Livro de memorias

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LIVRO DE MEMÓRIAS 5774 • 2013/2014 ORAÇÃO PELOS QUE FORAM E PELOS QUE FICARAM Deus misericordioso, criador e guia do universo, concede repouso sereno aos nossos entes queridos que disseram adeus ao mundo terreno. Permita-lhes encontrar abrigo em Tua presença acolhedora. Faze com que as almas de seus entes descansem em paz e se integrem à corrente da vida eterna. Deus nosso, perpétua fonte de força, consola-nos, alivia nossa aflição, abranda nossa saudade, deixa-nos chorar no Teu ombro amigo. Faze com que suportemos a dor da perda. Desperta-nos de novo para a vida e lembra-nos quão preciosa ela é.

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IZCOR Os dias do ser humano são como a relva, que floresce como a flor do campo. Pois quando o vento passa por ela, logo desaparece e seu lugar deixa de ser conhecido. Mas a Bondade Divina pousa sobre os que O temem desde sempre e para sempre, assim como a Sua justiça para os filhos dos filhos. Ó ETERNO, o que é o ser humano para que o percebas, e o mortal para que o consideres? O ser humano assemelha-se a um sopro e seus dias são como a sombra que passa. De manhã brota e floresce, à noite murcha e seca. Conduzes o ser humano à contrição e dizes: Arrependei-vos, seres humanos. Se aprenderem isto, compreenderão qual é o seu fim. Pois ele nada leva para a sepultura; de toda a sua glória, nada o acompanha. Cuida do inocente e guarda o correto, porque há um futuro para os que são de paz. Redime, Ó ETERNO, a alma de Teus servos e não sejam inculpados todos os que confiam em Deus.

Enosh kechatsir iamav, ketsits hassadê ken iatsits. Ki ruach avdá bô veenênu, veló iakirênu od mecomô. Vechéssed Adonai meolam vead olam, al iereav vetsidcatô livenê vanim. Adonai ma Adam vatedaêhu, ben enosh vatechashvêhu. Adam lahevel damá, iamáv ketsel over. Baboker iatsits vechalaf, laérev iemolel veiavesh. Tashev enosh ad dacá, vatomer shuvu venê adam. Lu chachmu iaskilu zot, iavinu acharitam. Ki ló vemoto icach hacol, ló iered acharav kevodô. Shmor tam ureê iashar, ki acharit leish shalom. Podê Adonai nefesh avadav, velo ieeshmú col hachossim bo.

Extraído do machzor “Chatimá Tová”, pág. 169 – CIP, 1996 (2008)

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IZCOR

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EM MEMÓRIA DO PAI • MARIDO • IRMÃO • FILHO Que Deus se recorde da alma de (meu pai e mestre / meu querido marido / meu querido irmão / meu filho amado) que partiu para o seu mundo. Peço para que a sua alma esteja ligada à corrente da vida eterna junto às almas de Avraham, Itschac e Iaacov, Sara, Rivca, Rachel e Lea, e junto com os demais justos e justas que estão no Jardim do Éden, e que o seu descanso seja uma glória. Que tenha alegria abundante diante de Ti e que esteja feliz ao Teu lado para sempre. Que esta seja a Sua vontade. Amém. Izcor Elohim nishmat avi mori (pai) / ishi haiacar (marido) / achi haiacar (irmão) / Beni haahuv (filho) shehalach leolamô. Ána tehi nafshô tserurá bitseror hachaim im nishmot Avraham, Itschac veIaacov, Sara, Rivca, Rachel veLea, im shear tsadikim vetsidcaniot shebeGan Éden, utehi menuchatô cavod. Sevá semachot et panêcha, neimot biminchá nétsach. Vechên iehi ratson venomar amen.

EM MEMÓRIA DA MÃE • ESPOSA • IRMÃ • FILHA Que Deus se recorde da alma de (minha mãe e mestra / minha querida esposa / minha querida irmã / minha filha amada) que partiu para o seu mundo. Peço para que a sua alma esteja ligada à corrente da vida eterna junto às almas de Avraham, Itschac e Iaacov, Sara, Rivca, Rachel e Lea, e junto com os demais justos e justas que estão no Jardim do Éden, e que o seu descanso seja uma glória. Que tenha alegria abundante diante de Ti e que esteja feliz ao Teu lado para sempre. Que esta seja a Sua vontade. Amém. Izcor Elohim nishmat imi morati (mãe) / ishti haiecará (esposa) / achoti haiecará (irmã) / bití haahuvá (filha) shehalchá leolamá. Ána tehi nafshá tserurá bitseror hachaim im nishmot Avraham, Itschac veIaacov, Sara, Rivca, Rachel veLea, im shear tsadikim vetsidcaniot shebeGan Éden, utehi menuchatô cavod. Sevá semachot et panêcha, neimot biminchá nétsach. Vechên iehi ratson venomar amen.

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LEMBRAR E VIVER DE FORMA SIGNIFICATIVA

“Ao subir para o céu, alguns poderão dizer: ‘eu fabriquei joias’; outros dirão: ‘eu construí casas’; e outros ainda comentarão: ‘eu fiz bastante dinheiro’. Eu poderei olhar nos olhos das vítimas da Shoá e dizer: ‘eu lembrei muito de vocês’.” SIMON WIESENTHAL, sobrevivente da Shoá e caçador de nazistas.

Não apenas as mortes trágicas, mas todas as pessoas que compartilharam suas vidas conosco, passam a ser parte de nós e a deixar suas marcas em nossos rostos, mentes e sonhos, nas paisagens que vemos e nas músicas que ouvimos. A consciência dessas marcas é a incorporação do seu legado. É a memória viva. Através dela, não apenas evitamos a segunda morte de nossos entes queridos, tenha ela sido trágica ou não. Através da memória, estendemos tanto a vida deles quanto a nossa, pois todos nos incorporamos em uma corrente de transcendência e passamos a viver mais. Por um lado, voltamos a viver o vivido, voltamos a ver, a ouvir, a sentir. Por outro, trazemos eles ao nosso presente e temos, inclusive, a oportunidade de lhes dar um futuro, ao imaginar o que teriam dito diante de nossas novas situações. Essa consciência nos brinda também com um conhecimento maior de nossa essência, pois nós somos nossas memórias, estamos compostos por essas marcas. O tempo compartilhado faz parte dos tijolos de nossa personalidade. Mas, além de tudo, é a memória que nos conta que viemos de alguém, que podemos assumir seus compromissos e pendências e continuar, assim, algo de suas vidas. Desse modo, ganhamos também a esperança de que poderemos partir tranquilos,

“Olho através da janela e só vejo a mim mesmo. Olho-me no espelho e enxergo os rostos de vários outros.” YEHUDA AMICHAY, poeta israelense e ganhador do prêmio Israel (o Nobel israelense) “Na minha infância de extrema pobreza financeira e cultural, o mais duro e triste era a sensação de solidão por não ter passado, a falta de transcendência por sentir-me solto. A ignorância impedia toda possibilidade de pertencer a alguma corrente contínua”. ALBERT CAMUS, ganhador do prêmio Nobel de Literatura, que foi criado em um meio analfabeto.

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sabendo que outros continuarão as nossas vidas. Paradoxalmente, lembrar o passado dá esperanças de ter um futuro além de nossa própria vida. Entretanto, a memória nos mostra também a dificuldade de lembrar. O esforço da memória aponta a necessidade de viver vidas significativas, de realizar diferenças para que sejam lembradas e continuadas. Não pela quantidade nem pelo tamanho, mas sim pelo sentido. Lembrar de nossos entes queridos e de nós junto a eles evita que suas almas se apaguem da gente, nos ensina mais e melhor a respeito de quem somos e do porquê de sermos assim, nos exorta a viver com sentido e nos dá esperanças de transcender nossa própria vida no futuro. Por tudo isso, dizemos o izcor. Ao nos aproximarmos da memória de nossos entes queridos, procuramos voltar a viver o encontro com eles, e é assim como esperamos dar-lhes vida nas nossas vidas. Para isso, precisamos nos lembrar das paisagens compartilhadas com eles, das oportunidades em que o amanhecer e o pôr-do-sol foram assistidos junto, das luas, mares, primaveras e invernos divididos. Precisamos nos lembrar das palavras ditas, mas também das que não foram pronunciadas, dos silêncios comparti-

lhados, dos olhares, dos sorrisos e dos choros, da presença e da ausência. Lembramos com eles os erros e os acertos, os momentos de glória e de miséria, de sabedoria e de tolice, de fé e de dúvida, de dor e de esperança. Lembramos com eles nossos desejos e sonhos realizados, nossas pendências e nossas renúncias. Lembramos, ao dizer o izcor, que é com e através deles, em parte, que nós morremos e vivemos também. E recitamos o izcor em comunidade. Pois dizê-lo dessa forma e escrever os nomes de nossos queridos falecidos em um livro comum a toda a comunidade, continua e perpetua a vida deles na vida de todos os que lembram conosco comunitariamente. “Izcor Elohim et nishmot iekirenu“ significa “lembre Deus a alma de nossos queridos”, para que lembremos nós, junto a toda a comunidade, e consigamos algo de eternidade e transcendência. Assim, quando chegar a hora de nossa partida, saberemos que também nossa vida poderá continuar além de nós, em virtude da comunidade, que lembra junto e recita o izcor.

Iehi zichronenu mekor chaim matmid. Seja nossa memória uma fonte eterna de vida. Rabino Ruben Sternschein

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ACEITANDO A MORTE Certa vez, enquanto eu realizava o enterro de um sócio da CIP, o filho do falecido se aproximou de mim e perguntou: - Rabino Michel, sabe como eu me sinto? Eu respondi: - Imagino que você se sinta muito triste. E então, aquele enlutado me surpreendeu: - Na realidade, tenho vontade de abrir uma boa garrafa de vinho e dizer ‘Lehaim!’. Tenho o desejo de celebrar a vida maravilhosa que meu pai teve. Aquele diálogo me marcou profundamente. Entendi, naquele dia, que a morte é o momento de maior complexidade na vida dos familiares do falecido. Esta complexidade pode incluir sentimentos como tristeza, dor e mágoa. No entanto, este momento pode incluir também um profundo aprendizado sobre o valor da vida e, inclusive, sua celebração. Estamos acostumados a uma visão clássica da morte em que esta é sempre uma inimiga que precisa ser combatida a todo o custo. De fato, a tradição judaica nos autoriza a pensar desta maneira. Segundo a Torá, somos convidados a optar pela vida “uvachartá bachaim”, “e escolherás a vida”. O conceito de pikuach nefesh foi estabelecido e detalhado pela legislação religiosa. Segundo este princípio, devemos violar quase todas as regras do judaísmo para salvar uma vida. Desta maneira, todas as bases religiosas de nossa tradição, como a alimentação casher, o Shabat ou as três orações diárias, devem ser deixadas de lado quando entrarem em conflito com a preservação da vida.

Mesmo uma gravidez precisa ser interrompida, na visão do judaísmo, quando esta ameaçar a vida da mãe. Em nossa concepção, o feto é apenas um potencial de vida, enquanto a mãe tem uma vida plena que precisa ser preservada a qualquer preço. Ainda que o feto ameace somente a integridade psicológica da mãe, como nos casos de estupro ou incesto, existem interpretações que advogam pela interrupção da gravidez. No entanto, esta não é a única visão sobre a morte no judaísmo. Além de entender a morte como uma inimiga, nossa tradição também nos permite enxergá-la como uma etapa natural de nossa existência ou ainda como um momento de aprendizado e celebração da vida. Assim, o nascimento, o amadurecimento e o envelhecimento são etapas da vida repletas de desafios. Sabemos o quanto um casal precisa estar preparado para receber um novo bebê. Para a criança, nascer significa aprender a viver em uma meio completamente diferente daquele no qual foi gerada. Da mesma forma, todos que se lembram de sua infância e adolescência sabem o quanto essas etapas são recheadas de desafios físicos e psicológicos. Finalmente, envelhecer é extremamente desafiador. Da mesma maneira, a morte pode ser entendida como mais uma fase da vida que trás consigo enormes desafios. O judaísmo desenvolveu a idéia de que todas as noites, quando vamos dormir, lidamos com o tabu da morte. Segundo nossa tradição religiosa, dormir significa confiar a Deus nossa alma. Quando nos deitamos e

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realizamos a oração Shemá Israel, estamos entregando a Ele nossa alma. No dia seguinte, assim que despertamos, devemos dizer as palavras do Modê Ani, que agradece a Deus por nos ter devolvido nossa neshamá. A terceira forma de ver a morte seria encará-la como uma oportunidade de aprendizado. Pessoas que estiveram próximas de morrer, mas sobreviveram, têm suas vidas completamente mudadas. Da mesma maneira, familiares que presenciam o falecimento de alguém querido reorganizam totalmente suas escalas de valores. Eu testemunhei de perto indivíduos que passaram a trabalhar menos para ficar mais com suas famílias, ou pessoas que resolveram realizar uma longa viagem com os amigos. Conta uma lenda do Talmud que determinado rabino estava muito doente. Seus alunos ficavam em volta de seu leito rezando para que o sábio não morresse. A oração daqueles discípulos sustentava o mestre vivo. Em certo momento, a esposa do rabino percebeu que o sofrimento daquele homem era enorme. Então, aquela senhora pegou um grande vaso em suas mãos e arremessou no chão. Os alunos levaram um susto, interromperam suas orações e o rabino morreu. Nossa rica tradição nos ensina que existe momento de lutar pela vida e existe também a hora de aceitar a morte. Nas palavras de Eclesiastes, Kohelet, “Et laledet VeEt Lamut”. A aceitação da morte abre a possibilidade de se despedir de uma familiar enquanto ainda está preservada a dignidade, a fala, a memória. Aceitar a morte permite se reconciliar com alguém, com Deus ou consigo mesmo.

Interromper a luta ensandecida por uma vida que está terminando possibilita desfrutar dos últimos momentos de maneira plena. Existem mortes trágicas. Determinados acontecimentos são extremamente tristes e produzem apenas dor e indignação. Em meus poucos anos de rabinato, precisei acompanhar algumas famílias que se despediram de filhos e netos jovens. Nestes casos o sofrimento se sobrepõe a qualquer possibilidade de entendimento, aceitação ou apaziguamento. Contudo, na maior parte dos casos, estamos falando de senhores e senhoras que viveram ao menos sete, oito ou nove décadas de forma plena e intensa. Neste casos, acredito ser possível e também recomendável buscar a celebração da vida que existe nestas despedidas. Para aqueles que permanecem aqui, aceitar a morte significa substituir a lembrança da dor da despedida pela memória de toda uma vida de presença. Representa o desvencilhamento do instante por vezes paralisador da partida e sua substituição pela recordação acalentadora da vida. Aceitar a morte pode significar manter a pessoa querida de quem nos despedimos viva. Que saibamos escolher pela vida. Ao mesmo tempo, peço a Deus que nos permita enxergar que a morte é também uma etapa natural da vida, repleta de desafios, aprendizados e, talvez, em alguns casos, uma ponta de celebração da vida. Que nossa familiares e amigos sejam confirmados no livro da vida eterna. Lehaim. Gmar Chatimá Tová. Rabino Michel Schlesinger

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Lembramos com saudade e pesar de nossos entes queridos que nos deixaram neste ano que passou. Que façam parte da corrente da vida eterna.

AGNES BARABAS

FISZEL ROZMAN

ALEXANDRE WAJNBERG

FLORA HEILBUT

ALFREDO CARLOS GLASER

FRANZ WALTER SALOMON

ALICE (BEBE) ROSENBAUM

GEORGE EDUARDO FREUD

ANDRÉ FRANK

GERDA BERGER

ANITA ZYLBERBERG (SCHWARTZMAN)

GISELA BLACK TASCHNER

ARIE ASKENAZY

HEINZ RECTOR

ARMANDO JANIUK

HEINZ WERBLOWSKY

AUGUSTA LEVI TERNI

ILSE HIRSCHBRUCH

BETTY FELDBERG

IRENE ESTHER EDIT OPPENHEIMER WEIL

BORIS DAVID RAZNOSZCZYK

ITA ZAJAC ZISKIND

BRONISLAWA (BRONCA) MORGENSTERN

IZRAEL (IZIDORO) KNOBLOCH

CHIPENA (FANI) KILLNER

JACQUES CRESPIN

DAWID HERSZ RABINOWICZ

JACQUES SIEGFRIED SCHNEIDER

DWEJRA (DORA) ZYLBERKAN

JANOS JUSTUS

EDUARDO FISCHER

JOSÉ HAMERMESZ

ERNESTO CUBA DIAZ

JUAN BLUMENFELD

ERVINO SOICHER

KARL ALBERT HIRSCH

ETLA PRIPAS

KATE SARA WEG

FABIO STEINBERG

KEILA LITWAK

FABIO STEINBRUCH

LEA AJZEN

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LEONOR MARGARITA JACOBY

POLIA LERNER HAMBURGER

LIA MINDLIN

ROLF HERZBERG

LILIANE GRINBERG LEWIN

ROSEL ROTHSCHILD

MANIA KAUFMAN

RUTH TATERKA

MANNA ROZEN DE GERBER

RUTH TICHAUER

MARK HOTIMSKY

RYWKA ZYMBERG

MAURICIO LEVIN

SAMUEL STEIMAN

MICHAL GARTENKRAUT

SARA MARGOT CLARA WESTHEIMER ZWEIG

MINA (MIA) FISCHBACH

SERGIO KLABIN

MOSZEK CHIL RUBINSZTAIN

SURA BINA RADZANOWICZ TAUBKIN

MOYSES SZNAJDER

SUZANA EUGENIA STRACHMAN

NELSON WAISMAN

THEREZINHA DE JESUS AUGÉ HEILBORN

OLGA MELIGHENDLER RING

VERA LUCIA DE CAMPOS ZACLIS

OSIAS MUTCHNIK

VERA MANASSE DE BARUCH

PAOLA DA SILVA WORMS

VERA STERN

PAUL MEYER

WALDEMAR LEIFERT

PETR MULLER

WERNER FREUND

Recordamos saudosos nossos entes queridos que não estão fisicamente presentes, mas que continuam iluminando nossas vidas. Falecimentos ocorridos até o dia 04/09 /13. 13


Tributo da comunidade CIP: em memória de todas as vítimas do terror e da violência e daqueles que não têm quem lhes reze o kadish.

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Quem homenageia

Homenageados

Abela - Dolly e Freddy Abela

Oscar Abela Nini Abela Jacques Joseph Abram Ines Abram

Barenboim - Família Barenboim

Samuel Barenboim Dina Vainer Barenboim

Becker - Família Becker

Gabriele Becker

Becker - Monica Becker

Ellen Becker João Carlos Becker José Roberto Becker

Bergmann - Família Bergmann

Edda Mayer Bergmann Szabsa Sztutman

Blumenthal - Família Blumenthal

Bernhard Blumenthal Laura Blumenthal Manfred Hirschel Gretchen Hirschel Guenther Hirschel

Bouqvar e Wiggers - Ana Teresa Maurício Bouqvar Bouqvar e Frank Norbert Wiggers Jaime Bouqvar Reveca Bouqvar Moises Ferman Rosita Ferman Maria Van Der Woude Bugajer - Silvia Bugajer

Noech Bugajer Toska Bugajer

Calmanowitz - Manfred e Hilde Calmanowitz

Robert Hirsch Paula Hirsch Hermann Calmanowitz Eugenie Calmanowitz Claudia Calmanowitz

Canter - Família Canter

Rosa Perlow Canter

Chazan - Família Sergio Chazan

Georges Loeb Raymonde Loeb

Colin de Camargo Família Colin de Camargo

Walter e Liselotte Cohn Colin

Del Bel, Blumen e Foá Famílias Del Bel, Blumen e Foá

Isabella Schonfeld Blumen

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Dreifus - Família Dreifus

Artur e Ilse Eberhardt Werner Martin Dreifus Hilde e Ludwig Dreifus

Eberhardt - Dorothy Eberhardt e família

Mario Angelo Eberhardt Luiz Lajos Partos Thereza Partos

Efromovich e Rabinovitch Famílias Efromovich e Rabinovitch

Peretz Efromovich Jayme Rabinovitch Rosa Rabinovitch

Eigier - Família Eigier

Luiz e Wally Eigier

Eisencraft - Família Eisencraft

Marcos Eisencraft Elias Acherman

Ejchel - Família Ejchel

Henri Ejchel

Feder - Família Feder

Sarah R. Feder Jack Feder

Feder - Família Feder

David Charles Feder Grete Feder

Finzi e Freund - Famílias Finzi e Freund

Franca Giuditta Levi Finzi

Fischer - Família Marianne Fischer Ruy George Fischer Franken - Esposa, filhos e netos da família Franken

Karl Franken

Freund - Família Freund

Werner Freund

Gartner - Família Gartner

Henryk Gartner

Gildin - Família José Beny Gildin

Estera Aizenstat Herbst de Lederman Eva David Gildin David Towia Gildin

Gotthilf - Família Gotthilf

Francisco Gotthilf David Biderman Mazina Korman

Grunebaum - Ilse Grunebaum

Hans Theodor Grunebaum

Halbreich - Daniel e Gustavo Halbreich

Eugenia Halbreich Jakub Halbreich

Hanff - Família Hanff

Bruno Hanff Fanny Hanff

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Heilborn - Marta E. Heilborn e Rachel Heilborn Mugayar

Norbert I. Heilborn Vida Lereya Heilborn

Helman - Família Helman

Paulo Helman Bayard R. Osna

Hirsch e Mielnik - Famílias Hirsch e Mielnik

Hannelore Hirsch Irene Ruth Hirsch

Katzenstein - Família Katzenstein

Susi Levy Ernst Levy

Kernkraut - Taís, Ariel e Betina Kernkraut

Leonardo Kernkraut Paulina Kernkraut Heinz Kernkraut

Korman - Família Korman

Mojzesz Nusym Korman Nechuma Korman Israel Sobolh Paulina Sobolh

Kulikovsky - Família Kulikovsky

Wulf e Elisa Kulikovsky Loty e Luigi Frankenthal

Kulikovsky e Rothschild - Famílias Renata Vally Rothschild Adler Kulikovsky e Rothschild Hans Gustavo Rothschild Rosel Rothschild Herman e Flora Frank Ernesto Gunter Rothschild Sophie Kristian Poller Lafer - Marina Lafer/ Celso Lafer e Família

Abrahão Jacob Lafer (A. Jacob Lafer) Betty Lafer Viviana Lafer Chaves Jenny Lafer Horácio Michinum Zlate Pilnik Michnum Max Lafer Horácio Lafer Ema Gordon Klabin Hessel Horácio Cherkassky (H. Horácio Cherkassky) Helena de Queiroz Cherkassky Anna Misnun Chassia Lafer Samuel R. Lafer

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Mehler - Roberto Mehler

Marco Mehler Regina Rosenbach de Mehler Sara Cohen de Mehler

Nigri - Elias Nigri

Nassim Elias Nigri Maria Nigri Jayme Kayat Rachel Kayat

Osmo - Família Osmo

David Samuel Osmo Stela Lina Osmo

Peyser - Família Peyser

Hans Peyser Auguste Peyser

Plonski e Schmerling - Famílias Plonski e Schmerling

Simon Plonski Stella Schmerling Plonski Aron Schmerling

Rosenthal - Família Rosenthal

Hans Jorg Rosenthal Gert Werner Rosenthal Leonie Rosenthal Erich Rosenthal Leonel Abramo Morpurgo Maria Zoé Tolentino Morpurgo

Rothschild - Família Rothschild

Adolpho Roitman Jairo Roitman

Sacerdote - Família Sacerdote

Roberto Sacerdote

Salfatis - Joseph Salfatis

Samuel Sion Salfatis Matoula Salfatis Jacques Salfatis

Sarfatti - José Sarfatti, irmã Estela Alexandre Sarfatti e filhos Sara Hajes Yechaya Sarfatti Nissim Sarfatti Alegre Danom Sarfatti Schön - Família Schön

Hans Schön Agnes Adelheid Schön Jorge Alberto Schön Gustavo Alberto Schön Kurt Ohrenstein Hans Ohrenstein

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Schonenberg Família Eleonor Schonenberg

Helmut Ludwig Schonenberg Alvin Schwab Hansi Carolina Schwab

Schonenberg Joanna Schonenberg e família

Peter E. Schonenberg

Schwarcz - Família Schwarcz

Bertold Bahrah Sofia Bahrah Giuseppe Weiss Mici Weiss André Schwarcz

Seinfeld Levi - Ita Seinfeld Levi

Salomão e Mirlea Seinfeld Livio Edmondo Levi

Sereno - Família Sereno

Raquel Hodara Sereno Moyses Maurício Sereno Ethel Lerner Nathan Lerner Violeta Sereno

Silberberg - Família Silberberg

Lucia Lea e Augusto Nery Maria Regina e Ignacio Maierovitch Sara e Bencion Kahns Lucie e Moritz Silberberg Ana M. e Oscar M. B. Nery Anita e Henrique Silberberg

Silberberg - Família Silberberg

Marilia Silberberg Clara Silberberg

Silberfeld - Família Silberfeld

Percy Thomas Silberfeld Anna Maria Znamirowska Silberfeld

Simon - Família Simon

Rachel Levy Simon Siegbert Simon Donato Wechsler

Slezynger - Família Slezynger

Jacques Slezynger Gisella Tygel Slezynger Charlotte Slezynger Simon Tygel Leon Tygel

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Starosta - Família Starosta

Bernardo Starosta

Sternberg - Família Sternberg

Esther e Boris Schneiderman Nina e Borys Sternberg

Strauss - Família Walter H. Strauss

Edit Nora Strauss

Vainboim - Família Vainboim

Lia Vainboim Jayme Vainboim Zeilic Bukstein Sonia Bukstein

Zylberkan - Família Zylberkan

Abram Zylberkan Dwejra Zylberkan

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RECORDAÇÃO E AÇÃO Em Iom Kipur, paira no ar um espírito de solenidade e nostalgia. Talvez mais do que em qualquer outro dia do ano, lembramos daqueles que já não estão mais conosco. Nossos entes queridos, porém, são mais do que uma recordação; continuam sendo uma presença viva. Aquilo que eles nos ensinaram permanece dentro de nós. E é a essa presença viva que nos voltamos na hora do Izcor em Iom Kipur. De acordo com o código Shulchan Aruch (Orach Chayim 621:6), praticar um ato de caridade em memória dos finados faz com que sua alma se eleve a um nível mais alto de repouso no Paraíso. Assim, o serviço de Izcor incentiva-nos a aliar a ação à recordação. Nesse espírito, pedimos aos queridos sócios da CIP que sigam a tradição judaica e contribuam generosamente para sua Congregação ao longo do ano, perpetuando assim os ideais daqueles a quem prestamos tributos em Iom Kipur. Se assumirmos este compromisso ao recitar o Izcor, estaremos cumprindo uma mitsvá das mais significativas. Estaremos homenageando tanto os vivos como os mortos. Porque, no fundo, o propósito de contemplar a morte é engrandecer a vida.

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KADISH DOS ENLUTADOS Enlutado: Grande e santo é Deus no mundo que Ele criou conforme os Seus desígnios. Que saibamos todos, cada dia mais, cumprir Sua vontade, fazendo do mundo em que vivemos, ainda em nossos dias, um mundo melhor. Itgadal veitcadash shemê rabá, bealmá di verá chirutê veiamlich malchutê bechaiechón uveiomechón uvechaiê dechol Bet Israel, baagalá uvizmán cariv veimru amen. Congregação e Enlutado: Desta forma, homenagearemos o Seu grande nome, hoje e sempre. Iehê shemê rabá mevarách lealám ulealmê almaiá. Enlutado: Deus é supremo e excelso, majestoso e poderoso, sábio e clemente. Está muito acima das nossas palavras e preces humanas. Itbarach veishtabach, veitpaar veitromam, veitnassê veit’hadar, veitalê veit’hadar, shemê decudeshá berich hu. Leelá uleelá micol birchatá veshiratá, tushbechaté venechematé daamirán bealmá veimru amen. Que nos seja concedida uma existência de paz e compreensão a nós, a todo o povo de Israel e à humanidade. Iehê shelamá rabá min shemaia vechaim tovim alênu veal col Israel veimru amen. O Criador baseia Seu mundo em harmonia e em Suas sábias leis. Que Ele presenteie a nós, a todos Israel e à espécie humana com Sua paz. Amém. Ossê hashalom bimromáv, Hu iaassê shalom alênu veal col Israel veimru amen. Extraído do machzor “Chatimá Tová”, pág. 176 – CIP, 1996 (2008)

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KADISH DOS ENLUTADOS

Enlutado:

Congregação e Enlutado:

Enlutado:

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PEQUENO VOCABULÁRIO DO ENLUTADO Aninut – Luto ou tristeza. Período entre o falecimento e o enterro. O onen (nome dado ao enlutado neste período) fica liberado de todas as obrigações religiosas positivas, como as orações diárias e a colocação dos filactérios (tefilin). Isto se dá para que o onen se dedique única e exclusivamente às necessidades do falecido. Keriá – Rasgo. Um pedaço do tecido da roupa dos enlutados é rasgado como sinal de luto, e uma bênção (brachá) é recitada. Kadish Iatom – Santificação do enlutado. Texto em aramaico lido pelos enlutados para engrandecer o nome de Deus e homenagear a pessoa falecida. Seudat Havraá – Refeição de recuperação. Primeira refeição dos enlutados ao voltarem do cemitério. Essa refeição deve ser preparada por amigos e parentes dos enlutados. Alimentos redondos como ovos e lentilhas são comidos para simbolizar o ciclo da vida. Shivá – Literalmente, sete. Este é o primeiro período de luto, que dura uma semana. Nesses dias, deve-se recitar o Kadish Iatom, permanecer em casa, manter uma vela acesa, não usar sapatos de couro, sentar em poltronas baixas ou no chão, cobrir os espelhos e abster-se de cuidados com a aparência física (fazer a barba, usar cosméticos, roupas novas, etc.). Shloshim – Literalmente, trinta. O segundo período de luto, que dura um mês. Os enlutados voltam a trabalhar, mas observam ainda certas restrições. O comparecimento a eventos sociais e culturais deve ser evitado. Não se corta o cabelo e nem a barba, caso a profissão e o convívio social o permitam. O Kadish Iatom deve ser dito em uma sinagoga. Ao final deste período, pode-se realizar uma cerimônia no cemitério ou na sinagoga. Matseivá – Lápide. Depois de um ano, costuma-se inaugurar a pedra tumular por meio de uma cerimônia no cemitério. Nichum Avelim – Consolo dos enlutados. Este é um mandamento (mitsvá) de grande importância que deve ser praticado por todos.

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CHEVRA KADISHA DA CIP chevra@cip.org.br | 3083-0005 ou 99204-2668, falar com Sergio Cernea.



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