UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO JOÃO DEL REI
A HUMANIZAÇÃO EM
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE Centro de Tratamento Oncológico em São João del Rei
HANNAH SOARES
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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO
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2018/2
Universidade Federal de São João del Rei Departamento de Arquitetura e Urbanismo e Artes Aplicadas Seminários de Trabalho Final de Graduação
A HUMANIZAÇÃO EM
ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE Centro de Tratamento Oncológico em São João del Rei
Hannah Maria Soares de Souza Orientadora: Anna Sophia Barbosa Baracho
São João del Rei - 2018
Sumário 1. HUMANIZAÇÃO DA ARQUITETURA HOSPITALAR
06
O que é?
07
Pacient-centered design
08
SUS - Sistema Único de Saúde
10
2. O CÂNCER
11
O que é?
13
Histórico da doença
15
Tipos de tratamento
18
Cuidados paliativos
19
Estatísticas do câncer
21
3. O CÂNCER E A ATUAÇÃO DA ASAPAC EM SÃO JOÃO DEL REI
24
Dados da cidade
26
Saúde em São João del Rei
27
ASAPAC
29
4. PROPOSTA
36
Justificativa
38
Terreno
40
Análises climáticas
46
EIV - Estudo de Impacto de Vizinhança
46
3
5. SETORIZAÇÃO E PRÉ DIMENSIONAMENTO
52
Programa de necessidades e setorização
54
Ambulatório
55
Radioterapia
56
Quimioterapia
57
Casa de Reabilitação - 1° pavimento
58
Casa de Reabilitação - 2° pavimento
59
6. O PROJETO
60
Partido arquitetônico
62
Diretrizes para equipamentos urbanos
63
Sistema construtivo
64
Quadro de áreas
65
Setorização final
66
Diagrama da estrutura
68
Cobertura
70
Fachadas
72
Plantas humanizadas
74
Maquete eletrônica
77
APÊNDICE
83
REFERÊNCIAS
91
4
CAPÍTULO 1 HUMANIZAÇÃO DA ARQUITETURA HOSPITALAR
O que é? Atualmente, o termo saúde significa muito mais do que um indivíduo que está livre de doenças. Ele está ligado diretamente à qualidade de vida das pessoas, envolvendo não só a saúde em si, mas também o bem-estar relacionado à educação, cultura, trabalho e lazer. ‘’A concepção dos projetos arquitetônicos para os estabelecimentos de assistência à saúde no Brasil e o uso de conceitos para a organização dos seus espaços físicos, segundo parâmetros rígidos e geralmente oriundos de conceitos ultrapassados, nem sempre se norteiam pelo modelo mais adequado às atividades exercidas nesses ambientes, aos custos e tecnologias apropriadas aos seus locais de implantação e à oferta de mão de obra, quase sempre despreparada, para construí-los e operá-los.’’ (COSTEIRA, 2004, p.77) Considerando o panorama acima, Costeira (2004) acredita que é necessário pensar em novas diretrizes para adotar nos estabelecimentos de atenção à saúde (EAS), atendendo à verdadeira promoção à saúde e elaborando projetos centrados na figura do paciente. Assim será possível agregar qualidade de vida e humanismo no contato com os usuários do ambiente hospitalar.
Existem muitas maneiras de incorporar nos projetos, elementos que tornam o ambiente mais apropriado para auxiliar na cura de um paciente, principalmente com conforto visual e acústico. Alguns deles são:
Iluminação adequada, de preferência natural
Elementos que ajudem a absorver ruídos
Possibilitar que os pacientes controlem iluminação, temperatura e outros equipamentos facilmente comandados
Cores suaves, imagens e outros objetos que remetam à sensação de lar para os pacientes
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Pacient-centered design Costeira (2004) cita o Pacient-centered design (projeto focado no paciente), ‘’uma escola americana que preconiza o foco da atenção do projeto nas necessidades e aspirações do paciente, preferencialmente à análise dos processos e atividades médicas exercidas nesses ambientes’’ (COSTEIRA, 2004, p.79) No mesmo estudo, a autora explica como surgiu o termo. Pacient-Centered Care surgiu com a organização sem fins lucrativos Planetree. Essa organização foi criada em 1978, na Califórnia, EUA, por Angelica Thierot, uma paciente insatisfeita com o tratamento pouco humanizado e traumatizante a que foi submetida durante a sua internação num hospital da cidade de São Francisco.
sua recuperação e no seu bem-estar, aprendendo mais sobre os cuidados a eles dispensados. A partir daí, fundou-se a Planetree e a primeira unidade a aplicar os novos propósitos de assistência médica sob a ótica da organização foi um serviço médico cirúrgico de treze leitos em um grande hospital de São Francisco. (COSTEIRA, 2004, p.80) No Brasil, o Hospital Israelita Albert Einstein é o responsável por disseminar, treinar e certificar as instituições de saúde interessadas em seguir o modelo do Pacient-Centered Care. Na América Latina, é a primeira e única instituição reconhecida por oferecê-lo (www.einstein.br)
Costeira (2004) cita que, segundo relatos da própria Angelica Thierot, ela teve um misto de sentimentos durante sua permanência no hospital. Apesar de estar cercada de cuidados de alta tecnologia médica, o relacionamento com a equipe de médicos e enfermagem era apavorante. Dessa maneira, quando deixou o hospital, Angelica procurou o diretor-médico da instituição para falar sobre seus anseios de um novo hospital, no qual os pacientes pudessem contar com o apoio na cura de seus males em todos os níveis e participar de forma ativa na Figura 01: Símbolo da ONG Planetree Brasil Fonte: Albert Einstein (2018)
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Pilares Planetree De acordo com o portal online do Einstein, a filosofia Planetree possui dez pilares para melhorar o atendimento de saúde. Eles concedem mais poderes aos pacientes e seus familiares por meio de acesso as informações e educação – que os torna mais ativos no tratamento e na busca pelo bem-estar próprio. Os pilares são:
Aspectos nutricionais
Arte, música e entretenimento
Interações humanas Toque humano Suporte à família e acompanhantes
Terapias complementares
Educação de pacientes, familiares e acompanhantes Espiritualidade Arquitetura e design – ambiente de cura
Comunidades
9
SUS - Sistema Único de Saúde Conforme a Constituição Federal de 1988:
“Saúde é direito de todos e dever do Estado”. Assim foi criado o Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, que abrange desde o simples atendimento para avaliação da pressão arterial até o transplante de órgãos, garantindo acesso integral, universal e gratuito para toda a população do país. (Ministério da Saúde) De acordo com o Ministério da Saúde, antes da criação da Constituição de 1988, o sistema público de saúde prestava assistência apenas aos trabalhadores vinculados à Previdência Social, que resultava em aproximadamente 30 milhões de pessoas com acesso aos serviços hospitalares. Os demais cidadãos deveriam ser atendidos por entidades filantrópicas. Com a sua criação, o SUS proporcionou o acesso universal ao sistema público de saúde, sem discriminação. A atenção integral à saúde, e não somente os cuidados assistenciais, passou a ser um direito de todos os brasileiros, desde a gestação e por toda a vida, com foco na saúde com qualidade de vida.
A rede que compõem o SUS é ampla e abrange tanto ações, como serviços de saúde. Ela engloba a atenção básica, média e alta complexidades, os serviços urgência e emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e assistência farmacêutica. O SUS, em conjunto com as demais políticas deve atuar na promoção da saúde, prevenção de ocorrência de agravos e recuperação de doentes. Os seus principais princípios são:
Universalização Equidade Integralidade
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CAPÍTULO 2 O CÂNCER
O que é? De acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva - INCA, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado (maligno) de células que invadem os tecidos e órgãos, podendo espalhar-se (metástase) para outras regiões do corpo. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. Por outro lado, um tumor benigno significa simplesmente uma massa localizada de células que se multiplicam vagarosamente e se assemelham ao seu tecido original, raramente constituindo um risco de vida.
Célula
Tecido
Órgão Agente cancerígeno
Célula cancerosa
Tecido infiltrado
Figura 02: Carcinogênese - formação do câncer. Fonte: Elaborado pela autora (2018), adaptado de INCA (1996).
Causas As causas de câncer são variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo, estando ambas inter-relacionadas. As causas externas relacionam-se ao meio ambiente e aos hábitos ou costumes próprios de um ambiente social e cultural. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas, estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. De todos os casos, 80% a 90% dos cânceres estão associados a fatores ambientais. (INCA)
Tabagismo
Hábitos alimentares
Alcolismo
Fatores ambientais Hábitos sexuais
Radiação solar
Fatores ocupacionais Medicamentos
Figura 03: Fatores ambientais que levam ao câncer. Fonte: Elaborado pela autora (2018), dados de INCA (1996).
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Figura 04: Retirada de um tumor no seio. Traité Complet de l’Anatomie de l’homme, 1866-67 Fonte: IMBAULT-HUART, Marie José. Histoire du cancer. L’Histoire. Paris: SES, nº 74, 1984, pp. 74-77.
Histórico da doença Segundo o estudo do Ministério da Saúde em parceria com o INCA, ‘’De Doença desconhecida a problema de saúde pública: o INCA e o controle do Câncer no Brasil’’ (TEIXEIRA; FONSECA, 2007), a doença é conhecida desde longa data, pois a 30 séculos antes de Cristo, os egípcios, persas e indianos já se referiam a tumores malignos. Apesar disso, foram os estudos da escola hipocrática grega (século IV a.C.) que definiram melhor a doença, caracterizando-a como um tumor duro, que muitas vezes, reaparecia depois de ser destruído, ou que se espalhava pelo corpo e levava à morte. Dessa maneira, o câncer era visto pelos hipocráticos como um desequilíbrio dos fluidos que compunham o organismo. Essa noção manteve-se presente na medicina ocidental até o século XVII, sendo que, a partir do século XV, a descoberta do sistema linfático fez com que a doença fosse relacionada ao desequilíbrio da linfa nos organismos. Somente no século XVIII, o câncer passou a ser visto como uma doença de caráter local. Para essa mudança, mostrou-se fundamental o desenvolvimento da anatomia patológica e dos conhecimentos sobre as células. Muitos estudos foram feitos, como por exemplo o do médico Joseph Claude Anthelme Recamier (1774 - 1852), que observando um tumor secundário no cérebro de uma paciente inicialmente atingida por um câncer no seio, deu início a utilização do conceito de metás-
tase para o câncer. Seus estudos apontavam para o fato de a invasão de células cancerosas na corrente sanguínea ou linfática provocar o surgimento de novos tumores em outros órgãos dos doentes. Apesar do grande avanço do conhecimento sobre a doença ao longo dos séculos as possibilidades de tratamento eficazes permaneciam inexistentes, restando aos acometidos a internação em asilos para desenganados, nos quais em meio ao sofrimento, esperavam o momento da morte. Nesse campo, a assistência aos desamparados foi a ação contra a doença de maior alcance, visto que em meados do século XIX, várias instituições voltadas à proteção dos doentes de câncer começaram a proliferar em diversos países europeus. Ainda no século XIX, os avanços da cirurgia pareciam dar uma nova esperança em relação ao câncer. As primeiras cirurgias de cânceres do reto e histerectomias datam da década de 1840, quando a utilização do éter e do clorofórmio como anestésicos possibilitou a execução de cirurgia mais invasivas. No entanto, o grande número de insucessos dessas operações e a controvérsia sobre sua eficácia fizeram com que, naquele momento, elas fossem postas de lado. Somente com o desenvolvimento das técnicas de assepsia e antissepsia, as cirurgias passaram a ser mais viáveis.
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Figura 05: Remoção de um tumor. Ilustrações de 1741. Fonte: LYONS, A.S e PETRUCELLI, R.J. ‘’Medicine: an illustrated history’’. Abradelle Express. 1987.
Apesar da ampliação das possibilidades de intervenção contra o câncer, abertas pelo desenvolvimento das técnicas cirúrgicas, as grandes transformações no tratamento viriam da aproximação da medicina de outros campos de investigação, como a física e a química. Os primeiros passos nesse sentido, surgiram com a descoberta dos raios X, em 1895. A partir de 1896, os médicos se apropriaram da descoberta, se interessando por suas extraordinárias potencialidades diagnósticas. Logo também passaram a testá-la freneticamente na busca da cura de diversas doenças. No caso do câncer, a utilização da radioterapia parecia ser promissora. Pouco tempo depois do desenvolvimento da radioterapia, a descoberta do rádio pelo casal Pierre e Marie Curie, em 1898, traria novos avanços ao tratamento de câncer. A partir de 1904, os médicos começaram a experimentá-lo, inclusive contra outros tipos de doenças.
blema do câncer parece se ampliar ainda mais em todo o mundo. Os inquéritos epidemiológicos realizados nos diversos países mostravam que a extensão da doença era ainda maior do que se imaginava, tendendo a se elevar mais ainda à medida que melhores condições de vidade possibilitassem o maior envelhecimento da população. No campo da ação médica, o desenvolvimento da cirurgia aumentava a tava de sucesso nas retiradas de tumores malignos em diversos órgãos internos. Já a radioterapia era utilizada com sucesso nos câceres cervicais, mamários, uterinos e cutâneos. No entanto, com exceção desses últimos, a possibilidade de cura dos diversos tipos de câncer ainda era bastante baixa, sendo que as novas descobertas das ciências médicas que mudariam esse panorama em meados do século XX - como a quimioterapia, e outras terapias medicamentosas - ainda eram promessas em fase de desenvolvimento em laboratórios científicos.
No final da segunda década do século XX, a utilização do rádio no tratamento do câncer do colo do útero passou a ser cada vez mais frequente na Europa. Em muitos casos, pacientes tinham seus tumores extraídos cirurgicamente eram enviados para tratamentos radioterápicos com a finalidade de evitar o reaparecimento da doença. No período que se estende entre as duas guerras mundiais, a preocupação com o pro-
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Tipos de tratamento
A quimioterapia é o método que utiliza compostos químicos, chamados quimioterápicos, no tratamento de doenças causadas por agentes biológicos. Quando aplicada ao câncer, a quimioterapia é chamada de quimioterapia antineoplásica ou quimioterapia antiblástica. (INCA, 1993)
Quimioterapia
Acelerador linear
Radioterapia
É um dispositivo que tem como função emitir a radiação utilizada em diversos tratamentos. As radiações emitidas por ele são os raios x de alta energia ou elétrons acelerados, provenientes do processo de conversão de energia elétrica em energia radiante. (ALMEIDA, Frederico - Brasil Escola)
Braquiterapia
A braquiterapia é um tipo de radioterapia interna na qual um material radioativo é inserido dentro ou próxima ao órgão a ser tratado. (ONCOGUIA, 2014)
Ortovoltagem
Tratamento usado para lesões superficiais (com pouca profundidade). Pode ser usado para o tratamento de lesões malignas superficiais de pele em alguns casos bem selecionados. (CEBROM - Medicina Oncológica)
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Cuidados paliativos Segundo Pantano (2016), durante centenas de anos, era natural que o processo de morte ocorresse nos próprios domicílios dos doentes, com a presença atuante de suas famílias. Após a segunda grande guerra mundial, o progresso atingido pela humanidade em relação a alguns aspectos médicos (ressuscitação cardiopulmonar, uso de antibióticos, técnicas cirúrgicas e anestésicas) fez com que passássemos a acreditar que a morte poderia ser vencida; assim iniciou-se um processo que culminou com a transferência dos óbitos para os hospitais e incentivou a obstinação terapêutica. (PANTANO, 2016, p.22)
liares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, avaliação impecável, tratamento da dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais.’’ (PANTANO, 2016, p.22 apud. WHO - World Health Organization. Definition of Palliative Care, 2014, Internet).
Pantano (2016) cita a definição de cuidados paliativos que foi denominada pelo cirurgião Baulfor Mount em 1975, como uma filosofia de cuidados à uma disciplina profissional voltada ao controle de sintomas, ao apoio psicossocial, à assistência espiritual, comunicação, tomada de decisão, apoio aos cuidadores e aos cuidados de fim de vida. Essa definição surgiu quando o cirurgião desenvolveu um novo programa de cuidados paliativos a serem oferecidos em uma ala hospitalar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ‘’Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar que objetiva a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e seus fami-
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Princípios dos cuidados
Respeitar a dignidade e autonomia dos pacientes.
Honrar o direito do paciente de escolher entre os tratamentos, incluindo aqueles que podem ou não prolongar a vida.
Comunicar-se de maneira clara e cuidadosa com os pacientes, suas famílias e seus cuidadores
Identificar os principais objetivos dos cuidados de saúde a partir do ponto de vista do paciente
Reconhecer, avaliar, discutir e oferecer acesso a serviços para o atendimento psicológico, social e questões espirituais.
Proporcionar o acesso ao apoio terapêutico, abrangendo o espectro de vida através de tratamentos de final de vida que proporcionem melhora na qualidade de vida percebida pelo paciente, por sua família e seus cuidadores.
Figura 06: Princípios dos Cuidados Paliativos Fonte: Elaborado pela autora (2018), dados de Casa do Cuidar (2018)
Prover o controle impecável da dor e de outros sintomas de sofrimento físico.
Manter uma atitude de suporte educacional a todos os envolvidos nos cuidados diretos com o paciente.
Promover a continuidade dos cuidados oferecidos ao paciente e sua família, sejam estes cuidados realizados no hospital, no consultório, em casa ou em outra instituição de saúde
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A Ásia é o continente com maior número de novos casos e de mortes por câncer
O câncer é uma das principais causas de morte em todo o
mundo: a
cada ano, 8,2 milhões de pessoas morrem devido à doença, correspondendo a 13% de todas as mortes do
Américas 20,5% Ásia 48%
Europa 24,4%
mundo.
África 7,2%
14,1 milhões de novos casos a cada ano no mundo
Fonte: BBC e Globocan (2016)
Oceania 1,1%
Novos casos
África 6%
Oceania 0,7%
Américas 15,8% Ásia 54,8%
Mortalidade
Estatísticas no Brasil e no mundo
Europa 21,5% Figura 07: Porcentagem de novos casos e mortalidade de câncer no mundo Fonte: Elaborado pela autora (2018), dados de BBC e Globocan (2016)
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No Brasil, a
cada 100 mil habitantes estima-se que por ano, surjam 295 novos casos de câncer.
A cada 10 casos de câncer:
Fonte: Dr. Frederico Escaleira
Em 2018, a estimativa é de
582 mil novos casos
6 casos são por fatores genéticos ou pela idade.
4 casos são por fatores
ambientais e de estilo de vida. No Brasil, o tipo mais comum é o
câncer de pele, tipo não melanoma
48% em mulheres
52% em homens
principalmente por se tratar de um país de clima tropical. Fonte: INCA e G1 (2018)
22
Mulheres
Homens
Glândula tireoide 4%
Cavidade oral 5,2%
Mama 29,5%
Traqueia, brônquio e pulmão 6,2%
Colo do útero 8,1%
Traqueia, brônquio e pulmão 8,7%
Estômago 6,3%
Próstata 31,7%
Cólon e reto 9,4%
Cólon e reto 9,4%
Estimativa dos 5 tumores com maior incidência em 2018, por sexo* *Exceto câncer de pele não melanoma
Figura 08: Estimativa dos 5 tumores com maior incidência Fonte: Elaborado pela autora (2018), adaptado de G1 (2017)
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CAPÍTULO 3 O CÂNCER E A ATUAÇÃO DA ASAPAC EM SÃO JOÃO DEL REI
São João del Rei São João del Rei é considerada uma cidade polo para cidades do Sudeste e sul de Minas Gerais, localizada a 183 quilômetros da capital Belo Horizonte. De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), sua população estimada em 2017 era de 90.623 habitantes, sendo um dos principais municípios da mesorregião do Campo das Vertentes.
Brasil
Nessa região, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), existem dois hospitais que oferecem tratamentos voltados ao câncer. Um deles é a Santa Casa da Misericórdia, em São João del Rei e o outro em Barbacena, Hospital Ibiapaba S/A. As duas unidades são habilitadas como Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon), que são unidades hospitalares que possuem condições técnicas, instalações físicas, equipamentos e recursos humanos adequados à prestação de assistência especializada de alta complexidade para o diagnóstico definitivo e tratamento dos cânceres mais prevalentes. Estas unidades hospitalares podem ter em sua estrutura física a assistência radioterápica ou então, referenciar formalmente os pacientes que necessitarem desta modalidade terapêutica.
Minas Gerais
São João del Rei
Figura 09: Localização de São João del Rei Fonte: Elaborado pela autora (2018)
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Saúde em São João del Rei Segundo estatísticas da Prefeitura Municipal de São João del Rei, no ano de 2015, a cidade contava com 68 estabelecimentos credenciados ao Sistema Único de Saúde - SUS, oferecendo 156 leitos e resultando em uma média de:
1,8 leitos SUS a cada mil habitantes Considerando toda a rede de saúde, prestando ou não serviço ao SUS, a cidade dispõe de 198 estabelecimentos, oferecendo 233 leitos, que resulta em uma média de:
2,7 leitos SUS a cada mil habitantes
ção do Acelerador Linear, começou a ser realizada no dia 14 de maio de 2018 tornando-se um marco para a saúde da cidade. Dessa maneira, o paciente não vai precisar mais se deslocar para os grandes centros para buscar tratamento. Em alguns casos, ainda é necessário buscar outras alternativas existentes apenas nos grandes hospitais, mas a grande maioria conseguirá se tratar na cidade.
O aparelho de Radioterapia tem capacidade de atender a macro e microrregião de São João del Rei, alcançando de 40 a 50
pacientes por dia
Tratamentos O tratamento de Oncologia em São João del Rei teve seu início no ano 2000. Apesar disso, foi no ano de 2013 que se deu a construção do Centro de Tratamento Oncológico - Clínica Dom Célio de Oliveira Goulart, que é vinculado à Santa Casa da Misericórdia. O centro é considerado de última geração, segundo o coordenador da ASAPAC, Valdecir Braga, e realiza Quimioterapia a mais de 10 anos. A Radioterapia é mais recente, e com a instala-
40 a 50 pacientes por dia D S T Q Q S S
25 a 30
De segunda a sexta
Sessões necessárias 27
Unidades de saúde de São João del Rei Farmácias 5,5% Policlínicas 5,5%
Hospitais 5,5%
UPA 3%
UBS ESF Tipo 2 11%
Terreno UBS com estratégia Saúde da Família 13,9%
UBS tradicional Zona Rural 11%
Mapeamento de unidades de saúde relevantes ao tratamento de câncer, em relação ao terreno
Centro de Tratamento de Câncer Dom Célio de Oliveira Goulart Santa Casa da Misericórdia
UBS tradicional 11%
Núcleos e Centros de Apoio e Diagnóstico 33,5%
Sede da ASAPAC Unidade de Pronto Atendimento UPA
Figura 10 : Gráfico das unidades de saúde. Fonte: Prefeitura Municipal de São João del Rei (2016)
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História da ASAPAC A Associação de Amparo a Pacientes com Câncer - ASAPAC, é uma organização civil sem fins lucrativos, que tem por finalidade lutar por uma Política de Saúde Pública ligada ao câncer atuando efetivamente pela melhoria do atendimento ao portador, apoiando-o durante todo o processo do seu tratamento (ASAPAC, 2017). Foi fundada em 1 de março de 2004, na cidade de Belo Horizonte e surgiu através da iniciativa da presidente fundadora da associação, Isabel Matilde da Cunha, que na década de 80, perdeu um filho de 9 meses, vítima do câncer.
com ajuda de amigos criou um Estatuto, que foi registrado em Belo Horizonte, e lá começou a história da ASAPAC. A princípio, o nome era Associação Alimentar a Pacientes Cancerosos, entretanto, depois de ouvir de uma pessoa, que já tinha passado pelo tratamento de câncer, que ela não gostava do termo ‘’cancerosos’’, a presidente resolveu fazer uma mudança. A partir de então, após registro em ata, o nome passou a ser oficialmente Associação de Amparo a Pacientes com Câncer.
Enquanto o filho estava em tratamento, Isabel fazia docinhos para vender e ter condições de fazer o deslocamento para o hospital todos os dias. Ela residia em Caratinga, mas o menino estava internado em Belo Horizonte. Nesse momento, ela conheceu outras pessoas que estavam passando pela mesma situação e uma delas sugeriu que ela começasse a oferecer alimentação para as pessoas que tinham que percorrer longas distâncias, assim como ela. A partir de então, ela e o marido começaram a prestar esse auxílio aos pacientes e acompanhantes. Depois de algum tempo, infelizmente, ela perdeu o filho e acabou voltando para a cidade natal, mas ainda queria fazer mais pelas pessoas que estavam passando por momentos difíceis. Mesmo com dificuldades para fundar a associação, ela não desistiu e
Figura 11: Símbolo da ASAPAC Fonte: Google Imagens/Elefante Verde (2014)
29 4
ASAPAC em São João del Rei Um dos primeiros pacientes tratados na ASAPAC de Belo Horizonte era morador de São João del Rei, que também foi o fiador da casa onde fica a sede da ASAPAC por muitos anos, que até hoje é um local alugado. Em 2005, ele sugeriu para a presidente fundadora que fosse fundada uma unidade da ASAPAC no interior, pois existiam muitas pessoas que necessitavam desse apoio. Dessa maneira, em 2006, a associação começou a buscar cidades do interior onde ela poderia se instalar. Foi nessa época que ela chegou a São João del Rei e várias outras cidades do interior, como Campo Belo, Sete Lagoas, Ipatinga, Governador Valadares e Divinópolis. A sede de São João del Rei está localizada na Rua Ministro Gabriel Passos, 232.
tando a fragilização dos vínculos afetivos relacionais familiares e sociais dos pacientes. (ASAPAC, 2017). Os funcionários se preocupam muito com a humanização do atendimento aos pacientes e acreditam na cura até o último minuto. A associação não recebe nenhum tipo de verba do poder público e se mantém através das doações da população de São João del Rei e cidades vizinhas. Além disso, todo os anos fazem uma campanha de rifa solidária para contribuir com as doações, sorteando 2 motos para São João del Rei e região. Têm parceria com a Medicina UFSJ, Medicina UNIPTAN, Enfermagem do IFET e do CENEP, médicos que realizam palestras na instituição e dão apoio aos pacientes, entre outros.
Funcionamento O objetivo principal da associação é atender portadores de qualquer tipo de neoplasia, de São João del Rei e cidades vizinhas, através do oferecimento de informações, de encaminhamentos, de orientações em relação à prevenção e o tratamento do câncer; concessão de benefícios, serviços e atendimentos que vão contribuir para minimizar o sofrimento e desgaste dos pacientes e seus familiares, evi-
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O que é oferecido aos pacientes da ASAPAC
Atendimento com fisioterapeuta, psicóloga, fonoaudióloga, nutricionista, assistente social, advogado e dentista.
Suplementos como Isosource, Nutren, Nutrison, Sustagem, entre outros, tanto de administração enteral quanto oral.
Fornecimento de medicamentos que não são oferecidos pela rede SUS.
Benefícios como cesta básica e leite, equipamentos como bolsas de colostomia, cadeira de rodas, colchões especiais, curativos, entre outros.
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Figura 12: Sede da ASAPAC Fonte: Da autora (2018)
Estatísticas ASAPAC Atualmente a ASAPAC atende a
mais de 400 pacientes e tem uma média de
10 mil atendimentos por ano.
Os 5 principais tipos de câncer atendidos na ASAPAC
Mais da metade dos pacientes
atendidos são mulheres e atualmente eles têm apenas
2 criaças cadastradas.
Dos pacientes cadastrados, 250 são de São João del Rei, o que corresponde a 60,3% do total.
Reto 9% Pele 9%
Além de São João del Rei, existem pacientes cadastrados de outras Mama 52%
Intestino 12%
22 cidades da região
80% dos pacientes atendidos e Próstata 18%
cadastrados na ASAPAC são curados.
Fonte: Jornal da ASAPAC (2017) Valdecir Braga - coordenador da ASAPAC (2018)
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Casa de apoio
Necessidades
Desde 2014, a ASAPAC oferece hospedagem e alimentação aos pacientes que vêm de outras cidades em uma casa de apoio, que foi doada para a associação pela Sociedade São Vicente de Paula, conhecida na cidade como uma organização dedicada ao trabalho cristão de caridade.
Pensando em elaborar uma casa de reabilitação em conjunto com o centro de tratamento oncológico, procurou-se entender o programa de necessidades da ASAPAC para projetar um espaço que suprisse todas as necessidades dos pacientes. Através de uma visita na ASAPAC e entrevista com o coordenador, Valdecir Braga, foi feito um levantamento do que seria essencial em um espaço desse tipo.
A casa de 2 andares está localizada na Rua Aristídes Zaneti, 90, no bairro Fábricas e atende homens e mulheres que estejam fazendo o tratamento oncológico. Segundo Valdecir Braga, o coordenador da ASAPAC, quando há vagas, a casa de apoio também oferece hospedagem e alimentação para pessoas em tratamento de outras patologias. Atualmente, a casa conta com 15 camas, entretanto, Valdecir alegou que existe a possibilidade de dobras este número, pois um dos andares da casa não está sendo utilizado por enquanto. Um zelador cuida da casa e está sempre recebendo os pacientes que chegam para se hospedar. A ASAPAC fornece todos os alimentos para os pacientes em uma despensa, sendo necessário apenas que os acompanhantes cozinhem. A casa também já está preparada com roupas de cama e a limpeza costuma ser feita por ex-pacientes da associação, que são voluntárias
Salas adequadas para os 7 profissionais que prestam atendimento aos pacientes, com equipamentos e estrutura necessária. Maior número de vagas para hospedagem dos pacientes de outras cidades
Espaço para convivência e recreação dos pacientes, que costumam participar de oficinas e palestras. Salar reservadas para a área administrativa da ASAPAC e demais funcionários.
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Figura 13: Casa de Apoio da ASAPAC Fonte: Da autora (2018)
CAPÍTULO 4 PROSPOSTA
Justificativa A ideia de propor o projeto de um centro de tratamento oncológico surgiu a partir do cenário atual em relação aos tratamentos tanto em São João del Rei como no país de uma maneira geral. A realidade mais comum é que milhares de pacientes precisam se deslocar para as grandes cidades para ter acesso à um atendimento de qualidade e buscar uma chance cada vez maior de cura para o câncer. Com isso, muitas vezes precisam ficar longe de seus familiares ou então enfrentar horas de estrada em estado debilitado para conseguir retornar às suas casas. Em São João del Rei o tratamento oncológico existe desde 2000, contando com a Quimioterapia, Radioterapia e atendendo também alguns casos de cirurgia para câncer de mama e intestino. A Radioterapia, no entanto, teve seu aparelho danificado e ficou algum tempo suspensa, o que fez com que a situação mais comum se repetisse: pessoas da cidade e região tinham que se deslocar para prosseguir com o tratamento. Felizmente, após uma campanha da Santa Casa da Misericórdia com apoio da população, um novo aparelho de Radioterapia foi adquirido e o tratamento voltou a ser oferecido no dia 14 de maio de 2018.
mas também outras modalidades de Radioterapia como a Braquiterapia e a Ortovoltagem. Além da clínica, o projeto contará também com uma Casa de Reabilitação, que prestará serviços aos pacientes baseado no trabalho feito pela ASAPAC, atualmente. A ideia é um local com estrutura adequada, mas que servirá como apoio à ASAPAC e não como substituição, além de ser uma segurança de amparo aos pacientes e à associação, visto que a sede atual é uma casa alugada. Na Casa de Reabilitação também será oferecida hospedagem e alimentação, assim como acontece na Casa de Apoio da ASAPAC, dessa maneira os pacientes poderão ou passar o dia pós tratamento ou passar uma temporada de reabilitação.
Para complementar o serviço de saúde já oferecido em São João del Rei, surgiu a ideia de propor o projeto de uma nova clínica que ofereça não só os tratamentos já existentes,
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Objetivos do projeto A intenção do projeto é proporcionar o tratamento de alta tecnologia complementado por um processo de recuperação adequado e humanizado, tanto como proposta de espaço quanto de proposta para a equipe de funcionários.
- Clínica onde acontecerão as consultas e os tratamentos agendados, funcionando em horário comercial;
Integração
Em resumo, o projeto terá uma divisão de 3 espaços principais:
Clínica
Humanização
A proposta de inserir um espaço que ofereça suporte clínico, de tratamento e de reabilitação vem justamente do desejo de minimizar os deslocamentos e dificuldades dos pacientes, que além de encontrar tudo em um só local, terão um sentimento de acolhimento e bem-estar acreditando sempre na cura.
Áreas verdes
- Casa de Reabilitação que oferecerá serviços aos pacientes também em horário comercial e hospedagem 24h para aqueles que vêm de outras cidades; - Área externa que integrará as duas edificações e servirá como uma das estratégias de humanização do espaço, sempre em contato com áreas verdes como fonte de iluminação e ventilação natural.
Casa de Reabilitação
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O terreno Para a escolha do terreno, o primeiro pré-requisito era ser um terreno pertencente à Prefeitura Municipal de São João del Rei, visto que o objetivo é proporcionar atendimentos 100% feitos pelo SUS. O próximo ponto analisado foi a área total dos terrenos disponíveis, pois como se trata de um projeto de arquitetura hospitalar, ele demanda o seguimento de algumas normas e padrões indispensáveis como acessos variados, cuidado com o risco de contaminações, entre outros. Ao mesmo tempo, o terreno deveria ter uma localização viável, principalmente com acesso de transporte público. Considerando esses fatores, foi escolhido um terreno público no bairro Vila Belizário, com área de 7525m². Apesar de não ser uma área muito extensa, observou-se que é possível adaptar o porte do projeto para o espaço que se tem disponível, sem prejudicar a qualidade. Outros fatores importantes analisados foram:
Localização do terreno Rua José Eustáquio Gomes Pimenta
Localizado em uma das saídas da cidade, facilitando acesso aos pacientes de outras cidades Via pouco movimentada Acesso através de transporte público Bairro residencial Área em crescimento Figura 15: Localização do terreno escolhido. Fonte: Elaborado pela autora (2018), dados de Google Earth (2018)
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Figura 16: Vista do terreno Fonte: Da autora (2018)
Figura 17: Vista do terreno Fonte: Da autora (2018)
Figura 18: Vista do terreno Fonte: Da autora (2018)
Figura 19: Vista do terreno Fonte: Da autora (2018)
Legislação De acordo com o mapa de Macrozoneamento Ambiental Municipal, presente no Plano Diretor, a cidade de São João del Rei tem a maior parte da sua extensão localizada na Zona de Adequação Ambiental - ZAA. L
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Figura 14: Mapa do Macrozoneamento Ambiental. Fonte: Desconhecida.
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Ainda de acordo com o Plano Diretor, a Zona de Adequação Ambiental divide-se em outras 5 zonas, para fins de delimitação do perímetro urbano, de parcelamento e de uso e ocupação do solo. Sendo elas: 1 - Zona de Proteção Cultural; 2 - Zona de Proteção Paisagística; 3 - Zona de Controle Urbanístico; 4 - Zona de Reabilitação Urbana; 5 - Zona de Urbanização Futura. A região do terreno escolhido encaixa-se na Zona de Controle Urbanístico, que se caracteriza pela ocupação e urbanização consolidadas, apresentando tipologia urbana bastante mesclada, lotes de dimensões variadas e áreas com baixa ou grande densidade populacional. As diretrizes para utilização do solo na Zona de Controle Urbanístico são: 1 – garantir a manutenção ou melhoraria das condições urbanas; 2 – restringir ocupações de grandes proporções e altos gabaritos; 3 – estimular parcelamentos do solo compatíveis com o porte e as condições ambientais da cidade; 4 – estimular parcelamentos que preservem as relações sociais; 5 – incentivar multiplicidade de usos.
Analisando o Plano Diretor de acordo com a realidade existente no local, é possível dizer que a região está em constante crescimento, tornando-se um bairro majoritariamente residencial e extremamente tranquilo. Apesar de ser uma área dotada de infraestrutura urbanística, não existem equipamentos urbanos a menos de 1km de distância. A restrição de ocupações de altos gabaritos não é uma realidade, visto que atualmente existem muitas construções de prédios altos em andamento, muitos deles com mais de 5 pavimentos. Entretanto, pensando em causar o menor impacto possível não só na região, mas também na paisagem, o projeto proposto não terá mais do que 3 pavimentos. Por fim, visto que o Plano Diretor prevê o incentivo à multiplicidade de usos, a ideia de propor uma clínica médica na região é aceitável, podendo contribuir para o possível aumento de equipamentos e mobilidade urbana no bairro.
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Acessos
Terreno Rua José Eustáquio Gomes Pimenta Rua Dez Figura 20: Acessos do terreno Fonte: Elaborado pela autora (2018)
Av. Prefeito Lourival Gonçalves de Andrade
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Ocupação do entorno
Terreno 1 pavimentos 2 pavimentos 3 pavimentos Figura 21: Gabarito das edificações Fonte: Elaborado pela autora (2018)
4 ou mais pavimentos
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Análise climática
PM
AM
Terreno Trajetória solar Direção dos ventos Figura 22: Análise climática do terreno Fonte: Elaborado pela autora (2018)
Existência de vegetação
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De acordo com a rosa dos ventos da planilha de clima EPW, a direção predominante dos ventos em São João del Rei é sudeste para noroeste.
A- O uso de aquecimento artificial será necessário para amenizar a eventual sensação de desconforto térmico por frio. B- A forma, a orientação e a implantação da edificação, além da correta orientação de superfícies envidraçadas, podem contribuir para otimizar o seu aquecimento no período frio através da incidência de radiação solar. A cor externa dos componentes também desempenha papel importante no aquecimento dos ambientes através do aproveitamento da radiação solar. C- A adoção de paredes internas pesadas pode contribuir para manter o interior das edificações aquecido.
Figura 23: Rosa dos ventos com ventilação predominante. Fonte: Planilha de Clima EPW (2018)
A cidade está localizada na Zona Bioclimática 2, de acordo com a NBR15220 o que configura o uso de estratégias de condicionamento térmico passivo como ventilação cruzada no verão e aquecimento solar da edificação com vedações pesadas para o inverno. A norma também demonstra um detalhamento das estratégias, e para São João del Rei o ideal é atender as estratégias ABCFI.
F- As sensações térmicas são melhoradas através da desumidificarão dos ambientes. Esta estratégia pode ser obtida através da renovação do ar interno por ar externo através da ventilação dos ambientes. I- Temperaturas internas mais agradáveis também podem ser obtidas através do uso de paredes (externas e internas) e coberturas com maior massa térmica, de forma que o calor armazenado em seu interior durante o dia seja devolvido ao exterior durante a noite, quando as temperaturas externas diminuem.
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Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV De acordo com o Programa Nacional de Capacitação das cidades, o Estudo de Impacto de Vizinhança - EIV se apresenta como um instrumento necessário e fundamental para o desenvolvimento sustentável das cidades. Ele se destaca por atuar de maneira preventiva, vislumbrando a harmonia entre os interesses particulares e o interesse da coletividade. Os principais critérios para análise do EIV são os seguintes:
- Adensamentos populacional - Equipamentos urbanos, comunitários e infraestrutura básica. - Uso e ocupação do solo. - Mobilidade urbana.
Adensamento populacional A análise sobre adensamento populacional no EIV considera o aumento populacional provocado pela implantação ou ampliação do empreendimento ou atividade. O acréscimo populacional pode ser direto, quando o próprio empreendimento atrai nova população residente (caso de empreendimentos ha-
bitacionais) ou indireta, quando a população é atraída para a região onde se insere o empreendimento por razões de trabalho, consumo ou diversão. (SCHVARSBERG, MARTINS, KALLAS, CAVALCANTI, TEIXEIRA, 2016, p.28) No caso da clínica, o cálculo de usuários do prédio será baseado na quantidade de pacientes e acompanhantes mais os funcionários da clínica. O cálculo será feito considerando a maior ocupação possível do prédio, ou seja, todos os consultórios e todas as salas de tratamento funcionando ao mesmo tempo, mais a ocupação total da Casa de Reabilitação.
Considerando este cálculo, o número total de pessoas na clínica ao mesmo tempo será de 204 pessoas Através desse resultado é possível ter noção se a via existente é suficiente, se é necessário e possível a criação de uma nova linha de transporte coletivo e também a demanda de estacionamento da clínica. Desse total, 69 pessoas são funcionários, o que corresponde à 33%.
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Equipamentos urbanos, comunitários e infraestrutura básica Equipamentos comunitários são aqueles destinados à educação, cultura, saúde, lazer e similares. Já equipamentos públicos urbanos são aqueles destinados ao abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, energia elétrica, coletas de águas pluviais, rede telefônica e gás canalizado. (SCHVARSBERG, MARTINS, KALLAS, CAVALCANTI, TEIXEIRA, 2016, p.30)
Pelo mapa, percebe-se que a região do terreno não possui equipamentos comunitários. Isso se deve ao fato de ser uma área em expansão e de uso residencial. Os equipamentos se tornam mais frequentes há cerca de 1km de distância do terreno.
Figura 24: Localização dos principais equipamentos comunitários Fonte: Elaborado pela autora (2018)
Educação
Cultura
Lazer
Saúde
Financeiro
Terreno
Exército
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Em relação à infraestrutura urbana, visto que a região já é bastante habitada, pode-se dizer que a clínica não traria uma sobrecarga, considerando que teria seu funcionamento em horário comercial e com isso não haveriam usuários 24h por dia.
Rei, vista anteriormente, a instalação da clínica é compatível com o zoneamento previsto no plano diretor, visto que existe o incentivo de multiplicidade de usos. Outro fator é que, por ser uma área tranquila, torna-se propícia para esse tipo de edificação.
Com a instalação da clínica, seria interessante que a área fosse vista como potencial de ampliação para os equipamentos comunitários, tornando o dia a dia dos usuários da clínica mais prático e, consequentemente, dos moradores do bairro.
Apesar de se tratar de uma construção maior do que as já existentes no entorno, acredita-se que o impacto em relação à possíveis incômodos será mínimo, considerando que a clínica terá seu funcionamento apenas em horário comercial.
Uso e ocupação do solo
Mobilidade urbana
O EIV deverá indicar tendências de mudança de uso do solo e transformações urbanísticas induzidas pelo empreendimento e atividade em estudo. Existem empreendimentos que podem gerar alterações profundas na dinâmica urbana local que, em médio e longo prazo, tendem a alterar a configuração espacial e a concentração ou dispersão de atividades apresentando reflexos sobre a ventilação e iluminação, o adensamento populacional, a geração de tráfego e demanda por transporte público, os equipamentos urbanos e comunitários, a paisagem urbana, o patrimônio natural e cultural e a valorização imobiliária. (SCHVARSBERG, MARTINS, KALLAS, CAVALCANTI, TEIXEIRA, 2016, p.32)
Nesse ponto, tratam-se dos impactos que comprometem a mobilidade urbana, permanentes ou temporários. De modo geral, referem-se à piora das condições de acessibilidade e segurança dos pedestres, à queda de eficiência da rede de transportes, ao esgotamento da capacidade viária e à poluição atmosférica e sonora. (SCHVARSBERG, MARTINS, KALLAS, CAVALCANTI, TEIXEIRA, 2016, p.36)
De acordo com a legislação de São João del
No caso da região escolhida para trabalho, o tráfego de veículos é bem tranquilo, sendo mais movimentada em horários de pico. Existe uma linha de ônibus que tem seu ponto inicial/final bem próximo do terreno, entretanto o transporte público não percorre as ruas do bairro. Outra questão é que como é
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uma região em expansão, existem alguns locais sem acesso de calçadas para pedestres, ou seja, as pessoas têm que dividir espaço com os veículos e, apesar do pouco movimento, continua sendo um risco. Isso se agrava principalmente pensando na instalação da clínica que, na maioria das vezes, receberá pessoas debilitadas.
ca funcionará apenas em horário comercial e haverá rotatividade de pacientes, ou seja, dificilmente o adensamento populacional de 271 pessoas calculado anteriormente vai ser alcançado, pois para esse cálculo foi considerada a pior hipótese, ou seja, a lotação máxima da clínica, com todos os serviços funcionando ao mesmo tempo.
Para melhorar a mobilidade urbana nesta região, seria interessante propor uma nova linha de transporte público para circular dentro do bairro, com um ponto exclusivo em frente à clínica para facilitar o acesso dos pacientes e também dos funcionários. Além disso, também beneficiaria os moradores do bairro, já que os equipamentos urbanos ficam distantes em sua maioria. Para melhoria da segurança, é imprescindível a inclusão de calçadas e rampas de acessibilidade não só nas imediações do terreno, mas também por todas as ruas do bairro. Apesar do asfalto novo, as ruas também não possuem sinalização horizontal, algo que faz a diferença mesmo com o movimento pequeno de veículos. Ao considerar a possível implantação da linha de ônibus e de um pequeno aumento no tráfego, essa sinalização se torna importante para garantir o fluxo seguro dos veículos e pedestres. Apesar do aumento do tráfego viário, é possível afirmar que não haverá transtornos graves aos moradores do bairro, já que a clíni-
Figura 25: Acessos ao terreno sem calçadas e acessibilidade. Fonte: Da autora (2018)
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CAPÍTULO 5 PROGRAMA DE NECESSIDADES E SETORIZAÇÃO
Programa de necessidades e setorização O programa de necessidades e setorização de um estabelecimento de saúde leva em conta diversos fatores importantes, o que pode torná-lo complexo. Existem muitas normas da Anvisa a serem seguidas para que sejam evitadas contaminações dos pacientes, que podem agravar o estado de saúde de pessoas que já estão doentes ou fazer com que pessoas saudáveis passem a algum sintoma por conta de contaminações. A principal norma a ser seguida é a Resolução RDC n°50, que tem como objetivo servir como ‘’instrumento norteador das novas construções, reformas e ampliações, instalações e funcionamento de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde que atenda aos princípios de regionalização, hierarquização, acessibilidade e qualidade da assistência prestada à população.’’ (Ministério da Saúde, 2002, p.01) Nela encontram-se diversos regras, informações e instrumentos que auxiliam na elaboração do projeto arquitetônico, visto que para ser executado, ele precisa passar por uma aprovação e estar seguindo todas as normas vigentes. Existe um capítulo que trata exclusivamente do programa de necessidades para cada setor específico de um estabelecimento de saúde, mostrando o que é necessário prever e qual o dimensionamento mínimo, o que auxiliou na elaboração do programa para o Centro de Tratamento Oncológico e prever
uma estimativa de área mínima que cada setor ocupará. O livro ‘’Manual Prático de Arquitetura Hospitalar’’, de Ronald Góes também foi extremamente importante para este capítulo do trabalho, pois, baseado na RDC n°50, o autor mostra como fica a setorização do programa de necessidades que é listado na norma, o que facilita o entendimento dos fluxos do estabelecimento de saúde e a razão de ser de cada espaço. Para este trabalho, foi utilizada como base principal a setorização da parte de Radioterapia citada por Góes em seu livro (GÓES, 2004, p.154), e a partir dela foram adaptados os setores de Ambulatório e Quimioterapia. A Casa de Reabilitação também teve a mesma base, porém estará localizada em uma edificação diferente, como citado anteriormente em outros capítulos. A área estimada de cada setor foi baseada em valores propostos tanto por Góes quanto pela RDC n°50 apenas para se ter noção do espaço de implantação no terreno. Na etapa de projeto arquitetônico ela será revisada se adequando tanto à norma quanto ao objetivo de proporcionar um ambiente humanizado
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Ambulatório Banheiro
Registro e espera
Cantina
Consultório
Banheiro
Consultório (pediatria)
Espera
ADM
Sala de reuniões
Consultório
Estar clínico
Copa
Consultório
Macas e cadeiras
Banheiro
(funcionários)
acompanhantes
Sala de prescrição
Farmácia
Área estimada: 215m²
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Radioterapia Preparo de pacientes
Banheiro Macas e cadeiras
Sala de simulação
Acelerador linear
Registro e espera
Vestiário de pacientes
Sala de exames
C
Braquiterapia
Posto de enfermagem
C
Secretaria
Consultório
Preparo e armazenagem de fontes
C
Plantão e física médica
Moldes e máscaras
Banheiro
C
Acelerador linear
Ortovoltagem superficial
C
Ortovoltagem profunda
Expurgo
Copa
Sala de material esterilizado
Sala de comandos
Área estimada: 385m²
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Quimioterapia Banheiro Banheiro
Registro e espera
Consultório
Sala de aplicação (infantil)
Espera
Utilidades
Sala de aplicação (adulto)
Banheiro
ADM
Macas e cadeiras
(funcionários)
DML
Copa
Banheiro
Expurgo
acompanhantes
Posto de enfermagem
Área de medicamentos
Sala de material esterelizado
Casa de máquinas
Área estimada: 250m²
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Casa de Reabilitação 1° pavimento
Estoque de benefícios
Recepção
ADM
Banheiro
Estoque de suplementos
Advogado
Nutricionista
Fisioterapeuta
Sala de convivência
Almoxarifado Copa
Assistente Social
Psicóloga
Fonoaudióloga
Dentista
Sala para oficinas
Banheiro
(funcionários)
Arquivo
Área estimada: 225m²
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Casa de Reabilitação 2° pavimento
Banheiro
Quarto 5
Quarto 6
Banheiro
Banheiro
Quarto 21
Quarto 26
Banheiro
Banheiro
Quarto 4
Quarto 7
Banheiro
Banheiro
Quarto 22
Quarto 27
Banheiro
Banheiro
Quarto 3
Quarto 8
Banheiro
Banheiro
Quarto 23
Quarto 28
Banheiro
Banheiro
Quarto 2
Quarto 9
Banheiro
Banheiro
Quarto 24
Quarto 29
Banheiro
Banheiro
Quarto 25
Quarto 30
Banheiro
Banheiro
Quarto 10
Quarto 1
Cozinha compartilhada
Cozinha Nutricionista compartilhada
Banheiro
Banheiro
Quarto 11
Quarto 16
Banheiro
Banheiro
Quarto 12
Quarto 17
Banheiro
Banheiro
Quarto 13
Quarto 18
Banheiro
Banheiro
Quarto 14
Quarto 19
Banheiro
Banheiro
Quarto 15
Quarto 20
Banheiro
Cozinha compartilhada
Área estimada: 486m²
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CAPÍTULO 6 O PROJETO
Partido arquitetônico A solução do projeto se moldou a partir do formato e desnível presente no local. O objetivo foi fazer com que as edificações se conectassem e ao mesmo tempo seguissem a linha curva formada pelo terreno. O desnível iniciou como um desafio para o projeto mas ao longo do processo se tornou um aliado, possibilitando que a Radioterapia ficasse enterrada no solo, contribuindo ainda mais com o isolamento da Radiação. Além disso, a movimentação de terra feita no terreno foi feita de maneira que a terra retirada em determinados pontos fosse utilizada no aterro de outros. O maior número de pavimentos será na Casa de Reabilitação e Hospedagem, com 3 pavimentos, que é aceito pela Lei de Uso e Ocupação do Solo utilizada para o trabalho. Os acessos da clínica serão feitos em dois: um que levará diretamente ao estacionamento interno, localizado na área de futura ampliação e outro que será destinado principalmente aos pacientes mais debilitados e aqueles que vão frequentar a Casa de Reabilitação apenas. O acesso passará pela área de embarque e desembarque, localizada na área de convivência principal, e terá continuidade diretamente para a saída, facilitando o fluxo dos carros.
usu ários da clínica, enquanto o estacionamento exclusivo da Casa de Reabilitação contará com 10 vagas para pacientes e acompanhantes. Também haverão vagas nas imediações da clínica para os que desejaram estacionar na rua. Para a fachada, o objetivo foi pensar em algo que trouxesse destaque para a edificação mas que também influenciasse na parte interna. Como referência foi utilizada a Unidade Avançada Perdizes do Hospital Albert Eintein, que possui uma fachada de vidros coloridos. As cores escolhidas foram laranja, azul e verde, que também estão sendo utilizadas em detalhes do interior. A cobertura da parte externa foi inspirada em uma marquise modular hexagonal, que será, detalhada posteriormente, com a estrutura em grelha sustentada por pilares metálicos em árvore. Por fim, a área externa foi pensada com um paisagismo simples mas que trouxesse aconchego para os usuários da clínica, possibilitando que os mesmo possam se deslocar com facilidade e ao mesmo tempo desfrutar de um sentimento agradável ao chegar na clínica para dar continuidade ao tratamento.
O estacionamento principal contará com 29 vagas, destinadas a funcionários e demais
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Diretrizes para equipamentos urbanos Pelo fato de o terreno estar localizado em um bairro residencial e que está em constante expansão, a região não conta com equipamentos urbanos a menos de 1km de distância. De certo modo, isso dificultaria a vida dos pacientes e acompanhantes que precisassem ir a uma padaria, ou a uma farmácia, por exemplo, pois teriam
Pensando nisso, foram demarcadas as áreas propícias para a instalação desses equipamentos no entorno imediato da clínica, beneficiando não só os usuários da mesma como também os moradores do bairro. Como diretriz, o principal seria a instalação de farmácias, mercados, padarias, laboratórios, restaurantes. Além disso, para melhorar o deslocamento, uma nova linha de ônibus exclusiva do bairro
Terreno Áreas vazias com potencial de expansão Ponto de ônibus
Figura 20: Possíveis espaços para instalação de novos equipamentos Fonte: Elaborado pela autora (2018)
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Sistema construtivo Para o projeto, foi utilizado o método de modulação dos ambientes de maneira que facilitasse a construção da edificação. O módulo adotado para o Centro de Tratamento Oncológico é de 1,20m com seus múltiplos e submúltiplos.
Vantagens
O sistema construtivo proposto foi um misto de estrutura de concreto e metálica na edificação onde estará a clínica e estrutura metálica na edificação da Casa de Reabilitação e Hospedagem.
Maior limpeza da obra: devido à ausência de entulhos, como escoramento e fôrmas;
No caso da clínica, o concreto é obrigatório pelo menos no pavimento onde se encontra Radioterapia, para que as salas de tratamento fiquem bem isoladas e não transmitam a radiação pelas paredes, que também tem uma espessura diferenciada de 85cm. Para contribuir com o isolamento da radiação, o pavimento da Radioterapia ficará enterrado no solo, o que ajudará na implantação da edificação, já que o desnível do terreno será parcialmente aproveitado. No pavimento onde se encontram o Ambulatório e a Quimioterapia, será utilizada a estrutura metálica, assim como na outra edificação. Ela foi escolhida por possuir uma séria de vantagens em relação à outras estruturas, apesar do alto custo.
Menor tempo de execução: a estrutura metálica é projetada para fabricação industrial, levando a um menor tempo de fabricação e maior facilidade na montagem;
Maior facilidade de ampliação: a expansão deve ser executada sem interferir nas outras atividades Isto só é possível devido à precisão e menores dimensões das peças e à fabricação fora do local da obra; Facilidade de desmontagem e reaproveitamento: A estrutura de aço tem a seu crédito o valor residual que não é perdido com a execução da obra, pois ela pode ser desmontada e transferida para outro local sem maiores problemas; Facilidade de vencer grandes vãos: A maior resistência do aço, conduz à melhoria das condições para vencer grandes vãos, com menores dimensões das peças e menores pesos. Fonte: Portal Metálica - www.metalica.com.br
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Quadro de áreas AMBULATÓRIO - 370,94m²
QUIMIOTERAPIA - 302,90m²
Ambientes
Área (m²)
Ambientes
Recepção
136,95m²
Recepção
77,44m²
Recepção
56,86m²
Banheiro
5,76m²
Banheiro
5,76m²
Estoque Benefício
8,64m²
ADM
11,52m²
Consultório
15,12m²
Assistente Social
12,96m²
4 Consultórios
76,59m²
Sala de Reunião
36,76m²
Arquivo (AS)
8,64m²
Farmácia
10,08m²
Macas e Cadeiras
10,80m²
Psicóloga
12,96m²
Estar Clínico
18,85m²
S. Aplicação (adul)
46,80m²
Nutricionista
12,96m²
Banheiro (EC)
5,76m²
S. Aplicação (inf)
36,00m²
Macas e Cadeiras
10,80m²
2 Banheiros (SA)’
11,52m²
Área (m²)
CASA DE REABILITAÇÃO - 432,38m²
Ambientes
Área (m²)
Estoque Suplem.
8,64m²
Fonoaudióloga
17,28m²
Copa
8,09m²
Posto de Enferm.
22,30m²
ADM
12,96m²
Banheiro (copa)
5,76m²
Medicamentos
4,32m²
Dentista
34,56m²
Lanchonete
15,12m²
Material Esteril.
11,52m²
Fisioterapia
34,56m²
Circ. Horizontal
43,73m²
Circ. Vertical
22,73m²
Expurgo Área Convivência
15,44m²
Sala de Atividades
112,03m²
2 Banheiros (SA)
11,52m²
Almoxarifado
12,96m²
Copa
15,82m²
12,31m²
Banheiro (copa)
11,52m²
5,76m²
Circ. Horizontal
44,46m²
Circ. Vertical
13,94m²
RADIOTERAPIA - 1008,39m² Ambientes
Área (m²)
Ambientes
Recepção
136,95m²
Copa Banheiro (copa)
Área (m²)
90,34m²
Banheiro
5,76m²
Macas e Cadeiras
15,12m²
Expurgo
10,85m²
Consultório
16,11m²
4 Comandos
37,80m²
HOSPEDAGEM- 666,60m²
2 Vestiários (paci)
14,36m²
2 Acelerad. Linear
104,14m²
Ambientes
Preparo Paciente
8,63m²
Braquiterapia
45,60m²
Posto de Enferm.
25,18m²
Orto. Superficial
57,02m²
Cozinha Coletiva
154,46m²
57,02m²
Hall
36,48m²
Medicamentos
4,32m²
Orto. Profunda
Plant. e F. Médica
10,26m²
Área Tratamento
Armaz. de Fontes
4,32m²
Circ. Serviços
75,85m²
Material Esteril.
11,52m²
Circ. Horizontal
91,57m²
Moldes/Máscaras
15,12m²
Circ. Vertical
22,73m²
220,09m²
Quartos
Área (m²)
Área construída Clínica
1682,23 m² Área construída Casa de Reabilitação +Hospedagem
1098,98 m²
Área total construída
2781,21 m²
261,26m²
Circ. Horizontal
186,52m²
Circ. Vertical
27,88m²
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Setorização
Acesso geral Todos usuários da clínica
Acesso restrito EXPURGO
RECEPÇÃO
ÁREA DE TRATAMENTO Acesso restrito Médicos, enfermeiros e pacientes
Acesso restrito Médicos e Enfermeiros
Acesso restrito Funcionários em geral
Mapa chave: Radioterapia (subsolo)
PLANTA BAIXA CLÍNICA - RADIOTERAPIA ESCALA: 1:500 ÁREA DE TRATAMENTO Acesso restrito Médicos, enfermeiros e pacientes
Acesso restrito EXPURGO
Acesso geral Todos usuários da clínica
LEGENDA RECEPÇÃO
Radioterapia Ambulatório Quimioterapia
Acesso restrito Médicos e Enfermeiros Acesso restrito Funcionários em geral
PLANTA BAIXA CLÍNICA - AMBULATÓRIO E QUIMIOTERAPIA ESCALA: 1:500
Mapa chave: Ambulatório e Quimioterapia (1° pavimento)
66
Setorização Acesso restrito Funcionários em geral
Acesso Geral Funcionários Pacientes e Acompanhantes
RECEPÇÃO
SALA DE OFICINAS E PALESTRAS Acesso Geral
ACESSO À HOSPEDAGEM Pacientes, Acompanhantes e Funcionários
PLANTA BAIXA 1° PAVIMENTO - CASA DE REABILITAÇÃO ESCALA: 1:250
ACESSO À HOSPEDAGEM Pacientes, Acompanhantes e Funcionários
DORMITÓRIO COM ACESSIBILIDADE Pacientes e Acompanhantes
COZINHA COLETIVA E ÁREA DE CONVIVÊNCIA Pacientes e Acompanhantes
DORMITÓRIOS Pacientes e Acompanhantes
PLANTA BAIXA 2° E 3° PAVIMENTO - HOSPEDAGEM ESCALA: 1:250
CIRCULAÇÃO
67
Diagrama da estrutura
DIAGRAMA DA ESTRUTURA - CLÍNICA 0 1
5
10
DIAGRAMA DA ESTRUTURA - CLÍNICA 0 1
5
10
68
Diagrama da estrutura
DIAGRAMA DA ESTRUTURA - CASA DE REABILITAÇÃO E HOSPEDAGEM 0
1
5
10
DIAGRAMA DA ESTRUTURA - CASA DE REABILITAÇÃO E HOSPEDAGEM 0
1
5
10
69
Cobertura A ideia da cobertura surgiu a partir do momento em que criou-se um espaço de convivência na área externa existente no subsolo. O objetivo era não só de proporcionar aos usuários uma área confortável que fosse externa e coberta ao mesmo tempo, mas também ocasionar um efeito diferenciado na fachada da clínica. Foi utilizada como referência a Marquise Modular da Casa Cor de São Paulo em 2015, projetada pelo escritório FGMF Arquitetos. Foram utilizados módulos hexagonais, sendo que os mesmos se alternavam entre abertos e fechados. Os módulos eram de madeira laminada, que foram unidos através de uma peça metálica e sustentados por pilares também metálicos.
Figura 39: Marquise Modular Casa Cor 2015 - FGMF Arquitetos Fonte: Archdaily (2015)
No caso da cobertura pensada para o projeto, o material utilizado também será a madeira e os pilares metálicos, porém causarão um efeio mais sombreado pois o módulo terá uma altura maior do que o utilizado na marquise. Eles serão, em sua maioria fechados, com aberturas apenas nos que estiverem posicionados na extremidade da cobertura.
Figura 38: Marquise Modular Casa Cor 2015 - FGMF Arquitetos Fonte: Archdaily (2015)
Para saber o tamanho do módulo utilizado na cobertura foi feito um cálculo baseado na estrutura de uma grelha, com os resultados apresentados a seguir.
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Cobertura
LOCALIZAÇÃO DOS PILARES 5
10
MÓDULO EM PERSPECTIVA
MÓDULO EM PLANTA
120 15
60
0 1
ABERTO
FECHADO
71
Fachadas Para a fachada, o objetivo foi passar uma ideia diferente do que se encontra em clínicas e hospitais convencionais, e isso pode ser feito através da inserção de cores. A principal referênica foi a Unidade Avançada Perdizes do Hospital Albert Einstein, em São Paulo. A utilização de formas geométricas retangulares proporciona um modelo diferenciado permeabilidade do edifício tanto para quem vê de fora quanto para quem vê de dentro, principalmente por conta das cores utilizadas, que trazem uma sensação de lugar alegre. Essas formas juntas foram uma grande janela de vidros serigrafados - um material que recebe cores por meio de telas de silkscreen com uma tinta especial, fixada no vidro em altíssimas temperaturas.
As cores utilizadas no projeto foram verde, laranja e azul, que tem um significado importante quando pensamos na humanização de um ambiente. O amarelo também foi utilizado em alguns detalhes, principalmente do interior da clínica.
É sinônimo de entusiasmo, emoção, cordialidade e cautela. Por este motivo, é usado para atrair a atenção e provocar alegria. Promove calma, produtividade e serenidade. Por isso, é o mais utilizado nos escritórios. É sinônimo de confiança e segurança. Está associado à saúde, tranquilidade dinheiro e natureza. O efeito do verde depende muito da tonalidade. Os tons fortes evocam abundância e os fracos convocam calmaria. Considerado alegre e caloroso. Fonte: Arché Empresa Jr. (www.instagram.com/archeej)
Figura 40: Unidade Avançada Perdizes - Hospital Albert Einstein, São Paulo, SP - Levinsky Arquitetos Associados. Fonte: Galeria da Arquitetura (2010)
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Fachadas
FACHADA FRONTAL - CLÍNICA 0 1
5
10
FACHADA FRONTAL - CASA DE REABILITAÇÃO E HOSPEDAGEM 0
1
5
10
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PLANTA BAIXA CLÍNICA - SUBSOLO 0 1
5
10
PLANTA BAIXA CLÍNICA - 1° PAVIMENTO 0 1
5
10
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PLANTA BAIXA CASA DE REABILITAÇÃO - 1° PAVIMENTO 0
1
5
10
PLANTA BAIXA HOSPEDAGEM - 2° E 3° PAVIMENTO 0
1
5
10
75
PLANTA DE PAISAGISMO 01
5
10
Espécies utilizadas:
CHUVA DE OURO
IPÊ BRANCO
QUARESMEIRA
MANACÁ DA SERRA
JADE
FLOR DE MEL
BEGÔNIA
LÍRIO DA PAZ
BUXINHO
LAMBARI ROXO
KAIZUKA
FLOR DE CERA
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Conclusões Para este trabalho, foram realizadas pesquisas que em conjunto, darão subsídio para a elaboração do projeto arquitetônico do Centro de Tratamento Oncológico de São João del Rei. Ao longo dos capítulos, foram pontuadas as principais questões que embasam e justificam as escolhas feitas.
contribuirá para o desenvolvimento de mais uma área da cidade que se encontra em expansão constante atualmente. Com o projeto, local tranquilo e silencioso não perderá a sua essência, mas ao mesmo tempo será mais acessível em termos de mobilidade e desenvolvido em termos de equipamentos comunitários.
A busca pela humanização nos estabelecimentos de saúde, principalmente neste trabalho, baseia-se, em maneiras de tornar o espaço mais acolhedor e colaborativo no processo de cura, além de um atendimento diferenciado por parte da equipe médica. Através da arquitetura, é possível aplicar estratégias diversas e que terão importância significativa na vida dos pacientes e seus acompanhantes, algo que será considerado a todo momento da elaboração do projeto.
Por fim, foram analisadas obras análogas detalhadas no Apêndice deste trabalho - que podem contribuir com o desenvolvimento do projeto. A busca dessas referências foi baseada principalmente no tipo de uso da edificação, na área construída, nas estratégias de conforto adotadas e no material construtivo utilizado. Considerando esses aspectos, foram escolhidas:
As estatísticas do câncer mostram que a demanda de clínicas especializadas nos tratamentos da doença sempre será bem-vinda, visto que o número de casos aumenta a cada ano e nem sempre todos os pacientes têm acesso ao tratamento adequado. Em virtude disso, o Centro de Tratamento Oncológico proposto irá somar forças com a clínica já existente em São João del Rei, oferecendo tratamentos de alta tecnologia e qualidade para um número maior de pacientes, beneficiando a cidade e região.
- Centro Kathleen Kilgour: um centro de radioterapia, com uma área construída semelhante ao que é desejado no projeto e também pelas estratégias de conforto adotadas, considerando que, apesar de distante, também está localizada no hemisfério sul.
Além do desenvolvimento da área da saúde, o Centro de Tratamento Oncológico também
- Rede Sarah: como referência de estratégias de conforto, humanização do espaço de saúde e materiais construtivos.
- Livsrum: um centro de assessoria ao câncer que se assemelha ao programa de necessidades da Casa de Reabilitação proposta no projeto.
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APÊNDICE OBRAS ANÁLOGAS
Rede SARAH Arquiteto: João Filgueiras Lima Localização: Belo Horizonte, Minas Gerais Área: -
de brises intempéries e cobertura em arco no auditório, hall de entrada e espera do ambulatório. Fonte: LIMA, José Filgueiras, 2012, p.156)
Ano: 1997 O Hospital Sarah de Belo Horizonte está localizado em um terreno na Avenida Amazonas, onde já existia um hospital em funcionamento projetado por Oscar Niemeyer e construído em 1950. O conjunto de edifícios existentes se encontrava em situação muito precária. Além disso, as condições de funcionamento do hospital eram péssimas, devido principalmente aos inúmeros acréscimos e modificações executados sem nenhum critério e que descaracterizavam totalmente o projeto original. Em consequência, tornou-se inviável adaptar o conjunto de edifícios existentes às exigências estabelecidas no programa de instalações do novo hospital. Assim, foi aproveitada apenas a estrutura em concreto armado do antigo bloco de internação, um prédio de 5 pavimentos com 100 metros de extensão. No hospital de Belo Horizonte, as estratégias de conforto ambiental utilizadas foram coberturas em sheds, que são dispositivos na cobertura que favorecem a iluminação e ventilação natural, semelhante ao que foi utilizado no hospital de Salvador; inserção de
Figura 30: Vista aérea Hospital Sarah - Belo Horizonte Fonte: www. sarah.br
Figura 31: Solário da enfermaria Hospital Sarah - Belo Horizonte Fonte: www. sarah.br
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Figura 32: Corte do ambulatório Hospital Sarah - Belo Horizonte Fonte: LIMA, José Filgueiras, 2012, p. 162
Figura 33: Setorização Hospital Sarah - Belo Horizonte Fonte: LIMA, José Filgueiras, 2012, p. 157
Figura 34: Solário da enfermaria Hospital Sarah - Belo Horizonte Fonte: LIMA, José Filgueiras, 2012, p. 163
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Centro Kathleen Kilgour Arquitetos: Wingate + Farquhar Architects Localização: Tauranga, Nova Zelândia Área: 3000m² Ano: 2014 O Centro Kathleen Kilgour é uma clínica de radioterapia que se encontra no campus do Hospital Tauranga, em um terreno com área total de 1000m². O edifício de 3 pavimentos foi pensado de forma que formasse uma conexão com o edifício adjacente, que também tem tratamentos oncológicos. O objetivo da clínica é atender entre 500 e 600 pacientes com opções de tratamento para o câncer, visto que anteriormente a opção de hospital mais próxima era a cerca de 90km de distância.
O projeto teve o objetivo de assegurar que o edifício tivesse um ambiente centrado no paciente, sendo fácil de acessar e circular, psicologicamente tranquilo e acolhedor. Assim poderia proporcionar uma disposição intuitiva e uma experiência holística, de acordo com o Archdaily. Um dos principais aspectos do projeto foi o uso de uma fonte renovável de energia, incorporando ao projeto uma matriz fotovoltaica de 450m², uma das maiores do país. O edifício possui planta retangular com uma cobertura diferente, de "dentes de serra", que foi implementado para melhorar a eficiência dos painéis solares na cobertura. A cobertura de dentes de serra permite que a luz natural penetre profundamente na planta do terceiro pavimento. No nível do solo, encontram-se as suítes de tratamento, incluindo três "bunkers" de radioterapia com muros de concreto de 1200 mm de espessura e com 450 mm de aço na placa de alinhamento das três máquinas de tratamento. A geometria precisa destes ambientes foi projetada com ajuda de um físico. O último pavimento foi totalmente projetado para consultas e administração. É onde, pela primeira vez, se conhece aos pacientes e onde se planejam os tratamentos. Fonte: Archdaily (2015)
Figura 35: Fachada do Centro Kathleen Kilgour Fonte: Archdaily - Simon Devitt (2015)
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Água da chuva
Luz natural
Ventilação
Figura 36: Corte Fonte: Archdaily (2015)
Figura 37: Elevação Fonte: Archdaily (2015)
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Centro de Assessoria ao Câncer - Livsrum Arquitetos: EFFEKT Localização: Copenhagen, Dinamarca Área: 740m² Ano: 2013 Livsrum é o projeto de um novo centro de tratamento de câncer para o hospital Næstved, na Dinamarca. O centro foi desenhando como um grupo de sete pequenas casas rodeadas por dois jardins. Cada casa tem uma função específica e juntas formam uma sequência coerente de diferentes espaços e funções tais como uma biblioteca, uma cozinha, salas de encontro, salas de estar, lojas, academia e centros de bem-estar.
Figura 38: Fachada Fonte: Archdaily - Quintin Lake (2014)
A casa oferece uma ampla variedade de diferentes salas de assessoria informal, terapia e interação com enfoque no conforto e no bem-estar dos seus usuários. A altura do teto é variável e os materiais utilizados criam um caráter arquitetônico próprio e único que o distingue dos outros edifícios do hospital. O Livsrum fica próximo ao centro oncológico do hospital, o que forma uma rede de colaboração. Fonte: Archdaily (2014)
Figura 39: Axonométrica Fonte: Archdaily (2014)
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Figura 40: Planta baixa Fonte: Archdaily (2014)
Figura 41: Cortes Fonte: Archdaily (2014)
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