Políticos Brasileiros e outros poemas de protesto - Héber Bensi

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Políticos Brasileiro$ Protesto E OUTROS POEMAS DE


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EDIÇÃO Editora Mágico De Oz

CAPA E DIAGRAMAÇÃO Rogerio Veiga

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Série Literatura Digital | Políticos Brasileiros e Outros Poemas de Protesto Héber Bensi/ Org. Rogerio Veiga Rio de Janeiro, RJ: Editora Baronesa- 2022. 100 p. : 18 cm. ISBN 978-65-997048-4-0

1. Literatura Brasileira I. Título

Índices para catálogo sistemático: 1. Literatura Brasileira

Todos os direitos reservados. A reprodução de qualquer parte desta obra só é permitida mediante autorização expressa do autor e da Editora Baronesa.


$umário Políticos Brasileiros Holocausto brasileiro Não existe riqueza em um Planeta Morto Fantasmas do antigo Hospital Psiquiátrico de Barbacena CPI da Covid O comércio da fé Hecatombe genocida A derrota de Trump Tropas do passado Unidos, nós resistimos Carpe Diem No ano de 39 Filha da escuridão Nevava a luz da fé em Paris Lua de sangue Esse meu sonho Continuar Um livro Palhaços de Brasília Os homens são porcos que se alimentam de ouro Corrupção


Políticos Brasileiros Os políticos brasileiros são a vanguarda do atraso, A mentirosa virulência de contratos fantasmagóricos. Os políticos brasileiros são as escolas desmoronando Em mentiras, com os ternos em que desfilam podridão. Eles são a luxúria e mansões, Uma ofensa a Deus. Pervertidos paraísos fiscais, Desvios de dinheiro plantados na violência. O avião de cocaína à espera da próxima Overdose do sistema. Os políticos brasileiros são a moldura dourada da miséria. O palácio do caos em chamas, a salvação forjada. Azeitonas radioativas nas pizzas das CPIs. Eles são o palhaço ''Pennywise'' a engolir o Mundo. O andar pra trás, a falsidade familiar miliciana. Eles são a propina dos hospitais sem medicamentos, E as crianças que se alimentam Na lixeira. São a guerra da desesperança, o financiamento do crime. A falta de vacinas e a desesperança das filas médicas. Eles são o jogo da perversidade. As laranjas podres do futuro pervertido. Árvores cortadas e a inflação do projeto genocida. Eles são o vírus da morte e egos inflados pandêmicos. Os pastores nadando em suas piscinas de dólares lavados. A praga bíblica em bitcoins e cartões de crédito da fé. Eles são as fake news e a discórdia.

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Eles são a cidade coberta de lama, E o museu agonizando em chamas toda A História destruída, gananciosos detritos. Os políticos brasileiros são as estátuas de cera De gerações falidas. Eles são os estupros bandeirantes, São os indígenas em seus últimos dias. A árvore que chora e o futuro que sangra Esperando a absolvição. Os políticos brasileiros são os incêndios das matas. A Amazônia destruída e dinheiro público aos Paraísos fiscais. Eles são o contaminar das terras. A fatura abusiva do mercado. O arrebatamento ilegal das madeiras e A mancha sangrenta na bandeira. O Fim do Mundo e a peste.

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Holocausto Brasileiro O Hospital planeja o Massacre da Cloroquina. Os idosos na escuridão em experiências fascistas. Assim como no campo hitlerista, o tratamento paliativo experimental Veio interceder pelas lágrimas de morte da Carnificina em gás na falsa prevenção. O Presidente sorriu à solução final ‘’Preventista’’. Vista grossa ao Kit Covid chafurdou orações No tenebroso segredo obscuro do lucro fácil. Saudações cloroquinas em um hino da Seita, Colocada em paredes guardiãs, o hino forjou A oração da morte nos hospitais do sacrifício. Não houve solução para a Solidão da ganância se encontrando com Os segredos do dióxido de carbono político sufocante. Eugenia pelo correio, uma caixa foi recebida, Como num segredo do anjo da morte oferecendo A Cura. A salvação como migalhas floridas Veio interceder a mentira em nome de Deus Do Império da morte. Um outdoor verde e amarelo, uma saudação aos Mortos. Todos de joelho e um "Pai Nosso". Com tristeza a oração dizia: “Descansem em paz”.

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Não Existe Riqueza em um Planeta Morto O Plano de aniquilação das matas é um quadro fascista na parede. A deputada quer liberar a caça, enquanto um sorriso falso oferece a oração desmembrada ao fogo da selva. O Ibama nada pode fazer, enquanto as árvores agonizam na vanguarda do atraso. A tragédia virulenta é um contrato de serras elétricas com a política da mentira vomitando o fogo amazônico. As madeiras ilegais são a mansão de luxo do Ministro, com seu terno bonito da boiada a marchar. O crime ambiental é agora legalizado, e sua (i)legalidade é uma moldura na construção do ódio, uma bancada do agronegócio, venenos agrícolas de indiferença. O agent orange pulveriza as relíquias biodiversas. Assim, a morte é uma demência bancária de partidos políticos. O meio ambiente agoniza, os satélites são desligados, o contrabando ministerial é o terrorismo exportado. Quem lucra com a morte da natureza? Qual o futuro da vida? O verde é devastado, O aquecimento global e as águas com as toxinas à biodiversidade. A aniquilação das matas por um punhado de dólares é a luxúria do futuro em fumaça. O Planejamento é destruir. A (in)sustentabilidade reversa é o desprezo ao meio ambiente. O olhar contratual da elite a influenciar com poder. O espelho ultraconservador é uma trombeta a anunciar o novo incêndio, um novo dado histórico manipulado, Apenas uma observação de um Mundo em agonia. Contratos em dólares vindos de um paraíso violado.

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Fantasmas do Antigo Hospital Psiquiátrico de Barbacena (Des)Alojados em canteiros de gramas sofridas. Eles agonizaram até a morte por um pouco de fôlego. Segregação de uma sociedade egoísta e doente, Para onde mais eles iriam? O trem os trouxe para o Campo de Concentração Brasileiro. Crianças e idosos amontoados na terra. Cabeças raspadas, nomes esquecidos. Descaracterizados, desumanizados, Forçados a esquecerem de si mesmos. Campo de concentração, genocídio psiquiátrico, Injustiças de uma tragédia social, Desordem do caos infernal. Tratamento de choque, Velhas feridas da maldade. Crianças com seu último sono em dejetos, Corpos vendidos, moedas de lamento, Orações desesperadas, Sadismo nos tijolos do muro da prisão. Onde estava a solidariedade? Onde estava a humanidade? Perdidos no chão entre lágrimas e desperdícios. Renegados de uma sociedade abandonada de Princípios. Remediadas de incapacidade e loucura. Almas perdidas e esquecidas. Segregação — egoísmo humano, Médicos suspirando como o anjo da morte, Com os pijamas listrados Do Holocausto Brasileiro.

Homenagem às vítimas do ''Hospital Psiquiátrico'' Colônia, de Barbacena -MG.

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CPI da Covid A Hecatombe Genocida Governamental É analisada em papéis no Senado. A carnificina planejada é um tumulto televisivo, Virulenta tempestade sem valores, Da ‘’gripezinha’’ que devasta memórias e famílias. O oxigênio em falta em Manaus, para alguns Foi mero detalhe ganancioso, Enganoso dia D e hora H, De um falso sorriso militar Genocida na televisão. O grito dos mortos assombram e mostram O terror do vírus brutal. Subestimado pelos terraplanistas, Dotados pelos signos da fé da ignorância. Virus que, por ora foi subestimado, enlatado e cloroquinado Em oficiais mensagens de ‘’Fake News’’. Agora é discutido em uma CPI forjada, no sacrifício Pela falta de Remédios sedativos do sofrimento humano. Perversa Administração Pública, Que não é feita às pessoas. Às massas faltam vacinas, hospitais e escolas. Sem investimentos e equipamentos, Presente e futuro esquecidos pelo ódio da guerra. Holocausto brasileiro, eugenia econômica, Mapas sagrados do evangelho político publicitário. O ódio que é sempre um vírus, esperando A explodir na próxima Pandemia

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Brigas entre senadores, Cega disputa, Que no final acaba em Pizza. Falso choro dos Vermes Políticos Em túmulos abertos. Hospitais esquecidos, E corpos incendiados. No derramamento de sangue de um Novo dia na economia, Que deve seguir em frente. Ao novo normal da velha ganância humana, Que ‘’jaz’’ no Covidário, com a cruz que chora, A Céu aberto.

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O Comércio da Fé Em templos dourados, Com diamantes bíblicos E fé distorcidas, O dogma é vendido. A lavagem de dinheiro Do evangelismo. A água da cura em Rituais exorcistas Da bolsa de valores. Os diabos de si mesmos Afundam na lama da ganância. Universal dos lucros, A Casa de Deus Rodeada de diamantes, Enquanto o povo chora Na sarjeta Do Reino dos Céus. A televisão tem o outdoor Preconceituoso da bancada evangélica. Agora preocupada com as armas, AK-47 de mentiras, AR-15 de hipocrisia, Tortura e ódio. Votações desumanas e sacrifícios por algo que não vem, O homem descreveu Deus na inauguração Da morte cloroquina Do atual testamento. O baú de tesouro dos homens está sujo de sangue e miséria E com o vírus da morte, Consumindo o Templo de Salomão, Esperamos de joelhos, Com algumas moedas A salvação.

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Hecatombe Genocida Vacinas milicianas aguçam O desespero. Roubalheira na saúde, Virulência Propineira desperta A morte, sobre a lavagem de Dinheiro dos remédios. A vacina é escassa, mas escasso Não é o golpe, Este está inchado de ganância E sorrisos superfaturados de falsidade. O Governo é mascarado, mas Mascarado de perversidade, De milhões superfaturados Dos rombos do Centrão. À frente do caos genocida. Virulenta magnitude da desconstrução. A hecatombe genocida caminha Com a eugenia econômica, Discursos vazios, confusos. Cortinas de fumaça. Sobre a lamúria escatológica Do próximo roubo Aos hospitais. Em demolição na Televisão, A CPI mostra o derretimento Do País em chamas.

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A Derrota de Trump O velho palhaço arrota o campo de extermínio Na televisão das Fake News. O avanço da massa conservadora Esbarra em seu próprio muro da discórdia com Seus velhos lamentos de segregação. A Geórgia tornou-se democrata? E o verme do desgosto rasteja em sua Lamúria de ilusões. Despreza o sistema eleitoral, Com suas convicções Ku Kus Klanikas. Notícias falsas que fomentam o ódio, Ilusões atômicas, e massacre racista. Ignorou a passeata que dizia ''vidas negras importam''. Falsificou orações de distúrbio, em seu reino De miséria. Político que gosta de politicagem, não das pessoas. Palhaço da violação, das mentiras e do ódio. Sua marcha genocida foi desmascarada. Ignomínia do caos, dólares de tédio em seu nome. Nenhum inocente vai mais morrer pela distopia De seus falhos deveres gananciosos.

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Tropas do Passado O exército marcha com suas mentiras Superficiais, carregando o vírus da morte Nos trilhos do amanhã. Sequelas enganosas, Vanguarda genocida do atraso Proliferando em discursos de ódio. Da ciência esquecida. O oxigênio em falta. A falta de medicamentos agonizam Na ansiedade das músicas terminais Orando a esperança desastrosa Dos túmulos abertos. Leites condensados de ganância Arrombando o tédio das fronteiras. Holocausto sangrando em declínios Estatísticos das penumbras em agonia. O número da morte cresce e a incompetência Permanece. Em ideologias perversas, Escondendo a ciência sobre muros. As orações sobre o covidário Seguem lamentando As respostas cloroquinas Das Tropas do Passado.

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Unidos, Nós Resistimos Unidos, nós resistimos. Resistimos às derrotas. Na noite fria, onde a neve traz O horror da guerra e das sombras. A fidelidade nos mantém conectados, E podemos ver, o caminho ainda é doce. Nossas almas são livres, permanecemos juntos, E a música da estrada tem a nossa história. Quando a tirania atordoa e o sistema nos trava, A arte suaviza, nosso coração nos mantém firmes Para relatar nossos sonhos. Somos um acorde da melhor música, Sem amor não seríamos nada, Vamos quebrar o muro, chegaremos à vitória, Em nossa trincheira, a derrota nunca virá. Pois nossos braços estão estendidos, E nossa fidelidade nos leva ao caminho da luz. Unidos, nós resistimos, Não há nada mais forte do que nós, Lado a lado, sempre em frente, Seguimos.

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Carpe Diem Para construir nossa existência no topo da felicidade. Aproveite cada segundo, mantenha a alma livre. Construindo nossa existência com a estética de um Sorriso. Não nos tornaremos vazios ou nos renderemos a Padrões. Faremos do nosso jeito e construiremos nosso significado. Dizer ‘’ eu te amo ’’ para quem realmente importa para nós. Para escrever um novo poema, com signos impregnados de Valores. Porque a felicidade está dentro. Pluralidade dos conceitos de arte que amamos Sem medida. Morra por amor e continue vivendo. Tome uma cerveja. Para escrever sobre a garota mais bonita. As coisas mais simples não seriam as mais emocionantes? Porque escrever com a alma inteira é um jeito Para cultivar vida e significado em poemas e sorrisos. Cada segundo de vida, sem remorso, Porque se a nossa alma está feliz A esperança permanece viva e livre.

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No Ano de 39 No ano de 39 ela trará a flor dos sonhos! No ano de 39 ela virá para sonhar. Não quero mais chorar, Será que não entende? Eu quero apenas ouvir o que você tem que dizer, Por que você me pediu para te esquecer? No ano de 39 as ondas estarão acima das rochas E a beleza acima da dor. O colorido em cima das trevas E a magia unida ao amor. A guerra cessará, a fome, e as faíscas De Ganância. As incertezas, e as bombas Por territórios sagrados. No ano de 39 a carta mostrará a esperança E a beleza acima da dor. O colorido em cima das trevas E a magia unida ao amor. No ano de 39, Os abraços como diamantes, Mostrarão a nova solidariedade, Acima do ódio e da guerra. No ano de 39 ela trará a flor dos sonhos. No ano de 39 ela virá para sonhar. Não quero mais chorar, Será que não entende? Eu quero apenas ouvir o que você tem que dizer, Por que você me pediu para te esquecer?

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Filha da Escuridão Você me disse que o amor pode ser maior Que a vida ou a morte. Linda garota, em seu banho de sangue. As dores do Mundo não mais fazem parte De sua glória alcançada e de sua imortalidade. Sua doçura literária está nestas páginas Enfileiradas em segredos da noite escura. Doce menina, se eu morresse por você Eu viveria para sempre? A condessa Bathory habita sua genética. Pude ver pelo sacrifício em que o oculto chorou. Uma bateria de amor Habitou o sacrifício. E quando a morte é tão linda, É doce morrer. Você tirou a ganância das trevas mundanas, Em sua beleza há doçura que nunca tive Antes. O mundo sofre porque vive no egoísmo E tristeza. Não é perfeito e bonito como você. Sua doçura literária está nestas páginas, Além da noite escura, você tem amor Maior que a vida ou a morte. Princesa da escuridão. Se eu morresse por você, Eu viveria para sempre?

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Nevada a Luz da Fé em Paris Era noite, nevava a luz da fé em Paris, Moscou e Nova York, nevavam cristais de paz e esperança, como uma primeira vez, atrás do ar melancólico da noite em dúvidas sombrias, nevava sorrindo como uma criança, acendendo os acordes de graça e luz na fragilidade das lágrimas que buscavam redenção… A solidariedade que fez parar a Guerra, promoveu o abraço e novos espíritos de amizade. Arrebentava no topo a canção das gerações. A peste e a guerra pareciam ficar no passado, enquanto as orações poéticas abençoavam a luz da vida, fazendo renascer os poetas e o amor outrora esquecido. Paris, interminável, com doçura, fé e poesia, dividiu o silêncio com novos tempos de amor, parecia Natal.

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Lua de Sangue Poderia eu atravessar o mundo em seus lábios de sangue, Disfarçados de glória, adjacente à flor da esperança Nesse amor gigantesco e rubro de fios-de-coração? Poderia eu morar na glória triunfante em seus navios De Deus? Poderia eu rodar o mundo nas primaveras de Seu universo? Lua da paz incandescente, lua do amor Permanente, poderia eu viver e morrer em sua Histórica poesia, delirante pela vitória? Crateras específicas da força, De toda uma vida, em que escrevi, pra poder viver, Poderia eu ser o sangue da vitória despertando toda Liberdade, e a beijando, sobre seu brilho intenso sem Fim? Poderia eu ir, além, além das definições de tempo, em ti? Lua de sangue, disfarçada de beijos incendiários, Hoje dança sobre as rimas, de um poeta que sangra. Que sobre o vermelho canta, Em interno sacrifício de constelações Sorri sobre a vida.

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Esse Meu Sonho Este meu velho sonho, colorido no infinito. Atemporal como o arpejo composto na escola da vida Com a felicidade exposta. Sonho incalculado, inalcançável, indescritível. Um milagre que venceu as ideologias dos reis e peões, É maior que o meu tempo, maior que o carpe diem, E que meus desejos de vitória. Verdadeiros como Romeu e Julieta, Na pura rebeldia de vencer com amor as barreiras impostas. Assim como o Conde de Monte Cristo, Que foi do inferno ao céu com o tesouro de sua fé. O meu sonho derrubou sistemas, derrubou a ganância dos segundos, A maldade das propostas, e a deturpação dos segredos. O meu sonho solidificou a paz dentro de mim, um signo doce De apenas um destino a escrever a minha luz interna, Que renascia cortante nos dialogismos de virtudes. Meu coração é um livro que venceu as guerras E fez amizade com os exércitos de todos os mundos, Dentro de mim estavam em paz.

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Continuar Ainda que venham a lamúria e a peste, Colocando pedras nos caminhos da vida. Ainda que falte dinheiro, Por que irei eu desistir? Ainda que o amor seja por muitos esquecido; Ainda que falte a métrica do soneto decassílabo, Ainda que as livrarias fechem as portas Na agonia de baixas vendagens. Mesmo que a minha inspiração se enlouqueça, Por que irei eu desistir da vida? Ainda que a liberdade sangre, Que o grito de lamento incendeie a Inspiração poética. Por que eu iria desistir da vida? Ainda que o sofrimento do sino seja A única música ouvida na virtude do campanario. Por que eu desistiria? Ainda que a solidão permaneça E a noite escura transborde lágrimas Penetrantes de sorrisos falhos. Por que eu desistiria da vida? Ainda que a vírus venha sacrificar seus Hóspedes na estrada para o Céu. Por que eu iria desistir? Continuar a escrever e lutar é preciso, Até o último dia da minha vida, Porque Deus me disse: 'Vá, poeta'.

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Um Livro Um livro é como átomos Construindo valores na alma. Tornando suave a essência, Iluminando a noite solitária. Um livro é como a salvação, A oração do soldado na trincheira. O livro é como a palavra de fidelidade Que acende a luz do caminho. Um livro é a liberdade da Torre Eiffel, O sonho adolescente, Como um poeta andarilho, Que jamais esteve sozinho Pois possuía a esperança no coração. Um livro é um disco, O grito de paz dos Beatles, Cantando no telhado O amor de uma geração. Um livro é como a fúria do punk, Como a música do The Clash, Explodindo no muro as palavras contra O racismo que assombra as ruas de Londres. Um livro é a espada, A descoberta, o fim do tédio, Do poeta romântico com o amor em chamas.

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A história, de um pequeno príncipe E suas amizades Que mostraram o essencial invisível aos olhos. Um livro é o interior dos sonhos, A magia inundada de vida. Um livro é a luta de William Wallace Pela liberdade Escocesa. E se um dia não houver mais nada. Irei atrás de um novo tesouro, Um novo livro. Uma nova palavra de sabedoria, Que me abra o mundo A toda felicidade que pode existir, Dentro de mim.

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Palhaços de Brasília Eles deveriam ir vestidos, Não de terno e gravata, Mas com roupas de palhaços!

Eternos maníacos do circo político. Escatológico desastre Da luxúria dos poderes. Eu realmente amo todos eles, Mas por que eles vivem?

Palhaços de Brasília. Se mil vidas eu tivesse, com mil vidas não entenderia, Por que tamanha desonestidade e fedorenta baixaria?

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Os Homens São Porcos Que Se Alimentam de Ouro Os homens são porcos sujos que se alimentam de ouro. Eles são criaturas de hipocrisia, falidos Pedestres do desprezo. Eles são aliados da violência, amigos da selvageria. Criaturas que violam a natureza. Usurpadores Minerais. Os homens são os senhores da guerra Produtores de fome e miséria. Os abutres do suicídio. Os erros de um futuro sacrificado. Eles são puramente os mercenários da ignorância. A fábrica de pólvora do fracasso. O exército das almas do inferno. A destruição de mundos e sonhos. Eles são a construção da corrupção e do mal. Eles são os criadores de todo o mal existente, Eles são as armas e o ódio de si mesmos, A ignorância concretizada da destruição.

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Corrupção O Sistema é obscuro no Brasil. Para onde vão os trabalhadores? Eles morrerão por direitos desconhecidos Excluídos das falsas imagens da televisão? Cuidado com essas regras e regulamentos Que escondem nosso direito de pensar. Políticos escondem notas sujas na obscuridade Em contas e fornalhas que matam o futuro. Tudo volta a um ciclo sem fim, Ninguém tem limite quando o assunto é roubar. Ninguém é culpado, não há nada para culpar, Se no final a mentira for a verdade impressa. A Televisão tem a festa e o Show de Domingo. Escolas desabam e hospitais são fechados. Os políticos escondem os direitos das pessoas, Em falcatruas manipuladas por seus fantoches laranjas. Existe um futuro quando tudo voltar para Repressão, Ódio e guerra, violência e lavagem de dinheiro?

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