O Trotamonte - Jornal da Confraria Ed.3

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3ª edição Junho 2015

“Ultra Trail Serra da Freita é de uma grandiosidade que eu adoro”

CORRER NO TRILHOS MÁGICOS DA PROVA MAIS MÍTICA DE PORTUGAL

10ª EDIÇÃO DO ULTRA TRAIL SERRA DA FREITA “SEJAM BEM-VINDOS À FREITA! Desfrutem das paisagens e do bom que a Freita tem para vos oferecer.” Foi assim que José Moutinho, o mentor desta grande aventura, recebeu e desejou uma boa prova a todos os atletas nesta 10ª Edição do Utra Trail Serra da Freita. Este ano e pela primeira vez, a UTSF contou com uma prova Elite trail, com distância de 100km. Que bela forma

de comemorar uma década de existência. Uma caminhada ao longo desta década que é a 1ª pagina da história do trail em Portugal. Há mais de 5 anos que esta edição estava prevista com este figurino. Tudo em grande, grande em qualidade como em numero de pessoas que trabalharam e fizeram mais de 7.500Km, que dedicaram a este projeto mais de 4000h de trab-

alho para que fosse uma realidade. Bem-haja a toda a equipa da Confraria Trotamontes, voluntários e a quem de uma forma mais ativa ou passiva participaram e que deram o seu melhor para que este ano fosse a melhor edição de sempre. Cientes da grandeza deste projeto toda a equipa e colaboradores, tudo farão para que no próximo desafio seja ainda melhor.

Ano 2015 nº3 - Junho | Confraria Trotamontes - Todos os direitos reservados | www.confraria-trotamontes.com

Editorial Palavras do GrãoMestre José Moutinho sobre o Ultra Trail Serra da Freita. >> pag.2

Preparação A equipa Trotamontes na preparação dos trilhos para as 3 provas. >> pag.3,4

Testemunhos Leiam os relatos Sandra Kiesow, Asdrubal Freitas, Sérgio Moreira e Paulo Tavares . >> pag.4-8

da do do do

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O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

EDITORIAL

por José Moutinho

Trotamoteando “DEUS QUER, O HOMEM SONHA A OBRA NASCE…” Deus quis... Que o trail e a Freita fossem toda uma. Tudo começou em Verdon, onde uma nova paixão surgiu e o meu conceito sobre corridas na natureza mudou radicalmente. Naquela que era a prova nº1 da Europa aprendi que, para além do mundo das corridas de montanha, existia uma nova modalidade desportiva que era o Trail Running...

Fui desvendando, correndo até ao fim do mundo e durante 4 anos de "aprendizagem" e muitos kms trotamontes depois, percebi que Portugal poderia ter este conceito de corrida e não apenas as corridas de montanha que versavam a altimetria em detrimento da tecnicidade do percurso... Agora aquilo que a paixão unisse, já não separasse… vi a ideia inteira, de repente surgir, bela do verde profundo...

Quem te sagrou criou-te português... Bela Serra da Freita. E assim foi o berço para o projeto da Ultra Trail da Serra da Freita. Nascia assim a primeira prova do género em Portugal. Este ano com muito prazer realizamos a 10ª Edição desta prova mítica onde todos podemos correr em trilhos mágicos e desfrutar de rara beleza em todo, mas todo o percurso. A paixão pelo trail cresceu e ficou em mim personificado pela

FREITA. Cumpriu-se o Sonho, a Serra da Freita e o Trotamonte... Senhor, que o prazer de correr em montes e trilhos chegue a todos

APRESENTAÇÃO - As três provas de trail e a caminhada.

“... ULTRA TRAIL SERRA DA FREITA É DE UMA GRANDIOSIDADE QUE EU ADORO.”

Esta foto da partida do Ultra Trail Serra da Freita segundo José Moutinho “é de uma grandiosidade que eu adoro.” No passado dia 27 de Junho de 2015 decorreram em simultâneo 3 provas, a Elite Trail 100km, o Ultra Trail 65km e o Trail 28km. Todas tiveram o ponto de partida na Escola

Secundária de Arouca, onde estava montado a arena da prova. Como forma de convívio realizou-se uma Caminhada de 12km com partida do Parque de Campismo do Merujal, para onde os caminheiros foram transportados em camionetas desde a Escola Secundária de Arouca.

Ano 2015 nº3 - Junho | Confraria Trotamontes

Todas as provas percorreram os mágicos trilhos e caminhos da Serra da Freita.

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O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

EQUIPA CONFRARIA – Preparação dos trilhos mágicos com amigos.

“... QUE OS ATLETAS NESTE ESPAÇO ENCONTREM O ESPÍRITO DA UTSF E BEBAM DA SUA FILOSOFIA. É POR ISSO QUE A FREITA É MÁGICA.” Mais uma grande jornada de trabalho era esperada nesta 10ª edição da UTSF na Freita em que os dias passam rapidamente com muito trabalho que ainda havia pela frente. Segundo o José Moutinho na preparação do Ultra Trail Serra da Freita trabalham imenso mas também têm bons momentos onde “Apreciamos a belezas da região, estudamos geologia, namoramos, fazemos piqueniques e sobretudo temos muita diversão. Por isso não percam os trilhos que preparamos para si!” Houve um dia com 13 horas de trabalho muito árduo, onde a equipa teve a companhia de duas

simpáticas jornalistas Ivete Carneiro e Raquel que puderam registar o quanto é dura a tarefa de preparar a UTSF! Nesse dia e chegados à aldeia do Muro o amigo Alfaite, um senhor lá da terra, já os aguardava com o seu branco bem fresquinho! Com as palavras sempre amigas as jornalistas começaram de imediato a trabalhar, entrevistando o anfitrião. Assim no final tiveram que matar a sede. Nos inúmeros dias de preparação, houve dias de novas descobertas e novos trilhos, com passagens por zonas já míticas da prova e da serra. O caminho ancestral que liga Lomba de Arões, que

nas palavras do José Moutinho será provavelmente uma das aldeias mais bonitas deste país, a Carregal, outro ponto mítico que foi necessário preparar e balizar, sob um calor abrasador, foi o Trilho do Carteiro, novos trilhos traçados na ligação Covas do Monte à Aldeia de Drave, com a preciosa colaboração do Nelson Cunha da Escola de Montanha, a ascensão de Arouca até ao alto do planalto, um trilho com 5 km, mas será um trilho de contemplação e “Desenhado para que os atletas neste espaço encontrem o espírito da UTSF e bebam da sua filosofia. É por isso que a Freita é Mágica.” disse José Moutinho.

Os trabalhos prosseguiam a um bom ritmo e nas ruínas de uma autêntica cidade "Maia" cobertas com uma espessa vegetação, o Grão-Mestre afirmava que era “um espaço que muito pouca gente conhecia, com cenários dignos de um filme do Indiana Jones” e onde iniciava sempre um "envolvimento" por uma zona que o deixa num êxtase total sempre que por lá passa (foto indiana jones). As já famosas subidas “A Besta” e os “3 Pinheiros”, o Rio Paivô são outros pontos de referência e ainda mais havia para dizer destes e de outros pontos, ficando para uma próxima.

>> Flor e José Madureira

>> J.Moutinho, M.Gouveia, Asdrubal e o aldeão Alfaite

>> Ivete Carneiro e Raquel (jornalistas)

>> Carlos Natividade e Nelson Cunha (Esc. Montanha)

>> Trilho do Carteiro

>> Luís Pereira e José Madureira

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O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

ASDRUBAL FREITAS – O homem por detrás dos trilhos técnicos.

“…SEGUIMOS EQUIPADOS COM AS MAIS DIVERSAS FERRAMENTAS PARA ENFRENTAR A VEGETAÇÃO QUE TEIMA EM INVADIR OS TRILHOS…” Quem ainda não conhece Asdrubal Freitas, o responsável pelo desenho das subidas e descidas mais técnicas que existem em várias provas de trail e aqui na Freita não foi exceção. Como confrade que é tem o prazer de participar na marcação dos trilhos da UTSF partilhando esse prazer segundo ele com “os mais duros e afoitos Flor Madureira, Mário Gouveia e Carlos Madureira liderados pelo Grão-Mestre Moutinho”. Afirma que toda a logística “deste grande trail é imensa” desde combustíveis, alimentação, ferramentas, veículos, dormidas, sinalização e reuniões com juntas de freguesias para cedência de espaços para os PAC’s. Ele saiu do Porto com o confrade Paulo Silva, descrito como “incansável

na roçadora e no desbaste da vegetação que teimosamente por vezes nos impedia de progredir” e já no terreno divididos em equipas, ele com o Vítor Coelho, o Gonçalo Sousa, o Hugo Silva e o António Morais seguiram “equipados com as mais diversas ferramentas para enfrentar a vegetação que teima em invadir os trilhos” sempre acompanhados pelo calor infernal onde quer que fossem. O Asdrubal afirma que “Esta serra é dura para todos” e contou que um dos moradores em Regufe ficou espantado ao conhecer o percurso do trail e afirmou mesmo que seria impossível fazê-lo num só dia, lembrando aqui que os Confrades que com ele estiveram, fizeram de vassouras nos 100km e o incansável António Morais que

ajudou nas limpezas e marcações competiu mesmo na prova Elite 100km, assim como uma palavra de agradecimento ao Luis Pereira e o Ze Frisco pelo apoio e companhia na preparação dos trilhos, assim como a outros que auxiliaram durante o dia da prova, a Elizabete Martins, Armandino Cramez,

Altino Lopes, Bruno Silva, Antônio Martins, Julia Conceição, Paulo Rodrigues, Vitor Santos, Carmen Lima, Arnaldo Marinho, Miguel Madureira, Joaquim Nunes, Paulo Silva, Filipe Sousa e a todos os voluntários que não individualizou, mas salientou que nesta 10ª edição “eram mais do que muitos”.

EQUIPA CONFRARIA – Apoio durante as várias provas

“…ENFIM PASSAR POR MOMENTOS INESQUECÍVEIS E ACABAR EM GLÓRIA…” Como todos sabemos o apoio aos atletas durante a prova é importante a Confraria preparou tudo ao pormenor para que estivesse tudo a roçar a perfeição, como disse o José Moutinho “Para que não falte nada nos abastecimentos todo o miminho para os atletas que vão: correr, saltar, escalar, cair, levantar, desafiar, ultrapassar

dificuldades, chorar, sorrir e lutar … enfim passar por momentos inesquecíveis e terminar em glória.” Também estiveram presentes no apoio, com palavras amigas nos momentos mais difíceis, vários atletas conceituados, onde podemos destacar a Júlia Conceição que integrou a seleção nacional de trail running.

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O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

SANDRA KIESOW – Uma alemã rendida ao encanto da Freita.

“…UMA VIAGEM APROFUNDADA POR UMA SERRA JÁ AMADA …”

O pedido do José Moutinho para um testemunho sobre a Freita foi de imediato aceite e a atleta internacional Sandra Kiesow deixounos um relato pessoal fantástico sobre a prova Elite 100k na qual participou. “Quando as saudades, que já eram terríveis, de andar em serra, de

subir montes e lombos, de ver a paisagem dum ponto alto, enfim de viver a serra, chegou finalmente o dia de voltar à Serra da Freita. Desta vez tive a grande sorte de participar não só como atleta, mas também de poder ajudar um pouco a organização com os últimos preparativos para o grande dia.

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Apesar de ter muito trabalho e uma lista interminável de coisas para fazer o ambiente entre os elementos da organização era cheio de divertimento, de alegria, de brincadeiras e do amor e dedicação para a mesma coisa: para a UTSF. “ Disse ela como forma de introdução. Das edições anteriores a

Sandra Kiesow só conhecia o ponto de vista do atleta que era chegar ao dia da prova e levantar o dorsal e este ano disse que foi uma experiência mais rica e interessante, ficando com um ideia daquilo que está por detrás de uma prova deste tamanho. Agradeceu as amizades feitas e os extraordinários Pag.5


O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

SANDRA KIESOW – Continuação.

“... O QUE HÁ DE MELHOR DO QUE VIRAR A CABEÇA PARA TRÁS E VER UM VALE PROFUNDO E A ALTITUDE JÁ CONQUISTADA...” momentos partilhados “Um grande obrigado por me terem ‘adotado’ nesta equipa fantástica!!!!”. Depois duma noite bem quentinha a madrugada não deixou espaço para dúvidas “Frio não íamos apanhar!” pensou ela. A partida foi dada às 07:00 e logo um aglomerado de atletas das provas 65 e 100k lançaram-se pela serra acima. Antes da partida, com as previsões climatéricas e como a Serra da Freita já não era desconhecida apesar do respeito sentido por ela, a Sandra decidiu participar na “caminhada dos 100km” afirmando que “se os 65km já seriam um desafio, agora os 100km???” Depois da primeira subida da Arouca ao planalto da Freita com o amigo Moutinho lá para motivar os atletas. Classificou o novo troço para cruzar o planalto e chegar ao Tebilhão como “muito divertido” e sempre em boa companhia de amigos e conhecido das provas de Trail. Afirmou que o melhor nesta prova era a cumplicidade entre os participantes e a entrega para a mesma coisa “andar e correr na Serra”. A longa descida técnica ao Rio de Frades, uma das mais rápidas e belas etapas a Sandra descreveu como “a parte mais divertida a de deixar-andar as pernas” onde dava gosto “deixarse levar monte abaixo” travando apenas o necessário para não

descer mais rápido que as próprias pernas conseguem. A partir daqui ela já sabia que aventura não ia faltar nos próximos kms, pois o famoso Rio Paivô estava à sua espera, e de receber os restantes atletas… e pessoalmente a Sandra também já estava a espera deste rio para tomar banho e refrescar o corpo.

“Mais uma vez reparrei que o Moutinho estava lá e questionei-me qual é o meio de transporte dele, mas deve ser uma maneira extraterrestre, pois em todos os abastecimentos e outros pontos ao longo do percurso conseguiu materializar-se para nos apoiar e motivar. ” Depois de reabastecimento no Covelo de Paivô a prometida subida longa estava muito mais fácil do que a Sandra pensava e graças aos castanheiros antigos também estava bem sombreada. Para ela a descida para Covas do Monte, uma estrada em terra batida, era um pouco contra a sua religião, mas a subida para o Portal do Inferno, a partir da aldeiazinha de Covas do Monte era do melhor pois tinha tudo o que uma prova de trail devia ter, segundo ela “era num vale de beleza extrema com paredes de

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rocha impressionantes, uma inclinação de trilho que deu gosto e o sentimento de estar na serra!

”O que há de melhor do que virar a cabeça para trás e ver um vale profundo e a altitude já conquistada numa subida?”. Afirmando que isto é o trail puro, belo e as vezes cruel para quem não tenha uma paixão pela serra. “ No abastecimento viu “os verdadeiros heróis do dia”, caracterizando

assim o pessoal voluntário que ficou horas a fio no forno à espera de ajudar tanto quanto conseguiam os atletas que muitas vezes chegavam já pouco animados, especialmente ao verem a continuação da subida, que era bastante inclinada dava para meter medo “parecia perto de ser vertical, mas que em termos de desnível e distância era bem curta” disse ela espantada. Seguiu-se o Portal do Inferno, “entramos novamente no céu do corredor” disse a Sandra, depois de tanta subida finalmente a Pag.6


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SANDRA KIESOW – Continuação.

“...O UTSF DEU PARA DESFRUTAR DA PAISAGEM, DESAFIAR O CORPO E A MENTE E AO MESMO TEMPO APRENDER MAIS SOBRE NÓS PRÓPRIOS...” esperada descida técnica para Drave, mais uma etapa de deixar-se levar monte abaixo até à pérola da aldeia de Drave. Aqui as pernas voam monte abaixo, com os habitantes de Drave a ficarem um pouco surpreendidos com uma pequena “banda de loucos” a correr monte abaixo a alta velocidade. Lá em baixo seguiu rumo á Regoufe, mas logo depois da primeira subida voltou a descer para cruzar a Ribeira de Drave, onde dava para aproveitar os metros na ribeira para tomar banho, em boa companhia.

As cores das lagoas e a bem merecida pausa na água deixou-a a pensar “Não estou em corrida nenhuma, mas a descansar num SPA de 5 estrelas.” Depois de bem refrescada e novamente motivada enfrentou a famosa e bem durinha subida ao Sítio dos 3 Pinheiros com o sol a bater ainda com toda a força, que em condições de sauna tornou-se num desafio maior para todos. O trilho dos Aztecas foi um alívio, proporcionando sombra em alguns metros e o PAC da Pôvoa das Leiras era um milagre pois “havia água fresca e a melhor dose de energia do dia- puré de maça!!!” Depois de um sonho curto no alcatrão, as energias da maça foram libertadas e nada melhor do que isto porque o que

estava para a frente não precisa de descrição: a ‘Besta’! Como tantas vezes neste dia a Sandra teve a sorte de partilhar as emoções provocadas pela ‘Besta’ com outros atletas e com a partilha das histórias, a ‘Besta’ passou como se nada fosse e a chegada a Manhouce foi pacífica, com a posição do sol a permitir andar um pouco mais rápida sem demoras, sempre com a motivação extra da promessa de canja no próximo abastecimento na Lomba pois “já algum tempo estava a sonhar com uma canjinha!” retorquiu ela. Os trilhos eram um descer e subir constante e com a escuridão a chegar a Sandra tentou chegar à Lomba antes do cair da noite “mas este era mais rápido do que eu”. Chegando à Lomba, o cheiro da canja indicava que este não era um abastecimento qualquer mas um que convidava para fazer uma boa pausa, descansar os músculos já cansa-

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dos e aproveitar a saborosa canja! A seguir já esperava-lhe a longa e parcialmente bem inclinada ligação à Castanheira, logo seguida de um troço novo para chegar a Mizarela e fazer o percurso ao Merujal que a surpreendeu. Chegar a Merujal foi psicologicamente duro, pois normalmente a prova terminava aqui e desta vez ainda teve que lançar-se novamente à noite rumo a Arouca. A subida ao planalto parecia nunca mais terminar e aqui a Sandra Kiesow teve que quebrar com a sua regra de ouro de não correr pois “Já estava saturada de caminhar e a solução perfeita desta miséria era de correr, especialmente monte abaixo”. Ao chegar ao alcatrão de Arouca estava quase convencida que a câmara fez obras de alcatroar algumas estradas nesse preciso dia, pois não se lembrava de ter passado em tanto alcatrão na parte da manhã. Mas ao

ver a escola a alegria apoderou-se dela ao pois tinha realmente feito 100km numa prova como a Freita, e era motivo de mais um pouco de corrida e dum salto de felicidade ao cortar a meta. No fim da noite houve um jantar de sopa e massa com salada para todos os que terminaram para repor forças e recuperar bem durante as poucas horas que ela tinha para dormir. Afirmando que “O dia a seguir a uma prova destas é a verdadeira meta, se não dói nada o objetivo é cumprido. Pronto para a próxima!” Em forma de um ‘até já’ a Sandra Kiesow deixou uma mensagem de agradecimento:

“Mais uma vez o UTSF deu para desfrutar da paisagem, desafiar o corpo e a mente e ao mesmo tempo aprender mais sobre nós próprios e superar o desafio proposto. Muito obrigada a todos que tornaram este evento tão especial à organização, aos atletas que partilharam muitos kms e emoções comigo, às pessoas dos PAC’s. Espero encontrar todos novamente na Freita com o mesmo espírito de cumplicidade e gosto pela serra!” Pag.7


O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

PAULO TAVARES – 3º da Geral (Ultra 65k).

SÉRGIO MOREIRA – Uma máquina do trail.

“...PROVA FEITA COM MUITA CABEÇA MAS COM BOAS SENSAÇÕES...” Pela primeira vez a correr na serra da Freita, o Paulo Tavares da equipa Minho Aventura através da sua página do Facebook classificou-a de magnífica e que tem tanto de bela como de dura agravado pelo calor que se fez sentir. “Foi uma prova feita com muita cabeça mas com boas sensações” termi-

“...DESFRUTANDO DA BELEZA E DUREZA DA MAGNIFICA SERRA DA FREITA!...”

nando a prova num excelente 3º lugar da geral in execuo com Sérgio Santos a quem deixou um agradecimento especial. Quanto ao “bem marcado” percurso da Ultra segundo ele, classificou-o como “magnifico, muito técnico e duro”. Dando os parabéns à organização pelo evento. Mais uma aventura da máquina Sérgio Moreira, que desta vez não fez a prova competitiva, mas ajudando no 1º PAC na passagem dos atletas dos 65km/100km e como vassoura entre os 9-22km e depois entre os 34-48kms, repondo e limpando as fitas de marcação da respetiva prova.

Classificou esta aventura como “gratificante, vivendo a prova de uma outra forma e desfrutando da beleza e dureza da magnífica Serra da Freita!”. Agradeceu à organização pela oportunidade, em especial aos companheiros de jornada Mario Gouveia e Zé Frisco!

CLASSIFICAÇÃO – Masculinos e femininos por escalões.

MARCOLINO VERISSIMO E ANABELA POMBEIRO VENCEM NA ELITE 100K E TIAGO TEIXEIRA E TANIA BATISTA VENCEM NA ULTRA 65K.

1- M arco lino V eris s im o (83)

SS C GD

14:20:51

1- T iago T eixeira (306)

G in. F acto r X

08:21:48

1- A rm andino T abo rda (437)

O ralk las s

02:37:31

2- J o ão O liv eira (52)

U nicer/M ik e D av is

14:38:12

2- C arlo s P aulino (218)

C C Lagarto

08:59:46

2- B runo S ilv a (443)

A facycles S po rt

02:38:43

Indiv idual

15:01:12

3- P aulo T av ares (278)

O P raticante/U T V P

09:12:26

3- A ntó nio S ilv ino (432)

A .C S .M am ede

02:45:38

3- H um berto V ara (43)

1- J o ão O liv eira (52)

U nicer/M ik e D av is

14:38:12

1- T iago T eixeira (306)

G in. F acto r X

08:21:48

1- B runo S ilv a (443)

A facycles S po rt

02:38:43

2- J o aquim F reitas (55)

G .D .R . R eto rta

15:44:53

2- P aulo T av ares (278)

O P raticante/U T V P

09:12:26

2- A ndré S im õ es (424)

Indiv idual

03:02:43

S alam andreco s

16:46:03

3- S érgio A nt. S anto s (298)

O s Ílhav o s

09:12:30

3- M iguel E s tev es (623)

Indiv idual

03:21:12

3- J ero nim o E s tev es (45)

1- M arco lino V eris s im o (83)

SS C GD

14:20:51

1- C arlo s P aulino (218)

C C Lagarto

08:59:46

1- A rm andino T abo rda (437)

O ralk las s

2- J o s é M . G . da S ilv a (64)

M inho A v entura

16:29:03

2- B runo D ias (214)

O P raticante/U T V P

09:44:46

2- A ndré G uedes (422)

M erino C l. M édica

02:51:50

3- G uilherm e B ranquinho (39)

O M undo da C o rrida

16:45:47

3- J o rge B rites (248)

P é na R o ta

10:08:25

3- P aulo P into (655)

H erbalife

02:53:48

02:37:31

1- H um berto V ara (43)

Indiv idual

15:01:12

1- F ernando S acram ento (230) G in. F it 4 F un

11:17:54

1- A ntó nio S ilv ino (432)

A .C . S .M am ede

02:45:38

2- A m adeu T eixeira (5)

Indiv idual

19:00:18

2- J o s é A ntó nio P ereira (251)

S alam andreco s

11:25:23

2- D av id T av ares (474)

Indiv idual

03:08:09

M inho A v entura

20:05:48

3- F rancis co R o drigues (233)

G uards n R unners

12:11:49

3- J o s é F erreira (565)

Indiv idual

03:23:48

3- J o s é C apela (60)

1- A nabela P o m beiro (7)

A gregar R unners

19:13:49

1- T ania B atis ta (300)

C o im bra T rail R unning

12:02:37

1- T uxa N egri (731)

G in. Q uinta do V albo m

03:22:58

2- S andra K ies o w (138)

Indiv idual

19:24:01

2- V era B izarro (307)

O M undo da C o rrida

12:02:37

2- P aula Lage (644)

P aredes A v entura

03:24:01

R ail R unners

21:47:53

3- F ernanda A lm eida (229)

A gregar R unners

13:11:20

3- M ª A ugus ta Lo ureiro (611)

A .D . de C abro elo

03:36:49

3- P aula P enedo (106)

1- S andra K ies o w (138)

Indiv idual

19:24:01

1- T ania B atis ta (300)

C o im bra T rail R unning

12:02:37

1- T uxa N egri (731)

G in. Q uinta do V albo m

03:22:58

2- P aula P enedo (106)

R ail R unners

21:47:53

2- V era B izarro (307)

O M undo da C o rrida

12:02:37

2- P aula Lage (644)

P aredes A v entura

03:24:01

J o bra

21:49:26

3- F ernanda A lm eida (229)

A gregar R unners

13:11:20

3- D aniela R us s o (469)

G in. F it4F un

03:49:02

3- S uzana A ndrade (142)

1- A nabela P o m beiro (7)

A gregar R unners

19:13:49

1- P alm ira R elv as (274)

1- E s m eralda M elo (226)

Ano 2015 nº3 - Junho | Confraria Trotamontes

F alcõ es S elv agens

18:12:44

F K C A -T E A M

13:13:11

1- M ª A ugus ta Lo ureiro (611)

A .D . de C abro elo

2- A nabela R em édio s (420)

A .C . S .M am ede

03:36:49 03:56:46

3- S andra M iranda (711)

Indiv idual

04:09:54

Pag.8


O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

MOMENTOS TROTAMONTE – Fotografias tirados por diversos fotográfos.

FOTOGRAFIAS DOS ATLETAS DURANTE AS TRÊS PROVAS.

Ano 2015 nº3 - Junho | Confraria Trotamontes

Pag.9


O Trotamonte - 10ª Edição do Ultra Trail Serra da Freita

MOMENTOS TROTAMONTE – Fotografias tirados por diversos fotográfos.

MAIS FOTOGRAFIAS DOS ATLETAS E DO SEU ESFORÇO E PODER DE SUPERAÇÃO.

Corrida Verde a NÃO PERDER

Ano 2015 nº3 - Junho | Confraria Trotamontes

Pag.10


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