HealthArq 2ª Edição Grupo Mídia

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Ano 02 I Edição nº 02 I R$ 45,00 Dezembro I Janeiro I Fevereiro I 2012 www.healtharq.com.br

IRCAD Brazil

Estrutura mais do que moderna Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos investe cada vez mais em pesquisa e tecnologia. Prova disso é o IRCAD Brazil, um instituto de treinamento em cirurgia minimamente invasiva e cirurgia robótica, construído a partir de uma estrutura de engenharia e arquitetura de nível internacional


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CARTA AO LEITOR

Tendências na construção C hegamos ao ano de 2012 e com ele trazemos a tão aguardada Edição Número 2 da Revista HealthArq, que em sua primeira publicação foi recebida com enorme sucesso por todos os envolvidos com as áreas de arquitetura, engenharia e decoração hospitalar. Seu layout leve, que prioriza e destaca imagens, sem empobrecer o conteúdo editorial, além de seu formato e textura sem igual, foram peças-chave para o excelente feedback do leitor. É continuando esta linha, aprimorando ainda mais o trabalho, que esta 2ª edição chega, trazendo inúmeras novidades no campo da construção na área da saúde, a qual, mais do que nunca, movimenta o Brasil de forma geral. Prova disso, é que acontecem simultaneamente por todo o país, a criação de novos hospitais, a expansão de instituições já consolidadas e reformas e adequações daqueles que não querem ficar obsoletos e que precisam se adequar às novas exigências do

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mercado. Dentro dos avanços que precisam ser seguidos pela arquitetura e engenharia estão itens fundamentais como surgimento de novas tecnologias, ideias de sustentabilidade e humanização hospitalar. Temas que o leitor perceberá que são cuidadosamente e amplamente tratados no decorrer das páginas a seguir por arquitetos, engenheiros e demais profissionais envolvidos no segmento, de renome nacional e internacional. Estão em destaque na publicação instituições como Hospital São Luiz, Hospital São Rafael, Albert Einstein, Hospital do Coração, Hospital Unimed Barra da Tijuca, INCA, entre outros. A capa traz a Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos, cujas obras e investimentos não param, vide o recém-inaugurado centro de pesquisas IRCAD Brazil. Que todos tenham uma ótima leitura!

Equipe HealthArq

PRESIDENTE Edmilson Caparelli edmilsoncaparelli@grupomidia.com ADMINSTRATIVO E FINANCEIRO Lúcia Caparelli - lucia@grupomidia.com MARKETING E EVENTOS Erica Alves - erica.alves@grupomidia.com

PUBLISHER Edmilson Caparelli REDAÇÃO redacaosaude@grupomidia.com Livia Marques Thiago Cruz Priscila Soares DEPARTAMENTO DE ARTE Criação: Erica Alves Diagramação: Mariana Siquinelli DEPARTAMENTO COMERCIAL Giovana Teixeira giovana@grupomidia.com Jailson Rainer jailson@grupomidia.com Ivanildo Rodrigues comercial@grupomidia.com Natalia Morais comercial@grupomidia.com INTERNACIONAL internacional@grupomidia.com ASSINATURAS E CIRCULAÇÃO assinatura@grupomidia.com OPERAÇÕES Departamento Jurídico juridico@grupomidia.com Pesquisa - Global Pesquisa Suporte e Atendimento on-line suporte@grupomidia.com ATENDIMENTO AO LEITOR atendimento@grupomidia.com A revista HealthArq é uma publicação trimestral do Grupo Midia. Sua distribuição é controlada e ocorre em todo o território nacional Rua Antonio Manoel Moquenco Pardal, 1027 Ribeirania CEP: 14096290 Ribeirão Preto SP. Tel: (16) 36293010 www.grupomidia.com


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CAPA HOSPITAL DE CÂNCER DE BARRETOS

Ano 02 I Edição nº 02 I R$ 45,00 Dezembro I Janeiro I Fevereiro I 2012

IRCAD Brazil

Estrutura mais do que moderna Fundação Pio XII, mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos investe cada vez mais em pesquisa e tecnologia. Prova disso é o IRCAD Brazil, um instituto de treinamento em cirurgia minimamente invasiva e cirurgia robótica, construído a partir de uma estrutura de engenharia e arquitetura de nível internacional

Fundação Pio XII cresce rapidamente, expandindo o atendimento por todo o Brasil e investindo cada vez mais em pesquisa e tecnologia

FOTO CAPA IRCAD Brazil DIVULGAÇÃO

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Pesquisas recentes reforçam que os elementos arquitetônicos dos ambientes de saúde podem ajudar na recuperação dos pacientes, principalmente crianças

PADRÃO INTERNACIONAL

DESIGN

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EXCLUSIVIDADE

Hospital Marcelino Champagnat apresenta serviços exclusivos orientados por uma aquitetura de primeiro mundo


NESTA EDIÇÃO

N.02 I Dezembro - Janeiro - Fevereiro I 2012

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Projeto elaborado pela Fiorentini Arquitetura para o Hospital Unimed Sorocaba possibilita que futuras ampliações sejam feitas facilmente e sem ocasionar transtornos

NO PRAZO E DENTRO DO ORÇAMENTO

FLEXIBILIDADE

GERENCIAMENTO

O bom gerenciamento evita problemas em relação a prazos, qualidade e custos, impedindo que ocorram perdas financeiras indesejáveis

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Lighting Design proporciona conforto ao ambiente hospitalar. A técnica agrega à iluminação, o fator humano, já que o uso da luz é privilegiado para dar respostas emocionais

AMBIENTES REFORMULADOS

ILUMINAÇÃO

FUNCIONALIDADE

Dependências do Hospital e Maternidade São Luiz, unidade Itaim acabam de ganhar novo layout Health ARQ

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ARQ Coluna

Pronto-Socorro: Espera Zero POR DR. DOMINGOS FIORENTINI E SANDRA PAULA FIORENTINI*

A

principal entrada do Hospital é, frequentemente, o Pronto Socorro, já que este Serviço marca a imagem do Hospital, tanto para o bem, quanto para o mal, simplesmente pelo fato do usuário externo estar em condições psicológicas mais críticas, em função de: tensão, dor, preocupação, fragilidade e ansiedade em relação ao próprio estado de saúde ou de entes queridos. As grandes crises ou protestos ocorrem nesse Serviço dos Hospitais de forma geral, chegando a ser desumana a qualidade no atendimento, tanto em Hospitais públicos quanto em Hospitais privados. Colocar o paciente em espera por várias horas, muitas vezes sem orientação adequada, sem informação de tempo de atendimento, pode gerar insatisfação, insegurança, tensão e provo-

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car reações agressivas por parte do mesmo. Podemos até afirmar que, ao invés do Pronto Socorro, o que ocorre é “Espera Socorro”, pois a espera nesse Serviço costuma ser muito prolongada. Os Hospitais têm adotado o Protocolo de Manchester, como solução desse problema. Este protocolo, por si só, não resolve, simplesmente organiza a fila, criando uma escala de prioridades desde o atendimento imediato até pacientes com condições de espera mais prolongada. Essa classificação se baseia no espectro de cores, do vermelho ao azul, sendo que vermelho representa a emergência crítica, cujo atendimento tem que ser imediato e, no outro extremo a menor urgência, identificada pela cor azul, passando também pelo laranja, amarelo e verde, conforme a prioridade

identificada. Esse protocolo, fatalmente, obriga todos os pacientes a passarem por uma triagem para avaliação de risco e determinar quem são os mais críticos e os menos críticos. Mas alguns itens analisados para essa classificação são absolutamente empíricos, tais como: escalonar a dor de 0 a 5 pode ser muito subjetivo, pois cada um tem uma percepção de dor pela variação de tensão, ansiedade, etc., podendo gerar interpretação inadequada, além do que, “o meu filho sempre será mais importante que o dos outros” ; “os meus entes queridos são mais valiosos para mim que o dos outros”. Desta maneira, procurando estudar o funcionamento dos Serviços de Pronto Socorro, chegamos a uma conclusão lamentável. A espera acontece por


vários motivos: falta de profissionais disponíveis para atendimento; falta de eficácia e eficiência assistencial; sistemática operacional inadequada, dentre outros. Nossa observação identificou que a maioria dos Serviços de Pronto Socorro dispõe de espaços absolutamente fracionados e com atividades distintas, determinadas e orientadas pela norma RDC50/2002 do Ministério da Saúde. Por exemplo: o paciente entra no Serviço, retira a senha, aguarda que esta apareça no display e, quando avisado, se desloca a um box de atendimento, onde uma recepcionista coleta informações, identificação, pedido médico, tipo de convênio e assim por diante. A partir daí, o paciente é deslocado para um setor de triagem ou avaliação de risco. Normalmente, entre esses dois atendimentos existe uma espera, pois, nem sempre, o número de triagistas ou número de salas de triagem são proporcionais à possível chegada simultânea de vários pacientes. Assim que realizada a avaliação de risco, de acordo com o Protocolo de Manchester, o paciente é encaminhado a outras salas de espera (amarela, verde, azul

e laranja). Nessas salas, novamente, aguarda o atendimento médico no consultório. O paciente é avaliado e pode ser encaminhado a diversas áreas. Entre o consultório e a sala de observação, pode ser submetido a outros atendimentos, como: medicação, coleta de material, exames complementares, inalação, curativos, dentre outros. Após a realização do procedimento, o paciente é revisto pelo médico, que por meio da análise dos laudos e estado geral, é encaminhado para casa ou outro setor hospitalar, como UTI, Centro Cirúrgico, Internação, Ambulatório, etc. Nesse período, frequentemente, o paciente permanece alojado na sala de observação por inúmeras horas, pela indisponibilidade de vagas nos demais setores. Alguns Hospitais improvisam, utilizando sala de Emergência como UTI, até a remoção para uma propriamente dita. O sistema operacional usual do Pronto Socorro, conforme descrição acima, implica no fracionamento dos espaços, onde o paciente se desloca e os profissionais permanecem fixos nos seus locais de trabalho. Com isso, a cada deslocamento, Health ARQ

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ARQ Coluna o paciente se depara com uma espera proporcional. A soma de todas as esperas resulta no prolongamento do tempo de atendimento e produção de ociosidade espacial de grande proporção, quando multiplicada pelo extenso número de salas especializadas. Em contra partida, existe uma proposta físico-funcional, que chamamos de Pronto Socorro - Espera Zero ou Sistema “Fast Track”, que consiste na agilidade do atendimento,

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de maneira que, ao invés do paciente se deslocar e a equipe permanecer nos seus “sites” de trabalho, o paciente fica fixo e a equipe se desloca. Por exemplo: ao chegar ao Hospital, o paciente é acolhido, por uma recepcionista volante, que o acompanha até um box multiuso onde, imediatamente, é acomodado em cadeira de exame ou maca, iniciando o contato com os profissionais assistenciais. A recepcionista pode se deslocar até o box e elaborar o

processo de admissão e registro de forma descentralizada, já que a tecnologia atual por meio de tablets permite essa atividade à beira do leito, ou ainda em work stations próximas. Em seguida, a triagista examina o paciente, identifica os sinais vitais e elabora perguntas usuais, podendo ou não, classificá-lo dentro do Protocolo de Manchester, de maneira que, é possível priorizar o atendimento desse paciente, se houver gravidade maior identificada


no processo de triagem. O médico, ao invés de ficar no consultório, se desloca aos boxes multiusos, prestando assistência a todos os pacientes já acomodados. Na realidade, pressupõe-se um tempo mínimo de atendimento para perguntas, sequências de protocolos, requisição de exames e prescrição de medicamentos para alívio de situação aguda do paciente. Com isso, o médico se desloca para atendimento a outros boxes e a enfermagem inicia suas atividades (venóclise, coleta, medicamentos, etc). Ao terminar a coleta de exames, o paciente aguarda o resultado no próprio box ou pode ser deslocado a um segundo nível, já que esse sistema prevê três

níveis de atendimento: o primeiro nível é composto por boxes multifuncionais; o segundo nível, por boxes com cadeiras ou macas para administração de medicamentos, inalação, coleta, aguardo de exames e, finalmente, o terceiro nível, é composto por leitos de observação, para verificação da evolução do estado clínico, aguardo de disponibilidade de leitos, remoção para outro serviço ou transporte para casa. A diferença entre o sistema tradicional e o proposto (“Fast Track”) é a sensação de agilidade no atendimento. No sistema Espera Zero, psicologicamente, a percepção é de ausência de espera. Com isso, os profissionais se deslocam com aumento da produtivi-

dade e redução no tempo de atendimento. A especialização do espaço reduz a flexibilidade operacional. Ao invés de inúmeras cadeiras ou longarinas, consultórios, boxes para aplicação, inalação, dentre outros, o sistema “Fast Track” é composto por boxes ou pequenas saletas de atendimento flexíveis, aumentando a vazão no atendimento e redução da exigência de número de profissionais, sendo a sala de espera, praticamente inexistente ou minimizada, voltada para o acompanhante. Dessa forma, o Serviço de Pronto Socorro torna-se mais humanizado, gera imagem positiva do Hospital, reduz custo operacional e tensões provocadas por esperas desmensuradas.

* Domingos Fiorentini é formado em Medicina e em Arquitetura e Urbanismo, titular da Fiorentini Arquitetura, empresa com 40 anos de atuação no mercado, pioneira no desenvolvimento de projetos e soluções em arquitetura estratégica e administração hospitalar. * Sandra Paula Fiorentini é formada em Arquitetura e Urbanismo e em Administração Hospitalar. Faz parte da equipe da Fiorentini Arquitetura.

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DESIGN

Design arquitetônico para promover a cura Pesquisas reforçam que diversos elementos arquitetônicos dos ambientes de saúde podem ajudar na recuperação dos pacientes, principalmente quando se trata de crianças

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magine que você retorna de um procedimento cirúrgico e passa a se recuperar num quarto confortável, com vista para um belo jardim, decorado em tons suaves, equipado com tv de tela plana e um sofá muito confortável para o seu acompanhante. “Esta não é a descrição do quarto de um hotel. Este é o quarto de um hospital moderno, projetado com o objetivo de garantir a segurança e a pronta recuperação dos pacientes”, informa a arquiteta Ana Paula Naffah Perez, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores. Empregando uma nova abordagem chamada de Design Baseado em Evidências, um número crescente de arquitetos está projetando hospitais, priorizando elementos arquitetônicos que valorizam os ambientes, tais como explorar a luz natural, ter uma visão da natureza, cuidar do conforto acústico - minimizando os ruídos no ambiente - e utilizar uma paleta de cores suaves, mas variada, tudo isto com o objetivo de produzir resultados positivos para o paciente. “Os edifícios hospitalares normalmente são lugares muito estressantes, por isso temos de criar um ambiente suave que trabalhe os cinco sentidos. Sabemos que o organismo se recupera melhor quando Health ARQ

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DESIGN não está em um estado de grande ansiedade e muita produção de hormônios do estresse, que aumentam a frequência cardíaca e afetam o sistema imunológico. Se podemos projetar instalações que diminuam a ansiedade do paciente, podemos ajudá-los a se recuperarem mais rapidamente”, explica Ana Paula Naffah Perez. O movimento do Design Baseado em Evidências teve início em 1984, nos Estados Unidos, com a publicação de um estudo intitulado “View Through a Window May Influence Recovery

from Surgery,” de Roger Ulrich, professor de arquitetura da saúde do Texas e pesquisador do Design Baseado em Evidências. Para o estudo americano, dois grupos de pacientes que haviam sido submetidos a um mesmo procedimento cirúrgico foram observados durante o período de recuperação dentro das instalações hospitalares. Um dos grupos utilizou quartos que tinham vista para outro edifício, enquanto o outro conjunto de pacientes tinha vista para um pequeno bosque de árvores. Os pacientes que puderam usufruir do

cenário natural apresentaram uma menor estadia no hospital, um humor melhorado, menos complicações após a cirurgia, além da necessidade de menor ingestão de medicação para a dor. O estudo de Ulrich estimulou outras investigações sobre como o ambiente pode ser projetado para melhorar os cuidados de saúde. Hoje, existem mais de 1.000 estudos de universidades, centros de saúde e escolas de arquitetura que se debruçam sobre o mesmo tema no mundo todo. “O Design Baseado em Evidências busca abordar

todos os tipos de necessidades humanas que se refletem no projeto, explorando todos os elementos que podem colaborar para causar menos estresse ao paciente”, observa Perez. Os pacientes não são os únicos a usufruir dos benefícios de um ambiente saudável pensado para abreviar a cura. Os profissionais de saúde e demais funcionários também se beneficiam e o mesmo conceito pode ser aplicado nos ambientes que eles frequentam como conforto de pessoal, refeitório e outras dependências.

O Design Baseado em Evidências busca abordar todos os tipos de necessidades humanas que se refletem no projeto, explorando todos os elementos que podem colaborar para causar menos estresse ao paciente.

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ELEMENTOS VALORIZADOS PELO DESIGN BASEADO EM EVIDÊNCIAS • Iluminação natural A luz natural colabora com o aumento da produção de serotonina (o “hormônio da felicidade”) e com a diminuição da melatonina (o “hormônio do sono”), ajudando a sincronizar o ritmo circadiano com o ambiente natural. “Estudos sobre o tema revelam que a necessidade dos pacientes em relação à ingestão de medicamentos contra a dor é reduzida em 22%, quando eles são expostos à luz do sol”, conta a arquiteta Ana Carolina M. Tabach, diretora de projetos da C+A Arquitetura e Interiores. • Conexão com a natureza Ter uma visão da natureza, mesmo que seja através de uma janela ou sentado em um jardim, tem sido associada à redução da pressão arterial e da produção de hormônios do estresse. Por outro lado, a ausência dos elementos naturais pode produzir altos níveis

de ansiedade e depressão. “As pesquisas indicam que árvores, grama, flores e o barulho de água fluindo têm o poder de distrair e acalmar os pacientes. A natureza proporciona ‘uma trégua mental’”, informa Ana Carolina Tabach. • Redução de ruído Com o ruído minimizado, especialmente à noite, os pacientes podem vivenciar uma experiência de descanso mais intensa, com menos estresse, o que pode acelerar a recuperação. “As pesquisas neste sentido têm demonstrado que unidades neonatais mais tranquilas estimulam o desenvolvimento dos prematuros. Um ambiente mais calmo também pode ajudar o corpo clínico a exercer suas funções com um menor número de erros”, informa Tabach. • Quartos individuais Quartos individuais para os pacientes não só proporcionam uma

estadia com mais privacidade, como reduzem a necessidade de transferência do paciente para realização de pequenos procedimentos e também o risco de infecções. “Com quartos individuais, os pacientes têm mais privacidade. Os estudos revelam que dessa maneira os pacientes ficam mais predispostos a conversar com os profissionais de saúde, colaborando mais com o tratamento”, diz a arquiteta. Quartos mais modernos também possuem uma área específica para a família porque as evidências mostram que o apoio familiar ajuda o paciente a se restabelecer mais rapidamente. • Utilização de cores Quartos de internação pintados em tons neutros, ao invés de um branco puro ou de cores primárias intensas, colaboram com a redução dos níveis de ansiedade, melhorando o humor e promovendo o relaxamento.

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ESPAÇO

Ambientes VIPS no Santa Catarina Requinte e conforto são diferenciais do Serviço de Atendimento Médico do Hospital 16

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Santa Catarina, um dos primeiros hospitais particulares do país e referência de qualidade na prestação de serviços à saúde há mais de 100 anos, mantém uma gestão comprometida com a garantia do alto padrão de atendimento da instituição e com a modernização e ampliação de sua infraestrutura. Há cerca de dois anos, o Hospital deu início a uma série de reformulações em sua estrutura física, num processo que mais recentemente resultou em um moderno espaço, totalmente dedicado ao corpo médico do HSC. Denominado SAM Serviço de Atendimento Médico, o espaço ocupa uma área de 140m² distribuídos entre cyber café, sala-de-estar e reunião, área gourmet e administrativa, e foi inspirado em ambientes VIPS para criar o conceito de conforto e modernidade. O novo projeto teve como intuito oferecer o que há de melhor aos médicos, com uma infraestrutura hospitalar e clínica de ponta e um ambiente agradável. Para a concretização do projeto, a Tribase Construtora gerenciou uma equipe multidisciplinar experiente para acompa-

nhar o andamento das obras, juntamente a um contingente administrativo em atividade constante. Tratando-se de um ambiente hospitalar em pleno funcionamento, vários materiais específicos foram adotados na execução das obras, com o intuito de causar o menor impacto possível na rotina do Hospital, minimizando fatores como odores e ruídos, entre outros. As instalações elétricas mantiveram a linha sustentável, com iluminação de alto rendimento e baixo consumo, assim como o sistema hidráulico, que garante o reuso de água em conformidade com as rígidas exigências impostas pela ANVISA e o controle do desperdício. Para a decoração interna, a opção foi por um mobiliário clássico e cores sóbrias, como tabaco e nude, dando um toque de sofisticação ao ambiente. A sala-deestar possui iluminação indireta de cromoterapia e poltronas com sistema para massagens proporcionando um relaxante descanso durante os intervalos no expediente. Outros setores do Santa Catarina também foram beneficiados durante a reformulação proposta pelos gestores, sendo Health ARQ

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ESPAÇO que alguns nasceram durante o processo, como a Radioterapia Tridimensional, cuja implantação foi de extrema importância para o Hospital. A obra de alta tecnologia, com instalações complexas e equipamentos inovadores foi uma das primeiras do país e envolveu inclusive técnicos de outros países na fase de aferição e montagem, com altíssimo nível e padrão construtivo. O Pronto Atendimento Pediátrico foi também ampliado e recebeu uma adaptação de layout

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através de uma obra de grande apelo estético que contou com uma série de instalações que possibilitaram a otimização do atendimento no setor. A participação ativa da Tribase Construtora também nessas obras, contribuiu efetivamente para a conclusão de todas as mudanças, ampliações e reformulações propostas através de uma equipe eficaz e consciente de todas as particularidades e cuidados provenientes de uma obra dentro de um hospital funcionando a pleno vapor.

A sala-de-estar possui iluminação indireta de cromoterapia e poltronas com sistema para massagens proporcionando um relaxante descanso durante os intervalos no expediente.


Outras obras:


EXCLUSIVIDADE

Padrão Internacional Projetado para ser referência em atendimento, o Hospital Marcelino Champagnat disponibiliza serviços exclusivos 20

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ob um investimento de R$65 milhões, nasce o Hospital Marcelino Champagnat, uma instituição projetada para se tornar um dos maiores complexos hospitalares do país. Trata-se do maior investimento realizado na Região Sul do país, feito com o objetivo de tornar a Instituição referência em assistência à saúde, através da excelência no atendimento e incluir Curitiba entre os principais polos de tratamento de saúde do país. A concepção do projeto teve como premissa

o alto padrão de qualidade nos serviços prestados à saúde da população e a qualidade internacional no tratamento clínico e cirúrgico de média e alta complexidade. Construído em uma área de 27.437m², o prédio de dez andares conta com sete salas de cirurgia, 20 leitos de UTI Geral, 11 leitos de UTI Cardiológica e dois centros de diagnósticos com 72 consultórios médicos. Para completar a infraestrutura, uma recepção central é ligada ao pronto atendimento 24

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EXCLUSIVIDADE

horas, munido de equipes de clínica médica, geriatria, neurologia, cardiologia, cirurgia geral, ortopedia e anestesiologia. Um dos diferenciais do projeto são as sete salas de cirurgia inteligentes, sendo uma de hemodinâmica e duas com telemedicina, devidamente preparadas para futuramente receberem cirurgia robótica. Aproveitando os benefícios trazidos pela humanização de ambientes, a instituição procurou investir em detalhes que garantam o bem-estar dos pacientes. Os amplos corredores abrigam janelas largas e os ambientes têm como proposta utilizar ao máximo a luz natural. “Esses detalhes foram pensados com a meta de favorecer a recuperação

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mais rápida do paciente”, explica o diretor geral do Hospital, Cláudio Lubascher. A conquista da Acreditação é uma das metas da Instituição, que passou por uma avaliação criteriosa em toda a estrutura física e processos operacionais visando a conquista da certificação já no segundo semestre de 2012. A completa infraestrutura do Hospital, instalado no bairro do Cristo Rei – uma região de fácil acesso –, possibilita um atendimento de padrão internacional. O prédio tem um port cochere para embarque e desembarque de pacientes e acesso ao edifício garagem com quatro pisos de estacionamento, além de uma recepção central, que direciona os clientes de forma ágil às

áreas desejadas. O edifício conta também com uma Unidade de AVC/UDT (Unidade de Dor Toráxica), também com local para embarque e desembarque e acesso exclusivo a um dos pisos do estacionamento. Os consultórios médicos pertencentes ao Centro de Diagnósticos são de alto padrão, com amplas salas de espera, fácil acesso e sinalização adequada. Cinco alas de internação com quartos amplos e confortáveis foram reservadas ao atendimento aos clientes, em conformidade com todas as especificações previstas nas normas hospitalares. O hospital conta ainda com espaços de circulação modernos com sala-de-estar, cafeteria e restaurante.


CORPORATE SERVICE Diante de um mercado em constante evolução e altamente competitivo, a assistência moderna e atual prestada pela equipe do Marcelino Champagnat abre mais um nicho de atendimento como diferencial: o Corporate Service. Trata-se de um serviço exclusivo para executivos, cuja inovação fica por conta de um atendimento totalmente personalizado, com suporte de atendimento bilíngue e ambulância própria. Além disso, o serviço disponibiliza aos pacientes e seus dependentes o check-up executivo, com médicos inteiramente dedicados a enviar orientações e agendamento de consultas, que poderão ser realizadas na própria empresa dos conveniados.

ESTRUTURA FÍSICA O empreendimento foi construído em três fases: edifício principal, edifício de serviços e o edifício de estacionamento.

- Décimo Pavimento: Pavimento técnico, composto por máquinas de ar-condicionado para as salas cirúrgicas, central de ar comprimido, central de água quente e sistema de coleta de água da chuva para reuso. - Nono Pavimento: Consultórios, composto por 24 consultórios, expurgo, recepção geral e sala de espera. - Oitavo Pavimento: Consultórios, composto por 24 consultórios, expurgo, recepção geral e sala de espera. - Sétimo Pavimento: Consultórios, composto por 24 consultórios, expurgo, recepção geral e sala de espera. - Sexto Pavimento: Unidade de Terapia Intensiva, composto por 20 leitos, expurgo, farmácia, quarto do plantonista, sala administrativa, sala de equipamento, sala de espera e vestiários masculino e feminino. - Quinto Pavimento: Centro Cirúrgico, composto por sete salas cirúrgicas, sendo uma de hemodinâmica, REPAI, indução anestésica, conforto médico, farmácia, arsenal,

expurgo e sala de espera. - Quarto Pavimento: Centro de Diagnóstico II, composto por ecocardiografia, mapa, holter, eletromiografia, eletrocardiografia, teste de esforços, eletroencéfalograma, , broncoscopia, laringoscopia, endoscopia, espaço de apoio, REPAI, vestiários masculino e feminino para o centro cirúrgico, recepção e sala de espera. - Terceiro Pavimento: Centro de Diagnóstico I, composto por sala de ressonância, tomografia, raio-x, recepção e sala de espera. - Segundo Pavimento: Pronto Atendimento, composto por recepção, sala de emergência cardiológica, 10 box de observação, farmácia, expurgo, sala de sutura, procedimentos, isolamento, observação, sala de gesso, conforto médico, 5 consultórios, triagem médica. - Térreo: Recepção, composto por SAC, hotelaria, internação, tesouraria, centro de guias, loja de conveniência, café e oratório. - Subsolo: vestiários, sala de higienização, necrotério, engenharia clínica, rouparia, central de vácuo. Edifício Garagem: quatro pavimentos de estacionamento com 191 vagas cobertas e 71 vagas descobertas, totalizando 262 vagas.

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CASE Instituto Nacional de Câncer

Maior campus público de tratamento de câncer da América Latina O projeto gerenciado pelo Consórcio MHA/RAF empregou soluções atuais que beneficiam o meio ambiente 24

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O Campus Integrado do INCA, mais moderno centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer do país, vai concentrar, em um só lugar, as áreas de pesquisa, assistência, educação, prevenção, vigilância e detecção precoce da doença.

O

consórcio MHA/ RAF venceu a licitação internacional para elaboração do projeto do novo Campus Integrado do INCA (Instituto Nacional de Câncer) e ficou responsável pela concepção da reforma e ampliação do Campus. Dada a complexidade do empreendimento foram contratados pelo consórcio mais de 20 especialistas que prestaram consultoria em diversas áreas. O Campus Integrado do INCA, mais moderno centro de desenvolvimento científico e de inovação para o controle do câncer do país, vai concentrar, em um só lugar, as áreas de pesquisa, assistência, educação, prevenção, vigilância e detecção precoce da doença desenvolvida pelo Instituto Nacional de Câncer. O projeto teve início em 2010 e prevê a transfor-

mação dos 33.000m² de um edifício pré-existente em uma sede renovada de aproximadamente 148.000m², com instalações flexíveis, manutenção facilitada e segurança de funcionamento. Além da construção do novo complexo, está prevista a manutenção e valorização do atual prédio do HC1, que será reformado e requalificado. O novo centro cirúrgico contará com 14 salas de cirurgia de grande porte e duas salas preparadas para robótica e procedimentos minimamente invasivos. Tendo em vista que o INCA é um ambiente de formação para profissionais de oncologia, as instalações receberão sistemas e estruturas de alta tecnologia que permitirão avanços nas pesquisas e na qualidade do atendimento do Instituto. Assim,

transmissões médicas interativas poderão ser feitas da sala de cirurgia para qualquer lugar do mundo. Outra inovação estética e também de valor simbólico será a construção do Bloco D que receberá laboratórios devidamente projetados para o trabalho de pesquisadores. Para a elaboração deste ambiente, foi proposta a instalação de paredes de vidro, para que o público possa olhar os pesquisadores e imaginar que, ali, estão trabalhando para que novas descobertas sejam feitas para o controle do câncer no país. O Campus também estará equipado com auditórios e salas de conferências e de reuniões, para viabilizar a produção de conhecimento que é feita no Instituto. A facilidade de circulação dentro do Campus InteHealth ARQ

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CASE Instituto Nacional de Câncer

grado também vale ser destacada. A praça central trará um ambiente agradável para quem circulará no Complexo, estando totalmente integrada com todos os blocos e será possível se deslocar tanto horizontalmente quanto verticalmente. Uma vez dentro de um dos blocos, o usuário não precisará descer e subir novamente para chegar a qualquer um dos pontos do Campus. Um grande e acolhedor pátio interno, de dimensões reais de uma praça é o ponto de partida para a

concretização deste conceito. A nova praça será aberta à população e permitirá aos pedestres cruzar a quadra, integrando socialmente Instituto e cidade. O acesso aos blocos poderá ser feito por todas as ruas do quarteirão. Os layouts foram montados obedecendo aos espaçamentos estruturais, com espaços previstos para a montagem futura do Ciclotron. Os prédios na vertical foram totalmente explorados permitindo o máximo que os gabaritos poderão permitir, sendo que o ter-

reno, em conjunto com o prédio já existente, ocupa um quarteirão inteiro. Trata-se de uma obra bastante focada na sustentabilidade, assim uma série de ações previstas no projeto utiliza o conceito como premissa: canteiro de obras de baixo impacto, cobertura verde, uso de tintas a base de água nas áreas internas, elevadores inteligentes, torneiras com temporizador de vazão e arejadores, vasos sanitários com válvula de duplo fluxo, reuso de água, valorização da

iluminação natural, lâmpadas de alta eficiência e baixo consumo, coleta seletiva de lixo e gestão de resíduos, coletor solar para pré-aquecimento da água, células fotovoltaicas para geração de energia elétrica, pavimentação drenante, proteção solar nas fachadas, etc. Estes sistemas e funcionalidades são integrados ao projeto para proporcionar não só a gestão de energia altamente eficiente, mas ao mesmo tempo permitir a seus ocupantes maior conforto e qualidade de vida.


SOBRE O INCA O INCA presta assistência médico-hospitalar direta e gratuitamente a pacientes com câncer. Atua, ainda, em áreas estratégicas, como prevenção e detecção precoce, formação de profissionais especializados, desenvolvimento da pesquisa e geração de informação epidemiológica em todo o Brasil. Após a conclusão da ampliação, o INCA deverá se tornar o maior campus público de tratamento de câncer da América Latina.

ALGUNS DADOS SOBRE AS INSTALAÇÕES

22,25 MVA de carga de transformadores instalada; 11,00 MVA de geradores a diesel; 1,34 MVA de no-breaks; 3.820 TR’s do sistema de ar condicionado; 1.020 m² de placas solares para o sistema de geração de água quente; 440.000 litros de reservação de água potável; 1.112.000,00 litros de reservação de água de reuso; 9.000 pontos de transmissão de voz e dados.

MHA e Instituto Nacional de Câncer Parceria Premiada

PROJETOS DE ENGENHARIA E GERENCIAMENTO DE OBRAS Projetos de Engenharia Instalações elétricas • Instalações eletrônicas • Instalações hidrossanitárias • Instalações de prevenção e combate a incêndios • Instalações de telecomunicações • Processos • Climatização • Instalações de utilidades • Instrumentação • Automação - BMS • Civil - Concreto e Metálica

Gerenciamento de Obras Planejamento e controle de prazos • Orçamento e controle de custos • Coordenação de engenharia • Suprimentos • Gerenciamento de obras • Gestão de riscos

ISO 9001

ISO14001

OHSAS 18001

São Paulo Avenida Maria Coelho Aguiar 215 Bloco F 8° andar Centro Empresarial de São Paulo 05805-000 São Paulo SP Brasil tel +55 11 3747 7711 fax +55 11 3747 7700 www.mha.com.br mha@mha.com.br

INCA - Instituto Nacional de Câncer Rio de Janeiro RJ

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FLEXIBILIDADE

Sustentabilidade em uma obra inteligente Atualmente com 12.190 m² de área construída, Hospital Unimed de Sorocaba crescerá 7.418 m² com a ampliação

A

característica mais marcante do Hospital Unimed de Sorocaba é a disposição de sua construção, um edifício horizontal com serviços e setores segmentados em blocos interligados através de corredores definidos. A Fiorentini Arquitetura de Hospitais foi responsável por todos os projetos de arquitetura deste prédio, cuja

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Health ARQ

obra, totalmente flexível, foi concebida com autonomia para futuras ampliações horizontais ou verticais, inclusive a ampliação do Bloco H é a primeira verticalização da construção. Um estudo minucioso foi desenvolvido junto a uma comissão de obras, composta por médicos, diretores, colaboradores da cooperativa e pelo

engenheiro consultor José Augusto Gavazza, da Gavazza Engenharia. Para a execução da obra, que está em sua quinta ampliação e abrange os Blocos H (internação e laboratório) e Bloco I (átrio), diversas empresas de renome, muitas com expertise na área de construção hospitalar, foram convidadas, como a Arqmate Consultoria


Especializada, a Merighi Neto Engenharia, a Gavazza Engenharia e a própria Fiorentini Arquitetura de Hospitais. A nova ala no Bloco H, designada para a instalação dos serviços de internação e laboratório, será anexa à ala de internações, em uma área de 7.000m² que abrigará 4 pavimentos. O novo bloco abrigará em seu pavimento térreo 22 apartamentos, com um leito cada, e no primeiro e segundo andares, 21 quartos de enfermaria cada, totalizando 84 leitos. O atendimento permanecerá no térreo, enquanto o novo subsolo abrigará os serviços técnicos de análise clínica e anato-patológica do Hospital. No Bloco I será construído um novo átrio de 418 metros quadrados, que será anexado à atual

recepção principal. A obra em sua plenitude já demonstra a flexibilidade da estrutura em possibilitar sua execução sem interromper as atividades do Hospital, inclusive esta expansão, especificamente, já estava prevista no plano diretor. Para a concepção do projeto arquitetônico as dificuldades de adequação no terreno foram previamente identificadas, dando embasamento aos projetistas e permitindo a otimização de soluções com melhor planejamento executivo e segurança da obra. O maior desafio neste caso foi coordenar projetistas e o calculista estrutural na busca de soluções para contenção das fundações dos prédios adjacentes, tornando a execução da obra segura e sem comprometimento das estruturas já existentes.

Health ARQ

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FLEXIBILIDADE

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

OBRAS O gerenciamento e fiscalização técnica das obras são efetuados pela Engenharia Hospitalar da UNIMED, sob a supervisão e consultoria da Gavazza Engenharia.

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Health ARQ

A Merighi Neto Engenharia, sob a supervisão e consultoria técnica da Gavazza Engenharia desenvolveu o modelo estrutural de concreto armado desde as fundações até as coberturas e contenções do solo. Além de um amplo estudo para o aperfeiçoamento dos materiais utilizados no concreto armado, itens técnicos fundamentais na execução de projetos deste tipo, o trabalho foi complementado com o uso de softwares de última geração, modelagem eletrônica da estrutura, cálculo estrutural, planilhas e muito estudo para a elaboração dos desenhos técnicos. Durante a realização do trabalho na estrutura da construção a equipe teve


extremo cuidado com o controle de ruídos e vibrações provenientes de equipamentos. Antes do início das obras houve o cuidado em readequar interferências como instalações elétricas, tubulações de água potável e rede de esgoto, e isolamento da área. O planejamento hidrosanitário, sobretudo no Bloco H, contempla uma rede de captação de águas pluviais que são destinadas à irrigação dos jardins. As bacias sanitárias contemplam uma rede hidráulica diferenciada independente, que no futuro poderá receber água tratada de reuso. O gerenciamento e fiscalização técnica das obras são efetuados pela Engenharia Hospitalar da UNIMED, sob a supervisão e consultoria da Gavazza Engenharia.

TECNOLOGIA O trabalho foi complementado com o uso de softwares de última geração, modelagem eletrônica da estrutura, cálculo estrutural, planilhas e muito estudo para a elaboração dos desenhos técnicos.

Health ARQ

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FLEXIBILIDADE

VENTILAÇÃO E ILUMINAÇÃO NATURAL o design proposto pela arquitetura e atendendo as normas técnicas e de desempenho. Foi utilizado um sistema stick em estrutural glazing, onde os módulos de vidro são colados com silicone estrutural no quadro de alumínio e fixados na estrutura da fachada com presilhas e parafusos de aço inoxidável. A vedação do sistema é feita em três planos com borrachas vulcanizadas. O sombreamento na

fachada é proporcionado por brises de ACM, que foram desenhados especificamente para esse projeto e são fixados na própria estrutura da fachada. Optou-se pelo uso de vidro laminado de controle solar na cor prata para proporcionar conforto ao usuário. Todo o conceito foi cuidadosamente proposto pela Fiorentini Arquitetura, fazendo do projeto um belo exemplo de arquitetura flexível e sustentável.

Grupo Mídia

No interior do prédio foi proposta a utilização de muita ventilação e iluminação natural e jardins internos e externos, enquanto para o acabamento do átrio, toda a fachada foi concebida em alumínio e vidro, com brises na própria estrutura do caixilho. A Arqmate, que executou a consultoria em projetos de esquadrias, projetou esse grande envoltório em alumínio com altura de 11,50m, respeitando

FUNCIONALIDADE. SOLUÇÃO. INOVAÇÃO.



FLEXIBILIDADE

Sistemas Construtivos Projeto de ampliação do Hospital e Maternidade Dr. Cristóvão da Gama construído na década de 50 prevê ações sustentáveis e ambientes mais flexíveis

O

edifício do Hospital e Maternidade Dr. Cristóvão da Gama, em Santo André, atualmente passa por um processo de ampliação e readequação de seus espaços. A reforma do antigo prédio, projetado na década de 50, visa a ampliação dos espaços, o aumento no número de leitos e a otimização das áreas existentes e de suas instalações. Além disso, o projeto também prevê a construção de um novo prédio adjacente, ligado ao antigo. O projeto tem como grandes diferenciais a utilização de sistemas construtivos que permitem a flexibilização dos espaços e de diversos conceitos de sustentabilidade. A reorganização da estrutura inicial prevê a

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adequação para futuras expansões, e a execução propôs o trabalho de prumadas verticais, shafts, para todas as instalações de hidráulica, elétrica, ar-condicionado e gases. As paredes divisórias internas são todas em drywall, garantindo versatilidade aos ambientes. O pé direito entre lajes com 3,60m e a estrutura de vigamento foram dispostos com o intuito de liberar a circulação horizontal das instalações sobre o forro mineral dos corredores principais, permitindo assim a completa adaptação para novas atividades. No quesito sustentabilidade, o projeto agregou diversos conceitos, fazendo a utilização de um sistema de coleta de águas fluviais para reuso, priorizando o aqueci-

mento solar como fonte de energia, utilizando o sistema de condicionamento de ar VRF e fazendo o uso somente de revestimentos cujo processo de fabricação comprove a baixa emissão de carbono. O projeto luminotécnico prevê o máximo aproveitamento de luz natural, com a instalação de brises para controle de luminosidade e luz solar e a utilização de vidros low-e com alto índice de controle de reflexão e controle de radiação. Nos ambientes com pouca claridade serão utilizadas lâmpadas leds e fluorescentes de baixo consumo de energia. A expansão, projetada pelo arquiteto Gustavo Pinto da GP Arquitetura, deve se concretizar em março.


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PAISAGISMO

Frescor, beleza e vida O

projeto de paisagismo realizado em sintonia com o conceito de humanização traz frescor, beleza e vida ao ambiente hospitalar. Além disso, técnicas de paisagismo de áreas externas e internas também contribuem com o conceito de sustentabilidade, por exemplo, através da utilização de recursos naturais para iluminação e regulagem de temperatura. Assim, inúmeras são as vantagens para as Instituições de Saúde, em investir em bons projetos paisagísticos. Em entrevista para a HealthArq, o paisagistas Benedito Abbud responsável por projetos em grandes hospitais brasileiros como o Hospital Samaritano, de São Paulo, esclarece alguns dos benefícios que projetos paisagísticos levam aos hospitais. 36

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HOSPITAL SAMARITANO O paisagista Benedito Abbud desenvolveu o paisagismo interno e externo do Hospital Samaritano. Já na calçada, o jardim composto por muitas plantas, dão as boas-vindas a pedestres e motoristas. Licualas, dracenas e dasylirion recepcionam todos com elegância e conforto.

HealthArq: Quando e como o paisagismo passou a fazer parte do projeto arquitetônico das Instituições de Saúde? Benedito Abbud: Já faz algum tempo que surgiram os primeiros projetos paisagísticos nesses locais, mas nos últimos quatro anos eles vêm se tornando mais fortes e constantes. Algumas instituições aproveitam a hora de se fazer uma reforma, para incluir a novidade. Nos demais casos, os novos projetos já incluem o jardim como algo necessário. Até mesmo laboratórios e consultórios estão investindo em projetos paisagísticos, pois perceberam que a presença das flores, plantas e cores dão mais aconchego e fazem com que as pessoas se sintam mais à vontade, sem a sensação ruim de estarem passando por corredores sem fim e muito monótonos.

HealthArq: Sendo assim, que técnicas paisagísticas são usadas para dar conforto e sensação de aconchego ao ambiente hospitalar? Abbud: Basicamente, as técnicas usadas em projeto paisagístico em hospitais são as mesmas usadas nos demais projetos. Como a finalidade é transmitir bem-estar e conforto, faz-se muito o uso de soluções que diminuem o calor, como o teto verde, ou o sistema que irriga por capilaridade, conhecido como Tec Garden. Um sistema muito simples e que pode ser usado sobre estacionamentos, por exemplo. A finalidade é aproximar a natureza do hospital, laboratório, clínica ou consultório. HealthArq: O que o paisagismo em hospitais prioriza? Abbud: Como a maioria

dos jardins concentra-se nas áreas externas, na recepção e terraços, ambientes muito frequentados, utiliza-se muito o recurso de espelho d’água com peixes, além de uma vegetação capaz de atrair borboletas, com bancos, árvores frutíferas e até mesmo bebedouros Health ARQ

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PAISAGISMO e comedouros que, com certeza, atraem também muitos pássaros. Quando se trata de ambientes pequenos, a solução é ampliar a sensação de verde, o que dá uma continuação da vegetação. Nesse caso é muito comum forrar as paredes dos muros com trepadeiras ou até mesmo fazer um jardim vertical. HealthArq: Quais são as vantagens provenientes do uso dessas técnicas? O que elas agregam à estrutura do hospital? Abbud: Bem-estar e contato com a natureza. Quando as pessoas estão num hospital, normalmente o momento é de apreensão e tristeza. Daí a importância de um projeto paisagístico nesses espaços, pois é possível, sim, criar locais de descontração, afinal é uma maneira dos pacien-

tes, acompanhantes e visitantes se aproximarem um pouco mais da natureza. Assim, acredito que o paisagismo pode influenciar muito na melhora do humor e fornecer um pouco de alegria, principalmente nos momentos de sensibilização. Ultimamente tenho feito muitos projetos para hospitais. Independente da religião, as pessoas, que nesse caso estão sensíveis, procuram a presença de uma força maior. E estar em contato com os pássaros, as flores e até mesmo com a presença de pequenos animais, como os esquilos, lhes dá força para encarar o problema. HealthArq: Além dessas técnicas, seus projetos paisagísticos têm alguma particularidade? Abbud: Na maioria dos casos eu costumo elabo-

rar capelas ou um local externo que serve para reflexão. Em torno desses locais é introduzida muita vegetação e até mesmo um lago, no qual o som da água e a presença dos peixes transmitem ainda mais tranquilidade, auxiliando na humanização hospitalar. Além disso, esses elementos minimizam a poluição sonora das vias públicas, ou seja, dos carros e suas buzinas. HealthArq: Dessa forma, além da humanização, o trabalho de paisagismo interage com práticas sustentáveis, correto? Abbud: Totalmente. É indispensável unir ambas as coisas. Criar soluções que amenizem o barulho externo, diminuam a sensação de calor e economizem água, por exemplo, são essenciais em qualquer pro-

O paisagista Benedito Abbud

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jeto e um dever de todos. HealthArq: Por se tratar de jardins em ambientes hospitalares, há algum cuidado na escolha do tipo de vegetação? Abbud: Sim. Plantas e flores tóxicas e com espinho não são recomendadas. Por outro lado, pode-se abusar de plantas frutíferas como a pitangueira, jaboticabeira e a uvaia. HealthArq: Em que projeto paisagístico você esteve envolvido recentemente e qual seu maior diferencial? Abbud: Cada projeto é único e especial. Cada um tem sua identidade. Trabalhei recentemente junto ao Hospital Samaritano, cujo projeto tem na união entre beleza e sustentabilidade seu maior diferencial.


O futuro se constrói com muito mais saúde Com mais de 20 anos de experiência na construção de hospitais de médio e grande porte, a Tratenge baseia cada um dos seus projetos em alta qualidade, cumprimento dos prazos e preços compatíveis. Além dos serviços de manutenção hospitalar e gestão de obras, a Tratenge é pioneira no modelo de parcerias público-privadas na área da saúde. Para nós, a administração pública de sucesso é aquela que oferece saúde de qualidade.


ILUMINAÇÃO

Lighting Design leva conforto ao ambiente hospitalar C

ada vez mais, construções na área da saúde incluem em seus projetos o trabalho de Lighting Design como ferramenta para sintetizar decoração e otimizar o trabalho interno, visto que dentre outras características, a técnica humaniza o 40

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ambiente hospitalar. Isso porque, além de sua característica decorativa, a técnica agrega aos sistemas de iluminação modernos e eficientes, o fator humano, já que o uso da luz é privilegiado para dar resposta emocional ao usuário de forma positiva.

De acordo com a arquiteta e designer Neide Senzi, responsável por grandes projetos do gênero no setor hospitalar, a luz tem grande papel na reação emocional, e além do impacto visual pode trazer relaxamento ou desconforto.


HOSPITAL SANTA CATARINA De acordo com Neide Senzi, o forte deste projeto foi a conciliação da técnica da luz e seus aspectos emocionais, em que a luz tem papel fundamental no bem-estar do usuário. Assim, iluminar bem é dar respostas emocionais às pessoas, para que elas se sintam bem nestes ambientes que são de forte reação de estresse, tensão, dor e expectativas em relação ao espaço hospitalar. Portanto, a luz pode promover a quebra desta ansiedade e gerar um resultado visual e estético compatível com a ambientação que acaba acarretando em ambientes aconchegantes e de relaxamento.


ILUMINAÇÃO

CONFORTO VISUAL

Hospital Vitória

Dessa forma, a luz pode validar o conforto visual aos ambientes médicos, primando pelo bem-estar do paciente e do corpo clínico, afinal um ambiente iluminado de forma adequada, além de proporcionar conforto à visão, gera um aumento na produtividade conforme a escolha de lâmpadas com a repro-

dução correta das cores. “Essas reações associadas aos ambientes direcionados à assistência à saúde, no qual a carga emotiva das pessoas está exacerbada, o bom uso da luz se torna fundamental para diminuir a tensão, transmitindo paz, aconchego e agradabilidade ao ambiente”, explica a arquiteta.

ao padrão e à sua imagem corporativa. “A fachada bem iluminada com destaque aos elementos da arquitetura e respeitando o limite do edifício traz como benefício a criação de uma referência urbana, exemplo bem evidente no Hospital Santa Catarina, que se destacou do entorno com elegância e charme”, explica Neide.

História - O processo de inserção da técnica de Lighting Design no Brasil vem ocorrendo gradativamente ao longo dos últimos 30 anos. Há 15 anos a profissão se consolidou e hoje é bastante comum a contratação de profissionais especializados para desenvolver o projeto de iluminação em grandes obras.

VALOR TÉCNICO Além dessa preocupação quanto ao conforto de médicos e pacientes, um bom projeto de iluminação agrega valor técnico à estrutura dos hospitais, uma vez que o uso da luz de forma eficiente proporciona melhor custo benefício na implantação e manutenção das instalações, sobretudo no ambiente hospitalar,

onde, segundo Neide Senzi, o custo operacional de iluminação e energia costuma ser bastante representativo na receita total. Já para a estrutura externa dos edifícios projetados para o funcionamento de hospitais, clínicas e institutos de saúde, a técnica Lighting Design gera um impacto estético e visual associado

A arquiteta e designer Neide Senzi, responsável por grandes projetos de Lighting Design no setor hospitalar

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HUMANIZAÇÃO

Inteligência e humanização N

o final de 2011 o Hospital das Clínicas de São Paulo entregou as Salas Inteligentes e a Unidade de Internação Humanizada, ambas instaladas na Unidade de Urologia. O projeto, que foi gerenciado pela Schahin Engenharia com projetos da Bella Arquitetura e executado pela NNS Construtora, recebeu um investimento total de 8 milhões e não restringiu-se à adequação das áreas dedicadas aos pacientes. 44

Health ARQ

Reestruturou-se também a área restrita aos colaboradores, visando também o bem-estar de funcionários, médicos e alunos. A nova empreitada teve como maior desafio a transferência de todo um conceito de tecnologia de ponta e estrutura de alto nível para a rede pública, concretizado numa instituição do porte do HC, um dos maiores hospitais do país. Para a execução desse projeto foi necessário identificar as necessidades reais da estrutura inicial

e adequá-las conforme o alto nível de avanço proposto pelas novas salas. Assim, além da compra de equipamentos, foi necessária uma reestruturação nas instalações de gás, elétricas, sistemas de ar e de TI. As salas inteligentes receberam este nome devido à integração de todos os equipamentos médicos que geram imagens com os diversos monitores em seu interior e no auditório. Sendo assim, o operador de imagens ou até mesmo o próprio cirurgião

pode alternar imagens do equipamento de anestesia, microscópio cirúrgico, aparelho de radiologia, câmera laparascópica ou até mesmo as câmeras ambientes para qualquer monitor do sistema. Ainda durante a execução do projeto foi feita a previsão para a instalação da robótica, ou seja, a instalação elétrica já foi concebida com toda a infraestrutura para a fiação. Para receber a robótica foram necessárias algumas adaptações. A sala


UNIDADE DE INTERNAÇÃO HUMANIZADA maior de cirurgia teve suas dimensões ampliadas e adequadas à instalação do robô Da Vinci. O centro cirúrgico recebeu um acabamento de padrão elevado com portas e batentes em aço inox automatizadas e piso revestido em granito nas áreas que antecedem a barreira. Seu interior recebeu manta vinílica, e nas salas de cirurgia manta condutiva apropriada. Mais uma vez, a iluminação através de fitas de led foi eleita como ferramenta para efeito visual, possibilitando a mudan-

TEL: (11) 4618.37.46 CEL: (11) 9657.40.55 www.bellaarquitetura.com.br e-mail: acbh@uol.com.br

ça de tonalidade da luz conforme a necessidade do cirurgião. O sistema instalado, chamado de RGB, é acionado por controle remoto e permite ao usuário a escolha da cor das luzes. Uma das salas possui um anfiteatro anexo para o acompanhamento dos procedimentos pelos alunos. A mesma recebeu um complexo sistema de áudio e vídeo que possibilita a interatividade através de vídeo conferências e da transmissão dos procedimentos em tempo real para qualquer lugar do planeta.

A concepção da unidade trouxe uma nova proposta para o ambiente hospitalar, distinta das internações padrão, aliando o conforto e bem-estar nas instalações à fluidez do atendimento. Todos os quartos possuem televisões de LCD, camas elétricas e câmeras ligadas ao posto de enfermagem, gerando segurança e agilidade no atendimento. Alguns diferenciais na utilização de cores, madeiras e o uso de painéis, atuaram como aliados na humanização dos ambientes. As portas trazem mosaicos em

marchetaria, que tiveram continuidade no corredor. Os ambientes receberam luminarias de leitos individuais embutidas sobre as cabeceiras. Finalizando com requinte e sofisticação, todo o piso da Unidade foi revestido em porcelanato, trazendo um toque de suavidade ao ambiente, enquanto os quartos receberam acabamento em laminado melamínico de móveis e paredes, que serviu como recurso para aquecer o espaço, tornando-o também mais claro e iluminado.

Arq. Ana Cláudia Bella H. Mráz 15 anos de experiência em arquitetura para hospitais, clínicas, laboratórios e consultórios


Foto: Humberto Nicoline/PJF

SUSTENTABILIDADE

Arquitetura mais do que sustentável O

futuro Hospital Regional de Urgência e Emergência de Juiz de Fora já nasce como referência em sustentabilidade, com um projeto arquitetônico moderno, baseado no selo LEED, desenvolvido para uma topografia plana e em área de fácil acesso. A obra é um investimento de R$100 milhões, realizada com recursos do governo de Minas e tem a entrega prevista para o segundo semestre

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de 2012. A nova unidade hospitalar funcionará como núcleo central da rede de atenção à saúde, dando sustentação ao atendimento de alta complexidade e o suporte apropriado a toda a rede de urgência e emergência. Ao todo, serão nove salas de cirurgia, ampliando em 200% o atendimento neste quesito. A nova unidade vai representar ainda, um aumento superior a 8% no número de leitos. A Diedro Construções é a

responsável pelo gerenciamento de obras através do engenheiro Iliseu Gerhadt, englobando tanto as atividades de construção civil e instalações quanto de todo o processo de adequação da obra para a obtenção da Certificação Verde. Enquanto isso, fica a cargo da equipe técnica da Secretaria de Obras da prefeitura de Juiz de Fora acompanhar e fiscalizar a obra. O empreendimento, ocupará uma área total de 25.000m², totalizando 250


A obra teve início em janeiro de 2010, tendo os serviços de fundação, blocos, cintas e superestruturas concluídos um ano depois. Atualmente estão em andamento as partes de fechamentos em alvenarias, cobertura, revestimentos internos e externos, instalações em geral e pavimentação externa.

O projeto de arquitetura sustentável prevê a otimização dos recursos naturais, desde o aproveitamento das águas pluviais até a melhor utilização da energia solar e da luz natural. Para isso, a disposição do Hospital no terreno foi levada em conta desde a concepção do projeto arquitetônico, possibilitando assim um melhor aproveitamento de iluminação e ventila-

ção natural, reduzindo os custos com energia. A obra teve início em janeiro de 2010, tendo os serviços de fundação, blocos, cintas e superestruturas concluídos um ano depois. Atualmente estão em andamento as partes de fechamentos em alvenarias, cobertura, revestimentos internos e externos, instalações em geral e pavimentação externa.

Foto: Humberto Nicoline/PJF

leitos, sendo 40 de Unidades de Tratamento Intensivo (UTI´s), e abrigará ainda a nova sede do SAMU. Serão quatro blocos interligados e dispostos conforme os processos de atendimento, que abrigarão os seguintes setores: serviços e expansão (bloco A), administração e enfermarias (bloco B), diagnóstico e UTI´s (bloco C); e emergência e centro cirúrgico (bloco D). A distribuição interna estabelecida pela arquitetura, com a divisão de cada área em setores, propiciará rapidez ao atendimento e dinamismo à rotina do Hospital, cujos blocos estarão interligados por passarelas, facilitando também a movimentação interna. A configuração assistencial será a seguinte: Urgência e Emergência, Exames por Imagens e Gráficos; Centro Cirúrgico; Internação Intensiva e Semi-intensiva e Internação Geral (Pediatria, AVC, Clínica Médica e Cirúrgica).

Health ARQ

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Foto: Humberto Nicoline/PJF

SUSTENTABILIDADE

SELO VERDE Várias etapas do processo construtivo foram diferenciadas para a garantia do selo como o uso de um sistema de drenagem de detritos para contenção de poluição no ambiente externo; a separação de todo o entulho para a sua reincorporação à obra ou encaminhamento para locais de reciclagem e a utilização obrigatória de madeira de reflorestamento.


CERTIFICAÇÃO LEED critérios a seguir. A certificação é dada posteriormente à finalização da obra, uma vez que os auditores precisam acompanhar sua execução para confirmar que os requisitos foram fielmente seguidos”, afirma Nelson Boechat, coordenador de Sustentabilidade da Diedro. Dessa forma, foram seguidas diversas especificações como a melhoria da eficiência energética, com a utilização de materiais de comprovada capacida-

de de economia de energia elétrica sem perda de eficiência. Além disso, várias etapas do processo construtivo foram diferenciadas como o uso de um sistema de drenagem de detritos para contenção de poluição no ambiente externo; a separação de todo o entulho para a sua reincorporação à obra ou encaminhamento para locais de reciclageme a utilização obrigatória de madeira de reflorestamento em todos os serviços em que seu uso

é solicitado, como esquadrias, bate-macas, bancadas, etc. Todo o material responsável pela emissão de VOC (Compostos Orgânicos Voláteis) como tintas, solventes e resinas tem sua quantidade controlada, diminuindo assim a liberação do composto para a camada de ozônio. Além das especificações para a Certificação LEED, todas as medidas foram propostas em acordo com a normatização da ANVISA para obras na área da saúde.

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Situado no bairro de São Dimas, Região Norte da cidade de Juiz de Fora, o novo Hospital teve a concepção de seu projeto elaborada conforme os padrões internacionais de sustentabilidade, para obtenção da Certificação LEED. O certificado é concedido às edificações que contemplem processos e produtos sustentáveis em seu planejamento e execução. “Para a obtenção do selo há uma série de

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SUSTENTABILIDADE

Em busca do selo verde Através da construção de um novo hospital na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, a Unimed busca o selo verde da certificação Leed, categoria New Construction 50

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I

dealizado como peça central no processo de verticalização e reestruturação da rede própria de atendimento da cooperativa médica Unimed, o projeto de construção do Hospital Unimed Barra, no Rio de Janeiro, idealizado pela RAF Arquitetura, tem como uma de suas principais metas, conquistar a

certificação de construção sustentável. Para isso, a Instituição busca o selo verde da certificação Leed, categoria New Construction, concedida a novas construções sustentáveis pela ONG Americana USGBC (U.S. Green Building Council). Várias ações estão previstas no projeto arquite-

tônico para tal objetivo: “A adoção dos princípios de sustentabilidade respeita as exigências funcionais do programa hospitalar previamente elaborado e as diretrizes técnicas e arquitetônicas em busca do melhor desempenho na “vida” do edifício”, revela Flávio Kelner, da RAF Arquitetura. Health ARQ

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SUSTENTABILIDADE

RECURSOS SUSTENTÁVEIS O projeto prevê o reaproveitamento de água, racionamento de energia, entre outros procedimentos, seguindo todas as especificações para a certificação junto ao Leed.

LINGUAGEM CONTEMPORÂNEA Com um conceito arquitetônico de linguagem contemporânea, o projeto traz como partido estético, uma fachada que funciona como “espelho” dos usos internos, traduzidos no aspecto visual do edifício. O núcleo central – acesso e recepção – é articulador entre os blocos e tem em sua fachada norte, a inserção de elementos sombreadores sobre o vidro, 52

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gerando um espaço de luz e conforto ambiental. O bloco de hotelaria é formado por um conjunto de varandas e sacadas gerando uma tipologia de caráter residencial e o bloco de alta complexidade é formado por volumes interpostos com “rasgos” em fita nas áreas de iluminação e ventilação específicas, gerando um elemento de forte presença e percepção.


INTEGRAÇÃO segundo será destinado à hotelaria. Os blocos estão interligados por um núcleo central de circulação e atendimento, que concentrará os principais fluxos interno/ externo. O terceiro bloco terá instalada toda a central de utilidades: abastecimento de água, geradores e cisterna do hospital. Enquanto o subsolo será um grande pavimento de apoio técnico e logístico onde estarão concentrados todos os serviços de suporte ao funcionamento da Instituição.

ESTRUTURA As novas instalações ocuparão uma área aproximada de 30.000 m². Do total de 216 leitos, 147 serão distribuídos em quartos de internação: quatro para isolamento, quatro para obesos, 14 para a maternidade, sete para internação pediátrica e 111 para internação individual (sendo quatro deles suítes). Os 69 leitos restantes serão destinados ao CTI, sendo quatro de UTI pediátrica

(um de isolamento), 19 de UTI adulto (dois de isolamento), 11 de Unidade Intermediária (um de isolamento), 11 de UTI Pós-operatório, 14 de UTI Coronariana (um de isolamento), 10 de UTI Neonatal. A estrutura para alta complexidade contará com cinco salas cirúrgicas para casos complexos, cinco salas cirúrgicas para casos mais simples e partos cirúrgicos e seis leitos de RPA.

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Além da preocupação quanto à conservação do meio ambiente, a integração é outro ponto crucial do projeto, já que o empreendimento será integrado a um Pronto Atendimento da Unimed inaugurado em 2010 na “vizinha” à Avenida das Américas, também importante artéria viária da Cidade. O prédio do Hospital é segmentado em três blocos com funções distintas: No primeiro bloco estão concentradas as atividades de alta complexidade, o

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SUSTENTABILIDADE

FICHA TÉCNICA Área de terreno: 18.600m² Área construída: 28.762,43m² Certificação: Leed – Selo Verde Consultoria em Certificação: Grupo Sustentax Data de início: Janeiro de 2009 Previsão de término: 2012 Plano Diretor Urbanístico: Decreto nº 3046 de 27 de abril de 1981 Estudo de viabilidade do local: RAF Arquitetura Engenharia responsável: SIG Empreendimentos Imobiliários Gerenciamento da obra: Classe A Engenharia Consultoria em legislação urbanística: RAF Arquitetura Fundação e contenções: Soma Engenharia Estrutura de concreto: Soma Engenharia Estrutura metálica: Abilitá Projetos Estruturais Arquitetura responsável: RAF Arquitetura Arquitetura de interiores: RAF Arquitetura Paisagismo: Sergio Santana Planejamento e Desenho da Paisagem Projeto de Elétrica e hidráulica: CEMOPE Consultoria e Projetos Execução de Elétrica e Hidráulica: PLANEM Engenharia Projeto de Climatização: DW Engenharia Execução do projeto de climatização: Star Center Luminotécnico: Senzi Lighting Soluções em Vidro/Alumínio: MB Serviços de Esquadrias Impermeabilização: GTI Projetos e consultorias Planejamento de elevadores: Donato Consultoria Técnica de Elevadores 54

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CLIMATIZAÇÃO A climatização e a automação predial de utilidades foram algumas das áreas que receberam atenção especial quanto ao uso sustentável dos recursos. Elaborado pela DW Engenharia, o projeto de climatização e automação, priorizou o cumprimento de todas as especificações para certificação junto ao Leed, através da adoção de conceitos modernos e do uso de equipamentos com alta eficiência.

De acordo com Danilo Werneck, da DW Engenharia, o projeto prevê o reaproveitamento das águas pluviais, além da utilização de vidros de controle solar, com coeficiente de sombreamento determinado, que permite que a luz do sol entre ao mesmo tempo em que controla a claridade e reduz o aquecimento otimizando o sistema e economizando energia.


PROCESSO DE REESTRUTURAÇÃO O processo de reestruturação da Unimed Rio de Janeiro iniciou-se com a concretização do Pronto Atendimento Barra. Além da construção do novo hospital, neste ano, a Unimed inaugurou unidades de pronto atendimento na Barra, em Copacabana e em Botafogo, além do Espaço “Para Viver Melhor”, que agrega programas de prevenção e gestão de saúde.

Anexo à Unidade de Pronto Atendimento, já em funcionamento, o Hospital será devidamente preparado e equipado para atender procedimentos de alta complexidade, buscando chegar ao patamar de centro de referência em pesquisa, desenvolvimento e até mesmo no ensino da Medicina, concretizando a nova era na prestação de serviços do grupo Unimed.

O arquiteto da RAF Arquitetura, Flávio Kelner

Parabenizamos o Grupo Unimed pela nova unidade Rio-Barra! Ficamos felizes pela oportunidade de aplicarmos na obra o que há de mais moderno no ramo da hidráulica. Faça como a Unimed, entre em contato conosco e veja como podemos ajuda-lo a otimizar o seu sistema de água quente ou fria.


CLIMATIZAÇÃO

Sistema Hidráulico Peça-chave para garantir a performance dos equipamentos de ar-condicionado

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ualquer que seja a construção é imprescindível que o projeto de climatização seja pensado desde a fase embrionária da obra, devendo o sistema hidrônico acompanhar a arquitetura do edifício em questão, garantindo a performance dos equipamentos de ar56

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-condicionado com melhor rendimento e baixo consumo de energia. De acordo com Hernani Paiva, diretor-geral no Brasil e América Latina da TA Hydronics, empresa que atua no segmento hidráulico de água quente e fria em mais de 50 países, a capacidade de

dimensionar corretamente e selecionar todos os componentes do sistema hidrônico desde o início leva a uma maior eficiência energética no final. “Dessa forma, um conjunto integrado de componentes projetados para fácil conexão torna a instalação mais rápida e sim-


ples. O conhecimento com que cada componente é desenvolvido permite o trabalho eficaz do sistema, garantindo a performance do que foi projetado”, acrescenta o diretor. Além disso, através de soluções hidráulicas inteligentes, otimiza-se a qualidade do clima interno do ambiente

promovendo conforto. Amplia-se ainda a eficiência do edifício aumentando, inclusive, seu valor monetário, já que há a redução no uso total de energia, resultando em aumento de receita. Vale ressaltar que o sistema de ar-condicionado consome, sozinho, cerca de 50% da energia de um edifício.

Sobre a TA Hydronics Há mais de 100 anos no mercado mundial, a TA Hydronics atua com soluções hidrônicas desde a concepção do projeto até o comissionamento. No Brasil, a empresa tem como clientes indústrias, hotéis e hospitais. Um de seus últimos trabalhos junto ao mercado de saúde vem sendo realizado junto ao Hospital Unimed Barra, que está em fase de construção no Rio de Janeiro e apresentará tecnologia hidráulica comparada aos melhores hospitais do país. Líder mundial em balanceamento hidrônico, a empresa segue o slogan “Vantagem de Engenharia”, que se traduz em conhecimento técnico, em otimizar projetos e reduzir custos iniciais e de longo prazo. “Nos certificamos de que necessidades específicas são satisfeitas com a cuidadosa escolha de

componentes que possam trabalhar perfeitamente juntos. Estes componentes podem ser pré-definidos, o que economiza tempo de instalação. Sua alta qualidade e confiabilidade se traduzem em menores custos no ciclo de vida e em uma capacidade de oferecer conforto com eficiência para os próximos anos”, revela Paiva. Priorizando sempre a qualidade de serviços, a TA Hydronics preconiza que seus profissionais sejam os melhores do mercado e faz isso através do Hydronic College (programa de capacitação técnica). “Todos os nossos colaboradores participam continuamente de treinamentos e são testados sobre aquilo que aprenderam. Isto garante que o cliente sempre possa aproveitar os benefícios de uma equipe especializada”, conclui o diretor.

PROGRAMA DE SEMINÁRIOS A TA Hydronics tem um programa de seminários teóricos e práticos em uma larga escala de temas como: pressurização e qualidade da água quente e fria, balanceamento e controle.

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CLIMATIZAÇÃO

Sistema de ar e ventilação exclusivos Parâmetro Ar foi responsável pelo projeto estrutural dos sistemas de ar e ventilação do Amil Resgate Saúde Jardins 58

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Amil Assistência Médica Internacional conta com uma unidade do Amil Resgate Saúde no Bairro dos Jardins, em São Paulo. O prédio, com 1493m² de área construída e quatro andares, oferece um Pronto Atendimento adulto 24 horas para atendimentos de urgência e emergência. A unidade tem capacidade para realizar 12 mil consultas por mês, além de dois mil exames laboratoriais mensais. Com uma estrutura moderna e tecnologia avançada, o Amil Resgate Saúde Jardins atende diversas especialidades clínicas como cardiologia, pneumologia, ortopedia, entre outras. O projeto estrutural dos sistemas de ar e ventilação da nova unidade foi desenvolvido e executado pela Parâmetro Ar, que trabalha em parceria com a Amil há quatro anos e adaptou a concepção às características da obra. A execução

teve como maior desafio o alinhamento das diversas instalações ao layout estrutural do prédio, antigo, com pé direito muito baixo e pouco espaço útil para a implantação do sistema projetado. A instalação foi realizada de acordo com a técnica da expansão indireta-Chiller com condensação de ar e utilizou equipamentos resfriadores de água de última geração para o bom funcionamento da climatização da unidade sem exageros ou insuficiência de potência. Foram instalados condicionadores tipo Fan Coils modelos Cassetes e Hi Walls nos consultórios e recepção, com respectivas renovações de ar em todos os ambientes. Como preocupação sustentável o sistema instalado utilizou condensação a ar ao invés de torres de resfriamento, poupando assim a utilização de água para a refrigeração dos trocadores de calor. Health ARQ

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CLIMATIZAÇÃO

ESTRUTURA O Amil Resgate Saúde Jardins possui 10 consultórios, sete salas com leitos de observação para internações de média permanência, sala para colocação de gesso, sala de emergência, sala de raio-x e ultrassonografia, além de laboratório e farmácia. “O local é bem equipado e preparado para atender situações emergenciais. Além disso, todos os leitos contam com uma central de monitoramento

eletrônico, que permite que todo o corpo clínico acompanhe a situação dos pacientes enquanto atuam em outros atendimentos”, afirma Francisco Souto, médico e responsável pelo Amil Resgate Saúde. Para oferecer conforto e comodidade aos pacientes e acompanhantes, a unidade dispõe ainda de uma sala VIP, equipada com televisão, computadores com livre acesso à internet e ser-

viços de café. “Isso faz com que os pacientes fiquem mais à vontade e, consequentemente, diminui a apreensão de estar em um hospital ou pronto atendimento, muito comum neste tipo de situação”, complementa Souto. Para 2012 o objetivo é aumentar o escopo do atendimento e oferecer especialidades em cirurgia geral, cirurgia renal, neurologia entre outros.


AMIL RESGATE SAÚDE Pioneiro no país, criado em 1993, o Amil Resgate Saúde é um completo sistema de transporte aeromédico, que conta com profissionais de nível internacional e com unidades que são verdadeiras UTIs móveis. Também foi o primeiro em seu segmento a conquistar, em 2009, a Acreditação da Joint Commission International (JCI) — mais importante órgão certificador de serviços de saúde no mundo. Com cobertura em todo o território nacional, possui a mais moderna frota de ambulâncias, helicóptero e jato para a remoção de pacientes em estado grave, com problemas cardiológicos, neurológicos e com politraumatismos.

A Parâmetro Ar Condicionado e Ventilação vem há mais de 30 anos trabalhando no ramo de instalação, venda e manutenção de equipamentos de ar condicionado de todos os portes. Com uma equipe técnica capacitada e em constante atualização, oferecemos aos nossos clientes soluções justas e perfeitas que atendam com rapidez desde projetos para consumidor final até grandes industrias. Não deixe de nos consultar.

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CAPA Fundação Pio XII

Investimento em estrutura, pesquisa e tecnologia 62

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Mantenedora do Hospital de Câncer de Barretos, a Fundação Pio XII cresce rapidamente, expandindo o atendimento aos pacientes com câncer por todo o Brasil e investindo cada vez mais em pesquisa e tecnologia

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nstituída em 1967, a Fundação Pio XII é mantenedora de um dos maiores e melhores hospitais filantrópicos existentes no Brasil para o tratamento de pessoas com câncer, o conhecido e conceituado Hospital de Câncer de Barretos, que inicialmente tratava-se de um pequenino hospital. A demanda cresceu e gerou a necessidade de ampliação e, a partir da doação de uma área em 1989, teve início a construção de um novo hospital, inaugurado em 1991. Com o tempo, a Instituição tomou grandes proporções, com ajuda da comunidade, de artistas,

da iniciativa privada e da participação financeira governamental. Vinte anos depois tornou-se complicado explicar onde começa ou termina o Complexo do Hospital de Câncer dentro da cidade, tamanha a dimensão da área construída. A Instituição, hoje, ultrapassa as fronteiras do município, com a conquista de novos territórios e expande seu atendimento para a Região Norte do país, levando atendimento de qualidade para quem precisa. Atualmente o Hospital é o quarto serviço do mundo em excelência técnica oncológica.

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CAPA Fundação Pio XII

A SEDE A unidade principal da Fundação Pio XII tem sua área principal distribuída em 16 pavilhões. O Hospital sede vive em constante processo de crescimento e já passou por inúmeras reformas e ampliações, expandindo espaços pautado pelas diretrizes de um excelente Plano Diretor. O resultado do projeto audacioso e visionário de outrora, que previa uma estrutura flexível e bem elaborada, hoje são as condições de alteração e adaptação dos espaços conforme a necessidade vigente, sem interferir nas atividades das alas em funcionamento.

INSTITUTO COR-DE-ROSA O Instituto de Prevenção ao Câncer de Mama Avon faz parte do Instituto de Referência para Prevenção de Câncer Ivete Sangalo, um dos mais modernos centros de prevenção ao câncer da América Latina, voltado a outros tipos de câncer além do de mama, como o do colo uterino, próstata, digestivo, boca e pele. O espaço, que ocupa uma área de 2.5 mil metros quadrados, possui infraestrutura para atender 11 mil mulheres por mês, através da realização de exames clínicos, mamografias, ultrassom e biópsia, suporte para pesquisa, aconselhamento genético Biologia Molecular, além de oferecer uma avançada estrutura tecnológica para a realização de palestras, aulas e seminários em convergência digital.

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CUIDADOS PALIATIVOS E CONTROLE DE DOR O Hospital São Judas Tadeu é uma unidade designada para pacientes em recuperação. A equipe multiprofissional, junto aos colaboradores voluntários, faz da unidade um local onde a vida é vivida com alegria e de forma mais prazerosa até os últimos momentos.

TRATAMENTO INFANTIL O Hospital de Câncer Infantil, em fase de construção, será um centro especializado, com equipamentos de última geração e equipe multiprofissional altamente qualificada. Em busca de humanização e qualidade de vida, a unidade apresenta um projeto arquitetônico diferenciado e todo um complexo de entretenimento com atividades sociorrecreativas.

PESQUISA APLICADA O Centro de Pesquisa em Oncologia Molecular possui moderna infraestrutura, totalmente projetada para viabilizar o desenvolvimento de diferentes linhas de pesquisa em oncologia molecular aplicadas diretamente à prática clínica, beneficiando o paciente de câncer através de uma medicina personalizada.


CAPA Fundação Pio XII

Unidades externas e expansão interna Em entrevista para a HealthArq, o engenheiro Boian Petrov fala sobre como estão sendo projetadas as unidades externas do Hospital de Câncer e quais as principais obras de expansão em andamento no Complexo de Barretos.

HealthArq: A Fundação Pio XII começou a se expandir além do Complexo em Barretos, com a inauguração do Hospital de Câncer – Unidade Jales. O que o Hospital busca alcançar através dessa expansão? Boian Petrov: No início nós éramos contra a ideia de criar filiais, no entanto, a partir de 2006, o Hospital começou a ficar muito congestionado. As pessoas eram encaminhadas para cá sem controle. Deveriam vir casos guiados, casos mais complexos, mas atendíamos também casos mais simples, tornando nossa estrutura pequena. Assim, surgiu a oportunidade de expansão e nasceu a Unidade Jales. A partir daí, nós começamos a procurar parcerias e resolvemos criar outras filiais em outras cidades, as quais funcionarão como um ambulatório de 66

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“primeiras vezes”, de tratamentos simples, de cirurgias pequenas de pele, de quimioterapia e, também, de prevenção, que filtrarão essa população, descongestionando o atendimento em Barretos. HealthArq: O que representa para o Hospital de Câncer romper as barreiras geográficas e levar sua estrutura de qualidade para outros estados do Brasil? Boian Petrov: Com isso você desafoga aqui e também evita que esse paciente ande mais de dois mil quilômetros para vir tirar um tumor de pele, e aí só mandam os casos mais graves pra cá. Com isso, melhoramos o atendimento a esses pacientes. Nós desenvolvemos um protótipo, um prédio padrão de 1.800 m², para instalar nas cidades que abrigarão as filiais.

HealthArq: Então, a estrutura de engenharia e arquitetura levada para essas outras localidades segue um padrão? Boian Petrov: Sim. E isso é importante por causa da credibilidade. Você monta um serviço, como foi o caso de Jales, e eles (os pacientes) ficam todos resistentes. As pessoas queriam vir pra Barretos e não acreditavam muito no que tinha pra fora, mas depois de uns seis meses, nós começamos a repassar os casos simples da região de Jales, mandar daqui pra lá. Isso começou a funcionar, Jales é um hospital que começou a funcionar redondo agora. HealthArq: Além de Jales, que outras cidades receberão unidades? Boian Petrov: Já estão definidas as cidades de Porto Velho (RO) e Campo Gran-

de (MS). A unidade pioneira em Jales já realiza 80 radioterapias por dia, de 90 a 100 quimioterapias por dia, e várias pequenas cirurgias. Como localiza-se em uma área ampla, também abrigará em breve alas de internação, UTI e um centro cirúrgico (são quatro salas cirúrgicas, 40 leitos – sendo 10 infantis) passando do status da Unidade de Ambulatório para Hospital. Já as obras do ambulatório de prevenção de Porto Velho terminaram em janeiro. Agora em 2012 provavelmente começaremos a construir um ambulatório em Jiparaná (RO). Em Campo Grande, começamos as obras do ambulatório no fim do ano passado, graças à doação de R$ 10 milhões do Senhor Antônio Morais dos Santos que é um grande visionário de Campo Grande. Para-


HealthArq: Além dessa expansão externa, o Complexo de Barretos também passa por processo de ampliação, correto? Boian Petrov: Sim. Aqui dentro do Hospital, nós temos uma reforma muito grande na área de quimioterapia, que era uma área que precisava ser reestruturada. Nós estamos subindo um andar, para onde vamos levar a pesquisa clínica e encaixamos três departamentos que são o de

fisioterapia, odontologia e cabeça e pescoço. Onde esses departamentos estavam nós vamos fazer uma outra reforma, para ano que vem ainda, para ampliar o Departamento de Medicina Nuclear. A previsão de entrega da quimioterapia e do ambulatório do Hospital Infantil é agora pra março, e o restante como a área de internação, centro cirúrgico, entre outras alas, devem ficar prontas em outubro do ano que vem. HealthArq: O Hospital Infantil está entre essas obras de ampliação. Que particularidades foram reservadas para este projeto?

Boian Petrov: Não tem sentido as crianças ficarem misturadas aos adultos. Então nós aproveitamos uma lei de incentivo fiscal e estamos obtendo recursos para erguer esse Hospital Infantil. Será um hospital completo, apenas sem área para radioterapia. Na arquitetura da parte externa ele é comum, agora na parte interna foi contratada uma empresa – a mesma que fez o Saint Judes - para fazer a ambientação. A decoração vai ter uma parte que imita o céu, vai ter um trenzinho do tipo de uma montanha-russa, além de uma série de novidades que vão ser incrementadas.

Arquiteta

O hospital ficará muito bonito, inclusive, a recepção, terá um balcão baixinho, os banheiros terão baciazinhas pequenas e lavatórios pequenos, tudo para as crianças e moldado para elas. HealthArq: Faz parte do Complexo de Barretos, também, o Instituto Avon. Considerado um dos mais modernos centros de prevenção da América Latina. Como surgiu o projeto? Boian Petrov: O paciente que está fazendo prevenção não tem que encontrar o paciente que está em tratamento. Por isso, nasceu o Instituto Avon. Hoje em dia você não encontra esse

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lelo a isso, nós temos um ambulatório pequeno, em Juazeiro (BA), mas que por enquanto funciona mais como uma unidade móvel.


CAPA Fundação Pio XII padrão de serviço nem em hospitais particulares, porque é um ambiente totalmente diferente, exatamente para que as pessoas que vêm realizar a prevenção se sintam à vontade, não se sintam oprimidas ou reprimidas e constrangidas por encontrarem pacientes em tratamento. O prédio foi patrocinado pela Avon que mantém as carretas itinerantes pelo Brasil afora. HealthArq: Em todas essas obras há a preocupação com questões de sustentabilidade? Boian Petrov: Sobra muito espaço para sustentabilida-

de. Hoje nós estamos em cima de um aquífero, temos fartura de água, mas não é porque você tem fartura de água que você não vai se preocupar com ela. Todos os nossos projetos contemplam a captação de águas de chuva, que a gente destina para os vasos sanitários e irrigação de jardins. No Hospital Infantil tem uma mata de três alqueires, que a prefeitura conseguiu para que nós preservássemos e transformássemos num parque. Para água quente utilizamos energia solar. Pensamos num futuro próximo em fazer uma área de piscicultura, criação de

peixes, a serem utilizados na alimentação dos pacientes. HealthArq: Para a realização dessas obras, o Hospital tem uma equipe interna de engenheiros e arquitetos ou contrata profissionais de fora? Boian Petrov: Todo o Hospital foi construído com mão-de-obra própria. Nós montamos uma espécie de uma construtora. Todos os profissionais são contratados do Hospital. Com isso, economizamos de 30 a 40% de BDI. No setor Executivo das obras, em relação aos projetos, os nossos grandes parceiros são a Jorgeny

Eng. Associados com os projetos técnicos (Estrutura, Hidráulica e Elétrica) e os Arquitetos Jarbas Karman e Domingos Fiorentini que elaboraram todo o projeto original inclusive o Plano Diretor que foi seguido exatamente à risca. E hoje contamos com a colaboração das Arquitetas Carla Vilhena (Avon, Hospital de Câncer Infantil Luiz Inácio Lula da Silva e reformas internas), Bia Gadia (Captação de Recursos, Ircad, AME Clínico e Cirúrgico, Rondônia e Campo Grande), Ana Angélica Megiani (Jales) e o Engº. e Arquiteto Eduardo Voltan.



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IRCAD Brazil

Grande conquista para a Fundação Pio XII

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m 2011, a concretização do IRCAD BRAZIL (Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica) foi mais uma grande conquista na linha evolutiva da Fundação Pio XII, que hoje detém a primeira filial do Instituto no continente. Trata-se de um instituto de treinamento em cirurgia minimamente invasiva e cirurgia robótica, atualmente um centro de excelência com a maior e mais moderna estrutura destinada à capacitação e à pesquisa em cirurgias laparascópicas da

América Latina. O Instituto, originalmente criado em Estrasburgo na França com filial em Taiwan oferecerá treinamentos avançados em cirurgia minimamente invasiva para profissionais do Brasil e da América Latina. Produto de uma parceria público-privada, o IRCAD tem 30% das vagas de seus cursos destinadas, sem custo, aos profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), profissionais estes selecionados pela Secretária de Saúde do Estado de São Paulo e pelo Ministério da Saúde. Health ARQ

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CAPA Fundação Pio XII

EXECUÇÃO DA OBRA Para a concretização do IRCAD foram necessários cerca de R$ 20 milhões, investidos em uma estrutura física moderna e funcional instalada em 7.200 m² de área construída. Desde o início, houve uma grande preocupação por parte de toda a equipe em fazer tudo da melhor maneira possível, afinal tratava-se do primeiro instituto deste porte na América Latina, necessitando assim, ser um centro de excelência na área de cirurgia. Dessa forma, o projeto arquitetônico, assinado pela arquiteta Bia Gadia e executado pela Polo Engenharia e pela Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros As72

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sociados, foi desenvolvido dentro dos padrões europeus, respeitando inteiramente a estrutura da sede francesa. Todo o processo de execução foi acompanhado bem de perto pela equipe de planejamento de obras do Hospital de Câncer, coordenada pelo engenheiro Boian Petrov. Após a conclusão e aprovação do projeto pela direção do IRCAD, a realização da obra, aconteceu de forma rápida e funcional. Para as contenções foi projetado o sistema de estabilização em “solo-cimento e alvenaria estrutural” minimizando os resíduos da obra. A preocupação com o meio ambiente direcio-

nou o projeto de estrutura em concreto armado para a utilização de tecnologias pré-fabricadas como piso em Still Deck e perfis metálicos, cobertura metálica, contenção em solo-cimento e alvenaria estrutural, que além de minimizarem os resíduos de obra contribuíram amplamente para a redução do seu tempo de execução. Na execução das instalações, traçadas pela equipe da Jorgeny Catarina Gonçalves Engenheiros Associados, pelos engenheiros Sidney Ferreira e Rodrigo Germano, todas as recomendações específicas dos fabricantes dos equipamentos a serem instalados

nas salas com robôs, sala VIP e experimental foram devidamente atendidas. O projeto de instalações elétricas previu também a alimentação dos equipamentos do sistema central de distribuição de água quente como trocadores de calor, bombas de circulação e recirculação do sistema de AQ, evitando a utilização de chuveiros elétricos e aquecedores de passagem individuais, o que aumentaria o consumo elétrico da edificação. A execução da parte elétrica e o sistema de climatização, desenvolvido especificamente para a sede do Instituto, ficaram por conta da equipe da Arcontemp.


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CAPA Fundação Pio XII

ILUMINAÇÃO

ARQUITETURA A estrutura original do Instituto na França ostenta muita frieza através de sua aparência repleta de muito concreto, fugindo totalmente do foco na humanização tão difundido pelo Complexo de Barretos. Assim, alguns toques foram incorporados ao projeto dando personalidade própria ao IRCAD Brazil. Praticamente não houve modificações na estrutura da parte interna, desde o croqui. Foi feita uma leve alteração na planta da parte administrativa, que tinha 74

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sido planejada para ficar reservada, fechada e restrita aos funcionários do setor. No resultado final, as salas do setor administrativo acabaram com grandes paredes de vidro e um corredor de acesso, que permite a circulação de palestrantes e cursistas entre as salas inclusive da diretoria. A alteração estética também contou com a eliminação de boa parte dos pilares para garantir mais amplitude aos ambientes. Houve ainda flexibilidade na criação da sala

de conferências, que pode ter seus espaços segmentados e separados em até três ambientes distintos. No entanto, o diferencial do projeto brasileiro ficou mesmo por conta da fachada, repleta de paredes de vidro, dispostas para o jardim com muito verde, proporcionando aos visitantes a dualidade de estar em um prédio de primeiro mundo, totalmente informatizado, e ao mesmo tempo contar com a leveza de instalações arborizadas e repletas de luz natural.

A decoração interna conta com um projeto luminotécnico assinado pela Via Light, desenvolvido exclusivamente para atender às necessidades do Instituto em cada ambiente, desde lustres decorativos até as luzes do centro cirúrgico.


Para a elaboração dos jardins, que circundam todo o prédio, optou-se por uma vegetação mais resistente ao clima quente e seco da região, como Siccas e Coqueiros. No andar térreo há um amplo espaço informal onde funciona a área de alimentação, com bar, lanchonete e uma completa infraestrutura de buffet amplamente preparada para acomodar profissionais e visitantes confortavelmente até a sua capacidade máxima. A decoração interna conta com um projeto luminotécnico assinado pela Via Light, desenvolvido exclusivamente

para atender às necessidades do Instituto em cada ambiente, desde lustres decorativos até as luzes do centro cirúrgico. Para a iluminação das áreas de trabalho foram previstas luminárias com lâmpadas fluorescentes tubulares ou compactas, que proporcionam maior economia de energia, além de sua maior vida útil. O mobiliário arrojado de Roberto Chaim leva tons mais sóbrios e com toques de requinte acompanhando a característica do prédio moderno e cheio de curvas, enquanto o auditório recebeu extensas bancadas,

amplamente montadas e equipadas pela Trimach com a mais completa estrutura de microfones, votação e fones para tradução simultânea. O Instituto possui ainda um moderno Centro Cirúrgico que contempla a mais avançada tecnologia disponível no mercado cuja estrutura e equipamentos foram todos importados. A instalação do biotério foi minuciosamente planejada e desenvolvida pelo veterinário Rodrigo Carraro, que realizou todo o acompanhamento em questões de assepsia, contenção de odores e transporte dos animais.

A arquiteta Bia Gadia, responsável pela captação de Recursos para a construção do Ircad, AME Clínico e Cirúrgico de Rondônia e Campo Grande


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TECNOLOGIA O auditório, destinado ao ensino teórico e à transmissão telecirurgica supervisionada, é equipado com o que há de mais moderno e inovador em tecnologia de audiovisual e tem capacidade para 130 lugares. Através dele, são utilizados métodos avançados para integração do Instituto brasileiro com os centros da França e Taiwan. Ou seja, uma cirurgia feita no Instituto aqui do Brasil é transmitida ao vivo para as outras três unidades na Europa e Ásia. De acordo com Alexandre Novakoski, diretor comercial da Seal Telecom, a integradora foi procurada pela diretoria do Hospital de Câncer de Barretos por ser no Brasil a representante exclusiva da AMX, fabricante que tem suas soluções integradas no IRCAD na França. Para a execução do projeto, a Seal Telecom definiu seu escopo e traçou as estratégias de implementação. Para a montagem do complexo sistema de audiovisual, executado e acompanhado pela Seal Telecom, foi necessário buscar know-how e os 76

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AUDITÓRIO equipamentos no exterior. Dessa forma, a equipe de profissionais designados para a implantação do sistema no Brasil passou um mês em Estrasburgo se familiarizando com o funcionamento do novo sistema de transmissão, 100% digital. O sistema de transmissão de alta definição é interligado dentro de todo o Instituto e dentre outras unidades do Complexo, como no Bloco Cirúrgico do Hospital do Câncer, através de fibras óticas, uma vez que a nitidez da imagem e a definição das cores são essenciais para a transmissão simultânea de qualquer procedimento cirúrgico. Além

O auditório, destinado ao ensino teórico e à transmissão telecirurgica supervisionada, é equipado com o que há de mais moderno e inovador em tecnologia de audiovisual e tem capacidade para 130 lugares. disso, é bem frequente a realização de videoconferências com a participação do diretor do Instituto matriz. Para a captação, edição e armazenamento de imagens, o projeto contou com as câmeras Full HD da Sony, além do sistema inovador Network Solution, também da Sony, que atende a todas as necessidades de transmissão, entregando as imagens captadas em alta velocidade e em


tempo real. “Evitar o ‘delay’ na transmissão das imagens era um desafio para a integração, pois é o ponto vital para as cirurgias minimamente invasivas. Estas imagens são transmitidas no auditório por um projetor 4K, tecnologia que eleva em oito vezes a resolução das imagens quando comparado com o formato HDMI”, avalia Novakoski. O centro cirúrgico do IRCAD Brasil está equipado para até 13 cirurgias simultâneas. Para suportar a transmissão, a Seal Telecom disponibilizou sistemas de automação da fabri-

cante AMX, e sistema de conferência com tradução simultânea. Os sistemas de sonorização digitais, das fabricantes Biamp e Bose, integram hardware e softwares em uma mesma solução. O projeto, que contou com investimento em torno de R$ 6,5 milhões despendidos somente na parte multimídia integrada pela Seal Telecom, foi desenvolvido em seis meses e a implantação realizada em um ano. A fase de operação assistida contará com profissionais da Seal Telecom para a manutenção do projeto e treinamento dos colaboradores do IRCAD.

CENTRO CIRÚRGICO O centro cirúrgico do IRCAD Brasil está equipado para até 13 cirurgias simultâneas.


CAPA Fundação Pio XII

MAIS SOBRE O IRCAD O projeto desta unidade do IRCAD seria inicialmente implantado em Buenos Aires, na Argentina. No entanto, com o surgimento de impasses técnicos e funcionais para a realização do projeto surgiu a oportunidade para mudança na cidade sede. A convite da direção do Hospital de Câncer, o diretor do Instituto, Dr. Jacques Marescaux, veio ao Brasil conhecer a estrutura e funcionamento do Complexo, e aprovou amplamente o projeto regido pela Fundação, sacramentando a transferência do projeto para a cidade de Barretos-SP. “A reputação do Hospital de Câncer de Barretos, incluindo seu estabelecido 78

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centro de pesquisa em oncologia molecular, teve um papel importante no processo de tomada de decisão. Sentimos que a estrutura e a qualificação única dos profissionais da instituição habilitava o local para um centro IRCAD”, observou Marescaux. A Instituição promoverá o acesso ao treinamento para os profissionais de saúde da América Latina, reduzindo os custos e o tempo de viagem inerentes aos interessados em se aprimorar na Europa e nos Estados Unidos. Foi feita uma parceria com duas importantes empresas: STORZ e Covidien, e graças a isso o IRCAD-Brazil é hoje uma realidade.

A convite da direção do Hospital de Câncer, o diretor do Instituto, Dr. Jacques Marescaux, veio ao Brasil conhecer a estrutura e funcionamento do Complexo, e aprovou amplamente o projeto regido pela Fundação, sacramentando a transferência do projeto para a cidade de Barretos-SP.


Grupo Mídia

"Profissionais contribuindo com os projetos de estrutura e fundações para a realização das obras do Hospital de Câncer de Barretos desde 1989"

Fundação Pio XII - Barretos - SP

Hospital e Maternidade Santa Helena - SP

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16/11/11

Rua Pitangueiras, 430 - Sala 2 São Paulo - SP - CEP: 04052-020 Fone: (11) 5594-0830 | 5581-2111 Fax: (11) 2276-6916 E-mail: jorgeny_eng@uol.com.br Site: www.jorgeny.com.br

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17:20

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O Ircad, centro de excelência reconhecido mundialmente, acaba de desembarcar na América Latina.

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O Ircad é um centro de treinamento e pesquisa que proporciona aos profissionais de saúde o aprimoramento em técnicas cirúrgicas e procedimentos médicos. Na área da pesquisa, dedica-se ao desenvolvimento de novos produtos, medicamentos e instrumental inovador. A parceria com a Covidien garante a utilização de equipamentos de última geração, possibilitando o contato com as mais modernas técnicas empregadas no mundo.

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Agora os profissionais de saúde terão acesso a novas alternativas para aperfeiçoamento na América Latina: o Ircad oferece uma formação de alto nível em cirurgias minimamente invasivas e não-invasivas e técnicas cirúrgicas guiadas por simulador e robótica. Para mais informações, acesse

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PLANO DIRETOR

Albert Einstein segue Plano Diretor de excelência Plano Diretor de Ampliação elaborado sobre conceitos de Sustentabilidade, Prática Integrada, Novas Tecnologias, entre outros processos, contribui para a excelente colocação de mercado do Hospital Albert Einstein, que figura entre os melhores hospitais da América Latina

C

onsiderado um dos melhores hospitais da América Latina, o Hospital Israelita Albert Einstein, aos 56 anos, comprova a cada ano que passa, porque é referência em assistência à saúde. Um dos pilares que sustentam esse sucesso, sem sombra de dúvidas, norteia-se, no excelente Plano Diretor de Expansão das instalações da Sociedade no Morumbi e em unidades externas, que somará investimentos de aproximadamente R$ 520 milhões até o fim deste ano.

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Só para reorganizar o campus do Morumbi, o Plano Diretor prescreveu a implantação de cinco edifícios e outras diversas reformas. Desenvolvido em 2002, pela multinacional KAHN, o Plano Diretor de Ampliação e Reforma da Unidade Morumbi da instituição resultou na criação de um novo paradigma assistencial, focado na resolutividade da passagem do paciente pelo hospital, e não mais na organização tradicional do hospital por departamentos especializados. A arquitetu-

ra foi redesenhada com a função de oferecer qualidade e segurança, visando o bem-estar do paciente. Dessa forma, de acordo com a arquiteta Eleonora C. Zioni, gerente de arquitetura da KAHN do Brasil, o Plano Diretor orientou a ocupação de Prática Integrada para atender à demanda de pacientes com perfis específicos, como cardiológico, ortopédico, neurológico, oncológico, cirúrgico, transplantado etc., integrando as equipes que atendem a estes pacientes.


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PLANO DIRETOR “Um dos fatores que influenciou as tomadas de decisão com relação ao ambiente físico foi, por exemplo, a intenção de minimizar o número de funcionários assistenciais com que o paciente interage, aumentando o caráter pessoal da assistência e diminuindo as chances de erro médico. Assim, em um mesmo nível do hospital pode-se acessar os consultórios, os serviços de diagnóstico e apoio e as clínicas integradas de cada especialidade médica”, salienta. O Plano Diretor também previu a absorção de novas tecnologias e adaptação dos recursos físicos para

Só para reorganizar o campus do Morumbi, o Plano Diretor prescreveu a implantação de cinco edifícios e outras diversas reformas.

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Health ARQ

melhorar os procedimentos, o que culminou em salas de cirurgia maiores, flexibilidade para novas técnicas laboratoriais e novos modelos de leito privativo na Emergência e Internação. Além disso, o conceito de Sustentabilidade esteve sempre presente como premissa durante o processo de crescimento baseado no desenvolvimento ambiental, social e econômico da instituição. O que resultou na certificação LEED nível Gold pelo U.S. Green Building Council, conquistada pelo Pavilhão Vicky e Joseph Safra, um dos cinco edifícios previstos no Plano Diretor, inaugurado em 2009.


PAVILHÃO VICKY E JOSEPH SAFRA elevadores cilíndricas, que expressam sua função como nos demais edifícios do hospital; As esquadrias especiais utilizadas reinterpretam a dinâmica das venezianas dos apartamentos do Bloco A (Edifício Josef Feher); a Passarela de seis pavimentos (PS2) cria o portal de entrada para o campus remodelado, que inclui rua interna - sem afetar o trânsito do bairro - linhas de transmissão enterradas, novas calçadas e iluminação. A Passarela de seis pavimentos (PS2) curva estabelece continuidade com o eixo principal de circulação de serviços e pacientes

internados, com andares de consultórios e internação-dia do Pavilhão Vicky e Joseph Safra, sendo a estrutura da passarela contraventada nos pavimentos ímpares e pendurada nos pavimentos pares. O edifício não se expõe como um gigante ao paciente na entrada, mas abraça-o e o encaminha para o atrium e para a praça. O atrium abriga recepção para orientação do paciente, café integrado à praça e lojas de conveniência. O Térreo divide embasamento e torre Embasamento, semi-enterrado, com planta maior

e funções que aproveitam plantas mais extensas, como Diagnósticos e Centro Cirúrgico. A Iluminação é natural nas salas de diagnóstico por imagem, com equipamentos de tubo, o que minimiza a rejeição por claustrofobia. No prédio que abriga o auditório Moise Safra, 500 lugares estão à disposição para a realização de atividades de educação em saúde e também para as festividades judaicas, além de um Salão Nobre para eventos. Simultaneamente foi ampliado o espaço do Centro de Saúde Abram Szajman.

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Há quase três décadas que a Climapress instala sistemas centrais de ar condicionado para utilização Hospitalar, Farmacêutica, Alimentícia e outros processos industriais. A Climapress dispõe de excelente estrutura operacional também para Operação, Manutenção e Assistência Técnica. Rua Matos Guerra, 51 Tatuapé, São Paulo | CEP: 03408-030 | Telefone: (11) 2095 2705 | www.climapress.com.br

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Em 70 mil m² o Pavilhão Vicky e Joseph Safra recebeu a maior parte dos serviços de caráter ambulatorial do hospital, separando este paciente, daquele paciente mais sério, que necessita de mais recursos e de um ambiente diferente. Tem capacidade para atender cerca de 40 mil pacientes/mês e integra centro cirúrgico com 20 salas, área de diagnóstico laboratorial e de imagem, além de estacionamento. O projeto de arquitetura do edifício, seguindo todo o direcionamento dado pelo Plano Diretor, de acordo com a arquiteta Eleonora Zioni, apresenta Torres de


PLANO DIRETOR

MODERNIDADE TAMBÉM NO INTERIOR

Mantendo o alto padrão de conforto e qualidade de um hospital do porte do Albert Einstein, o acabamento moderno e funcional dos apartamentos incluiu a instalação de persianas Screen Line.

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Health ARQ

Mantendo o alto padrão de conforto e qualidade de um hospital do porte do Albert Einstein, o acabamento moderno e funcional dos apartamentos incluiu a instalação de persianas Screen Line. Com dois sistemas integrados dentro de uma câmara de vidro duplo protegidos em ambiente selado e isentos de contaminação, estas persianas proporcionam controle gradual da luminosidade ou escurecimento total do ambiente. Para isso, a Eurocentro, especialista em soluções especificas para a área hospitalar, desenvolveu um trabalho minucioso para a concepção da melhor solução alinhada ao projeto original. O planejamento inicial envolveu um estudo junto ao escritório de arquitetura para sincronizar o uso das persianas e a instalação dos vidros para adequação à luminosidade e fator solar desejados.

Por fim, houve o acompanhamento da instalação de ambos na esquadria da obra, garantindo no final do processo um produto aplicado com perfeição e de confiança. Parceira do Hospital Albert Einstein também em outros projetos, a Eurocentro/Screen Line forneceu persianas também para os apartamentos da Unidade Morumbi e para os apartamentos, UTI e Centros Cirúrgicos na Unidade Perdizes. As soluções em vidro ficaram a cargo da Glassec Viracon, que trabalhou nas especificações técnicas junto à KAHN. Neste projeto em especial foram aplicadas diversas soluções alinhadas às necessidades e conceitos de sustentabilidade visando a diminuição da carga térmica total do edifício e final economia energética, somando um total de diferentes tipos vidro aplicados especialmente para o projeto.



ARQ Destaque

PAVILHÃO VICKY E JOSEPH SAFRA RENDE LÁUREA À CLIMAPRESS A

Climapress, empresa responsável pela implantação do projeto de climatização no Complexo Morumbi do Hospital Albert Einstein, foi premiada pelo trabalho desempenhado no Pavilhão Vicky e Joseph Safra.

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Health ARQ

Com centenas de trabalhos na área hospitalar em seu portfolio, a Climapress recebeu o prêmio Destaques do Ano, conferido pela Smacna Brasil, em reconhecimento ao trabalho de engenharia termo ambiental do ano de 2010,


através de avaliação feita por comitê científico, cuja condição de concurso conta com o registro e proteção do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial). O planejamento da climatização teve como exigência que a empresa responsável pela execução do projeto atendesse às condições climáticas requeridas no ambiente hospitalar e mantivesse a qualidade do ar para ocupação humana, preservando questões de eficiência energética e ações ambientalmente sustentáveis. O trabalho de montagem e instalação do sistema de climatização desenvolvido

no pavilhão Vicky e Joseph Safra aconteceu parcialmente durante a evolução do projeto de construção, por aproximadamente 15 meses, atendendo aos critérios estabelecidos pela certificação LEED nível Gold sob a esmerada tutela da Khan do Brasil. Disposta a manter este padrão, a Climapress observou rigidamente as normas e orientações determinadas pela associação mundial Green Building Council e promoveu as definições gerais de produção com montagem completa do sistema, posta em marcha segura no prazo requerido. Foram adotadas orientações para melhor eficiên-

cia energética, com destaque para o aquecimento feito por água quente dos boiler a gás, variadores de frequência para controle de vazão de água e válvulas de balanceamento de vazão e pressão de água, incluindo o controle microprocessado para todos os pontos do sistema. Ciente de que um empreendimento desta magnitude exige uma equipe de mesma envergadura, a Climapress mobilizou 129 profissionais na aplicação de uma logística descomplicada, revisão contínua de fases do projeto e estímulos de aumento de produtividade, observando sempre o trabalho seguro e socialmente correto.

PRÊMIO DE PESO Atual referência mundial em climatização, a Smacna Brasil é uma associação sem fins lucrativos. Nasceu do desdobramento da Smacna Inc., Virgínia /USA, congregando empresas de engenharia termoambiental dedicadas à pesquisa, desenvolvimento e divulgação de tecnologia de tratamento de ar. A premiação feita pela Smacna Brasil, apesar de um título meramente ilustrativo, é equiparada a um “Oscar” na área de climatização e tem fundamental importância para o reconhecimento e incentivo de novos trabalhos. Health ARQ

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CONSTRUÇÃO

Novo hospital no Ceará E

stá em fase de construção, o novo Hospital Regional Norte, localizado no município de Sobral, a 220km de Fortaleza. Trata-se de um investimento de R$ 148,7 milhões, sendo R$ 74,50 milhões com recursos do Tesouro Estadual e R$ 74 milhões de financiamento com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), idealizado para cobrir o atendimento de 43 municípios em um raio de 150 km, filtrando o fluxo de pacientes que procuram a capital para receber assistência

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Health ARQ

médica. Toda a infraestrutura de atendimento distribuída em 57 mil m² foi projetada para o atendimento de casos de alta complexidade, com o respaldo de cirurgias e exames. Serão 377 leitos, com 199 destinados à enfermaria, 75 leitos de observação, 28 leitos de apoio cirúrgico, 6 leitos de emergência, , e ainda 69 leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), sendo 40 de cuidados máximos e 29 de cuidados intermediários. Além disso, serão disponibilizadas


A primeira etapa da obra, concluída de forma rápida e precisa, englobou a execução da estrutura de concreto armado com lajes protendidas sem a utilização de vigas e a coordenação e compatibilização dos diversos serviços de instalações.

salas de cirurgias (oito para cirurgia geral, cinco para cirurgias obstétricas, quatro para cirurgias ambulatoriais e dez para partos). A moderna Unidade de Imagem, com funcionamento 24 horas, inclui ressonância magnética, tomográfica computadorizada, angiologia, endoscopia digestiva e respiratória, e ultrassonografias. A saúde da mulher terá um espaço especial no HRN através do Centro de Assistência à Saúde Reprodutiva da Mulher, uma unidade exclusiva para assistência à mulher

com equipes especializadas e exames modernos. O atendimento deste setor terá como prioridade a atenção aos casos de risco, com 32 leitos disponíveis, serviços de emergência obstétrica e também ambulatórios para gestantes de risco, buscando a redução da mortalidade materna através do atendimento adequado. O serviço de urgência e emergência em clínica médica, pediatria e cirurgia será a grande porta de entrada do Hospital, que ainda terá um setor exclusivo para ensino

universitário, com cinco salas de aula, duas salas para professores, um amplo auditório com capacidade para 215 lugares e biblioteca para pesquisas e estudos. O Grupo Marquise está à frente da execução de toda a construção do empreendimento, com previsão de conclusão para o final do primeiro semestre. A primeira etapa da obra, concluída de forma rápida e precisa, englobou a execução da estrutura de concreto armado com lajes protendidas sem a utilização de vigas e a coordena-


CONSTRUÇÃO

SETORES FUNCIONAIS NÍVEL 83 m - ESTACIONAMENTO DE FUNCIONÁRIOS: 8.205,06 m² NÍVEL 86 m - TÉRREO : 24.585,25m² NÍVEL 89,85 m - SUPERIOR : 14.899,68 m² NÍVEL 93,70 m – PAVIMENTO TÉCNICO E 1º PAVIMENTO TIPO: 6.161,84 m² NÍVEL PAVIMENTO TIPO (3x): 2.571,24 m² ção e compatibilização dos diversos serviços de instalações. Medidas referentes aos conceitos de sustentabilidade vigentes atualmente previram a captação, tratamento e reuso das águas pluviais para irrigação, além de uma central de armazenamento e triagem de

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Health ARQ

resíduos sólidos. A execução do acabamento interno empregou diversos materiais específicos para o ambiente hospitalar, tais como revestimentos em mantas vinílicas, bate-macas, tintas hospitalares e um projeto de climatização desenvolvido especificamente para o local.

CASA DE MÁQUINAS: 423,94 m² CAIXA D’ÁGUA: 186,87 m² TOTAL DE ÁRAEA CONSTRUÍDA : 57.213,88



GERENCIAMENTO DE OBRAS

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Health ARQ


No prazo e dentro do orçamento O

gerenciamento de obras é um quesito de suma importância na hora de se iniciar uma construção, ainda mais se ela for de grandes proporções, como é o caso das obras que acontecem em grandes instituições de saúde. O bom gerenciamento evita problemas em relação a prazos, qualidade e custos, impedindo que ocorram grandes perdas financeiras, evidentemente indesejáveis. Este é um trabalho que deve ser desenvolvido por uma equipe multidisciplinar que reúna arquitetos, engenheiros, administradores e técnicos especializados, mantendo o controle completo do empreendimento, gerando assim, todas as informações necessárias sobre ele. Tendo em vista que, obras

em grandes hospitais, por exemplo, são bastante complexas, havendo a necessidade de se desenvolver projetos bem detalhados antes de se partir para a contratação e execução da construção. Dessa forma, a empresa escolhida para gerenciar uma obra será a responsável por contratar as demais empresas que serão responsáveis por detalhes como: execução das obras e instalações; administração destes contratos; fiscalização técnica a execução das obras visando a conformidade com os projetos; planejamento e controle do desenvolvimento dos trabalhos de construção e montagem; custos; supervisão e cumprimento de dispositivos legais relacionados à segurança geral e do

trabalho, e recebimento das obras concluídas. Um exemplo de como deve ser o gerenciamento de uma grande obra em ambientes hospitalares é a construção, na cidade de São Paulo, do novo Centro de Oncologia do Hospital Santa Paula, cujos gestores contam com os trabalhos realizados pela Planservice Engenheiros Associados, desde maio de 2011 e que se estenderá até o final das obras, previstas para serem concluídas em agosto desde ano. “Nossa equipe desenvolve o gerenciamento integrada à equipe do Hospital, uma união de forças importante, já que se trata de um empreendimento que envolve instalações complexas”, explica o engenheiro e sócio da Planservice, Fernando Fahham. Health ARQ

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GERENCIAMENTO DE OBRAS

PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL Uma das grandes preocupações quanto ao andamento da construção do novo Centro de Oncologia do Santa Paula e que faz parte dos trabalhos de gerenciamento da Planservice dizem respeito às questões sustentáveis. Segundo Fahham, durante todo o processo de escavação para a construção dos quatro subsolos, a destinação do material removido está sendo rigorosamente controlada, indo para aterros licenciados, assim como a limpeza dos veículos e equipamentos na saída da obra para não sujar as vias públicas. “Além disso, também 94

Health ARQ

fiscalizamos ruídos emitidos pelos equipamentos da obra para garantir que se mantenham dentro do nível de ruído próprio do entorno, e ainda controlamos a utilização de mão-de-obra pelas empresas que executam os trabalhos de construção e montagem para garantir que todos os aspectos legais e trabalhistas estejam sendo devidamente cumpridos”, salienta o engenheiro, acrescentando que o estilo de trabalho da direção do Hospital Santa Paula, bastante objetivo, permite a obtenção de excelentes resultados, pois agiliza as decisões.

CENTRO DE ONCOLOGIA O novo Centro de Oncologia do Hospital Santa Paula terá investimento de cerca de 12 milhões de reais e está sendo erguido deste maio de 2011, na Zona Sul de São Paulo.

A CONSTRUÇÃO O novo Centro de Oncologia do Hospital Santa Paula começou a ser erguido em maio de 2011, e promete tornar a instituição de saúde, um centro de referência no tratamento oncológico na Zona Sul de São Paulo. O projeto arquitetônico do Centro, que está sendo erguido em uma nova unidade, em frente ao Hospital, é de autoria da Duarte Schahin e terá um investimento

aproximado de 12 milhões de reais. A estrutura abrigará quatro subsolos, sendo três de garagem e um com bunkers para instalação de acelerador linear para radioterapia. O térreo contará com pé direito triplo, havendo ainda dois andares destinados à quimioterapia, um andar para conforto dos pacientes e acompanhantes e anfiteatro e mais dois andares de consultórios.


SOBRE A PLANSERVICE No mercado de Gerenciamento de Projetos e Obras desde 1989, a Planservice realiza trabalhos junto ao Hospital Santa Paula desde o ano 2000, quando atuou juntou às obras de ampliação da Instituição, o que lhe abriu as portas do mercado de Healthcare. Desde então, tem atuado no gerenciamento de obras de outros hospitais na cidade de São Paulo e em todo o Brasil. Além do mercado de saúde, a Planservice atende diversos setores empresariais como Varejo, Shopping Centers, Hipermercados e Lojas, Indústria, empreendimentos de Tecnologia da informação e Telecomunicações, Logística e Edifícios Comerciais, amparada por mais de 60 profissionais, entre engenheiros, arquitetos, técnicos e profissionais de administração. Entre a gama de serviços estão a contratação, dire-

ção técnica e coordenação de projetos; o planejamento e controle de todas as atividades inerentes aos empreendimentos que envolvem construção e montagens; a elaboração de orçamentos; a fiscalização da qualidade das obras e da segurança no trabalho e a administração dos contratos, incluindo o controle de pagamentos, custos, responsabilidades legais, trabalhistas e seguros e a busca da sustentabilidade prevista nos projetos. Nos últimos cinco anos, tem atuado em diversos empreendimentos que buscam certificados de sustentabilidade como o Leed e o Aqua acabando por desenvolver uma linha de trabalho que acompanha e garante ao empreendedor que as premissas de projeto voltadas para a certificação estão sendo atendidas na execução das obras e instalações.


FUNCIONALIDADE

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Health ARQ


Ambientes reformulados Setores da Unidade Itaim, do Hospital São Luiz como o Pronto-Socorro acabam de ganhar um novo layout

E

m Setembro de 2011 foi inaugurada a ampliação da Unidade Itaim do Hospital São Luiz, processo que fez parte da expansão da rede paulistana no último ano. A iniciativa tem como finalidade melhorar a mobilidade contínua do paciente, que agora ganhará tempo entre um procedimento médico-hospitalar e outro. O gerenciamento da obra ficou por conta da Araújo Engenheiros Associados, que realizou a interface entre os proprietários da obra e os demais intervenientes, a fim de garantir o

desenvolvimento adequado da obra, no prazo, e com a qualidade esperada. Para a realização da obra houve contato direto entre a equipe de gerenciamento, a equipe de manutenção e a diretoria clínica do Hospital, garantindo a execução dos mínimos detalhes para o sucesso do empreendimento. O projeto arquitetônico, desenvolvido pela MW Arquitetura, priorizou a criação de ambientes internos e áreas comuns mais funcionais e bem distribuídos, o que foi possível através da realização de um estudo Health ARQ

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FUNCIONALIDADE

junto à diretoria médica e enfermagem para entender as necessidades de proximidade entre as áreas e viabilizar uma melhoria imediata no fluxo interno. Como resultado, as áreas de espera foram posicionadas em pontos estratégicos para deixar o paciente próximo das áreas de atendimento; as áreas de exames ficaram mais próximas da ortopedia e os consultórios foram posicionados próximos às portas de acesso e à área de observação, otimizando o trecho de deslocamento de médicos 98

Health ARQ

e enfermeiros. A área do Pronto-Socorro, que atende também as especialidades de Clínica Cirúrgica, Ortopedia e Traumatologia, Ginecologia, Neurologia e Oftalmologia, recebeu um novo layout e dobrou seu espaço, passando de 700 para 1.500 m². O número de leitos para internação aumentou para 39, distribuídos em três pavimentos com 13 apartamentos cada um. “Essa duplicação da área do Pronto-Socorro complementa nossa estratégia de ampliação da Unidade

Itaim prevista para 2011. Todas essas ações foram planejadas para aprimorar ainda mais a qualidade assistencial nos serviços médicos prestados, além de oferecer maior conforto e humanização aos nossos pacientes”, explica o Dr. José Jair Arruda Pinto, diretor da Unidade Itaim do Hospital São Luís. Além da reestruturação interna, também fizeram parte da obra a implantação de co-geração de energia elétrica em horários de pico e a reforma da fachada da Avenida Santo Amaro, que


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Agora você pode contar com a melhor solução em paisagismo para interiores. Plantas Preservadas montadas com troncos e folhas naturais, que não precisam de sol e nem de água.

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FUNCIONALIDADE

será totalmente repaginada. O principal desafio para a execução da reforma e modernização da Unidade Itaim foi a falta de informações sobre o antigo prédio, em funcionamento há mais de 60 anos. Para a definição e projeção dos reforços na antiga estrutura existente, o Hospital contratou o Escritório Técnico Jorgeny Catarina Alves, que trabalhou com rapidez e precisão para eliminar pilares e vigas preexistentes permitindo a continuidade da obra conforme estabelecido no projeto arquitetônico. Enquanto isso, as interferências atribuídas às instalações elétricas e hidráulicas ficaram sob a responsabilidade da MHA Engenharia, que teve o projeto executado plenamente pela Sanhidrel Cimax. Para a realização de todo o processo com o Hospital em andamento, mantendo os níveis de ruídos, resíduos e odores sob controle, a equipe técnica optou pela utilização da tecnologia do sistema de Demolição Controlada, que utiliza equipamentos especiais que transformam as peças demolidas em blocos de fácil descarte. Para a eliminação de odores de tintas 100

Health ARQ

e adesivos foram utilizados materiais à base de água que não provocam esse inconveniente. A equipe de gerenciamento elaborou um planejamento detalhado da execução, com cronogramas que são acompanha-

dos através de programas específicos de planejamento e gráficos de controle e desenvolvimento. “A execução do gerenciamento de uma obra em uma instituição de saúde em funcionamento e do porte do HSL, trazendo um

mínimo de transtorno aos pacientes e corpo clínico é um desafio que não encontra paralelo em outro tipo de construção ou reforma”, analisa João Teodoro Arruda Araujo, engenheiro responsável da Araújo Engenheiros associados.


INTERIOR SOFISTICADO E ACONCHEGANTE Para a concepção do projeto arquitetônico as arquitetas responsáveis, Moema Wertheimer e Patrici Gelati, priorizaram amplamente o conforto e o fator humanização. Os ambientes internos receberam cor nas paredes, utilizada também para a diferenciação de setores, e muita iluminação natural proporcionando uma sensação de conforto e aconchego aos pacientes. Nas áreas de circulação e recepção foram criados

diversos ambientes preservando as árvores existentes, aproveitando o verde para transmitir tranquilidade e tornar a espera mais agradável. Enquanto isso, uma diversidade de modelos de cadeiras, poltronas e bancos, instalados na recepção permite aos acompanhantes a escolha do assento onde melhor se acomodem. Além da criação dos ambientes, a MW Arquitetura também cuidou da escolha

ILUMINAÇÃO O projeto de iluminação de todos os ambientes teve como conceito a criação de ambientes funcionais e agradáveis, lançando mão da ampla utilização de luz natural e um misto de LED florescente para reduzir custos com a manutenção e o consumo.


FUNCIONALIDADE

CONTRIBUINDO PARA A HUMANIZAÇÃO HOSPITALAR

dos materiais, buscando revestimentos adequados para o ambiente hospitalar. Nos quartos foram instalados revestimentos de vinil nas paredes e laminado de alta pressão para dar maior durabilidade aos móveis, enquanto o Pronto Socorro teve toda sua área revestida com piso de granito. “A escolha dos materiais, embora sempre tenham como premissa a fácil assepsia, foi fundamental para trazer um pouco de cor aos ambientes e toque de humanização ao espaço”, complementam as arquitetas. O projeto de iluminação de todos os ambientes teve como conceito a criação de ambientes funcionais e agradáveis, 102

Health ARQ

lançando mão da ampla utilização de luz natural e um misto de LED florescente para reduzir custos com a manutenção e o consumo. O toque de sofisticação ficou por conta dos móveis e painéis de madeira e o acabamento em tons pastéis sendo a parte clínica em nuances de verdes e a ginecologia em tonalidades de lilás, cinza e prata. Toda a marcenaria foi feita pela Syfuentes Móveis Especiais. A criação do paisagismo da área interna ficou por conta da Svetlana, que além de plantas naturais próprias para este tipo de ambiente utilizou também quadros verdes, bastante em voga atualmente.

Atuando no segmento de móveis especiais sob projeto, a Syfuentes Móveis Especiais, está sediada no município de Barueri, em São Paulo, onde mantém equipe técnica altamente qualificada, oferecendo atendimento personalizado e com garantia total. A Syfuentes fabrica móveis em madeiras nobres, radicas nacionais e importadas, laminados decorativos, SSM superfície sólida mineral, que pode ser composto com outros materiais oferecidos pela empresa, atendendo aos projetos de seus clientes e arquitetos. No segmento da saúde, a Syfuentes acompanha a tendência de humanização do ambiente hospitalar, fabricando móveis de alto padrão e utilizando

SSM superfície sólida mineral, material que apresenta a menor porosidade existente no mercado, podendo ser aplicado em bancadas, pias, objetos, cubas, dentre outras capazes de atender as necessidades técnicas dos hospitais e laboratórios. O produto facilita ainda a limpeza e descontaminação, pode ser fabricado com design e ergonomia perfeitos, contribuindo para o conforto e segurança dos usuários. Outras características que também contribui para o sucesso desse material são a sua resistência à maioria dos produtos químicos, aliado a ausência de juntas perceptíveis que minimiza o acúmulo de bolores e microorganismos.


FICHA TÉCINCA

UNIDADE ANÁLIA FRANCO TAMBÉM DE CARA NOVA

Engenharia Responsável: Araujo Engenheiros Associados Arquitetura Responsável: MW Arquitetura Projeto de Elétrica e Hidráulica: MHA Engenharia Execução de Elétrica e Hidráulica (Unidade Itaim): Sanhidrel Cimax Execução de Elétrica e Hidráulica (Unidade Anália Franco): Sanhidrel Engekit Execução de Pisos em Granito: Monterosso/ Petramar Reforços estruturais: Escritório Técnico Jorgeny Catarina Alves Paisagismo: Svetlana Marcenaria: Syfuentes Móveis Especiais

Neste ano a Unidade Anália Franco, localizada no Tatuapé, também foi parte do processo de ampliação e reorganização do São Luiz. O desmembramento da maternidade da área médico-cirúrgica foi um projeto executado com maestria e teve como resultado a reorganização dos espaços internos que ganharam fluência e am-

plitude e luminosidade. Como hospital contemporâneo, previamente preparado para incorporar a sustentabilidade ao seu funcionamento, a ecoeficiência se destaca em todos os pontos do projeto, que contou com a parceria da Sanhidrel Engekit para a execução dos serviços elétricos, hidrosanitários, instalação de sprinklers e da rede de gases.

Há mais de cinco décadas instalando soluções de engenharia em sistemas elétricos e hidráulicos.

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ARQ Empresa

Reformulação elétrica e hidráulica

R

espeitando as características do projeto e atendendo as solicitações do cliente, a Sanhidrel Cimax reformulou as instalações elétricas e hidráulicas do Hospital e Maternidade São Luiz Unidade Itaim de acordo com as necessidades dos profissionais de saúde e dos pacientes, visando a modernização do empreendimento, que tem com premissa técnica, os referenciais dos projetos de elétrica da MHA Engenharia e de arquitetura da MW Arquitetura. Além das instalações, foram executadas todas as previsões de infraestrutura para elétrica, dados e voz cujas ramificações abrangem da Recepção e Áreas Comuns às Unidades de Terapia Intensiva.

Em entrevista para a HealthArq, o gerente comercial da Sanhidrel Cimax, engenheiro José Roberto Moreira e o engenheiro da obra Fabiano Costantini falaram sobre o projeto. HealthArq: Que tecnologias foram utilizadas para a execução da parte 104

Health ARQ

elétrica? Eng. José Roberto Moreira: Como parte do projeto de modernização das instalações, barramentos blindados foram substituídos por cabos alimentadores em cobre com isolação de 1 Kilovolts, conferindo maior desempenho e segurança aos sistemas elétricos. Quadros elétricos dotados de dispositivo antissurto que evitam ocorrências nos circuitos de iluminação e tomadas. Foram utilizados reatores de alto fator de potência e luminárias de led que além de maior luminosidade apresentam menores índices de consumo. HealthArq: Que itens de segurança estão presentes? Moreira: Todos os equipamentos, materiais e dispositivos foram instalados segundo recomendação técnica das normas NBR 5410 – “Instalações Elétricas em Baixa Tensão” e NBR 13570 – “Instalações Elétricas em Locais de Afluência de Público”. Mais que aplicação correta, a garantia de desempenho do sistema. Se tratando de

um ambiente hospitalar, foram utilizados fios e cabos com características de baixa emissão de fumaça e gases tóxicos corrosivos. As tomadas obedecem ao padrão brasileiro - norma NBR 14.136 com classificação de acordo com a corrente (10 ou 20 Amperes), bem como, identificação por meio de cores em 110/220 Volts normal ou estabilizada. Itens adicionais importantes foram previstos como os Sistemas de Aterramento e de Proteção Contra Descargas Atmosféricas que garantem a proteção das instalações e do edifício, além das instalações hidráulicas totalmente voltadas para garantir comodidade, mobilidade e segurança aos pacientes. HealthArq: Há preocupações com economia de energia? Eng. Fabiano Costantini: Sim. O cuidado com a questão de economia de energia está presente não somente no projeto, como na escolha e correta aplicação dos diversos sistemas instalados, a exemplo dos sensores de

O cuidado com a questão de economia de energia está presente não somente no projeto, como na escolha e correta aplicação dos diversos sistemas instalados, a exemplo dos sensores de presença que foram posicionados estrategicamente para o acionamento de iluminação nas áreas de circulação, sanitários e depósitos


Com a reformulação do Sistema Hidráulico, o Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Itaim passa a contar com uma rede de água de reuso que atende exclusivamente os vasos sanitários, constituindo numa rede de água independente

presença que foram posicionados estrategicamente para o acionamento de iluminação nas áreas de circulação, sanitários e depósitos. Luminárias com led que apresentam maior vida útil proporcionam mais luminosidade e menor consumo, além do uso de luminárias fluorescentes com lâmpadas do tipo T5, em áreas específicas. Mais compactas e econômicas. HealthArq: Como funciona o sistema de emergência no caso de falta de energia e outros contratempos? Costantini: O hospital está equipado com quatro grupos moto-gerador que operam conjuntamente, sendo que em casos de falta de energia por parte da concessionária, os equipamentos suprem a demanda em sua totalidade, porém divididas em Prioridade 1 e 2. Na eventualidade da falha de um dos grupos geradores, as cargas prioritárias podem ser selecionadas passando a ser atendidas pelas máquinas, em funcionamento. Foram instalados blocos autônomos de emergência para iluminação de algumas áreas e rotas de fuga. Na falta de energia o equipamento no-break é acionado imediatamente para atender Telefo-

nia e Dados, garantindo assim o funcionamento ininterrupto dos sistemas. HealthArq: Quanto à parte hidráulica, que tecnologias foram utilizadas na execução das obras? Costantini: Foram utilizadas válvulas termostáticas para controle de temperatura da rede de água quente, responsáveis pela distribuição uniforme por todos os pontos de consumo, independente do volume consumido. Outro diferencial está nas caixas seccionadoras e controle de gases medicinais com o uso de válvulas tripartidas setoriais em inox que auxiliam na interrupção do fluxo, especialmente em casos de paradas para manutenção preventiva, além de manômetros de monitoramento de pressão que permitem fácil visualização e controle. HealthArq: Tem preocupações sustentáveis? De reuso e economia de água, por exemplo? Moreira: Com a reformulação do Sistema Hidráulico, o Hospital e Maternidade São Luiz – Unidade Itaim passa a contar com uma rede de água de reuso que atende somente os vasos sanitários, constituindo numa rede de água fria independente. Reservatórios que possuem dois fluxos de descarga de

3 e 6 litros, o que propicia uma economia de água de até 60%, além de torneiras automáticas com sensores para lavatórios com controle de vazão e tempo de acionamento. HealthArq: Algo foi feito especificamente por se tratar de um hospital? Moreira: Como citado, todos os equipamentos e materiais utilizados passaram por rigoroso controle técnico. Foi empregada mão de obra especializada com o objetivo de garantir não somente a correta aplicação, mas a integridade e a funcionalidade dos sistemas a longo prazo com procedimentos voltados para uma maior vida útil a partir de programas de manutenção e integração com outras utilidades do edifício. Foram realizados testes para simular situações reais como as de Combate a Incêndio (hidrantes) e de falta de energia elétrica sendo possível analisar rendimento e registro dos valores elétricos, assim como identificar eventuais falhas com o sistema em operação. Em se tratando de uma instalação hospitalar, mais que garantir a confiabilidade e durabilidade é indispensável que os sistemas cumpram com a sua função com a máxima eficiência e sempre que exigido. Health 105 ARQ


EXPANSÃO

Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem Novas instalações prometem melhorar a qualidade e a capacidade de atendimento da Instituição, desafogando o grande fluxo de pacientes que chegam ao hospital 106

Health ARQ


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ocalizado na cidade de Joinville (SC), o Hospital de Olhos Sadalla Amim Ghanem, é referência na região Sul do país. Em constante crescimento, ao longo de seus 69 anos, a instituição não poupa esforços para melhorar a qualidade de seu corpo clínico e investir efetivamente em novas tecnologias. É por isso que a procura pelos serviços do Hospital de Olhos Sadalla Amin Ghanem (HOSAG) cresce gradativamente, aumentando em muito a demanda de pacientes, o que criou a necessidade de expansão do Hospital, cujo atendimento ultrapassa as barreiras da cidade de Joinville, já que 50% dos pacientes atendidos chega de outras cidades do sul e até mesmo de outros Estados. “Costumo brincar que o HOSAG é uma das atrações turísticas da cidade, já que recebemos quase três mil visitantes por mês, vindos de outras cidades.”, comenta o diretor técnico e sócio proprietário do

Hospital, Dr. Emir Amin Ghanem. Dessa maneira, desde o ano de 2008, um novo complexo hospitalar está sendo construído para desafogar o enorme fluxo de atendimento, possibilitando um espaço mais amplo, melhor estruturado, dando consequentemente mais qualidade aos procedimentos realizados pela Instituição. As futuras instalações serão na Avenida Marquês de Olinda e contemplam uma área de aproximadamente 14 mil m² distribuídos em quatro andares, com previsão de inauguração ainda em 2012. A nova estrutura contará com 43 consultórios médicos, duas unidades de diagnóstico e terapêutica, centro-cirúrgico com cinco salas e 12 leitos, centrocirúrgico de Laser Ocular, cinco salas para pequenos procedimentos, departamento de lentes de contato, centros de estudo e pesquisa, estacionamento coberto com 182 vagas, auditório e heliponto. O

empreendimento também disponibilizará uma área de apoio aos pacientes e acompanhantes, com praça de alimentação e alameda de serviços para os visitantes. Segundo a gerente administrativa do HOSAG, o objetivo da ampliação é, além de criar condições ideais para as práticas assistenciais e médicas, agilizar os processos operacionais e administrativos com uma gestão moderna e eficiente. “Para tanto, o Hospital está implementando inúmeros projetos assessorados por profissionais e instituições sérias. Com o funcionamento da nova sede ampliaremos expressivamente as consultas e procedimentos, portanto planejamento, organização e profissionais preparados serão fundamentais para o sucesso do empreendimento.” Após a expansão, a Instituição pretende otimizar sua atuação, se consolidando como modelo nacional de assistência à saúde. Health 107 ARQ


EXPANSÃO

ESPAÇO A grande dificuldade encontrada pelos gestores do hospital ao decidirem pela construção de uma nova estrutura se deu na busca pelo melhor local. Dessa forma, até a ideia sair efetivamente do papel, a questão da localização dificultou o projeto, como explica Mirian Pinhei-

ro, gerente administrativa do HOSAG: “Foram alguns anos a procura de um terreno que pudesse propiciar a construção de um empreendimento moderno e ao mesmo tempo com localização estratégica, ou seja, de fácil acesso também para os pacientes de outras cidades.

LUGAR CERTO O grande desafio para que o Hospital pudesse começar a ser construído deu-se a partir da procura do melhor terreno e melhor local. Foram anos em busca de um lugar com localização estratégica e terreno propício.


A ARQUITETURA DO NOVO SADALLA AMIN Escolhido o local, a criação do projeto arquitetônico foi encomendada à M² Arquitetura com consultoria da Madrigano Arquitetura Hospitalar, empresas que, juntas aos gestores do Hospital, trabalharam a fim de criar um ambiente plenamente humanizado e compatível com o atendimento de qualidade proporcionado pela Instituição. Diante disso, o projeto priorizou o conforto dos pacientes, uma condição na concepção do hospital, com a intenção de fazer a experiência dos pacientes parecer menos traumática. “Para isso, nos apegamos muito às questões relacionadas à hotelaria”, explica o arquiteto Luís Eduardo S. Thiago, da M² Arquitetura.

Assim, focando a humanização do atendimento, o interior do Hospital conta com uma decoração repleta de materiais amadeirados, espelhos, mármores e iluminação mais quente, com o uso de leds, para criar um aspecto mais intimista e aconchegante. Aliado ao conforto, a sustentabilidade também é uma preocupação do projeto que prevê a utilização de iluminação natural desde a implantação do edifício, priorizando o bom aproveitamento da luz solar. Para isso, de acordo com Luís, a área de maior circulação ficará disposta para o lado sul, com a fachada toda revestida de vidros refletivos verdes, que remetem a uma lente.


EXPANSÃO

Hospital Pompéia amplia Centro Clínico Atendendo a uma população potencial de um milhão de habitantes, o Hospital investirá 18 milhões na construção de dois novos prédios

H

á mais de 90 anos o Hospital Nossa Senhora de Pompéia, de Caxias do Sul, mantém uma gestão séria e transparente a 110

Health ARQ

serviço da saúde pública. Seu Centro de Atendimento conta com uma excelente infraestrutura física e tecnológica, além de vários profissionais de

diversas áreas, atuando em benefício de uma população cujo público potencial chega a um milhão de pessoas. A assistência prestada pela


Instituição é amplamente reconhecida, com atendimentos de urgência e emergência, e alta complexidade, considerados referências de excelência no mercado de saúde. E para manter essa qualidade, atendendo milhares de pessoas, é que o Hospital deu início a um audacioso projeto de expansão, ao perceber a necessidade de ampliar sua estrutura de atendimento, proporcionando mais funcionalidade e conforto aos pacientes, familiares, corpo clínico e demais profissionais da instituição. Para isso, o plano de expansão propõe a construção de um novo prédio, com uma área total de 8.452,40 m² para funcionamento do Centro Clínico, com opções rápidas e

práticas para melhorar o fluxo de atendimento. O projeto da futura estrutura é dividido em subsolo, andar térreo, mais 11 andares e mezanino. De acordo com a coordenadora de qualidade do Hospital, Daniele Meneguzzi, o maior referencial de inovação na ampliação do Centro Clínico fica por conta da construção de um moderno restaurante panorâmico, projetado para funcionar no 11º andar do edifício. Além do novo Centro Clínico, a área de estacionamento também demanda uma ampliação imediata, já que atualmente são disponibilizadas 52 vagas no total, enquanto somente o número de funcionários passa de mil. Dessa forma, um novo Edifício Garagem está pre-

visto no plano de expansão, e será construído numa área de 6.082,90 m², distribuídos em nove andares totalizando 180 vagas. Todo o projeto utilizará recursos do BNDES e será executado em duas etapas. A primeira teve início em agosto de 2011 e consiste na construção dos primeiros andares do Centro Clínico (subsolo, térreo, mezanino e 2º pavimento). Com área total de 1.736,60 m² e investimento de R$2.389.056,82, o prazo de conclusão da primeira fase é de 18 meses. Para a segunda etapa estão previstas a construção do edifício garagem e a conclusão do restante do Centro Clínico, totalizando o orçamento de 18 milhões.

LUGAR CERTO Na nova estrutura, o espaço da recepção no térreo receberá, além dos habituais serviços de café e lanchonete, um prático espaço comercial, com clínica de estética, agência bancária com autoatendimento, e serviços de correios e de Lan House. Health 111 ARQ


EXPANSÃO

ESTRUTURA MODELO Atualmente, a estrutura física do Hospital Pompéia compreende 301 leitos, divididos em 11 Unidades de Internação (255 leitos), 2 UTI’s Adulto (19 leitos), 1 UTI Neonatal (15 leitos), 1 UTI pediátrica (4 leitos) e 1 UCI- Unidade de Cuidados Intermediários (6 leitos). Também fazem parte do complexo, 10 salas de cirurgia, um Centro Obstétrico com duas salas de parto, um ambulatório (com três consultórios, sala de gesso e sala de procedimentos), pronto-socorro (com sala de urgência/emergência,

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Health ARQ

UTI Intermediária e leitos de observação) e pronto-atendimento (com três consultórios, sala de procedimentos ambulatoriais, sala de sutura e gesso e leitos de observação). O Hospital engloba também um completo Laboratório de Análises Clínicas e o mais Completo Centro de Diagnóstico da região, repleto de equipamentos de alta resolução, como ecografos (tradicionais e com doppler), tomografia computadorizada helicoidal, ressonância magnética de campo aberto e campo

fechado, serviço de hemodinâmica, hemodiálise, medicina nuclear (cintilografia), litropsia extra-corpórea e Pet CTT. Os dois últimos equipamentos são os únicos disponíveis no interior do estado. Dentre os equipamentos disponíveis para o atendimento destacam-se ainda os respiradores volumétricos, monitores multiparâmetro, eletro-cautério, arco cirúrgico, torre de vídeo-cirurgia, incubadoras, monitor de PIC (pressão intracraniana), ECG com interpretação automática.


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EXPANSÃO

Casa de Saúde São José

Hospital carioca destinou 5 milhões de reais para a construção das novas Unidades Coronariana (UCO) e Semi-Intensiva (USI)

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Casa de Saúde São José atualmente passa por um processo estratégico de expansão e reestruturação de seus serviços. O hospital carioca tem se dedicado com afinco à ampliação e modernização de especialidades estraté-

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Health ARQ

gicas, e em 2012, planeja crescer ainda mais, como explica o diretor executivo da CSSJ, André Gall. “Já contamos com uma das maiores e mais modernas UTI’s gerais do estado, com 30 leitos e quartos totalmente individualizados. Entretanto, queremos

crescer mais em diversas especialidades. Para este ano, estão previstas as ampliações da emergência da São José, com ampliação de suas especialidades, bem como a inauguração de um novo setor de Hemodinâmica e métodos gráficos, além de um novo


centro cirúrgico de média complexidade ainda no primeiro semestre.” Último projeto entregue em 2011, a conclusão das novas Unidades Coronariana (UCO) e Semi-Intensiva (USI), contou com o gerenciamento da ZSE Engenharia junto à Hirth Arquitetos Associados, um lançamento de grande importância para a Instituição, concretizado sob um alto investimento. A verba de R$ 5 milhões possibilitou a ampliação e renovação de todo o parque tecnológico através da aquisição de equipamentos de alta tecnologia, com a possibilidade de segurança máxima para qualquer tipo de diagnóstico. Também foram providenciados modernos sistemas de purificação e filtração do ar ambiente, necessários para certos tipos de pacientes em ambientes selecionados. Cada setor será capaz de receber até 11 pacien-

tes, e além do aumento do número de leitos, que anteriormente eram nove, os mesmos foram individualizados, estão mais amplos, confortáveis e possuem, inclusive, banheiros privativos. O uso do branco, compondo com outros tons como o azul e amadeirado, amplia os espaços e traz grande luminosidade e aconchego para o interior, condição importante para a cura. A Unidade de Internação Crítica Coronariana tem aproximadamente 500 m², sendo a primeira ação para a implantação de um importante Centro de Cardiologia, com alta tecnologia e profissionais especializados. Foi instalada no segundo pavimento, logo acima da atual Emergência, que também será reestruturada completando o Centro de Cardiologia. Contará com um elevador exclusivo para atender às emergências e estará interligada aos Centros Cirúrgicos e UTI’s.

QUARTOS Cada setor será capaz de receber até 11 pacientes, e além do aumento do número de leitos, que anteriormente eram nove, os mesmos foram individualizados, estão mais amplos, confortáveis e possuem, inclusive, banheiros privativos.


EXPANSÃO

POSTO DE ENFERMAGEM O setor está organizado em quartos distribuídos ao longo da circulação. O posto de enfermagem, serviço, chefia de enfermagem se encontram na entrada do setor para garantir a visualização dos leitos, e oferecer total segurança aos pacientes. Também há um monitoramento de última geração, com câmeras instaladas nos quartos para acompanhamento contínuo dos pacientes por telemetria, possibilitando acesso à telemedicina. “O ambiente é seguro, humanizado e acolhedor. A aparelhagem também 116

Health ARQ

é de última geração, com sistema de monitoramento multiparamétrico e câmeras de vídeo em todos os leitos para adequada vigilância e segurança do paciente.”, complementa o Dr. Augusto Neno, um dos médicos responsáveis pela Unidade Coronariana e Emergência Cardiológica da CSSJ. Ele reforça que a Unidade encontra-se preparada para atender qualquer tipo de patologia cardíaca e gravidades, incluindo suporte aos pós-operatórios de procedimentos cardiológicos e cirurgias de alta complexidade. Os médicos Gustavo

Nobre e Marcelo Kalichsztein, chefes do Serviço de Terapia Intensiva da CSSJ, destacam que o perfil dos pacientes internados nesse setor costuma ser de pessoas que passaram por cirurgias de média complexidade ou que estão saindo da terapia intensiva, possibilitando a adaptação progressiva para o retorno ao domicílio. “Um conjunto de fatores que, associados, contribuirão para que a experiência da internação seja a melhor possível, tanto para o paciente quanto para seus familiares,” explicam Nobre e Kalichsztein.

O posto de enfermagem, serviço, chefia de enfermagem se encontram na entrada do setor para garantir a visualização dos leitos, e oferecer total segurança aos pacientes.


AMPLIAÇÃO DO HOSPITAL EM FUNCIONAMENTO veis aos demais setores. Para a restauração da rede elétrica e hidráulica foi necessário programar junto ao setor e à infraestrutura o remanejamento de prumadas e tubulações da UTI, no 4º. Pavimento, que passavam pela obra em diversos pontos. Os encaminhamentos de bandejas elétricas, tubulações, eletrodutos, entre outras, foram realizados com precisão e técnica, facilitando a instalação de dutos, principalmente nos corredores. A rede de esgoto da UCO teve sua execução programada para finais de semana à noite, uma vez que suas

instalações estavam situadas no teto do Térreo (Urgência) e o trabalho a ser realizado necessitava da remoção de pacientes, equipamentos e mobiliários do local. Foram cerca de 90 furos em laje para a instalação de ralos com o setor logo abaixo em funcionamento, sem dúvida um desafio tanto. Devido à especificidade da obra, executada em um ambiente hospitalar, os materiais especificados pela equipe da Hirth Arquitetura foram selecionados tendo como critério principal atender às exigências e normas vigentes, tais como

bate-macas, piso em manta vinílica com rodapé curvo, bancadas em aço inoxidável e pintura de parede lavável. Também foram solicitadas instalações especiais, como sistema de monitoramento cardíaco, chamada de enfermagem nos leitos e banheiros, réguas de cabeceira com funções, gases medicinais, iluminação indireta, entre outros. A concepção do projeto luminotécnico teve como premissa proporcionar conforto e segurança aos pacientes e acompanhantes, reduzindo os níveis de estresse e, consequentemente, auxiliando no tratamento.

Grupo Mídia

A obra, iniciada em Agosto de 2010, teve como dificuldade primária o desligamento de instalações elétricas e hidráulicas antigas para a readequação de toda a rede de fornecimento, tendo em vista que o trabalho foi realizado numa estrutura preexistente, no qual o maior desafio foi realizar a reforma em um andar intermediário (2º. Pavimento) com os demais funcionando a pleno vapor. Sendo assim, a equipe designada trabalhou com extrema cautela com o intuito de causar o menor impacto e transtorno possí-

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EXPANSÃO

Hospital São Rafael Novo Anexo ampliará capacidade de atendimento

O

Hospital São Rafael, uma instituição de assistência à saúde reconhecida pela sua qualidade de atendimento de alto nível, uma ampla infraestrutura tecnológica e estruturas de ensino e pesquisa relevantes, atualmente encontra-se com uma demanda reprimida, acima da sua capacidade de ocupação. Como medida de ampliação, teve início à construção do Anexo, um prédio de 10 andares adjacente ao edifício sede com 118

Health ARQ

13.300m² de área construída. A finalidade da nova estrutura é proporcionar mais conforto aos pacientes através da reorganização da estrutura interna do Hospital que resultará na disponibilização de mais leitos de internação. O projeto arquitetônico desenvolvido pelo arquiteto Ricardo D’Albuquerque foi minuciosamente analisado junto às equipes médicas e de enfermagem e contou com um estudo detalhado de sua localização em terreno aci-

dentado, que comportou estudos de sondagens, logística e fluxos internos e externos. A abertura de novos leitos permitirá uma maior otimização dos serviços e a agilização das internações. O serviço de emergência pediátrica, atualmente no prédio principal, será realocado, e os leitos de observação da emergência para adultos transferidos, disponibilizando mais espaço diagnóstico e proporcionando mais conforto aos pacientes e

agilidade nas internações. A Unidade de Oncologia também ganhará espaços mais adequados dentre ambulatórios e internação, contando também com mais leitos de terapia intensiva e para pacientes provenientes transplante de medula óssea. A Polaris é responsável pelo planejamento, gerenciamento e fiscalização das obras de ampliação do HSR, que acontecem em uma área anexa ao prédio atual. Para isso a equipe de gerenciamento


faz uso das Técnicas de Caminho Crítico (PERT/ CPM) processadas através do MS Project, buscando bons resultados através da determinação dos procedimentos executivos e de análise preliminar de riscos na execução dos serviços. Para atuar em sinergia com as equipes contratadas para a execução da obra, a Polaris procurou elaborar, em conjunto com elas, um prévio planejamento executivo da obra e acompanhar a execução a fim de eliminar as interfaces porventura existentes. A maior dificuldade para a obra de ampliação ficou

por conta do terreno em grande declive, que gerou a necessidade de construir uma contenção em solo grampeado e a eliminação de interferências, afastando qualquer detalhe que pudesse provocar a interrupção do processo. A fase preparatória da execução já foi concluída através de cortinas de manutenção de talude e obras complementares para as fundações, e a previsão para entrega da obra concluída é para o primeiro semestre de 2013. A adequação do terreno comportou perfeitamente a execução de cortinas de contenção em solo

grampeado e a remoção e realocação de interferências como a rede de esgoto, de água e o acesso de operários em área não operacional do HSR. Dentre toda a tecnologia aplicada à obra, passarelas constituídas de metal e vidro unirão o Anexo ao prédio principal do Hospital. Consciente desde a implantação da importância de sua responsabilidade sócio-ambiental, o Hospital aproveitará a obra de expansão para ampliar a estação de tratamento já existente. Enquanto isso, todos os serviços executados são validados previamente

pela equipe de segurança e meio ambiente. A construção do Anexo é independente da área operacional do Hospital São Rafael, no entanto, toda a área de execução está isolada impedindo o trânsito em áreas que estejam em funcionamento. Totalmente flexível, a área do entorno do Hospital São Rafael possibilita diversas opções para novas ampliações e abertura de novos acessos sem interferir no funcionamento da Instituição, caracterizando uma construção multidisciplinar com visão para um futuro de pelo menos 10 anos.

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EXPANSテグ


Hospital do Coração

HCor constrói novo prédio e amplia estrutura de atendimento

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naugurado em 1976, o HCor (Hospital do Coração) é uma entidade beneficente e não lucrativa, mantida pela Associação do Sanatório Sírio. Classificado pelo Ministério da Saúde como hospital de excelência no Brasil, o HCor é referência no atendimento cardiológico desde a sua fundação e hoje é visto como idealizador e propulsor de novas tecnologias, tratamentos e pesquisas nacionais e internacionais na área da saúde por meio do Instituto de Ensino e Pesquisa (IEP). Nesses 35 anos, o HCor ampliou de forma significativa os seus serviços, lançando novas especialidades e centros diferenciados. Essa expansão foi pautada por um aprimoramento constante na qualidade de atendimento, tanto que em 2009 o hospital ingressou no seleto grupo de insti-

tuições reacreditadas pela Joint Comission International (considerada a mais importante certificação na área da saúde), com conformidade total em 98,33% dos 1.138 elementos de mensuração, atendendo aos índices máximos nos padrões de qualidade. Para continuar seu plano de expansão, o HCor está construindo um novo prédio, localizado em frente ao atual complexo hospitalar, na Rua Desembargador Eliseu Guilherme. Com 5 subsolos e 13 andares, o novo prédio, que contará com centro cirúrgico de alta complexidade, apartamentos para internação e centro de convenções, tem a inauguração prevista para o primeiro semestre de 2012. “Esse projeto se destina ao novo prédio localizado em frente ao atual complexo hospitalar,

com um edifício de 13 andares e tem inauguração prevista para o primeiro semestre de 2012 para resolver algumas situações que o HCor enfrenta atualmente por conta de seu crescimento, como alta taxa de ocupação de leitos de internação e a impossibilidade que temos no momento de implantar novas tecnologias nas áreas cardíaca e neurológica devido a nossa atual estrutura física”, afirma o engenheiro do HCor, Ayrton Siqueira. Um dos grandes diferenciais para facilitar o acesso dos pacientes é a nova estrutura de estacionamento. Nos andares subterrâneos o novo prédio terá 142 vagas, melhorando significativamente o problema crônico de falta de vagas na região. O empreendimento contará

com 45 apartamentos, aumentando a capacidade de internação dos pacientes. Os apartamentos terão um nível de hotelaria diferenciada para atender aos mais exigentes pacientes. “Aproximadamente metade dos quartos terá uma sala extra, que poderá ser utilizada para hospedar o acompanhante do paciente e até mesmo servir como um escritório durante o período”, destaca Ayrton. Outro benefício será o Centro de Convenções, que ocupará um andar e terá um auditório para 280 pessoas. O espaço será utilizado para eventos médicos e também para eventos internos, que atualmente são realizados nos auditórios do prédio principal. “O Centro de Convenções, com um grande auditório e uma Health 121 ARQ


EXPANSÃO estrutura de ponta, trará muitos benefícios para os colaboradores da Instituição, pois poderemos investir cada vez mais em eventos e treinamentos internos”, destaca a gerente de RH, Silvana Castellani. O edifício principal terá três ligações diretas com as novas instalações. Duas passarelas e uma passagem subterrânea, que facilitarão a circulação dos colaboradores e pacientes pelo complexo do HCor. O novo prédio terá também um andar cirúrgico, com duas salas de cirurgia híbrida, conceito que combina procedimentos

intervencionistas menos invasivos com procedimentos cirúrgicos. “A ideia básica seria a de utilizar a sala de cateterismo/hemodinâmica com o auxílio de raio X para procedimentos rotineiros e, caso haja alguma dificuldade de completar o tratamento ou complicações, a sala pode se transformar em centro cirúrgico em questão de minutos, com o afastamento do tubo de raio X e reversão da mesa para o modo cirurgia”, diz o superintendente de operações, Jorge André Bacha dos Santos. O HCor está aprimo-

rando sua expertise em outras especialidades, e esse projeto irá permitir que o hospital invista em outra grande área, que é a neurologia, com a implantação de uma solução inédita no Brasil. Essa solução tecnológica para alta complexidade nos procedimentos neurológicos se caracteriza por uma sala cirúrgica partilhada a uma sala com equipamento de ressonância magnética. “O HCor continuará investindo para oferecer aos colaboradores uma melhor estrutura de trabalho e qualidade no atendimento ao paciente. Além do novo

prédio, outras instalações já estão sendo construídas”, ressalta Jorge. Hoje, a estrutura do Hospital do Coração conta com 44 mil metros quadrados de área construída, com um total de 214 leitos, 10 salas de cirurgia para procedimentos de alta complexidade, pronto-socorro interligado com heliponto, centro cirúrgico, unidade coronária, laboratórios, centros de hemodinâmica, estrutura para eventos científicos e toda a infraestrutura de ponta para atender os pacientes e seus familiares.

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