Introdução ao Urbanismo

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sumário contexto, objetivo e metodologia referencial - modelo de análise diretrizesanálises e partidos: problemas e potencialidades estudo de similares estudo aprofundado áreas verdes intervenções 39355433741

Dessa forma, é identificável os objetivos pelos quais deverão ser aplicados para que a zona de análise torne-se um melhor local, por meio de maior adequações a acessibilidade, a valo rização dos espaços ou até mesmo aumentar a qualidade de vida do espaço em uso.

Metodologia A metodologia de estudo inicialmente se baseou em im pressões gerais por meio de deriva no Setor Central, em busca de conhecer a realidade a qual seria analisada. Assim, foi possível criar uma divisão de regiões em três es calas: Macro, o perímetro de todo o Setor Central; Meso, rela ciona com a escolha de quadras ao entorno da região de intervenção; Micro a área de intervenção nas quadras 9 e 22.

contexto, objetivo e metodologia

O presente trabalho busca por meio de diagnósticos e aná lises do meio urbano para que seja possível a averiguação da realidade local. Assim, sendo possível apontar problemas, ca rências e potencialidades da região estudada para a compo sição de partidos que guiem no decorrer de propostas.

Introdução

Como forma de leitura urbana foi considerado aspectos como a localização do bairro; presença ou não de espaços que viabilizem deslocalmento pedonal; análise de densidade urbana; em diferentes escalas, que futuramente auxilie no diagnóstico e criação de partidos.

O Setor Central torna-se a base em que serão aprofunda das as análises. Por meio de leituras em diferentes escalas, é possível compreender adequadamente as configurações es paciais, como as escalas estão interligadas e como se apre sentam aos usuários, moradores ou comerciantes locais.

Principal personagem: Douglas Farr

FARR,Referência:D.Urbanismo

Sustentável: desenho urbano com a natureza/ Douglas Farr; tradução: Alexandre Salvaterra. Porto Alegre: Bookman, 2013. Foto: projetou.com.br/posts/urbanismo-sustentavel

-Caminhabilidade- satisfazer as necessidades a pé. -Biofilia, áreas verdes de lazer; -Maior-Segurança;densidade e urbanização concentrada; -Uso misto do solo; -Edificações com alto desempenho; -Bairro bem delimitado; -Acesso a um bom transporte público e a possibilidade de andar pelas ruas a pé e de bicicleta.

referêncial - modelo em análise Urbanismo Sustentável Período: final do séc XX e início do XXI

“Reduzido aos seus princípios mais básicos, o urbanismo sustentável é aquele com um bom sistema de transporte público e com a possibilidade de deslocamento a pé integrado com edi�ficações e infraestrutura de alto desempenho. A compacidade (densidade) e a biofilia (acesso humano à natureza) são valores centrais do urbanismo sustentável.” (FARR, D, 2008, p.28)

localização O Setor Central foi deter minante no planta incial do plano urbanístico da cidade de Goiânia, res ponsável por Attilio Corrêa ComoLima. principal foco a localização da principal praça, a Praça Cívica, onde se localizam as ave nidas Goiás, Tocantis e legendaAraguaia.perímetro Goiânia Setor Central

N

localização Em razão do crescimen to da cidade de Goiânia, o alto adensamento reflete na articulação entre bairros gerado pelo alto número de moradores da cidade. O Setor Central se interli ga com nove outros legendabairros.St.CentralSt.Marechal Rondon St. Leste Vila Nova St. Sul St. Oeste St. Leste Universitário St. Crimeia Leste St. Nova Vila St. Aeroporto St. Norte Ferroviário

N

Delimitação no Setor Cen tral da área de interven ção, referentes às qua dras 9 e 22, e a região de maior análises. legendaSetoráreaquadrasCentral9e22meso localização

N

diagrama de vegetações OAnálises:diagrama de vegetação permite a visualização das massas verdes na cidade e as consequências das presenças e ausências dessas vegeta ções. Na perspectiva meso, podemos ver que as maiores massas se concentram em bosques, ao sudoeste temos o bosque dos Buritis e ao nor deste temos o Parque Botafo go. Ambos, criam um pequeno microclima, possibilitando maiores sombras, umidade e consequentemente um maior conforto térmico nas áreas Jácircundantes.navisão

geral, consegui mos perceber a ausência das árvores nas principais vias do setor Cental, dificultando o conforto ao caminhar, au mentando os níveis de insola ção.legendavegetação área de estudo N

200m

OAnálises:diagrama de vegetação micro permite a visualização nítida das árvores existen tes nas áreas estudadas. Como mostra do no digrama ao lado, podemos con cluir que há uma alta escassez da arbori zação dessa região. Condição esta que cria uma série de problemas na urbani dade, como o desconforto térmico que o pedestre e o ciclista sentirão a passar por essas vias e o aumento da insolação nos edifícios maisÁreabaixos.estudada

200m diagrama de vegetações meso vegetaçãolegenda N

AV. Anhanguera Rua 04 Rua 08 AV . Goiá s Rua 09

cheios e vazios No mapa observa-se que a região é pre dominantemente densa e compacta, com muitos cheios. Os vazios são no geral ruas, becos e estacionamentos.

200 m N

serviços institucional mapa de usos residenciallazer Observa-se que o local de estudo é pre dominantemente comercial. legenda comercial

N 200 m

OAnálise:diagrama de alturas permite a visualização da gradação de alturas dos edifícios do local a ser estudado. Neste caso podemos ver que a maioria dos edfícios possuem altu ras médias para baixas. Por ser um local onde as edificações são mais antigas as alturas mais baixas são 25mlegendaexplicadas.

diagrama de alturas

Área3mestudada

R U A 0 8 R U A 0 9 RUA 04 AV. Anhanguera

zonas permanênciade Além das lojas de departamento desta cam-se muitos locais para alimentação, como bares, restaurantes e lanchonetes. Algumas zonas marcantes são o Cine Ritz e o Beco daBecoCineLojaCodorna.RitzdaCodornaHospital Alimentação/bar Hotel legenda

N 200 m

sistema viário Vias arteriais Vias coletoras Vias Becoslocaisevielas As principais vias arteriais são a Goiás e a Anhanguera, que tem grande movimento. A região é marcada por vielas e becos que se iniciam nas vais locais. AV . TOCANTINS RUA 23 legenda

200 m N AV. ANHANGUERA AV . GO I Á S RUA 3 RUA 4 RUA 5 RUA 8 RUA 9

sistema viário ciclorotaviaciclável linhas de ônibus Forte presença do transporte público no local, com poucas ciclorotas e apenas outra via ciclável. pontos de ônibus legenda

200 m N

Estes ambientes não possuem estar comum, além disso, as ruas são quentes por conta da falta de árvores, sem lixeiras, calçadas sujas e com falta de acessibilida de.

Zé Latinhas (bar). beco 1 (estacionamento). casa abandonada. beco 2 (estacionamento).

diagrama sensorial N

OAnálise:legendadiagrama

sensorial permite a tentativa de transmissão da experiência sensorial pessoal dos integrantes do grupo a partir da visitação do local. As ruas 9, 8, 4 e 3, são os principais objetos de estudo do nosso grupo. Elas como citadas nos mapas ante riores possuem características semelhan tes e divergentes, mas dentre as semelhan tes podemos reiterar os becos, que apesar de possuírem alguns nos quais tem inter venções artíticas ou reestrturações arquite tônicas que tentam gerar espaços comuns, a maioria é usada como estacionamento de carros durante a maior parte do dia.

Av Anhanguera RUA 04 AUR 90 AUR 80 A v Gáio s

perfil de vias

Vias Coletoras Rua 3, Rua 4 e Rua 5 Fluxo de carros medianos, com ciclofaixas pouco sinalizadas. Presença de calçadas amplas com arborização identificável.

Vias Locais Rua 8, Rua 9 e Rua 23 Fluxo de carros baixo, com estacionamento em duas faixas. calçada

calçada estacionamento estacionamento faixa calçada ciclofaixa faixa faixa estacionamento calçada

Via MaiorAvenidaArterialTocantinspredominância de carros, diversificação de linhas de ônibos. Calçada com pouca arborização. calçadacalçadaestacionamento

ônibus.PredomínioAvenidaArterialAnhagueradoeixodoConcentração de veículos estacionados. Fluxo maior de pedestres.

perfil das vias Vias

calçadaestacionamentofaixa faixaestacionamentoônibusfaixade ônibusfaixade calçadafaixa faixa faixa estacionamentoônibusfaixade

Vias MaiorAvenidaArterialGoiásviadaárea estuda da, presença de calçada alongada com diálogo com comércios locais; canteiro central com pas sagem de pedestres; faixa de estacionamento em ambos lados das vias e faixa de ônibus. calçada estacionamento

perfil das vias

calçada estacionamento estacionamentoônibusfaixade ônibusfaixadefaixa faixacanteiro

placemaking.relaçõesciclistaentregarlocomover-se.comportamentalaopedestreeoespaçodocarro.qualidadedotransporteincentivaratividadesemqualidadecomportamentalsociais.

Diretrizes e Partido : problemas e potencialidades pontos positivos + pontos negativosconceituação (-) Arborização escassa. (-) Áreas de uso único, pouco aproveita mento do espaço e diálogo a rua. (-) Maior parte do espaço entre os prédios destinado aos carros. (+) Localização central. (+) Não há áreas de convivência em comum suficentes e de qualidade (-) calçadas sem acessibilidade, dificul tando a caminhada. (+/-) número relevante de edificações que possuem uso misto, comércio e residêncial. (-) nenhum bicicletário. (+/-) muitos pontos pontos de ônibus mas rede de transporte ineficiente, frota pequena e infra estrutura sem manutenção. qualidade física e ecológica. qualidade

diretrizes comportamentalecológica.e funcional. comportamentaltransportecarro.público.emconjunto.efuncional.

- aumentar as áreas verdes, utilizando árvores locais do cerrado, aproveitar os vazios para o incentivo do plantio de vegetação frutífera. - ciclovias e bicicletário; - melhorar a acessibilidade das calçadas, colocar piso tátil; - utilizar as vagas de estacionamento para colocar bicicletas e parklets; - adicionar lixeiras; - melhorar a infraestrutura do transporte público; - revitalização cultural nos becos, criando espaços de lazer e entretenimento.

Geometriacalçadasdascalçadas que permita a circulação de pedestres com conforto e segurança, com faixa livre (para circulação), de serviço (ocupada por canteiros e equipamentos como postes de iluminação) e a faixa de acesso e transição.

Referência: Cartilha orientativa de desenho urbano para melhoria da caminhabilidade da população idosa [recur so eletrônico] / organização Karin Regina de Castro Marins; Carolina Hitomi de Oliveira Okamoto [et al.]. – São Paulo: EPUSP/Leonardo Miyahara, 2022.

Pavimentação adequada, com piso tátil e superfície regular.

melhorar a acessibilidade das

Fonte: Adaptada de National Association of City Transportation Officials

revitalização cultural nos becos Utilizar os becos e as vielas como locais que tornem a cidade mais limpa e segura. Com espaço para jardins, pequenos negócios, espaços para a arte, trânsito de bicicletas e local de descanso e reflexão. Com mobiliário urbano, vegetação e pavimentação adequada. Fonte: Terminal Rodoviário e Requalificação Urbana em São Luís / Natureza Urbana" 13 Jul 2022. ArchDaily Brasil. Acessado 24 Ago 2022. <https://www.archdaily.com.br/br/965396/terminal-rodoviario -de-sao-luis-natureza-urbana

No Urbbanismo sustentável: uso misto do solo, biofília, áreas verdes de lazer.

das ruas A arborização urbana é um assunto extremamente denso que deve ser feito a partir de uma série de estudos aprofundados. Entretanto o que geralmente acontece é o plantio sem estudo e análises devi dos da espécie e local, consequentemente quando as árvores crecem começam a dar problemas que não foram previstos por conta da ausência desses estudos prévios. Com a aparição de pro blemas como: obstrução das fiações elétricas dos postes pela copa da árvore, destruição da calçada pelo crescimento das raízes e acidentes causados por frutos escorregadios que caem na pista, os exemplares já crescidos são arrancados. Em muitos dos casos essas árvores são arrancadas de maneira incorreta, deixando a base de seu caule. Durante nossa visita nos deparamos com um alto desconforto ao se caminhar por conta do grande índice de insolação consequência da escassez de árvores nos passeios.

No Urbbanismo sustentável: possibilidade de andar a pé pelas ruas e de bicicleta, biofília e áreas verdes, satis fazer as necessidaes a pé.

Aumentar o número de lixeiras Durante a nossa visita e com base as nossas vivências no centro de Goiânia, percebemos a pouca quantidade de lixeiras nas calçadas, a região com maior número delas é a Av. Goiás, mas algumas estão deterioradas, desincentivan do a limpeza urbana. Com isso é impressíndivel aumentar o número de lixerias nas calçadas, incentivando a manu tenção do bem estar, a limpeza do centro e até mesmo a reciclagem.

Arborização

Aumentar as áreas verdes dos espaços. aproveitar os espaços vazios Um dos pontos levantados nas análises foi a problemática da falta de espaços verdes e de árvores na nossa área de estudo. Por isso, propuzemos segundo o nosso modelo referncialUrbanismo Sustentável- algumas ideias de Potencializarintervenção:ousodas áreas subaproveitadas listadas nesta revista, fazendo o plantio de árvores frutíferas do cerrado, criando hortas comunitárias. Para isso é preciso estudar as melhores espécies para cada situação, pois os frutos podem se tornar um problema nas pistas de trânsito e nas calçadas caso não hava poda e manutenção.

Para essa questão propomos o plantiou nas calçadas com áreas vazias de árvores nativas do Cerrado, porém deve ser considerada a movimentação e perfil da rua, para as mais calmas com menor fluxo de trânsisto pode-se usar o Ipê (Stenolobium stans), árvore chamativa pode cehgar a 7 metros de altura, que trás uma boa sombra e no período de seca, entre janeiro e maio, florece. Já a segunda levantada foi Jacarandá Mimoso (Jacarandá mimosaefolia) de floração bela, é ideal para arborização de ruas, praças e avenidas. Sua altura é de 8 a 15 metros. Suas raízes são profundas, não danificam calçadas e nem redes subterrâneas. Por atingir 15 metros, melhor ser plantada contra a rede elétrica. fonte: nao-destroem-calcadas-e-nem-danificam-a-rede-eletrica/voce-pode-plantar-em-sua-calcada-produzem-frutos-sombras-e-flores-https://www.solucoesparacidades.com.br/blog/31-arvores-que-fonte: da-arvore-e-diferencas.html/Plantas/noticia/2021/11/ipe-amarelo-conheca-tres-especies-populares-https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Jardim/PaisagismoIpê

amarelo MimosoJacarandá

Existem diversas soluções inovadoras para o problema das lixeiras públicas, como é o caso listado acima das lixeiras inteligentes, que fazem uma coleta seletiva inteligente. Esta acima se localiza em Dubai, mas diversos outros países já adotaram esse novo tipo de lixeiras. Mas importante ressaltar que cabe ao governo conscientizar a população de que nem sempre é possível haver um ponto de descarte de lixo na porta de sua casa ou de seu comércio (principalmente quando o imóvel está localizado em uma rua estreita e movimentada, com calçadas estreitas), e adquirir o hábito saudável de se dirigir a lixeira mais próxima e adequada à demanda do local – desde que localizada a uma distância confortável.

Espécies

Eugenia klotzchiana)

pera-do-cerradolevantadas.(

Ele cresce em forma de arbustos, pode chegar até 2m de altura. Frutifica durante os períodos de outubro a novembro. O fruto pode ser consumido em natura mas tem infinitos usos culinários, seu cheiro é bas tante presente e aromático. Ideal para can teiros de becos e para o plantio em vasos nos cajuzinho-do-cerradoparklets. (Anacardium humile) fonte: https://www.cerratinga.org.br/especies/cajui/fonte: https://aquelemato.org/pera-do-cerrado-fruta-nativa-do-cerrado/

fonte: https://www.nucleodoconhecimento.com.br/engenharia-eletrica/redes-de-lixeiras

Ela cresce em forma de touceiras, varian do de 60 cm a 2 m de altura, com caules eretos e pouco ramificados. Os frutos, de coloração verde-amarelada, maturam entre dezembro e janeiro. Ideal para can teiros dentro dos becos da área de estudo, seus frutos podem ser consumidos em natura.

Novo foco aos becos, criando espaços de lazer e convivência. Utilização dos becos para criação de hortas urbanas. mentovisando Rua 4

intervenções

Dessa forma, tendo em vista os princí pios do Urbanismo Sus tentável, croquis represen tam as ideias que o grupo identifica como possíveis de aplicar para melhorar a qualidade de vida local.

GoiásAv.

Av.Anhaguera 8Rua

Baseando nos estudos decorrentes ao longo do trabalho, o grupo define diretrizes necessárias para a melhorias da região estudada.

Utilização de espaços destinados a estaciona mento de veículos para parklets e bicicletários.

Adequação das calçadas visando acessiblidade e au mento de árvores plantadas. Utilização de faixa de estacionamento para Criaçãociclovias.deespaços de parklets e bicicletários.

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