um dos principais problemas da cultura,

arroz, como a brachiaria, digitaria, pani-

sete encontros regionais nas cidades de

pois, além da matocompetição, acabam

cum, eleusine e eragrotis.

Porto Alegre, São Gabriel, Dom Pedrito,

se tornando um sério problema em fun-

Ihara • www.ihara.com.br

ADITIVO NUTRICIONAL pelo desenvolvimento do produto, Leandro Rigueira, testes realizados com o

pois é o período de maior demanda ali-

AgCare em granjas mostraram um au-

mentar e altos riscos, como mortalidade,

mento de 170 a 250 gramas no ganho

índices de ganho de peso, entre outros.

de peso dos leitões e redução de 8%

Com o objetivo de garantir lucratividade

da mortalidade, quando comparado ao

nesta fase, a Agroceres Nutrição Animal

tratamento apenas com ferro injetável.

desenvolveu o AgCare, aditivo nutricional

De acordo com a empresa, ainda re-

que elimina a hipoglicemia pós-natal, re-

duziu os casos de diarreia e artrite em

força a reação imune do leitão, combate

20%. Composto de ácidos graxos es-

diarreias comuns deste período e, além

peciais, vegetais desidratados, proteína

aplicação sem causar estresse ou dor

disso, favorece a demanda de eliminar a

de alta digestibilidade, probióticos, vita-

no manejo, em bisnagas de 120 ml.

aplicação injetável de ferro em leitões.

minas e ferro, o AgCare é apresentado

Agroceres Nutrição Animal

em forma de pasta oral, facilitando a

www.agroceresnutrição.com.br

Segundo o nutricionista e responsável

46 AgroRevenda

agb photo/photos to go

Na suinocultura, a fase da maternidade determina o retorno financeiro do produtor,

set/out 2010



prateleira

EXPOSITORES DIFERENCIADOS A catarinense Víqua investe em novas estratégias

A solução, conforme divulga a empresa, contempla

de atuação para os lojistas e lança um novo modelo

expositores diferenciados que proporcionam melhor disposição das mercadorias no ponto de venda,

de negócios, o Gira+. O sistema visa oferecer

consultoria para avaliar o perfil dos clientes

um bom gerenciamento da rotatividade de produtos da marca, além de boa exposição e identificação dos itens na loja e da qualificação técnica dos vendedores para o atendimento ao consumidor. Segundo

Fabricante de soluções hidráulicas

girem mais rápido. Como estímulo e assessoria ao lojista, a Víqua oferece também de incentivo, material de merchandising e su-

da Víqua, o Gira+ foi desenvolvido com base em estudo de mercado e na identificação da neces-

dising e mix ideal de produtos para que

treinamentos para vendedores, campanhas

Luciana Nunes, coordenadora de marketing

sidade do varejo de gerenciar adequadamente o fluxo

a fim de adequar o trabalho de merchan-

porte contínuo para a boa rotatividade das mercadorias e reposição de acordo com o volume de vendas. Víqua • www.viqua.com.br

de produtos nas lojas.

MATA BICHEIRA PRATA

INSETICIDA NATURAL

A Ceva Saúde Animal acaba de lançar

Aprovado pelo Ministério da Agri-

no mercado brasileiro o Cicatrilex Prata

cultura, Pecuária e Abastecimento

Aerossol. Conforme divulga a empresa,

(MAPA) para as culturas de alfa-

é o primeiro mata bicheira prata com-

ce, café, fumo, mamão, morango,

provadamente sem resíduo no leite e na

tomate e outras frutas, flores e

carne. À base de cipermetrina, sulfadia-

hortaliças, o inseticida natural Aza-

zina prata e azametifós, o produto pode

max, produto da DVA, era indicado

ser utilizado em animais produtores de

desde 2009 para citros. De acordo

leite, uma vez que traz segurança ao

com a empresa, é o único do país

consumo humano.

com certificação do IBD para agri-

Ceva Saúde Animal

cultura orgânica.

www.cevabrasil.com.br

“O registro de Azamax para frutas, hortaliças, café e outras culturas importantes é a comprovação oficial divulgação

de que o produto é extremamente eficiente contras as pragas, ao mesmo tempo em que respeita o meio ambiente”, ressalta Eugenio Barbosa

mo indispensável aos produtores

Neto, gerente de produto da DVA.

preocupados em se adequar aos

“Azamax é diferente dos demais

tempos de cultivo sustentável, com

inseticidas disponíveis porque in-

respeito ambiental e foco na quali-

corpora uma série de vantagens,

dade dos alimentos, sem esquecer

como não deixar resíduos nos ali-

o resultado econômico”, explica o

mentos. Por isso, não tem período

gerente de produto.

48 AgroRevenda

DVA • www.dvabrasil.com.br

divulgação

de carência. Trata-se de um insu-

set/out 2010



fotolegenda

NETWORkING Diferentes cidades, sotaques, perfis de negócios e estratégias comerciais. Durante a Expo AgroRevenda, promovida nos dias 13 e 14 de setembro, em Limeira (SP), as diferenças, no entanto, somaram boas experiências, novos contatos e momentos de confraternização. Com foco inédito de feira de negócio para revendas agropecuárias, o evento, em sua terceira edição, estabeleceu o contato direto entre lojistas, profissionais de vendas e fornecedores. Em comum, os visiO resultado deste encontro, realizado no interior do Estado de São Paulo, será pulverizado por todo o Brasil. Os clientes certamente notarão mudanças nas lojas, com um novo padrão de atendimento ou até mesmo lançamentos em produtos e serviços. Com o crescimento de sua rede de contatos, as revendas investiram em networking, demonstrando um olhar atento à moderna distribuição de insumos.

50 AgroRevenda

set/out 2010

foTos: fábio fRanci e RicaRDo luca

tantes buscavam o fortalecimento do setor, lucratividade e novas parcerias.




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.