Um bom começo pode tornar tudo mais leve
Atualmente vivemos em um ritmo acelerado, com mudanças constantes que produzem inúmeras situações geradoras de estresse. Mesmo quando procuramos formas de descontração nos meios de comunicação, acabamos estimulados por uma torrente de cenas e sons de um mundo em crise. As dificuldades no cotidiano, no trabalho, nos relacionamentos afetivos e familiares aumentam a intensidade dessa pressão. Até mesmo situações corriqueiras, como enfrentar uma fila ou um congestionamento de trânsito, podem provocar irritação. Se um telefone toca enquanto estamos ocupados com outra atividade, ele estará fazendo as vezes de um estressor. Então, o que acontece quando nos deparamos com tais situações? Alguns reagem com irritação, ou seja, com a reação de luta – ficam tensos, mal-humorados, às vezes raivosos; outros escolhem ignorar a interrupção e continuam a fazer o que estavam fazendo, ou seja, apresentam uma reação de fuga. Mas também seria possível escolher outra reação: fluir com o estressor e aceitar a interrupção com certa tolerância e tranquilidade. Acontece que, quando olhamos a vida e o mundo como adultos que pensamos ser – pessoas sisudas e preocupadas, que dão importância demasiada ao trabalho e às responsabilidades –, não percebemos que ainda possuímos dentro de nós aquela criança que fomos um dia, que às vezes se revela quando somos expressivos, afetivos e brincalhões (e também quando estamos com medo, raiva ou quando somos egoístas). As crianças, quando estressadas, também sentem raiva e podem manifestar a reação de luta. Mas, ao contrário dos adultos, não guardam esse sentimento por muito tempo, não continuam pensando no que aconteceu. Em um instante interessam-se por outra coisa e a raiva passa. 10 • Viver pode mais ser fácil!