Edicção Especial | Janeiro 2017
15 Anos de HajaSaúde! Suplemento
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Índice 3
HajaEditorial!
4 Mensagem do Fundador 5 Cronologia dos dirigentes do HajaSaúde! 6
Ficha Técnica Contactos Email: hajasaude.ecs@gmail.com | Site: http:// hajasaude.ecs.wixsite.com | Facebook: https:// www.facebook.com/ hajasaude.ecs | Instagram: hajasaude.ecs Morada Campus de Gualtar, Universidade do Minho Escola de Medicina da Universidade do Minho, 4710-057 Braga, Portugal
HajaEntrevista!
Registo na Entidade Reguladora da Comunicação com o número 126906
Pedro Morgado (2002-2003)
Presidente Joana Silva
Isaac Braga (2004-2006)
Vera Marques (2007-2009)
Luís Araújo (2012-2013)
Sofia Leal Santos (2014)
Joana Silva (2015-2016)
Editor: Alumni Medicina Editora-chefe: Ana Sofia Milheiro Co-editores: Gonçalo Cunha e Joana Silva Redatores: Ana Sofia Milheiro, António Mateus-Pinheiro, Catarina Pestana, Gonçalo Cunha, Inês Braga, Joana Silva, João Barbosa Martins, João Lima, Jorge Machado, Jorge Silva, Kelly Pires, Mário Carneiro, Nuno Gonçalves, Núria Mascarenhas, Pedro Peixoto, Sofia Leal Santos e Tiago Rosa.
Gonçalo Cunha (2017)
Revisor linguístico: Jéremy Fontes Design gráfico: Catarina Fontão
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HajaEditorial por Joana Silva
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ão já 15 anos de história…. São 15 anos de memória, 15 anos de desafios, 15 anos de conquistas, 15 anos de amizade, 15 anos de HajaSaúde!.
Com um início de atividade em 2002, o HajaSaúde! tem percorrido um longo caminho de evolução e de trabalho, de desafios e de conquistas, visando sempre a prossecução dos seus maiores objetivos, como a divulgação de acontecimentos de grande importância para o seu público-alvo, a divulgação da nova ciência que se desenvolve e a exposição livre e consciente de ideias sobre determinados assuntos, relevantes para os estudantes de Medicina. Regendo-se sempre pela máxima transmitida pelo Professor Pinto Machado, que defende que “nada do que é humano é estranho a um médico”, o percurso do HajaSaúde! tem-se pautado pela imparcialidade e pelo bom trabalho desenvolvido pelas inúmeras gerações que nele integraram. Gerações essas que, através do seu empenho e persistência, elevaram o HajaSaúde! a um patamar de excelência, tendo-se este afirmado, cada vez mais, como um órgão mediático presente na Escola de Medicina. Assim, falar destes que são os 15 anos do HajaSaúde! é falar de uma longa caminhada e ver a sua evolução é ver o trabalho das quinze gerações que por ele passaram. Gerações de continuidade, gerações sonhadoras, gerações, sobretudo, empenhadas em fazer crescer este projeto. Neste âmbito, este suplemento é, não só, um enaltecer do trabalho das diferentes gerações, mas também e sobretudo, um enaltecer de um sonho pois “eles não sabem nem sonham que o sonho comanda a vida, que sempre que o homem sonha o mundo pula e avança”.
“
Nada do que é humano é estranho a um médico. Prof. Joaquim Pinto Machado
”
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Mensagem do Fundador por Pedro Morgado
O
HajaSaúde! surgiu em 2002 com a intenção de se constituir como uma publicação periódica dos estudantes de Medicina da Universidade do Minho. A sua estrutura inicial era muito simples, materializada numa folha de papel A4 que continha informações de relevo para a comunidade escolar. A sua missão era clara: informar a comunidade, formar os voluntários que fazem o jornal e assumir-se como um repositório de factos e memórias. O seu nome foi adotado por sugestão do Professor Pinto Machado, mantendo-se intacto até ao momento presente. Olhando para trás, a sensação é de dever cumprido – provavelmente superado. Sendo a comunicação um processo fundamental para qualquer organização, o HajaSaúde! cresceu e transformou-se num verdadeiro catalisador de laços entre os diferentes corpos da comunidade escolar. O aumento do número de alunos e de colaboradores da Escola de Medicina e o facto dos antigos alunos estarem hoje mais longe da sua escola médica trouxe novos desafios para o jornal. A missão do HajaSaúde! é hoje mais crítica e mais fundamental: chegar mais longe e a mais pessoas com a informação que é relevante para todos. Neste momento de celebração e de transformação, o HajaSaúde! reinventa-se fiel aos princípios fundadores. E isso só nos pode encher de orgulho. Parabéns ao HajaSaúde! Parabéns a todas/os!
Cronologia dos dirigentes do HajaSaúde! Pedro Morgado
2002 2003 2004 2006
Vera Marques
2007 2009
2010
Daniela Lascasas
Luís Araújo
2014
2015 2016
Gonçalo Cunha
Marta Achando
2011
2012 2013
Sofia Leal Santos
Isaac Braga
2017
Joana Silva
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HajaEntrevista! por Joana Silva
Pedro Morgado
(2002-2004) Escola, nomeadamente em termos de ensino, cultura e investigação. HS! – Sabemos que o nome “HajaSaúde!” surgiu numa conversa com o professor Pinto Machado… Quer-nos falar um pouco acerca desse episódio? PM – Quando pensámos em iniciar este projeto tínhamos várias propostas de nome, mas nenhuma nos entusiasmava. Foi então que decidimos falar com o Professor Pinto Machado que, com um brilho nos olhos, nos confessou que há muito gostava de ter uma publicação com a denominação de HajaSaúde!. A proposta reuniu consenso de imediato e assim ficou. HS! – Quais foram as principais dificuldades com as quais teve de lidar enquanto responsável pelo HajaSaúde!?
HajaSaúde! (HS!) – Boa tarde caro professor. Desde já, o nosso muito obrigado quer por nos ceder esta entrevista quer por ter fundado este projeto que nos é tão querido. Em primeiro lugar o que é que o levou a conceber esta ideia de criação de um jornal feito por estudantes de Medicina da outrora ECS e qual o contexto em que este surgiu e quais os principais ideais nos quais foram alicerçados a criação deste jornal? Pedro Morgado (PM) – O HajaSaúde! nasceu como um órgão informativo da comunidade da então denominada Escola de Ciências da Saúde. Apesar de ser elaborado pelos estudantes de Medicina existiu sempre a vontade de fazer um jornal que cobrisse toda a atividade da
PM – No princípio os recursos eram muito limitados e a equipa era exígua. E, embora possa parecer um chavão, a verdade é que com esforço e dedicação tudo se conseguiu fazer e manter ao longo do tempo. HS! – E quais foram os acontecimentos no percurso deste jornal que o surpreenderam? PM – Com muita sinceridade, surpreendeme que o jornal se mantenha com tanta vitalidade ao celebrar os 15 anos da sua fundação. O HajaSaúde! passou por várias fases e em todas, os diretores deixaram a sua marca. Hoje a comunicação fazse por outros meios (correio eletrónico, publicações eletrónicas e redes sociais) e, mesmo assim, o HajaSaúde! continua vivo. Penso que é um motivo de orgulho para todos.
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HS! – O que sentiu quando teve de “abandonar”, por assim dizer, o HajaSaúde!? PM – Ao longo dos anos tenho tido o privilégio de ajudar a construir projetos que têm permanecido no tempo (o NEMUM, o HajaSaúde!, a Alumni Medicina, a Velha-a-Branca e, mais recentemente, a Liga de Amigos do Hospital de Braga e a Sociedade Portuguesa de Competências de Comunicação Clínica). Em todos tive sempre a ideia de que perpetuar-me nas funções diretivas seria um sinal de fracasso. Por isso preparámos sempre uma renovação tranquila. No momento em que passei o testemunho no HajaSaúde! tinha a sensação de dever cumprido. Acreditava que as bases eram sólidas o suficiente para o projeto se manter com uma equipa renovada. HS! – Enquanto membro integrante da equipa deste jornal e representante do mesmo, quais as competências adquiridas que ressalva? PM – Em todos os compromissos “extracurriculares” há ganhos pessoais e ganhos coletivos. Em termos pessoais, penso que o HajaSaúde! foi uma boa oportunidade para aprofundar o conhecimento e a reflexão acerca do projeto educativo da escola, para treinar competências de gestão de equipas, para melhorar a capacidade de escrita e, sobretudo, a capacidade descritiva. Na prática diária, os médicos têm que ouvir muitas histórias, mas também têm que conseguir traduzir essas histórias em algo útil para os colegas e os doentes. Ao longo dos tempos, temos desinvestido de treinar e estimular a capacidade de redação dos médicos – penso que é uma das mais valias de integrar projetos deste tipo.
HS! – Se pudesse voltar atrás no tempo… Mudaria alguma coisa? PM – Inicialmente o HajaSaúde! era parte integrante do NEMUM. Uma das grandes dificuldades dos dirigentes associativos daquele tempo foi a inexistência de colegas mais velhos que nos pudessem proporcionar a necessária formação. Tivemos que crescer à força porque tínhamos que gerir o NEMUM e o HajaSaúde! ao mesmo tempo que aprendíamos a fazê-lo. A maturidade foise adquirindo com o tempo e aprendemos com alguns erros, mas no essencial penso que fomos acertando. HS! – Passados 15 anos de história e 15 anos de HajaSaúde!, o que pensa quando olha para o caminho deste projeto? PM – Sinto-me muito orgulhoso por aquilo que as pessoas fizeram do projeto que ajudei a criar. Leio todas as edições do HajaSaúde! e, em todas, sinto que as pessoas fazem muito melhor trabalho do que fazíamos há 15 anos. Acreditem que não há maior felicidade do que essa. HS! – Para finalizar, alguma mensagem que queira deixar aos atuais e futuros representantes do HajaSaúde!? PM – Em primeiro gostava de vos agradecer por manterem o HajaSaúde! com esta qualidade. Gostava também de vos pedir que continuem a fazer perdurar este projeto difícil e trabalhoso. Acreditem que é muito gratificante sentir que somos parte de algo que tem a força e a vitalidade do HajaSaúde!. Além do que se ganha quotidianamente com o empenho num projeto deste tipo, a gratificação vai acompanhar-vos pelas vossas vidas clínicas e isso é muito positivo.
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HajaEntrevista! por João Barbosa Martins
Isaac Braga
(2004-2006)
HajaSaúde! (HS!)- Que motivações “houve!” para entrar no HajaSaúde! enquanto aluno? Isaac Braga (IB)- A principal motivação surgiu da vontade de ajudar no crescimento deste projeto. Após ter visto o HajaSaúde! “nascer” com 4 páginas e com a missão de informar e ligar a comunidade da ECS, passaram poucas edições até decidir integrar a equipa do jornal. Inicialmente contribui com uma pequena coluna dedicada à cultura, principalmente ao cinema, mas também ao teatro, intitulada “Bilheteira”. O gosto pelo HS! foi crescendo e surgiu a oportunidade de assumir o lugar de editor do jornal, lugar que desempenhei da melhor forma possível. HS! - Qual era o contexto a nível de equipa que “havia!” no HajaSaúde! na sua altura? IB - Como disse anteriormente, integrei precocemente a equipa do HS!, numa altura em que esta era constituída por poucos elementos e algumas das contribuições eram feitas pelos alunos conforme pretendessem e fosse adequado à edição em causa. Importa ressalvar que estamos a falar de tempos em que a comunidade de alunos não era superior a uma centena, e tínhamos alunos no primeiro e no segundo ano. Neste período o jornal foi sofrendo várias alterações e a colaboração entre todos era essencial para conseguirmos ter cada uma das edições pronta dentro dos prazos estipulados. A equipa reunia para preparar a edição do jornal e depois muita da comunicação era feita online para podermos concluir as edições. HS! - Qual o panorama geral que “havia!” no HajaSaúde! antes do seu mandato?
IB - No início o HS! era um jornal de 4-8 páginas com uma tiragem de algumas dezenas. Continha um espaço dedicado às notícias da Escola e dos alunos/docentes, espaços de cultura e normalmente na última página apresentava-se algum trabalho de expressão artística da autoria de um elemento da comunidade académica da Escola, quer de alunos quer de docentes. Antes do meu mandato o jornal já se apresentava em franco crescimento, acompanhando o aumento da ECS e um dos desafios que me foi colocado, quando tomei posse como diretor do Jornal, foi fazer com que o HS! conseguisse acompanhar o crescimento da comunidade de leitores e fosse de encontro às reais necessidades da mesma. HS! - No seu mandato quais foram as principais dificuldades que “houve!”? IB - Durante o meu mandato, tal como respondi anteriormente, as principais dificuldades coincidiram com os desafios que me foram colocados. As dificuldades iniciais surgiram com a necessidade de renovação da equipa para conseguir dar resposta aos interesses da comunidade de leitores que foram crescendo com a Escola. Conseguimos que os conteúdos e a tiragem do jornal aumentassem substancialmente, no entanto a grande dificuldade manteve-se na necessidade de defender a qualidade dos conteúdos publicados e elevar o interesse dos leitores na nossa publicação. HS! - Qual o legado que pensa ter passado para o HajaSaúde! que “há!” atualmente? IB - Provavelmente quem me sucedeu conseguirá responder melhor a essa questão… Eu acredito que todas as pessoas que integraram o HS! contribuíram, mais
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ou menos, para o estado atual. Acho que o “nosso” legado - meu e de todos os outros elementos do HS! que me precederam e sucederam - foi o de manter o HS! como o meio de comunicação oficial dos estudantes de Medicina da UM e com a qualidade que os leitores merecem. HS! - Tem acompanhado o percurso do HajaSaúde! após o seu mandato? Que alterações acha que “há!”?
mais leitores. HS! - Agora, que já passaram algumas direções diferentes após o seu mandato, que sugestões pensa que poderiam “haver!” no jornal para desenvolver no futuro?
IB - Eu penso que o caminho das publicações como o HS! passará sempre pelos social media e poderá até, no futuro, existir apenas em formato online. IB - Confesso que é difícil Os desafios/sugestões que continuar a acompanhar poderei dar à nova direção o HS! quando não se é que mantenham a está na UM. Houve “o ‘nosso’ legado ... foi atividade nestes meios um período em que para conseguirem não consegui ver as o de manter o HS! como cativar mais leitores, edições e só muito o meio de comunicação q u e m s a b e a t é , recentemente é que uma conta no oficial dos estudantes de criar voltei a ter acesso Twitter® para tentar Medicina da UM com a trazer novos leitores/ à publicação online que recebo (com qualidade que os leitores colaboradores através muito gosto!) no desta rede. O sistema merecem.” email. utilizado por esta rede social facilita a difusão Existem várias alterações de notícias e consegue que ressaltam à vista, atingir um maior públicoprincipalmente na imagem. As alvo. No entanto, admito que alterações que mais se fazem notar para um grupo de alunos de Medicina são a periodicidade do jornal e o aspeto poderá ser complicado manter a atividade bem mais moderno do que na altura. nas redes sociais de uma publicação deste tipo, sem dedicação a tempo inteiro... HS! - Dessas, quais lhe agradam mais e em quais acha que deveria “haver! HS! - Dr. Isaac Braga queremos mudanças? agradecer-lhe pela sua disponibilidade e pelo seu contributo para esta IB - Agrada-me o aspeto que faz lembrar marcante celebração que são os uma revista e a existência de espaços de 15 anos do sempre seu e nosso opinião e de memórias parecem-me ser Hajasaúde!. aspetos que fazem aumentar o interesse dos alunos. A adaptação a meios cada vez IB - Não necessitam de agradecer! Foi um mais tecnológicos é por vezes complicada, prazer representar o HS! e vou continuar e agradou-me bastante ver que o HS! sempre a fazer parte desta família... seguiu o seu caminho ao estar presente no Facebook®, para conseguir cativar
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HajaEntrevista! por Gonçalo Cunha
Vera Marques
(2007-2009) VM - Nessa altura, a equipa era pequena e eu não conhecia todos os membros. A minha participação inicial era também muito contida. Contudo, como era fácil na nossa Escola, facilmente criámos laços e eu passei a contribuir com menos receio. HS! - Qual o panorama geral que “havia!” no HajaSaúde! antes do seu mandato? VM - Imediatamente antes de assumir o cargo, o panorama geral era fantástico. O nosso presidente era o Isaac Braga, um amigo e uma referência profissional na minha vida. Por isso, nada melhor do que trabalhar com quem se gosta. HS! - No seu mandato quais foram as principais dificuldades que “houve!”?
HajaSaúde! (HS!) - Que motivações “houve!” para entrar no HajaSaúde! enquanto aluna? Vera Marques (VM) - Entrei para o Haja Saúde! como colaboradora pela curiosidade simples de saber como funcionaria. Sempre gostei de ler e escrever e decidi que seria uma boa oportunidade para tentar dar um bocadinho daquilo que eu mais gosto de fazer nos tempos livres. O HajaSaúde! na altura tratava muitos temas relacionados com a medicina e era um veículo importante de informação para todos os que partilhavam os dias na Escola e que, efetivamente, liam o jornal. HS! - Qual era o contexto a nível de equipa que “havia!” no HajaSaúde! na sua altura?
VM - O meu mandato coincidiu com uma fase complicada do HajaSaúde!. Tivemos dificuldades em garantir a impressão do jornal e procuramos alternativas eficazes. Além de que foi uma fase de recrutamento e motivação de novos membros. Mas, mais ou menos bem, tudo se conseguiu concretizar. Na verdade, também momentos destes são necessários para darmos o verdadeiro valor ao percurso percorrido. HS! - Qual o legado que pensa ter passado para o HajaSaúde! que “há!” atualmente? VM - Eu sempre tentei lutar para que o HajaSaúde! tivesse sempre um componente cultural importante. Transcender a medicina para deixar os colaboradores darem azo aos seus interesses fora do trabalho. E muita coisa boa se descobriu. HS! - Tem acompanhado o percurso do HajaSaúde! após o seu mandato?
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Que alterações acha que “há!”?
HS! - Agora, que já passaram algumas direções diferentes após o seu mandato, que sugestões pensa que poderia “haver!” no jornal para desenvolver no futuro?
VM - Tenho seguido o percurso do HajaSaúde! sobretudo pelas redes sociais. Fico muito feliz pelo envolvimento crescente dos alunos no jornal e também por terem conseguido transportar para VM - A única sugestão que tenho a atualidade o nosso velhinho direito de vos dar é a de jornal, modernizando e tentarem sempre envolver inovando duma forma alunos de todos os “Eu sempre interessante. anos de curso no tentei lutar para jornal. Isso reforça HS! - Dessas, quais a união, sustenta que o HajaSaúde! lhe agradam mais e a continuidade e tivesse sempre um em quais acha que abre perspetivas. componente cultural deveria “haver!” mudanças? importante. Transcender H S ! - D r a . Vera Marques VM - Eu penso que a medicina para deixar os q u e r e m o s as mudanças fazem colaboradores darem azo a g r a d e c e r parte do crescimento lhe pela sua aos seus interesses fora disponibilidade do próprio jornal e da e do trabalho.” equipa. Mais do que pelo seu contributo críticas, gostava de vos para esta marcante deixar uma palavra de alento celebração, que são os e de motivação! Procurem saber 15 anos do sempre seu e junto dos colegas e amigos aquilo que nosso HajaSaúde!. eles querem lá encontrar; porque aí sim, irão conseguir juntar à vossa vontade de VM - Sinto-me muito lisonjeada pelo comunicar o retorno dum público alegre convite e agradeço genuinamente. Boa e que se identifica com o que lê. sorte e felicidades para os próximos 15 anos do HajaSaúde!.
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HajaEntrevista! por Pedro Peixoto
Luís Araújo
(2012-2013)
HajaSaúde! (HS!) - Que motivações “houve!” para entrar no HajaSaúde! enquanto aluno? Luís Araújo (LA) - Entrei para o HajaSaúde! ainda enquanto aluno do 1.º ano, na altura dirigido pela Dra. Daniela Lascasas. Foi essencialmente o meu gosto pela investigação e pela escrita que me fizeram iniciar este projeto enquanto colaborador, com a rúbrica hajaICVS!, tendo, no ano seguinte, assumido a sua direção. HS! - Qual era o contexto a nível de equipa que “havia!” no HajaSaúde! na sua altura? LA - Era muito bom, estávamos todos muito empenhados em levar o projeto que tínhamos para a frente. Entrevistamos diferentes personalidades, nos mais diversos ramos da medicina e não só, criamos novas rúbricas e iniciamos a era digital do jornal. Foi um projeto muito desafiante que só em equipa foi possível concretizar. HS! - Qual o panorama geral que “havia!” no HajaSaúde! antes do seu mandato? LA - Penso que o que marcou o antes e o depois foi a evolução, perfeitamente natural (não foi nada de génio) de transformação do HajaSaúde! papel para o HajaSaúde! digital e online. Em termos de equipa tratou-se de uma espécie de “equipa de continuidade”, que tinha um projeto bem definido e acima de tudo vontade renovada de o seguir. HS! - No seu mandato quais foram as principais dificuldades que “houve!”? LA - Não consideraria que foram
dificuldades, mas sim obstáculos que tivemos de ultrapassar. Aproveitamos o facto de, com a saída da colaboradora de comunicação que tínhamos no jornal, irmos à procura de nova colaboração para a paginação e imagem e, assim, renovarmos de forma significativa o design e a imagem do HajaSaúde!. O outro obstáculo que penso ser transversal a todas as equipas que é o reduzido tempo para escrita em determinadas alturas do ano, essencialmente em épocas de exame, que por vezes poderiam fazer atrasar em alguns dias a saída da edição. HS! - Qual o legado que pensa ter passado para o HajaSaúde! que “há!” atualmente? LA - Essencialmente a renovação da imagem e do seu design, assim como criar locais na web de divulgação do trabalho do nosso jornal, como a página de Facebook e a criação de um local para a publicação online das edições do HajaSaúde!. Passamos, portanto, a apostar mais na informação digital, apesar de continuarmos a fazer ambas as versões até ao final. HS! - Tem acompanhado o percurso do HajaSaúde! após o seu mandato? Que alterações acha que “há!? LA – Sobretudo a criação de novas rúbricas, a alteração ao formato geral do jornal e a evolução digital do jornal. Alterações, portanto, muito positivas! É com orgulho que olho para a evolução deste jornal de todos nós, um espaço onde imortalizamos ideias e pensamentos, onde deixamos um pouco de nós e levamos um pouco desse espaço connosco. A evolução da versão digital do jornal é algo que era importante fazer e foi muito bem feito, tanto com a criação de novas páginas em outras redes
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sociais como o Instagram e a criação de uma equipa de reportagem fotográfica. A criação de um website do jornal foi também uma evolução significativa. HS! - Agora, que já passaram algumas direções diferentes após o seu mandato, que sugestões pensa que poderia “haver!” no jornal para desenvolver no futuro? LA - Apenas tenho a dizer às equipas futuras que continuem o fantástico trabalho que tem sido desenvolvido, o que estou certo que o farão e que continuem a apostar, acima de tudo, naquilo que liga os leitores ao jornal, na elaboração de conteúdos interessantes para a grande maioria dos nossos colegas. HS! - Dr. Luís Araújo queremos agradecerlhe pela sua disponibilidade e pelo seu contributo para esta marcante celebração, que são os 15 anos do sempre seu e nosso HajaSaúde!. LA - Eu é que agradeço o vosso convite e o facto de continuarem com empenho neste projeto que nasceu com a nossa Escola de Medicina!
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É com orgulho que olho para a evolução deste jornal... onde deixamos um pouco de nós e levamos um pouco desse espaço connosco.
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HajaEntrevista! por Tiago Rosa
Sofia Leal Santos
(2014) SLS - Antes de assumir a edição do HajaSaúde! eu era leitora assídua da revista, mas nunca fizera parte da equipa de redação. Na altura em que assumi a direção, muitos membros habituais tinham terminado o curso recentemente. Apercebi-me, com o tempo, que esta fluidez da equipa acaba por ser normal. Dos membros que permaneceram nenhum desejava chefiar a edição, mas dois colegas aceitaram ser os meus “braços direitos” enquanto coeditores: o Pedro Peixoto e o Emanuel Carvalho. HS! - Qual o panorama geral que “havia!” no HajaSaúde! antes do teu mandato? SLS - Na revista encontrava sempre artigos de divulgação de ciência e entrevistas que me interessavam. Em relação ao trabalho da equipa, penso que cada elemento contribuía com o seu artigo, isoladamente. HS! - No teu mandato quais foram as principais dificuldades que “houve!”?
HajaSaúde! (HS!) - Que motivações “houve!” para entrares no HajaSaúde! enquanto aluna? Sofia Leal Santos (SLS) - Quando foi preciso escolher um(a) editor(a) em 2014, falaram comigo, e foi um desafio que quis aceitar naquela altura. Como editora, poderia formar uma equipa motivada e envolvida na construção de cada edição. Como redatora, poderia trabalhar a escrita, algo que sempre me deu gosto, e teria um estímulo para investigar cuidadosamente temas que me interessassem e que quisesse partilhar. HS! - Qual era o contexto a nível de equipa que “havia!” no HajaSaúde! quando assumiste a direção?
SLS - O primeiro desafio foi cativar novos colaboradores. O desafio seguinte foi instalar uma boa dinâmica de trabalho: quis que a equipa reunisse uma vez por cada edição da revista, para a planearmos em conjunto. Deste modo, podíamos partilhar ideias acerca de temas globais que fossem pertinentes para o nosso público-alvo e debater de que forma cada rúbrica poderia enriquecer a discussão desse tema. O facto de não ter experiência prévia como colaboradora constituía uma dificuldade, na medida em que me faltavam referências sobre a forma de trabalho nos anos anteriores. HS! - Qual o legado que pensas ter passado para o HajaSaúde! que “há!” atualmente?
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SLS - A dinâmica das reuniões de equipa tem sido mantida (a dificuldade em reunir toda a equipa também). Isso é muito bom, pois tem permitido alimentar novas ideias e mobilizar as pessoas para novas formas do projeto, que não aconteceriam se cada colaborador fizesse apenas a sua crónica isoladamente. A periodicidade bimensal manteve-se nestes dois anos, também. Esta permitiu mais margem de manobra para a elaboração dos textos com qualidade e era mais ajustada à procura da revista. Acima de tudo, fico contente por ver que pessoas que chamei para a equipa fizeram um trabalho extraordinário na sua continuidade. HS! – Já que tens acompanhado o percurso do HajaSaúde! após o teu mandato, pois ainda és parte da equipa, que alterações achas que “há!”? SLS - Digo aqui, como já disse mais vezes, que a Joana Silva fez um trabalho espetacular nestes dois anos e elevou tremendamente a fasquia. Teve ideias excelentes para tornar o HajaSaúde! mais relevante e multifacetado, com as reportagens fotográficas, videográficas, a dinamização nas redes sociais e, mais recentemente, a oficialização do HajaSaúde! enquanto entidade independente. Além disso, é uma líder e um exemplo de responsabilidade. Claro que isto só é possível com bons colaboradores, mesmo com todas as dificuldades, que são normais.
“
HS! – Dessas mudanças, quais te agradam mais e em quais achas que deveria “haver!” melhorias? SLS - Já referi muitas das boas mudanças. Estou muito curiosa para ver como serão as próximas edições, agora que temos uma parceria entre alunos e antigos alunos da escola, com a participação da Alumni Medicina. Penso que vai tornar as edições ainda mais interessantes, além de alargar o público de leitores. HS! - Agora, que já passaram algumas direções desde o teu mandato, tens sugestões do que poderia “haver!” na revista para desenvolver o seu futuro? SLS - Muitas mudanças estão ainda a começar, é preciso ver aonde levam este projeto. Estou otimista. E espero que esta fase cative novos colaboradores e seja um incentivo à sua dedicação ao HajaSaúde!, que é o essencial para se fazer uma revista com qualidade e relevância. HS! – Sofia, queremos agradecer-te pela tua disponibilidade e pelo seu contributo para esta marcante celebração, que são os 15 anos do sempre seu e nosso Hajasaúde!
O primeiro desafio foi cativar novos colaboradores. O desafio seguinte foi instalar uma boa dinâmica de trabalho...
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HajaEntrevista! por Rosélia Lima
Joana Silva
(2015-2016)
HajaSaúde! (HS!)- O que te cativou para fazer parte do HajaSaúde!? Joana Silva (JS) - Bem… Falar do que me fez entrar para o HajaSaúde! leva a que, inevitavelmente fale de uma caminhada pessoal e daquilo que a vida de toda e qualquer pessoa é feita, que são as escolhas. No meu 12.º ano tive de fazer uma escolha como qualquer estudante e peregrino (no bom sentido da palavra!) desta caminhada que é a vida estudantil e académica. E, nesse ponto da minha vida, havia duas hipóteses que imperavam: ou escolhia entrar em Medicina ou em Ciências da Comunicação, sobretudo por causa de jornalismo, da escrita, da parte de comunicação a nível de planos de publicidade e tudo o mais. Obviamente que, dado que sou estudante de Medicina,
é óbvio qual foi a minha escolha na altura [risos]. Agora sei que foi a escolha certa e não volto, de todo, atrás, mas a questão da escrita e da comunicação sempre ficou bem dentro e bem patente em mim, porque é uma paixão que não consigo negar nem ignorar. E então, em 2014, na minha 3.ª matrícula, dois grandes amigos meus, a Sofia Leal Santos e o Pedro Peixoto, que estavam, na altura, à frente (e muito bem à frente!) do HajaSaúde!, colocaram-me a questão: “tu não queres entrar para o HajaSaúde!?” e bem, confesso que fiquei surpreendida. Fiquei surpreendida, não porque os meus amigos sabiam que eu gostava de escrever, que sei bem os amigos que tenho e o quão bem me conhecem. Fiquei surpreendida por me surgir esta oportunidade, a oportunidade de voltar a viver uma paixão que, no fundo, tinha deixado para trás pois, quando entrei em Medicina, e devido a todas as atividades extracurriculares, sobretudo ao associativismo, acabei por me afastar dessa parte de mim. Portanto, e tendo em conta todo este contexto e o panorama, o que me cativou a integrar o projeto do HajaSaúde! foi a oportunidade de reavivar uma velha paixão que tão feliz me faz e que tanto me permite fazer. HS! - Como descreves o teu percurso no HajaSaúde!? JS - O meu percurso no HajaSaúde! é um percurso simples, na verdade. É como toda e qualquer caminhada que tem o seu início, tem o seu fim e tem os seus altos e baixos. Não vou dizer que foi um “mar de rosas”, que não foi, de todo, teve os seus tempos difíceis e os seus desafios, mas só assim é que tem piada pois assim é que surge um sentimento de pertença e de compromisso maior para com o projeto. E obviamente que, através das pequenas vitórias que vão surgindo, isso dá alento
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JS - As minhas expectativas, no fundo, são reflexo das expectativas da equipa, pois não faria sentido ser de outra maneira e, nesse âmbito, HS! - Como surgiu a oportunidade de irei falar no plural. Quando fui assumida como exerceres o cargo de Presidente do responsável pelo HajaSaúde! em 2015, este HajaSaúde!? atravessava uma altura complicada e as nossas expectativas eram que o “Haja” pudesse crescer JS - Bem, antes de mais é importante referir que de novo, pudesse tornar-se mais conhecido o cargo de “Presidente” é algo extremamente e que se pudesse tornar mais próximo. Em recente, é algo que só surgiu no ano de 2015 2016, no novo mandato que assumi, desta vez (quando eu era a responsável pelo HajaSaúde!, como Presidente do HajaSaúde!, as nossas nessa altura com o título de “editora”) expectativas eram um pouco diferentes, com a proposta, em Assembleia eram o desejo de continuar com Geral do Núcleo de Estudantes o crescimento exponencial do de Medicina (NEMUM), da “Haja” e eram expectativas passagem do HajaSaúde! de conseguir tornar o “Haja” a secção autónoma do novamente impresso e NEMUM. Nessa Assembleia “... através das pequenas continuar a ser próximo Geral, essa proposta vitórias que vão surgindo, dos estudantes. Dois foi aceite e, então, o anos volvidos desde que que isso dá alento para uma HajaSaúde! passou a estou à frente do projeto ter uma organização pessoa continuar e razões e tendo em consideração diferente… para se encher de orgulho todo o feedback que toda a equipa tem tido, posso deste projeto.” Contudo, de forma a afirmar, que sim, que contextualizar, eu comecei essas expectativas foram por ficar responsável pelo alcançadas e até superadas. HajaSaúde! em 2015, quando, após um ano sendo colaboradora HS! - Quais foram/são os do jornal e tentando sempre ser teus maiores desafios enquanto pró-ativa para o bem comum deste Presidente do HajaSaúde!? projeto, a equipa se reviu em mim e ponderou que seria uma boa aposta para estar à frente do JS - Um dos maiores desafios que tive enquanto “Haja” e para lutar por este nosso projeto. Em responsável pelo HajaSaúde! foi, sem dúvida, o 2016, com a mudança do estatuto do HajaSaúde! corte na impressão do HajaSaúde!. Para aqueles para secção autónoma e visando um projeto de que, tal como eu, já andam aqui há alguns anos continuidade e do crescimento exponencial que e se mantêm atentos às coisas, sabem que o o “Haja” estava a ter, a equipa considerou que a HajaSaúde! era impresso e, em 2014 (no ano em melhor hipótese seria eu continuar a exercer a que aceitei ficar responsável pelo jornal), deixou função de responsável pelo HajaSaúde!, desta de o ser por motivos extrínsecos à equipa. Ora, vez com o título de “Presidente”. apesar de continuar a ser publicado online, esta “ausência” física do “Haja” trouxe uma redução HS! - Quais eram as tuas expectativas drástica nas leituras que as pessoas faziam quando começaste a exercer o cargo de (estes números são sempre controlados através Presidente? Foram realizadas ao longo do da nossa plataforma de publicação – Issuu). Foi teu mandato? neste panorama que iniciei a atividade enquanto para uma pessoa continuar e razões para se encher de orgulho deste projeto.
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HajaSaúde! começou a assumir o papel de órgão mediático feito por estudantes de Medicina da outrora ECS, com a presença ativa nas variadas atividades estudantis (como as festas e eventos organizados pelo NEMUM – “Red Party” (a primeira), Talentos da Casa,… - e pela Tuna de Medicina da Universidade do Minho – com a qual colaboramos e estivemos presentes, com todo o gosto, no III Momentmum). Também começamos a apostar mais nas redes sociais e nas diversas plataformas online que existem. O Facebook do HajaSaúde!, que já existia, começou a ser mais dinâmico, com novas publicações e mais atividade como a publicação das fotos dos eventos supracitados e a partilha de notícias com relevância na área da saúde. Este renovar desta rede social trouxe um incremento descomunal ao nosso HajaSaúde!, o aumento dos números de visualizações e de “likes” na página, chegou mesmo a atingir os 300%. O Youtube e o Instagram foram criados, o primeiro de forma a permitir a publicação de entrevistas suplementares às das edições e de forma a ter uma publicação de carácter mais visual, e o segundo de forma a tornarmo-nos mais próximos dos estudantes, com um cariz mais informal. Adicionalmente, foi também criado o website do HajaSaúde!, que pretende ser um sítio que reúna todo o material deste órgão mediático e ser um repositório de todo o material criado. Assim, em 2016, tendo iniciado um novo mandato e tendo em consideração que o público do HajaSaúde! e a própria atividade do HajaSaúde! tinha crescido exponencialmente, o desafio era outro, era conseguir com que o “Haja” voltasse a ser impresso… Neste sentido, e de forma a sermos mais independentes (na teoria, uma vez que, na prática, o NEMUM nunca foi oposição a qualquer atividade do HajaSaúde!, sendo que tínhamos permissão para pedirmos os patrocínios que quiséssemos), propusemos em AG do NEMUM que o HajaSaúde! passasse a ser secção autónoma do NEMUM, tendo sido aceite. Este primeiro passo, abriu o caminho de uma nova longa etapa deste órgão mediático. Depois, através da procura de patrocínios, fortificação de “antigas” e criação de novas parcerias e de muito (mas mesmo muito!) lutarmos, conseguimos. O HajaSaúde! foi registado na Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e passou a
ser, de novo, impresso. Além disso, passou a ter algum apoio financeiro, algo que devemos, em larga escala, aos nossos maiores parceiros: Escola de Medicina da Universidade do Minho, Alumni Medicina e Núcleo de Estudantes de Medicina da Universidade do Minho. Obviamente que existem outros desafios que serão necessários superar como o recrutamento de novos elementos na equipa. No entanto, o crescimento do HajaSaúde! é algo que é um trabalho de continuidade, pelo que deverá ser feito continuamente e, como nós tantas vezes dizemos em reuniões “passo a passo”, dando passos pequenos mas firmes e seguros, de forma a assegurar que nada é feito em vão nem corre mal. Não obstante, e apesar de todos os desafios existentes, existe algo que é necessário ressalvar que é o trabalho da e em equipa… Para quem me conhece, sabe que o HajaSaúde! é como um “bebé” para mim pois é um projeto pelo qual eu nutro um enorme carinho e ver que ele cresceu assim tanto é algo que me enche de um orgulho tremendo e também sei que a minha equipa também se orgulha imenso por este percurso longo que percorremos juntos. E nenhum deste desafio seria superado nem nenhuma superação de expectativas seria exequível se não existisse um verdadeiro trabalho em equipa e se não existisse esta sinergia que tanto nos caracteriza. HS! - Enquanto Presidente, qual consideras ser o objetivo principal do HajaSaúde!? JS - Como consta no regulamento e nos estatutos do HajaSaúde!, este órgão mediático rege-se tendo por base, sobretudo, quatro objetivos, que visam a divulgação de acontecimentos de grande importância que aconteçam na Escola de Medicina bem como fora dela, a promoção da nova ciência, a promoção da exposição livre e consciente de ideias sobre determinados assuntos e dos diferentes interesses, posições e atividades desenvolvidas pelos seus parceiros. Assim, penso que o principal objetivo do HajaSaúde! que reúne estes objetivos, tendo sempre como suporte a ideia de que “nada que é humano é estranho a um médico” (Prof. Joaquim Pinto Machado), é, indubitavelmente, o estar presente e o estar próximo. Estar presente na
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cidade de Braga, estar presente na Universidade do Minho, estar presente na Escola de Medicina, mas, acima de tudo, estar presente no meio dos estudantes de Medicina. Isto porque, apesar de o HajaSaúde! fazer esforços no sentido de estar presente nas mais variadas atividades da comunidade académica e da cidade de Braga, o nosso público-alvo são os “nossos” (e digo nossos entre aspas na medida em que também pertenço a esse grupo) estudantes. O HajaSaúde! é um órgão mediático feito por estudantes de Medicina e para estudantes de Medicina, razão pela qual deverá ser essa a primeira preocupação do “Haja”, estar presente. HS! - Como sumarias e classificas o teu mandato? JS - Bem… Acho que, como existe um sentimento muito forte e emoções que me ligam a este projeto, o melhor será mesmo essa pergunta ser dirigida à minha equipa e a toda a comunidade na qual se insere o HajaSaúde!, de forma a ser uma resposta mais concreta e objetiva. HS! - O que difere o HajaSaúde! das outras publicações de cariz académico? JS – Bem, a resposta que poderei dar a esta pergunta será sempre de forma muito subjetiva e muito pessoal… Como todas as outras publicações de cariz académico, o “HajaSaúde!” é um projeto que reúne os esforços de estudantes (neste caso de Medicina e de dois colaboradores de outros cursos – o nosso revisor linguístico e a nossa designer gráfica) visando uma publicação séria, imparcial e consistente, de atividades, eventos e interesses relevantes para o nosso públicoalvo. Contudo, sendo uma revista integrada na comunidade académica “médica”, o HajaSaúde! destaca-se pela publicação de temas no âmbito da saúde, sejam eles de cariz clínico, noticioso ou de investigação. Além disso, salienta-se o facto de o HajaSaúde! atualmente não ser apenas uma revista publicada… Atualmente o “Haja” é um órgão mediático que se pretende afirmar cada vez mais no meio dos estudantes de Medicina, tentando estar presente nos eventos e nas atividades organizados pelo nosso núcleo e tuna.
De uma perspetiva mais pessoal, o HajaSaúde! difere das outras publicações de cariz académico pois é o projeto que integrei e no qual constituí uma “microfamília”. De um modo muito especial, o “Haja” é algo que tanto me fez crescer, apesar de continuar com 1,48m [risos]. HS! – O que sentes ao terminar este mandato e que melhorias gostarias de ver implantadas no HajaSaúde! nas próximas edições? JS – Terminar este mandato (que coincide com o facto de eu deixar de integrar a equipa) é algo que me deixa num misto de emoções e sentimentos, pois deixa-me triste, mas saudosa e feliz… É, efetivamente como uma espada de dois gumes… pois por um lado sinto o dever cumprido e as expectativas superadas e o orgulho que isso dá, mas por outro sinto tristeza por “abandonar” o projeto (e digo abandonar pois não encontro palavra menos “agressiva”). Contudo, quando se deixa de integrar o projeto do “Haja”, não se abandona o projeto… Isto porque pertencer ao HajaSaúde! é pertencer a uma família e pertencer a um projeto de uma forma “vitalícia”, pois será inevitável o acompanhamento “de fora” deste órgão mediático. Relativamente às melhorias, apesar de a equipa que ficar poder contar comigo como “consultora externa”, chamemos-lhe assim, não tenho nenhuma melhoria que gostaria de ver implementada no HajaSaúde!. Não digo isto por pensar que o “Haja” não precisa de evoluir nem fazer mais mudanças, não, digo isto pois a equipa que ficar no HajaSaúde! é uma equipa na qual confio e sei que darão o seu melhor para fazer continuar a crescer este projeto. Acima de tudo, espero que o “Haja” signifique para elas tanto como significa para mim e para aquela que é a minha geração, que sei que deram muito, mas mesmo muito de si para que este nosso “bebé” crescesse e pudesse chegar ao nível em que está. Se isso for verdade, sei que toda e qualquer alteração que façam será para o melhor do HajaSaúde! e só poderá ser de louvar.
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HajaEntrevista! por Tiago Rosa
Gonçalo Cunha
(2017) me motivaram a juntar ao HajaSaúde! foi a equipa que o constitui, que no fundo é uma família e a quem tenho de agradecer bastante pelo que já me deram a ganhar. HS! – Já és membro do HajaSaúde! há alguns anos… Quais das alterações, que testemunhaste neste tempo enquanto membro, mais gostarias de salientar?
HajaSaúde! (HS!) - Que motivações houve para entrares no HajaSaúde! enquanto aluno da EM-UM? Gonçalo Cunha (GC) - Juntei-me ao HajaSaúde! no meu primeiro ano, em 2013. Desde sempre gostei de escrever e foi essa uma das grandes razões pelas quais me juntei à equipa. No início não sabia bem ao que ia e fui encorajado pelo Pedro Peixoto, um elemento da equipa, que me disse que poderia escrever sobre um tema que gostasse. Acho que um dos grandes trunfos do HajaSaúde! é permitir que as pessoas escrevam sobre algo que seja do seu interesse facilitando a exposição aos leitores de crónicas que acabam por ter uma marca pessoal. Por outro lado, um dos grandes fatores que
GC – Como já referi juntei-me ao “Haja” em 2013 o que significa que já lá vão 3 anos. Sem dúvida que houve mudanças com o passar do tempo, sendo elas marcadamente visíveis no ano que terminou recentemente. Do meu ponto de vista e embora todas as mudanças tenham sido importantes e tenham contribuído para a valorização do trabalho que é feito por todos os colaboradores, daria destaque ao salto enorme que foi a reafirmação do HajaSaúde! enquanto órgão de comunicação e que apenas foi possível graças à dedicação da Joana Silva enquanto presidente e claro graças a toda a equipa que a acompanhou em todo o seu mandato. O HajaSaúde! ganhou assim uma nova imagem, mas também uma maior visibilidade e credibilidade contando com o apoio de vários órgãos importantes da Escola de Medicina da Universidade do Minho. HS! – Há alguma mudança que gostasses de ter feito de forma diferente? GC – Ao longo dos tempos, as mudanças foram bastantes e penso que foram todas muito bem conseguidas e digo-o quer do ponto de vista interno, quer do ponto de vista externo. Atualmente o HajaSaúde! representa os alunos de Medicina da Universidade do Minho que mostram que “o Médico que só sabe Medicina nem
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Medicina sabe”. Fazendo uma retrospetiva do meu percurso no Haja, e pensando em todos os obstáculos que vi serem enfrentados, não seria capaz de os ultrapassar de modo distinto. HS! – Quais são os objetivos, teus e do teu Conselho de Administração, para este novo mandato? GC – O grande objetivo da nova direção será manter o nível de excelência que foi alcançado no último ano. Sem dúvida que os novos compromissos exigem um enorme trabalho, empenho e dedicação por parte de toda a equipa e penso que falo em nome de todos os colaboradores ao afirmar que cada um dá e continuará a dar o seu melhor com o intuito de honrar o nome do HajaSaúde!. Mais do que assumir um compromisso trataremos de continuar aquele que já existe com todos os nossos parceiros e, acima de tudo com os nossos leitores e seguidores.
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HS! – Como pensas que será o HajaSaúde! daqui a 15 anos? GC – O HajaSaúde! é um projeto pelo qual tenho um grande carinho e como tal imagino-o a crescer e a tornar-se um órgão mediático de peso da UM. Muito trabalho foi feito até agora, contudo há ainda muito a fazer, passaram já 15 anos desde o lançamento da primeira edição e penso que na altura ninguém imaginava que o “Haja” ganharia as proporções que ganhou até hoje. Assim sendo, e à luz do passado, apenas posso dizer que o futuro depende dos sonhos e ambições das próximas gerações de alunos da Escola de Medicina da Universidade do Minho. HS! – Resta-nos agradecer as tuas palavras e desejar que tenhas um mandato pleno em objetivos concretizados. GC – Obrigado eu pela oportunidade e por me deixarem fazer parte da família que é o HajaSaúde!.
...um dos grandes fatores que me motivaram a juntar ao HajaSaúde! foi a equipa que o constitui, que no fundo é uma família...
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